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MANUAL DE
GESTÃOHOSPITALAR
DO CQH
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MANUAL DE
GESTÃOHOSPITALAR
DO CQHLivro de Casos Práticos
2a edição
Haino Burmester
organizador
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Copyright © 2009 Haino Burmester.Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, mesmo parcial,
por qualquer processo, sem a autorização escrita da Editora.
Editor: Maxwell M. FernandesCoordenação editor ial: Anna YueAssistente editorial: Sonnini RuizEstagiária: Renata AlvesProjeto gráfico: Francisco LavoriniEditoração eletrônica: TriallPreparação de texto: Carlos VillarruelRevisão de português: Patrizia Zagni, Regiane Miyashiro, Renata Del Nero, Renata Gonçalves
Capa: FocaImagem de capa: iStockphoto.com
Todas as informações e as imagens são de responsabilidade dos autores.A Editora não se responsabiliza por eventuais danos causados pelo mau usodas informações contidas neste livro.O texto deste livro segue as novas regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
1a edição – Editora Atheneu
Impresso no BrasilPrinted in Brazil
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Manual de gestão hospitalar do CQH : livro de casos práticos / coordenadorHaino Burmester. – São Caetano do Sul, SP : Yendis Editora, 2009.
Vários autores.ISBN 978-85-7728-120-6
1. Hospitais - Administração 2. Serviços de saúde - Administração
I. Burmester, Haino.09-04659 CDD-362.1068
Índices para catálogo sistemático:1. Gestão hospitalar : Técnicas de organização 362.1068
Yendis Editora Ltda.R. Major Carlos Del Prete, 512 – São Caetano do Sul – SP – 09530-000Tel./Fax: (11) 4224-9400
[email protected] www.yendis.com.br
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V
Sobre os Autores
Organizador
Haino Burmester
Médico, mestre em Medicina Comunitária pela Universidade de Londres, chefe de Gabine-
te da Superintendência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidadede São Paulo (HC-FMUSP) e coordenador do núcleo técnico do programa Compromisso
com a Qualidade Hospitalar (CQH).
Colaboradores
Ana Reinert
Diretora de Clientes e Mercado do Laboratório Weinmann.
Andréa Cássia Pereira Sforsin
Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Farmácia Hospitalar com Introdução à Farmácia
Clínica pelo HC-FMUSP. Farmacêutica chefe da Logística da Assistência Farmacêutica da
Divisão de Farmácia do Instituto Central do HC-FMUSP.
Angelo Felicíssimo
Médico e doutor em Ciências da Visão pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Antonio Eduardo Fernandes D’Aguiar
Médico especializado em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde pelo Programa
de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde (Proahsa) emembro do núcleo técnico do CQH.
Cleide Regina Rodrigues
Enfermeira com especialização em Licenciatura pela Faculdade de Educação da USP, Obs-
tetrícia pela Escola de Enfermagem da USP e Administração Hospitalar pela Faculdade São
Camilo. Assessora da coordenação do Serviço de Onco-hematologia (ITACI) do Instituto
da Criança do HC-FMUSP.
Cleuber Esteves Chaves
Farmacêutico-Bioquímico, especialista em Administração de Serviços de Saúde/Adminis-
tração Hospitalar pela Faculdade de Saúde Pública da USP (FSPUSP). Farmacêutico Chefe
da Garantia da Qualidade da Divisão de Farmácia do Instituto Central do HC-FMUSP.
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VI
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Deborah Pimenta Ferreira
Médica e doutora em Informática Médica pela Faculdade de Medicina da Universi dade de
São Paulo (FMUSP).
Edelton Gershel Narchi
Médico com especialização em Administração Hospitalar pelo Centro Universitário São
Camilo e membro do núcleo técnico do CQH.
Eduardo Kràs Borges
Diretor Administrativo-Financeiro do Laboratório Weinmann.
Elza Sumiko Hojo Abe
Enfermeira com especialização em Licenciatura pela Faculdade de Educação da USP, Mé-dico Cirúrgica pela Escola de Enfermagem da USP, Administração Hospitalar pela Uni-
versidade de Ribeirão Preto, Enfermagem do Trabalho pela Escola Paulista de Medicina.
Supervisora de Seção da Divisão de Informação Gerencial e Hospitalar.
Giovanni Di Sarno
Médico com especialização em Administração Hospitalar pela Universidade de São Paulo
(USP), ex-superintendente do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e mem-
bro do núcleo técnico do CQH.
Giovanni Guido Cerri
Médico, professor titular de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (FMUSP), diretor geral do Instituto de Radiologia do HC-FMUSP e do Instituto do
Câncer Octávio Frias de Oliveira, do Estado de São Paulo. Foi diretor da FMUSP e diretor
clínico do HC-FUSP.
Henrique Carlos Gonçalves
Médico pediatra, advogado e presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de
São Paulo.Ivana Mara Rodrigues da Silva
Socióloga, coordenadora do Núcleo de Planejamento e Gestão do HC-FMUSP e membro
do núcleo técnico do CQH.
Ivomar Gomes Duarte
Médico, mestre em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde pelo Proahsa, editor da
Revista de Administração em Saúde e membro do núcleo técnico do CQH.
José Agenor M. Silveira
Médico, doutor em Ciências da Visão pela Unifesp, diretor-executivo da FMUSP e membro
do núcleo técnico do CQH.
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Sobre os Autores
VII
Jorge Carlos Machado Curi
Médico com especialização em Cirurgia do Trauma e presidente da Associação Paulista de
Medicina.
José Manoel de Camargo Teixeira
Médico, doutor em Cirurgia Torácica pela FMUSP e superintendente do HC-FMUSP.
Lucila Pedroso da Cruz
Médica, mestra em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde pelo Proahsa e ex-
diretora do Instituto de Radiologia (InRad) do HC-FMUSP.
Márcia Lúcia de Mário Marin
Farmacêutica-Bioquímica, doutora em Fármaco e Medicamentos pela Faculdade de Ciên-cias Farmacêuticas da USP. Diretora técnica de Serviço de Farmacotécnica Hospitalar da
Divisão de Farmácia do Instituto Central do HC-FMUSP. Professora assistente do Centro
Universitário São Camilo.
Maria Cleusa Martins
Farmacêutica-Bioquímica, mestra em Fármaco e Medicamentos pela Faculdade de Ciên-
cias Farmacêuticas da USP e especialista em Economia da Saúde pela FSPUSP. Farmacêu-
tica encarregada da educação continuada da Divisão de Farmácia do Instituto Central do
HC-FMUSP.
Maria Cristina Coelho De Nadai
Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Administração Hospitalar pelo Instituto Brasileiro
de Desenvolvimento e de Pesquisas Hospitalares e Aprimoramento em Farmácia Hospitalar
e Introdução à Farmácia Clínica pelo HCFMUSP. Farmacêutica chefe da Assistência Farma-
cêutica Ambulatorial da Divisão de Farmácia do Instituto Central do HC-FMUSP.
Maria Cristina Vaz Madeira
Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Administração Hospitalar pelo Instituto Brasileirode Desenvolvimento e de Pesquisas Hospitalares. Farmacêutica chefe da Logística da Far-
macotécnica Hospitalar da Divisão de Farmácia do Instituto Central do HC-FMUSP.
Mariana Lipp Haussen
Analista da Gestão da Qualidade do Laboratório Weinmann.
Michelle Süffert
Gerente de Clientes e Mercado do Laboratório Weinmann.
Mirian Hisayo Nagai
Secretária executiva, bacharel em Processamento de Dados e membro do núcleo técnico
do CQH.
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VIII
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Mirian Teresa Matsufugi
Farmacêutica-Bioquímica e Industrial, especialista em Farmácia Hospitalar e Introdução à
Farmácia Clínica pelo HCFMUSP. Farmacêutica chefe da Assistência Farmacêutica à Inter-
nação da Divisão de Farmácia do Instituto Central do HC-FMUSP.
Nancy Val y Val Peres da Mota
Médica, mestra em Saúde Pública pela USP, coordenadora do Atendimento Médico aos
Servidores do HC-FMUSP e membro do núcleo técnico do CQH.
Nilza Carmen de Lemos Junqueira Franco
Enfermeira com especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde pelo
Proahsa e membro do corpo técnico do Proahsa/HC-FMUSP e do núcleo técnico do CQH.Polyanna Costa Lucinda
Terapeuta ocupacional com especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saú-
de pelo Proahsa e Hotelaria Hospitalar pelo Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo.
Sara Diniz Rubinsztejn Azevedo
Enfermeira com especialização em Pediatria e Puericultura pela Escola de Enfermagem da
Escola Paulista de Medicina e Administração Hospitalar pelo Instituto Paulista de Hospitais
(IPH). Coordenadora do Programa de Qualidade do Instituto da Criança do HC-FMUSP.
Sílvia Birulio
Administradora, especialista em Gestão de Negócios em Serviços pela Universidade Presbi-
teriana Mackenzie. Analista de desenvolvimento de Centro de Gerenciamento da Divisão
de Farmácia do Instituto Central do HC-FMUSP.
Sonia Lucena Cipriano
Farmacêutica, doutora em Serviços de Saúde Pública pela FSPUSP e especialista em Eco-
nomia da Saúde pela FSPUSP. Diretora técnica da Divisão de Farmácia do Instituto Central
do HC-FMUSP. Coordenadora do NAGEH – Indicadores de desempenho na Farmácia Hos-pitalar – Núcleo de Apoio a Gestão Hospitalar (NAGEH) do CQH.
Vanusa Barbosa Pinto
Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Farmácia Hospitalar com Introdução à Farmácia
Clínica pelo HCFMUSP. Diretora técnica de Serviço do Serviço de Assistência Farmacêutica
da Divisão de Farmácia do Instituto Central do HCFMUSP.
Yasuko Yamaguchi Nishikuni
Médica com especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde pelo Proahsa
e membro do núcleo técnico do CQH.
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IX
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço . . . . . . . . . . . . 1Ivana Mara Rodrigues da Silva
Capítulo 2 Gestão de um Serviço Hospitalar de Imagenologia . . . . . . . . . . 129
Lucila Pedroso da Cruz
Giovanni Guido Cerri
Equipe do InRad
Capítulo 3 Gestão de um Serviço de Farmácia Hospitalar. . . . . . . . . . . . . 253
Andréa Cássia Pereira Sforsin
Cleuber Esteves Chaves
Márcia Lúcia de Mário Marin
Maria Cleusa Martins
Maria Cristina Coelho De Nadai
Maria Cristina Vaz Madeira
Mirian Teresa Matsufugi
Sílvia Birulio
Sonia Lucena Cipriano
Vanusa Barbosa Pinto
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X
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Capítulo 4 Gestão de um Laboratório de Patologia Clínica . . . . . . . . . . . . 393
Ana Reinert
Eduardo Kràs Borges
Michelle Süffert
Mariana Lipp Haussen
Capítulo 5 Modelo de Gestão de uma Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 521
Haino Burmester
Capítulo 6 Gestão de um Serviço de Anestesiologia . . . . . . . . . . . . . . . 537Haino Burmester
Capítulo 7 Modelo de Relatório de Gestão de um Serviço
de Enfermagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 553
Cleide Regina Rodrigues
Elza Sumiko Hojo Abe
Sara Diniz Rubinsztejn Azevedo
Anexo Roteiro de Visitas do CQH (versão 2008) . . . . . . . . . . . . . . . . . 613
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 685
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XI
Apresentação
É com muita honra que fazemos a apresentação da segunda edição, revista e am-
pliada, do Manual de gestão hospitalar do CQH . Essa honra se deve ao fato de este livro
apresentar o modelo de gestão que adotamos nos institutos do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) há vários
anos e também porque nesta edição constam os relatórios de gestão de dois serviços
dessa instituição: o Instituto de Radiologia e a Divisão de Farmácia do InstitutoCentral. O primeiro, inclusive, ganhador do nível prata do Prêmio Nacional de
Gestão em Saúde, no ciclo 2006/2007. Além disso, em quase todos os capítulos há
participação de profissionais do HC-FMUSP. Ou seja, também em gestão hospitalar
essa instituição cumpre a sua missão de ser referência em ensino e pesquisa.
A interação do HC-FMUSP com o programa Compromisso com a Qualidade
Hospitalar (CQH) existe há vários anos pela atuação recíproca de muitos de seus
membros nas duas instituições, e mais recentemente foi formalizado um convênio
que delineia a ação conjunta de ambas as organizações.Podemos atestar que o uso desse modelo de gestão contribui para uma visão sis-
têmica e integrada da instituição, permitindo ao gestor orientar suas ações na busca
da excelência. Pela adoção do modelo, as atividades gerenciais convergem sem que
haja dispersão de energias, pois, no mundo moderno, em que tudo acontece tão
rapidamente, nunca foi tão necessário concentrar esforços e manter o foco.
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XII
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Temos certeza de que neste Manual o leitor encontrará exemplos que o ajuda-
rão na condução do dia a dia de sua própria organização. Não se trata de um texto
acadêmico, com pretensões eruditas, mas de um verdadeiro manual com exemplos
práticos de como resolver problemas. E é disso, talvez, que as organizações de saúde
no Brasil mais precisem.
José Manoel de Camargo Teixeira
Superintendente do HC-FMUSP
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XIII
Prefácio
O programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH), da Associação
Paulista de Medicina (APM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de
São Paulo (Cremesp), está no 18o ano de sua existência e lança agora a segunda
edição do Manual de gestão hospitalar do CQH . É com satisfação que prefaciamos esta
edição totalmente modificada e ampliada. Esta é apenas uma das várias publicações
que o CQH coloca à disposição dos gestores da saúde no Brasil, cumprindo assima sua missão de “contribuir para a melhoria contínua da qualidade do atendimento
nos serviços de saúde mediante metodologia específica”.
A nossa satisfação se deve, principalmente, ao fato de podermos atestar, ao longo
desses 18 anos, o impacto do CQH no atendimento à saúde no Brasil. A contri-
buição do programa tem sido lenta e continuada, sempre atuando como agente de
mudanças que vieram para ficar. São mudanças alcançadas por meio de persuasão e
absorção lentas e duradouras, que permitem que os serviços de saúde as incorporem
voluntariamente em suas práticas gerenciais.A APM e o Cremesp vêm cumprindo suas funções como representantes da
sociedade civil organizada, principalmente ao colocarem seus recursos a serviço
dessa mesma sociedade, defendendo para ela e por ela a necessidade de qualidade
no atendimento à saúde. Também cumprimos nossa função de defender melhores
condições de trabalho para os médicos e os profissionais da saúde, pois não existe
possibilidade de qualidade sem boas condições de trabalho.
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XIV
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Sentimo-nos à vontade e orgulhosos de prefaciar esta segunda edição do Manual ,
cientes da utilidade e da contribuição que ele dará à comunidade, com os 18 anos
de experiência mínima de seus autores em gestão da saúde.
Jorge Carlos Machado Curi
Presidente da APM
Henrique Carlos Gonçalves
Presidente do Cremesp
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XV
Introdução
A necessidade de um modelo de gestão
Nos 18 anos de existência do CQH, suas equipes têm tido a oportunidade de
conviver com um sem-número de hospitais em várias cidades do Brasil. São hospi-
tais de vários portes, de diferentes personalidades jurídicas, de grandes capitais e de
cidades do interior; uma amostra bastante representativa do universo dos hospitaisbrasileiros. Com essa experiência, o grupo de avaliadores do CQH tem se caracte-
rizado como um dos mais sólidos núcleos de administradores hospitalares no país.
Hoje são mais de 50 profissionais que voluntariamente se dedicam à missão do
CQH de “contribuir para a melhoria contínua da qualidade do atendimento nos
serviços de saúde mediante metodologia específica”. Com isso, essas pessoas têm
aprendido muito sobre a realidade da administração hospitalar no país. E uma das
convicções que esse grupo tem sedimentado é da necessidade de os gestores hospi-
talares adotarem um modelo de gestão para suas organizações. Um modelo que sejaclaro, sistêmico, integrado e coerente com os objetivos da organização; esse modelo
é a metodologia específica1 a que se refere a missão anteriormente mencionada. A
representação gráfica do modelo se constitui em uma roda de leme (Figura 1); da
1 Essa metodologia foi trazida para o Brasil no início da década de 1990 pela Fundação Nacional
da Qualidade (FNQ) para estimular as empresas brasileiras a melhorarem a qualidade de seus bensou serviços, por meio da adoção de um modelo de gestão; a constatação das melhores práticasgerenciais dentro desse modelo em uma determinada empresa pode levá-la à conquista do PrêmioNacional da Qualidade concedido anualmente pela FNQ. Empresas que demonstram excelênciano uso do modelo são consideradas “de classe mundial”.
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XVI
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
mesma forma que essa roda conduz a embarcação para seu destino, um modelo de
gestão também deve conduzir a organização à busca pela excelência de seus produ-
tos ou serviços.
Neste livro, o leitor encontrará uma série de exemplos de como se podem ad-
ministrar os diversos serviços de um hospital com um modelo claro, sistêmico, in-
tegrado e coerente. O modelo é o eixo em torno do qual se arrumam (dentro dos
elementos do modelo) as diversas ações gerenciais, de maneira a buscar a excelência.
Entende-se que a qualidade em instituições de saúde é consequência do equilíbrio
na condução diária dos modelos assistencial e gerencial. O conceito de modelo
assistencial em organizações de saúde já está consagrado pelo uso, e a maioria dosgestores entende a necessidade de sua definição clara. O objetivo deste Manual é
enfatizar, por meio de exemplos práticos, a necessidade de os gestores entenderem a
importância da definição de um modelo de gestão para suas organizações. Entenda-
se a palavra modelo aqui utilizada no seu sentido mais amplo, englobando uma série
de conceitos administrativos que são vistos de maneira integrada, sistêmica e coe-
rente. Da mesma forma que o modelo assistencial engloba várias formas de atender
pacientes com diferentes grupos de patologias, também aqui existem várias maneiras
de desenvolver as ações gerenciais. Não se trata de opor este modelo àquele , da mesmaforma como não há um modelo assistencial melhor do que outro, mas simplesmente
diferentes em razão das características e necessidades de cada organização.
Liderança Resultados
P e s s o a s
C l i e
n t e s
P r o
c e s s o
s S o c i e
d a d e
Estratégias e planos
C o n h
e c i m
e n t o
C o n h e c i m
e n t o
C o n h e c i m e n t o
I n f o
r m a ç
ã o
I n f o
r m a ç ã
o
I n forma ç ã o
Figura 1 – Modelo de gestão do CQH. Aos aros da roda de leme, correspondem os elementos do modelo; ocírculo (figura geométrica integradora) externo refere-se à informação e ao conhecimento que integram
os demais elementos.
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Introdução
XVII
Como se verá, o modelo tanto serve para entender, planejar, administrar ou ava-
liar toda uma organização, como no exemplo fictício do Hospital e Maternidade
Bom Moço, assim como partes dela. Em razão disso, apresentam-se neste Manual
relatórios de gestão e exemplos de diferentes serviços de um hospital. Com base
nos exemplos fornecidos, o leitor poderá extrapolar para situações de seu interesse
e constatar que a versatilidade do modelo permite aplicá-lo a qualquer condição
administrativa: pequenas, médias ou grandes empresas; organizações lucrativas ou
não lucrativas; entidades públicas ou privadas; indústria de transformação ou área
de comércio e serviços. O leitor também verá quão importante é esse modelo
para as organizações de saúde. Para entender a aplicação dos casos apresentados, éaconselhável que o leitor complemente seu conhecimento das bases metodológicas
do modelo por meio das publicações da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ)
(www.fnq.org.br) e do CQH (www.cqh.org.br). Nos últimos 18 anos, a FNQ tem
difundido essa metodologia como forma de auxiliar empresas brasileiras na busca
contínua por qualidade em seus serviços e produtos. Na área da saúde e hospitalar, o
CQH tem feito o mesmo desde 1991. As duas organizações mantêm convênio que
define sua atuação conjunta.
O caso Hospital e Maternidade Bom Moço foi elaborado por um grupo deprofissionais para ser usado nos cursos de formação de banca avaliadora da FNQ.
Registre-se o agradecimento dos autores a essa fundação pela autorização para uso
desse caso no Manual .
O Relatório de Gestão do InRad foi elaborado por um grupo de profissionais
do Instituto de Radiologia do HC-FMUSP, coordenados pela Dra. Lucila Pedroso
da Cruz, a quem vão os agradecimentos pela permissão de uso. Destaque-se que esse
relatório foi a peça apresentada para concorrer ao Prêmio Nacional de Gestão em
Saúde, do qual o InRad foi ganhador no ciclo 2006/2007, no nível prata.O Relatório de Gestão da Divisão de Farmácia do Instituto Central do HC-
FMUSP foi elaborado pelos farmacêuticos daquela unidade hospitalar, coordenados
pela Dra. Sonia Lucena Cipriano; a eles, o reconhecimento e os agradecimentos pela
permissão de uso.
O caso do Laboratório Weinmann, embora descrito como unidade não hospita-
lar, contém elementos aplicáveis à administração de qualquer laboratório de patolo-
gia clínica, intra ou extra-hospitalar; os agradecimentos pela permissão de uso vão
aos diretores do Laboratório Weinmann de Porto Alegre.O modelo de gestão para os serviços de enfermagem constitui uma grande con-
tribuição para enfermeiros que tenham a incumbência de gerenciar uma unidade e
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XVIII
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
que não dispunham até aqui de um referencial homogêneo, sistêmico e integrado
para orientar seus esforços gerenciais; isso só foi possível graças ao esforço das enfer-
meiras Cleide Regina Rodrigues, Elza Sumiko Hojo Abe e Sara Diniz Rubinsztejn
Azevedo.
Os dois outros casos relativos a um serviço de anestesiologia e a uma Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) já apareceram na 1a edição deste Ma-
nual , sendo aqui apresentada uma versão modificada deles.
Por fim, o roteiro de visita para autoavaliação das organizações interessadas pode ser
feito com base na versão de 2008 anexa a este Manual e disponível no site do CQH.
Nem todos os nomes que constam do rol de colaboradores participaram na ela-boração dos textos propriamente ditos, mas seus nomes aparecem na lista porque, de
alguma maneira, contribuíram para a produção deste Manual. Em cada capítulo, os
autores estão devidamente identificados. De qualquer forma, sempre é importante
agradecer a pessoas ou entidades que têm contribuído para o sucesso do Programa
CQH e, mais especificamente, para o lançamento desta 2a edição. À Associação Pau-
lista de Medicina na pessoa de seu presidente Dr. Jorge Carlos Machado Curi e ao
Conselho Regional de Medicina na pessoa de seu presidente Dr. Henrique Carlos
Gonçalves, pelo constante apoio e manutenção do CQH. À Fundação Nacional daQualidade pela cessão dos direitos para uso do caso Hospital e Maternidade Bom
Moço, bem como pelo apoio sempre prestado a todas as iniciativas do CQH, inclu-
sive pelo uso de sua metodologia de gestão. Ao Dr. Alexandre Massa e ao Dr. Paulo
Rzezinski pela permissão para uso de materiais já publicados pela Editora Atheneu.
Aos voluntários, que são a espinha dorsal do CQH, os agradecimentos e o reconhe-
cimento pelo trabalho para produzir este Manual e por terem ajudado na construção
de um sistema de saúde mais cidadão e mais eficiente.
Haino Burmester
Organizador
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1
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
Ivana Mara Rodrigues da Silva1
Perfil da organização1
Descrição da organização
Instituição, propósitos e porte da organização
•Denominação e forma de atuação: o Hospital e Maternidade Bom Moço (HMBM) éuma fundação de direito privado, sem fins lucrativos, que presta serviços de saúde
de emergência, pronto atendimento, ambulatorial e de internação.
• Data de instituição: iniciou suas atividades em 1950 quando o jovem médico, Paulo
Sampaio, recém-formado e já concluindo sua residência médica em ginecologia,
abriu uma clínica com a ajuda do pai, o coronel Antonio Sampaio, no bairro
de Boa Esperança, região nobre da cidade de Horizonte, Minas Gerais. Paulo
Sampaio convidou para sua equipe Aristides Ribeiro, colega de faculdade, que se
especializava em ginecologia e obstetrícia, bem como o Olinto de Oliveira Maia,professor renomado da cadeira de pediatria.
• Descrição e porte do negócio: se inicialmente a clínica atendia pacientes especialmente
nas especialidades de seus fundadores, já a partir do 4o ano de existência houve uma
ampliação e diversificação das atividades, com a contratação de especialistas de ou-
tras áreas. Com a crescente demanda pelos atendimentos e mediante a necessidade
da população local, em 1958 a policlínica foi transformada em pronto-socorro e já
contava com 23 leitos. Em 1965, uma nova reforma levou à inauguração da mater-
1 Com revisão técnica da equipe da Fundação Nacional da Qualidade.
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2
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
nidade com 13 leitos. Graças à dedicação e esforço de seus médicos fundadores, em
1972 foi inaugurado o novo prédio do já então denominado Hospital e Materni-
dade Bom Moço, com 93 leitos. Em 1979, inaugurou-se o serviço de neonatolo-
gia, e em 1985, a UTI neonatal. Atualmente, o hospital ocupa uma área de 90.000
m2, tem 490 leitos e 5.230 colaboradores. Pela área de abrangência de atuação do
HMBM, estima-se em 32.000 pessoas o número de clientes-alvo da unidade, com
um faturamento bruto anual girando em torno de R$ 54.000.000,00.
Produtos e processos
• Principais produtos do HMBM : atendimento emergencial, pronto atendimento, tra-
tamento clínico e cirúrgico, internação, exames (centro de diagnóstico), atendi-
mento de hospital-dia, atendimento ambulatorial, atendimento domiciliar, aten-
dimento de UTI neonatal, atendimento de UTI pediátrica, atendimento de UTI
adulto e consultas ambulatoriais.
• Principais processos do negócio: relacionados ao atendimento médico e apoio clínico,
como assistência farmacêutica, assistência psicológica, assistência social, atendi-
mento de urgência, atendimento domiciliar, atendimento de hospital-dia, bancode leite humano, central de material e esterilização, centro cirúrgico (CC), centro
obstétrico (CO), consultas ambulatoriais, internações hospitalares, centro de diá-
lise, quimioterapia, radioterapia, fisioterapia e reabilitação, laboratório clínico, lac-
tário, nutrição, núcleo de pesquisas, medicina nuclear, serviço de imagem e UTI.
• Processos de apoio: os principais processos de apoio são os relacionados aos seguin-
tes setores: gerência de qualidade, arquivo médico, assessoria jurídica, biblioteca,
engenharia e manutenção, estatística, gestão de materiais, gestão econômico-
financeira, higiene hospitalar, núcleo de informação, lavanderia, ouvidoria, re-cepção, recursos humanos, relações públicas, segurança, serviço especializado de
engenharia, segurança e medicina do trabalho (SEESMT), transporte e zeladoria.
