aaa4 port aluno

Upload: familia-urso

Post on 04-Apr-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    1/94

    NGUA

    PORTUGUESA

    GESTAR IIPROGRAMA GESTODA APRENDIZAGEM ESCOLAR

    LNGUA

    PORTUGUESA

    LEITURA

    E

    PROCESSOS

    DE

    ESCRITA

    I

    AAA4

    GESTARII

    Ministrioda Educao

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    2/94

    Presidncia da Repblica

    Ministrio da Educao

    Secretaria Executiva

    Secretaria de Educao Bsica

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    3/94

    PROGRAMA GESTO DAAPRENDIZAGEM ESCOLAR

    GESTAR II

    FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES DOSANOS/SRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    LNGUA PORTUGUESA

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 4

    LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA IVERSO DO ALUNO

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    4/94

    Diretoria de Polticas de Formao, Materiais Didticos e deTecnologias para a Educao Bsica

    Coordenao Geral de Formao de Professores

    Programa Gesto da Aprendizagem Escolar - Gestar II

    Lngua Portuguesa

    OrganizadoraSilviane Bonaccorsi Barbato

    AutoresCtia Regina Braga Martins - AAA4, AAA5 e AAA6Mestre em Educao

    Universidade de Braslia/UnB

    Leila Teresinha Simes Rensi - TP5, AAA1 e AAA2Mestre em Teoria Literria

    Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP

    Maria Antonieta Antunes Cunha - TP1, TP2, TP4, TP6 eAAA3Doutora em Letras - Lngua PortuguesaProfessora Adjunta Aposentada -Lngua Portuguesa - Faculdade de LetrasUniversidade Federal de Minas Gerais/UFMG

    Maria Luiza Monteiro Sales Coroa - TP3, TP5 e TP6Doutora em LingsticaUniversidade Estadual de Campinas/UNICAMPProfessora Adjunta - Lingstica - Instituto de Letras

    Universidade de Braslia/UnB

    Silviane Bonaccorsi Barbato - TP4 e TP6Doutora em PsicologiaProfessora Adjunta - Instituto de Psicologia

    Universidade de Braslia/UnB

    Guias e Manuais

    AutoresElciene de Oliveira Diniz BarbosaEspecializao em Lngua PortuguesaUniversidade Salgado de Oliveira/UNIVERSO

    Lcia Helena Cavasin Zabotto PulinoDoutora em FilosofiaUniversidade Estadual de Campinas/UNICAMPProfessora Adjunta - Instituto de PsicologiaUniversidade de Braslia/UnB

    Paola Maluceli LinsMestre em LingsticaUniversidade Federal de Pernambuco/UFPE

    IlustraesFrancisco Rgis e Tatiana Rivoire

    DISTRIBUIOSEB - Secretaria de Educao Bsica

    Esplanada dos Ministrios, Bloco L, 5o Andar, Sala 500CEP: 70047-900 - Braslia-DF - Brasil

    ESTA PUBLICAO NO PODE SER VENDIDA. DISTRIBUIO GRATUITA.QUALQUER PARTE DESTA OBRA PODE SER REPRODUZIDA DESDE QUE CITADA A FONTE.

    Todos os direitos reservados ao Ministrio da Educao - MEC.A exatido das informaes e os conceitos e opinies emitidos so de exclusiva responsabilidade do autor.

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC)

    Programa Gesto da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Lngua Portuguesa: Atividades de Apoio Aprendizagem 4 - AAA4: leitura e processos de escrita I (Verso do Aluno). Braslia: Ministrio daEducao, Secretaria de Educao Bsica, 2008.94 p.: il.

    1. Programa Gesto da Aprendizagem Escolar. 2. Lngua Portuguesa. 3. Formao de Professores. I. Brasil.Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica.

    CDU 371.13

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    5/94

    MINISTRIO DA EDUCAOSECRETARIA DE EDUCAO BSICA

    PROGRAMA GESTO DAAPRENDIZAGEM ESCOLAR

    GESTAR II

    FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES DOSANOS/SRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    LNGUA PORTUGUESA

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 4

    LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA IVERSO DO ALUNO

    BRASLIA2008

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    6/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    7/94

    Apresentao ....................................................................................9

    Introduo .............................................................................................11

    Unidade 13: Leitura, Escrita e Cultura ................................................................13Aula 1: Ler para compreender .............................................................................. 15Aula 2: Imagens do dia-a-dia ............................................................................... 16Aula 3: Como escrever? .....................................................................................18Aula 4: Texto enigmtico .................................................................................... 19Aula 5: Caminhada da leitura ............................................................................... 20Aula 6: Situaes de leitura .................................................................................. 22Aula 7: Placas, letreiros e sinais ............................................................................ 24Aula 8: O que dizem os rtulos? ............................................................................ 27

    Unidade 14: O Processo da Leitura ...................................................................31Aula 1: Uma estria curiosa ................................................................................. 33Aula 2: Inventando estrias .................................................................................. 36Aula 3: Seguindo as pistas do texto .......................................................................38Aula 4: A construo de significados ...................................................................40Aula 5: Do bilhete ao verbete ............................................................................... 42Aula 6: Conhecimentos do leitor ........................................................................... 44

    Aula 7: Em busca de significado ............................................................................ 46Aula 8: Futebol: bola, torcedores e palavras ............................................................ 48

    Unidade 15: Mergulho no Texto ......................................................................51Aula 1: Pensando na forma e na funo dos textos ....................................................53Aula 2: Duvidando do texto ................................................................................. 55Aula 3: Investigando o texto ................................................................................57Aula 4: Textos dentro de outros textos .................................................................... 59Aula 5: Para descobrir o texto ............................................................................... 61Aula 6: Descobrindo a organizao do texto ............................................................ 62

    Aula 7: Brincando de quebra-cabea ....................................................................64Aula 8: Resumindo idias .................................................................................... 66

    Unidade 16: A Produo Textual: crenas, teorias e fazeres ...................................69Aula 1: Mitos da escrita: dom ou trabalho? .............................................................. 71Aula 2: Escrever para interagir com o outro .............................................................74Aula 3: Propaganda e marketing ........................................................................... 77Aula 4: Causos coletivos ..................................................................................... 78Aula 5: Concurso de frases ................................................................................... 83Aula 6: Descobrindo a capital .............................................................................. 86Aula 7: Carta direo ....................................................................................... 88Aula 8: De vendedor a escritor .............................................................................. 90

    Sumrio

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    8/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    9/94

    Caro Professor, cara Professora,O caderno de Atividades de Apoio Aprendizagem em Lngua Portuguesa foi criado paraatender prtica de sala de aula e para auxili-lo no desenvolvimento dos contedos deLeitura e de Processos de Escrita, relacionados ao caderno de Teoria e Prtica 4. Deseja-mos que as Aulas aqui planejadas sejam teis ao desenvolvimento do seu trabalho comLngua Portuguesa junto aos alunos.

