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RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro Jornal é impresso em papel certificado FSC, com garantia de manejo florestal responsável, pela Gráfica Moura Ltda. MÍN: 18°C MÁX: 28°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_BSB BRASÍLIA Quinta-feira, 8 de janeiro de 2015 Edição nº 667, ano 3 TERROR CALA O HUMOR Ataque ao jornal de humor francês ‘Charlie Hebdo’ deixa 12 mortos – 4 deles cartunistas–, e 11 feridos. Polícia caça 3 atiradores Periódico já havia recebido ameaças por publicar charges com o profeta Maomé. Atos reúnem milhares em Paris PÁGS. 08 E 09 NÃO Cartunistas do mundo todo homenagearam as vítimas do ataque ao jornal francês e protestaram contra a intolerância por meio das hashtags #CharlieHebdo e #JeSuisCharlie DAVID POPE JEAN JULLIEN CARLOS LATUFF RAFAEL MANTESSO ROB TORNOE TOMI UNGERER NONO RUBEN L. OPPENHEIMER ANN TELNAES BOULET FRANCISCO J. OLEA UNOFFICIAL: BANKSY LOÏC SÉCHERESSE NATE BEELER ORIOL MALET LINIERS MAUMONT TOMMY DESSINE PLANTU

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BRASÍLIA Quinta-feira, 8 de janeiro de 2015 Edição nº 667, ano 3

TERROR CALA O HUMORAtaque ao jornal de humor francês ‘Charlie

Hebdo’ deixa 12 mortos – 4 deles cartunistas–, e 11 feridos. Polícia caça 3 atiradores

Periódico já havia recebido ameaças por publicar charges com o profeta Maomé.

Atos reúnem milhares em Paris PÁGS. 08 E 09

NÃO

Cartunistas do mundo todo homenagearam as vítimas do ataque ao jornal francês e protestaram contra a intolerância por meio das hashtags #CharlieHebdo e #JeSuisCharlie

DAVID POPE

JEAN JULLIEN

CARLOS LATUFF

RAFAEL MANTESSOROB TORNOE TOMI UNGERERNONO

RUBEN L. OPPENHEIMERANN TELNAES

BOULET FRANCISCO J. OLEA UNOFFICIAL: BANKSY

LOÏC SÉCHERESSE

NATE BEELER

ORIOL MALET

LINIERS

MAUMONT

TOMMY DESSINE

PLANTU

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |02| {BRASIL}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo AdamoCoordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Brasília. Diretor-editor: Cláudio Humberto. Editor-Executivo: Lourenço Flores (MTB: 8075) Diagramação: Natalia Xavier. Gerente Executivo: Vandler Paiva Grupo Bandeirantes de Comunicação Brasília. Diretor Geral: Flávio Lara Resende

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3966-4607

COMERCIAL: 061/3966-4615

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: SBS Quadra.02 - Bloco "Q" - Ed. João Carlos Saad - 15º andar, CEP 70070-120, Brasília, DF, Tel.: 061/3966-4615. O jornal Metro é impresso na Gráfica Moura.

Filiado ao

Segundo mandato

Segurança integradaO ministro da Justiça,

José Eduardo Cardozo,

anunciou ontem a criação

de um Centro Integrado

de Segurança Pública

na região Sudeste.

Ele se reuniu com os

governadores de São

Paulo, Rio de Janeiro e

Espírito Santo. Até o fim

do mês, as outras regiões

também ganharão

estruturas de combate

ao crime. Em fevereiro,

o governo enviará ao

Congresso uma proposta

para permitir à União

atuar na segurança

dos Estados.

Os usuários afetados pelo choque de trens do ramal Japeri, no Rio de Janeiro, receberão 100 mil bilhe-tes gratuitos. Essa será uma das formas de indenização acordada entre a concessio-nária Supervia, a Secretaria de Transportes do Estado, a Agetransp e a Defensoria Pública para as vítimas do acidente entre dois trens, na segunda-feira, que dei-xou 229 pessoas feridas.

Segundo a coordenado-ra do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defenso-ria Pública, Patrícia Car-doso, a ideia é buscar so-lução extrajudicial para o caso, evitando que os con-sumidores tenham que re-correr à Justiça.

“É uma alternativa mais rápida e que contempla to-dos os envolvidos”, explicou.

A Defensoria Pública vai encaminhar ofício ao Cor-po de Bombeiros e a todos os hospitais públicos que receberam feridos, para ter uma lista das vítimas.

Para assegurar a indeni-zação, os usuários devem guardar qualquer compro-vante que ateste ligação com o choque de trens.

Ontem, dezenas de víti-mas foram à delegacia de Mesquisa, que investiga o caso. Pelo menos 200 pes-soas registraram ocorrên-cia até agora.

InvestigaçãoO controlador de tráfe-go Fábio Oliveira Riboura também esteve na delega-cia. Até a noite de ontem, porém, o aguardado depoi-mento do maquinista que comandava o trem que ba-

teu não havia acontecido. Além disso, o delega-

do Mateu de Almeida quer ouvir novamente o maqui-nista Carlos Henrique da Silva França, 41. Ele ope-rava o trem que estava pa-rado na plataforma da es-tação Presidente Juscelino quando outro trem bateu na composição. De acordo com o delegado, há contra-dições entre o que ele dis-se e as informações passa-das pelos passageiros.

No depoimento, o ma-quinista disse que a via-gem pelo ramal Japeri te-ria sido tranquila até o acidente. Já as vítimas fa-laram que o trem parou várias vezes no trajeto, até fora das estações. Uma pe-rícia já foi feita e o resul-tado deve sair em 30 dias.

METRO RIO

Aordo. Concessionária Supervia distribuirá 100 mil passagens como indenização pelo acidente no Rio. Polícia vê contradição em depoimentos

Vítimas de choque de trens terão bilhetes gratuitos

O motorista que dirigia o ôni-bus que tombou na ERS-030, em Glorinha (RS) causando a morte de seis pessoas e dei-xando mais de 20 feridos, na terça-feira, estaria em alta ve-locidade para tentar compen-sar um atraso de 30 minutos na viagem. A hipótese foi le-vantada ontem pelo delegado Anderson Spier, responsável pelo caso. Jéferson Padilha da Silva, 38, será indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar ou se assu-me esse risco).

“Por volta das 14h, quando ocorreu o acidente ele já deveria estar em San-to Antônio da Patrulha [30 quilômetros de distância]. Isso nos leva a crer que ele tenha aumentado a veloci-dade para tentar compen-sar o atraso no percurso”, afirmou o delegado.

O tacógrafo do veículo te-ria apontado velocidade supe-rior a 100 km/h no momento do tombamento. Em depoi-mento, Silva disse que esta-va em velocidade compatível, entre 60 km/h e 65 km/h.

As seis vítimas foram en-terradas e 14 feridos seguem internados. METRO POA

A PM (Polícia Militar) já de-finiu a estratégia para mo-nitorar o ato do MPL (Movi-mento Passe Livre) contra o aumento da tarifa do trans-porte público marcado para amanhã em São Paulo.

Responsável pela opera-ção, o major Larry de Almei-da Saraiva informou que serão adotados cordões de policiais para isolar os ma-nifestantes durante protes-to. Batizada de “envelopa-mento”, a técnica é avaliada pelo comando da polícia co-mo a melhor para evitar confrontos e atos de van-dalismo durante a mani-festação. “Nosso objetivo é garantir a separação entre quem participará do protes-to e as pessoas que passarão pelo local para voltar para casa”, disse Saraiva.

A chamada tropa do bra-

ço (policiais especialistas em artes marciais) também será utilizada no ato.

A PM também fará uma revista prévia em todas as pessoas que chegarem para concentração para impedir o uso de combustíveis, líqui-dos inflamáveis e objetos que possam ser utilizados como armas, caso ocorram atos de vandalismo. Contra-riando a lei, o MPL pretende decidir, por votação, o per-curso durante a concentra-ção. METRO

Ônibus tombou em rodovia do RS| CRBM/DIVULGAÇÃO

Tragédia no RS. Motorista correu para compensar atraso, diz Polícia

Protesto em SP. Manifestantes serão ‘cercados’ pela PM

Os detentos do Centro de Res-socialização do Cone Sul, em Vilhena (RR) foram contem-plados ontem com um feijoa-da no almoço. O cardápio foi alterado após presos se rebe-larem no domingo contra a repetição dos pratos: carne ao molho e estrogonofe.

Como parte do acordo para conter a rebelião, a di-reção do presídio recebeu sugestões que foram repas-sadas às empresas que forne-ce as marmitas. A feijoada, torresmo e frituras foram os principais pedidos.

O motim, no entanto, não trouxe apenas benefícios.Os colchões queimados não se-rão substituídos e os líderes do movimento perderão o di-reito a visitas e responderão por dano ao patrimônio. O lo-cal abriga 220 detentos e tem 256 vagas. METRO BRASÍLIA

Roraima. Após motim, presos comem feijoada

R$ 3,50é o valor da passagens de ônibus, trens e metrô em São Paulo. O reajuste entrou em vigor na terça-feira

Vítimas de acidente lotaram a delegacia de Mesquita | ALEX VIPER/FUTURA PRESS

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {BRASIL} |03|◊◊

Combate à fome

‘Meta é reduzir preconceito contra os pobres’

Mantida no comando do Ministério do Desenvol-vimento Social, a minis-tra Tereza Campello afir-mou que, além de seguir reduzindo a pobreza, o governo tem como me-ta diminuir o preconcei-to contra os pobres. “É uma população que tra-balha, que quer oportu-nidades”, mencionou, reafirmando que o Bolsa Família não será atingi-do pelos cortes de inves-timento. METRO BRASÍLIA

Novo extintor

Troca passa a ser obrigatória a partir de 1º de abril

O motorista que for fla-grado sem o extintor ABC no carro só será punido a partir de 1º de abril. O go-verno concedeu mais pra-zo para que as empresas consigam colocar os equi-pamentos em estoque. A multa por não portar o novo extintor será de R$ 127, além de cinco portos na carteira de ha-bilitação. Os veículos fa-bricados a partir de 2005 já vem com o novo mode-lo, mas o condutor deverá observar a data de valida-de. METRO BRASÍLIA

Imposto

Ministro da Saúde defende debate sobre CPMF

O ministro da Saúde, Ar-thur Chioro, defendeu a criação de uma contribui-ção para financiar o setor. Sem citar especificamente a CPMF, extinta pelo Con-gresso em 2008, o petista defendeu o debate na so-ciedade. “É o caminho pa-ra garantir a sustentabili-dade integral e universal, que cada vez custa mais caro”, disse, em entrevista ao “Estado de São Paulo”.