Quadro 1.1 – Principais processos do HMBMAtendimento médico Atendimento de urgência
Atendimento domiciliar Atendimento hospital-diaCirurgias (CC e CO)
Consultas ambulatoriaisInternações hospitalaresUTI
(continua)
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.1 – Principais processos do HMBMApoio clínico Assistência farmacêutica
Assistência psicológicaAssistência socialBanco de leite humanoCentral de material e esterilizaçãoCentro de diáliseFisioterapia e reabilitaçãoLactárioNutriçãoNúcleo de pesquisasQuimioterapiaRadioterapiaServiços de diagnóstico (laboratório clínico, serviço deimagem e medicina nuclear)
Apoio administrativo Arquivo médicoAssessoria jurídicaBibliotecaEngenharia e manutençãoEstatísticaGerência de qualidadeGestão de materiaisGestão econômico-financeiraHigiene hospitalar Núcleo de informaçãoLavanderiaOuvidoriaRecepçãoRecursos humanosRelações públicasSEESMTSegurançaTransporteZeladoria
Os números relativos a atendimentos, cirurgias, consultas, exames e outros (Qua-
dro 1.2) colocam o HBMB entre os 20 maiores hospitais particulares do país.
Quadro 1.2 – Produção no HMBMMédias mensais em 2007
Internações 4.200Cirurgias 1.800
Consultas 5.500(continua)
(continuação)
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Quadro 1.2 – Produção no HMBMMédias mensais em 2007Partos 2.200
Exames 17.000
Atendimentos no pronto-socorro 22.000
Atendimentos domiciliares 950
Atendimentos no hospital-dia 3.500
• Principais equipamentos, instalações e tecnologias de produção: o Quadro 1.3 apresenta
os equipamentos do HMBM utilizados nos processos-fim do hospital.
Quadro 1.3 – Principais equipamentosPrincipais equipamentos por número de itensAcessórios biomédicos 90
Aparelhos biomédicos 187
Material biomédico 159
Móveis biomédicos 189
Utensílios 240
Força de trabalho
• Denominação: a força de trabalho é denominada colaborador.
• Composição: a força de trabalho do HMBM é composta por 5.230 colaborado-
res, todos contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
exceto os 261 empregados das empresas terceirizadas, de limpeza, segurança, la-
vanderia, manutenção, transporte e cozinha. Aproximadamente 85% dos colabo-
radores são profissionais da saúde que têm contato direto com os pacientes.
Quadro 1.4 – Composição da força de trabalhoGerentes e chefias5%
Equipe multiprofissional de nível superior e médio
Corpo clínico25%
Médicos
Residentes
Fisioterapeutas
Psicólogos
Enfermagem40% EnfermeirosAuxiliares de enfermagem
Técnicos de enfermagem(continua)
(continuação)
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.4 – Composição da força de trabalhoApoio clínico15%
Nutricionistas
Assistentes sociais
Diagnóstico
Farmácia
Apoio administrativo10%
Informática
Compras
Jurídico
Financeiro
Manutenção de equipamentos
Empresas e serviços terceirizados
5% (pessoal próprio)
Limpeza
Nutrição e dietéticaLavanderia
Manutenção predial
Lanchonete
Transporte
Segurança
O grau de instrução dos funcionários vem aumentando muito nos últimos anos,
e apenas 4%, a maioria funcionários antigos da casa, têm apenas o 1o grau completo
(Figura 1.1).
(continuação)
56%
4%
40%
1º grau
2º grauSuperior
Figura 1.1 – Grau de escolaridade dos funcionários (exceto corpo clínico).
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
O corpo clínico do HMBM tem bastante experiência na profissão. Há, no entan-
to, a preocupação do hospital em admitir também profissionais de saúde jovens, para
que possam contribuir para a modernização das práticas cirúrgicas e assistenciais
como um todo. A Figura 1.2 indica o tempo de experiência do corpo clínico.
10%14%
29%47%
Até 5 anos
Mais de 20 anos
6 a 10 anos
11 a 20 anos
Figura 1.2 – Tempo de experiência do corpo clínico.
• Requisitos de segurança: as estratégias estabelecidas pela instituição, com o propósi-
to de assegurar de maneira efetiva a existência de condições de trabalho saudáveis
e seguras a todos os colaboradores, são estabelecidas no Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO).
Clientes e mercado
• Principais mercados: o mercado do HMBM é composto pela comunidade de Ho-
rizonte e arredores, que representa em torno de 70% dos pacientes atendidos. Os
demais pacientes são de outras cidades do Estado (18%) ou de outros Estados do
Brasil (12%).
• Principais clientes e clientes-alvo: o HMBM considera clientes os pacientes, os fa-
miliares e acompanhantes e os convênios médicos. Por tratar-se de um hospitalcom corpo clínico fechado, isto é, com 100% dos médicos contratados em regi-
me CLT, esse profissional é considerado como força de trabalho. Atualmente, a
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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grande maioria dos pacientes atendidos no HMBM utiliza planos de saúde (con-
vênio médico), enquanto uma pequena parte ainda é composta por pacientes
particulares. O Quadro 1.5 apresenta a classificação geral dos clientes do HMBM,
destacando os principais planos de saúde.
Quadro 1.5 – Principais clientes do HMBMClientes ParticipaçãoPorto Horizonte 27%
Pominte 23%
Norte América 21%
Outros planos 18%Particulares 6%
SUS 5%
O Quadro 1.6 apresenta as especialidades mais procuradas no HMBM.
Quadro 1.6 – Clientes por produtoEspecialidades Ambulatório Internação Atendimento
domiciliar
Obstetrícia 30% 35% –Ginecologia 20% 10% –
Problemas circulatórios 15% 10% 40%
Neoplasias 15% 30% 20%
Digestivo 7% 5% 10%
Respiratório 5% 5% 30%
Doenças infecciosas 5% 2% –
Doenças renais 3% 3% –
•Organizações intermediárias: os convênios (relacionados no Quadro 1.5), emborasejam clientes-alvo do HMBM, são considerados organizações intermediárias,
uma vez que interagem com outros clientes-alvo do hospital (pacientes e fami-
liares), muitas vezes interferindo nessa relação.
• Principais necessidades e expectativas de cada tipo: as necessidades dos clientes variam
muito de acordo com o grupo ou a categoria de cliente atendido. Em algumas
situações, essas necessidades chegam a ser conflitantes. Enquanto os convênios
médicos tendem a exigir baixos preços, curta duração de internação e minimiza-
ção de solicitação de exames, os pacientes esperam um atendimento humanizado,que considere sua opinião quanto aos procedimentos adotados, além de cortesia e
postura profissional. Além disso, pacientes e familiares consideram os serviços de
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
hotelaria um aspecto muito importante na qualidade do hospital. O Quadro 1.7
sintetiza as principais necessidades dos clientes.
Quadro 1.7 – Necessidades dos clientesCliente Principais necessidadesPacientes e familiares Resolubilidade
Postura profissionalCortesiaConfortoRapidez no atendimentoQualidade nos serviços de hotelaria
Ampla rede de convêniosFacilidade de acesso
Convênios ResolubilidadeVariedade de procedimentos e especialidadesPacientes satisfeitosPreços competitivosBaixo tempo de internação
Fornecedores e insumos
• Principais tipos: a qualidade dos serviços do HMBM está fortemente associada aos
insumos e serviços entregues por fornecedores e prestadores de serviços. O Qua-
dro 1.8 indica os principais fornecedores e prestadores de serviços do HMBM, e
seus valores aproximados.
Quadro 1.8 – Fornecedores, prestadores de serviços e valores de aquisiçãoFornecedores/prestadoresde serviços
Insumos/serviços Valor da aquisição(mensal)
Super Material Ltda.Tudo para Hospital Ltda.Material do Médico Ltda.
Material médico-hospitalar R$ 10.000.000,00
Laboratórios do Brasil Ltda.Atendendo a seu Laboratório Ltda.Materiais para Laboratórios Ltda.
Material laboratorial R$ 450.000,00
Podak Materiais Radiológicos Ltda. Materiais radiológicos R$ 960.000,00
Tenho Gás Ltda. Gases medicinais R$ 70.000,00
Tudo para Escritórios Ltda.
Bons Papéis Ltda.
Materiais administrativos R$ 30.000,00
Dr. Limpo de Bactérias Higienização e limpeza R$ 200.000,00
Proteção é Tudo Segurança R$ 150.000,00
Comendo com Saúde Alimentação R$ 400.000,00
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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• Particularidade no relacionamento: considerando o custo dos materiais radiológi-
cos e o impacto do gasto com esses materiais na gestão econômico-financeira
do HMBM, realiza-se, a cada seis meses, um encontro com os fornecedores de
materiais radiológicos, em que se discute a política de uso de materiais e compra
de insumos do hospital. Além disso, o HMBM realiza semestralmente um café
da manhã com os seus principais fornecedores para a discussão de não confor-
midades.
Sociedade
• Principais comunidades: com base em censos demográficos e levantamentos rea-
lizados pelo próprio hospital, no final de 2004 a população carente na área de
atuação da organização era de aproximadamente 35 mil habitantes, distribuídos
em 4.500 moradias, muitas delas situadas em uma grande favela da região, que
contrasta com o alto poder aquisitivo da parte nobre do bairro.
O perfil demográfico desse segmento da população possui índices de natalidade
e de mortalidade infantis sensivelmente superiores à média nacional. Isso se deve àfalta de planejamento familiar e às condições precárias de atendimento à saúde da
mulher e da criança. Enquanto o nível médio de desemprego da região metropoli-
tana de Horizonte é de 12%, esse índice alcança 32% desse segmento da população,
Bairro Boa Esperança
Favela daEsperança
Lixão
Municipal
HMBM
Figura 1.3 – Mapa do HMBM e a comunidade local.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
na faixa etária economicamente ativa. Sendo assim, a principal fonte de renda dessa
comunidade provém da atividade dos catadores de lixo que trabalham nos lixões da
cidade.
• Impactos negativos: os principais impactos socioambientais negativos potenciais do
HMBM estão relacionados ao descarte de lixo hospitalar e à organização do
trânsito na região, em razão do movimento do hospital. Para tanto, os represen-
tantes dos setores de infecção hospitalar, higiene hospitalar e administração defi-
niram orientações específicas sobre esses aspectos negativos para colaboradores,
comunidades locais e representantes da sociedade organizada que frequentam oHMBM, com o propósito de prevenir e minimizar esses impactos.
Relacionamento com outras partes interessadas
• Outras partes interessadas e suas necessidades: além de clientes, fornecedores, so-
ciedade, sócios-proprietários e colaboradores, são ainda partes interessadas do
HMBM as organizações e associações de classe, como o Conselho Regional de
Medicina (CRM), Conselho Regional de Enfermagem (Coren), entre outrosrelacionados às categorias de profissionais de saúde do hospital, cujas necessidades
estão relacionadas diretamente com as boas condições de trabalho (incluindo o
cumprimento da legislação pertinente para cada categoria) dos colaboradores do
HMBM. O governo também é uma parte interessada do HMBM, representada
pelas secretarias Estadual e Municipal de Saúde, que interagem com o hospital
quando da discussão sobre a regionalização do atendimento de saúde, conforme
preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a organização desse
sistema de regulação a maior necessidade identificada para esta parte interessada.Com o Ministério da Saúde (órgão regulador) o relacionamento do hospital é
feito basicamente por meio das visitas de fiscalização da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
Concorrência e ambiente competitivo
Ambiente competitivo
• Concorrência direta: em razão de seu posicionamento no mercado para um público
de alto poder aquisitivo, o HMBM praticamente não tem concorrentes. Dentre
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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os hospitais da cidade, o único hospital geral privado, além do HMBM, é o Hos-
pital Santa Mariana, que atende um público não tão favorecido, já que possui
maior amplitude de planos de saúde. O Laboratório de Exames Bom Amigo, uma
das principais referências da cidade, pode ser considerado um concorrente indi-
reto do hospital, porém, no caso de alguns exames não realizados pelo HMBM,
é indicado como um parceiro de confiança. Na área de atendimento domiciliar,
o HMBM vem sofrendo uma concorrência crescente de hospitais especializados
e até de clínicas de especialidade médica, as quais identificaram oportunidades de
negócios, com a volta do conceito do “médico da família”, e criaram as unidades
de home care .• Parcela de mercado: pelo tipo de planos de saúde atendidos e pelo padrão de ser-
viços oferecidos, pode-se dizer que os clientes do HMBM possuem alto poder
aquisitivo. Porém, por tratar-se de um hospital filantrópico, atendem-se 5% de
seus pacientes pelo SUS. A Figura 1.4 representa o atendimento prestado pelo
HMBM de acordo com o poder aquisitivo de seus clientes, demonstrando, assim,
a que parcela de mercado seus serviços estão dirigidos.
55%
5%40%
A
B
C
Figura 1.4 – Segmentação socioeconômica dos clientes.
• Fatores diferenciadores: a principal diferenciação do HMBM está em ser um hospi-
tal direcionado para o atendimento a um cliente de poder aquisitivo mais elevado
e, portanto, com uma preocupação com hotelaria e atendimento personalizado,e ainda conservando o foco na assistência e na prevenção de doenças. Nesse
sentido, destacam-se os programas Hospital Amigo da Criança, de incentivo ao
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
aleitamento materno e Maternidade Segura, de incentivo ao parto normal. O
HMBM foi o único hospital privado do país a conquistar reconhecimento pú-
blico neste último programa.
• Mudanças no ambiente competitivo: apesar dos poucos concorrentes, a equipe do
HMBM sabe que o setor saúde é dinâmico o suficiente para mudar esse pano-
rama, com a tecnologia cada vez mais evoluindo para a cura de doenças e para
a descoberta de novas doenças e tratamentos. O processo de atualização dessa
equipe é constante, com o propósito de transformar esses avanços tecnológicos
em novas oportunidades de negócio. Além disso, os profissionais do HMBM par-
ticipam de feiras hospitalares, congressos e grupos de benchmarking internacionais,a fim de manter sua posição de mercado.
Desafios estratégicos
• Desafios: atualmente, o segmento de saúde passa por uma grande transformação.
O envelhecimento da população e dos pacientes em geral tem pressionado para
o aumento do tempo médio de internação e do índice de retorno de pacientes
pelo mesmo problema. Alinhado a uma tendência geral da saúde pública, dedesospitalização da população, o HMBM criou os serviços de atendimento do-
miciliar e o hospital-dia.
• Ampliação de parcerias: além das parcerias com os hospitais participantes do Pro-
grama CQH, o HMBM vem ampliando suas parcerias com hospitais interessados
na discussão de indicadores por meio do Núcleo de Gestão Hospitalar do CQH
(NAGEH), do próprio CQH ou por meio de encontros de benchmarking orga-
nizados pelo hospital.
• Novas tecnologias: na área da saúde, esse tema é de extrema relevância, dado o im-pacto que as novas tecnologias vêm trazendo para a resolubilidade dos problemas
de saúde hoje apresentados e para a cura e tratamento das doenças. Pensando nis-
so, o HMBM vem paulatinamente implementando o sistema de telerradiologia
e telemedicina que disponibiliza as imagens e os dados diagnósticos na rede de
computadores para a realização do diagnóstico diretamente nos consultórios. Esse
sistema permite ainda que o radiologista analise simultaneamente imagens de
ultrassom e tomografia de um paciente em uma mesma tela, além da visualização
dos resultados dos exames realizados anteriormente. Os exames podem ser entre-gues aos pacientes em CD, proporcionando também uma economia significativa
com material radiológico.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Aspectos relevantes
• Requisitos legais e regulamentares: o HMBM está sujeito às leis e regulamentações
específicas do setor de saúde, como as emanadas pelo Ministério da Saúde, com
destaque para a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os conselhos ligados às
categorias profissionais relacionadas ao setor.
• Sanções ou conflitos: o HMBM não apresenta nenhuma pendência ou sanção legal,
relacionada aos seus processos ou produtos, nos últimos 3 anos.
• Outros aspectos peculiares: atualmente, os hospitais dos grandes centros urbanos
tendem a concentrar suas atividades em uma ou algumas especialidades e acabamsendo reconhecidos por esse perfil. Em razão da carência geral da cidade de Ho-
rizonte, o HMBM, no momento de sua fundação, optou por um atendimento
de maternidade. Com o tempo, ampliou as atividades e tornou-se um hospital
geral, atendendo às necessidades da população da cidade. Assim, o hospital ganha
um diferencial competitivo pelo fato de atuar também na prestação dos serviços
médicos e atração de profissionais de competência reconhecida em suas áreas de
formação, nas diversas especialidades.
Histórico da busca pela excelência
No HMBM, a busca por qualidade e excelência teve início, de forma mais sis-
temática, em 1992 quando o hospital passou a adequar sua gestão ao “Roteiro de
visitas” do CQH. Como reconhecimento por esse esforço, o HMBM obteve o Selo
da Qualidade do CQH, em 1994, e, desde então, a cada 2 anos, conforme preconiza-
do pela metodologia do programa, o hospital é visitado para a confirmação do Selo.
Em 1997, foi criado o Comitê da Qualidade, coordenado por Walter Sampaio,diretor das áreas de recursos humanos e qualidade do hospital (atualmente na estru-
tura como gerência da qualidade). No ano seguinte, o HMBM obtinha a certifica-
ção ISO 9002:1994 nas áreas da farmácia e nutrição.
Em 2000, o Programa CQH alinha seu roteiro de avaliação com os “Primeiros
passos” dos critérios de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), o que
facilitou a compreensão do HMBM sobre os conceitos envolvidos no Modelo de
Excelência da Gestão® (MEG) proposto pela FNQ.
No final de 2001, o HMBM conseguiu sua recertificação pela ISO 9000:2000,sendo uma das primeiras organizações brasileiras de saúde a obter a certificação
nessa versão.
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14
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Em 2003, o HMBM obteve o reconhecimento Prata no Prêmio Nacional da
Gestão em Saúde (PNGS) na categoria hospitais.
Em 2005, com a conquista do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde, confirmou
seu nível de maturidade no modelo de gestão proposto.
No ano seguinte, foram criadas 6 equipes para o aprimoramento das diversas
práticas do hospital, com o objetivo de candidatar-se ao Prêmio Nacional da Qua-
lidade em 2008.
Organograma do HMBM
• Conselho diretivo: Dr. Paulo Sampaio, Dr. Aristides Ribeiro e Felipe de Oliveira
Maia (conselheiros + uma secretária).
• Diretoria: Dr. Igor Sampaio (5 colaboradores).
• Gerente de programas e projetos: Dra. Rosa Jardim da Silva (118 colaboradores).
• Gerente de serviços técnicos: Dr. Valdisi Rodrigues (2.292 colaboradores).
• Gerente de serviços de apoio clínico: Dr. Antonio Galvão (884 colaboradores).
• Gerente de serviços de apoio administrativo: Dr. Júlio Ribeiro (523 colaboradores).
•Gerente dos serviços clínicos: Dra. Cleide Maia (1.407 colaboradores).
Conselho diretivo
Diretoria
Sistemas e métodosRelações públicasAssessoria jurídica
Gerente deserviçosclínicos
Gerente deserviços de apoio
administrativo
Gerente deserviços de apoio
clínico
Gerente deserviçostécnicos
Gerente deprogramase projetos
E n f e r m a g e m
S e r v i ç o s o c i a l
N u t r i ç ã o e d i e t é t i c a
F a r m á c i a
O d o n t o l o g i a
P s i c o l o g i a
A r q u i v o m é d i c o e e s t a t .
B i b l i o t e c a
A n a t o m i a p a t o l ó g i c a
L a b . d e a n á l . c l í n i c a s
R a d i o l o g i a m é d i c a
E l e t r o c a r d i o g r a m a
E l e t r o e n c e f a l o g r a f i a
A n e s t e s i a
B a n c o d e s a n g u e
R a d i o t e r a p i a
H e m o d i n â m i c a
E n d o s c o p i a
M e d i c i n a n u c l e a r
R e c u r s o s h u m a n o s
M a t e r i a l
F i n a n ç a s
C o n t a b i l i d a d e
E n g e n h a r i a e m a n u t e n ç ã o
L a v a n d e r i a
Z e l a d o r i a
S e r v i ç o s g e r a i s
T r a n s p o r t e
G e r ê n c i a h o s p i t a l a r
C l í n i c a m é d i c a
C l í n i c a c i r ú r g i c a
P e d i a t r i a
G i n e c o l . e o b s t e t r í c i a
O r t o p e d i a
M e d i c i n a s o c i a l
Coord. timeatenc. pac.
Núcleo dosaber
Núcleo de
pesquisa
Coord. de
time CCIH
Comis.Consul.Operac.
Treinamento em serviçoEducação continuada
Unidade de ambulatórioUnidade de internação
Unidade de emergênciaUnidade de terapia intensiva
Centro cirúrgicoCentro obstétrico
Formação de profissional técnicoExtensão universitária
Especialização
Clínica Básica Aplicada
Levantamento epidemiológico Promoção Prevenção Reabilitação
Figura 1.5 – Organograma do HMBM.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Liderança
Sistema de liderança
Riscos empresariais
Os riscos empresarias são identificados nas reuniões trimestrais do Conselho Di-
retor e Sócios (Condiso). Dessas discussões, participam os três conselheiros e todos
os principais administradores: Dr. Igor Sampaio (diretor do hospital), Dr. Júlio (ge-
rente dos serviços de apoio administrativo), Dra. Cleide Maia (gerente dos serviçosclínicos), Walter Sampaio (gerente de recursos humanos) e Bruno de Oliveira Maia
(gerente financeiro). As ferramentas utilizadas nessas reuniões são os relatórios men-
sais de análise crítica do desempenho do hospital, com destaque para os resultados
econômico-financeiros.
A sustentabilidade econômica vem sendo considerada o grande risco para a or-
ganização, uma vez que sua maior produção está associada à especialidade de obste-
trícia que, por suas características, limita a possibilidade do aumento das cobranças
dos procedimentos realizados.Acrescenta-se que, ao assumir como valor organizacional a humanização do
atendimento, a unidade se comprometeu com o investimento em orientações mais
específicas aos seus pacientes (destacando-se as relacionadas ao aleitamento) e na
realização dos procedimentos obstétricos mais humanizados, mesmo com o ônus
no seu faturamento.
Com base nessas considerações, a equipe de dirigentes do hospital vem optando
pela ampliação do atendimento em especialidades com maiores capacidades de fatu-
ramento (como a oncologia, por exemplo, para tratamento de neoplasias), com o pro-pósito de equilibrar as contas e manter a sustentabilidade e o padrão de atendimento.
A criação do atendimento domiciliar também foi uma estratégia para minimizar
os riscos empresariais, incluindo o diferencial de atendimento, em relação aos con-
correntes.
Prestação de contas
A prestação de contas é feita nas reuniões trimestrais do Condiso, em que o di-retor, Dr. Igor Sampaio, apresenta os resultados organizacionais que são analisados
pelos principais administradores e conselheiros, de acordo com os fatores de ava-
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
liação definidos pelo modelo de gestão, relevância, tendência e desempenho. Cabe
destacar que o desempenho avaliado por meio de informações comparativas é um
refinamento dessa prática, estabelecido em 2006, como aprendizado organizacional.
Além dessas informações, parte da reunião é utilizada pelo diretor para a presta-
ção de contas das metas realizadas e do balanço financeiro.
Exercício da liderança
A fim de promover o relacionamento harmônico entre as diversas partes inte-
ressadas, a direção do hospital trabalha com uma estrutura organizacional matricial,definida com base em seus processos, objetivando a aproximação das diversas áreas.
Essa prática é avaliada sistematicamente durante o ciclo de planejamento estraté-
gico e refinada com a criação de novos “times” ou núcleos de trabalho, como o time
de aprendizado ou o núcleo do saber.
Essa estrutura matricial e o sistema de trabalho da organização são responsáveis
pela interação da direção do hospital com seus colaboradores.
O diretor do HMBM iniciou em 2004 as reuniões semestrais com os líderes
comunitários e representantes de sociedade organizada (como o Clube de Lojistasda Região, Igreja, centro comunitário, escolas da região, entre outras instituições),
objetivando a interação do hospital com a sociedade.
Para a interação com governo, o hospital utiliza os mecanismos oficiais de presta-
ção de contas e as reuniões de regulação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com os fornecedores, a interação é feita por meio dos fóruns específicos de café
da manhã e do encontro com os fornecedores de materiais radiológicos.
A direção interage com os clientes da unidade por meio dos mecanismos de
relacionamento com os clientes, descritos mais adiante.
Tomada de decisões
O processo de tomada de decisões do HMBM pode ser descrito em três grandes
momentos. O primeiro refere-se às reuniões quinzenais da diretoria com os seus ge-
rentes (gerência de programas e projetos, de serviços técnicos, de serviços de apoio
clínico, de serviços de apoio administrativo e de serviços clínicos).
Nessas reuniões, abordam-se as rotinas de trabalho e as não conformidades dosprocessos, e todos podem votar nas soluções propostas pela equipe. São feitas atas
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dessas reuniões que ficam disponibilizadas na intranet, com acesso a todos os setores
do hospital.
Quando é tomada uma decisão que envolve outras partes interessadas, além da
força de trabalho, esta é acionada por um dos participantes da reunião, responsa-
bilizado para a disseminação e o acompanhamento da implementação das ações
necessárias para o cumprimento da decisão tomada.
O segundo momento refere-se às reuniões bimensais do Controle do Planeja-
mento Estratégico (Coplan), em que participam os mesmos gerentes, o diretor da
unidade, o núcleo de planejamento (recém-organizado) e os responsáveis pelos ob-
jetivos estratégicos estabelecidos durante o ciclo de planejamento. Nesse momento,são discutidas e decididas a alocação de recursos e a implementação dos planos de
ação. Após as devidas explanações e propostas, têm direito a voto o diretor, o gerente
dos serviços de apoio administrativo, a gerente dos serviços clínicos e o gerente
financeiro. A comunicação das decisões tomadas é feita pelos mesmos mecanismos
já citados para a prática anterior (atas da intranet ou reuniões presenciais, quando
necessário com determinada parte interessada).
O terceiro momento refere-se às reuniões trimestrais do Condiso, em que par-
ticipam os três conselheiros e todos os principais administradores. Nessas reuniões,identificam-se os riscos empresariais e discutem-se as decisões relacionadas à cor-
reção de rumo, quando necessário. É também nessas reuniões que se aprovam as
estratégias, objetivos da organização e seu modelo de negócios.
Após a explanação de propostas, o direito a voto é dado de acordo com o estatuto
do hospital. A comunicação e o acompanhamento das decisões tomadas nessas reu-
niões são feitos de forma planejada a partir das estratégias estabelecidas na própria
reunião, de acordo com o problema e a solução apresentada.
Identificação das pessoas com potencial de liderança
As pessoas com potencial de liderança são identificadas por meio da avaliação de
desempenho dos colaboradores, já que a gerência de recursos humanos dispõe de um
banco de dados com essas informações que é acionado quando da necessidade de
preenchimento de um cargo de comando.
Nesse banco de dados, todos os cargos de comando da unidade estão descritos,
com as competências definidas para os líderes (conhecimentos, habilidades e atitudesdesejadas). Além disso, esse banco de dados seleciona os possíveis líderes com base
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
nessa definição e identifica os ativos intangíveis humanos (por meio de uma classi-
ficação própria definida no hospital).
Com base na identificação, faz-se um processo “sucessório” de desenvolvimento
e de preparação para o exercício da liderança. Esse processo contempla a realização
de cursos específicos que serão necessários para o bom desempenho do líder e o
início dos trabalhos no novo cargo, com o antigo gerente funcionando como um
“tutor” por 3 meses.
Dessa forma, as mudanças de cargos dentro do hospital são feitas com planeja-
mento, para que não ocorra a descontinuidade das práticas de gestão. Em casos de
situações inusitadas, o superior imediato do líder que está se afastando assume atutoria do novo líder.