    O caderno composto por quatro Unidades. Cada uma delas apresenta oito Au-las, que tm como pontos de partida sempre textos, analisados em suas variedades degneros. As Atividades propostas foram elaboradas com a finalidade de contribuir para

    a aprendizagem dos contedos abordados no caderno de Teoria e Prtica 4 e para o de-senvolvimento de habilidades a eles relacionadas. Para isso, foram escolhidos textos queilustram diferentes prticas de leitura, o que favorece o desenvolvimento da compreensoleitora, assim como a diversidade de procedimentos de escrita e de planejamento do textoescrito, respeitando a variedade de experincias de comunicao dos alunos do EnsinoFundamental II.

    Para contribuir efetivamente em sua prtica de sala de aula e obter o melhor resultadopossvel no trabalho com os alunos, o professor dever conhecer o conjunto referente acada Unidade e selecionar a Aula, levando em conta o nvel da turma, o contedo a seraprendido e as habilidades a serem desenvolvidas. As Aulas de cada Unidade podero ser

    dadas na seqncia em que aparecem no caderno, o que favorece o desenvolvimento dealgumas Atividades, ou alternadas, segundo o que o professor julgar mais eficaz, tendoem vista a necessidade dos alunos.

    Bom trabalho a todos!

    Apresentao

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    10/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    11/94

    Caro Professor, cara Professora,

    No AAA 4 (caderno de Atividades de Apoio Aprendizagem), propomos quatro assuntosreferentes s Unidades do caderno de Teoria e Prtica 4 de Lngua Portuguesa, respecti-vamente:

    Unidade 13 - Leitura, Escrita e Cultura Unidade 14 - O Processo da Leitura Unidade 15 - Mergulho no Texto Unidade 16 - A Produo Textual: crenas, teorias e fazeres

    As Atividades propostas nos AAA visam subsidiar o trabalho em sala de aula e con-tribuir para o desenvolvimento da capacidade comunicativa dos alunos: a oralidade emsala, a competncia leitora e o reconhecimento da escrita como prticas sociais, paraalm dos mitos relacionados ao ato de escrever.

    Entendemos que as atividades de falar, ler e escrever representam dificuldades comunsapresentadas pela maioria dos alunos em diferentes situaes de uso da linguagem.

    Nas Aulas propostas, o texto sempre o elemento proponente das atividades deleitura e de produo de textos, anlise e descrio da lngua. Tais atividades incluemquestes relacionadas ao contexto scio-cultural da lngua, o que estimula os alunos arefletirem sobre a realidade que os cerca.

    Na Unidade 13, as Atividades sugeridas tm como objetivo desenvolver no alunoas habilidades de:

    Identificar as marcas de letramento. Relacionar a escrita com as prticas de cultura local. Produzir atividades de preparao da escrita, considerando a cultura local como con-texto das produes orais e escritas.

    Os pressupostos essenciais para o trabalho com as habilidades focadas nesta Unidadeso: o reconhecimento das prticas sociais de letramento e a produo de texto segundo

    os diferentes contextos scio-culturais orais e escritos do aluno.Na Unidade 14, propomos Atividades para que o aluno possa desenvolver habilida-

    des especficas relacionadas compreenso leitora do texto, tais como:

    Reconhecer o texto e o leitor como criadores de significados. Compreender o texto a partir de indcios de leitura. Reconhecer a polissemia nos textos. Relacionar os objetivos de leitura aos diferentes textos. Perceber a amplitude do conhecimento prvio na leitura. Reconhecer o texto para compreender seus significados.

    Reconhecer o texto literrio para compreender seus significados.As Atividades sugeridas na Unidade 14 tm como objetivos desenvolver a interao

    do sujeito-leitor com o texto como um processo essencial construo de significado

    Introduo

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    12/94

    e reforar o reconhecimento das caractersticas do texto literrio e no literrio para acompreenso leitora.

    Na Unidade 15, as Atividades tm como foco desenvolver no aluno as habili-dades de:

    Conhecer a funo das perguntas nas atividades de leitura. Construir hipteses e elaborar perguntas a partir de um texto. Perceber as relaes intertextuais, a linguagem e as estruturas diferenciadas em textoscom temticas semelhantes. Elaborar perguntas em torno da relao de intertextualidade. Definir a estrutura do texto para construir significados. Ler para aprender. Ler para aprender a partir da compreenso da estrutura do texto e da sntese das idias.

    Nesta Unidade, as Atividades de apoio esto centradas nos elementos que devem

    ser enfatizados no trabalho com a leitura e a compreenso do texto em sala de aula e nopapel dos interlocutores do texto, com seus objetivos.

    Na Unidade 16, as Atividades propostas buscam desenvolver no aluno as habilida-des listadas:

    Identificar crenas e teorias que subjazem as prticas de ensaio da escrita. Refletir sobre a funo scio-comunicativa da escrita. Perceber a escrita como prtica comunicativa. Identificar dimenses das situaes scio-comunicativas que auxiliam no planejamentoe na avaliao de atividades de escrita.

    Os contedos que sustentam as Atividades de apoio so: a diversidade textual ade-quada s prticas scio-comunicativas do cotidiano e a relevncia da interlocuo paraa construo de significado.