Chioro dissse que da-rá prioridade a melhorar o Mais Médicos e em im-plantar o Mais Especialida-des. METRO BRASÍLIA

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desqualificou a denúncia de que foi benefi-ciado pelo esquema da Lava Jato. O líder do PMDB afir-mou, sem citar nomes, que a acusação partiu de adver-sários para tentar enfra-quecer a candidatura dele à presidência da Câmara, em fevereiro, na qual é favorito.

Reportagem da “Folha de S. Paulo” revela que o Minis-tério Público Federal pedirá ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inves-tigação contra Cunha por ter sido acusado de se bene-ficiado do esquema de pro-pina da Petrobras. Segundo a denúncia, o nome do polí-tico teria sido citado no de-poimento do policial fede-ral Jayme de Oliveira Filho, que seria o responsável por entregas de dinheiro deter-

minadas pelo doleiro Alber-to Youssef. O investigado, conhecido como ‘Careca’ teria dito que entregou di-nheiro na casa de Eduardo Cunha, no Rio de Janeiro.

“Não conheço o cidadão mencionado, não moro no endereço citado e nem nin-guém me acusa de nada”, re-bateu o líder do PMDB. “Não vão me constranger com a di-vulgação de fatos inexisten-tes. Disso, tenham certeza.”

ExplicaçõesEduardo Cunha estava em campanha em Rio Bran-co (AC) e passou o dia rece-bendo ligações de aliados, que não retiraram o apoio à candidatura.

DEM, PTB, Solidariedade, PRB e PSC apoiam o nome do peemedebista à presidência na Câmara, nas eleições mar-cadas para 1º de fevereiro.

Cunha disputará o car-go com o candidato apoiado pelo governo, Arlindo Chi-naglia (PT-SP), e com Júlio Delgado (PSB-MG), que se aliou com o PSDB.

O procurador-geral da Re-pública, Rodrigo Janot, reú-ne provas contra os políticos acusados. Caso o pedido se-ja aceito pelo STF, os citados na denúncia passam a res-ponder às acusações na con-dição de réu. METRO BRASÍLIA

I n vestigação. Líder do PMDB diz que denúncia é ‘frágil’ e os ataques ‘espúrios’ são motivados pela disputa à presidência da Câmara

Eduardo Cunha mantém campanha | SÉRGIO LIMA/FOLHAPRESS

Cunha acusa adversários por citação na Lava Jato

“Não devo, não temo nada, o fato não existe e nem acusação tem. Se a pólvora da ‘bomba’ deles é dessa qualidade, será tiro de festim na água.” EDUARDO CUNHA, LÍDER DO PMDB E

CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

Dilma chama equipe para ‘afinar’ discurso

Dilma quer discutir corrupção e economia | SÉRGIO LIMA/FOLHAPRESS

Disposta a evitar divergên-cias públicas entre os inte-grantes do governo, a pre-sidente Dilma Rousseff deverá fazer a primeira re-união ministerial do segun-do mandato na próxima se-mana. Os 39 ministros vão ser orientados a manter os debates acalorados longe dos holofotes.

O recado será geral, mas toma como exemplo a tro-ca de farpas entre os minis-

tros Patrus Ananias (Desen-volvimento Agrário) e Kátia Abreu (Agricultura), que di-vergiram sobre a existência de latifúndio.

Dilma também quer pre-parar a equipe para o perío-do nebuloso que tem como pano de fundo a denúncia do Ministério Público Fede-ral do inquérito da Opera-ção Lava Jato. Como respos-ta, o governo já prepara um pacote anticorrupção, que

será apresentado ao Con-gresso logo na retomada dos trabalhos, em fevereiro.

A presidente também co-locará em pauta a necessi-dade de ajuste fiscal, que impactará diretamente os investimentos dos ministé-rios. A equipe econômica prepara um corte que pode atingir os R$ 70 bilhões, e exigirá dos ministros um es-forço para reduzir todas as despesas. METRO BRASÍLIA

Ministra está no cargo desde 2011

ELZA FIÚZA/ABR

Governadora de RR nomeia 19 parentes

Suely substituiu o marido Neudo Campos, pego na Ficha Limpa | GRAZIELE BEZERRA/ABR

A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), terá o au-xílio de 19 parentes no gover-no. São filhos, sobrinhos, ir-mãs, cunhadas, primo, sogro da filha e até um tio-avô que assumiram cargos em nove secretarias, na controladoria--geral, na ouvidoria do Estado e em quatro autarquias, além de na reitoria da Universida-de Virtual de Roraima.

Os salários variam de R$ 16,2 mil a R$ 23,1 mil. Por se tratar de cargos de con-fiança, o governo do Estado

descarta tratar-se de nepotis-mo. “Informamos que a esco-lha do primeiro escalão se-guiu critérios de confiança, capacidade técnica e dispo-sição para reconstruir Rorai-

ma”, afirmou a assessoria da governadora, em nota.

O MP-RR (Ministério Públi-co de Roraima) analisa o caso e estuda pedir a exoneração dos indicados.

Em 2008, o STF (Supre-mo Tribunal Federal) edi-tou uma Súmula Vinculante proibindo que cargos de con-fiança, de comissão ou grati-ficada no serviço público se-jam ocupados por parentes de até terceiro grau nos âm-bitos federal, estadual e mu-nicipal. METRO BRASÍLIA

R$ 398 milé a soma do valor que todos os 19 familiares da governadora de Roraima irão receber, por mês, nos cargos de confiança.

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |04| {BRASIL}

CLÁUDIO HUMBERTOWWW.CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

COM ANA PAULA LEITÃO

E TERESA BARROS

MERCADANTE PASSA BOLA DAS OLIMPÍADAS A MINISTROAlvo de críticas após assumir o comando do Ministério dos Esportes, George Hilton (PRB-MG) obteve garantia do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, de que ficará à frente da organização dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Em conversa na segunda (5), Mercadan-te disse que algumas ações serão integradas com Casa Civil, Defesa, Justiça e Minas e Energia, aos moldes da Copa do Mundo de 2014.

TOMANDO AS RÉDEAS O ministro diz que construiu “relação de confiança com a presidenta Dilma”: “Vou conduzir com muita responsabilidade todas as ações”.

ACÚMULO DE FUNÇÕESApós Hilton receber críticas de esportistas e vaias na posse de Dilma, passou a circular nos bastidores que Mercadante tocaria as Olimpíadas

QUEDA DE BRAÇO Além do PCdoB, o ministro enfrenta resistências do PMDB do Rio, que não se conforma por ter perdido o cargo para o PRB de Marcelo Crivella.

TENSÃO PRÉ-MUNDIAL Outra desafio será apaziguar climão entre militares e policiais que farão segurança nas Olimpíadas. As reu-niões já culminaram em xingamentos

LAVA JATO FAZ CÂMARA EVITAR CASSAÇÃO AUTOMÁTICAPronta para votação desde março, quando a Polícia Fe-deral deflagrou a operação Lava Jato, a Câmara dos De-putados cozinha a PEC 18 de 2013, que prevê a cas-sação automática de mandato para crimes contra a administração pública. Como já passou pelo Senado, a aprovação na Câmara seria o terror de todos os políti-cos relacionados nas delações conduzidas pela Justiça Federal do Paraná e homologadas pelo STF.

VAI QUE ESQUECEMO relatório do então líder do governo no Senado, Eduardo Braga, incluiu que a cassação automática deve estar por escrito na sentença.

BI-NEGADOO medo na Câmara é tão grande que dois requerimen-tos já foram apresentados para inclusão da PEC na Or-dem do Dia. Ambos negados

EVITANDO VEXAME

A mudança na Constituição vai evitar novo vexame in-ternacional como o caso de Natan Donadon, que mes-mo preso ainda era deputado.

VISÃO OBTUSAAo falar sobre a chacina de 12 pessoas em Paris, Arlene Clemesha, professora da USP, mostrou na GloboNews a que seus alunos estão expostos: preferiu acusar a revis-ta de “alvejar alvos islâmicos”. E ainda chamou o terro-rista Estado Islâmico, candidamente, de “grupo”.

OUTRA DIMENSÃOAdmitir o bárbaro atentado de ontem em Paris é tão absurdo como ser complacente com agentes da dita-dura militar que entrassem atirando no Pasquim para matar Millôr, Jaguar, Ziraldo, Paulo Francis etc.

ESQUERDOPATIA CRÔNICA“Analistas” brasileiros repetem a obviedade de que o ataque terrorista à revista Charlie Hebdo “fortalece a direita”. Nem se compadecem das vítimas. Tampou-co se dão conta de que a “direita europeia”, afinal, tem fortes razões para querer fechar as portas à imigração muçulmana.

CÂMARA DE TORTURAPassageiros do voo 3827 da TAM, Brasília-Rio, ontem, descobriram que a empresa, além de tratá-los com a habitual indiferença, agora os tortura no calor intenso: só liga o ar condicionado após a decolagem.

VOAR AA É FRIAÉ preciso pensar antes de voar na American Airlines. Brasileiros que viajaram terça (6) no voo 7812 (São Pau-lo-Miami), em conexão com o voo 0167 (San Francisco) foram vítimas de overbooking. Esperaram até 36 ho-ras, sem direito a hotel, muitos com crianças de colo.

VAMOS FUGIR Com o próprio salário em dia, o ex-governador do DF Agnelo Queiroz cascou fora de Brasília, onde deixou rombo nos cofres públicos. O petista foi flagrado cochi-lando na poltrona de avião destinado a Miami.

QUANTA PRESSA...

O carro oficial do ministro da AGU, Luís Inácio Adams, “voava” a mais de 100 km/h ontem em via de Brasília, onde é permitido 80 km/h, com direito a ultrapassagem pela direita e desrespeito à distância do carro da frente.

... PINÓQUIOColocado contra a parede pela chefia, o piloto jurou de pés juntos que estava dirigindo abaixo da velocidade permitida. A assessoria da AGU garantiu que o minis-tro Luís Adams não estava dentro do carro.

#EUSOUCHARLIE... como lamentou o cartunista argentino Bernardo Er-lich, o mundo ficou tão sério que o humor virou uma profissão de risco.

