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Brincando de ser cientista: Um a forma ldica devivenciar o mtodo cientfico
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Micaias Rodrigues
Universidade Federal do Piau
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Brincando de ser cientista: Uma forma ldica de
vivenciar o mtodo cientfico
Micaas Andrade RodriguesDepartamento de Mtodos e Tcnicas de EnsinoCentro de Cincias da EducaoUniversidade Federal do Piau. Campus Universitrio Ministro Petrnio Portella
- Bairro Ininga - Teresina
PI. CEP: 64049-550, Brasil.
E-mail: [email protected]
(Received 22 August 2012, accepted 5 January 2013)
ResumoEste artigo aborda uma forma ldica de se trabalhar o mtodo cientfico utilizando-se para isto apenas caixas de papeloe alguns objetos para colocar em seus interiores. A atividade foi realizada em uma turma de Metodologia do Ensino deFsica com18 alunos do curso de Licenciatura em Fsica da Universidade Federal do Piau e, atravs da mesma,
pudemos discutir sobre como era e como desenvolvida a Cincia e fazer os alunos vivenciar algo simples de serreproduzido nas escolas de educao bsica para gerar um maior interesse dos alunos pela Cincia, bem como parademonstrar que qualquer pessoa pode ser cientista. Para isto precisa-se apenas fazer Cincia, que , simplesmente,
utilizar-se do mtodo cientfico.
Palavras-chave:ensino de Cincias, ensino de Fsica, mtodo cientfico, atividade ldica.
AbstractThis article discusses a playful way to work using the scientific method to this just cardboard boxes and some objects to
put in their interiors. The activity was held in a classroom Teaching Methodology of Physical com18 students of
Degree in Physics from the Federal University of Piau and, through it, we discuss what it was like and how it isdeveloped and Science students to experience something simple be reproduced in basic education schools to generategreater interest of students for science, as well as to show that anyone can be a scientist. For this you need only do
science, that is, simply, to use the scientific method.
Keywords:Science teaching, Physics teaching, scientific method, playful activity.
PACS:01.30.1a, 01.40.-d, 01.40.eg, 01.40.ek ISSN 1870-9095
I. INTRODUO
Ningum discute a importncia da Cincia para a
sociedade. Alm de propiciar avanos tecnolgicos, a
Cincia tambm pode ser atrativa simplesmente pelacuriosidade inata dos seres humanos. E isto no de agora:
j no sculo XIX os experimentos de Faraday (1791-1867)
eram aguardados ansiosamente pelos seus espectadores [1,2]. Atualmente existem inmeros canais de televiso, tanto
nas emissoras abertas quanto nas de assinatura que tm em
sua programao programas com apelos cientficos.A Cincia passou a ser muito mais valorizada na dcada
de 1960, poca de guerra fria, perodo da corridaarmamentista e tambm da corrida espacial em que,
especialmente as maiores potncias da poca, os Estados
Unidos e a Unio Sovitica, passaram a investir muito naformao de novos cientistas e isto no se dava apenas nas
universidades: iniciava bem cedo, j na escola bsica, em
turma de crianas.No Brasil no foi diferente. Nos anos 60 quando, de
fato, assiste-se a criao de contexto para efetiva realizao
do ensino de Cincias em escolas nacionais. Em plena
guerra fria, os Estados Unidos, para vencer a batalha
espacial contra a Unio Sovitica, criam um movimento
que contou com a participao das sociedades cientficas,das Universidades e de acadmicos renomados. Este
movimento tinha por objetivo estimular jovens talentos para
seguirem a carreira cientfica [3]. Os projetos foramidentificados mundialmente por suas siglas e abrangiam as
reas de Fsica -Physical Science Study Committee(PSSC),
de Biologia -Biological Science Curriculum Study(BSCS),
de Qumica - Chemical Bond Approach (CBA) e deMatemticaScience Mathematics Study Group (SMSG).
Esses projetos foram trazidos para o Brasil via IBECC e
propunham centralizar o ensino na experimentao [4].