    Para contribuir com o trabalho do professor, disponibilizamos, ao final de cadaUnidade, as respostas esperadas ou sugeridas s Atividades do AAA.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    13/94

    GESTAR AAA4

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 4

    LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA I

    UNIDADE 13LEITURA, ESCRITA E CULTURA

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    14/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    15/94

    15

    Aula 1Ler para compreender

    Atividade 1

    Antnio um garoto de 12 anos, que foi convidado para uma festa em sua escola, naqual estaro todos os seus colegas. Porm, no dia da festa, antes de sair de casa, elesentiu-se mal, percebeu sua temperatura muito alta e constatou que estava com febre.

    Antnio j sabia que remdio (antitrmico) deveria tomar, mas no lembrava adosagem do medicamento. Como ele poderia descobrir a dose adequada para aquelasituao?

    Para se ter acesso s informaes dos medicamentos, necessria a leitura da bulade instruo, encontrada no interior das embalagens. No texto da bula, possvel locali-zar informaes variadas sobre a medicao: composio qumica, posologia (dosagem),indicao, contra-indicao, cuidados especiais, efeitos colaterais, informaes sobre olaboratrio e a fabricao.

    a) Observe o texto entregue pelo professor para a leitura em sala. A seguir, procure loca-lizar o maior nmero de informaes que voc compreende e comente-as com o seucolega.

    b) Agora que voc j comentou as informaes gerais do texto (composio, indicao,cuidados, posologia, contra-indicao), discuta com o colega sobre como vocs resol-veriam o problema se estivessem no lugar de Antnio.

    Assinalem no texto da bula as informaes que vocs elegeram como essenciais aousurio do medicamento e escrevam um bilhete para instruir o garoto Antnio, tanto naleitura, como na busca de informaes no texto que acompanha a medicao: a bula doremdio.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    16/94

    16

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 2Imagens do dia-a-dia

    Atividade 1

    Voc j parou para pensar nas imagens que voc v ao longo do dia?

    Feche os olhos e tente reprisar as seguintes imagens:

    O que voc v a sua volta ao levantar de sua cama? Como a imagem da sua casa: mveis, objetos, quadros, retratos, paredes e eletrodo-

    msticos? Quando voc sai de casa, o que v pela frente? Como o seu caminho at a escola? Ilustre as imagens mais importantes para voc em sua casa e no percurso para a escola.

    Atividade 2

    a) Leia o texto a seguir e procure relacion-lo com as suas lembranas:

    Circuito fechadoChinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. gua. Escova, creme dental, gua, espuma,

    creme de barbear, pincel, gilete, gua, cortina, sabonete, gua fria, gua quente, toalha.Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, cala, meias, sapatos, gravata,palet. Carteira, nqueis, documentos, caneta, chaves, leno, relgio, mao de cigarros,caixa de fsforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xcaras e pires, prato, bule, talheres, guardana-pos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fsforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papis,telefone, agenda, copo com lpis, canetas, blocos de notas, esptula, caixas de entrada,de sada, vaso com plantas, quadros, papis, cigarro, fsforo. Bandeja, xcara pequena.Cigarro e fsforo. Papis, telefone, relatrios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos,bilhetes, telefone, papis. Relgio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboos de ann-cios, fotos, cigarro, fsforo, bloco de papel, caneta, projeto de filmes, xcaras, cartaz,lpis, cigarro, fsforo, quadro negro, giz, papel. Mictrio, pia, gua. Txi. Mesa, toalha,cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapos, xcara. Mao de cigarros, caixade fsforos. Escova de dente, pasta, gua. Mesa, poltrona, papis, telefone, revista, copode papel, cigarro, fsforo, telefone interno, externo, papis, prova de anncio, caneta epapel, relgio, papel, pasta, cigarro, fsforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel,pasta, cigarro, fsforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papis, folheto,xcara, jornal, cigarro, fsforo, papel e caneta. Carro. Mao de cigarros, caixa de fsforos.Palet, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, copos, pratos, talhe-

    res, guardanapos. Xcara, cigarro e fsforo. Poltrona, livro. Cigarro e fsforo. Televisor,poltrona. Cigarro e fsforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, cala, cueca, pijama,espuma, gua. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

    RAMOS, Ricardo, In: NETO, Antnio Gil. A produo de textos na escola. So Paulo: Loyola, 1993, p.82.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    17/94

    17

    Leitura, Escrita e Cultura

    Unidade13b) Leia, em voz alta, o texto Circuito Fechado e pontue oralmente, com nfase, cada

    passagem do texto.

    Aps a leitura, d alguns instantes e tente identificar o assunto do texto de RicardoRamos.

    Observe que o texto, a primeira vista, parece um bloco de palavras. Quando inicia-mos a leitura, o texto estabelece sentido, pouco a pouco, e permite ao leitor a construode algumas imagens mentais sobre as diferentes cenas e os objetos descritos.

    c) Comente com um colega, em dupla, sobre quais foram as pistas (palavras ou expres-ses) que o ajudaram a compreender a seqncia de informaes do texto. Discutama respeito das diferentes observaes.

    d) Em seguida, explique para a turma: por que os seus conhecimentos prvios foram im-portantes para a compreenso do texto?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    18/94

    18

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 3Como escrever?

    Atividade 1

    Nesta Aula, convidamos vocs a refletir sobre as idias do texto Circuito Fechado, deRicardo Ramos, e a aprofundar a compreenso do texto. Vamos descobrir, neste texto,novas formas de narrar uma linguagem repleta de imagens e significados.

    a) Ao lermos o texto de Ricardo Ramos, tambm construmos diferentes imagens. Leia otrecho a seguir e descreva a imagem que voc construiu.