“Se a pólvora da bomba deles é dessa qualidade,

será tiro de festim na água.”EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ), REBATENDO NOTÍCIA

DE QUE SERÁ ALVO DA PGR NA LAVA JATO

P O D E R SEM PUDORDEFUNTO NÃO RECLAMA

Moura Cavalcanti era go-vernador de Pernambuco quando um jovem parente de quem não gostava con-cluiu Medicina. Ele comen-tou com o secretário de Pla-nejamento, Luiz Otávio: -- Já sei o que vai acontecer. Este garoto não tem consul-tório e vou ter que acabar

nomeando-o para algum lu-gar no governo do Estado.-- Há um jeito de amenizar o problema...-- Qual? – animou-se Cavalcanti.-- O senhor pode nomeá--lo médico-legista. Pelo me-nos os pacientes não vão reclamar.

Natan Donadon | FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Luís Inácio Adams | FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Política

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {BRASÍLIA} |05|◊◊

A pressão de um grupo de parlamentares eleitos pela extinção da recém--criada Subsecretaria pa-ra Assuntos de Pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bis-sexuais, Travestis, Transe-xuais e Transgêneros) não vai atrapalhar o trabalho de defesa e proteção a es-se segmento da socieda-de, garante a secretária de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direi-tos Humanos do DF, Mari-se Nogueira.

“Nenhuma pressão é positiva, mas reagiremos de acordo com a diretriz do governo, que tem o compromisso de avançar na proteção a todos os seg-mentos invisibilizados da população”, garantiu ela em entrevista ao Metro.

O governo sofre pres-são de um bloco de depu-

tados distritais, a maioria evangélicos, liderado pelo recém-eleito Rodrigo Del-masso (PTN).

Para os parlamenta-res, que são da base de apoio do governador Ro-drigo Rollemberg, uma subsecretaria LGBT privi-legia uma minoria em de-trimento de outras. “De-fendemos uma pasta da diversidade em toda sua amplitude. Queremos am-pliar, não diminuir. Tam-bém existe discriminação

religiosa, por exemplo”, defendeu ontem Delmas-so, em entrevista à rádio BandNews FM.

Jogo de palavrasA secretária não garante, porém, que a subsecreta-ria continue existindo com o nome que criou polêmi-ca. “Não voltaremos atrás na questão política, mas a estrutura administrativa e funcional criada no primei-ro dia de governo passará por um processo de reorga-

nização”, explica ela. O atual subsecretário,

Flavio Brebis, que é ati-vista da causa LGBT e per-tence ao partido do go-vernador, deve seguir na equipe independentemen-te da reestruturação, afir-ma Marise.

“Não sei se como subse-cretário, mas o importan-te é o trabalho dele, de aju-dar para que, onde houver intolerância, sobretudo com violência, nossa voz seja ouvida em favor das vítimas”, afirmou ela, que foi firme ao dizer que não pretende atender a ou-tro pedido dos parlamen-tares, que é a criação de uma Subsecretaria de De-fesa da Família.

Polêmica com deputados. Responsável pela pasta de Direitos Humanos, Marise Nogueira reage a pressão por fim de subsecretaria

Marise Nogueira enfrenta pressão de distritais | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

‘Compromisso’ com o segmento LGBT está garantido, diz secretária

“Não somos um órgão para criar polêmica, existimos para promover direitos, mas não vemos a necessidade específica de tratar de políticas para a família, pois as famílias estão contempladas em todas as políticas de governo.”MARISE NOGUEIRA, SECRETÁRIA DE ESTADO DE POLÍTICAS

PARA AS MULHERES, IGUALDADE RACIAL E DIREITOS HUMANOS DO DISTRITO FEDERAL

RAPHAEL VELEDA METRO BRASÍLIA

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |06| {BRASÍLIA}

A crise econômica do GDF atingiu o calendário escolar da rede pública: o ano leti-vo de 2015 só começará de-pois do carnaval, em 23 de fe-vereiro, duas semanas mais tarde do que a data prevista anteriormente -- dia 9. A de-cisão foi tomada ontem, após reunião entre o secretário de Relações Institucionais e So-ciais, Marcos Dantas; o se-cretário de Educação, Júlio Gregório; e integrantes do Sinpro (Sindicato dos Profes-sores). Os professores se apre-sentarão no dia 19.

Segundo o secretário Jú-lio Gregório, a mudança não teve relação com o atraso do pagamento dos educadores -- que reclamam, além dos salá-rios, férias e 13º --, mas com a adequação física das escolas. “Esse adiamento se deu fa-ce às condições em que as es-colas se encontram. Estamos com problemas para a aquisi-ção de mobiliário, nas escolas novas e as que estão sendo re-formadas”, declarou. Questio-nado novamente, o secretário

negou a influência da falta de pagamento. “Mesmo se as fé-rias dos professores tivessem sido pagas, teríamos que es-tudar o calendário em função da condição das escolas. O go-verno está fazendo todo o es-forço para honrar essas dívi-das que foram herdadas.”

Verba federal

Segundo o secretário, um to-tal de 657 escolas serão re-

formadas ou receberão in-sumos, ao custo de R$ 10 milhões. A verba virá do go-verno federal, e será repas-sado por meio do PDAF (Pro-grama de Descentralização Administrativa e Financeira). Como consequência do adia-mento, o recesso de julho, que seria de três semanas, agora será de duas. O fim do ano letivo deve ocorrer em 23 de dezembro.

Decisão unilateral

Segundo a diretora do Sinpro Rosilene Corrêa, a mudan-ça de calendário não foi fei-ta com base no diálogo. “Eles nem pediram nossa opinião, foi uma decisão unilateral, que contraria uma prática antiga nossa”, afirmou.

O Sinpro não descarta a possibilidade de greve, caso a situação continue como está. Amanhã, às 10h, está agendada uma nova mani-festação de professores.

Reforma nas escolas. Aulas só começarão em 23 de fevereiro. Secretário de Educação diz que mudança se deu unicamente por condições dos colégios, sem relação com atrasos nos pagamentos

Crise vai atrasar até o ano letivo

Reunião resultou em mudança no calendário escolar | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

O pagamento dos salários atrasados dos servidores da saúde e da educação, inicial-mente prometido para ho-je, ganhou novo prazo. Des-ta vez, o governador Rodrigo Rollemberg prometeu depo-sitar o dinheiro até o fim da semana que vem. Para quitar a dívida, Rollemberg e sua equipe econômica tentaram adiantar a parcela de feverei-ro do Fundo Constitucional do DF junto ao Ministério da Fazenda -- medida, até o mo-mento, infrutífera.

Rollemberg, contudo, acredita que o montante, estimado em aproximada-mente R$ 1,1 bilhão, será quitado com a parcela de ja-neiro do Fundo Constitucio-nal e a arrecadação de im-postos do GDF.

“Os servidores serão pa-gos. Não temos como garan-tir amanhã (hoje) porque o repasse do Fundo Constitu-

cional é insuficiente, mas com a arrecadação própria do GDF que vai entrar nos próximos dias eu diria, com convicção, que até o final da semana que vem faremos o pagamento”, afirmou o go-vernador, na cerimônia de posse do novo comandante--geral da Polícia Militar, coro-nel Florisvaldo Ferreira César.

Insucesso

O adiantamento da parcela de fevereiro do Fundo Constitu-cional parece cada vez mais distante de acontecer. A es-tratégia usada por Rollem-berg esbarra em problemas jurídicos: instituído pela Lei nº 10.633, o fundo prevê que a verba sempre caia, imprete-rivelmente, no dia 5 do mês.

Segundo o TCDF (Tribu-nal de Contas do DF), desde que o Fundo foi criado, em 2002, nunca foi solicitado um adiantamento. METRO BRASÍLIA

Salários sairão na semana que vem, diz Rollemberg

Rollemberg busca saída | DENIO SIMÕES/AGÊNCIA BRASÍLIA

Após uma semana, Hospital de Base continua sem remédiosOs pacientes do HBDF (Hos-pital de Base do Distrito Fe-deral) continuam sofrendo com a falta de medicamen-tos no estoque da unidade. O SindMédico-DF (Sindica-tos dos Médicos do Distrito Federal) confirmou ontem que ainda estão em falta an-tibióticos para os pacientes da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e insumos bási-cos, como esparadrapos pa-ra realizar curativos.

Em 31 de dezembro, o sindicato havia alertado que pelo menos sete medi-camentos estavam em fal-ta no hospital, entre eles re-médios de administração rotineira, como dipirona. Os profissionais afirmaram ainda que, por conta do de-sabastecimento, alguns pa-cientes deixaram de receber medicação durante a madru-gada do primeiro dia do ano.

Na ocasião, a Secretaria de Saúde do DF afirmou que

havia realizado um repasse de R$ 100 mil ao HBDF pa-ra aquisições emergenciais e que vários processos de compras de insumos e me-dicamentos já haviam sido finalizados, faltando apenas a entrega ao hospital. a pre-visão era de que o estoque do hospital seria reabasteci-do nos próximos dias, mas a pasta informou ontem que os medicamentos ainda não haviam sido entregues.

Comitê de Risco

Na última segunda-feira foi instituído um Comitê Situa-cional de Risco, que terá co-mo missão realizar levanta-mento e auditoria de todos os contratos em andamen-to. A prioridade do grupo é regularizar o abastecimento de medicamentos e insumos em toda a rede hospitalar. A Secretaria de Saúde não in-formou quando um relató-rio sobre a situação será con-

cluído, mas destacou que os gestores de áreas essenciais estão reunidos permanente-mente para tomar decisões

rápidas, de forma a melho-rar, imediatamente, a quali-dade dos serviços prestados à população. METRO BRASÍLIA

A cooperativa Alternati-va, que faz as linhas entre Brazlândia e o Plano Piloto, decidiu aderir ontem à pa-ralisação dos rodoviários, que dura desde o início de dezembro. Eles cobram o pagamento de 13º salário, cestas básicas e tíquete-ali-mentação, que deveriam ter sido quitados até o fim do ano passado.

Além da cooperativa que circula em Brazlândia, os motoristas e cobradores de três empresas (MCS, Cootar-de e parte dos funcionários da Coopatag) que atendem sete regiões estão de braços cruzados enquanto não re-cebem. Ao todo, as coope-rativas são responsáveis por colocar em circulação 100 micro-ônibus e 80 ônibus em todo o Distrito Federal.

