a “rota do romÂntico” no 1º ultra trail douro e paiva · 2019-04-27 · o alcides e o eduardo...

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A “ROTA DO ROMÂNTICO” NO 1º ULTRA TRAIL DOURO E PAIVA No dia 13.07.2014 realizou-se o 1º Ultra Trail Douro e Paiva em Cinfães do Douro e estiveram presentes nesta aventura: eu, o João Figueiredo, o Fernando Alcides e o Eduardo Ferreira. Saímos de Lisboa no sábado, às 20h30, rumo à Escola EB 2,3 de Cinfães do Douro, onde iríamos pernoitar em “solo duro”. A acompanhar-nos rumo à “rota do romântico i ”, uma lua intensa e linda. Chegámos as 00h e fomos diretos para o local de descanso. Poisámos a bagagem, estendemos os tapetes, abrimos os sacos-cama, demais cuidados e em pouco tempo preparávamo-nos para “repousar”. Mas tal não foi possível graças a dois atletas da “orquesta sinfónica do ronco” que inviabilizaram “o descanso dos guerreiros”. Às 3h30 estava a pé e começei a preparar-me para a prova. Equipamento da prova, calçado, gadjets, terminar de equipar a mochila, fechar a mala de viagem, arrumar o material de descanso e arrumar tudo no carro para irmos levantar os dorsais. O Ultra Trail totalizava 151 atletas (e eu era uma das 5 Sen. F da prova) e o Trail Longo (K30) e Curto (K18) totalizavam cerca de 500 atletas. Às 5h20 entrámos no autocarro que nos iria levar à lindíssima Ponte de Mosteirô (vista da ponte na imagem abaixo), local de onde se iniciavam as 3 provas. O nascer do dia, a lua que ainda brilhava e os efeitos que criava no Rio Douro criavam uma imagem de sonho para início de prova. Ao sinal de partida, rumámos pela povoação de Boassas acima até entrar num single track fabuloso de aproximadamente 8 km com passagem por uma margem do Vale do Bestança. Na travessia da povoação como tinham sido retiradas as fitas de sinalização, alguns atletas enveredaram por outro caminho. Nós (eu e o João), guiados pela

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Page 1: A “ROTA DO ROMÂNTICO” NO 1º ULTRA TRAIL DOURO E PAIVA · 2019-04-27 · o Alcides e o Eduardo também. Recebemos a “medalha” de cortiça e, extremamente feliz, agradeço,

A “ROTA DO ROMÂNTICO” NO 1º ULTRA TRAIL DOURO E PAIVA

No dia 13.07.2014 realizou-se o 1º Ultra Trail Douro e Paiva em Cinfães do Douro e estiveram presentes nesta aventura: eu, o João Figueiredo, o Fernando Alcides e o Eduardo Ferreira. Saímos de Lisboa no sábado, às 20h30, rumo à Escola EB 2,3 de Cinfães do Douro, onde iríamos pernoitar em “solo duro”. A acompanhar-nos rumo à “rota do românticoi”, uma lua intensa e linda. Chegámos as 00h e fomos diretos para o local de descanso. Poisámos a bagagem, estendemos os tapetes, abrimos os sacos-cama, demais cuidados e em pouco tempo preparávamo-nos para “repousar”. Mas tal não foi possível graças a dois atletas da “orquesta sinfónica do ronco” que inviabilizaram “o descanso dos guerreiros”. Às 3h30 estava a pé e começei a preparar-me para a prova. Equipamento da prova, calçado, gadjets, terminar de equipar a mochila, fechar a mala de viagem, arrumar o material de descanso e arrumar tudo no carro para irmos levantar os dorsais.

O Ultra Trail totalizava 151 atletas (e eu era uma das 5 Sen. F da prova) e o Trail Longo (K30) e Curto (K18) totalizavam cerca de 500 atletas. Às 5h20 entrámos no autocarro que nos iria levar à lindíssima Ponte de Mosteirô (vista da ponte na imagem abaixo), local de onde se iniciavam as 3 provas. O nascer do dia, a lua que ainda brilhava e os efeitos que criava no Rio Douro criavam uma imagem de sonho para início de prova.

Ao sinal de partida, rumámos pela povoação de Boassas acima até entrar num single track fabuloso de aproximadamente 8 km com passagem por uma margem do Vale do Bestança. Na travessia da povoação como tinham sido retiradas as fitas de sinalização, alguns atletas enveredaram por outro caminho. Nós (eu e o João), guiados pela

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organização, rapidamente passamos de últimos ao pelotão da frente. Do Km 2 ao 10, o percurso era rápido e a passagem pelo rio Bestança dotava este trilho de uma magia e beleza estonteantes. Tinha algumas descidas a pique em que fiz sku e momentos de “voo” magníficos. Foi definitivamente um dos single tracks mais lindos que fiz até hoje. Notava-se que este single track tinha sido especialmente aberto para esta prova, e os comentários dos runners eram unânimes, era um single track de sonho, uma particularidade desta prova.