    Jornal. Mesa, cadeiras, xcaras e pires, prato, bule, talheres, guardanapos (...).

    b) Observe que o texto Circuito Fechado, apesar da ausncia de verbos e advrbios, capaz de indicar as cenas da vida do personagem. Quais as cenas apresentadas notexto?

    c) Observe o objetivo do texto e o que ele pretende informar ao leitor. Explique: por queo personagem no tem nome?

    d) Ao iniciar o seu dia, o personagem do texto realiza algumas aes comuns a todos ns.Como seria o texto com as suas primeiras aes do dia? Lembre-se de registrar as suasobservaes sobre as imagens vistas ao longo do dia.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    19/94

    19

    Aula 4Texto enigmtico

    Atividade 1

    a) Pense em todas as imagens que voc relacionou com a sua rotina e faa como Ricar-do Ramos em Circuito Fechado. Escolha um universo de palavras que faa partede sua vida e construa um texto enigmtico a respeito das suas aes cotidianas.Procure relacionar as aes em uma ordem cronolgica e seja bastante observadornas colocaes.

    b) Durante a preparao do texto, procure relacionar as palavras (lista de nomes) e, emseguida, ordene-as segundo suas aes.

    importante levar em considerao a pontuao utilizada pelo autor para cons-truir a idia de seqncia dos fatos. Observe como as vrgulas foram empregadas entreas aes de uma mesma cena e como o ponto final foi usado para sinalizar ao leitor amudana de cena.

    c) Depois da construo do seu texto, leia-o em voz alta para os colegas. Em seguida,comente com a turma sobre o texto, depois oua algumas opinies e sugestes da turma

    em relao a ele.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    20/94

    20

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 5Caminhada da leitura

    Atividade 1

    Para comear, d uma volta em sua sala de aula e observe todos os textos que esto es-critos no ambiente.

    a) Observe as cadeiras, as carteiras, as mochilas, os materiais escolares, os objetos. Emtudo o que houver na sala de aula, voc dever procurar algum texto escrito.

    b) Registre em seu caderno os textos encontrados e identifique em sua leitura o significadodestes textos.

    Nesta Aula, faremos uma Caminhada pela Leitura de textos (imagens, palavras, cartazes,placas, faixas, documentos e smbolos) que nos cercam todos os dias no ambiente daescola e que, muitas vezes, no paramos para ler.

    Atividade 2

    Apresente suas anotaes aos colegas de turma e discuta com o grupo sobre as questesa seguir:

    a) Por que vivemos cercados, por todos os lados, de textos escritos?

    b) Que palavras voc e seus colegas nunca pararam para observar em sua sala de aula,

    apesar de estarem diariamente neste local?c) Cada aluno da turma dever escolher um objeto, identific-lo e copiar a palavra que

    o acompanha.

    Palavra:

    d) Retorne a discusso para o grupo e avalie o que a palavra escolhida significa e qual a finalidade de sua leitura.

    Sugesto para a continuidade da aula: Caminhada de leitura na escola...

    Agora voc ir procurar o que existe para ser lido na escola e que ainda no foidescoberto por voc.

    Registre todas as palavras e textos que encontrar e no tiver lido at aquelemomento.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    21/94

    21

    Leitura, Escrita e Cultura

    Unidade13Comente com seus colegas sobre o que voc leu e veja se h semelhana entre as

    diferentes caminhadas.

    Relacione, a seguir, o texto ou palavra que mais surpreendeu voc como leitor nes-sa caminhada. Seja porque at o momento voc no tinha percebido a existncia desse

    texto/palavra, seja porque a prpria informao chamou a sua ateno.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    22/94

    22

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 6Situaes de leitura

    H muitas maneiras de se ler um texto. Em diferentes situaes do dia-a-dia, estamos emcontato com textos variados, espalhados em locais pblicos. Voc j observou quais soos textos em exposio nos locais pblicos da sua vizinhana? Procure olhar com atenoe observar os textos a sua volta.

    Observe a foto a seguir:

    Atividade 1

    a) Aponte um detalhe da foto que tenha chamado a sua ateno durante a leitura.b) A fotografia revela possveis informaes sobre as pessoas que esto na cena registrada.

    O que voc pode dizer a respeito do cenrio da foto e das aes das pessoas?

    c) Para voc, qual o objetivo de leitura das pessoas presentes na fotografia?

    Atividade 2

    a) Comente com seus colegas sobre outras cenas do dia-a-dia que envolvam situaes deleitura.

    b) Procure identificar, nas situaes discutidas em sala, qual o objetivo do leitor emdiferentes momentos de leitura.

    Foto:Paulo

    Costa

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    23/94

    23

    Leitura, Escrita e Cultura

    Unidade13

    Atividade 3

    a) Procure em revistas e jornais imagens que revelem diferentes situaes de leitura e

    cole-as em um pequeno cartaz.

    Atividade 4

    Agora, com todas essas informaes sobre situaes e objetivos diferentes de leitura, emgrupo, voc dever contribuir com os colegas para a construo de um painel de leituraem sua sala.

    Vamos l? Repensando o espao da sala de aula...

    a) Relacione as situaes em que voc e seus colegas lem no dia-a-dia.

    b) Proponha novas experincias de leitura com os colegas. Procure, para isto, exemplosde leitura que voc pde observar nos painis montados em sala.

    As sugestes dadas por seus colegas devero ser registradas no painel de leitura.

    Uma vez definidas as experincias de leitura que o grupo gostaria de realizar, com-

    bine com seus colegas como vocs resolvero a questo do material de leitura e quempoder ficar responsvel por essa tarefa periodicamente.

    Leia muito e divirta-se!!!

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    24/94

    24

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 7Placas, letreiros e sinais

    Encontramos, no dia-a-dia, placas, sinais e letreiros que apresentam informaes im-portantes para a vida em sociedade.

    Esses textos vistos nas ruas das cidades so importantes para a informao dapopulao, para a divulgao de produtos, para o estmulo ao consumo, entre ou-tros objetivos.

    Leia as placas a seguir e analise a relevncia destas informaes para as pessoas.

    Atividade 1

    Observe as placas a seguir.

    a) Cada uma das placas abaixo indica uma informao especfica. Identifique-a:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    25/94

    25

    Leitura, Escrita e Cultura

    Unidade13b) Em sua opinio, essas placas so necessrias? Em quais situaes?