Segundo o DFTrans (Transporte Urbano do Dis-trito Federal), a dívida com as cooperativas é de cerca

de R$ 600 mil e a autarquia está empenhada em colocar em dia os repasses que ven-ceram a partir de 1º de ja-neiro. Já as dívidas da ges-tão passada deverão entrar nos restos a pagar do gover-no anterior.

O DFTrans ressaltou ain-da que o repasse diário re-ferente aos gastos dos usuários está sendo feito normalmente. Nesta sema-na, as empresas e coopera-tivas receberam o valor de R$ 166 mil. Cinco empresas estão suprindo a demanda de transporte nas regiões afetadas. METRO BRASÍLIA

Mais uma. Cooperativa de Brazlândia adere à greve dos rodoviários

70 milusuários são atendidos diariamente pela cooperativa Alternativa, que circula entre Brazlândia e o Plano Piloto

Estoque do HBDF ainda não foi reabastecido | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

R$ 10 miSerão destinados à reforma, compra de mobiliário e fornecimento de insumos às escolas da rede pública. O dinheiro virá do PDAF, programa do Governo Federal

FABIANE GUIMARÃES METRO BRASILIA

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |08| {MUNDO}

Ao menos 12 pessoas foram mortas ontem pela manhã -- oito jornalistas e cartunistas do semanário satírico fran-cês “Charlie Hebdo”, dois policiais, um funcionário do prédio e um visitante -- por três homens armados e en-capuzados que invadiram a sede do jornal em Paris du-rante a reunião semanal de pauta. Onze pessoas ficaram feridas. Foi o maior atentado terrorista na história da ca-pital francesa.

Um dos agressores foi filmado do lado de fora do edifício gritando “Allahu Akbar!” (Deus é o maior), en-quanto se ouviam tiros. Ou-tro foi até um policial ferido e deitado na rua e disparou contra ele à queima-roupa, antes de os outros dois cal-mamente entrarem num carro preto e fugirem. Os ho-mens usavam rifles russos Kalashnikov. Até as 22h de ontem eles não haviam sido localizados.

Em um áudio divulga-do pela imprensa francesa, é possível ouvir um dos ho-mens dizendo “Nós vinga-mos o profeta Maomé, nós matamos Charlie Hebdo”.

Depois do atentado, o go-verno francês aumentou pa-ra o nível máximo o alerta de segurança. O “Hebdo” ga-nhou destaque mundial de-

pois de reproduzir charges do profeta Maomé, atraindo a ira de seguidores extremis-tas do Islã, que condenam qualquer tipo de representa-ção do profeta. A França tem a maior população muçul-mana da Europa.

A última mensagem da revista no Twitter debocha-va de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do EI (Estado Islâmico).

Ninguém assumiu a res-ponsabilidade pelo ataque, mas uma testemunha cita-da pelo jornal “20 Minutes” disse que um dos agressores gritou “Diga à mídia que isso é al Qaeda no Iêmen”.

Luto nacional

Em um discurso televisio-nado, o presidente François

Hollande declarou o dia de hoje como dia de luto nacio-nal e pediu que o país ficasse unido na defesa da liberdade de expressão.

“Nossa melhor arma é nossa união. Nada pode nos dividir, nada deve nos sepa-rar”, declarou. Segundo ele, os cartunistas do “Hebdo” mortos são “nossos heróis”.

“Hoje, toda a República foi atacada”, declarou. “A Re-pública é a liberdade de ex-pressão, a cultura, a criação, o pluralismo, a democra-cia”, prosseguiu. “Isso foi atacado.”

Terroristas identificados

No final da noite de ontem (horário local) a polícia de Paris disse ter identificado

os três terroristas muçulma-nos envolvidos no ataque.

Segundo a imprensa fran-cesa, os homens seriam dois irmãos e um sem-teto. O jor-nal “Le Point” disse que os suspeitos são Said Kouachi, de 32 anos, Sherif Kouachi, 34, e Hamid Mourad, 18. Se-gundo o jornal, a polícia te-ria encontrado documentos de identidade no carro que eles usaram para fugir da se-de do “Hebdo” e foi abando-nado. Segundo a Reuters, os dois irmãos são da região de Paris. O terceiro homem é da cidade de Reims, no nor-deste do país. Os três são ci-dadãos franceses. A polícia disse que um dos irmãos foi julgado no passado por acu-sações de terrorismo. METRO

Ataque à liberdade. Ao todo, 12 pessoas foram mortas por terroristas que invadiram sede de jornal satírico e dispararam; autores estão foragidos, mas polícia diz ter a identidade deles

Terror em Paris mata cartunis

Leia mais no metrojornal.com.br

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REPERCUSSÃO“Nenhum ato bárbaro vai extinguir a liberdade de imprensa. Nós somos um país unido e vamos reagir unidos.”

FRANÇOIS HOLLANDE, PRESIDENTE FRANCÊS

“Esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental – a liberdade de imprensa.” DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DO BRASIL

“O que quer que possa ser a motivação, a violência mortal é abominável, nunca é justificada.” PAPA FRANCISCO

“Condeno energicamente esse ataque. Nossas orações estão com as vítimas e o povo da França nessa hora difícil.”

BARACK OBAMA, PRESIDENTE DOS EUA

“Eu estou com o Charlie Hebdo, como todos nós devemos, na defesa da arte da sátira, que sempre foi uma força de liberdade e defesa contra a tirania.” SALMAN RUSHDIE, ESCRITOR INDO-

BRITÂNICO JURADO DE MORTE PELO ISLÃ

“Esse atentado vai ser um marco da luta do Ocidente contra o terrorismo. Nem as decapitações movimentaram tanto a imprensa do mundo.” ZIRALDO, CARTUNISTA BRASILEIRO

Ferido é retirado de local do atentado; nas fotos menores, sequência

de ataque contra policial, morto à queima-roupa por terrorista

JACKY NAEGELEN/REUTERS

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {MUNDO} |08|◊◊BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {MUNDO} |09|◊◊

FRANÇA PERDE

4 GRANDES CARTUNISTAS

A união dos talentos dos cartunistas Ca-bu, Wolinski, Tignous e Charb foi o que impulsionou a trajetória do semanário de humor anarquista “Charlie Hebdo”. Nascido em 28 de junho de 1934, na Tunísia, Georges Wolinski era considera-do um mestre na sua arte. Trabalhou em 40 jornais e publicou quase cem livros. Sexo (foi o criador da sensual Paulet-te), política e virulentas críticas ao fana-tismo religioso sempre estiveram entre seus temas preferidos. No Brasil, influen-ciou Jaguar, Henfil, Ziraldo e Laerte, en-tre muitos outros.

Conhecido como Charb, Stéphane Charbonnier era editor-chefe do “Char-lie Hebdo” desde 2009. Nascido em 21 de agosto de 1967, em Conflans-Sainte--Honorine, subúrbio de Paris, Charb tra-balhou para algumas das principais pu-blicações satíricas francesas e no jornal diário comunista “L’Humanité”.

Tignous (Bernard Verlhac) nasceu em

1957, em Paris. Tinha oito livros publicados e colaborou com publicações como “Fluide Glacial”, “L’Express” e “L’Humanité”.

Igualmente lendário, Jean Cabut, que nasceu em janeiro de 1938 em Châlons--en-Champagne, começou a trabalhar no “Hebdo” nos anos 1970. Ao longo das últi-mas décadas, colaborou com o “Le Figaro” e o “Le Monde”.

Criado em 1969, o “Charlie Hebdo” se notabilizou por usar o humor para crí-ticar duramente religiosos de todas as crenças e políticos da esquerda à direita. Desde 2006, quando passou a publicar charges do profeta Maomé, começou a sofrer ameaças de grupos radicais islâmi-cos (leia abaixo).

Mais polêmicasNuma triste coincidência, o autor francês Michel Houellebecq estampou a última ca-pa do semanal em função do lançamen-to do romance “Soumission”, em que faz uma previsão sobre a eleição de um pre-sidente muçulmano na França em 2022. “Em 2015, perdi os dentes; em 2022, pas-sei a cumprir o Ramadã”, disse o escritor.

METRO

Milhares se reuniram em manifestação contra o ataque com a inscrição ‘Eu sou Charlie’ | YOUSSEF BOUDLAL/REUTERS

ta cartunistas do ‘Hebdo’

As feridas abertas pelo terro-rismo islâmico nos anos 1980 e 1990 estavam tão bem cica-trizadas que os parisienses se achavam imunes ao terror. Atos contra militares e a co-munidade judaica eram con-siderados isolados.

Por isso, o pesadelo do atentado de ontem contra a sede do “Hebdo” foi ainda mais insuportável. A Fran-ça ficou em estado de cho-que. Após sirenes dos carros de polícia, as ruas de Paris fi-caram desertas. Quem podia, voltou para casa e não des-grudou da TV. Em contrapar-tida, homens fardados surgi-ram de todo canto, armados de metralhadoras. O governo elevou o status do plano anti-terrorista para seu nível má-

ximo. O policiamento foi re-forçado e tornou-se visível por toda a cidade: em frente a jornais, rádios, TVs, lojas de departamento, locais de cul-to, monumentos, museus, es-tações ferroviárias, aeropor-tos, metrô, escolas, hospitais.

Quem viajar a Paris nos próximos dias terá de se sub-meter a condições de vigi-lância draconianas. Os pari-sienses ficaram atônitos. O “Hebdo” é muito mais que um simples semanário, é ma-nifestação do espírito francês, irônico, satírico, mordaz, des-respeitoso, libertário. Ali esta-vam os maiores cartunistas do país, que eram venerados (leia

ao lado). A resposta veio nas re-des sociais, com mais de 2,5 milhões de tuítes aderindo ao

lema “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie). Os parisienses se diri-giram à Praça da República em vigília para manifestar seu de-sagravo ao terror e amor pela liberdade de expressão. Milha-res de manifestantes se junta-ram a outros tantos em gran-des cidades francesas. Outras passeatas estão marcadas para o fim de semana.

Participaram a extrema--esquerda e a extrema-direita. Líderes da comunidade mu-çulmana imediatamente con-denaram o atentado.

Em estado de choque, França protesta contra o terrorismo

Vítimas

Os cartunistas Wolinski e Cabu | REUTERS

MILTON BLAY CORRESPONDENTE EM PARIS

Leia o relato de jornalista do Metro Paris: metrojornal.com.br

Pedido de proteçãoDepois de reproduzir charges con-sideradas ofensivas sobre o profe-ta Maomé do jornal dinamarquês “Jyllands-Posten”, o “Hebdo” é cri-ticado pelo então presidente Jac-ques Chirac e pede proteção.