A emoção e aventura era tanta que por duas vezes tive 2 picos cardíacos altos e tive de abrandar o ritmo e ingerir gel para minimizar os efeitos. O João esteve sempre ao meu lado a apoiar-me, de forma incansável e extraordinária. Um dos picos sei que devia estar “branca como cal” e só de ver a expressão facial dele percebi a preocupação. Depois de passarmos este track de sonho, começou a dureza da prova. Foi sempre a subir dos 300 mts até às antenas (1252 mts), inicialmente, por um caminho de pedras e calhaus onde as “sherpa” do João foram uma ajuda preciosa. Atravessámos a Aldeia de Covelas onde se situava o primeiro abastecimento com líquidos e sólidos e na qual ficámos a conhecer os 2 vassouras que nos iriam acompanhar no decorrer da prova. Perto do K15 encontrámos a organização que nos informou que os atletas tinham sido novamente induzidos em erro pois “alguém” teria “dado um nó” nas fitas de sinalização para que os atletas seguissem por outro caminho. Com esta informação, seguimos pelo caminho correto e passámos por uma zona fabulosa.

Vimos e ouvimos o som de uma magnífica cascata de 25 metros de altura – ribeiro de Enxidrô, passamos por trilhos românicos antigos (algumas zonas em que só passava uma pessoa de cada vez) e por trilhos de pastores, subimos uma encosta de vegetação farta e colorida com apontamentos florais lindíssimos, ouvimos os pássaros cantar à nossa passagem, apreciámos a beleza de uma ampla variedade de flores, saltámos pedras escorregadias, atravessámos uma

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ponte de pedra antiquíssima – ponte de Soutelo, vimos vacas a pastar pachorrentamente (até as vacas eram fabulosas), o sol que iluminava o nosso percurso dava mais brilho à beleza que nos envolvia, o ar era fresco e a variedade de cheiros e de sensações a que éramos expostos fez com que considerasse este local paradisíaco.

A foto abaixo foi retirada no último abastecimento antes de chegar aos 25 km com 1.300 de altimetria, na Aldeia de Granja. Os voluntários do posto de abastecimento informaram-nos que éramos apenas cerca de 30 atletas a efetuar o ultra trail e eu era a segunda mulher que por ali passava. Neste abastecimento… abasteci-me bem , banana, batatas fritas, água fresquinha e amendoins salgados. Nunca imaginei comer batatas fritas mas o corpo precisava do contrabalanço entre o doce e o salgado.

Subir até ao K22 foi penoso para as pernas, depois tivemos uma pequena descida de calhaus em que era quase impossível trotar e voltámos a subir até ao K32, onde estaria o nosso “tempo de corte”. Tínhamos de chegar lá antes das 14h (8h para atingir o primeiro ponto de controle). Tanto eu, como o João, olhávamos para o relógio e pensávamos “seremos capazes de lá chegar a tempo?”. Mas algo me dizia que sim, nunca duvidei que lá chegássemos. A partir do Km 28 o João decidiu “puxar-me” com um dos bastões e “rebocar-me” até S. Pedro do Campo. O tempo voava e se tudo corresse bem chegaríamos “revés campo de Ourique”. Entre o Km 30-31 perdemos uns minutos pois a sinalização não estava bem marcada e começamos a descer. Sorte que um voluntário nos viu e questionou “porque é que estávamos a descer”. Verifico que os atletas que seguiam à nossa frente na subida tinham camisolas amarelas, o que me fez perceber

rapidamente que era o grupo de atletas do Correr Lisboa que estavam no Trail Longo. Esta subida foi extremamente difícil, não pela altimetria, mas pelo cansaço físico. As minhas pernas estavam de rastos, o João puxava-me com a sherpa, e houve 2 momentos em que tive de recuperar o fôlego uns segundos. Olhava para cima e pensava “se já aguentei até aqui, aguento mais” e seguia. Quando vislumbramos o abastecimento com o controle de tempo (K32) pergunto ao João “quanto tempo falta e ele diz: não vais acreditar… falta um minuto”. Eu começo a acelerar, fui buscar forças não sei onde, mas conseguimos passar antes do tempo de corte. Riamo-nos de felicidade, abraçámo-nos, dei-lhe um beijo muito grande na face de agradecimento, e fomos petiscar. Os “nossos” vassouras já tinham chegado e assim que nos viram perguntaram como estávamos.