    Atividade 2

    Observe as imagens a seguir:

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    26/94

    26

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula7

    Placas, letreiros e sinais

    a) H alguma coisa estranha nos quadros anteriores?

    b) Como foi possvel perceber que havia algo estranho nas imagens?

    c) Que conhecimentos voc precisou recuperar na memria para ler os quadros? Essesconhecimentos so apenas deste local e regio ou podem fazer sentido em outras re-gies do Pas?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    27/94

    27

    Aula 8O que dizem os rtulos?

    Voc j parou para pensar que tudo o que est a sua volta uma forma de texto e, portan-to, uma possvel leitura: imagens, movimentos, falas, olhares, gestos, palavras, cartazes,livros e muito mais?

    Nesta Aula, iremos refletir um pouco sobre os textos vistos no dia-a-dia de cadaum e que muitas vezes so ignorados. Procure ter ateno e no deixe escapar nenhumainformao da sua memria, pois o que voc j viu, ouviu ou pensou sobre as imagensa seguir muito importante para compreend-las melhor.

    Atividade 1

    Observe as imagens a seguir e responda:

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    28/94

    28

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula8

    O que dizem os rtulos?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    29/94

    29

    Leitura, Escrita e Cultura

    Unidade13a) Identifique as imagens conhecidas e apresente as informaes que voc souber:

    O que ?Para que serve? usado por quem e quando? perecvel ou durvel?

    grande ou pequeno? barato ou caro? Necessrio ou suprfluo? De uso coletivo ou individual?Tem ou no qualidade?A embalagem ou no esclarecedora?A embalagem atrai o consumidor?

    b) Em dupla, escolha um produto. Avalie o rtulo da embalagem do produto escolhido edecida se necessrio inserir outras informaes.

    c) Apresente aos colegas as suas observaes sobre o produto escolhido e discuta com ogrupo a respeito das informaes que voc e sua dupla julgaram serem importantes.

    Atividade 2

    Brincadeira de Cabra-Cega

    Ao ler as imagens da Atividade 1, voc certamente reconheceu alguma como familiar sua casa. Procure recuperar da memria o maior nmero de informaes presentes notexto do produto reconhecido.

    Para esquentar esta Atividade, faremos uma brincadeira divertida chamada Cabra-Cega da Leitura. Um aluno da sala ter os olhos vendados e dever tentar adivinhar doque se trata cada objeto oferecido pelos colegas.

    Juntem as embalagens reunidas pela turma e comecem a brincar.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    30/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    31/94

    GESTAR AAA4

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 4

    LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA I

    UNIDADE 14O PROCESSO DA LEITURA

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    32/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    33/94

    33

    Aula 1Uma estria curiosa

    Estrias que o povo conta...As lendas so estrias muito interessantes que retratam a riqueza dos costumes, da lnguae das crenas de um povo.

    A lenda Uriri e Bertolina uma estria contada h muitas geraes na regiode Tocantins. Alm de divertida, esta estria desafia o leitor de outras regies do Pas adescobrir o significado do texto, repleto de palavras especficas desta regio.

    Vamos l, o desafio seu. Leia a lenda a seguir e procure compreend-la, apesardas palavras desconhecidas que voc ir encontrar no texto.

    Uriri e Bertolina

    Uriri e Bertolina tocam roa no assentamento e tm quatro filhos. Um moo e sechama Virgulino, respondendo pelo apelido de cabea de burro; a filha est buchuda,fazendo pouco que casou na igreja verde; o terceiro filho, abestado de tanto tomar m, Raimundo, conhecido por rola p; e outro filho Z do Balco.

    Uriri precisou ir rua, mode que tava com baticum e curuba. Na rua, precisou vera dotora e tambm fazer o rancho, antes que ficasse turvo, pois no dia seguinte tinhajuquira da grossa.

    Antes de sair, Uriri disse para a patroa:

    Ma homi! Prepara o quebra-jejum, mode t avexado.

    De quebra-jejum, Uriri comeu pixicado, frito, modubim, mangolo, chambari, pe-gado, arroz de leite, simbereba, passa raiva, jerimum e aipim. Muito avexado, azuado,aperreado e seboso, Uriri pegou o gongo gomado pela patroa, a lembreta, um pouco detapioca e a jia, colocou tudo numa boroca e num banzo e partiu rumo rua.

    Uriri andou curiando tudo na estrada e no meio do caminho viu uma cunh numatibuzana, trabalhando com o tapiti no rancho. Ao chegar perto, a cunh disse:

    Encosta aqui e venha pegar o rango enquanto eu vou ali jogar no mato a massado aipim.

    Uriri, que j tinha comido muito em casa, agradeceu a cunh e continuou a viagem,tomando m pelo caminho. Quando chegou na rua, estava num banzo danado e foi pararno campo santo procura da dotora. L verteu gua vontade. Sem conseguir sair dali,Uriri dormiu como estava.

    No outro dia, ao perceber que estava no campo santo, saiu aperreado rumo ao ar-mazm para fazer o rancho, depois foi clnica ver a dotora e por fim foi ao rancho deseu irmo.

    Ao chegar no rancho, uma vizinha contou que seu irmo tinha batido as botas eque a sentinela fora na semana anterior e que aquele dia j era o dia de visita ao camposanto.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    34/94

    34

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula1

    Uma estria curiosa

    Uriri saiu meio abestado do rancho, mas no quis ir ver seu irmo, j que tinhapassado a noite bem perto dele, deu-se por satisfeito.

    Voltando rua, Uriri tratou de comprar o que faltava: a farda para o cabea deburro ir para a escola.

    Ao chegar em casa, sua patroa Bertolina, muito aperreada, disse:

    Corno! Por que demorou? Nossa filha pariu, e a cria est com mal de sete dias.

    Uriri, aperreado, quis tirar o paninho para conferir se era fmea ou macho, sem darouvido patroa.

    Bertolina, muito macha, disse para Uriri deixar de salincia e voltar correndo paraa rua:

    Ande, homi! Num t vendo que a cria carece da dotora. V, caminhe pra rua denovo e traga a dotora pra espi essa criatura. Eta, homi mole.