Abertura de processo é arquivadaUm tribunal parisiense determina o arquivamento do processo que poderia ser aberto contra o “Char-lie Hebdo” por iniciativa de entida-des da comunidade muçulmana, que teriam se sentido ofendidas.

Sede do jornal é alvo de bombaDepois de Maomé ser ‘nomea-do’ como editor-chefe do “Charlie Hebdo”, a sede do jornal é alvo de uma bomba incendiária; o diretor da publicação passa aprecisar de proteção policial.

Medidas de prevençãoO governo francês fecha escolas e centros culturais em 20 países islâ-micos após a publicação de dese-nho que mostrava um judeu orto-doxo carregando um muçulmano em uma cadeira de rodas (ao alto).

Ataque virtual tira periódico do arO site da publicação fica fora do ar por algumas horas depois de ser atacado por hackers. no mes-mo dia. No mesmodia, o “Char-lie Hebdo” havia lançado quadri-nhos sobre Maomé.

Fevereiro de 2006 Fevereiro de 2008 Novembro de 2011 Setembro de 2012 Janeiro de 2013

O ‘HEBDO’ SOB ATAQUE

AirAsia

Indonésia diz ter achado cauda de avião submersa

A cauda do avião da Ai-rAsia acidentado em dezembro foi encontra-da no fundo do mar a cerca de 30 km da últi-ma localização conhe-cida do voo, anunciou ontem a agência de busca e salvamento da Indonésia.

Com a descoberta, os investigadores es-peram encontrar a cai-xa-preta da aeronave. “Encontramos a cau-da, que tem sido nos-so principal alvo”, dis-se o chefe da agência, Fransiskus Bambang Soelistyo. Segundo ele, a equipe “agora ainda está desesperadamen-te tentando localizar a caixa-preta”.

METRO

Palestina

ONU confirma adesão ao TPI a partir de abril

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, confirmou que os pa-lestinos vão se tornar oficialmente membros do TPI (Tribunal Penal Internacional) a partir de 1º de abril.

Na sexta-feira, pales-tinos entregaram do-cumentos na ONU para ingressar no Estatuto de Roma do TPI e em outros tratados inter-nacionais, uma medi-da que aumenta as ten-sões com Israel e pode resultar em cortes no auxílio dos EUA.

METRO E AGÊNCIAS

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |10| {ECONOMIA}

Os depósitos superaram as retiradas nas cadernetas de poupança em R$ 24 bilhões em 2014. Essa é a menor cap-tação desde 2011, quando a caderneta registrou saldo lí-quido de R$ 14,1 bilhões.

O resultado de 2014 é 66% menor do que o registrado em 2013, quando ingressa-ram na poupança R$ 71 bi-lhões – valor recorde da série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. No ano passado, as cadernetas rece-beram depósitos de R$ 1,64 trilhão. Já as retiradas foram de R$ 1,61 trilhão.

No mês de dezembro, a poupança ficou positiva em R$ 5,428 bilhões, ante R$ 11,201 bilhões em igual período de 2013. Apesar de positivo, o valor também é o menor para meses de de-zembro desde 2011.

Segundo especialistas, as altas da inflação e do nível de endividamento das famí-lias têm contribuído para a queda no volume de entra-da de recursos na caderneta.

Além disso, o aumento dos juros básicos da econo-mia, a Selic, também redu-ziu a atratividade da pou-pança frente aos fundos de renda fixa. Isso porque, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, o ren-dimento da poupança é fixo em 6,17% ao ano mais a va-riação da TR (Taxa Referen-cial). Caso a Selic fique igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a rentabilidade é de 70% da taxa básica de juros, mais a TR. As regras de remune-

ração da nova poupança fo-ram mudadas para aplica-ções feitas de 4 de maio de 2012 em diante.

RendimentosNo ano passado, para segu-rar a inflação, o BC elevou a taxa básica de juros de 10,50%, em janeiro, para os atuais 11,75% ao ano. Esse aumento favoreceu o desem-penho de investimentos de renda fixa. Enquanto a pou-pança encerrou 2014 com um rendimento de 7,08%, os fundos de renda fixa, por exemplo, tiveram um ganho de 11,37% no ano.

Com perspectivas de no-vas alta na taxa básica de ju-ros, o cenário para desem-penho dos investimentos em 2015 não deve ser dife-rente. Além dos fundos, en-tre as aplicações de renda fixa recomendas pelos espe-cialistas estão os títulos do Tesouro Direto e as chama-das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito Agrícola). METRO

Investimentos. No ano passado, saldo entre depósitos e saques somou R$ 24 bilhões. Valor representa uma queda de 66% sobre 2013

Poupança tem a pior captação desde 2011

O fluxo cambial -- entrada e saída de moeda estrangeira do país -- marcou em dezem-bro o pior rombo mensal em mais de 16 anos, fechando 2014 com saldo negativo de US$ 9,287 bilhões. Foi o se-gundo ano seguido que o flu-xo fecha no vermelho, infor-mou o Banco Central. Em 2013, ele havia ficado nega-tivo em US$ 12,261 bilhões.

Só em dezembro, as saídas líquidas somaram US$ 14,050 bilhões, pior re-sultado mensal desde setem-bro de 1998, quando o rom-bo foi de US$ 18,919 bilhões.

O resultado sublinha as turbulências que vêm sen-do sentidas no mercado de câmbio, em meio a quadros global e doméstico desafia-dores. O dólar avançou ante o real pelo quarto ano segui-do em 2014, saltando quase 13%, e operadores afirmam que a perspectiva é de que a divisa continue subindo neste ano, mesmo com me-nor intensidade. Ontem, a moeda norte-americana fe-chou em alta de 0,06%, a R$ 2,7035 na venda.

Para especialistas, o ce-nário externo deve mos-trar turbulências, sobretu-do com a expectativa sobre quando o Fed, banco cen-tral dos EUA, deve começar a elevar os juros da maior economia do mundo, com potencial para tirar recur-sos de outros mercados, co-mo o brasileiro. METRO

Fluxo cambial. Estrangeiros tiram US$ 9,3 bi do país em 2014

O movimento do comércio cresceu 3,7% em 2014, a me-nor alta nos últimos 11 anos, segundo levantamento da Se-rasa Experian. Em 2013, o va-rejo teve expansão de 5,2%.

O resultado mais fraco foi puxado, principalmente, pe-las lojas de materiais de cons-trução, que tiveram uma que-da de 6,5% no movimento. Segunda a Serasa, a alta nos juros e na inflação, além da queda da confiança dos con-sumidores e do endividamen-to das famílias, contribuiu pa-ra o crescimento menor.

Com estoques elevados após o Natal, as lojas reali-zam promoções neste início de ano. Desde 2 de janeiro, Casas Bahia e Ponto Frio ini-ciaram a liquidação, que vai até domingo. A rede Casas Bahia dá desconto de 50% e

parcela em 10 vezes sem juros no cartão. No Ponto Frio, é possível dividir o pa-gamento em 14 vezes. Ama-nhã, a Magazine Luiza reali-za a 22ª edição da tradicional megaliquidação de um dia, com promoções de até 70%.

A queima de estoques atrai mais interesse dos con-sumidores em fazer compras. Segundo sondagem com 500 entrevistados feita pelo Pro-var/Fia (Programa de Adminis-tração do Varejo da Fundação Instituto de Administração), 49,6% declararam que pre-tendem comprar algum bem durável entre janeiro e mar-ço deste ano, um aumento de 9,2 pontos percentuais sobre o trimestre anterior.

No entanto, o cenário pa-ra 2015 é de cautela no con-sumo. Segundo a Fia, as famí-lias estão com renda muito comprometida, com sobras de apenas 9,2% para novas compras. Só com o pagamen-to de crediário estão atrelados 24,1% da renda, mais que os gastos com educação (20,1%) e alimentação (18,6%). METRO

Crescimento do comércio em 2014 é o menor em 11 anos

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aguarda a intervenção do governo para acabar com a greve na fábrica da Volkswa-gen, em São Bernardo. A pa-ralisação, que teve ontem seu segundo dia, deve continuar hoje. A categoria quer rever-ter as 800 demissões anuncia-das pela montadora.

Ontem, a produção na Mercedes-Benz, em São Ber-nardo, também foi paralisa-da por 24 horas em protes-to contra a demissão de 160 funcionários. Outros 110 dei-xaram a empresa num pro-grama de demissão volun-tária. Nova assembleia hoje deve decidir se haverá greve.

As montadoras alegam queda nas vendas como mo-tivo dos desligamentos. Na Volks, o sindicato diz que o número de demissões pode chegar a 2.100.

Sem expectativas de uma nova redução de impostos para o setor, como ocorreu em anos anteriores, o sindi-

cato aguarda ajuda na cria-ção de uma ferramenta que permita o pagamento dos funcionários com um fun-do que contaria com verba do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), das empre-sas e do governo. O sistema é semelhante ao que já exis-te na Alemanha, mas exigi-ria a edição de uma Medida Provisória.

“O ministro (do Traba-lho, Manoel Dias) vai entrar em contato com a Volkswa-gen nos próximos dias. Nos-sa proposta é negociar a criação do plano de prote-ção ao emprego, com pos-sível redução da jornada e criação desta ferramenta em casos de crise nas em-presas”, disse o diretor-exe-cutivo do sindicato, José Ro-berto Nogueira da Silva.

O secretário de Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo, João Dado, pro-curou ontem a entidade pa-ra oferecer ajuda. METRO ABC

Greve. Metalúrgicos esperam intervenção do governo

Para enfrentar a queda do preço das commodities (bens primários com cotação inter-nacional) e a perda de compe-titividade da indústria, o go-verno lançará, nos próximos dias, um plano para estimu-lar as exportações. A promes-sa foi feita ontem pelo novo ministro do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Ex-terior, Armando Monteiro Ne-to, durante discurso de posse.

Segundo Monteiro, o pla-no será negociado com di-versas áreas do governo e estruturado nos seguin-tes eixos: desburocratiza-ção, desoneração das expor-tações, investimentos para reduzir a idade média do maquinário industrial e in-centivos aos financiamen-tos para estimular exporta-ções das micro, pequenas e médias empresas.