Em1961, promulgada no Brasil a Lei 4.024 [5] queamplia bastante as Cincias no currculo escolar, tornando-a
obrigatria desde o 1 ano do curso ginasial, atual sexto ano
do ensino fundamental. Houve um aumento de carga
horria nas disciplinas de Fsica, Qumica e Biologia, j nocolegial (hoje ensino mdio).
https://www.researchgate.net/publication/262552555_Reformas_e_realidade_O_caso_do_ensino_das_ciencias?el=1_x_8&enrichId=rgreq-3b2c7ab9-315b-4852-bc71-f032edeadf4a&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MTYzOTg5NjtBUzoyNzIyMDI4OTMzNjExNzNAMTQ0MTkwOTYzNTMwMA==https://www.researchgate.net/publication/250991165_Experimentacao_no_ensino_medio_de_quimica_a_necessaria_busca_da_conscienica_etico-ambiental_no_uso_e_descarte_de_produtos_quimicos_-_um_estudo_de_caso?el=1_x_8&enrichId=rgreq-3b2c7ab9-315b-4852-bc71-f032edeadf4a&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MTYzOTg5NjtBUzoyNzIyMDI4OTMzNjExNzNAMTQ0MTkwOTYzNTMwMA==https://www.researchgate.net/publication/250991165_Experimentacao_no_ensino_medio_de_quimica_a_necessaria_busca_da_conscienica_etico-ambiental_no_uso_e_descarte_de_produtos_quimicos_-_um_estudo_de_caso?el=1_x_8&enrichId=rgreq-3b2c7ab9-315b-4852-bc71-f032edeadf4a&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MTYzOTg5NjtBUzoyNzIyMDI4OTMzNjExNzNAMTQ0MTkwOTYzNTMwMA==https://www.researchgate.net/publication/250991165_Experimentacao_no_ensino_medio_de_quimica_a_necessaria_busca_da_conscienica_etico-ambiental_no_uso_e_descarte_de_produtos_quimicos_-_um_estudo_de_caso?el=1_x_8&enrichId=rgreq-3b2c7ab9-315b-4852-bc71-f032edeadf4a&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MTYzOTg5NjtBUzoyNzIyMDI4OTMzNjExNzNAMTQ0MTkwOTYzNTMwMA==https://www.researchgate.net/publication/250991165_Experimentacao_no_ensino_medio_de_quimica_a_necessaria_busca_da_conscienica_etico-ambiental_no_uso_e_descarte_de_produtos_quimicos_-_um_estudo_de_caso?el=1_x_8&enrichId=rgreq-3b2c7ab9-315b-4852-bc71-f032edeadf4a&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MTYzOTg5NjtBUzoyNzIyMDI4OTMzNjExNzNAMTQ0MTkwOTYzNTMwMA==https://www.researchgate.net/publication/262552555_Reformas_e_realidade_O_caso_do_ensino_das_ciencias?el=1_x_8&enrichId=rgreq-3b2c7ab9-315b-4852-bc71-f032edeadf4a&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MTYzOTg5NjtBUzoyNzIyMDI4OTMzNjExNzNAMTQ0MTkwOTYzNTMwMA== -
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Em 1971, com a lei 5.692 [6], o ento nvel primrio e
ginasial passou a pertencer a um nico nvel de ensino, oensino de primeiro grau, com oito anos de durao, e com
obrigatoriedade de incluso da disciplina de Cincias desde
a primeira srie, dobrando sua temporalidade de quatro para
oito anos. J as disciplinas cientficas especializadascontinuaram distribudas nos ltimos trs anos, agora
denominados ensino de segundo grau. Porm, com a
promulgao desta lei houve um verdadeiro retrocesso, pois
tornou o ensino mais profissionalizante, dando-lhe umcarter mais mecnico e menos reflexivo, fazendo com que
os estudantes apenas reproduzissem frmulas e decorassem
definies e vissem a Cincia como algo esttico. Em 2006,com a Lei 11.274 [7], que modificou a atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educao Nacional LDBEN [8],
houve o acrscimo de mais uma srie ao ensinofundamental, passando a ser de nove anos e, o qual desde o
seu primeiro ano conta com a disciplina Cincias.