    (Conto popular de Tocantins. Palmas, 2001.).

    Ao terminar a primeira leitura, voc deve estar se perguntando que estria essa.Como compreender um texto em que o significado da maioria das palavras voc noreconhece?

    Pense nisso. Ser que um texto pode informar algo se o leitor no consegue com-preend-lo? Ser que h alguma coisa que o leitor possa fazer para decifrar este texto, aprincpio, incompreensvel? Vamos tentar?

    Atividade 1

    1) Com certeza voc deve ter encontrado alguma dificuldade para compreender o texto.Procure explicar qual foi essa dificuldade.

    2) Se os alunos de Tocantins lessem o mesmo texto em sala de aula, encontrariam asmesmas dificuldades que voc? Por qu?

    3) Segundo o contexto da estria Uriri e Bertolina, como voc reescreveria os trechosa seguir, para que ficassem compreensveis?

    a) Na rua, precisou ver a dotora e tambm fazer o rancho, antes que ficasse turvo(...).

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    35/94

    35

    O Processo da Leitura

    Unidade14b) Ma, homi! Prepara o quebra-jejum, mode t avexado..

    4) Volte ao texto e grife as palavras que voc no compreendeu durante a leitura. Relacionea seguir dez palavras grifadas e complete o quadro com o significado provisrio quevoc atribuiu a elas e, depois da discusso com o professor em sala, finalize o quadroacrescentando o significado real:

    Palavras Significado Provisrio Significado Real

    1.

    2.

    3.

    4.

    5.

    6.

    7.

    8.

    9.

    10.

    5) Escolha um colega da turma e reconte a lenda com as suas palavras.

    6) Discuta com os colegas e observe quais so as caractersticas do texto e da prtica deleitura que contriburam para a realizao de diferentes leituras na turma.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    36/94

    36

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 2Inventando estrias

    Na Aula anterior, voc foi desafiado a ler um texto com muitas palavras desconhecidas.Em seguida, seu professor revelou o significado de algumas palavras, mas outras ficaramcomo desafio para cada leitor da sala.

    Atividade 1

    1) Reescreva a estria de Uriri e Bertolina como voc a compreendeu, substituindo porum sinnimo as palavras reveladas pelo professor, e as demais por outras que faam

    sentido no texto.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    37/94

    37

    O Processo da Leitura

    Unidade14

    2) Agora a sua vez! Pesquise em casa ou na vizinhana estrias populares (lendas, contos,

    fbulas, anedotas, adivinhaes ou piadas) para serem recontadas em sala. Lembre-se:voc dever escolher textos com marcas regionais para desafiar seus colegas a maisuma atividade de leitura e compreenso.

    Gincana da leitura

    3) Aps a leitura do texto pesquisado, escolha um colega para fazer uma dupla e relacionetodas as palavras desconhecidas na sua estria. Troque este glossrio com os colegaspara que novas palavras possam ser acrescentadas. Ao final, todos estaro com o glos-srio completo para a prxima atividade.

    4) Em dupla, transcreva um trecho da estria pesquisada e escolha um colega de outradupla para realizar a leitura em voz alta. Depois da leitura, este colega e o seu parrecontaro o trecho substituindo as palavras incomuns por sinnimos conhecidos. Adupla que preparou o trecho confere a leitura e a nova verso. A dupla que no con-seguir fazer a adequao do significado das palavras do texto no marcar pontos nabrincadeira.

    5) Agora voc ir dificultar o jogo. Escolha dez palavras em seu glossrio da lenda Uririe Bertolina e trs na estria pesquisada e escreva um bilhete a um colega da sala.Quando o colega receber o bilhete, ele far a leitura em voz alta e, em seguida, a

    traduo da mensagem que est no bilhete. Perdero pontos na brincadeira aquelesalunos que no conseguirem decifrar o bilhete do colega na ntegra.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    38/94

    38

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 3Seguindo as pistas do texto

    Voc capaz de reconhecer muitos rtulos de produtos industrializados que so vendidosnos mercados ou anunciados na televiso. Do carro ao sabonete, assistimos inmeraspropagandas todos os dias na programao da TV brasileira.

    Nesta Aula, voc ser convidado a olhar com mais ateno para duas propagandase a ler informaes que nem sempre percebemos na correria do dia-a-dia. Observar asinformaes dos textos investigar os indcios (pistas) criados pelo autor para auxiliar oleitor a construir possveis interpretaes.

    Atividade 1

    1) Leia o anncio do Leite Moa a seguir, publicado na revista feminina NOVA, em janeirode 2001.

    Com Leite Moa, o sucessodas suas receitas garantido.

    S Leite Moa tem o queningum tem:

    a qualidade Nestl e o sabor

    do leite condensado maisfamoso do Brasil.

    Leites Nestl, Amor por voc.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    39/94

    39

    O Processo da Leitura

    Unidade14a) Observando com ateno a imagem do anncio, possvel perceber que a lata de leite

    condensado faz referncia mulher. Qual mulher? Por qu?

    b) Agora que voc j identificou e compreendeu o significado da imagem do turbantecom as frutas na lata de leite condensado, explique o significado do texto utilizado napropaganda:

    Voc poder comparar e diferenciar o turbante com frutas dos turbantes utilizados porhomens e mulheres em outras culturas. bom observar que o detalhe das frutas permiteao leitor no generalizar o uso do turbante, associando-o personagem que desenhou ofigurino da cantora baiana com frutas na cabea.

    O que que essa MOA tem?Tem o que ningum tem.

    c) Na sua opinio, por que, ao publicar esse anncio de leite condensado, o autor dapropaganda relacionou o produto a essa imagem (turbante com frutas)?