Outro desafio aponta-do por Monteiro será o au-mento da produtividade da indústria. “O setor vem per-dendo espaço na economia. Desde 1985, a participação [da indústria] declinou de 25% para 14% do PIB”, disse.

METRO

Monteiro recebe o cargo de Mauro

Borges | FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABRLojas dão desconto de até 70% neste

mês | CARLOS RHIENCK/FUTURA PRESS

MDIC. Monteiro promete incentivos a exportações

Funcionários da VW realizam nova assembleia hoje | TIAGO SILVA/METRO ABC

0

50

100

2011 2012 2013 2014

Captação anual

14,1

71

49,7

24

EM R$ BILHÕES

Fed não deve elevar juros antes de abril

O Fed, o banco central norte-americano, não de-ve aumentar as taxas de juros pelo menos até abril deste ano, segundo a ata da última reunião, divul-gada ontem. Segundo o documento, o Fed conside-ra a redução nos custos de energia um ponto positivo para a economia e o mer-cado de trabalho do país, apesar de reconhecer que a alta do dólar e a queda nos preços do petróleo po-dem pressionar a inflação no curto prazo.“Muitos participantes apontaram a situação internacional co-mo uma fonte de risco pa-ra a atividade econômica doméstica e para o empre-go”, diz a ata. METRO

EUA

‘BLACK & WHITE

WOMAN’MOONDOGS

INDEPENDENTE R$ 25

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

2CULTURA

Na quinta temporada, o rá-dio e as revoluções chegam a ‘Downton Abbey’. A sé-rie volta ao GNT neste sá-bado, às 22h30, uma sema-na após a exibição nos EUA e reabre a agenda de séries no Brasil, pausada desde dezembro.

Na nova leva de episó-dios, o programa que mos-tra a transição de uma fa-mília inglesa aristocrata para o século 20 se torna cada vez mais moderno – e não só na tecnologia. Per-sonagens femininas, como a queridinha do público Mary (Michelle Dockery), ganham mais ousadia.

A audácia feminina da quinta temporada de ‘Downton Abbey’, no en-tanto, não é nada compara-da à das meninas de ‘Girls’. A série volta para a quarta temporada em exibição si-multânea com os EUA, na madrugada de domingo pa-ra segunda, à 0h, na HBO.

Em 2015, Hannah (Lena Dunham) deixa Nova York, o que abala sua já frágil relação com Adam (Adam Driver). Nos dez episódios da nova temporada, a sé-rie volta seu foco aos con-flitos familiares, mostran-do como a transição para a vida adulta não é feita só de avanços.

Ainda na madrugada de domingo, à 1h, a HBO traz a volta de ‘Looking’, uma versão gay e atualizada de ‘Sex And The City’. Na se-gunda temporada da série, os relacionamentos ficam ainda mais densos, com o protagonista Patrick (Jona-than Groff ), envolvido em um caso extraconjugal.

Fechando a lista, o ca-nal pago também traz a estreia, simultaneamen-te com os EUA, de ‘Toge-therness’, à 0h30. A série é uma sitcom sobre dois ca-sais de adultos ligeiramen-te frustrados que dividem

a mesma casa.

Próximas estreias

A agenda de séries que che-gam ao Brasil está cheia para o primeiro semestre deste ano. Além dos retor-nos do fim de semana, ga-nham novas temporadas ‘The Walking Dead’ (9 de fevereiro, na Fox) e ‘House Of Cards’ (27 de fevereiro, na Netflix). ‘Game Of Thro-nes’, ‘True Detective’ e ‘The Good Wife’ ainda não tem data certa.

Também estreiam no país no começo deste ano vários programas que fi-zeram sucesso no fim do ano passado nos EUA. Entre eles, o detaque é ‘How to Get Away with Muder’, pro-tagonizado por Viola Davis, chega ao Brasil em março na Sony. Na lista também está o drama familiar ‘Bloo-dline’ será disponibiliza-do pela Netflix em março. METRO BRASÍLIA

TV Paga. Estreia da quinta temporada de ‘Downton Abbey’ no GNT, no sábado, abre o calendário. ‘Girls’ e ‘Looking’ voltam domingo

Hannah (Lena Dunham) sai de Nova York nos novos episódios de ‘Girls’ | DIVULGAÇÃO

Fim de semana reabre temporada de séries

No fim de novembro, quatro garotos na faixa dos 20 anos, todos de pre-to e com gravatas borbo-letas, abriram o show da atração principal da noi-te, o britânico Jake Bugg, em São Paulo. Em meia hora, o Moondogs botou fogo na plateia com fai-xas de seu recém-lançado primeiro álbum, ‘Black & White Woman’.

Esse é só um dos pri-meiros capítulos da ban-da paulistana formada por Gabriel Gariani (bai-xo), Gabriel Borsatto (ba-teria), Renan Ribeiro (gui-tarra) e Johnny Franco (vocais e guitarra), cujo sobrenome já faz parte do meio artístico: o rapaz é filho do músico e come-diante Moacyr Franco.

“Meu pai é influência completa e direta no nos-so trabalho”, diz Johnny. “Ele deu dicas de perfor-

mance, de movimentos, deu palpites nas compo-sições, letras”, conta o jo-vem músico.

Outro nome funda-mental na produção é o de Roy Cicala (1939-2014), homem que comandou o lendário estúdio Record Plant, em Nova York, e vi-via em São Paulo desde 2005. Foi lá que ele gra-vou discos que entraram para a história, como ‘Mind Games’, de John Lennon e ainda foi ho-mem de confiança de no-mes como Madonna, El-vis Presley, Jimi Hendrix, David Bowie e outros.

Cicala chegou ao Moondogs através de Gustavo Riviera, líder da banda Forgotten Boys, que estreou com ‘Black & White Woman’ na fun-ção de produtor. Juntos, eles conseguiram adicio-nar às músicas uma ener-

gia que pouco se vê em bandas recentes dedica-das ao estilo.

Guitarras, baixo e ba-terias foram colocados la-do a lado em perfeita sin-tonia, trazendo um vigor nas músicas que eviden-cia a juventude e a dispo-sição dos músicos. “Todo dia ao lado do Roy, co-mendo, vivendo, conver-sando, e ele sempre suge-rindo partes sonoras para acrescentar mais dinâmi-ca às músicas”, conta.

O músico não escon-de suas referências. Pelo contrário: faz questão de frisar cada uma delas, dos Beatles à carreira solo de John Lennon. “O que es-tamos fazendo é verda-deiro. É o rock mais dire-to possível”, enfatiza.

rock!

PAULO BORGIA METRO SÃO PAULO

Cinema

De volta ao passado

“Casablanca” (1942) abre, nos dias 24, 25 e 28, a quinta temporada do projeto em que a rede

Cinemark exibe clássicos restaurados. As sessões ocorrem aos sábados,

às 23h55; domingos, às 12h30; e quartas, às 19h30,

com ingressos a R$ 14. Confira os demais filmes e

suas datas de exibição:

- “Psicose” (1960) - 31/1 e 1º e 4/2

- Se Meu Apartamento Falasse” (1960) -

7, 8 e 11/2

- “Rastros de Ódio” (1956) - 14, 15 e 18/2

- “O Iluminado” (1980) - 21, 22 e 25/2

- “De Volta Para o Futuro” (1985, foto) - 28/2, 1º e 4/3

Johnny à frente doMoondogs

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Let’s

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |12| CULTURA}

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Desde o novo capítulo de uma das maiores sagas cinematográicas da história, ‘Star Wars’, até adaptações de sucessos recentes, como ‘Cinquenta Tons de Cinza’, os destaques para o cinema internacional em 2015 incluem até uma biograia com temas cientíicos

METRO RIO

Grandes retornos e novas apostas

‘A Teoria de Tudo’

A biografia do físico bri-tânico Stephen Hawking, protagonizada por Ed-die Redmayne, mostra os bastidores de suas con-quistas científicas, o iní-cio do romance com sua futura esposa (interpreta-da por Felicity Jones) e a descoberta da doença de-generativa que o deixaria quase imobilizado. Dirigi-do por James Marsh, tam-bém estreia no dia 22.

‘Os Vingadores 2: A Era de Ultron’Homem de Ferro, Capi-tão América, Hulk, Thor e o resto da equipe estão de volta aos cinemas, des-sa vez para enfrentar o vi-lão Ultron. Novamente di-rigido por Joss Whedon, o filme estreia em 30 de abril. Estrelado por Ro-bert Downey Jr., Samuel L. Jackson, Chris Evan, Scarlet Johanson e Mark Ruffallo, entre outros.

‘Birdman’

Líder em indicações ao Globo de Ouro, o novo filme do dire-tor mexicano Alejan-dro González Iñarritu acompanha um ator em decadência (inter-pretado por Michael Keaton) que busca se reabilitar através de uma peça da Broad-way. A estreia será em 22 de janeiro.

‘Star Wars: Episódio VII’O diretor JJ Abrams assume a missão de retomar a saga inter-galática. Nomeado de ‘O Despertar da For-ça’, o novo episódio da saga conta com o retorno do elenco da primeira trilogia, incluindo Harrison Ford. Estreia em 17 de dezembro.

‘Cinquenta Tons de Cinza’

A adaptação do maior bestseller dos últimos anos chega aos cinemas em 12 de fevereiro. Diri-gido por Sam Taylor-John-son, e com Jamie Dornan e Dakota Johnson no elen-co, o filme conta a história de uma jovem estudante que começa a se relacio-nar com um magnata, nu-ma relação que envolve sadomasoquismo.

‘Jogos Vorazes – A Esperança: Parte 2’

A saga de Katniss Ever-deen (interpretada por Jessica Lawrence) chega ao fim em 15 de novem-bro, com a batalha final entre os rebeldes e a ca-pital de Panem. Dirigida por Francis Lawrence, a adaptação literária ainda conta com Woody Har-relson, Julianne Moore e Philip Seymour Hoffmanno elenco.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O GDF decidiu ontem cor-tar todo o investimento pú-blico no Carnaval de 2015. “Neste momento em que serviços básicos estão in-terrompidos, nós não de-vemos utilizar recurso público para financiar o Carnaval”, disse o gover-nador Rodrigo Rollemberg ontem. A única possibilida-de para que a folia não pas-se em branco em Brasília é conseguir patrocinadores – e rapidamente.