Avaliação da liderança
Anualmente, avaliam-se os líderes da organização por meio da avaliação 360º, e
suas competências são definidas a partir da especificidade de cada cargo, nos que-
sitos conhecimento, habilidades e atitudes. Todavia, determinadas competências são
comuns, como demonstra o Quadro 1.9.
Quadro 1.9 – Competências comuns aos líderesCapacidade de envolvimento e mobilização da equipe em projetos sociais
Comportamento ético
Compromisso com a instituição
Conhecimento do MEG
Dedicação exclusiva
Formação em gestão dos serviços de saúde
Habilidade de negociação
Objetividade
Em 2006, a prática de avaliação da liderança foi refinada com a ferramenta “O
líder completo”, onde os dados da avaliação de desempenho são cruzados com
os resultados da pesquisa de clima organizacional e das pesquisas de satisfação dos
clientes.
Após a avaliação de desempenho dos líderes, é realizado o Plano Individual deDesenvolvimento do Líder (PIDL), em que são planejadas, em conjunto com o
núcleo do saber, as capacitações específicas para as lideranças.
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Cultura da excelência
Valores e princípios organizacionais
Em 2001, representantes da alta direção do hospital, incluindo o conselho di-
retivo, a diretoria, as gerências de programas e projetos, de serviços técnicos, de
serviços de apoio clínico, de serviços de apoio administrativo e de serviços clínicos,
reuniram-se para a definição da missão, da visão e dos valores do hospital.
Essas definições vêm, desde então, norteando o processo de planejamento estra-
tégico da unidade, e anualmente, após a análise dos cenários externos e internos, tais
conceitos são revisados e atualizados, se necessário.
Cabe destacar que, apesar do processo anual de planejamento e da possibilidade de,
nesse momento, ser feita a revisão e atualização dos princípios organizacionais, é polí-
tica do hospital evitar alterações nesses conceitos, o que só feito apenas a cada 5 anos,
se for essencial para agregar valor à unidade ou à sociedade como um todo. A equipe
de diretores do hospital entende que esses princípios organizacionais são a sua identi-
dade e que, por isso, não podem sofrer grandes alterações em espaços curtos de tempo.
O Quadro 1.10 apresenta os princípios organizacionais do HMBM.
Quadro 1.10 – Missão, visão e valores do HMBMMissãoPrestar assistência médico-hospitalar para pacientes internados, ambulatoriais e deatendimento domiciliar, nas diversas especialidades médicas, garantindo sua sustentabilidadeeconômico-financeira
VisãoSer reconhecido nacionalmente pela excelência na prestação dos serviços médico-hospitalares,por meio de equipe altamente qualificada e contando com recursos tecnológicos de ponta
ValoresÉticaTransparênciaHumanizaçãoInovaçãoDinamismoParticipaçãoTrabalho em equipeValorização das pessoasInclusãoDiversidadeFlexibilidade
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
O HMBM utiliza diversos mecanismos para a disseminação de seus valores e di-
retrizes organizacionais, como treinamentos de integração, site, murais, book e vídeo
institucional.
Com o propósito de refinar essa prática, em 2005 o Comitê de Qualidade do
hospital passou a homenagear os colaboradores, nas festas de confraternização de fim
de ano, com brindes com os princípios organizacionais e as principais conquistas do
hospital gravados em agendas, calendário, camisetas, etc. Esses brindes são distribuí-
dos também para as demais partes interessadas.
Para garantir o entendimento dos valores e princípios organizacionais por parte
dos colaboradores, a avaliação de desempenho da força de trabalho, a partir de 2004,passou a contemplar essas questões. Na dependência do resultado dessa avaliação, as
chefias imediatas são incumbidas de realizar os devidos esclarecimentos.
Como refinamento da prática, em 2005 o Comitê da Qualidade organizou a
primeira história em quadrinhos, com o personagem “Professor Mocinho” (mascote
do hospital) ensinando na prática o que significam os princípios organizacionais. A
história em quadrinhos tem tiragem semestral e, embora dirigida para os níveis mais
operacionais da unidade, é requisitada por todos os colaboradores que disseminam
esses conceitos, inclusive para suas famílias que se divertem com as aventuras do“Professor Mocinho”. A Figura 1.6 apresenta a capa da história em quadrinhos.
Figura 1.6 – “Professor Mocinho”.
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Estabelecimento dos padrões de trabalho
O primeiro critério para o estabelecimento dos padrões de trabalho do HMBM
é a legislação vigente para a área hospitalar. O setor de higiene, por exemplo, tem
seus padrões de trabalho basicamente definidos por legislação. As necessidades e
expectativas dos clientes também são utilizadas. O horário da aplicação da pesquisa
de satisfação e o instrumento de entrevistas foram definidos com base nessas neces-
sidades. A literatura é um mecanismo importante para o estabelecimento de padrões
de trabalhos nos processos assistenciais e vem sendo a base dos protocolos clínicos
do HMBM. Para os processos de apoio, foram realizadas visitas de benchmarking como propósito de estabelecer padrões.
Todo esse trabalho foi organizado em 2002 pela assessoria do diretor do hospital
responsável pelo setor de sistemas e métodos. Essa assessoria, em parceria com as
diversas áreas da unidade, definiu os critérios utilizados para o estabelecimento dos
padrões, considerando o perfil de cada setor.
Cumprimento dos principais padrões de trabalho
Após a descrição dos padrões de trabalho pelas próprias áreas, em 2004 o assessor
de sistemas e métodos organizou a ferramenta de controle que é utilizada trimes-
tralmente para avaliação do efetivo uso desses padrões.
Quando encontrada uma não conformidade, o assessor comunica a área res-
ponsável e determina um tempo (que vai até a próxima visita) para a solução do
problema. Caso a não conformidade venha a se repetir, é acionado o diretor da
unidade que tratará do problema diretamente com o gerente da área ou nas reuniões
quinzenais para a discussão das operações diárias.Os padrões de trabalho podem ser atualizados a qualquer momento, por apren-
dizado organizacional, porém, a cada 2 anos, o assessor de sistema e método aciona
área por área para uma atualização mais apurada.
Como melhoria, cita-se a informatização, em 2005, do controle de padrões de
trabalho, a qual agilizou o processo.
Avaliação e melhoria
O aprendizado organizacional no HMBM tem origem nos ciclos de autoava-
liação, organizados anualmente pelo Comitê de Qualidade. Desde 1992, o hospital
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
realiza a autoavaliação, procedimento que é estimulado pelo Programa CQH. No
primeiro ano, o hospital utilizou o roteiro do CQH que continha na época 780
questões, com as possibilidades de respostas definidas em “sim”, “não” e “não se apli-
ca”. A cada questão assinalada com um não, estava detectada uma não conformidade.
Em 2002, o processo foi refinado com a organização do primeiro relatório de
gestão (RG) e a realização da autoavaliação com o uso desse relatório. Cabe des-
tacar que tanto o relatório como a avaliação são feitos anualmente. O Comitê da
Qualidade organiza dois grupos diferentes, um para a organização do RG e um
para a avaliação do hospital. Essa autoavaliação gera um relatório com as principais
oportunidades de melhoria para o hospital.A prática continuou sendo refinada, em 2006, com o convite a um sênior exter-
no para compor a equipe de avaliadores no ciclo de avaliação desse ano (convidado
um participante da rede de prêmios da FNQ). Essa estratégia foi pensada para ame-
nizar o risco de desvio da avaliação por equipe interna.
Várias melhorias vêm sendo implementadas a partir desse processo, na medida
em que cada não conformidade e oportunidade de melhorias detectadas geraram
um plano de ação próprio de correção de rumo.
As inovações são estimuladas pelo Programa de Inovação para a Mudança daCultura, implementado em 2006 (Programa PI), que consiste na captação de ideias e
sugestões para a implementação da excelência na gestão hospitalar, baseada no MEG,
advindas da força de trabalho. Essas sugestões são recolhidas mensalmente e analisa-
das na última reunião do ano do Condiso, que elege as que deverão ser aproveitadas.
Os autores das ideias eleitas são reconhecidos em evento público de fim de ano.
O núcleo de pesquisa, com o objetivo de incentivar a elaboração de projetos que
possibilitem o desenvolvimento de novas tecnologias para o tratamento das princi-
pais doenças atendidas no hospital, tem sido o principal responsável pelas inovaçõesnos processos principais da unidade, como a criação da telemedicina e telerradio-
logia.
A incorporação de melhores práticas de outras organizações no HMBM vem
ocorrendo, principalmente a partir de 2005, com a sua participação nos grupos
formados pelos hospitais participantes do Programa CQH no Núcleo de Apoio
da Gestão Hospitalar (NAGEH), em que se discutem os indicadores e, consequen-
temente, os processos das áreas de enfermagem, nutrição, farmácia, pediatria e de
relacionamento dos clientes.O Quadro 1.11 apresenta as principais melhorias implementadas nos últimos 3
anos.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.11 – Principais melhorias implementadasAno Melhoria implementada2004 Criação do time de aprendizado
2005 Criação do núcleo de pesquisas
Organização da estrutura matricial
2006 Programa PI para mudanças culturais
Implementação da telemedicina e telerradiologia
Criação do núcleo de planejamento
2007 Estruturação da gerência da qualidade
Análise do desempenho da organização
Informações comparativas
A necessidade das informações comparativas para o estabelecimento de metas
para o hospital é discutida durante o planejamento estratégico anual e nas discus-
sões trimestrais de análise crítica do desempenho global da unidade (Condiso). No
processo de definição das informações prioritárias, considera-se ainda a participa-
ção do hospital nos programas CQH e Hospital Amigo da Criança. Dessa forma,
pode-se dizer que as informações comparativas do HMBM são as relacionadas às
diretrizes organizacionais definidas no planejamento e aos indicadores estratégicos
para o desenvolvimento das operações diárias do hospital (definidos na Portaria n.
312 do Ministério da Saúde) e aquelas solicitadas nos programas já mencionados.
No primeiro caso, são utilizadas para que as metas propostas possam ser alcançadas
(planejamento estratégico); no segundo, para o acompanhamento do desempenho
da unidade em seus processos principais (plano operativo); e, no terceiro caso, para
que se consigam as certificações desejadas. Portanto, essas informações são essenciaispara a tomada das decisões estratégicas pela alta direção.
Cabe aqui destacar que a seleção das informações constantes da Portaria n. 312,
consideradas importantes para serem comparadas, veio de um ciclo de aprendizado
realizado pela liderança de suas práticas relacionadas à análise crítica do desempenho
global da organização.
A revisão dessas informações é feita anualmente (junto com o planejamento) e
a cada mudança dos programas CQH e Hospital Amigo da Criança (encaminhadas
pelo núcleo técnico do CQH e pelo Ministério da Saúde, respectivamente, ao hos-pital). O Quadro 1.12 relaciona os principais processos e indicadores do hospital,
com informações comparativas, sua utilização e o referencial comparativo pertinente.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Os critérios para a definição dos referenciais comparativos também são definidos
durante o planejamento estratégico. Para os referenciais utilizados para a obtenção
das metas definidas, a escolha destes está relacionada aos seguintes critérios: perfil
organizacional (incluindo localização), semelhantes características de atendimento
(complexidade), reconhecimento do mercado e possibilidade de acesso a informa-
ções íntegras, atualizadas e no prazo desejado. Para as informações relacionadas ao
Programa CQH, os referenciais comparativos estão vinculados à titulação recebida
(é preciso ser hospital com o Selo CQH). No caso do Programa Hospital Amigo da
Criança, optou-se pela escolha do Hospital Dona Leonor, uma vez que este detém
os dois títulos: Hospital com Selo CQH e Hospital Amigo da Criança, indicandosemelhanças no modelo de gestão adotado. Pelo Quadro 1.13, é possível identificar
a pertinência dos referenciais comparativos quando associados às categorias em que
são utilizados.
Quadro 1.12 – Informações comparativas, utilização e referenciais comparativosInformação Utilização ReferenciaisClientes: mediana dos indicadores de satisfaçãodos clientes com o atendimento na recepção,atendimento de enfermagem, atendimento médico,alimentação fornecida e limpeza de quarto/enfermaria
Participação noPrograma CQH
Hospitais comselo do ProgramaCQH (R1)
Pessoas: mediana dos indicadores relacionados aabsenteísmo, rotatividade, horas-homem treinamentoe acidentes de trabalho
Participação noPrograma CQH
Hospitais comselo do ProgramaCQH (R1)
Processos: mediana dos seguintes indicadores:índice de infecção hospitalar, taxa de cesariana, taxade ocupação hospitalar, média de permanência emortalidade institucional
Participação noPrograma CQHe avaliação dodesempenho dohospital em suasoperações diárias
Hospitais comselo do ProgramaCQH (R1)
Pessoas: horas-homem treinamento em aleitamentomaterno
Participaçãono ProgramaHospital Amigoda Criança
HospitalMaternidadeDona Leonor(Hospital Amigo
da Criança) (R2)(continua)
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Informação Utilização ReferenciaisClientes e mercado: grau de participação noatendimento por grupo de clientes, grau de fidelidadee difusão da imagem: inserções na mídia e númerode clientes da oncologiaDados econômico-financeiros: receitas, faturamentolíquido, porcentagem da execução orçamentária,custos dos grandes grupos e custos dos serviçosterceirizados, arrecadação de impostos, porcentagemdo investimento feito na obstetrícia com o valor
das doações, porcentagem da obstetrícia na receitado hospital e faturamento da quimioterapia e daradioterapiaPessoas: número de funcionários afastados porano, taxa de doenças ocupacionais, número decapacitações realizadas e horas-homem treinamentoFornecedores: conformidade na entrega do produto,otimização de custos e porcentagem de contribuiçõesem projetos específicosProcessos: número de atendimento dos serviços
de alta complexidade, número de atendimento daoncologia, número de atendimento domiciliar, taxade repetição de exames, taxa de entregas atrasadasde medicamentos da farmácia, taxa de erro demedicação, taxa de complicações/intercorrências nainternação, taxa de ocupação das salas cirúrgicas/de partos, tempo médio de espera por consultaambulatorial, requisições atendidas/mês sobre o totalde requisições no serviço de manutenção, contasglosadas pelos convênios, tempo de indisponibilidademédia de equipamentos para reparo, tempo médiode limpeza por quarto, número de equipamentosde informática adquiridos, tempo médio do sistemaoff-line, atendimentos do serviço de informática eexames de imagens do serviço de informática
Cumprimento demetas vinculadasàs diretrizesestratégicas eavaliação dodesempenho dohospital em suasoperações diárias
Hospital AlbertoGênio (R3),MaternidadeJoana D’Arc (R4),Hospital Sílio(R5), Hospitalda Prata (R6),Hospital do Dr.Auxiliar das
Clínicas (R7)e Santa CasaPremiada (R8)
Capital intelectual: tipos de trabalhos científicosdesenvolvidos, participação em eventos científicos ereconhecimento da marca HMBMSociedade: quantidade de resíduos produzidos ecoletados, consumo de água, consumo de energia,doações de computadores, número de pessoas dacomunidade atendidas por projetos sociais e palestrasministradas para a comunidade
Quadro 1.12 – Informações comparativas, utilização e referenciais comparativos(continuação)
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Quadro 1.13 – Pertinência dos referenciais comparativosCategoria Referencial PertinênciaClientes emercados
Hospitais com seloCQH (R1)
Excelência no atendimento publicamentereconhecida pela titulação recebida e resultadosdesejados pelo HMBM
Hospital Alberto Gênio(R3)
Perfil organizacional e reconhecimento domercado
Santa Casa Premiada(R8)
Excelência no atendimento publicamentereconhecida pela titulação recebida e resultadosdesejados pelo HMBM
Hospital Sílio (R5) Perfil organizacional (localizado na área de
atendimento do HMBM)Pessoas Hospitais com seloCQH (R1)
Excelência no atendimento publicamentereconhecida pela titulação recebida e resultadosdesejados pelo HMBM
Hospital Alberto Gênio(R3)
Perfil organizacional e reconhecimeno domercado
Maternidade JoanaD’Arc (R4)
Perfil organizacional e reconhecimeno domercado
Hospital MaternidadeDona Leonor (R2)
Hospital titulado nos dois programas utilizadosno HMBM (CQH e Hospital Amigo da Criança)
Processos Hospitais com seloCQH (R1)
Excelência no atendimento publicamentereconhecida pela titulação recebida e resultadosdesejados pelo HMBM
Dr. Auxiliar das Clínicas(R7)
Semelhantes características de atendimento(complexidade)
Maternidade JoanaD’Arc (R4)
Perfil organizacional e reconhecimento domercado
Dado econômico-financeiro efornecedores
Hospital Alberto Gênio(R3)
Perfil organizacional e reconhecimento domercado
Capital intelectual Hospital Dr. CodasClínicas (R7)
Semelhantes características de atendimento(complexidade), perfil organizacional ereconhecimento do mercado
Sociedade Hospital da Prata (R6) Perfil organizacional e reconhecimento domercadoHospital Alberto Gênio
(R3)
Avaliação do desempenho operacional e estratégico
A análise do desempenho organizacional é realizada trimestralmente nas reuniõesdo Condiso, com a participação dos conselheiros e principais administradores. Nessas
reuniões, apresentam-se os planos operativos (com as metas de produção que foram es-
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tabelecidas e realizadas) e as conclusões das reuniões bimestrais do Coplan, em que são
discutidos os planos de ação organizados durante o ciclo de planejamento estratégico
e os de correção de rumo, organizados com base em avaliações internas e externas.
As informações relacionadas no Quadro 1.12 são discutidas também no Condiso,
subsidiando a definição de novas metas para o hospital.
Na última reunião do ano do Condiso, faz-se uma consolidação dos resultados
das pesquisas de satisfação dos clientes e do clima organizacional, de forma a asse-
gurar o atendimento dos principais requisitos dos clientes e da força de trabalho.
Cabe lembrar que, como já relatado, nesta reunião o diretor do hospital presta
conta ao conselho diretivo dos seus atos, o que também é uma forma de garantir oatendimento aos requisitos das diversas partes interessadas.
Para facilitar a análise, o hospital dispõe de um sistema informatizado, customi-
zado para sua necessidade. Esse sistema cruza os resultados obtidos pelo hospital de
forma a facilitar a análise da relação de causa e efeito.
As variáveis do ambiente externo consideradas na análise do desempenho são
as levantadas no ciclo de planejamento estratégico e as informações comparativas
constantes no Quadro 1.12.
As diretrizes são estabelecidas no HMBM com base no cruzamento das variáveisdo ambiente externo e interno (análise Swot), como descrito no item “Estratégias
e planos”.
Nas reuniões do Coplan e Condiso, quando da discussão sobre a conclusão dos
planos de ação, faz-se uma associação entre os resultados obtidos com aquele plano
e se esses resultados atingiram o objetivo de amenizar uma ameaça externa ou de
preencher uma lacuna detectada como uma oportunidade de melhoria. Essas análi-
ses estão registradas em atas de reuniões que são utilizadas quando do novo processo
de formulação das estratégias.Como refinamento dessa prática, a partir de 2006 as variáveis do ambiente exter-
no foram classificadas em variáveis do macroambiente, setoriais e da concorrência.
As variáveis do ambiente interno utilizadas na análise do ambientes são os resulta-
dos da autoavaliação e das avaliações externas, os resultados das pesquisas de satisfação
dos clientes e do clima organizacional e os resultados atingidos no plano operativo.
Comunicação das decisões
As atas das reuniões do Coplan e Condiso são disponibilizadas na intranet, dando
acesso a todos os setores do hospital. Quando uma decisão refere-se a outra parte
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
interessada, além da força de trabalho, um dos participantes da reunião é responsa-
bilizado por essa comunicação.
As reuniões quinzenais de avaliação das rotinas e operações diárias também ser-
vem para o reforço dessa comunicação e o acompanhamento da implementação das
ações desenvolvidas a partir das decisões tomadas.
Acompanhamento da implementação das decisões
As reuniões quinzenais da diretoria com os seus gerentes, para a discussão das ro-
tinas e operações diárias, são utilizadas para o acompanhamento da implementaçãodas decisões decorrentes da análise do desempenho da organização.
Após a tomada de decisões, é elaborado pelas diversas gerências do hospital um
cronograma das atividades que deverão ser realizadas, cujo conteúdo será discutido
nas reuniões quinzenais.
Nas reuniões do Condiso, os principais administradores e conselheiros recebem
o cronograma atualizado das atividades executadas e as considerações sobre os pos-
síveis atrasos.
Estratégias e planos
Formulação das estratégias
Análise do macroambiente e setor de atuação
A identificação das características do setor saúde e de suas tendências tem sido
feita pelas gerências do hospital, sempre no mês de setembro e outubro de cada ano,para análise no mês de dezembro, quando da formulação das estratégias.
Essas gerências buscam os dados no site do Ministério da Saúde e das secretarias
estaduais e municipais, em revistas especializadas, conselhos profissionais e na mí-
dia. Essas informações são consolidadas em planilhas específicas, organizadas pelo
Comitê de Qualidade (atual núcleo de planejamento, fruto de refinamento, criado
no final de 2006, com o desdobramento do Comitê de Qualidade em núcleo de
planejamento e gerência da qualidade), e analisadas nos dias estabelecidos para a
formulação das estratégias.A prática de identificação das características do setor foi refinada, em 2006, com
a inclusão do estudo sobre a tendência do sistema de saúde brasileiro, com o uso da
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metodologia Delphi para definir as tendências para a área, publicada em 2001, com
validade para 10 anos.
A análise do macroambiente é feita obedecendo aos mesmos padrões de trabalho
de responsabilidade e periodicidade da análise do setor de atuação da organização.
Nesse item, no entanto, as informações são definidas em dimensão social, legal, eco-
nômica, tecnológica e política.
Essas informações são basicamente coletadas da internet e na mídia escrita (re-
vistas e jornais).
Análise do ambiente interno
Para a análise do ambiente interno da organização, utilizam-se seis ferramentas
diferentes: autoavaliação, avaliação externa, avaliação dos resultados da pesquisa de
satisfação do cliente, dos resultados da pesquisa de clima organizacional, do plano
operativo e dos riscos empresariais.
É por meio da avaliação externa e da avaliação dos resultados das pesquisas de
satisfação e clima organizacional, que são identificadas, classificadas e consideradas as
competências essenciais e os ativos intangíveis da organização.A análise é feita na penúltima reunião bimestral do Coplan (mês de outubro) e
validada na última reunião trimestral do Condiso (mês de dezembro) (ver, no item
“Tomada de decisão”, os padrões de trabalho desses grupos).
Definição das estratégias
As estratégias do HMBM são definidas, anualmente, pelo diretor do hospital e
por seus gerentes, sob a coordenação do núcleo de planejamento, no mês de dezem-bro, a partir do cruzamento dos dados resultantes da análise dos ambientes exter-
nos e internos (oportunidades para o hospital, identificadas na análise do ambiente
externo e dos pontos fortes da unidade, destacando suas competências essenciais e
os ativos intangíveis, que podem atuar nas ameaças e oportunidades de melhorias).
As diretrizes devem, acima de tudo, considerar a missão, a visão e os valores da
instituição.
Os riscos empresariais também são considerados nesse processo, quando da ava-
liação do ambiente interno, conforme descrito anteriormente.Todo esse processo é validado pelos conselheiros e principais administradores do
hospital na primeira reunião do Condiso do ano.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Como refinamento da prática, em 2006 as diretrizes do hospital foram orientadas
para as perspectivas: clientes, sociedade, pessoas, processos, perspectiva econômico-
financeira e fornecedores. Assim, além de contemplar suas diversas partes interessa-
das, o hospital vem agilizando a implementação do MEG.
O Quadro 1.14 apresenta as diretrizes estratégicas do hospital com os seus prin-
cipais objetivos estratégicos em 2008. A Figura 1.7 mostra o mapa estratégico do
HMBM.
Quadro 1.14 – Diretrizes e objetivos estratégicos do HMBM em 2008Perspectiva Diretriz Objetivo estratégicoClientes Alinhar os clientes atuais
com as necessidades deautossustentabilidade do hospital
Ampliar a clientela para os serviços deoncologia ofertados
Ampliar a clientela do atendimentodomiciliar
Sociedade Cumprir com a responsabilidadeambiental com base em açõesplanejadas e controladas de formasistemática
Criar o núcleo de meio ambiente
Pessoas Atuar como polo formador dos
recursos humanos do própriohospital
Capacitar a força de trabalho nas
habilidades e atitudes desejadas pelohospital
Capacitar a força de trabalho nosconhecimentos necessários para odesenvolvimento das atividades diárias
Capacitar e desenvolver a força detrabalho nas competências definidas,por meio de cursos externos,customizados para o hospital
Processos Alinhar o plano operativo do
hospital com a sua necessidade deautossustentabilidade
Ampliar a capacidade física instalada
para o setor de oncologiaAmpliar os investimentos para aatualização tecnológica na área deoncologia
Desenvolver a equipe assistencial parao atendimento inovador na área deoncologia
Dadoeconômico-financeiro
Manter a autossustentabilidadee a qualidade do atendimentoprestado
Garantir a sustentabilidade do serviçode obstetrícia
Buscar inovações para a humanização
do atendimento obstétricoFornecedores Ampliar o envolvimento dos
fornecedores com os princípiosorganizacionais
Aumentar a parceria com osfornecedores para o desenvolvimentode projetos específicos
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
31
Envolvimento das partes interessadas
O envolvimento das diversas áreas do hospital na formulação das estratégias tem
início com a organização dos dados que serão utilizados na análise dos ambientes
internos e externos. Quando da definição das diretrizes, todas as gerências estão
representadas por meio de seus responsáveis.
Em 2007, a prática foi refinada com o convite feito pelo diretor a representantes
de vários setores que participaram da discussão das diretrizes: um líder comunitário,
um representante da Secretaria Municipal da Saúde, um do fórum de café da manhã
com os fornecedores, um do encontro com os fornecedores de materiais radiológi-cos e um representante dos clientes (indicado pelo ouvidor do hospital).
Implementação das estratégias
Definição dos indicadores
Os indicadores, as metas e os planos de ação são definidos na primeira reunião do
ano do Coplan, em que participam o diretor do hospital, o gerente de programas eprojetos, de serviços técnicos, de serviços de apoio clínico, de serviços de apoio ad-
ministrativo, de serviços clínicos e os responsáveis pelos objetivos estratégicos (que
Investimentos dos fornecedores
em projetos específicos
Garantir asustentabilidade noserviço de obstetrícia
Novos recursoscaptados para
o serviço
Clientes novosdo serviço
Ampliar a clientelada onclogogia
Capacitar oscolaboradores nas
habilidade e atitudesdesejadas
Horas-homenscapacitação
Aumentar a parceriacom os fornecedores para
o desenvolvimento deprojetos específicos
Perspectiva
Clientes
Processos
Pessoas
Fornecedores
Finanças
Ampliar a clientelado atendimento
domiciliar
Clientes novosdo serviço
Ampliar investimentostecnológicos na
oncologia
Recursos investidosna oncologia
com tecnologia
Ampliar acapacidade física
instalada da oncologia
Leitos novos deoncologia ativados Recursos
investidos naequipe daoncologia
Projetos desenvolvidosCriar o Núcleo deMeio Ambiente
Sociedade
Capacitar oscolaboradores nos
conhecimentosdesejados
Horas-homenscapacitação
Capacitar edesenvolver por meio
de cursos externoscustomizados Horas-homens
desenvolvimento
Horas-homenscapacitação
Desenvolver a equipeassistencial da oncologia
Figura 1.7 – Mapa estratégico do HMBM.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
pode ser qualquer colaborador designado pelo diretor). Nesse momento, discute-se
também a alocação de recursos para a implementação dos planos de ação.