Desta forma, fica evidenciada a importncia que a
Cincia tem no nosso mundo atual, havendo inclusive
avaliaes internacionais, com destaque para oProgramme
for International Student Assessment (PISA) e o Trends inInternational Mathmatics and Science Study (TIMSS) que,
com ciclos trienal ou quadrienal, respectivamente, avaliam
mais de 50 (cinquenta) pases cada e tambm avaliaesnacionais, como o Enem [9]. Assim, surgiu a preocupao
de explicitar para os alunos dos diversos nveis de ensino1
como se faz a Cincia e quem que faz a Cincia, masantes de tratarmos disto falemos um pouco sobre o mtodo
cientfico.
II. UM POUCO DE HISTRIA...
Na antiguidade clssica, poca dos metafsicos, tambm
chamados de filsofos da natureza, tais como Aristcles,conhecido como Plato (427348 a.C.) e Aristteles (384
322 a.C.), as explicaes dadas aos fenmenos que ocorrem
ao nosso redor, ao funcionamento do Universo de modo
geral, eram realizadas por meio da razo, tendo-se por basea teoria dos quatro elementos (terra, gua, fogo e ar), os
quais constituam toda e qualquer substncia [2, 10].
Aristteles elaborou explicaes metafsicas sobre
alguns problemas da fsica, tais como a gravidade (quantomais pesado for um corpo, mais rapidamente ele voltar ao
seu lugar natural, sendo, portanto, mais grave), os
movimentos de corpos terrestres, os quais permaneceromovimentando-se enquanto houver o mpeto e dos corpos
celestes (a terra era o centro do Universo e os demais
corpos celestes orbitam ao seu redor) [2]. Estas explicaes
foram aceitas durante dois mil anos, at momento em queGalileu Galilei (1564-1642) passou a realizar experimentos
para verificar a veracidade destas explicaes, e percebeu
que estas explicaes estavam equivocadas. Isto lhe trouxe
1- tanto na educao bsica, quanto no ensino tcnico, tecnolgico
e superior, as disciplinas cientficas fazem parte da gradecurricular.
problemas com a Igreja e, para no acabar na fogueira
como Giordano Bruno (1548 - 1600), que tambm afirmouque a Terra no era o centro do Universo e que ela gira em
torno do Sol, ele negou a sua descoberta e viveu o resto de
sua vida em priso domiciliar [2, 10].
Galileu, juntamente com Ren Descartes (1596-1650)so considerados os pais da cincia moderna, experimental
e universal, a qual baseada em fatos empricos
observveis e comprovveis e no apenas em explicaes
filosficas. Este mtodo revolucionou as descobertascientficas, desde ento, pois tornou este conhecimento [12,
p. 18-20] racional, objetivo, factual, transcendente aos
fatos, analtico, claro e preciso, comunicvel, verificvel,dependente de explicao metdica, sistemtico,
acumulativo, falvel, geral, explicativo, preditivo, aberto e
til.De uma forma bem simples, no mtodo cientfico, ao
menos nas cincias exatas, se algo verificado em algum
lugar, em outro local, sobre as mesmas condies tambm o
ser, desta forma, as explicaes sobre os diversos
fenmenos que ocorrem na natureza tornaram-se mais
concretas e o conhecimento pode avanar muito mais.
III. A ATIVIDADE E OS SEUS RESULTADOS
Tendo em vista que os alunos deste a infncia j tem
contato com a disciplina cincias e a forma como oconhecimento cientfico construdo, bem como atravs da
experincia docente, tanto no ensino bsico, quanto notcnico e no superior e na ps-graduao, pudemos
perceber que a Cincia ainda considerada difcil, feita por
gnios (ou loucos!) e distante do dia-a-dia dos alunos,
segundo eles prprios. Ento, surgiu a ideia de desmitific-la, de demonstrar para os alunos como a cincia produzida
e desenvolvida e que os prprios alunos podem ser
cientistas.
Para isto, em uma turma de Metodologia do Ensino deFsica com 18 alunos, do curso de Licenciatura em Fsica
da Universidade Federal do Piau, utilizando-se apenas
caixas de papelo de diferentes tamanhos e alguns objetos
para colocar em seus interiores, foi desenvolvida umaatividade extremamente simples, barata e bem interessante,
que consiste em apresentar aos alunos diferentes caixas de
papelo com objetos desconhecidos em seu interior e fazercom que estes, em grupos, que no nosso caso foram de 6
alunos cada, descubram que objetos existem dentro dascaixas, sem abri-las. A quantidade de caixas depende da
quantidade de alunos que se tem na turma. O nmero ideal
de alunos por grupo de cerca de cinco alunos.