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Sentámo-nos um bocadinho para recuperar o fôlego da subida, afinal estávamos precisamente a meio da prova. Foi o abastecimento que mais comi e que mais gostei da variedade de alimentos que dispunha. Tinham banana, melancia, batatas fritas, amendoins salgados, cubos de marmelada, queques de chocolate, água fresca e isotónico.

Retomámos a marcha e desta vez era a descer, mas não era fácil trotar com a quantidade de pedras que se interpunham no nosso caminho. Foi uma descida curta pois ao Km 35 voltávamos a subir em direção às antenas. Esta parte foi a que considero “menos bonita” e “mais árida”. Muito embora víssemos as serras à volta e nos sentíssemos a caminhar “para o todo do Mundo” – Serra de Montemuro, o calor tórrido que se fazia sentir e a inexistência de sombras fez com que a mente”se cansasse” mais facilmente do ambiente envolvente. Em algumas zonas, os tons, violeta e amarelo, das flores ao contrastar com o cinzento das pedras e o azul do céu criavam imagens “de póster”. Atravessámos trilhos onde pastavam as vaquinhas. A início olhavam para nós (provavelmente a analisar o vermelho que tinha vestido) mas ou se dispersavam ou não “passavam cartão” à nossa passagem. Ao Km 45 voltámos a subir até ao Km 53 e neste PAC encontrámos o nosso último abastecimento em frente a uma pequena capela. Estes últimos km foram sacrificantes com o calor que se fazia sentir e ainda mais porque os voluntários diziam “é já no cimo desta subida” e nunca mais víamos a subida terminar nem o abastecimento aparecer. Os km pareciam que “eram maiores” do que marcava o relógio. Neste abastecimento apenas me hidratei, abasteci as garrafas de água e comi 2 madalenas de chocolate. Os “vassouras” já estavam à nossa espera para nos levar até ao fim da prova. Tinham “feito batota” e aceite a boleia de um membro da organização que nos seguia de jipe. Senti uma dor ligeira nos joelhos e ao comentar esta sensação, o Daniel perguntou se queria tomar voltaren. Aceitei e em breves minutos deixei de sentir qualquer dor. Do Km 53 ao 63 era praticamente a descer da Serra até à vila de Cinfães mas ainda tivemos “o prazer” de subir duas “semi-paredes”. Nesta parte do percurso percebi que o “meu anjo” estava cansadíssimo e decidi ir à frente a puxar por ele, a trotar o mais rápido que podia para lhe dar energia. Descemos a Serra de Montemuro sempre a trotar e a ver o final da tarde cair. O pôr do sol era de uma beleza rara e os tons quentes que envolviam aquela visão tornaram aquele final de prova ainda mais belo. Tivemos de atravessar a floresta para chegar a Cinfães e como tal o uso do frontal foi obrigatório. O meu frontal funcionou uns minutos mas depois desligou-se. Decidi continuar a trotar sem ele. Os olhos conseguiram habituar-se à escuridão e consegui correr sem me lesionar. Continuava à frente do João para lhe dar ânimo e força. Sabia que desde o último PAC estava indisposto e acusava o enorme esforço de me “rebocar” numa grande quantidade de subidas. O “é já ali”, “faltam 2 km”, “está quase” nunca mais aparecia… mas a velocidade e vontade de chegar à meta fazia com que me forçasse a voar cada vez mais. Tinha de “comandar”, tinha de mostrar força ao João, pois ele tinha feito o mesmo comigo em toda a prova. Lamento que a passagem pela floresta tenha sido no período noturno e com foco absoluto na meta, pois creio que de dia teria sido outro track magnífico de observar. Na última descida em pedra, já se ouvia o ladrar dos cães e as luzes da cidade com bastante nitidez. O Diogo diz “basta descer e virar à direita para a meta” e quando olho e vejo o insuflável preto sou inundada por uma alegria e força irreais… chamo o João, dou-lhe a mão e num “mini-sprint” atravessamos a meta juntos, com o Alcides a bater palmas e feliz por nos ver terminar.

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Abraçámo-nos felizes, os voluntários congratularam-nos, o Alcides e o Eduardo também. Recebemos a “medalha” de cortiça e, extremamente feliz, agradeço, do fundo do coração, tudo o que o João fez por mim. O André Oliveira (organizador principal da prova) vem cumprimentar-nos e de seguida, o Eduardo pede para nos posicionarmos, a fim de tirar a foto da praxe. Os minutos que se seguiram foram estranhos… um sentimento de vazio inundou-me. Afinal durante quase 16h tinha criado uma ligação transcendente com o João. Uma ligação de apoio mútuo, confiança e superação.