Para o estabelecimento dos indicadores, alguns critérios permeiam o trabalho,
como: será medido somente o que é estratégico e deverão ser medidos os resultados
intermediários e os resultados finais.
A partir dessas orientações, o time de indicadores do HMBM passa a alimentar
o Sisplan que organizará os gráficos que serão utilizados durante a análise crítica do
desempenho da unidade.
Para o estabelecimento das metas, a equipe utiliza as informações comparativas
obtidas e a avaliação do seu plano operativo (metas estabelecidas a partir da capaci-dade instalada).
Os quadros seguintes apresentam os planos de ação do HMBM.
Quadro 1.15 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: garantir a sustentabilidade no serviço de obstetríciaPlanos de ação Meta Indicador Aumentar a produção
dos serviços de maiorfaturamento para repasse dorecurso à obstetrícia
Aumentar a produção dos
serviços de alta complexidadeem 15%
Porcentagem de aumento no
atendimento dos serviços dealta complexidade
Buscar recursos juntosaos parceiros para ofinanciamento das açõeshumanizadas da obstetrícia
Aumentar as doações em 2% Porcentagem do investimentofeito na obstetrícia com ovalor das doações
Aumentar a receita dohospital com a revisão databela de cobrança dos
procedimentos da obstetrícia
Aumentar os procedimentosde obstetrícia em 5%
Porcentagem da obstetríciana receita do hospital
Quadro 1.16 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: ampliar a clientela da oncologiaPlanos de ação Meta Indicador Aumentar o número deinternações na oncologia
10% Porcentagem de aumento noatendimento da oncologia
Aumentar o número de
atendimentos ambulatoriaisna oncologia
10% Porcentagem de aumento no
atendimento da oncologia
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.17 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: ampliar a clientela do atendimento domiciliar Planos de ação Meta Indicador Divulgar o atendimentodomiciliar a novos clientespotenciais
Aumentar o atendimentodomiciliar em 10%
Porcentagem de aumento noatendimento domiciliar
Quadro 1.18 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: ampliar a capacidade física instalada na oncologiaPlanos de ação Meta Indicador
Reformar e ampliar o serviçode oncologia para aumentar aclientela nessa especialidade
Aumentar o número de leitosda oncologia em 15%
Porcentagem de aumento daclientela da oncologia
Quadro 1.19 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: ampliar os investimentos tecnológicos na oncologiaPlanos de ação Meta Indicador Retornar o faturamento
da quimioterapia e daradioterapia para o própriosetor
Disponibilizar 20% do
faturamento da quimioterapiae radioterapia para ampliaras instalações desses serviçosem 10%
Porcentagem do faturamento
da quimioterapia eradioterapia investidos nosetor Porcentagem do aumento dacapacidade instalada para aquimioterapia e radioterapia
Quadro 1.20 – Planos de ação do HMBM
Objetivo estratégico: desenvolver a equipe assistencial da oncologiaPlanos de ação Meta Indicador Levantar as necessidades dedesenvolvimento da força detrabalho da oncologia
Necessidades levantadas:100%
Porcentagem decolaboradores daoncologia entrevistadospara o levantamento dasnecessidades
Organizar os projetosde desenvolvimento doscolaboradores da oncologia
Necessidades levantadas eatendidas: 80%
Porcentagem dasnecessidades atendidasde desenvolvimento na
oncologia
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Quadro 1.21 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: capacitar os colaboradores nas habilidades e atitudesdesejadasPlanos de ação Meta Indicador Levantar as necessidadesde capacitação da força detrabalho
Necessidades levantadas:20%
Porcentagem decolaboradores entrevistadospara o levantamento dasnecessidades
Organizar os projetosde capacitação doscolaboradores
Necessidades levantadas eatendidas: 10%
Porcentagem dasnecessidades dedesenvolvimento atendidas
Quadro 1.22 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: capacitar os colaboradores nos conhecimentos desejadosPlanos de ação Meta Indicador Levantar as necessidadesde capacitação da força detrabalho
Necessidades levantadas:20%
Porcentagem decolaboradores entrevistadospara o levantamento dasnecessidades
Organizar os projetosde capacitação doscolaboradores
Necessidades levantadas eatendidas: 10%
Porcentagem dasnecessidades dedesenvolvimento atendidas
Quadro 1.23 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: capacitar e desenvolver por meio de cursos externoscustomizadosPlanos de ação Meta Indicador Levantar as necessidades
de capacitação da força detrabalho
Necessidades levantadas:
20%
Porcentagem de
colaboradores entrevistadospara o levantamento dasnecessidades
Buscar empresas decustomização dos cursos
Selecionar cinco empresas Porcentagem dasnecessidades de capacitaçãoe desenvolvimento atendidaspelas empresas selecionadas
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.24 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: aumentar as parcerias com os fornecedores para odesenvolvimento de projetos específicosPlanos de ação Meta Indicador Buscar novas parcerias nofórum de café da manhãcom o fornecedor, para ofinanciamento de projetosespecíficos
Um projeto por ano a serfinanciado pelos principaisfornecedores do HMBM
Valor líquido arrecadado junto aos fornecedores para odesenvolvimento de projetosespecíficos
Quadro 1.25 – Planos de ação do HMBMObjetivo estratégico: criar o núcleo de meio ambientePlanos de ação Meta Indicador Definir as atribuições donúcleo de meio ambiente
Critérios de excelência naquestão ambiental cobertaspelo núcleo de meioambiente: 70%
Pontuação do HMBM nasavaliações do PNGS e PNQno item “Responsabilidadesocioambiental”
Contratar os colaboradoresnecessários para a formaçãodo núcleo de meio ambiente
Necessidades levantadase atendidas para odimensionamento do núcleo:100%
Número de pessoascontratadas para o núcleopela quantidade de pessoasdimensionadas para o setor
Alocação de recursos
A alocação dos recursos para o desenvolvimento dos planos de ação é feita nas
reuniões do Coplan, como já relatado. Nessas reuniões, para a decisão final dos in-
vestimentos, têm direito a voto o diretor do hospital, o gerente dos serviços de apoio
administrativo, a gerente dos serviços clínicos e o gerente financeiro. O Quadro 1.26apresenta os principais recursos alocados nos planos de ação.
Quadro 1.26 – Recursos alocados para os planos de ação do HMBM
Plano de ação Recursos alocadosAumentar a produção dos serviços de maior faturamento pararepasse do recurso à obstetrícia
R$ 2.500.000,00
Buscar recursos juntos aos parceiros para o financiamento das açõeshumanizadas da obstetrícia 0
(continua)
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Plano de ação Recursos alocadosAumentar a receita do hospital com a revisão da tabela de cobrançados procedimentos da obstetrícia
0
Aumentar o número de internações na oncologia R$ 16.000.000,00
Aumentar o número de atendimentos ambulatoriais na oncologia
Reformar e ampliar o serviço de oncologia para aumentar a clientelanessa especialidade
Divulgar o atendimento domiciliar a novos clientes potenciais R$ 250.000,00
Retornar o faturamento da quimioterapia e radioterapia para o
próprio setor
0
Levantar as necessidades de desenvolvimento da força de trabalhoda oncologia
0
Organizar os projetos de desenvolvimentos dos colaboradores daoncologia
R$ 50.000,00
Levantar as necessidades de capacitação da força de trabalho 0
Organizar os projetos de capacitação dos colaboradores(habilidades e atitudes)
R$ 20.000,00
Levantar as necessidades de capacitação da força de trabalho 0
Organizar os projetos de capacitação dos colaboradores
(conhecimento)
R$ 35.000,00
Levantar as necessidades de capacitação da força de trabalho 0
Buscar empresas de customização dos cursos 0
Buscar novas parcerias no fórum de café da manhã com ofornecedor, para o financiamento de projetos específicos
0
Definir as atribuições do núcleo de meio ambiente 0
Contratar os colaboradores necessários para a formação do núcleode meio ambiente
R$ 300.000,00
Comunicação de estratégias, metas e planos de ação
As atas das reuniões do Coplan e Condiso (que valida todo esse processo) são dis-ponibilizadas na intranet. Dessa forma, todos os setores do hospital poderão ter aces-so às estratégias definidas, às metas estabelecidas e aos planos de ações organizados.
Para a divulgação a outras partes interessadas, além da força de trabalho, são uti-lizados os canais de relacionamento como o café da manhã com o diretor, reuniões
com os líderes comunitários, com os órgãos governamentais e SAC.As reuniões quinzenais de avaliação das rotinas e operações diárias também ser-vem para o reforço dessa comunicação.
Quadro 1.26 – Recursos alocados para os planos de ação do HMBM(continuação)
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
37
Monitoramento dos planos de ação
Os planos de ação são monitorados pelo núcleo de planejamento, por meio do
Sisplan, que é alimentado pelos responsáveis pelos objetivos estratégicos. Os admi-nistradores têm acesso ao sistema a qualquer tempo, assim como o diretor e todosos gerentes.
Nas reuniões bimestrais do Coplan, é feita a prestação de contas da execução dosplanos, e, nas reuniões trimestrais do Condiso, definem-se os planos emergenciais eaqueles que não serão realizados. Essas decisões são comunicadas ao núcleo de pla-nejamento que reconduz os trabalhos do Coplan, se isso for necessário.
Clientes
Imagem e conhecimento de mercado
Análise e segmentação do mercado
Em 2002, a assessoria de relações públicas do HMBM fez um levantamento,
junto à Secretaria Municipal de Saúde de Horizonte, do perfil epidemiológico da
região. Com base nos dados da prefeitura, a área de serviço social, no mesmo ano,
traçou o perfil socioeconômico da região em torno da unidade e dos pacientes
atendidos. Esse estudo foi complementado com os dados da região de origem des-
ses clientes. Ainda objetivando a análise e segmentação do mercado e a definição
do cliente-alvo, a área de arquivo médico do hospital fez o levantamento do perfil
nosológico do HMBM, apontando as principais doenças tratadas e o histórico de
passagens do paciente pela unidade.Com base nesses levantamentos, no fórum de reuniões do Condiso (em 2002),
constatou-se que o hospital estava atendendo basicamente a Horizonte e região e a
outras cidades do Estado. O grupo estabeleceu que outros Estados passassem a fazer
parte desse mercado a ser atendido, uma vez que consta da sua visão ser um hospital
reconhecido nacionalmente. Definiu-se, então, que um percentual mínimo de 10%
dos pacientes atendidos passaria ser de outros Estados. No planejamento estratégico
de 2003, a principal diretriz estabelecida apontava para a busca por esse merca-
do. Portanto, a partir desse momento, foi definido que o mercado de atuação do
HMBM está segmentado em Horizonte e região (atualmente com 70% dos pacien-
tes atendidos), em outras cidades do Estado (18%) e outros Estados do Brasil (12%).
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Esses dados são atualizados anualmente pelo setor de relações públicas e serviço
social, que refinou a prática utilizando dados do censo demográfico nessa análise,
adquiridos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É no momento da validação das estratégias do hospital que os acionistas e diri-
gentes se atualizam no estudo para propor, ou não, mudanças nesse quadro.
Além da região, o critério especialidades atendidas também vem sendo utilizado
para a definição do mercado, e as principais especialidades: obstetrícia, ginecologia,
cirurgia vascular e oncologia. O planejamento de 2008 voltou-se para a ampliação
do mercado da oncologia, como estratégia de minimização dos riscos empresariais.
Por fim, o perfil socioeconômico também vem sendo critério para a segmentaçãodo mercado. A cidade de Horizonte possui uma estrutura para o atendimento ao pa-
ciente do SUS, mas, dentre os hospitais da cidade, o HMBM e o Santa Mariana são
os únicos hospitais gerais privados. O Hospital Santa Mariana atende a população
das classes C e B, o que levou a equipe do HMBM a definir seu atendimento para o
mercado de alto poder aquisitivo (classes A e B). Porém, por tratar-se de um hospital
filantrópico, cabe lembrar que o HMBM atende 5% de seus pacientes pelo SUS.
Em suma, o mercado de atuação e os clientes-alvos do HMBM são definidos
pelos administradores e dirigentes, no momento da validação do planejamento es-
tratégico do hospital, com base nos seguintes critérios: região de origem, perfil de
atendimento e perfil econômico-financeiro.
Necessidades e expectativas dos clientes
Para a identificação das necessidades e expectativas dos clientes, o hospital tra-
balha de forma integrada com quatro de seus setores: relações públicas, time deatendimento ao paciente, ouvidoria e SAC. Esse trabalho vem sendo coordenado
pela gerência da qualidade da seguinte forma: anualmente, é realizada uma reunião
com esses setores para a revisão das necessidades e expectativas dos clientes. As ferra-
mentas utilizadas para isso são: relatórios de visitas semestrais aos clientes convênios
(relações públicas); pesquisa bianual por empresa especializada sobre o mercado (e
suas necessidades), analisada também pelo setor de relações públicas; resultados e
análise da pesquisa diária de satisfação dos clientes, o que feito pelo time de atendi-
mento aos pacientes; resultado e análise das manifestações da ouvidoria; e resultados
e manifestações do SAC. A gerência da qualidade também leva para essa reunião as
manifestações dos clientes feitas no site do hospital.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Como refinamento da prática, em 2007, com organização da gerência da qua-
lidade, foi possível implementar o focus group com clientes, em que se realizaram
entrevistas em grupo, com pacientes selecionados pelas diversas clínicas da unidade,
com a moderação do gerente da qualidade.
As necessidades dos clientes variam muito em razão do grupo ou da categoria de
cliente que se tem em questão, conforme já relatado no item “Perfil da organização”
(ver Quadro 1.7).
Pela frequência com que se apresentam os atributos dos produtos do hospital
quando da discussão das necessidades e expectativas detectadas dos clientes, deter-
mina-se a sua importância relativa por meio de um quadro organizado pela gerênciada qualidade, com pesos atribuídos aos atributos e às frequências. O Quadro 1.27
apresenta esse trabalho.
Quadro 1.27 – Importância relativa das necessidades e expectativas dos clientesCliente Tipo de
atendimentoAtributos dos produtos Importância
relativa (%)Pacientes efamiliares
Internação Resolubilidade 90
Confiança 80
Conforto 70
Rapidez 50
Abrangência 50
Acessibilidade 30
Ambulatório Resolubilidade 70
Confiança 80
Conforto 30
Rapidez 80
Abrangência 80
Acessibilidade 50Atendimentodomiciliar
Resolubilidade 80
Confiança 80
Conforto 20
Rapidez 30
Abrangência 50
Acessibilidade –
Convênios Resolubilidade 90
Variedade de procedimentos eespecialidades
70
Pacientes satisfeitos 70
Preços competitivos 90
Baixo tempo de internação 80
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
A gerência de programas e projetos também participa desse trabalho, uma vez que
será a responsável pela utilização desse quadro quando da definição dos novos pro-
jetos do hospital. Esse quadro também é utilizado pelo setor de sistemas e métodos
que, ao revisar os padrões de trabalho das normas e rotinas dos diversos setores (ver
a descrição no item “Liderança”), faz uma correlação entre esses padrões e a impor-
tância relativa para os clientes, de suas necessidades e expectativas, antes de validá-las.
Em 2007, o processo foi refinado com a organização da planilha eletrônica de
correlações organizada pelo setor de sistemas e métodos, utilizada por todas as áreas
do hospital, quando da revisão ou organização dos padrões de trabalho.
Divulgação da marca e dos produtos
Para a divulgação de sua marca e de seus produtos, o setor de relações públicas do
HMBM conta com uma assessora de imprensa, que utiliza diferentes canais, como
mídia falada e escrita, publicação de revistas (como a revista Dr. Bom Moço), jornais
internos, participação em eventos científicos, publicações de artigos em revistas es-
pecializadas e internet.
A revista Dr. Bom Moço é destinada a especialistas da área da saúde, servindo não sópara divulgar os protocolos clínicos utilizados na unidade, mas também para orientar
a residência médica de diversos hospitais-escola do país (responsabilidade social).
Os jornais internos são editados mensalmente com as informações dos fatos e
acontecimentos mais importantes do hospital. Todavia, semestralmente, são feitas
edições especiais, com uma linguagem acessível a clientes, familiares, acompanhantes
e comunidade em geral, com as principais características das doenças atendidas, os
cuidados necessários e os riscos envolvidos. Essas edições são escritas pela equipe da
saúde e, antes da publicação, apresentadas nas reuniões com os líderes comunitáriospelo diretor do hospital, que, por meio das questões levantadas e comentários feitos,
verifica a clareza, a autenticidade e o conteúdo adequado das mensagens divulgadas.
Por meio desse trabalho que ratifica a imagem positiva do hospital, a unidade
vem conseguindo ampliar seu atendimento, captando clientes de outros Estados.
Como refinamento da prática, em 2006, em comemoração ao aniversário do hos-
pital e visando o fortalecimento de sua marca e seus valores, foi inaugurado o museu
histórico do HMBM. O trabalho resgata a história do hospital com fotos, equipamen-
tos e documentos de seus primeiros anos de existência. O museu conta ainda a históriadas principais personalidades que serviram à unidade com destaque à vida e obra do
Prof. Dr. Olinto de Oliveira Maia, um dos fundadores do hospital, falecido em 1980.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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O museu, além de resgatar a história da unidade, permitiu também o resgate da
história da cidade, uma vez que, com sua ampliação física, foram contadas as histórias
de ruas e avenidas locais, demonstrando a contribuição que o HMBM vem dando,
no decorrer dos anos, para o desenvolvimento da cidade e comunidade local.
Avaliação da imagem
A imagem do HMBM perante os seus clientes é avaliada por meio das pesquisas
diárias com clientes e visitas aos convênios. Em 2006, o Comitê de Qualidade, como
refinamento da prática, implementou a “matriz familiaridade-favorabilidade” (MFF)que mede o quanto os clientes têm conhecimento (familiaridade) sobre a instituição
e qual o seu conceito (favorabilidade) em relação ao hospital.
A matriz MFF vem permitindo também a definição de ações para corrigir even-
tuais lacunas no processo de divulgação dos produtos e marcas do HMBM, servindo
de ferramenta para a revisão feita pelo setor de relações púbicas do seu plano de
marketing (bianual, com revisões anuais).
Os atributos definidos pelo hospital para caracterizar sua imagem estão relaciona-
dos aos valores institucionais e às necessidade dos clientes. O Quadro 1.28 relacionaesses atributos.
Quadro 1.28 – Atributos para caracterizar a imagem do hospitalAtributosÉtica
Humanização
Inovação
Diversidade
ResolubilidadeConfiança
Conforto
Rapidez
Preços competitivos
Relacionamento com clientes
Definição e divulgação dos canais de relacionamento
Os canais de relacionamento com os clientes foram definidos nas reuniões trimes-
trais de análise crítica (Condiso) e em ciclos diferentes de planejamento estratégico.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Nas reuniões do Condiso, por exemplo, nasceram o SAC (em 1990) e a ouvi-
doria (fruto de refinamento em 1998), além da instituição de visitas mensais aos
principais convênios (desde 1992).
Do planejamento estratégico, ciclo 2003, pela necessidade da busca por clientes
advindos de outros Estados, o HMBM montou, em seu site, uma página de relacio-
namento com os clientes.
Também em 2003, buscando informações sobre as necessidades e expectativas
dos clientes, foi organizado um time de atendimento ao paciente que realiza uma
pesquisa diária junto aos leitos. Esse grupo é composto por uma equipe multipro-
fissional, coordenado por uma assistente social, que faz um rodízio para a aplicaçãodos questionários (oito profissionais, sendo um de cada gerência, quais sejam: ge-
rência de programas e projetos, de serviços técnicos, de serviços de apoio clínico,
de serviços de apoio administrativo, de serviços clínicos, de qualidade, do núcleo de
planejamento e do setor de relações públicas).
O objetivo do hospital com esse time é aproximar as áreas de seus clientes, pois as
áreas, ao entrarem em contato direto com estes, agilizam as soluções dos problemas e se
sentem mais sensibilizadas para as necessidades apresentadas. O papel do assistente social
é de orientação para a aplicação da ferramenta e consolidação das informações colhidas.Acrescenta-se que estão distribuídas, por todo o hospital, diversas caixas de suges-
tões, para os clientes que não se sentem confortáveis com a manifestação presencial.
Além disso, os mesmos instrumentos e canais utilizados para os clientes de convênios
e particulares são utilizados pelo cliente SUS.
Os canais de relacionamento são divulgados pelo setor de relações públicas do
hospital, por meio dos mesmos mecanismos utilizados para a divulgação da marca
(ver item “Imagem e conhecimento de mercado”).
Tratamento das solicitações, reclamações ou sugestões
Seja qual for o canal de relacionamento utilizado pelos clientes, a equipe tem
a orientação de retornar a este, em no máximo 48 horas, quando o problema não
puder ser solucionado na hora.
Qualquer colaborador pode atuar em uma manifestação feita pelos clientes, sen-
do os devidos registros das medidas tomadas encaminhados para a gerência da qua-
lidade (mesmo quando a manifestação for informal).Sendo assim, o setor ou profissional que recebeu a manifestação (ouvidor, time
de atendimento ao paciente, atendente do SAC, colaborador das relações públicas
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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no caso das visitas aos convênios, colaborador da gerência da qualidade no caso
dos e-mails e das caixas de sugestões) imediatamente inicia as ações necessárias para
o atendimento das necessidades e encaminha relatório do ocorrido à gerência da
qualidade.
As manifestações são analisadas por essa gerência que, ao verificar a frequência de
uma determinada queixa, leva o problema para as reuniões quinzenais de tratamento
das questões operacionais. Se houver a necessidade de revisão de um padrão de tra-
balho para a solução do problema, o trabalho é acompanhado pelo setor de sistemas
e métodos. Na última reunião do ano do Condiso, é apresentado aos acionistas todo
o trabalho realizado junto aos clientes.
Acompanhamento das transações com os clientes
O acompanhamento das transações com os clientes é feito com o monitoramento
das diversas manifestações advindas dos diversos canais de relacionamento.
Ainda assim, com o propósito de evitar problemas de relacionamento e atender às
expectativas de sua clientela, quando as manifestações referem-se aos resultados ob-
tidos com a assistência prestada ou sobre o processo assistencial, a direção do hospitalou a gerente dos serviços clínicos contata os clientes, por telefonemas específicos, a
fim de esclarecer os fatos.
No caso de novos clientes ou novos produtos, para os clientes-convênio são
realizadas visitas programadas pelo setor de relações públicas, e, para os pacientes,
familiares e acompanhantes, são encaminhadas carta-resposta, pré-franqueada (ou
solicitando uma manifestação sobre o hospital, quando o cliente é novo, ou solici-
tando uma manifestação sobre o novo produto, se esse for o caso).
Avaliação da satisfação e insatisfação dos clientes
A avaliação da satisfação e insatisfação dos clientes é realizada pelo time de aten-
dimento ao paciente, por meio das pesquisas diárias de satisfação, conforme já des-
crito. Esse time reúne-se mensalmente para essa avaliação, após a consolidação dos
dados pela assistente social.
Quando da consolidação dos dados, a assistente social separa as informações por
itens de satisfação e insatisfação. Os itens de satisfação são levados às áreas de origeme considerados pontos fortes da análise de ambiente interno, no ciclo de planeja-
mento estratégico. Os itens de insatisfação são relatados nas reuniões quinzenais de
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
discussão das operações diárias, conforme já mencionado (se houver a necessidade
de revisão de um padrão de trabalho para a solução do problema, o trabalho é acom-
panhado pelo setor de sistemas e métodos).
Cabe destacar que o instrumento utilizado nas pesquisas aborda as questões so-
bre fidelidade. Caso haja clientes com problemas relacionados a esse tema, estes são
tratados como os clientes da concorrência, que recebem uma carta-resposta, pré-
franqueada, colocando o diretor do hospital à disposição para qualquer informação
sobre a unidade.
Sociedade
Responsabilidade socioambiental
Identificação e tratamento dos impactos
O impacto ambiental de maior relevância que os processos e produtos do HMBM
podem causar à sociedade está relacionado com os resíduos hospitalares produzidos
pela unidade. Conscientes disso, o time de infecção hospitalar do hospital e o setorde higiene hospitalar propuseram, em 2003, a criação do grupo técnico de resíduos,
com formação multidisciplinar. É esse grupo o responsável pela padronização das
ações relacionadas ao armazenamento e descarte do lixo hospitalar, por meio de
ações preventivas que minimizem qualquer impacto negativo que esses resíduos
possam causar ao ambiente. O método de trabalho do grupo técnico para a identi-
ficação dos problemas relacionados aos resíduos é a busca ativa, com a identificação
dos tipos e dos impactos dos resíduos hospitalares produzidos. Esse trabalho vem
demonstrando o quanto o hospital gera de resíduos dos grupos I, II, (12.611 e 512toneladas), III e IV (21.965, 18 e 658 toneladas) (Quadro 1.29).
Com esse diagnóstico, a equipe do HMBM definiu, quando da elaboração de
suas estratégias, como metas para o ano de 2007, a redução em 30% da produção de
resíduos dos grupos I e II. Ainda por meio da análise dos indicadores de tendência
da demanda, da porcentagem de desperdício de material e porcentagem de erro
na coleta de exames, definiu-se a meta de redução de 30% para o grupo III e 15%
para o grupo IV, destacando ainda que esses grupos constituem perigo para a saúde
pública, podendo levar ao desenvolvimento de graves doenças transmissíveis, comoa hepatite C.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.29 – Classificação dos resíduos hospitalares, segundo o Despacho n.242/96
Grupo I – Resíduos equiparados a urbanos: não apresentam exigências especiaisno seu tratamentoa) Resíduos provenientes de serviços gerais (gabinetes, salas de reunião, salas de convívio,
instalações sanitárias, vestiários etc.)
b) Resíduos provenientes de serviços de apoio (oficinas, jardins, armazéns e outros)
c) Embalagens e invólucros comuns (papel, cartão, mangas mistas e outros de idêntica natureza)
d) Resíduos provenientes da hotelaria resultantes de confecção e restos de alimentos servidosa doentes não incluídos no grupo III
Grupo II – Resíduos hospitalares não perigosos: não estão sujeitos a
tratamentos específicos, podendo ser equiparados a urbanosa) Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminados e sem vestígiosde sangue
b) Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de sangue
c) Material de proteção individual utilizado nos serviços gerais de apoio, com exceção doutilizado na recolha de resíduos
d) Embalagens vazias de medicamentos ou de produtos de uso clínico ou comum, comexceção dos incluídos nos grupos III e IV
e) Frascos de soros não contaminados, com exceção dos do grupo IV
Grupo III – Resíduos hospitalares de risco biológico: contaminados ou suspeitos
de contaminação, suscetíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz,permitindo posterior eliminação como resíduo urbanoa) Todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infecciosos ou
suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento,de salas de autópsia e de anatomia patológica, de patologia clínica e de laboratórios deinvestigação, com exceção dos do grupo IV
b) Todo o material utilizado em diálise
c) Peças anatômicas não identificáveis
d) Resíduos que resultam da administração de sangue e derivados
e) Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com exceção dos do grupo IV
f) Sacos coletores de fluidos orgânicos e respectivos sistemas
g) Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas contaminados ou com vestígios desangue; material de prótese retirado de doentes
h) Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue
i) Material de proteção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de apoio geral emque haja contato com produtos contaminados (como luvas, máscaras, aventais e outros)
Grupo IV – Resíduos hospitalares específicos: de vários tipos e que devem serobrigatoriamente incineradosa) Peças anatômicas identificáveis, fetos e placentas, até publicação de legislação específica
b) Cadáveres de animais de experiência laboratorialc) Materiais cortantes e perfurantes: agulhas, catéteres e todo material invasivo
d) Produtos químicos e fármacos rejeitados, quando não sujeitos a legislação específica
e) Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Para o atendimento dessas metas, o HMBM vem trabalhando com o propósito de
promover a seleção, o manuseio, a valorização, a coleta e a destinação adequada dos
resíduos hospitalares, por meio de reuniões semanais do grupo técnico de resíduos e
reuniões mensais desse grupo com o time de infecção hospitalar.