    Na dcada de 30, Carmem Miranda representou um Brasil glorioso, repleto de coi-

    sas boas, alm do seu prprio sucesso. O produto leite condensado foi lanado tambmnesta poca e se firmou no mercado at os dias de hoje, como um produto famoso emuito apreciado na cozinha brasileira. Alm dessa relao, o autor do anncio deixa bemclara a possibilidade de atribuir novos significados ao nome do produto: MOA (moabrasileira, moa Carmem Miranda e moa leite condensado).

    d) Esse anncio causaria o mesmo efeito no leitor se fosse publicado na revista de auto-mobilismo QUATRO RODAS? Por qu?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    40/94

    40

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 4A construo de significados

    Voc deve ter percebido em sua experincia de leitor que a literatura plurissignificativae polissmica, j que permite vrias formas de leitura e trabalha com a conotao, comos sentidos possveis e figurados da linguagem. Ela abre caminho para que os leitoresfaam uma reflexo que pode desdobrar-se em vrias camadas: lrica, crtica social, cr-tica da cultura, depoimento social de costumes de uma poca, crtica poltica, anlisepsicolgica,...

    Enquanto voc l um texto, sem perceber, est acionando vrias informaes queforam acumuladas ao longo da vida. Datas, sensaes, nomes, nmeros, valores e opiniessurgem na sua cabea, enquanto voc l um texto.

    Atividade 1

    Para ler o texto a seguir, voc dever recuperar na memria o maior nmero de informa-es conhecidas sobre esse assunto:

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    41/94

    41

    O Processo da Leitura

    Unidade14

    a) Qual o significado das cores nesses nomes?

    b) Observe a imagem da mulher que segura um barbeador e do homem que segura umbatom. O que essas imagens representam ao leitor?

    c) A frase do cartaz Voc vai sair do cinema uma outra pessoa pode ser compreendidade diferentes maneiras. Para voc, qual seria a mudana que o cartaz est sugerindoque o filme provocaria nas pessoas?

    Observe o Cartaz do filme nacional Se eu fosse voc, estreado por dois grandesatores contemporneos: Glria Pires e Tony Ramos.

    Ao ler o cartaz, possvel perceber que a escolha para as cores utilizadas nos nomesdos atores e dos pronomes EU E VOC, presentes no ttulo do filme, foram intencional-

    mente empregadas.

    d) Qual seria a influncia desse cartaz para o expectador do filme?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    42/94

    42

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 5Do bilhete ao verbete

    Voc pode ler um bilhete, procurar uma palavra no dicionrio, ler um poema, escutaruma msica, ler uma faixa, um telegrama, receber um carto, escrever uma carta, falara um amigo, procurar no jornal ou em um panfleto qualquer. As palavras so sempre asmesmas do ponto de vista grfico. Contudo, aquele que escreve e aquele que l so osque fazem a diferena. Estes fazem, da mesma palavra, palavrinha, palavra, palavro.

    Atividade 1

    Leia os textos a seguir e pense no objetivo de leitura de cada um:

    Texto 1

    Bilhete familiar

    Braslia, 16 de abril de 2003.

    Querido Papai,

    Estou com muita saudade e aguardo a sua chegada com muita ansiedade.J so tantos dias que estamos longe que nem sei como consegui sobreviver.Quando voc viajar outra vez a trabalho, quero ir junto.

    Beijos,Aline.

    Texto 2

    Verbete de Dicionrio

    verbetesaudadesubstantivo feminino

    1 sentimento mais ou menos melanclico de incompletude, ligado pela memriaa situaes de privao da presena de algum ou de algo, de afastamento deum lugar ou de uma coisa, ou ausncia de certas experincias e determinadosprazeres j vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejvel(freqentemente usado tambm no plural).

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    43/94

    43

    O Processo da Leitura

    Unidade14Agora, reflita sobre os textos e responda as questes a seguir:

    a) O que h em comum entre os Textos 1 e 2?

    b) Em quais situaes os Textos 1 e 2 poderiam ser empregados?

    c) Voc percebeu que os textos so utilizados em situaes diferentes e que, portanto,so produzidos e lidos com objetivos especficos. Quais so os objetivos de leiturados textos?

    d) Observe os diferentes textos que existem em sua sala de aula. Relacione, no quadroabaixo, cada texto que voc encontrar e identifique qual o objetivo de sua leitura.

    Textos Objetivo de leitura

    1.

    2.

    3.

    4.

    5.

    6.

    7.

    8.

    9.

    10.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    44/94

    44

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 6Conhecimentos do leitor

    Atividade 1

    Entrevista

    Aos 51 anos, o mdico paulista Geraldo Medeiros um dos endocrinologistas brasileirosde maior e mais duradouro sucesso.

    Numa especialidade em que o prestgio dos profissionais oscila conforme a moda,h trs dcadas ele mantm a sua fama em ascendncia. Em seu consultrio de 242 me-

    tros quadrados, na elegante regio dos Jardins, uma das mais exclusivas de So Paulo,Medeiros guarda as fichas de 32.600 clientes que j atendeu. Mais da metade o procuroupara fazer regime de emagrecimento.

    Sua sala de espera est permanentemente lotada e s vezes necessrio marcar umaconsulta com uma semana de antecedncia.

    Como professor da Clnica Mdica de Endocrinologia da Faculdade de Medicinade So Paulo, Medeiros j atendeu outros milhares de pacientes. A maioria, porm, foiparar em suas mos em razo de outra especialidade da qual mestre: as doenas datireide.

    Veja, n. 567, p. 5.

    1) Agora, voc apresentar o mdico e professor Geraldo Medeiros com as suas palavras.No empregue palavras iguais s do texto.

    2) Algumas informaes oferecidas no texto possibilitam o leitor a construir asseres so-bre o personagem e sua vida. Analise as informaes destacadas a seguir e crie a sua

    assero:a) um dos endocrinologistas brasileiros de maior e mais duradouro sucesso.

    b) Como professor da Clnica Mdica de Endocrinologia da Faculdade de Medicina deSo Paulo, Medeiros j atendeu outros milhares de pacientes.

    3) Qual a diferena de significado atribudo ao texto, quando se emprega a expresso32.600 clientes e quando se emprega milhares de pacientes, respectivamente?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    45/94

    45

    O Processo da Leitura

    Unidade144) Selecione e transcreva cinco palavras da notcia da Revista Veja que, durante a leitura,

    exigiram de voc um conhecimento prvio para a compreenso do texto.