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FIGURA 1. Caixas apresentadas aos alunos e seus respectivosobjetos. Figura A Caixa grande e martelo; Figura B CaixaPequena e dois corretivos para caneta; Figura C Caixa Mdia eesponja.
A atividade ocorre, em um primeiro momento, aps os
grupos estarem definidos e separados, apenas com a
apresentao das caixas, sem o manuseio das mesmas pelos
alunos. Neste momento pedimos para os grupos sugerirem
os objetos que esto no interior de cada caixa, apenasolhando-as e registramos as suas respostas, tal como
encontramos na Tabela I, abaixo. Neste momento feito
um paralelo com o que ocorria na poca de Plato eAristteles, quando a Cincia era racional e baseada em
sensaes e explicaes filosficas.
TABELA I.Respostas dadas pelos alunos antes de manusearemas caixas.
Caixapequena
Caixa Mdia Caixagrande
Grupo 1 Borracha
escolar
Apagador para
quadro
Livro
Grupo 2 Bssola Apagador paraquadro
Livro
Grupo 3 Borrachaescolar
Apagador paraquadro
Estojo
Podemos observar que, em sua maioria, os objetos citados
pelos alunos fazem parte do ambiente acadmico-escolar e
tambm como algumas respostas se repetem. Este fatotambm ocorrer no terceiro momento, que veremos e
comentaremos um pouco mais frente.
Aps este primeiro momento, passamos para a segunda
etapa da atividade, na qual as caixas so distribudas para osgrupos, de forma que cada grupo fique com uma caixa. Os
integrantes do grupo podem manusear a caixa2 e, atravs
dos seus sentidos, tais como o tato (peso da caixa com o
objeto, o tipo de movimento que o objeto realiza em seuinterior desliza, rola etc) e a audio (barulho que o
objeto faz ao ser chacoalhado se tem um som seco ou
amortecido, indicando se o objeto duro ou macio etc.).
Com isto, normalmente as primeiras sugestes dadasapenas ao observar as caixas so refutadas.
Neste segundo momento pede-se que cada grupo
apresente apenas uma resposta, ocorrendo, desta forma,uma discusso cientfica, na qual um integrante do grupo
levanta uma hiptese, que, aps as defesas do seu
argumento, so testadas pelos demais integrantes, querepresenta a comunidade cientfica, que poder aceit-la ou
recus-la. Caso recuse, uma nova hiptese ser lanada e
estes passos sero novamente realizados, de forma que, ao
final deste momento, o grupo (ou pelo menos a sua maioria)
apresente apenas uma sugesto de objeto no interior da
caixa. A sugesto dada por cada um dos grupos foinovamente anotada.
No terceiro momento, as caixas vo para outros grupos
e cada grupo, da mesma forma, deu novamente uma nicasugesto de objeto no interior das mesmas, de forma que,
ao final, cada grupo tenha manuseado cada uma das caixas
e tenha sugerido um objeto no interior de cada uma delas.Todas as respostas foram anotadas e encontram-se
compiladas na Tabela II, abaixo.
TABELA II.Respostas dadas pelos alunos aps manusearem ascaixas.
Caixapequena
Caixa Mdia Caixa grande
Grupo 1 Duas pedras Pedao de isopor MarteloGrupo 2 Trs bolas de
gudePedao depapelo
Guarda-chuva
Grupo 3 Duasborrachasescolares
Pedao de isopor Grampeador
Observamos, com base na Tabela II, acima, que as
respostas dadas pelos grupos foram, quase que na sua
totalidade, discrepantes das sugestes dadas no primeiromomento. Isto se deve ao fato de poder investigar com mais
profundidade os contedos das caixas. Neste momento osalunos deixaram de sugerir apenas objetos comuns ao meio
acadmico-cientfico, ampliando, assim, as possibilidadesde respostas. Verificamos ainda que bem comum que as
respostas dadas por grupos que manusearam a caixa
anteriormente influenciem as respostas de grupos que
manuseiem a caixa em um momento posterior. Na Cincia
2 - interessante que a caixa esteja bem fechada com fitas
adesivas, de forma que os alunos no abram-na antes de realizartodos os passos previstos para a atividade.