Uma lei distrital de 2011 garante que o GDF arque com os custos da festa até 60 dias antes do início. Co-mo este prazo venceu no governo Agnelo, a intenção da Setur (Secretaria de Tu-rismo) é responsabilizar a gestão anterior pela dívida das escolas com emprésti-mos – orçada em cerca de R$ 2 milhões.

“Este é um problema ju-rídico com o qual a Procu-radoria do DF irá lidar”,

comentou Jaime Recena, secretário de Turismo. Até a noite de ontem, a procu-radoria ainda não havia si-do procurada oficialmente para se envolver no caso.

Se tiver, como será?As escolas de samba e os blocos têm até a próxima segunda para entregar um plano de ações para bus-car o financiamento priva-do da festa. De acordo com o GDF, alguns empresários manifestaram interesse em investir no Carnaval, “mas talvez não no mesmo for-mato que estamos acostu-mados”, disse Recena.

Os primeiros acordos, porém, só devem ser firma-dos na sexta, pouco mais de um mês antes da festa. O tempo curto pode impe-dir as escolas, por exemplo, de usarem os carros alegó-ricos, já que em todas elas só há os esqueletos.

Fazendo do problema

uma oportunidade, o se-cretário afirmou que “co-mercializar o Carnaval de Brasília como uma fes-ta rentável pode se tornar um legado da gestão”. Ain-da assim, neste ano a folia – se houver – será enxuta. Nem os banheiros quími-cos o GDF pode fornecer. O governo local só dará segu-rança e licença de uso para a localidade – nem essa foi escolhida.

Próximas festasO clima de incerteza agora paira também sobre a rea-lização de outros grandes eventos, como o aniversário de Brasília, em 21 de abril. “Não é momento de falar sobre o futuro. Planejare-mos uma situação de cada vez”, desconversou Recena.

Crise. Setur responsabiliza governo Agnelo e diz que não pagará nada para agremiações este ano, mas espera patrocinadores

Carros alegóricos nem começaram a ser montados nos barracões das escolas | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

GDF fará vaquinha para tentar salvar o Carnaval

BRUNO BUCIS METRO BRASÍLIA

“A gente precisa fazer um milagre para ter curso aqui. A situação atual da Escola de Música beira a indecência.”

AYRTON PISCO, DIRETOR DA EMB

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

1Maquiagem no teatro.

Cadeiras de trás foram passadas para a frente.Para esconder as cadeiras quebradas nas primeiras filas, foram arrancadas as três últimas fileiras.

2Salas de aula incompatíveis

com o ensino. Não há piso em algumas delas.Há carteiras quebradas por toda a EMB. Alunos relatam que em algumas salas o pi-so está esburacado.

3Três anos sem manutenção.

Instrumentos estão desafinados e deteriorados.Há mais violinos sem cor-das do que aptos para uso. Os pianos para o estudo de afinação estão... desafinados.

1

2 3

Na entrada da EMB (Escola de Música de Brasília) o mato al-to, o teto cheio de infiltrações e o piso esburacado são as pri-meiras coisas que o visitante vê. Na próxima quarta, dia 14, músicos de todo o Brasil se de-pararão com este cenário com o início do Curso Internacio-nal de Verão (Civebra) – se a festa acontecer. “Na hora, in-felizmente, sempre sai. Se não saísse, o governo apren-dia”, diz o diretor da escola, maestro Ayrton Pisco.

Basicamente, nada está pronto. A lista final com os alunos classificados para par-ticiparem do evento não foi divulgada, as reformas neces-sárias não foram feitas e fal-ta dinheiro e tempo para as adequações – tanto, que se chegou a cogitar realizar o Civebra no Estádio Mané Gar-rincha. “Os instrumentos, que deveriam ter manutenção se-mestral, não são revistos há mais de três anos”, denuncia

o presidente do grêmio estu-dantil, Eduardo Hessen.

Para fazer a edição do ano passado do curso, o GDF in-vestiu R$ 15 milhões. Para este ano, a previsão de gas-tos é de R$ 2,2 milhões e a verba não está garantida. As passagens aéreas dos profes-sores convidados ainda não

foram compradas e depen-dem de uma liberação da Se-cretaria de Educação.

A pasta foi produtora do curso nas últimas três edições e há denúncias de mal uso dos recursos. “Professores do quadro da escola eram recon-tratados no período do curso e recebiam um extra maior do que os próprios salários”, afirma Pisco. Com a realiza-ção externa, nas últimas três edições não foram compra-dos instrumentos novos para a escola, eles eram alugados pela secretaria.

Para completar o proble-ma, os alunos inscritos no cur-so tiveram problemas com o sistema. “Eu mesma fui classi-ficada e desclassificada quatro vezes só hoje”, afirma a flau-tista Jaqueline Pereira, 20. A ETB ainda não sabe como lidar com o problema – foram clas-sificados em média o dobro de alunos da capacidade em cada curso. BRUNO BUCIS/METRO BRASÍLIA

Crise. Principal evento da Escola de Música pode não ocorrer por falta de estrutura. Orçamento anual caiu de R$ 15 milhões para R$ 2 milhões

Jaqueline mostra o mato alto que separa as salas da Escola de Música | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Curso de Verão desafinado

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Causa LGBTO segmento LGBT luta há mais de 20 anos por conquistas e direitos a serem adquiridos com o nosso próprio suor e sangue, que ali escorre na sarjeta quando um militante morre. Por isso é que temos sim que ter uma subsecretaria que nos dê respaldo. Quero deixar bem claro: sou ser humano, sou homem, sou gay, tenho família e a preservo, e sou feliz.MARCELO PIAS – SOBRADINHO (DF)

Passagens abandonadasSó quem não é pedestre pode achar que as passagens subterrâneas funcionam plenamente para atravessar o Eixão. Elas estão escuras, sujas e dão medo ao pedes-tre para atravessar.ROSANA MARTINS – ASA NORTE (DF)

Metro Pergunta

Distritais evangélicos querem acabar com subsecretaria LGBT no DF e criar divisão de Defesa da Família. O que você acha?

@alfigueiredoAcho correto. Por que privilegiar apenas um grupo da sociedade?

@markostulio

Não entendo o propósito dessa divisão. Criá-la seria lutar por quem já tem di-reitos, em detrimento de quem ainda não tem.

Metro web

Para falar com a redação: [email protected] Participe também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Siga o Metro no Twitter:

@jornal_metrobsb

Cuide para não se envolver demais com responsabilidades que não são suas. É essencial

saber a hora de intervir e ajudar a quem precisa.

Uma dedicação especial com temas relacionados à fé, espiritualidade e religião

fará bem para amenizar desgastes cotidianos.

Valorize o dia para recompor suas energias com meditação, temas espirituais, leituras

e tudo o que recomponha energias.

Cuidado para não querer intervir de maneira individualista nos assuntos das pessoas

que gosta, por mais que queira ajudar.

Gentilezas e gestos carinhosos são sempre recomendados no convívio familiar e na

vida amorosa, esteja em paquera ou comprometido.  

O momento favorece reconhecimento no trabalho. Atente-se para ser mais

estratégico para tratar assuntos delicados nas relações.

Procure ser paciente ao tratar assuntos materiais e atente-se com certas extravagâncias

com seu dinheiro. Tendências a rever despesas.

O envolvimento com causas coletivas é um tema que costuma mover nativos

do seu signo e provavelmente fará bem em se dedicar.

Contatos diferentes e mesmo novas amizades são propensos a marcar este momento. Atente-se

com a ansiedade em momentos da vida amorosa. 

Ocasiões que amenizem os desgastes da rotina serãobem-vindas, especialmente com

momentos de lazer e diversões com bons amigos.

Fará bem preservar raízes, valores e retomar contatos do passado. Às vezes não

notamos as pessoas que têm real consideração por nós.

Momento propenso para estudos, seja em alguma nova atividade ou para

envolvimento mais intenso com algo que já se dedica.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

[email protected]

Economista com MBA em Finanças (USP), orientador de famílias e educador em empresas,é colunista da BANDNEWS FM e fundador da SOBREDinheiro. Diretor do site www.oplanodavirada.com.br, da EKNOWMIX Consultores Integrados e da TECHIS SA.

2015: MENOS IMPULSO,

MAIS PLANEJAMENTO!Não está fácil para ninguém. Lamentavelmente, 2015 não há de ser um ano dourado para a econo-mia brasileira. Daí a importância redobrada de acer-tar sua vida financeira. Para prosperar na adversida-de, eu recomendo mais planejamento ao lidar com seu dinheiro. Planejar as finanças é parar para pen-sar direito no que vai fazer com o seu dinheiro, antes de fazer, antes de tomar suas decisões de gastos, dí-vidas e investimentos. Planejar é analisar com calma suas necessidades X suas possibilidades, e então esco-lher o melhor caminho, sem euforia, sem precipita-ção, e sem nenhum medo de ser feliz.

Planejar = aumentar sua sorte! A gente não faz planeja-mento para mandar no futuro. O futuro é incerto e a Deus pertence. Porém, quem sabe se planejar direito acaba ten-do mais “sorte” do que quem não planeja. No tradicional sentido: “sorte é quando a preparação encontra a oportu-nidade”. Quem se planeja está sempre melhor preparado para qualquer coisa que venha a lhe acontecer, tanto pa-ra lidar com os eventuais problemas que surgirem, quan-to para colher qualquer boa oportunidade que venha pela frente. A vida, graças ao bom Deus, ainda é mais cheia de boas oportunidades do que de problemas.

Planejamento dá sorte 1. Você vinha juntando dinhei-ro para comprar um smartphone. Um colega de facul-dade, que comprou um supercelular no final do ano passado (por R$ 1 mil, em 10 parcelas X R$ 99 “sem ju-ros”), está agora precisando de uma grana rápida, por-que está enrolado. Ele vende o tal celular (novíssimo!) por apenas R$ 600,00, mas tem de ser em dinheiro vi-vo. Você tem a grana. Bingo!

Planejamento dá sorte 2. Você vinha aplicando uma grana na poupança para renovar sua roupa de cama e banho (a mesma de quando se casou, há oito anos). Eis que sua loja preferida faz uma liquidação relâmpago para acabar com a ponta de estoque de Natal. Tem jus-tamente aquele conjunto de lençóis 300 fios e toalhas bordadas que você desejava. Agora poderá comprar tu-do sem estourar o cartão. Viva!