Os esforços de separação dos resíduos dos grupos I e II permitiram também a
reciclagem e reutilização de cartão e papel, vidros, metais ferrosos e não ferrosos,
películas radiográficas, pilhas e baterias, e mercúrio.
A triagem e o acondicionamento dos resíduos realizados no local de produção
são feitos de modo a permitir uma identificação clara de sua origem e seu grupo.
Além dessa classificação, há outros cuidados adotados no hospital, como a normade que os materiais cortantes e perfurantes devem ser acondicionados em recipientes
ou contentores imperfuráveis, ou que os contentores utilizados para armazenagem
e transporte dos resíduos dos grupos III e IV devem ser facilmente manuseáveis, re-
sistentes, estanques, mantendo-se hermeticamente fechados, laváveis e desinfetáveis.
O armazenamento dos resíduos é feito em local específico para os resíduos dos
grupos I e II, separado dos resíduos dos grupos III e IV, que estão devidamente
sinalizados. O local de armazenamento é dimensionado com base na periodicidade
de recolha e/ou eliminação, com a sua capacidade mínima correspondente a 3 diasde produção. Caso esse prazo seja ultrapassado, até um máximo de 7 dias, deverão
existir condições de refrigeração no local de armazenagem.
Esse trabalho foi refinado com a implementação, em 2005, do Programa de Ge-
renciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS), conforme preconizado pela
legislação vigente.
Para a execução e operacionalização do PGRSS, são aplicadas aulas de orienta-
ção tanto para profissionais encarregados do manuseio e da coleta, quanto para os
demais profissionais do hospital. Os resíduos infectantes são encaminhados para tra-tamento de desativação eletrotérmica e para aterro sanitário; os resíduos químicos,
para incineração; e os comuns, aterro sanitário.
O acompanhamento das metas relacionadas ao lixo hospitalar é realizado a cada 6
meses, por meio de reuniões com a alta direção. Essas reuniões geram a discussão das
oportunidades de melhoria e necessidade de revisão dos planos de ação relacionados à
perspectiva sociedade, que, ao serem modificados, são imediatamente introduzidos no
sistema de informação sobre o desdobramento do planejamento estratégico do hospital.
Cabe citar ainda que o último ciclo do planejamento estratégico definiu a ne-cessidade de criar um núcleo de meio ambiente para ampliar a discussão sobre esse
tema. O Quadro 1.30 apresenta as metas a serem cumpridas para essa ação.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.30 – Metas relacionadas à criação do núcleo de meio ambienteObjetivo estratégico: criar o núcleo de meio ambientePlanos de ação Meta Indicador Definir as atribuições donúcleo de meio ambiente
Obter 70% dos critériosde excelência naquestão ambiental sob aresponsabilidade do núcleode meio ambiente
Pontuação do HMBM nasavaliações do PNGS e PNQno item “Responsabilidadesocioambiental”
Contratar os colaboradoresnecessários para a formaçãodo núcleo de meio ambiente
Atender a 100% dasnecessidades levantadaspara o dimensionamento do
núcleo
Número de pessoascontratadas para o núcleopelo número de pessoas
dimensionadas para o setor
Quanto aos impactos sociais causados pelo HMBM à sociedade, citam-se os
relacionados ao trânsito. Em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa de
Saúde e a Companhia de Engenharia de Tráfego, o hospital faz parte da lista dos
implicados em acidentes de trânsito da região (provocados, em alguns momentos,
por suas ambulâncias) e de congestionamento de trânsito causado na área, em razão
do grande movimento hospitalar. Segundo estatísticas da Companhia de Enge-nharia de Tráfego, as ambulâncias provocam 50% mais acidentes do que os carros
de passeio. Em razão disso, o hospital ofereceu a seus motoristas aulas de direção
defensiva.
Comunicação à sociedade
Após a avaliação de suas práticas de relacionamento com a sociedade, o HMBM
promoveu, em 2004, reuniões semestrais com líderes comunitários e representantesde sociedade organizada (como o Clube de Lojistas da região, a Igreja, o centro co-
munitário, escolas da região, entre outras instituições). As comunicações relacionadas
aos impactos sociais e ambientais de produtos, processos e instalações do hospital
têm sido feitas nessas reuniões.
A organização, ainda, por meio do setor de relações públicas, publica, desde 2004,
o balanço social das suas principais ações de preservação ambiental e disponibili-
za esse boletim na intranet e no site do hospital. Um resumo desse balanço e dos
projetos sociais do HMBM é divulgado em um boletim informativo, distribuídomensalmente na recepção do hospital.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Identificação e análise dos requisitos legais
O HMBM conta com uma assessoria jurídica responsável pelo tratamento de
pendências ou eventuais sanções referentes aos requisitos legais. Essa assessoria
acompanha diariamente o Diário Oficial da União e o Diário Oficial do Estado, para a
atualização da legislação referente aos setores da saúde e do meio ambiente. A cada
alteração nessa legislação, a assessoria jurídica encarrega-se de disseminá-la e pro-
mover as orientações necessárias. Em seguida, as áreas técnicas se responsabilizam
pelas mudanças de padrões de trabalho que deverão acompanhar as alterações legais.
Essa prática do HMBM tem levado o hospital a manter seu desempenho quantoao compromisso legal de nunca ter sofrido sanções judiciais nesse aspecto.
Preservação de ecossistemas
Ao voltar-se para as novas preocupações globais, como a escassez de água ou a
necessidade de encontrar fontes renováveis de energia, e no intuito de provocar o
menor impacto possível no meio ambiente, a organização, em parceria com a Com-
panhia de Saneamento Básico e a Companhia Energética do Estado, elaborou umprotocolo de cooperação técnica que resultou nos programas Gota D’água e Raio
de Luz. Tais programas permitiram a identificação dos principais pontos de desperdí-
cio de água e luz, como pontos de vazamento, o que levou a correções destes, com as
modificações das caixas d’águas, instalações de dispositivos hidráulicos especiais, cai-
xas acopladas aos vasos sanitários e torneiras de fechamento automático, substituição
de lâmpadas incandescentes por fluorescentes e instalação de sensores de movimento.
Outro fator importante para a redução do consumo de água foi a instalação de
hidrômetros nas unidades, por meio dos quais se tornou possível gerenciar o consu-mo das unidades e detectar possíveis vazamentos e desperdícios.
Com base em estudos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Estado,
foram construídos três poços profundos, com 300 metros, cuja vazão média por hora
é de 10 m3, resultando em uma economia média de R$ 50 mil por mês. O consumo
médio de água, em metros cúbicos, teve uma redução de 25% nos últimos 3 anos.
Conscientização e envolvimento da força de trabalho
Os colaboradores do HMBM são envolvidos nas questões relativas à responsabili-
dade socioambiental por meio da comunicação dos resultados obtidos pelo hospital
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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nesse aspecto. Esses meios de comunicação são utilizados também para solicitar que
os colaboradores participem dessa campanha de economia de água e luz. Avisos
como “Apague a luz ao sair” ou “O planeta precisa de você – Use apenas a água que
você precisa” são afixados nos banheiros e vestiários do hospital. Com essas medidas,
atualmente as ações para a preservação dos ecossistemas já estão tão incorporadas na
cultura da organização que indicadores como redução de consumo água e energia
já fazem parte das metas estabelecidas.
Ética e desenvolvimento social
Questões éticas
As questões éticas são tratadas no HMBM pela assessoria jurídica, pelos comitês de
ética médica, de ética em enfermagem, ética em pesquisa e pelo grupo “Espaço Escuta”,
sendo estes dois últimos gerados com origem em ciclos de aprendizado (das práticas
relativas ao ativo intangível e à área de recursos humanos). Esses grupos apuram e inves-
tigam todas as denúncias referentes ao comportamento das diversas partes interessadas
no relacionamento existente entre estas. O HMBM organizou também, em 2002, umManual de condutas éticas com base nos valores do hospital e no comportamento deseja-
do para as pessoas que atuam na área hospitalar. Esse manual é entregue a todos os novos
colaboradores, e o conteúdo assimilado é checado na avaliação de desempenho destes.
É discutido também nos fóruns específicos dos fornecedores (café da manhã com os
fornecedores e encontro com os fornecedores de materiais radiológicos) e com a co-
munidade (reuniões semestrais com líderes comunitários e representantes da sociedade).
Uma das prioridades desse manual está no destaque ao direito do paciente em deci-
dir livremente sobre si e seu bem-estar. Para tanto, devem ser dadas ao paciente todas equaisquer informações a respeito da doença, do tratamento e dos padrões de trabalho
do hospital (incluindo os procedimentos que deverão ser realizados e suas consequên-
cias futuras). Dessa forma, o paciente deve consentir no seu tratamento formalmente
(por meio da assinatura ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE),
com a máxima autonomia de acatar ou não a uma decisão da equipe assistencial.
No HMBM, as questões éticas tratadas referem-se também à prescrição dos medi-
camentos. Para evitar denúncias de favorecimentos de laboratórios, em razão de rece-
bimento de apoios a médicos de determinadas especialidades (como o financiamentode congressos médicos, por exemplo), há um comitê de farmacologia composto por
uma equipe multidisciplinar de saúde que realiza avaliações periódicas da eficácia dos
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
principais medicamentos prescritos, formulando um guia de farmacologia e gerando
uma lista de padronização dos medicamentos para o HMBM. Quando um médico
pretende utilizar um medicamento diferente daqueles indicados no guia e na lista de
padronização, deve justificar o seu uso para a finalidade específica. Essa justificativa é
analisada pelo comitê de farmacologia que autoriza ou não a nova aquisição.
Os compromissos éticos estabelecidos com os colaboradores do HMBM são os
mesmos relacionados no Manual de condutas éticas do hospital, que abordam as ques-
tões comportamentais evolvidas do relacionamento da força de trabalho com todas
as partes interessadas do hospital. Esse manual é o principal material utilizado no
curso “Aspectos éticos envolvidos na área hospitalar”, ministrado anualmente noHMBM e aberto a todos os colaboradores como parte da política de capacitação e
treinamento do hospital.
Esses compromissos são garantidos ainda por meio do trabalho desenvolvido pela
área de recursos humanos, após seu ciclo de aprendizado, no “Espaço Escuta”, espé-
cie de ouvidoria dos colaboradores, criado para inibir possíveis desvios de conduta,
como discriminação, assédio, invasão de privacidade, entre outros. As denúncias po-
dem ser feitas também via internet, ao responsável pela ouvidoria, em um dos com-
putadores dos cyber quiosques instalados em diferentes pontos do hospital. Em casosmais críticos, é acionada a assessoria jurídica para os devidos encaminhamentos.
Fortalecimento da sociedade
Como o tema sociedade é uma prioridade do HMBM, desde 2004 realizam-se
encontros semestrais do diretor com os líderes comunitários, em que os projetos
sociais são discutidos com a comunidade e implementados com a ajuda de parceiros.
O refinamento para o fortalecimento da sociedade ocorreu em 2006, com a defi-nição das diretrizes do hospital voltadas às seguintes perspectivas: clientes, sociedade,
pessoas, processos, perspectiva econômico-financeira e fornecedores. Atualmente,
os aspectos relacionados ao fortalecimento da sociedade são abordados também no
fórum Coplan.
Os critérios para a seleção dos projetos sociais são descritos no Quadro 1.31.
Quadro 1.31 – Critérios para a seleção de projetos sociais
É fundamental que o objeto do projeto tenha sido discutido com os representantes dacomunidade nos encontros semestrais com o hospital
Deve ser aprovado nos fóruns Coplan e Condiso
(continua)
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.31 – Critérios para a seleção de projetos sociaisDeve estar de acordo com as normas para a elaboração de projetos sociais do hospital(procedimeto operacional padrão 25 – POP 25)
Deve alinhar-se aos valores do HMBM
Poder ser desenvolvido com base nas competências do próprio hospital (utilizando-se dosseus recursos físicos ou humanos e de sua expertise)
A avaliação da execução dos projetos sociais é feita no Condiso, considerando-se
três aspectos:
•
Impactos dos projetos no desenvolvimento da comunidade local (avaliação feitapelo cruzamento dos projetos com a evolução de determinados índices relacio-
nados com o perfil socioeconômico e epidemiológico da comunidade).
• Aspectos financeiros (avalia-se o impacto dos investimentos na sustentabilidade
do hospital).
• Parcerias (avaliam-se as novas parcerias conquistadas pelo hospital com base no
atendimento às necessidades da comunidade).
O Quadro 1.32 apresenta as ações sociais desenvolvidas nos últimos anos peloHMBM.
Quadro 1.32 – Projetos sociais desenvolvidos no HMBMAno Ação social2003 Cursos gratuitos sobre planejamento social para a comunidade local
Programa de distribuição de métodos anticoncepcionais para moradores dafavela
Programa “Adote uma criança de nossa comunidade no Natal”
2004 Mutirão do teste de Papanicolaou para as moradoras da favelaVisita domiciliar às mulheres com exames de Papanicolaou alterados para asensibilização quanto ao tratamento
Construção do campo de futebol e das quadras de vôlei e basquete, em áreacedida pela prefeitura, para os moradores da favela
Doação de microcomputadores para as escolas e biblioteca da rede pública daregião
2005 Programa de distribuição de livros didáticos para as crianças da favela (doadospelos colaboradores)
Mutirão da mamografia para as moradoras da favela
2006 Visita domiciliar às mulheres com exames de mamografias alterados para asensibilização quanto ao tratamento
2007 Início da construção do Centro Educacional para Crianças Carentes Bom Moço
(continuação)
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Acrescenta-se que o hospital está inserido dentro do grupo de hospitais-sentinela
do Ministério da Saúde e, para tanto, tem a responsabilidade de identificar e co-
municar os casos de notificação compulsória dentro da organização, porém em
razão do relacionamento com a comunidade e ciente das necessidades de famílias
que moram em cortiços e favelas da região, o HMBM disponibilizou epidemiolo-
gistas, infectologistas e sanitaristas que cuidam especificamente dessas famílias que
manifestaram sinais e sintomas de tuberculose. Além da notificação, o hospital trata
gratuitamente da maioria desses casos.
Incentivo e envolvimento da força de trabalho e parceiros
O HMBM lançou, no início de 2004, o Programa Responsabilidade Comparti-
lhada, objetivando comprometer seus fornecedores e prestadores de serviços com as
questões relativas aos cuidados com a comunidade e o meio ambiente. Esse progra-
ma preconiza que os fornecedores de materiais e prestadores de serviços sejam ava-
liados e pontuados pelo HMBM quando da seleção e qualificação destes, com base
no atendimento a requisitos sociais e comunitários, com ênfase em aspectos como:
não contratação de menores, apoio ao desenvolvimento da saúde das comunidades
locais e cuidados com o meio ambiente.
Essa avaliação é utilizada na gestão de fornecedores (seleção e qualificação de
fornecedores, descrito no item “Processos”), demonstrando a integração dessas prá-
ticas no hospital.O Programa Responsabilidade Compartilhada tem contribuído muito para o
financiamento dos projetos sociais da instituição, uma vez que, cientes de que serãoavaliados pela sua responsabilidade social, os próprios fornecedores se dispõem a“apadrinhar” um projeto. Dessa forma, o HMBM tem conseguido envolver essaparte interessada com os problemas da comunidade. Na última avaliação feita, obser-vou-se uma grande evolução daqueles mais envolvidos com o programa.
A alta direção avalia sistematicamente o sistema de liderança no que se refereao relacionamento com as diversas partes interessadas (conforme descrito no item“Perfil da organização”). Para refinar a parceria do hospital com seus fornecedores,desenvolveu-se o projeto de construção, em um espaço cedido pelo HMBM, doCentro Educacional para Crianças Carentes Bom Moço, que tem como objetivoministrar aulas de inglês, espanhol, dança, música, pintura, teatro, circo e culináriapara crianças da comunidade carente da região, sob a coordenação do serviço socialda unidade. Com as primeiras salas já acabadas, o corpo de voluntários do projeto(alguns são colaboradores do hospital) já iniciou as aulas de inglês e espanhol.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Sobre o voluntariado, fortemente estimulado no HMBM, vale ainda destacar quehá estrutura técnica e financeira para a participação dos colaboradores em organi-zações não govermentais (ONG) que apoiam as causas e/ou os projetos defendidosna unidade.
O sistema de informação do hospital também prevê um banco de dados comtodos os projetos sociais que possibilitam o envolvimento dos colaboradores. Issovem permitindo que novas pessoas se interessem em ajudar, até mesmo pelo fato deterem diversas opções sobre projetos e instituições para apoiar.
Como política de responsabilidade social, o hospital também adotou a prática dedoação de equipamentos em bom estado de uso, mas obsoletos para o atendimen-to das necessidades atuais, às instituições públicas da região. Com essa finalidade,destaca-se a doação de computadores para as escolas e biblioteca da rede pública, acada 2 anos, quando da atualização tecnológica coordenada pelo núcleo de infor-mações do hospital.
Finalmente, de forma integrada com o sistema de liderança do hospital, entre asnovas competências genéricas requeridas para a liderança, destacou-se a capacidadede envolvimento e mobilização da equipe em projetos sociais.
Políticas não discriminatórias
A diversidade e a inclusão são dois importantes valores para o HMBM. Esses
valores são reforçados nas políticas de recursos humanos, incluindo seleção, planos
de cargos e salários e promoção dos funcionários.
Nos últimos 5 anos, o número de vagas reservado aos deficientes físicos tem
ultrapassado o limite estabelecido por lei. Do total de pessoas contratadas no telea-
tendimento, 15% são paraplégicas, e 80% dos funcionários da revelação de exames
radiológicos são deficientes visuais.
O hospital adaptou toda sua estrutura e os locais de trabalho para garantir o aces-
so de deficientes físicos, e normas, procedimentos e rotinas foram traduzidos para o
braile, possibilitando o atendimento das necessidades dos deficientes visuais.
Além do título Hospital Amigo da Criança, conquistado em 2000, pelo Programa
de Incentivo ao Aleitamento Materno, o HMBM recebeu o selo “Empresa Amiga
da Criança”, título que mantém desde 2002, quando iniciou seus projetos de com-
bate ao trabalho infantil (sendo este um critério de avaliação dos fornecedores queserão selecionados para distribuição no hospital, conforme já citado).
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Informação e conhecimento
Informações da organização
Identificação das necessidades de informação
As necessidades de informação são identificadas, junto aos usuários dos sistemas,
pela necessidade de integrar os dados que compõem o sistema de atendimento, se-
jam estes dados relativos aos clientes, de fornecedores, do mercado ou dos processos
assistenciais e administrativos.Durante o planejamento estratégico anual, nas reuniões do Coplan, identificam-
se e selecionam-se as informações e os indicadores considerados estratégicos para o
hospital, até mesmo para acompanhamento dos seus planos de ação.
Outra forma de identificar e selecionar as informações para apoiar as operações
diárias do hospital é o atendimento à legislação vigente (incluindo as específicas do
setor), com destaque para a Portaria n. 312 do Ministério da Saúde que menciona os
indicadores clássicos para a avaliação do desempenho na área hospitalar.
Os programas nos quais a unidade está inserida, como Compromisso com aQualidade Hospitalar (CQH) e Hospital Amigo da Criança, também auxiliam na
identificação e na seleção das informações necessárias para subsidiar a tomada de
decisão, principalmente as relacionadas à melhoria contínua da qualidade da gestão
e da assistência do hospital.
Todas essas informações são extraídas de um banco de dados eletrônico, o que
agiliza e facilita o acesso a elas. Esses dados, na sua origem, permitem o conhe-
cimento sobre a produção e a produtividade dos setores e sobre o perfil da força
de trabalho. De forma controlada, o banco de dados dá acesso também aos dadoseconômico-financeiros e da administração de materiais.
Esse trabalho é acompanhado e seus resultados são controlados pelo núcleo de
informações do HMBM, que faz a revisão das necessidades de informações durante
as reuniões trimestrais de análise crítica do desempenho da unidade (Condiso).
Todas as informações geradas são gerenciadas por um sistema de gestão hospitalar
composto por programas desenvolvidos pela unidade, apresentados no Quadro 1.33.
Esses sistemas são desenvolvidos com base nas necessidades operacionais detec-
tadas pelas diversas áreas (nas reuniões quinzenais) e na necessidade de informaçõesque eles deverão gerar para a tomada de decisões por parte da alta direção da unidade
(Condiso). Essas necessidades são captadas pelo núcleo de informações por meio de
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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documentação encaminhada pelas áreas solicitantes e traduzida em projetos para a
implementação de novos sistemas, que são discutidos, em reuniões trimestrais sobre a
implementação de novos projetos e avaliação do funcionamento dos atuais sistemas,
com a equipe de informática. Esses sistemas também se comunicam para a geração
dos indicadores que compõem o painel de bordo do HMBM. O desenvolvimento
e a implementação dos sistemas de informação são feitos pela equipe de informática
que discute, com o responsável pelos diversos setores e o núcleo de informações,
a necessidade de atualização do sistema. No processo de implementação, antes da
formalização dos novos sistemas, são feitos testes e projetos-piloto, para a garantia
do lançamento do produto em conformidade com as necessidades dos seus usuários.
Quadro 1.33 – Sistemas de informação do HMBMSistema Tipo de informaçãoSIG-BM Contém as informações de produção, produtividade, finanças, recursos
humanos, administração de materiais e fornecedores
SPBM Contém dados da admissão do paciente, internação, administração de leitos,controle de prontuários, atendimentos ambulatoriais, administração demedicamentos, prescrição de enfermagem, diagnósticos, evoluções clínicas,resumos de alta e controle cirúrgico
Contém ainda um módulo específico para o controle dos indicadores referentesao programa Hospital Amigo da Criança
SEFBM Contém as informações de faturamento e receitas e do sistema de custos
SICBM Contém os resultados das pesquisas de satisfação do cliente (incluindo asencaminhadas para o CQH), da inserção do hospital no mercado e sobre aslegislações referentes aos direitos dos pacientesContém ainda um módulo específico para as pesquisas referentes aos projetossocais do HMBM
Sildadt Contém solicitações de exames, imagens médicas para as áreas de diagnóstico,resultados e laudos de exames laboratoriais e de apoio diagnóstico
Sispla Contém todos os planos de ação da unidade, o painel de bordo e os gráficos deavaliações de tendência
Disponibilização das informações aos usuários
As informações são disponibilizadas para toda a força de trabalho por meio de
um fluxo de distribuição de senhas, organizado pelo núcleo de informações, esca-
lonado de acordo com o envolvimento das áreas nos diversos processos. As infor-mações que não possuem programas específicos podem ser encontradas em rede, de
acesso comum, também controlado por senhas.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Mesmo os colaboradores que não dispõem de um microcomputador próprio para
o desenvolvimento de suas tarefas podem receber senhas de acesso e utilizar os equipa-
mentos dos cyber quiosques (computadores instalados em pontos estratégicos do hos-
pital, para uso de qualquer colaborador, incluindo a possibilidade de acesso à internet).
A instalação dos cyber quiosques foi realizada após o ciclo de aprendizado do
núcleo de informações, que detectou que parte dos colaboradores não conseguia
acesso a determinadas informações da unidade por falta de acesso aos equipamentos.
Ampliar o número de máquinas utilizadas no hospital, para o acesso individualizado
dos colaboradores, levaria a uma ociosidade da capacidade instalada. Sendo assim, os
quiosques foram adotados, depois de visitas de benchmarking a outras organizaçõesque utilizavam com sucesso essa prática.
Além do meio informatizado, as informações são disseminadas nos murais de
Gestão à Vista, localizados nos mesmos pontos estratégicos dos quiosques. As infor-
mações constantes nos murais são atualizadas mensalmente e garantem a dissemina-
ção necessária aos clientes externos e fornecedores.
Os acionistas recebem relatórios mensais sobre as atividades desenvolvidas pela
unidade, incluindo os indicadores relacionados à gestão de pessoas, à gestão finan-
ceira e de controle dos planos de ações.Acrescenta-se que o HMBM, por meio do setor de relações públicas, organiza
um boletim mensal com as principais informações sobre o funcionamento da uni-
dade e um jornal bimestral com o resumo dos principais acontecimentos do perío-
do. Esses dois veículos de informação são encaminhados aos diversos usuários. O
Quadro 1.34 resume os métodos de distribuição das informações.
Quadro 1.34 – Métodos de distribuição das informações
Usuário Método PeriodicidadeAdministradores Relatórios Mensal, trimestral e anual
Reuniões Trimestral
Intranet On-line
Clientes Gestão à Vista Atualização mensal
Site da organização On-line
Boletins informativos Mensal
Comunidade Site da organização On-line
Boletins informativos Mensal
Força de trabalho Rede On-lineGestão à Vista Atualização mensal
Jornal do HMBM Publicação bimestral
(continua)
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Quadro 1.34 – Métodos de distribuição das informaçõesUsuário Método PeriodicidadeFornecedores Gestão à Vista Atualização mensal
Site da organização On-line
Segurança das informações
O HMBM garante a integridade, a segurança e a atualização das informações por
meio do uso de estabilizadores e no break, acionamento diário do sistema antivírus,
rastreamento por servidor dedicado, gravação em fita DAT e serviço de lixeira feita
pelo servidor. Acrescenta-se que o acesso às informações, como já mencionado, é
feito por meio de senhas, autorizadas pelos coordenadores de áreas, que são atuali-
zadas semestralmente, ainda como garantia de segurança.
Esse trabalho é controlado pela equipe de informática que visita todas as áreas
semanalmente para a manutenção preventiva dos equipamentos e sistemas, por meio
da verificação dos itens pré-elaborados, o que permite a confiabilidade e a integra-
lidade das informações disponibilizadas em rede.
Informações comparativas
Fontes de informações comparativas
As fontes utilizadas para a captação da maioria das informações comparativas utili-
zadas pelo HMBM são os próprios hospitais, considerados referenciais comparativos.
É o caso dos hospitais participantes do programa CQH (R1), o Hospital Dona
Leonor (R2), a Maternidade Joana D’Arc (R4) e o Hospital da Prata (R6).Para as demais unidades (ver no item “Perfil da organização” R3, R5, R7 e R8),
as fontes de informações são publicações oficiais e a internet.
Para definir essas fontes, em 2004 foram discutidos, em reunião do Condiso, os
critérios aceitáveis para a inclusão das informações como referenciais comparativos.
Quadro 1.35 – Critérios para a identificação das fontes de informaçõescomparativasFonte: critério aceitável JustificativaPrópria unidade Credibilidade
Publicações oficiais Credibilidade
Internet Facilidade de acesso à informação
(continuação)
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Obtenção e atualização das informações comparativas
Os critérios para determinar o método mais apropriado de coleta das informa-
ções comparativas no HMBM são: acesso à informação e custos para a obtenção dos
dados. Esses critérios foram estabelecidos em reunião do Condiso, que definiu então
pelo benchmarking visitas técnicas, publicações oficiais e internet.