B C
A
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isto tambm ocorre, como, por exemplo, no caso de Henry
Becquerel (1852-1908) que, ao observar os efeitos daradioatividade, explicou o fato tendo se por base os raios X,
que estavam sendo extremamente investigados naquele
momento, e no criando uma nova explicao [13].
Por fim, as caixas so recolhidas e as sugestes dadaspor cada grupo sero investigadas: por que vocs acham
que tem este objeto dentro desta caixa? O objeto leve ou
pesado? Pequeno ou grande? etc., de forma a
compreendermos melhor as sugestes e expor aos demaisgrupos os motivos da escolha feita por eles. Aps esta breve
investigao as caixas foram aberta, relevando os dois
corretivos escolares, na caixa pequena; a esponja, na caixamdia; e o martelo, na caixa grande. Na nossa atividade,
apenas um dos grupos acertou um nico objetos e os
demais erraram todos, porm, as explicaes dadas pelosgrupos mostraram que estes utilizaram-se bem dos seus
sentidos (que era a nica coisa que lhes estava disponvel!)
e, de forma geral, evoluram bastante em suas respostas, em
relao s respostas dadas quando apenas olhavam as
caixas, sem manuse-las.
IV. CONCLUSES
Com esta atividade simples, pudemos desmitificar um
pouco a Cincia e oferecer aos licenciandos em fsica uma
viso geral do desenvolvimento da mesma, alm de
apresentar-lhes uma forma simples e ldica de introduzir o
conhecimento cientfico aos seus futuros alunos da
educao bsica. A atividade serve para mostrar que,muitas vezes, as sensaes e os achismos so falsos, tal
como ocorre na experincia proposta pelo filsofo John
Locke (1623-1704), na qual separamos trs recipientes e
um deles colocamos gua gelada, em outro gua morna e noterceiro gua na temperatura ambiente, colocando uma das
mos mergulhada no recipiente com gua morna e a outramo no recipiente com gua gelada e espera algum tempo.
Em seguida, retira ambas as mos ao mesmo tempo dos
recipientes e coloca-as juntas sem se tocarem uma na outra
no recipiente com gua temperatura ambiente e a mo queestava no recipiente com gua morna achar a gua gelada
e a outra mo, que estava na gua gelada, ter a sensao
que a gua est morna [14].
Embora a atividade tenha sido realizada comlicenciandos, ela pode ser realizada da mesma forma na
educao bsica. Dependendo do nvel ou srie que a
atividade for realizada, outros assuntos, tal como a alegoriada caverna de Plato [15], na qual apenas as sombras eram
vistas e no os seus objetos gerados, e as pessoas que
estavam no interior da caverna supunham os objetos que as
geravam, sem nunca poderem ter certeza. Na nossaatividade, antes de abrirmos as caixas e investigarmos
plenamente os objetos contidos em seus interiores, era isto
tambm o que ocorria!
Esperamos que, com este breve relato, tenhamosoferecido uma pequena contribuio para a melhoria do
ensino, especialmente na educao bsica, e tambm
desmistificado o fato de que o cientista louco ou que fazer
cincia muito difcil, pois, se cientista aquele que faz aCincia, ento, ao utilizarmos o mtodo cientfico em sala
de aula, transformamos todos os alunos (e ns professores
tambm!) em cientistas!
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http://www.leidireto.com.br/lei-4024.html. Acesso em:05/11/2008.[6] Brasil, Lei 5.692 (Braslia, 1971). Disponvel em:
.
Acesso em: 05/11/2008.
[7] Brasil, Lei 11.274 (Braslia, 2006). Disponvel em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11274.htm.Acesso em: 19/08/2012.
[8] Brasil, Lei 9.394 (Braslia, 1996). Disponvel em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9394.htm. Acesso
em: 05/08/2008.[9] Rodrigues, M. A., A fsica do segundo ciclo do ensino
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7, 2745 (1990). Disponvel em:http://ghtc.ifi.unicamp.br/pdf/ram-41.pdf. Acesso em21/08/2012.
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[15] Plato, A Repblica, (Nova Cultural, So Paulo,1999).
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