Encaminhámo-nos para a Escola de Cinfães, acompanhados pelo Alcides e pelo Eduardo, onde iríamos tomar banho, trocar de roupa e preparar-nos para regressar a Lisboa. Quando me vi ao espelho nem queria acreditar. Tinha “pinturas de guerra” na face (como o Eduardo frisou), a roupa estava cheia de pó e terra, e à medida que a água caía sobre o corpo, uma mancha castanha escorria. Soube terrivelmente bem “aquela limpeza”. Retornei ao carro já composta, e minutos depois aparece o João e o Alcides prontos para seguirmos viagem. Parámos na área de serviço “da sandes de leitão” para comer uma sopa e a dita sandes e sem grandes demoras seguimos viagem até casa. Eram 3h15 quando entrei em casa. A viagem tinha terminado ali, mas eu não me sentia ali… Dois dias passados e ainda tenho sensações que não consigo descrever, a cabeça ainda está na prova, a subir a serra verdejante com o sol a tentar espreitar pela densa, linda e aromática vegetação. Tudo o que vivi lá foi extremamente forte e belo. Uma prova que me marcará para sempre, não só por ter sido a primeira ultra, como pela companhia, pela localização, pela altimetria, pelas paisagens e pelas sensações únicas e marcantes que vivi!! Emoções brutais que não são facilmente geríveis e acomodadas. A prova foi forte em altimetria, em força de vontade, em gestão de esforço, em superação, em entrega e extremamente bela pelas paisagens únicas, pelas pessoas, pela panóplia de emoções que senti, na partilha fisica e pessoal com o meu companheiro de prova, na cooperação e ajuda, na descoberta dos rios, das pedras, dos trilhos, dos moinhos, dos animais, do céu e das flores. Tenho ainda de fazer uma breve referência ao “solo duro”. Nenhum dos amigos que me acompanhava sabia, mas foi a primeira vez que dormi nestas condições. E foi uma experiência deveras interessante. Não me fez confusão nem me incomodou. Apenas a questão sonora dos outros atletas que dormiam no mesmo pavilhão. Cochilei uma hora mas já era algo que estava à espera. Foi mais um momento de partilha único. Agradeço imenso a companhia do Alcides e do Eduardo, os conselhos, os sorrisos, as emoções, as conversas e a viagem de carro. A não esquecer nunca!! E com todo o meu coração agradeço ao João o que fez por mim. Não foi o facto de “ajudar alguém a tornar-se ultra”, foi a partilha de emoções que vivemos, as conversas, o saber como o outro estava só pela linguagem não-verbal, os sorrisos, o apoio constante, o desafio e a vontade de o superar a todo o custo, o objetivo de chegar dentro de tempo, a “ligação” através das sherpa quando estava em recuperação do polegar. Foi um teste de limites mas acima de tudo mostrou o teu real valor e coração. O meu bem-haja, hoje e sempre. Classificação Final:

Dorsal Nome Classificação Tempo Total Tempo Chip 21 Eduardo Ferreira 56 10:13:33 10:13:24 22 Fernando Alcides 83 11:26:57 11:26:57 5 Filipa Vilar 107 15:53:31 15:53:22

81 João Figueiredo 108 15:53:31 15:53:22

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Dos 151 do Ultra Trail terminaram 108. Este foi o comentário que o André Oliveira teceu no pós-prova:

Olá Filipa! Antes de mais, os meus parabéns pela vossa determinação em terminar a prova no tempo regulamentar!!

Foram fantáticos! E ainda por cima sempre com um sorriso e a correr!! E o comentário que o Eduardo Ferreira teceu foi:

Diz só que foste uma campeã, fazer a prova sem treinar

Resumo:

4237 D+ 3880 D - 8117 DAC K 63 Sumariamente, os percursos/trilhos foram exigentes quanto baste, a beleza sublime, os vassouras foram um apoio constante, os voluntários dos km finais e da carrinha de apoio foram incansáveis, solícitos, preocupados, sorridentes e muito prestáveis. i Assim denominada porque o Eduardo Ferreira, quiçá motivado pelo sono ou pelo balanço das curvas que fizemos até chegar a Cinfães, leu na placa que dizia “rota do românico”, a “rota do romântico” E face à beleza das paisagens e da magnífica lua cheia que nos acompanhou neste percurso, esta viagem ficou marcada por ser a “Rota do Romântico”. Obrigado Eduardo