A maioria das informações comparativas utilizadas no HMBM é procedente dos hos-
pitais participantes do programa CQH (R1) e obtida em reuniões de benchmarking , or-
ganizadas trimestralmente pelo CQH por meio do núcleo de apoio à gestão hospitalar.
Além dessas reuniões, a Maternidade Joana D’Arc e o Hospital da Prata (R4 eR6) participam de reuniões de benchmarking organizadas pelo próprio HMBM. As
reuniões são trimestrais e coordenadas pelo gerente de qualidade do HMBM.
No caso do Hospital Dona Leonor (R2), considerando a especificidade dos
dados nele coletados (relacionados aos programas Hospital Amigo da Criança e
Maternidade Segura), são realizadas visitas técnicas anuais à unidade, com roteiro
predefinido (organizado pela gerência de qualidade em 2006, como fruto de refi-
namento da prática), no período da elaboração do planejamento estratégico, com a
participação das gerências de qualidade e dos serviços clínicos, momento em que ainformação é atualizada.
Para as demais fontes utilizadas pelas unidades (R3, R5, R7 e R8), que são publi-
cações oficiais e da internet, a coleta deve ser anual, tarefa que cabe aos responsáveis
pelo processo ou pelos resultados que serão comparados com o roteiro de coleta de
dados, organizado pela gerência de qualidade.
A responsabilidade pela captação e atualização das informações comparativas e pela
revisão destas é da equipe que elabora os objetivos estratégicos, dos responsáveis pelosprocessos principais do hospital (gerências envolvidas) e do gerente de qualidade.
A orientação dada a todos (padrão de trabalho) é a seguinte: independentemente
do método utilizado para a coleta das informações (benchmarking , visitas técnicas,
publicações oficiais ou internet), deve-se ter um roteiro predefinido que contenha
as características das informações obtidas (como a base de cálculo, por exemplo) e
a garantia de sua atualidade. Se não estiver atualizada, essa garantia será excluída da
avaliação do desempenho organizacional.
Para fazer esse controle, o antigo Comitê de Qualidade organizou uma planilha,em 2004, com informações obtidas, fonte, forma de coleta, validade (datas da infor-
mação e coleta) e base de cálculo.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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A prática foi refinada com a inserção desse controle no Sisplan, alimentado pela
atual gerência da qualidade.
Análise das informações comparativas obtidas
Após a obtenção das informações comparativas, são realizadas reuniões setoriais,
anuais, pelo núcleo de planejamento, para a análise dessas informações e estabeleci-
mento das metas.
Esse processo está atrelado ao ciclo de planejamento estratégico, o que justifi-
ca essa periodicidade. Acrescenta-se que as informações comparativas são utilizadastambém para a análise trimestral do desempenho organizacional no Condiso.
Nesse contexto, o uso das informações comparativas tem permitido algumas me-
lhorias importantes para o hospital:
• Em relação aos clientes: organização dos fluxos da ouvidoria para o trabalho com
os índices de insatisfação dos usuários (informação comparativa utilizada: índices
de insatisfação).
• Em relação às pessoas: diminuição dos acidentes de trabalho por meio da sensibi-lização para o manuseio de materiais perfurocortantes (informação comparativa
utilizada: acidentes de trabalho).
• Em relação aos processos: redução da taxa de cesarianas para a obtenção do título
Hospital Amigo da Criança (informação comparativa utilizada: taxa de cesariana).
• Em relação aos fornecedores: organização do café da manhã (semestral) com os
principais fornecedores do HMBM para a discussão de suas não conformidades
(informação comparativa utilizada: número de não conformidades dos fornece-
dores).• Em relação à sociedade : realização dos mutirões de coleta do teste de Papanicolaou
e exame de mamografia (informação comparativa utilizada: número pessoas da
comunidade atendidas por ações sociais).
Ativos intangíveis
Identificação dos ativos intangíveis
Os ativos intangíveis que compõem o capital intelectual do HMBM são identi-
ficados com base nos resultados discutidos nas reuniões trimestrais de análise crítica
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
61
cleo de pesquisa, criou-se uma comissão de ética em pesquisa, instalou-se todo o
equipamento necessário para videoconferência e foi feita uma revisão de todo o
acervo da biblioteca do hospital.
Essas práticas não apenas vêm possibilitando o refinamento dos protocolos clíni-
cos do HMBM, mas também têm sido um mecanismo para o desenvolvimento de
seu capital intelectual, ativos humano e conhecimento.
A incorporação de novas tecnologias na organização também vem da partici-
pação dos colaboradores (em especial da área assistencial) em eventos científicos
(sendo esses eventos, no setor saúde, a fonte para a avaliação da necessidade de atua-
lização de tecnologia), com o compromisso do repasse e do compartilhamento dasinformações adquiridas com os demais funcionários do setor. Após o repasse, são
realizadas reuniões específicas para a adequação da tecnologia apreendida à unidade.
Também objetivando o incentivo ao desenvolvimento do capital intelectual do
hospital, para os interessados em cursar mestrado ou doutorado negociam-se um regi-
me de trabalho mais flexível e parte do financiamento dos estudos, desde que o fun-
cionário assuma um compromisso de permanecer no hospital por pelo menos 5 anos
após a conclusão do curso. Utilizando-se desse benefício, atualmente temos um mé-
dico desenvolvendo um trabalho de doutorado na área da telemedicina, o que possi-bilitou a implementação desse trabalho para o benefício dos diagnósticos assistenciais.
A gerência da qualidade tem sido o grupo responsável pelo desenvolvimento do
ativo intangível “marca”, com o acompanhamento e a implementação do modelo
de gestão do CQH, PNGS e PNQ. O controle dessas práticas é feito pela assessoria
de marketing do hospital por meio de pesquisas próprias, que revelam os resultados
desse desenvolvimento.
O capital intelectual, ativo humano do hospital, é protegido por meio dos be-
nefícios relatados no item “Qualidade de vida” e pelos incentivos anteriormentedescritos para o estudo, destacando-se o contrato de 5 anos com a unidade após
a conclusão do mestrado ou do doutorado. Os trabalhos científicos desenvolvidos
(ativo conhecimento) são protegidos por meio da apresentação em congressos e pu-
blicações em revistas especializadas. A tecnologia é protegida por meio de patentes
obtidas para produtos desenvolvidos pela unidade, e a marca é protegida pelo con-
trole que a assessoria de marketing faz das inserções da marca na mídia.
Para atrair especialistas, o HMBM utiliza-se da própria divulgação do seu capital
intelectual (com todos seus ativos intangíveis) como estratégia de captação. Dessaforma, as áreas interessadas em determinados especialistas, reconhecidos publica-
mente como tal, por meio de congressos, publicações especializadas ou inserções
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
na mídia, por agregarem algum valor à sociedade com o trabalho que desenvolvem,
identificam esse especialista para a direção do hospital e para área de recursos huma-
nos, que, ao entrarem em contato com a pessoa, descrevem o trabalho que a unidade
vem desenvolvendo com os seus ativos intangíveis e descritos neste item.
Conhecimento desenvolvido
Mensalmente, o hospital desenvolve uma reunião científica para que os diversos
profissionais da área técnica troquem informações. São médicos, enfermeiros, psi-
cólogos, nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais e biólogos que se reúnempara a discussão de casos e disseminação de informações adquiridas nos eventos
científicos que participaram. Esse trabalho é coordenado pelo núcleo de pesquisas
do hospital, responsável também por pesquisas e trabalhos científicos elaborados na
unidade. É esse setor que controla as participações dos colaboradores (área técnica)
em eventos externos, organizando o tema que será trabalhado no mês, e, por meio
da integração com a Comissão de Prontuários do Hospital, seleciona o caso a ser
discutido nessa reunião científica. Essa discussão dos casos objetiva o desenvolvi-
mento do conhecimento dentro do hospital, para a melhoria dos processos assisten-ciais, de acordo com as diretrizes organizacionais.
Cabe ressaltar que o núcleo de pesquisa do hospital teve origem no ciclo de
aprendizado dos processos assistenciais da organização, em que foi detectada a ne-
cessidade da criação de um grupo que pudesse organizar a melhoria dos protocolos
assistenciais da unidade com base em evidências científicas e discussões de casos.
Pessoas
Sistema de trabalho
Definição e implementação da organização do trabalho
O atual sistema de trabalho começou a ser constituído a partir de 1992, com a
criação de uma comissão representada por uma equipe multiprofissional composta
por diferentes setores do hospital. Essa comissão, denominada de “Novos Tempos”,
foi responsável pela descrição das atividades desenvolvidas no hospital, dos requisitosdesejados para as funções e do perfil dos colaboradores. Com base nesse levanta-
mento, realizaram-se adequações, e um novo perfil de cargos foi desenhado, levando
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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em consideração as necessidades dos setores e habilidades, competências e resultados
esperados dos colaboradores.
Com o propósito de assegurar o compartilhamento das informações e do conhe-
cimento entre os colaboradores e as diferentes áreas do hospital, o HMBM adota
uma gestão participativa baseada no modelo de competências, a fim de assegurar
inovações e criatividade.
Competência no HMBM é entendida como um conjunto de capacidades, co-
nhecimentos, habilidades e comportamentos que os colaboradores possuem e que,
aplicado aos processos organizacionais, permite que o serviço funcione de maneira
mais ágil e eficaz, agregando valor aos seus clientes.Essas competências foram assim classificadass:
• Comportamentais: competências sem as quais os ocupantes não podem realizar as
atividades mínimas requeridas pelo cargo/perfil.
• Genéricas: referem-se aos conhecimentos mínimos dos processos fundamentais
inerentes às áreas.
• Específicas: trata-se da capacidade que cada colaborador tem de operacionalizar
um determinado padrão de ações/processos.
Esse modelo de competências tem-se mostrado eficiente no processo de con-
tratação das pessoas, garantindo a seleção dos candidatos mais apropriados ao cargo,
além de servir como base para os processos de avaliação e desenvolvimento de
profissionais. A estrutura organizacional do HMBM é baseada no organograma por
projetos, ou seja, de acordo com as necessidades e as oportunidades de melhorias
detectadas pelas equipes durante as reuniões de desdobramento do planejamen-
to estratégico (Coplan). Times de trabalhos são criados para realização de projetosinstitucionais, visando incentivar a criatividade e a flexibilidade dos colaboradores.
Esses times são formados por profissionais de diferentes áreas e selecionados pela
área de interesse com base na avaliação de competências. Um dos participantes é
eleito pelo próprio grupo como coordenador do projeto, estabelece-se um crono-
grama de atividades, e os resultados são apresentados para a alta direção e dissemina-
dos para todas as pessoas por meio dos boletins internos, intranet e murais.
O Quadro 1.36 mostra os principais times em vigor no HMBM. Destaca-se a or-
ganização do time de aprendizado como um refinamento dessa prática, criada apósa avaliação externa do PNGS, que identificou o aspecto aprendizado como uma
grande oportunidade de melhoria para o HMBM, sendo definida, então, a criação
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Seleção e contratação
O HMBM possui um banco de dados de cada um de seus colaboradores com
informações sobre habilidades, competências, conhecimentos técnicos, graduação,
pós-graduação, mestrado, doutorado, curso de aperfeiçoamento, treinamento, par-
ticipação em congressos e publicações realizadas. Quando há a necessidade de umanova contratação, antes de procurar um profissional no mercado, o hospital consulta
seu banco de dados, a fim de identificar talentos internos e promover a sua própria
força de trabalho, possibilitando o crescimento dos seus colaboradores dentro da
própria instituição. Essa prática evidencia a valorização da força de trabalho e esti-
mula a busca por desenvolvimento contínuo.
Entretanto, quando se faz necessária a contratação de um novo colaborador, as
vagas são abertas ao público (informando o perfil do cargo e as competências reque-
ridas), por meio do site da instituição, de sites especializados em captação de recursoshumanos e de anúncios em jornais, assegurando igualdade e justiça no processo de
seleção.
Time “controlede infecçãohospitalar”
Time dehospitalidade
Núcleo dosaber
Time deaprendizado
Time de climaorganizacional
Time deatendimentoao paciente
Time deindicadores
Figura 1.8 – Esquema de time.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
A igualdade sexual pode ser observada pela relatividade interna dos cargos ocu-
pados e salários recebidos por homens e mulheres de diferentes etnias. O Quadro
1.37 descreve o processo de seleção.
Quadro 1.37 – Processo de recrutamento e seleção do HMBMPassos
1º passo: inscrição pela internet e encaminhamento do currículo por meio eletrônico
2º passo: profissionais dos recursos humanos (RH) recebem os currículos e realizam uma
triagem inicial
3º passo: entrevista coletiva com os candidatos selecionados. Essa entrevista é realizada porprofissionais do RH, psicólogos e profissionais das equipes que estão disponibilizando asvagas
4º passo: visita ao hospital e apresentação de vídeo institucional
5º passo: dinâmica de grupo com os candidatos selecionados. As dinâmicas são conduzidaspor psicólogos especializados e altamente capacitados, a fim de avaliar as competênciastécnicas e comportamentais dos candidatos
6º passo: entrevista individual. Uma semana após a dinâmica de grupo, os candidatosselecionados são convocados e realizam entrevistas individuais com o chefe da equipe eoutros colaboradores com os quais trabalharão diretamente
Durante o processo seletivo, informações sobre política de gestão de pessoas,missão, visão e valores do hospital são disseminadas aos candidatos a fim de que per-
cebam se há uma identificação com a cultura da casa e com as condições de trabalho.
Os dados dos finalistas que não foram selecionados são armazenados no banco de
dados, e mediante abertura de novas vagas estes são preferencialmente convocados.
Integração dos novos membros da força de trabalho
Em relação aos colaboradores recém-admitidos, existe uma diferenciação de práti-cas entre os profissionais que prestam assistência direta e indireta ao paciente, uma vez
que aqueles de assistência direta possuem competências técnicas muito específicas.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Para os profissionais que trabalharão nas áreas administrativas, há um programa de
trainee que proporciona ao recém-chegado uma visão sistêmica do funcionamento
do hospital. Logo no primeiro dia, o novo colaborador é acompanhado por uma
equipe que apresenta o hospital detalhadamente. Os novos colaboradores seguem as
práticas de job rotation e training on the job, permanecendo durante um mês e meio
em cada área antes de ser absorvido pela área para a qual foi designado.
Para os profissionais de assistência direta, existe um programa de “apadrinhamen-
to” dos recém-contratados, que permanecem durante dois meses atendendo os pa-
cientes na companhia de um padrinho que irá avaliar seu desempenho e orientá-los.
A troca de informações entre as equipes e a disseminação dos principais aconte-cimentos, das ações gerenciais, de tomadas de decisões e das metas estabelecidas são
asseguradas pela publicação mensal do boletim informativo do hospital e do jornal
bimensal De Olho no Moço, afixados também nos murais localizados em pontos
estratégicos para facilitar a visualização. O meio eletrônico (intranet) e as reuniões
sistemáticas são outros mecanismos utilizados para a comunicação com a força de
trabalho, integrando os diversos setores.
No caso de informações de maior importância ou que necessitem de rápida
disseminação, são distribuídos boletins extraordinários e anexadas mensagens nosholerites dos colaboradores.
Após o ciclo de aprendizado realizado pelo setor de relações públicas para suas prá-
ticas, foi lançado um canal interno de televisão que há 6 meses veicula, em todos os an-
dares da unidade, notícias, palestras e campanhas de prevenção realizadas pelo hospital.
Em dezembro de 2000, deu-se início ao programa de inclusão digital que dis-
ponibilizou acesso à internet a todos os funcionários, por meio do aumento do
número de terminais de computadores e pela criação dos 7 cyber quiosques espalha-
dos no hospital. Criaram-se e-mails para 100% dos colaboradores, e, aos que aindanão conheciam a internet, foram realizados treinamentos. Assim, o hospital garantiu
maior disseminação das informações e agilidade na comunicação. Em uma recente
pesquisa realizada pela área de informática, constatou-se-se que atualmente 86% de
todos os funcionários verificam seus e-mails todos os dias.
Avaliação e desempenho
A avaliação do desempenho dos colaboradores baseia-se no desempenho indivi-dual e dos times, em metas da empresa e individuais, na participação nos projetos do
hospital, em competências individuais e desempenho das equipes.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Além da avaliação 360º, feita anualmente e coordenada pelo grupo de gestão de
pessoas, o HMBM realiza uma avaliação trimestral dos funcionários a partir de formu-
lário específico, onde cada líder discute com os seus colaboradores as oportunidades
de melhorias e pontos fortes, sempre com base nas metas mensais atingidas ou não.
Essas oportunidades de melhorias geram planos de treinamentos e capacitações indivi-
duais (PTCI). Esses planos de treinamento permitem o desenvolvimento profissional
da força de trabalho, sendo as promoções da unidade baseadas nas avaliações de desem-
penho e no histórico dos planos de treinamento e capacitação de cada colaborador.
Acrescenta-se que o resultado dessa avaliação gera os gráficos que possibilitarão a
observação da evolução do colaborador após o PTCI. Com isso, são avaliados tam-bém os impactos dos treinamentos nas operações diárias do hospital.
Todos colaboradores podem acompanhar pela rede as metas estabelecidas para
todos os times de trabalho. Os líderes dos times se encontram, quinzenalmente,
para discussão e eventuais redefinições de metas. Com base em metas gerais, os
líderes estabelecem as de seus colaboradores. Trimestralmente, realizam-se fóruns
dos líderes para apresentação dos resultados globais, momento em que se aborda a
avaliação das equipes de trabalho.
Todo o processo de avaliação é organizado e controlado pela equipe de gestão depessoas que mantém arquivado, nas “fichas” funcionais, todo o histórico de cada cola-
borador, utilizado quando surge uma oportunidade de promoção dentro do hospital.
Remuneração
O HMBM acredita que a política salarial de seus colaboradores é de grande im-
portância para o bom desempenho das atividades desenvolvidas. Com o propósito
de manter-se competitivo nesse aspecto, a equipe de gestão de pessoas realiza perio-dicamente pesquisa de mercado e busca se manter no terceiro quartil dos salários nos
hospitais. Além disso, o hospital pratica remuneração com base no alcance de resul-
tados assistenciais, financeiros e de clientes, considerados críticos para a instituição.
Capacitação e desenvolvimento
Identificação das necessidades de treinamento e capacitação
Quando se levantam as necessidades de treinamento e capacitação, o objetivo é
assegurar que todos os colaboradores tenham oportunidade de crescimento. Para
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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isso, foi criado, em 2002, um setor específico especializado em educação continuada
denominado “núcleo do saber”. Esse núcleo é responsável pela definição da política
de capacitação e treinamento do hospital e pela viabilização de eventos voltados a
ela. Essas necessidades são assim classificadas: integração de novos funcionários, cul-
tura da excelência, rotinas hospitalares, atendimento ao planejamento estratégico e
redirecionamento de rumos.
Com base nessa classificação, definida após o ciclo de aprendizado das práticas do
núcleo de saber, é feita a programação anual dos cursos de capacitação e treinamen-
tos, com o acompanhamento mensal do núcleo do saber e da gerência da qualidade.
A participação dos funcionários nesse processo de levantamento das necessidadesde treinamentos ocorre na dependência dos critérios que motivaram essa demanda,
tais como:
• Demanda espontânea dos colaboradores: quando os colaboradores sentem dificulda-
des para a execução de suas tarefas, discutem com sua liderança a possibilidade
do encaminhamento de uma solicitação de treinamento ao núcleo do saber. Esse
critério atende a qualquer uma das necessidades classificadas para a política de
capacitação do hospital.• Avaliação do desempenho e das competências dos colaboradores pelo seu chefe imedia-
to: como já relatado anteriormente, a avaliação de desempenho dá origem ao
PTCI, em um consenso entre colaborador e sua liderança sobre a necessidade
de treinamento. Esse critério atende basicamente à necessidade classificada como
“redirecionamento de rumos”.
• Solicitação direta do chefe superior : quando o líder pretende refinar os padrões de
trabalho de seu colaborador e/ou implementar uma diretriz do planejamento
estratégico e detecta que para tanto será necessário capacitá-lo, esse colaboradoré chamado e estimulado à capacitação. Esse critério atende às necessidades de
capacitação e treinamentos relacionados ao “atendimento ao planejamento estra-
tégico” e à “cultura da excelência”.
• Transferências internas e promoções dos colaboradores: quando o colaborador é con-
vidado para uma nova função (seja por promoção seja por mudança de área),
solicita-se que ele faça uma avaliação das suas necessidades de capacitação para as
novas funções. Esse critério atende a praticamente todas as necessidades classifi-
cadas para o atendimento da política de capacitação do hospital.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Definição dos programas de capacitação e de desenvolvimento
Todo o plano de treinamento no HMBM é estabelecido em conjunto com oscolaboradores envolvidos, conforme já descrito. Dessa forma, existe a preocupação
de alinhar as necessidades levantadas pela instituição às necessidades e expectativas
dos colaboradores.
As necessidades da instituição, conforme as classificações relatadas, são identifica-
das nas avaliações de desempenho por meio de indicadores discutidos nas reuniões
trimestrais de análise crítica da unidade (Condiso), que geram os planos de ação de
refinamento das práticas. Com base na identificação e nas expectativas apontadaspelos colaboradores, o núcleo do saber, em parceria com as chefias e a alta liderança,
define e prioriza os programas de capacitação e desenvolvimento.
Os programas de capacitação são definidos, portanto, durante o planejamento
estratégico do núcleo do saber que, em seguida, realiza o alinhamento deste com o
planejamento estratégico do HMBM. Esse alinhamento é assegurado nas reuniões
bimestrais do Coplan, nas quais há uma prestação de contas da execução dos planos
de ação, muitos relacionados ao desenvolvimento dos programas de capacitação.
Avaliação dos programas de capacitação
Para mensurar a aplicação dos novos conhecimentos e das habilidades adquiridos,
o hospital adotou um sistema de avaliação de reação ao final das atividades, o que
permite um feedback da aplicabilidade dos novos conhecimentos e, ao mesmo tempo,
a realização de mudanças para atender às necessidades individuais ou do grupo. O
questionário utilizado nessa avaliação é padronizado para todos os treinamentos a
fim de que os indicadores possam ser comparados.Outra prática adotada para medir a aplicação dos conhecimentos advindos dos
treinamentos é a delegação da avaliação ao chefe imediato, que irá avaliar, por meio
de observação direta, o desempenho do colaborador em suas atividades.
Os resultados das avaliações são tabulados e discutidos nas reuniões de planeja-
mento dos treinamentos, que acontecem no núcleo do saber uma vez por mês e que
contam com a presença dos líderes envolvidos nos últimos treinamentos realizados.
Com base nas informações advindas das avaliações, reestruturações são realizadas na
aplicação, abrangência e metodologia dos treinamentos oferecidos.A Figura 1.9 e o Quadro 1.38 apresentam um resumo da atuação do núcleo do
saber com base na política de capacitação e desenvolvimento do HMBM.
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Quadro 1.38 – Atuações do núcleo do saber Núcleo do saber Desenvolvimento gerencial: objetiva a atualização de competências técnicas e gerenciais,permitindo aos líderes um acompanhamento constante da evolução das tendências mundiaissobre temas vinculados à gestão de negócios, de tecnologias e de pessoas. Contempla oscursos relacionados à cultura da excelência, já descritos
Desenvolvimento comportamental: trabalhado em todos os cursos ministrados na Escola doModelo Bom Moço (EMBM), com ênfase no programa de atendimento diferenciado, objetivaque os colaboradores que têm contato direto com os clientes recebam orientações específicasque enfatizem as habilidades necessárias para lidar com os clientes
Treinamento para terceiros: os funcionários das empresas terceirizadas podem participarde todos os cursos ministrados no hospital, incluindo os gerados pelo PTCI, uma vez queeles também são avaliados. A relação desses funcionários com a política de capacitação dohospital está prevista em contrato com a empresa prestadora de serviço. De forma integrada,as avaliações da participação desses colaboradores nos cursos possibilitam também aavaliação do desempenho dos fornecedores
Training on the job: treinamentos sistemáticos ministrados pelos chefes aos novoscolaboradores ou àqueles que assumiram novas tarefas. Os objetivos do treinamento são:apresentação da área de trabalho, técnica de demonstração do método correto de trabalho,conhecimento básico necessário para execução do trabalho e desenvolvimento de habilidades
para agilizar a execução do trabalho e mostrar o que fazer e como fazer.A eficácia desse treinamento é avaliada por meio de entrevistas com os colaboradores após45 dias da contratação
Training
on the jobTreinamentode terceiros
Desenvolvimentotecnológico
Palestras e
congressos
Desenvolvimento
gerencial
Capacitaçãotécnica
Desenvolvimentocomportamental
Escola doModelo Bom
Moço (EMBM)
Núcleodo
saber
Figura 1.9 – Núcleo do saber.
(continua)
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Quadro 1.38 – Atuações do núcleo do saber Núcleo do saber Escola do Modelo Bom Moço (EMBM): criada em 2003 como fruto de avaliações dospadrões de trabalho relacionadas à capacitação de pessoal. Destina-se aos cursos de rotinado hospital, em razão de seu perfil e de sua política de recursos humanos, objetivando amelhoria contínua dessa rotina
Essa classificação dá a base para a organização da avaliação dos programas de ca-
pacitação e treinamento, que partem do objetivo de cada área de atuação do núcleo
do saber, com o propósito de avaliar se a política de capacitação e treinamento de
pessoal do HMBM está sendo atendida.
Qualidade de vida
Saúde ocupacional, segurança e ergonomia
As estratégias estabelecidas pela instituição, visando assegurar de maneira efetiva a
existência de condições de trabalho saudáveis e seguras a todos os colaboradores, são
estabelecidas no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), represen-tado no Quadro 1.39, e no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO). As ações são preventivas e enfatizam medidas de promoção e proteção
à saúde e segurança, contribuindo para a qualidade de vida de seus colaboradores.
Quadro 1.39 – Ações do PPRAVisitas de técnicos de segurança aos locais de trabalho para realização de avaliações a cada 2meses. Nessas avaliações, são utilizados decibelímetros a fim de testar o nível de barulhos e
ruídos. Avaliam-se ainda a iluminação dos ambientes de trabalho e as condições ergonômicasAnálises de processos e postos de trabalho, considerando condições e atitudes de segurança
Estudo das atividades por função para avaliar o grau de exposição aos riscos
Controle ou eliminação dos riscos
Vigilância epidemiológica
Realização de programas especiais como campanhas de vacinação, ginástica laboral,biossegurança etc.
Com o propósito de manter um ambiente de trabalho seguro e saudável, in-
vestimentos contínuos são feitos no ambiente físico em instalações, mobiliários,máquinas e equipamentos. O planejamento estratégico contempla desdobramentos
específicos nesse assunto.
(continuação)
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
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Em 2003, foram contratados dois profissionais para atendimentos exclusivos nas
áreas de medicina ocupacional, com atividades de treinamento em prevenção de
acidentes com material biológico. Também existe um grupo multifuncional encar-
regado da adequação/avaliação de reabilitados e/ou com problemas de saúde ligados
a doenças ocupacionais.
Visando ainda garantir a segurança de todos colaboradores, existe a brigada de
incêndio que periodicamente é treinada para atuar em situações de alerta e perigo.