Planejamento dá sorte 3. A loja fechou e você ficou desempregado. Mas tinha se planejado para dispor de uma reserva contra o desemprego. A grana deu pa-ra três meses, para que você pudesse procurar uma nova colocação com calma, escolhendo a vaga certa. Resultado: é o mais novo subgerente de uma loja de menor porte, mas muito boa. Olé! Pois planejar suas finanças faz sua sorte crescer!

Na ponta do lápis

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

3ESPORTE

Campeão na lonaUFC. Dono do cinturão dos meio-pesados, Jon Jones é flagrado no exame antidoping por uso de cocaína e se interna em clínica de reabilitação

STEVE MARCUS/GETTY IMAGES

APOIO DO UFCO presidente do UFC, Dana White, expressou seu apoio ao americano: “Estou orgulhoso de Jon Jones por ele tomar essa decisão de iniciar o tratamento de reabilitação. Estou confiante de que ele vai emergir deste programa como um verdadeiro campeão que ele é.”

Uma bomba caiu sobre o mundo das artes marciais na noite da última terça-feira: dono do cinturão dos meio-pesados do UFC, Jon Jones foi apanhado no exame antidoping feito durante sua preparação, em 4 de dezembro, com um metabólico da cocaí-na. Ontem, o americano anunciou que se internou em uma clí-nica de reabilitação.

“Com o apoio de minha família, entrei em uma clínica de reabilitação para drogas. Quero me desculpar com minha noi-va, meus filhos, assim como minha mãe, pai e irmãos pelo er-ro que cometi. Também quero me desculpar com o UFC, com meus treinadores, meus patrocinadores e também com os fãs. Estou entrando neste tratamento de maneira muito séria. Nes-te momento, eu e minha família pedimos privacidade”, disse o lutador em comunicado.

Segundo as regras da (WADA) Agência Mundial Antidoping, que são seguidas pela Comissão Atlética do Estado de Nevada, nos Estados Unidos, o uso de cocaína e seus metabólicos não são punitivos quando os atletas não estão em competição. Por isso, o lutador não podia ser punido ou suspenso, nem mesmo retirado da luta do último sábado contra Daniel Cormier – ven-cida por Jones. METRO

Cipolini enterra para o time da casa | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

UniCeub sofre, mas vence 1ª do anoEm um jogo muito disputa-do, o UniCeub começou bem o ano e conseguiu a quinta vi-tória em 13 jogos na tempo-rada 2014/2015 do Novo Bas-quete Brasil. O time da capital venceu o Liga Sorocabana por 84 a 76, ontem, no ginásio da Asceb, mas segue na modesta 11ª posição do campeonato.

Com saudades do time, que tinha se apresentado pe-la última vez antes do natal, na vitória sobre o Basquete Cearense, a torcida compa-receu em ótimo número ao ginásio (709 pagantes), e, ao menos no primeiro quarto,

o time brasiliense pareceu não perceber que as festas de fim de ano já haviam pas-sado e deixou o adversário abrir boa vantagem: 25 a 18.

A partir do segundo quar-to, porém, graças à atuação do pivô Guilherme Giovan-noni, o UniCeub conseguiu equilibrar a partida contra

o adversário, que, na histó-ria de seis confrontos ante-riores pelo NBB, nunca ven-ceu o time da capital.

O equilíbrio seguiu até praticamente o fim do jogo, que teve momentos de sono-lência e momentos de atritos entre jogadores e arbitragem.

A torcida só conseguiu res-pirar aliviada a partir da me-tade do último quarto, quan-do Giovannoni e o cestinha Arthur conseguiram esticar um pouco o placar. O time de Brasília volta a jogar em casa amanhã, às 20h, contra o Pau-listano. METRO BRASÍLIA

20pontos marcou o ala Arthur, do UniCeub, cestinha do confronto

Será?

MessiDe olho na crise do

craque com o técnico do

Barcelona, Luis Enrique,

o Chelsea procurou

representantes do

argentino. Segundo a

rádio Rac 1, os ingleses

estariam dispostos a

pagar a multa rescisória:

cerca de R$ 804 milhões

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

Com várias mudanças, o novo Cruzeiro foi oficial-mente apresentado ontem. Para reforçar o time que irá lutar por Campeonato Mineiro, Libertadores, Bra-sileiro e Copa do Brasil, a diretoria celeste contratou os atacantes Leandro Da-mião e Joel, o lateral-direi-to Fabiano e o volante chi-leno Seymour. Além dos quatro contratados, o trei-nador Marcelo Oliveira ga-nhou mais três opções de dentro da própria Toca.

Gilson, lateral que foi bem no América, terá a missão de substituir Egí-dio. Com as saídas de Bor-ges e Moreno, Anselmo Ramon, que retorna de em-préstimo da China, e o vo-lante Rodrigo Souza, que volta do Criciúma, já fo-ram reintegrados e terão oportunidades com o trei-nador estrelado.

Por outro lado, a lista de baixas também é grande. Da-goberto está liberado para ne-gociar com outro clube, Egí-dio foi vendido e Nilton pode ir para o Internacional. Samu-dio, Borges, Marlone e More-no estão fora do Cruzeiro.

Egídio na UcrâniaDe acordo com a diretoria celeste, o lateral-esquer-do Egídio foi negociado

com o Dnipro da Ucrânia por valor não revelado pe-la Raposa.

Com a saída do lateral,

Gilson, que foi reintegrado ao elenco após boa tempo-rada pelo América, deve se tornar o jogador titular pa-

ra a posição. Como Samu-dio também não ficou na Toca da Raposa, o reserva para o posto foi promovido

das categorias de base. Tra-ta-se de Antônio Carlos, de 20 anos, jogador que esta-va prestes a ser negociado com o ABC de Natal, mas que permanecerá na capi-tal mineira.

Com a camisa azul, Egí-dio disputou 106 partidas, anotou quatro gols e fez 17 assistências. Ele não tinha o apoio e a simpatia de to-da a torcida.

Dagoberto não ficaOutro que deve deixar a Toca da Raposa é o ata-cante Dagoberto. Pouco aproveitado na tempora-da passada, o jogador não se reapresentou por opção do Cruzeiro e está liberado para negociar com outro time. A diretoria celeste revelou que dois times es-tão interessados, mas não citou os nomes.

Contratado pelo Cruzei-ro no início de 2013, Dago-berto disputou 81 jogos e marcou 23 gols.

Toca da Raposa. Com Leandro Damião, Joel, Fabiano e Seymour, tricampeão brasileiro se reapresenta ao treinador Marcelo Oliveira

Cruzeiro volta ao batente

Jogadores do Cruzeiro se reapresentaram e participaram apenas de exercícios leves | EMMANUEL PINHEIRO/METRO BH

JUVERCY JUNIOR METRO BELO HORIZONTE

‘Será uma busca incansável pelo título’, diz Alexandre MattosApresentado como novo di-retor de futebol do Palmei-ras, Alexandre Mattos elogiou a estrutura do clube e tra-tou de dar esperança de títu-los aos torcedores, apesar dos maus resultados nas últimas temporadas.

O ex-dirigente do Cruzeiro confirmou que já está traba-lhando na busca por reforços e disse que, apesar das dificul-dades financeiras, o clube po-de usar outros artifícios para atrair atletas de peso.

“O Palmeiras vem se orga-nizando, fazendo o inverso de outras equipes, e a tendên-cia é de que comece a beber água limpa, enquanto a difi-culdade impera em nível na-cional. Precisamos encontrar um equilíbrio entre a admi-nistração e a parte técnica. O Palmeiras precisa ser criativo, colocar em prática a estrutu-ra, camisa, tradição e visibili-dade. O trabalho será desem-penhado na busca incansável por título”, disse o diretor.

Mattos elogiou as contrata-ções feitas pelo clube até aqui,

mas evitou falar em novos alvos. Em entrevista exclu-siva ao “Jogo Aberto”, da Band, ele praticamente des-cartou as chegadas de Con-ca e Fred.

“Não temos nenhuma negociação com eles. São grandes nomes, mas o Pal-meiras vai trabalhar com responsabilidade e isso vai ter um reflexo aqui. Por en-quanto existe muita especu-lação. Mas ainda bem que se fala em Conca e Fred no Palmeiras, isso mostra que o clube vai ter uma nova di-reção e as pessoas vão acre-ditar que o Palmeiras vai trazer grandes jogadores.”

METROMattos foi apresentado ontem, na volta do elenco | CESAR GRECO/FOTOARENA

“A tendência é de que agora o Palmeiras comece a beber água limpa, enquanto a dificuldade impera a nível nacional.” ALEXANDRE MATTOS, DIRETOR DE FUTEBOL

Sem Conca, Wagner e Fred, que só vão se juntar ao gru-po no sábado, os jogadores do Fluminense se apresen-taram ao técnico Cristóvão Borges ontem, nas Laran-jeiras, para dar início aos trabalhos de 2015. O elen-co fará a pré-temporada na Flórida, nos Estados Unidos, onde participará de um tor-neio com o time local e o Corinthians.

O grupo se apresentou em meio a incertezas e dúvi-das. Com a saída do principal patrocinador do clube anun-ciada no final do ano passa-do, a Unimed Rio, o tricolor ainda não sabe se vai conse-guir manter seus principais jogadores -- com os altos salá-rios, Conca e Fred são os mais visados. O vice-presidente de futebol do tricolor, Mário Bit-tencourt, disse, no entanto, que o clube não pretende li-berar o meia argentino antes do fim de seu contrato, em dezembro de 2016.

“Hoje, não há nenhuma possibilidade de isso aconte-

cer. Ele tem a cara do Flumi-nense, voltou ao Brasil para jogar aqui. E nunca manifes-tou vontade de deixar o clube. Quando chegou a proposta do Flamengo, comunicamos ao jogador que não tínhamos o menor interesse em nos des-fazer. No futebol nunca não existe, mas hoje não existe a menor possibilidade de o Conca sair do Fluminense”, garantiu o dirigente.

O elenco se apresentou com os sete reforços con-tratados até agora: os meias Marlone e Vinicius, os za-gueiros Victor Oliveira e João Filipe, os laterais esquerdos Giovanni e Guilherme San-tos, além do atacante Lucas Gomes. METRO RIO

Cobiçado. Conca fica no Flu, garante vice-diretor de futebol da equipe

“Hoje, não existe a menor possibilidade de o Conca sair do Fluminense.”

MÁRIO BITTENCOURT,VICE-PRESIDENTE DE FUTEBOL DO FLU