A brigada conta com cerca de 250 brigadistas, e as simulações são realizadas em par-
ceria com o corpo de bombeiros, a polícia militar e a Companhia de Engenharia de
Tráfego. Esse grupo realiza treinamentos teóricos e práticos, reconhecimento seto-rizado dos r iscos, estabelecimento das rotas de fuga e ensino de medidas de suporte
básico de vida para os profissionais do hospital. Em 2003, atualizou-se a sinalização
em todo o prédio e procedeu-se à troca do registro de água por hidrante para me-
lhor encaixe das mangueiras. Em 2005, foram instaladas portas corta-fogo em todos
os andares e realizou-se a substituição dos corrimões.
Além disso, há 7 anos existe o projeto realizado pela Comissão Interna de Pre-
venção de Acidentes (CIPA) do Hospital, levando informações técnicas que refor-
çam a necessidade do uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI). Osacidentes de trabalho são organizados em planilhas e analisados por tipicidade, grupo
ocupacional e área, gerando planos de ações corretivos e preventivos. Há a realização
da Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho, que evoluiu de 550 participantes
em 1999 para 1.100 participantes em 2007.
Bem-estar, satisfação e motivação
O time de clima organizacional é responsável por avaliar e monitorar as melho-rias relacionadas a bem-estar, satisfação e motivação dos colaboradores, por meio da
pesquisa de clima organizacional realizada anualmente. Três meses antes da realização
da pesquisa, inicia-se a campanha de sensibilização, na qual todos os colaboradores
são incentivados a responder aos questionários que constam de 70 questões relativas
a relacionamento com a chefia e colegas de trabalho, condições físicas e psicológicas
de trabalho, sentimento de pertencer à organização, salários e benefícios.
Quiosques com computadores e monitores treinados são espalhados pelo hospi-
tal. Os monitores explicam aos colaboradores o funcionamento da pesquisa e forne-cem as senhas de acessos aos questionários (as senhas são aleatórias e fornecidas ao
colaborador somente na hora de responder ao questionário).
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Os colaboradores respondem aos questionários pelos computadores, com total
preservação de identidade. Cada colaborador tem direito a responder ao questioná-
rio apenas uma vez.
Os dados gerados pela pesquisa são tabulados pelo próprio sistema que permite a
criação de relatórios com múltiplas informações e estratificações.
O time de clima organizacional analisa os dados obtidos e apresenta os resulta-
dos segmentados por grupos funcionais. As informações permitem que as chefias
adotem ações que vão desde a melhoria das condições físicas de trabalho até o de-
senvolvimento de habilidades interpessoais. Exemplos de melhorias implementadas
com base na última pesquisa de clima organizacional: reforma do estacionamentopara aumentar número de vagas, construção da academia de ginástica, entre outros.
Outra forma de identificação do bem-estar, da satisfação e motivação das pessoas
está relacionada à análise das manifestações dos colaboradores no “Espaço Escuta”,
espécie de ouvidoria dos colaboradores, que está sob a responsabilidade da psicóloga
do trabalho, que os recebe e atende a qualquer manifestação presencial ou realizada
pela intranet.
Os principais fatores identificados na última pesquisa de clima organizacional
e na análise das informações contidas no “Espaço Escuta”, com oportunidades demelhorias para o HMBM, estão listados no Quadro 1.40.
Quadro 1.40 – Principais fatores identificados: oportunidade de melhoriasPrincipais fatores identificadosNão há distribuição equilibrada de trabalho entre os funcionários da minha área
Os prazos para realização das minhas atividades nem sempre são adequados
O Quadro 1.41 apresenta os principais fatores identificados na última pesquisa
de clima organizacional e na análise das informações contidas no “Espaço Escuta”,
considerados pontos fortes do hospital.
Quadro 1.41 – Principais fatores identificados: pontos fortesPrincipais fatores identificados
Tenho chance de ser promovido neste serviçoRecebo do hospital os treinamentos necessários para a execução do meu trabalho
Tenho oportunidades de aprender novas atividades no meu dia a dia de trabalho
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Manutenção de bem-estar, satisfação e motivação
Com o objetivo de propiciar bem-estar, satisfação e comodidade às pessoas que
trabalham no HMBM, diversos programas de ação educativa são oferecidos aos
colaboradores.
Quadro 1.42 – Programas de ação educativaPrograma Equipe de atendimentoPrograma de dependência química e alcoolismo:visa reabilitar o funcionário, permitindo que resgate a
sobriedade e a integridade. São oferecidos atendimentosambulatoriais e grupos de terapia. A família e algumaspessoas da equipe em que o colaborador trabalha sãoenvolvidas no tratamento. A média de recuperação dosalcoolitas se situa em torno de 50 a 55%
Médico, psicólogo e assistentesocial
Programa de preparação para aposentadoria: visaa preparação do colaborador que está em fase desolicitação de aposentadoria, preparando-o para umanova fase da vida em âmbito pessoal, familiar e social,por meio de cursos e aconselhamentos individuais
Assistente social, médico,nutricionista, advogado, psicólogoe terapeuta ocupacional
Programa de reabilitação profissional: visa reintegraro colaborador acidentado ao seu local de trabalho emrazão da sua nova condição física e preparar a equipepara recebê-lo
Médico, enfermeira do trabalho,assistente social, fisioterapeuta eterapeuta ocupacional
Programa de prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis e Aids: esclarecimentos e orientaçõesde prevenção por meio de campanhas educativas comfolhetos, cartazes e matérias nos boletins e palestras
Médicos infectologistas eginecologistas
Programa de prevenção à cárie e saúde bucal: visareduzir a incidência de cáries e estimular a criação
de bons hábitos de higiene bucal. Dentistas realizampalestras, e são distribuídos kits com escova, pasta, fiodental e folder com orientações
Dentistas
Programa de combate ao fumo: palestras e campanhapara extinguir o hábito de fumar
Médicos pneumologistas
Outra atividade desenvolvida no hospital é o projeto “Legal” que oferece con-
sultoria aos colaboradores sobre questões trabalhistas. Existe uma parceria entre os
trabalhadores do jurídico e o time de clima organizacional para detectar as princi-
pais insatisfações do cliente nesse aspecto, com o objetivo de diminuir o númerode processos trabalhistas. A consultoria é realizada desde 2003, às segundas, terças e
quartas-feiras em período integral; às quintas e sextas-feiras, são realizadas reuniões
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Todos esses benefícios, muitos deles criados proativamente pelo HMBM, têmsido um diferencial em relação aos concorrentes e um incentivador para o cumpri-mento das metas estabelecidas para os colaboradores, o que é evidenciado nos resul-tados obtidos nas pesquisas de clima organizacional do hospital e nos depoimentosfeitos no “Espaço Escuta”.
Melhorias na qualidade de vida
A fim de promover melhorias na qualidade de vida de seus colaboradores, alémdos benefícios mencionados no Quadro 1.43, o HMBM estimula a atividade física,
a reeducação alimentar e a integração social dos colaboradores e de seus familiares,por meio dos seguintes programas:
• Calorias inteligentes: orientações sobre hábitos saudáveis de alimentação com pa-lestras coletivas.
• Gincanas e caminhadas realizadas duas vezes ao ano: aberta para participação detodos colaboradores e seus familiares, e os times vencedores recebem troféus,prêmios e bonificações salariais.
•
Espaço Qualivida: praça arborizada no fundo do hospital, com viveiros de pássaros,minipista de caminhada, bancos e mesas de concreto, utilizada para interação daspessoas nos intervalos do trabalho.
• Academia de ginástica: aberta há 2 anos, é destinada a todos os colaboradores e seusfamiliares com avaliações físicas e acompanhamento das atividades, realizados deforma voluntária por profissionais de educação física e médicos fisiologistas.
• Ginástica laboral : em 1998, foi contratada uma equipe de fisioterapeutas e tera-peutas ocupacionais especializados em ergonomia, que desenvolvem um trabalho
de avaliação das condições de trabalho dos colaboradores e realizam, diariamente,ginástica laboral nos diferentes setores.• Programa “Melhor Idade”: para os profissionais idosos da instituição, próximos da
aposentadoria, com o objetivo de ajudá-los nessa transição. O programa consisteem palestras com profissionais de várias áreas de atuação que orientam os funcio-nários e sua família sobre saúde e administração do orçamento familiar.
Avaliação de bem-estar, satisfação e motivação das pessoas
A avaliação de bem-estar, satisfação e motivação das pessoas é realizada por meioda análise da pesquisa de clima organizacional e pela análise das manifestações rea-lizadas no “Espaço Escuta”.
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Essas análises são feitas durante as reuniões trimestrais do Condiso e no ciclo do
planejamento estratégico do hospital, quando da análise e da discussão de ambiente
interno.
Com base nisso, são estabelecidas as diretrizes e desenvolvidos os planos de ações
referentes à perspectiva das pessoas para o HMBM.
Processos
Processos principais do negócio e de apoio
Requisitos aplicáveis aos processos
Nas reuniões do Condiso, também são definidas as bases que deverão orientar os
requisitos aplicáveis aos diversos processos do HMBM, e as gerências responsáveis
por esses processos, partindo dessas orientações e das necessidades e expectativas dos
clientes, definem esses requisitos. Após o desenvolvimento dos requisitos, o controle
do seu cumprimento é feito por meio do acompanhamento dos indicadores, nas
reuniões trimestrais de análise crítica do mesmo Condiso. O Quadro 1.44 apresentaos requisitos a serem atendidos e os respectivos indicadores de desempenho.
Quadro 1.44 – Requisitos dos processos e seus indicadoresProcesso Requisitos IndicadoresAtendimentoemergencial e depronto-socorro
Assistênciamultiprofissional comagilidade e segurança
Tempo de espera para o atendimento,taxa de erro de medicação e taxa decomplicações/intercorrências
Atendimento
domiciliar
Atendimento
multiprofissional comconforto e segurança
Produção e produtividade da equipe
multiprofissional, taxa de complicações/intercorrências e satisfação do cliente
Atendimento dohospital-dia
Assistência médicaindividualizada, integral,segura e documentada
Produção e produtividade da equipemultiprofissional e taxa de complicações/intercorrências
Tratamentosclínico e cirúrgico
Resolubilidade dosprocedimentos médicos
Taxa de cesariana, mortalidade institucionale taxa de ocupação das salas cirúrgicas/departos
Atendimentoambulatorial
Agilidade, acessibilidadeà assistência médica
individualizada,especializada edocumentada
Tempo médio de espera por consultaambulatorial, produção e produtividade
médica
(continua)
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Quadro 1.44 – Requisitos dos processos e seus indicadoresProcesso Requisitos IndicadoresInternaçãohospitalar
Assistênciamultiprofissionalindividualizada, integral,segura e documentada
Índice de infecção hospitalar, taxade ocupação hospitalar, média depermanência, produção da equipemultiprofissional, índice de rotatividade dosleitos e percentual de reinternações pelomesmo diagnóstico
UTI Assistênciamultiprofissional,especializada,individualizada, integral,segura e documentada
Índice de infecção hospitalar na UTI, taxade ocupação hospitalar na UTI, média depermanência na UTI e taxa de reinternaçãona UTI pelo mesmo diagnóstico
Assistênciafarmacêutica
Distribuição demedicamentospadronizados e preparoe armazenamento defórmulas isentas decontaminação
Taxa de entregas atrasadas demedicamentos da farmácia e taxa decomplicações/intercorrências por medicaçãoadministrada
Assistência deenfermagem
Assistência de enfermagemindividualizada, integral,
segura e documentada
Incidência de queda do paciente, incidênciade extubação acidental, incidência de perda
de sonda nasogastroenteral para aportenutricional, incidência de úlcera por pressão,taxa de erro de medicação e índice deflebite
Assistênciapsicológica
Atendimento integral àsaúde do paciente, deforma humanizada
Produção e produtividade da psicologiae satisfação do cliente com a equipe depsicologia
Assistência social Atendimento integral àsaúde do paciente, deforma humanizada
Produção e produtividade do serviço sociale satisfação do cliente com a equipe doserviço social
Assistência denutrição
Auxílio ao tratamento pormeio da definição de dietasadequadas aos pacientes
Produção e produtividade da equipe denutrição
Banco de leitehumano
Estímulo ao aleitamentomaterno
Horas-homem treinamento em aleitamentomaterno e produção e produtividade dobanco de leite humano
Central dematerial eesterilização
Apoio aos procedimentoscirúrgicos com segurança
Produção e produtividade da central dematerial e esterilização, e porcentagemde materiais reesterilizados por quaisquerintercorrências
Centro de diálise Apoio ao tratamentode doenças renais comsegurança
Produção e produtividade do centrode diálise e taxa de complicações/intercorrências no setor
(continua)
(continuação)
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Quadro 1.44 – Requisitos dos processos e seus indicadoresProcesso Requisitos IndicadoresFisioterapia ereabilitação
Atendimento integral àsaúde do paciente, deforma humanizada
Produção e produtividade do serviço defisioterapia e reabilitação e satisfação docliente com a equipe de fisioterapia ereabilitação
Lactário Preparo e armazenamentode fórmulas lácteas isentasde contaminação
Produção e produtividade do lactário etaxa de não conformidade das formaslácteas com base na análise laboratorial deamostras
Núcleo de
pesquisa
Desenvolvimento de
pessoas e de protocolosclínicos inovadores
Número de projetos de pesquisas
desenvolvidos e de publicações realizadas
Quimioterapia eradioterapia
Apoio ao tratamento dedoenças oncológicas comsegurança
Produção e produtividade dos serviços dequimioterapia e radioterapia, e taxa decomplicações/intercorrências ocorridas nosdois setores
Serviço dediagnóstico(laboratórioclínico, serviço
de imagem emedicina nuclear)
Precisão no diagnóstico,conforto no atendimento ehumanização
Percentual de repetição de coleta paraexames de laboratório, perdas de filmes,taxa de repetição de exames e satisfação docliente com o laboratório clínico, serviço de
imagem e medicina nuclear
Arquivo médico Organização, controle deacesso e segurança naguarda da informação
Satisfação da equipe de saúde com o setorde arquivo médico e índice de prontuáriosauditados com não conformidades depreenchimento
Assessoria jurídica Atualização e precisão Número de ações perdidas pelo HMBM
Biblioteca Atualização, inovação,acessibilidade eorganização
Satisfação dos usuários da biblioteca com osserviços prestados
Engenharia emanutenção
Precisão, segurança eagilidade
Requisições atendidas/mês sobre o totalde requisições no serviço de manutenção,tempo de indisponibilidade média deequipamentos para reparo e satisfação dosdiversos setores do hospital com o serviçode engenharia e manutenção
Estatística Precisão e integridade dainformação
Satisfação dos usuários do serviço deestatística com os serviços prestados
Gerência dequalidade
Inovação, proatividade evisão sistêmica
Índice de evolução na pontuação doHMBM no roteiro CQH e PNGS
(continua)
(continuação)
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Quadro 1.44 – Requisitos dos processos e seus indicadoresProcesso Requisitos IndicadoresGestão demateriais
Apoio à área assistencialsem desperdício e comqualidade no fornecimento
Satisfação das diversas áreas do HMBM comos materiais utilizados no hospital, tempo dereposição de estoque por item de consumoe índice de devolução de material pelasáreas, por não conformidade com o produto
Gestãoeconômico-financeira
Atendimento à legislação,precisão, eficiência,competitividade,proatividade, transparência,responsabilidade e parceria
Contas glosadas pelos convênios, resultadosdas auditorias realizadas e execuçãoorçamentária
Higiene hospitalar Agilidade e eficiência Tempo de espera para limpeza de salacirúrgica, tempo médio de limpeza porquarto e satisfação das diversas áreas doHMBM com a higiene hospitalar
Núcleo deinformação
Segurança, integridade,confiabilidade, precisão,agilidade e acessibilidade
Percentual de áreas cobertas pelossistemas informatizados do HMBM, tempomédio do sistema off-line, tempo para oatendimentos do serviço de informática enúmero de senhas distribuídas
Lavanderia Apoio aos processosprincipais do negócio comsegurança
Satisfação dos usuários do serviço delavanderia, custo da roupa lavada epercentual de perdas de roupa/ano
Ouvidoria Disponibilidade eresolubilidade
Número de queixas atendidas e percentualde queixas resolvidas
Recepção Cortesia e orientação Índice de satisfação dos clientes com oatendimento da recepção
Recursoshumanos
Valorização das pessoas,agilidade e competitividade
Absenteísmo, rotatividade, resultadosda pesquisa de clima organizacional,horas-homem/treinamento e tempo para
atendimento ao colaborador Relações públicas Comunicação, criatividade,
proatividade e inovaçãoÍndice de satisfação do usuário do setor,satisfação do cliente convênio e inserçõesem mídia
SEESMT Assistênciamultiprofissionalao colaborador,individualizada, integral esegura
Número de funcionários acidentados(com ou sem afastamento) no ano portipo de acidente, número de funcionáriosafastados no ano por tipo de acidente,número de dias perdidos por funcionário/ano, taxa de doenças ocupacionais e não
ocupacionais/1.000 pessoas/ano, númerode dias perdidos no ano por 100 pessoas esatisfação dos colaboradores com o SEESMT
(continua)
(continuação)
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Quadro 1.44 – Requisitos dos processos e seus indicadoresProcesso Requisitos IndicadoresSegurança Eficiência, cortesia e
proatividadeSatisfação dos usuários das diversas áreasdo hospital com o serviço de segurançae percentual de queixas manifestadas naouvidoria relacionadas ao setor
Transporte Apoio aos processos donegócio com segurança eagilidade
Percentual de viaturas em manutenção/mês, tempo de indisponibilidade dasviaturas e satisfação dos usuários com oserviço
Zeladoria Apoio aos processos do
negócio com segurança
Satisfação das diversas áreas do setor com
o serviço
Projeto dos processos
Os processos principais e de apoio do negócio são projetados pelas diversas ge-
rências do HMBM, por meio de metodologia organizada pela gerência de progra-
mas e projetos, em parceria com o setor de sistemas e métodos.
As etapas definidas para o trabalho são:
• Planejamento do projeto: os gerentes devem definir o responsável pelo processo e
seu grau de autonomia. Devem também definir os prazos para a execução do
processo e seus mecanismos de controle.
• Entradas do projeto: após as reuniões do Condiso de definição das bases que deve-
rão orientar os requisitos aplicáveis aos processos, as equipes técnicas, por meio de
reuniões específicas, descrevem esses requisitos (incluindo os requisitos técnicos)
e a que necessidade dos clientes ou das demais partes interessadas esses requisitosestão atendendo.
• Saídas do projeto: os gerentes e a equipe técnica devem definir os produtos que
estarão associados a esse processo e seu alinhamento com a missão, a visão e os
valores do HMBM.
• Análise crítica do projeto: são verificadas as não conformidades no planejamento e
desenvolvimento do planejamento do processo. Todos os níveis hierárquicos do
HMBM participam dessa etapa por meio de reuniões setoriais.
• Verificação do projeto: antes da aprovação do projeto, faz-se uma verificação finalpara assegurar que as saídas do projeto atendem aos requisitos de entrada. Essa
etapa é feita pela gerência de programas e projetos do HMBM, por meio de
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planilha organizada especificamente para esse fim. Quando se observam não con-
formidades, a gerência de programas e projetos faz contato com os gerentes de
outros setores e solicita as alterações necessárias.
• Validação do projeto: após a verificação do projeto, a gerência de programas e pro-
jetos encaminha o trabalho ao diretor do hospital que o apresenta na próxima
reunião do Condiso para validação, que é feita antes do início da prestação do
serviço.
Para a realização desse trabalho, a equipe do HMBM considera os modelos de
processos já existentes no mercado e outras fontes de informações disponíveis por
meio de encontros de benchmarking .
A metodologia é transcrita em planilhas preenchidas pelas gerências em cada
etapa e, depois da aprovação pelo Condiso, disseminada pela intranet.
Controle dos processos
Os processos principais do negócio e de apoio são controlados por meio dos in-
dicadores estabelecidos para a verificação do cumprimento dos requisitos aplicáveis(ver Quadro 1.44) e por itens de verificação que indicarão não conformidades. Ao
se detectar uma não conformidade no processo, esta é analisada com a utilização da
ferramenta “Espinha de Peixe” pela equipe executora, e, depois de detectada a rela-
ção de causa e efeito, as soluções são discutidas em reuniões. Se a causa e a solução
do problema envolverem apenas a área em questão, essas reuniões serão setoriais.
Se a causa e a solução envolverem outras áreas, o fórum de discussão será a reunião
quinzenal para a abordagem das operações diárias.
Quando as não conformidades envolvem processos que não podem aguardar aanálise da “Espinha de Peixe” e as reuniões, o gerente da área é acionado para uma
medida emergencial, enquanto é feito o processo de análise do problema, garan-
tindo, assim, que não haja descontinuidade do processo ou prejuízo na assistência
prestada.
Análise e melhoria dos processos
Os processos principais e de apoio são avaliados por meio do processo de au-toavaliação, avaliações externas do programa CQH e ISO, reuniões trimestrais de
análise crítica do Condiso (visando o aumento de confiabilidade e ecoeficiência) e
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reuniões quinzenais para a discussão das operações diárias do hospital (possibilitando
reduzir a variabilidade).
Para os processos clínicos, a busca pela redução da variabilidade tem sido feita
também por meio das reuniões científicas mensais, em que os diversos profissio-
nais da área técnica trocam informações e discutem casos específicos atendidos
no HMBM (incluindo as não conformidades e propostas para condutas mais ade-
quadas).
Outra forma de diminuir a variabilidade é a participação do HMBM nas reuni-
ões do NAGEH (processo de benchmarking ), nas quais os processos de enfermagem,
farmácia, nutrição e os relacionados aos clientes são discutidos com hospitais dequalidade reconhecida.
Considerando a série de indicadores e informações que são geradas por esses me-
canismos, o controle das avaliações dos processos e das ações de melhorias tem sido
feito pelo time de aprendizado (fruto de refinamento, conforme já citado no RG).
O grupo conta com integrantes das diversas áreas e tem a finalidade de estimular o
processo de aprendizado para o hospital como um todo, fornecendo ferramentas e
atuando como facilitador. Cabe destacar, como citado no item “Pessoas”, que traba-
lhar o sistema de aprendizado do hospital com um time de trabalho específico paraisso é uma prática inovadora no setor.
Para desenvolver inovações, o hospital implementou, em 2006, o programa Prá-
ticas Inovadoras (PI) que consiste na captação de ideias e sugestões para a imple-
mentação da excelência na gestão hospitalar, baseada no MEG, advindas da força de
trabalho. Essas sugestões são recolhidas, mensalmente, e analisadas na última reunião
do ano do Condiso, que elege as que deverão ser aproveitadas. Os autores das ideias
eleitas são reconhecidos em evento público de fim de ano.
Outra forma de desenvolver inovações nos produtos e processos do hospital é odesenvolvimento de pesquisas. O núcleo de pesquisa tem por finalidade desenvolver
trabalhos científicos e padronizar novas técnicas e métodos clínicos, possibilitando a
inovação na assistência prestada para os pacientes do HMBM. Promove ainda a for-
mação de pesquisadores e serve de campo de ensino e treinamento para estudantes
de escolas de nível superior, cujos currículos sejam relacionados com as ciências da
saúde (estimulando a inovação também em outras unidades de saúde).
O Quadro 1.45 relaciona as principais melhorias e inovações implementadas nos
últimos 3 anos.
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Quadro 1.45 – Melhorias e inovações dos últimos 3 anosAno Melhoria e inovação2005 Publicação dos protocolos clínicos do hospital
Criação do centro de parto normal com a colocação da banheira para o partodebaixo da água
Criação da auditoria de qualidade da sistematização da assistência deenfermagem (SAE)
2006 Implementação do sistema de hemodiálise Genius para o atendimento depacientes com insuficiência renal aguda
Implementação de telemedicina e telerradiologia
Organização e publicação de livro de receitas para hipertensos
2007 Implementação da coleta do sangue do cordão umbilical, a fim de obter aprecisão no diagnóstico do sofrimento fetal
Criação do centro de quimioterapia com a instalação de televisores, cadeiras-leitos para pacientes e acompanhantes, e salas de recreação para crianças
Instalação do sistema de ar condicionado a gás (inovador no país) no centro dequimioterapia, visando a economia de energia elétrica
Processo de relacionamento com os fornecedores
Qualificação e seleção dos fornecedores
A qualificação e a seleção dos fornecedores são baseadas em critérios preestabe-
lecidos, como demonstra o Quadro 1.46.
Quadro 1.46 – Critérios para a qualificação e a seleção de fornecedoresApoio ao desenvolvimento à saúde das comunidades locais
Certificações conquistadas
Cuidados com o meio ambienteCumprimento do prazo de entrega
Não contratação de menores
Preço
Proximidade do hospital
Qualidade do produto
Tempo de atuação no mercado
Transporte adequado
A inclusão do critério de qualificação e seleção de fornecedores “cuidados com omeio ambiente” foi feita em 2007 como um refinamento da prática de qualificação
e seleção dos fornecedores do HMBM.
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Considerando as especificidades dos medicamentos, para esses itens o HMBM
possui critérios específicos para a qualificação e a seleção de seus fornecedores.
Quadro 1.47 – Critérios para a qualificação e a seleção de fornecedores demedicamentosApresentação antecipada de bula atualizada com descrição compatível e registrada noMinistério da Saúde
Certificado de boas práticas de fabricação
Cópia autenticada do registro no Ministério da Saúde
Qualidade do produto
O fabricante de especialidade farmacêutica relacionada na Portaria n. 344/98, da Secretariade Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, deverá apresentar cópia autenticada daautorização especial
Transporte adequado
Apresentação de certificado de análise ou catálogos para verificação do atendimento àsespecificações técnicas
Com base nesses critérios, o setor de material do hospital aciona o cadastro de
fornecedores para pontuá-los de acordo com os pesos que são dados a esses critérios,
diferentes para cada grupo de fornecedor.Os pesos também variam de acordo com a descrição do material necessário, feita
pelas áreas técnicas das diversas gerências do HMBM.
Além da pontuação dada, estão previstas visitas às instalações dos principais for-
necedores pelo serviço de material e pela equipe técnica.
Avaliação dos fornecedores
Para a avaliação dos fornecedores, o serviço de material do HMBM utiliza oscritérios definidos para a seleção e a qualificação (e respectivos pesos) destes. Por
meio desses critérios, cada fornecedor é avaliado antes do fornecimento, durante
(após cada entrega do produto) e ao final (na última entrega). Os fornecedores que
realizam a entrega única são avaliados em dois momentos: antes e após.
Os prestadores de serviço (empresas terceirizadas) são avaliados mensalmente pela
área responsável por sua supervisão dentro do hospital.
Essa avaliação é registrada pela seção de recebimento e armazenamento (SRA)
em uma planilha para cada fornecedor. As planilhas contêm as seguintes informa-ções: os critérios definidos e seus respectivos pesos, requisitos para os fornecedores,
o histórico daquela avaliação e a justificativa da nota.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
87
Para as empresas terceirizadas, são anexadas ainda as pesquisas de satisfação dos
clientes que contêm questões relacionadas a esses serviços.
Para que a gerência dos serviços de apoio administrativos possa avaliar o desem-
penho do HMBM com os seus fornecedores, as informações contidas nas planilhas
são consolidadas pelo serviço de material que produz (com essas informações) os
indicadores apresentados no Quadro 1.48.
Quadro 1.48 – Indicadores de desempenho dos fornecedoresTaxa de rejeição de itens entregues (TRIE)
TRIE =
Número de itens rejeitados
X 100Número total de itens entreguesTaxa de não conformidades (TNC)
TNC =Número de itens não conformes
X 100Número total de itens entregues
Taxa de itens entregues fora do prazo (TIEFP)
TIEFP =Número de itens entregues fora do prazo
X 100Número total de itens entregues por fornecedor
Número de notificações de penalização emitidas
Mensalmente, a SRA, em conjunto com a área responsável, realiza reuniões comas empresas terceirizadas, em que se comunicam os resultados da avaliação de de-
sempenho do mês anterior. Nessas reuniões, são discutidas e solicitadas as providên-
cias quanto às não conformidades ocorridas no período.
Os demais fornecedores recebem cópia da planilha e, no caso de qualquer ocor-
rência, são chamados para reunião com a área técnica e administrativa do hospital.
As ocorrências mais sérias podem gerar visitas técnicas às instalações do fornece-
dor, seja ele de empresa terceirizada ou não.
O resultado da avaliação é também abordado pelo próprio diretor da unidade nasreuniões semestrais de café da manhã.
O serviço de material utiliza as avaliações para proceder às punições cabíveis,
quando for o caso. Estas são aplicadas na dependência da gravidade da ocorrência
e podem ser advertência verbal e escrita, suspensão temporária do fornecimento
(e consequentemente do pagamento), cancelamento do contrato e até exclusão do
cadastro do fornecedor no HMBM.
Para a aplicação e a avaliação das penalidades, o serviço de material e a gerência
dos serviços de apoio administrativos contam com a assessoria jurídica do hospital.
Em 2006, como refinamento da prática de gestão dos fornecedores, foi imple-
mentada pelo serviço de material a entrega, aos fornecedores bem avaliados durante
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88
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
o ano, de um certificado com a finalidade de incentivar suas melhorias nos forne-
cimentos ao HMBM.
O Quadro 1.49 apresenta as principais ações executadas, nos últimos 3 anos, pelo
HMBM com o intuito de ajudar e incentivar os fornecedores na busca por melhoria
de desempenho.
Quadro 1.49 – Ações do HMBM direcionadas aos fornecedoresAno Ações2004 Implementação do Programa Responsabilidade Compartilhada
2005 Encontro com os fornecedores de materiais radiológicos
2006 Organização do guia de boas práticas de fornecedores do HMBMEntrega de certificado para os fornecedores bem avaliados durante o ano
2007 Inclusão nos critérios de qualificação e seleção dos fornecedores do item“Cuidados com o meio ambiente”
Envolvimento e comprometimento dos fornecedores
O HMBM utiliza diversos mecanismos para envolver os fornecedores que atuam
diretamente nos seus processos com os princípios organizacionais. Os membros da
força de trabalho desses fornecedores são considerados colaboradores do hospi-
tal e, como tal, participam de todos os programas de capacitação, como os cursos
“Redesenhando os fluxos de trabalho”, “Infecção hospitalar: a responsabilidade do
profissional de saúde”, “Programa de Atendimento Diferenciado (PAD)”, “Aspectos
éticos envolvidos na área hospitalar” e “Formando para o modelo de gestão”.
O Programa Responsabilidade Compartilhada, descrito no item “Sociedade”, tem
contribuído muito para o envolvimento dos fornecedores com os princípios do hos-
pital, por meio da participação destes nos projetos sociais desenvolvidos pelo HMBM.Como refinamento da parceria do hospital com seus fornecedores, iniciou-se,
em 2007, o desenvolvimento do projeto de construção do Centro Educacional para
Crianças Carentes Bom Moço (ver item “Ética e desenvolvimento social”). Esse
Centro prevê aulas de inglês, espanhol, dança, música, pintura, teatro, circo e culinária
para crianças da comunidade carente da região, em um espaço cedido pelo HMBM.
Outro mecanismo utilizado para o envolvimento dos fornecedores com os prin-
cípios organizacionais são os encontros do tipo café da manhã com o diretor ou
a distribuição, desde 2005, pelo Comitê da Qualidade, da história em quadrinhos“Professor Mocinho”, ensinando, na prática, a estes fornecedores os princípios or-
ganizacionais.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
89
Em 2007, a prática de envolvimento dos fornecedores foi refinada com o convite
do diretor do HMBM para a participação na discussão das diretrizes do hospital, no
ciclo de planejamento estratégico, de um representante do fórum de café da manhã
com os fornecedores e um representante do encontro com os fornecedores de ma-
teriais radiológicos.
Processos econômico-financeiros
Gerenciamento dos aspectos que causam impacto na sustentabilidade
Os requisitos de desempenho econômico-financeiro são definidos pelos conse-
lheiros e principais administradores com base nas análises de riscos empresariais e
nos valores institucionais. Essa discussão é feita nas reuniões trimestrais do Condiso.
As ferramentas utilizadas nessas reuniões são os relatórios mensais de análise crítica
do desempenho do hospital com destaque para os resultados econômico-financeiros.
Apesar de a sustentabilidade econômica ser considerada o grande risco para a
organização, ao assumir como valor organizacional a humanização do atendimento,
a unidade se comprometeu com o investimento em orientações mais específicasaos seus pacientes e na realização dos procedimentos obstétricos mais humanizados,
sendo este um requisito obrigatório para os investimentos financeiros do HMBM.
Em contrapartida, é necessidade e expectativa dos administradores a garantia da
sustentabilidade do hospital, e, para atender a essa demanda, também é um requisito
de desempenho econômico-financeiro a ampliação do faturamento por meio da
ampliação do atendimento em determinadas especialidades como a oncologia (ge-
rando o equilíbrio financeiro do HMBM).
O Quadro 1.50 apresenta os indicadores controlados pelos administradores (in-cluindo o gerente financeiro).
Quadro 1.50 – Indicadores financeirosEndividamento
Imobilização
Liquidez corrente
Liquidez geral
Giro do ativo
RentabilidadeMargem bruta
Crescimento da receita
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Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Atendimento das necessidades operacionais
O fluxo financeiro do HMBM é equilibrado por meio da ampliação do aten-
dimento de determinadas especialidades que, por suas características, possibilitam a
ampliação das receitas do hospital (conforme já relatado anteriormente), de forma a
suportar as suas saídas ou despesas, mantendo um saldo positivo no caixa do HMBM.
A garantia de recursos financeiros para atender às necessidades operacionais e à
manutenção de um fluxo financeiro equilibrado no hospital tem sido o principal
desafio da gerência financeira, que, para tanto, conta com uma liderança firme e
comprometida e um planejamento estratégico que considera fortemente os riscosempresarias detectados.
A busca por recursos financeiros externos para atender às necessidades operacio-
nais da organização é também uma prática adotada na gestão econômico-financeira
do hospital.
Nesse caso, os critérios utilizados para a captação dos recursos financeiros exter-
nos são: as taxas de juros, os prazos para pagamento e as garantias requeridas.
Recursos para suportar as estratégias e os planos de ação
O gerente financeiro do HMBM tem participação ativa no ciclo do planeja-
mento estratégico e na definição dos recursos necessários para a implementação dos
planos de ação.
Após a etapa do desdobramento estratégico, o gerente financeiro realiza estudo
da viabilidade dos planos propostos e discute, na reunião do Condiso, a necessidade
de priorização.
A partir dessas discussões, o gerente financeiro vai buscar os recursos necessáriospara o cumprimento do planejado, e as estratégias para a captação de recursos, neste
caso, são similares às já descritas para a captação de recursos objetivando o equilíbrio
do fluxo financeiro.
Quando há a necessidade de buscar recursos ou investimentos externos, os cri-
térios empregados para avaliar e definir os investimentos e as formas apropriadas de
captação são as taxas de juros, os prazos para pagamento, as taxas de retorno sobre o
investimento e as garantias requeridas pelo órgão financiador. Ainda, antes do finan-
ciamento, a assessoria jurídica do hospital verifica a idoneidade do órgão financiador.Quanto a esse aspecto, também é importante destacar a busca de parcerias para o fi-
nanciamento de projetos específicos constantes do planejamento estratégico do hospital.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
91
Como exemplo pode ser citado o Programa Responsabilidade Compartilhada
que tem contribuído muito para o financiamento de projetos sociais do HMBM,
atendendo aos planos de ação relacionados à diretriz voltada para a perspectiva
“sociedade”.
Por meio desse programa, os fornecedores se dispõem a “apadrinhar” um projeto,
como o da construção do Centro Educacional para Crianças Carentes Bom Moço.
Orçamento
O planejamento orçamentário é a principal ferramenta utilizada na gestão fi-nanceira do HMBM, seja pelo fato de ele ser o responsável pela manutenção das
operações diárias do HMBM, seja pela necessidade de esse orçamento sustentar os
planos de ação, após a realização dos devidos investimentos.
A elaboração desse orçamento é feita anualmente pelo grupo de planejamento
orçamentário (GPO) da gerência financeira, de acordo com as metas e as premissas
determinadas pelas diversas gerências do hospital.
Esse plano orçamentário considera ainda o plano operativo do hospital (capaci-
dade instalada x produção), a série histórica de atendimentos realizados e as proje-ções, de acordo com o ambiente externo que se apresenta (tendências de mercado,
mudanças no perfil epidemiológico etc.).
Após a elaboração do plano orçamentário pelo GPO e a validação pelas gerên-
cias financeiras e de serviços de apoio administrativo, o orçamento é autorizado
pelos conselheiros e principais administradores em reunião extraordinária com essa
finalidade.
O controle e o acompanhamento da execução orçamentária são feitos mensal-
mente (orçado x realizado) e administrados em vários níveis. Os gastos excedentessão seguidos de justificativas e efetivados depois de validação pela gerência finan-
ceira.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
93
2005 2006 2007 R3
0,68
0,450,49
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
Bom
Período
0,30
Figura 1.12 – Imobilização.
Bom
2005 2006 2007 R37,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
8,69
9,25
10,26 10,09
Período
Figura 1.13 – Liquidez corrente.
2005 2006 2007 R3
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,04,2
2,9
3,8 3,8Bom
Período
Figura 1.14 – Liquidez geral.
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94
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005 2006 2007 R30,0
1,0
0,5
1,5
1,2
1,00,91 0,91
Período
Bom
Figura 1.15 – Giro do ativo.
2005 2006 2007 R30,0
10,0
15,013,0
12,513,5
12,4
5,0
Período
Bom
Figura 1.16 – Rentabilidade do patrimônio líquido (em %).
2005 2006 2007 R3
0,0
0,15
0,05
0,10
0,11 0,11 0,12
0,09
Período
Bom
Figura 1.17 – Margem bruta.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
95
2005 2006 2007 R3
135.036
145.000
140.000
135.000
130.000
136.865
143.102
141.152
Período
Bom
Figura 1.18 – Lucro líquido (em milhões).
2005
15,0
12,013,0
13,0
12,8
10,0
5,0
0,0
2006 2007 R3
Período
Bom
Figura 1.19 – Retorno do investimento (em %).
2005
19,0
20,0
20,0
20,5
18,7
21,0
18,0
17,0
2006 2007
Período
Bom
Figura 1.20 – Percentual de obstetrícia na receita do HMBM.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
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96
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005
20,0
30,0
40,0
25,1
31,2
10,0
0,02006 2007
28,0
Período
Bom
Figura 1.21 – Percentual de faturamento investido no setor de quimioterapia e radioterapia.
2005
52,0
51,0
50,0
53,0
54,0
52,0
54,0
2006 2007 R3
51,8
52,9
Período
Bom
Figura 1.22 – Faturamento bruto (em milhões).
2005
40,0
20,0
0,0
60,0
27,700
50,376
2006 2007
38,407
Período
Bom
Figura 1.23 – EBITDA (em milhões).
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
97
2005
1,25
1,69
1,361,50
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
2006 2007 R4
Período
Bom
Figura 1.24 – Otimzação de custos (em %).
2005
100.000
0
200.000
300.000
197.574
239.183215.678
2006 2007 R4
176.239
Período
Bom
Figura 1.25 – Receita (em milhões).
2005
96
97
98
99
100
97,5
100,0 100,0
2006 2007
Período
Bom
Figura 1.26 – Execução orçamentária (em %).
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98
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005
2006
2007
R8
Grandes grupos
150.000 135.169 134.218
105.698
132.768
100.000
50.000
0
Bom
Figura 1.27 – Custo (em milhões).
10.000
9.000
2005
2006
2007
R8
Serviços terceirizados
10.500
11.000
10.000
9.500
9.000
8.500
8.000
10.800
9.786
Bom
Figura 1.28 – Custo (em milhões).
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
99
Resultados relativos aos clientes e ao mercado
Participação no mercado
O Quadro 1.51 apresenta o resultado da participação do HMBM no mercado,
segundo a pesquisa Top of Mind.
Quadro 1.51 – Participação do HMBM no mercado2002 2004 2006
Horizonte 1º lugar 1º lugar 1º lugar
Outras cidades 5º lugar 5º lugar 3º lugar Outros estados 20º lugar 13º lugar
2005
84,3
86
85
84
83
85,185
85,7
2006 2007 R1
Período
Bom
Figura 1.29 – Pesquisa de satisfação ambulatorial (em %).
2005
85
86
85
84
87
85,6
85
87
2006 2007 R1
Período
Bom
Figura 1.30 – Pesquisa de satisfação da internação (em %).
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100
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005
Pacientes
Convênios
100
40
60
80
20
0
80
2006 2007 R3
94,3
75
98,397,196,9 95
Período
Bom
92,8
Figura 1.31 – Grau de fidelidade dos clientes (em %).
Sugestão
Elogio
Ouvidoria SAC Site
5,2
72,8
5
20
75
36
3034
22
40
50
60
80
70
20
30
10
0
Crítica
Figura 1.32 – Manifestações dos clientes (ouvidoria, SAC e site) (em %).
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
101
86,9 8586,285,6100
80
60
40
20
0
87,787,787,684,1
70
83,482,3
2006
2005
Cortesia Informação Espera
2007
R1
75 Bom
Figura 1.33 – Satisfação do cliente com o atendimento de recepção (em %).
Enfermagem Médico
2006
2005
2007
R1
84,3
75
84,986,2 8785,986,986,5Bom
100
90
80
70
60
50
Figura 1.34 – Satisfação do cliente com o atendimento (em %).
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102
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005
75,6
90
80
70
60
82,0
80,0
2006 2007 R1
79,0
Bom
Período
Figura 1.35 – Satisfação do cliente com a alimentação fornecida (em %).
2005
92,2
100
95
90
85
80
75
70
65
60
87,0
2006 2007 R1
93,2 93,6
Bom
Período
Figura 1.36 – Satisfação do cliente com a limpeza do quarto (em %).
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http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 123/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
103
Jornal/revistas
Televisão
Rádio
2005
Total
20
15
10
5 3 3 32 2
13
18
13
1 1
0
2006 2007 R6
10
55
Bom
Período
Figura 1.37 – Inserções espontâneas na mídia que evidenciem a imagem do HMBM perante a sociedade.
2005 2006 2007 R5
80
50
65 67,5
60
40
20
0
55 Bom
Período
Figura 1.38 – Índice de favorabilidade (em %).
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104
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Resultados relativos à sociedade
2005
80
60
40
20
02006 2007
Palestras sobre planejamento familiar
Programa “Adote uma criança no Natal”
Mutirão do Papanicolau e da mamografia
Centro educacional para crianças carentes
Distribuição de livros didáticos
Bom
Período
Figura 1.39 – Percentual de adesões dos colaboradores aos projetos sociais (em %).
2005
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0,7
0,6
0,7
2006 2007 R3
0,78
Período
Bom
Figura 1.40 – Consumo de energia elétrica (kWh).
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106
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005
8
7
6
5
4
3
2
1
02006 2007 R6
Bom
Período
Figura 1.43 – Número de computadores doados para a comunidade.
2005
50
100
150
02006 2007 R6
Bom
Período
Figura 1.44 – Número de livros doados para a comunidade.
800
600
400
200
2005 2006 20070
Palestras sobre planejamento familiar
Crianças beneficiadas pelo programa “Adote uma criança no Natal”
Mutirão do Papanicolau e da mamografia
Crianças beneficiadas com o centro educacional
Bom
Período
Figura 1.45 – Número de pessoas da comunidade beneficiadas pelos projetos sociais.
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Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
107
No resultado da Figura 1.45, não foi identificado referencial comparativo, pois os
projetos são específicos do HMBM.
Resultados relativos às pessoas
Com afastamento
Sem afastamento
20052004
0
2
4
6
8
3
5
4
7
3
6
2
6
4
6
2006 2007 R1
Período
Bom
Figura 1.46 – Acidentes de trabalho.
2.500 2.500
2.000
1.500
1.000
500
713620
0
Bom
Figura 1.47 – Número de pessoas atuando nos times.
O resultado da Figura 1.47 não apresenta referencial comparativo por ser prática
específica do HMBM.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 128/150
108
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
20030
5
10
1515
8
12
8
6
9
2004 2005 2006 2007 R1
Bom
Período
Figura 1.48 – Turnover (em %).
A taxa de turnover vem caindo progressivamente nos últimos anos. O aumento no
ano de 2004 se deve ao grande número de contratação que ocorreu nesse período.
20052003
100
100
60
85
22
80
60
40
20
0
2006 2007 R4
Bom
Período
55
Figura 1.49 – Percentual de funcionários com e-mail institucional.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 129/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
109
80
2002
10
30
80
50
2005 2007
60
40
20
0
18
58
Bom
Período
Figura 1.50 – Horas-homem – treinamento/ano.
Satisfeito/muito satisfeito
% de respostas
2005
100
80 72
50
73
62
89
68
60
40
20
02006 2007 R3
76 Bom
Período
Figura 1.51 – Clima organizacional (em %).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 130/150
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 131/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
111
1.500
1.000
500
0
Bom
Período
Figura 1.56 – Participantes da semana de acidente de trabalho.
200520042003
2730
20
10
0
16
10
7
15
20
2006 2007 R8
Bom
Período
Figura 1.57 – Número de processos trabalhistas.
2005 2006 2007 R8
1,5 1,36
1,01
0,76
1,50
1,0
0,5
0,0
Período
Bom
Figura 1.55 – Taxa de doença ocupacional (em %).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 132/150
112
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Resultados relativos aos processos
20050,0
1,0
2,0
3,0
4,0
2006 2007
3,2
2,22,3
R1
2,8
Período
Bom
Figura 1.58 – Taxa de mortalidade institucional (em %).
2005
10,0
5,0
0,0
15,0
20,0
25,0
30,0
25,1
22,4
20,5
26,4
2006 2007 R1 R2
24,3
Período
Bom
Figura 1.59 – Taxa de cesarianas (em %).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 133/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
113
2005
20
0
40
60
80
88
85,0%
89 89
75
100
2006 2007 R1
Bom
Período
Bom
Figura 1.60 – Ocupação hospitalar (em %).
1,0
0,0
2,0
3,0
4,0
5,0
3,0
2,6
1,7
2,7
2005 2006 2007 R1
Período
Bom
Figura 1.61 – Intervalo de substituição (em dias).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 134/150
114
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
5,5
6,0
6,4
6,0
6,5
6,87,0
7,0
2005 2006 2007 R2
Período
Bom
Figura 1.62 – Tempo de permanência (em dias).
3,0
0,0
6,0
9,0
12,0
7,0
12,3
15,1
15,0
2005 2006 2007
Bom
Período
Figura 1.63 – Percentual de aumento no atendimento dos serviços de alta complexidade.
2005
Internação
Ambulatório
2006 2007
5,0
0,0
10,0
15,0
3,4
1,5
8,9
5,3
11,2
8,7Bom
Período
Figura 1.64 – Percentual de aumento no atendimento nos serviços de oncologia.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 135/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
115
2005 2006 2007
5,0
0,5
1,2
2,6
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
Bom
Período
Figura 1.65 – Percentual de aumento de atendimento domiciliar.
2005 2006 2007
20,0
16,0
12,0
8,04,9
8,2
5,6
4,0
0,0
Bom
Período
Figura 1.66 – Percentual de aumento da clientela de oncologia.
2005 2006 2007
5,0
1,2
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
0,8 0,9
Bom
Período
Figura 1.67 – Percentual de aumento da capacidade instalada para quimioterapia e radioterapia.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 136/150
116
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2.500 2.273
2005 2006 2007
2.138 2.170
2.000
1.500
1.000
500
0
Bom
Período
Figura 1.68 – Volume de atendimento na diálise.
2005
30.00029.480
24.947
29.510
25.102 24.830 26.309
21.556
24.645
20.000
10.000
0
Alta complexidade
Média complexidade
2006 2007 R2
Período
Figura 1.69 – Volume total da produção de enfermagem.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 137/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
117
0,02005
1,17
1,70
1,16
1,50
2006 2007 R1
0,5
1,0
1,5
2,0
Período
Bom
Figura 1.70 – Incidência de extubação acidental (em %).
0,02005 2006 2007 R1
0,4
0,2
0,6
0,8
1,0
0,82
0,00
0,80
0,54
Período
Bom
Figura 1.71 – Incidência de queda (em %).
2005 2006 2007 R1
0,10
0,00
0,20
0,30
0,07
0,12
0,20
0,30
Período
Bom
Figura 1.72. Incidência de não conformidade na administração de medicamento (em %).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 138/150
118
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
5,0
0,02005 2006 2007 R1
15,0
10,0
20,0
10,0
20,0
18,0
7,0
Período
Bom
Figura 1.74 – Tempo de espera por consulta ambulatorial.
62
60
2005 2006 2007 R4
66
64
64
68
68
70
70
72
Bom
Período
71
Figura 1.75 – Taxa de ocupação de sala cirúrgica (em %).
3,0
3,5
2005 2006 2007 R1
1,0
0,0
2,0
4,0
4,35,0
Período
Bom3,7 3,8
Figura 1.73 – Taxa de intercorrências na internação (em %).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 139/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
119
Processos de apoio
4,22005 2006 2007 R3R2
4,6
4,4
4,8
5,0
5,2
4,64,5
4,8
5,1
4,5
Período
Bom
Figura 1.76 – Densidade de infecção hospitalar (em %).
0,0
10,0
5,0
15,0
20,0
25,022,0
20,0
15,0
18,0
20,0
2005 2006 2007 R3R2
Período
Bom
Figura 1.77 – Tempo de limpeza por quarto (em minutos).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 140/150
120
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
0,02005 2006 2007 R4
4,0
2,0
6,0
6,0
3,0
1,0
3,0
Período
Bom
Figura 1.78 – Não conformidade de auditoria de limpeza.
2005 2006 2007 R3
420.000
349.420
360.510
409.280
400.000
380.000
360.000
340.000
320.000
300.000
396.739
Bom
Período
Figura 1.79 – Volume da produção no centro de material esterilizado.
20052004 2006 2007 R3
3.000
2.500
2.410
2.980
2.678
2.000
1.500
1.000
500
0
2.7502.850
Bom
Período
Figura 1.80 – Produção das camareiras.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 141/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
121
2005 2006 2007 R3
50
0
100
57
110
148 152
150
200
Bom
Período
Figura 1.81 – Exames laboratoriais (em mil).
Paciente Acompanhantes Pessoal autorizado
109.430120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
81.200
97.300
71.89079.870
106.785
2005
2006
2007
96.500 95.240
77.378
Bom
Figura 1.82 – Total de refeições distribuídas.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 142/150
122
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005 2006 2007 R4
2.000 1.833
1.2001.500
1.000
500
0
Bom
Período
932
1.849
Figura 1.83 – Atendimento psicológico.
2005 2006 2007
50.000
19.571 21.807
44.736
40.000
30.000
20.000
10.000
0
Bom
Período
Figura 1.84 – Assistência farmacêutica.
2005 2006 2007 R2
Fórmulas
Outros (água, chá, água com glicose e frascos)
197.326200.000
400.000
0
351.426 354.236
120.745
356.789
90.675
234.964
185.169
Bom
Período
Figura 1.85 – Produção lactário.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 143/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
123
Internação Pronto-socorro Ambulatório Visita domiciliar
2.510
3.927
11.222
12.01312.970
4.702 4.879
560
Bom
3.870
4.516
1.077820
Figura 1.86 – Atendimento do serviço social.
2005 2006 2007
Fórmulas
Outros (água, chá, água com glicose e frascos)
197.326
200.000
0
400.000 351.426 354.236
120.745
356.789
185.169
Bom
Período
Figura 1.87 – Produção lactário.
2005
128150
100
50
0
51
133
119
62
10999
64
2006 2007
Erro de técnicaErro de posicionamento
Não classificado
95
Período
Bom
Figura 1.88 – Erro na utilização de filmes radiográficos.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 144/150
124
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005
51,0
115,0
32,3 30,0
2006 2007 R6
150
100
50
0
Período
Bom
Figura 1.90 – Sistema fora do ar (em minutos).
2005 2006 2007 R6
85
8585
84
83
8383
82
81
Bom
Período
Figura 1.91 – Percentual de ordens de serviço executadas pela manutenção.
86,7
7,26,9
6
4
2
02005 2006 2007 R4
5,5
Período
Bom
Figura 1.89 – Percentual de filmes radiográficos perdidos.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 145/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
125
2005 2006 2007
36
38
38
39
42
40
42
Bom
Período
Figura 1.92 – Volume de projetos de pesquisa em andamento.
2005 2006 2007 R8
3.000
3.000
2.800
2.925
2.5002.600
2.400
2.200
Bom
Período
2.750
Figura 1.93 – Total do acervo da biblioteca.
2005 2006 2007 R6
10,0
4,9 5,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
5,65,4
Bom
Período
Figura 1.94 – Contas glosadas pelos convênios (em %).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 146/150
126
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
Resultados relativos aos fornecedores
2005 2006 2007
2,1
2,1
2,0
2,0
1,9
1,8
1,8
1,7
1,6
Bom
Período
Figura 1.95 – Valor líquido arrecadado junto aos fornecedores para projetos específicos (em milhões).
0,98
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
2,30
0,12 0,21
Radiológico
Médico hospitalar
Laboratorial
R4
2005 2006 2007
0,36 0,50
2,351,82
0,84
6,80 Bom
Período
Figura 1.96 – Número de não conformidade em materiais (em %).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 147/150
Capítulo 1 Gestão do Hospital e Maternidade Bom Moço
127
2005 2006 2007 R70,00
1,00
2,00
3,004,00
4,025,00
6,00
7,00
7,008,00
9,00
10,00
6,38 6,28
Período
Bom
Figura 1.97 – Atraso na entrega de produtos farmacêuticos (em %).
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,006,00
7,00
8,00
9,00
10,00
10,00
2005 2006 2007 R7
6,32
Período
Bom
5,20
7,23
Figura 1.98 – Atraso na entrega de outros produtos (em %).
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 148/150
128
Manual de Gestão Hospitalar do CQH
2005 2006 2007 R4
2,52,5
2,0
2,2
2,0
1,5
1,6
1,0
0,5
0,0
Período
Bom
Figura 1.99 – Taxa de rejeição de itens entregues (em %).
2005 2006 2007 R4
15,0
15,0
10,010,0
5,0
7,0
0,0
Período
Bom
14,0
Figura 1.100 – Número de notificações de penalizações emitidas.
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 149/150
7/26/2019 14_Manual_de_Gestao_Hospitalar.pdf
http://slidepdf.com/reader/full/14manualdegestaohospitalarpdf 150/150