    5) A referncia fonte do texto, Revista Veja, atribui algum significado leitura? Por qu?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    46/94

    46

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 7Em busca de significado

    Atividade 1

    Voc conhece algum brasileiro que no saiba o que significa a palavra FUTEBOL?

    Um pouco difcil, se no impossvel, no mesmo?

    Observe a imagem a seguir e fale tudo o que voc souber sobre ela:

    Texto 1

    a) Enumere todas as informaes que voc foi capaz de identificar na foto: a localizao,as pessoas, as aes, as expresses, a situao, etc.

    b) Escolha um colega da turma e, juntos, procurem produzir um texto que descreva acena que vocs observaram na fotografia de futebol analisada.

    Juninho chuta de fora da rea para anotar o segundo gol do Brasil contra o Japo. Foto: Reuters.http://esporte.uol.com.br/copa/2006

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    47/94

    47

    O Processo da Leitura

    Unidade14

    Texto 2

    Observe a imagem a seguir e anote as primeiras informaes que voc pensar:

    c) Agora, a sua dupla dever listar todas as informaes encontradas no Texto 2.

    d) Discuta com o seu colega sobre as informaes que vocs possuem sobre essa imageme produza um texto contando o que aconteceu naquele momento.

    Enquanto jogadores e comisso tcnica festejam ttulo, o capitoCafu levanta o trofu da Copa do Mundo aps vitria na final.http://esporte.uol.com.br/copa/2002

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    48/94

    48

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 8Futebol: bola, torcedores e palavras

    Texto 1

    O torcedor fantico no se limita a ir ao estdio: ele ouve os comentrios pelo rdio, ljornais, v o videoteipe do jogo a que assistiu. O torcedor que vai-ver-ganhar vai sempremunido de bandeira, faixa, camisa ou outros smbolos do clube. Incentiva o seu time,vibrando, aviando, agitando bandeiras, tocando buzinas, levando charanga, empurrandoos craques para o ataque, reclamando pnalti, xingando o juiz, irritando o adversrio comcorinhos e refres, censurando agressivamente o tcnico ou jogadores do seu clube queno o defendem com todo o esforo. E, no caso de o time estar vencendo, riem, choram,se abraam, batem palma, soltam ol, gritam j ganhou. Em final de campeonato,

    platia, massa, ao pblico, galeria no basta para nele expandir sua alegria: saems ruas em passeata, buzinam frente da sede do clube perdedor, fazem o enterro doadversrio, enfim, um verdadeiro carnaval outra festa tambm libertatria de tenso evinculada ao futebol, j que ambas representam um fenmeno de histeria coletiva. A histeriano se processa apenas atravs da alegria. Uma torcida descontente capaz de invadir ocampo, de esperar fora do estdio para massacrar o juiz, o tcnico ou os jogadores. Foraas brigas que eclodem e as agresses fsicas que ocorrem entre os torcedores.

    FERNANDEZ, Maria do Carmo de Oliveira. Futebol: Fenmeno lingstico. Apud SOARES, Magda Becker;e CAMPOS, Edson Nascimento. Tcnica de redao. Rio de Janeiro: Ao Livro Tcnico, 1978. p. 16.

    Texto 2

    O Esperana Futebol Clube

    Era o orgulho de Buritizal. Resumia-lhe a vida e as aspiraes. Marcava o seu lugarentre as povoaes e as vilas da zona. E na vila, desde o garoto engatinhante aos maisvelhos e respeitveis personagens, toda a gente sentia o peito cheio ao pensar no Espe-rana Futebol Clube.

    Nasceu de um punhado de sonhadores, o Tartico, o Chiquinho da NhAna, o Tuzzi,o Dantinho, numa tarde de maio. At aquela poca, Buritizal era um lugar apagado, morto,sem repercusso. Ningum o conhecia. E mesmo a gente da vila mal dava conta da suaexistncia, vegetando sonolenta ao sol bravo de vero e ao frio duro de junho, com osmilharais em torno, os seus ps no caf, o seu gado magro e o seu sossego cachimbadoe modorrento.

    Mas o Tartico, o maior centref de Buritizal, era um rapaz inquieto, cheio de am-bies. Tinha orgulho em possuir o chute mais forte da terra e em ser o melhor distribuidorde jogo at ento conhecido. Que direo!

    Aos domingos havia jogo, quase sempre. Contra o Lrio F. C., tambm da vila, timedo negro, os contra os times das fazendas vizinhas. Tartico ainda no tinha clube, tinhaapenas os jogadores. Reuniam-se, faziam os seus desafios, e iam vencendo. Cada chute seuera um gol. E, depois, o Chiquinho, o Tuzzi, toda aquela macacada jogava, de fato.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    49/94

    49

    O Processo da Leitura

    Unidade14Foi quando Tartico resolveu organizar o clube. Discusses, aplausos, oposio. E

    dois domingos depois, o Esperana empacotava o Lrio por 6 a 1, um triunfo! Seguiamo Santa Cruz, o Perereca, de uma fazenda, e mais trs ou quatro. Verdadeiras solapas. Eo Esperana comeou a ganhar nome. Tartico era o assombro do campo. Arrebatava oscompanheiros. Com o seu entusiasmo inabalvel e a confiana firme na vitria, fazia de

    cada parceiro um heri.

    As cidades vizinhas foram desafiadas. Cidades j importantes, com juiz de direitoe campos gramados, de arquibancada, eram levadas na sopa... Buritizal comea a serdiscutido. Tinha j inimigos. E o Esperana torna-se o campeo das redondezas...

    Naturalmente, os adversrios queixavam-se. As vitrias eram roubadas. O Espe-rana fazia gols custa do apito, jogava com o juiz. Clube que ia a Buritizal acusava apopulao de atrocidades, de massacres, de perseguies. Mas, intimamente, todos securvavam. Brao era brao...

    LESSA, Orgenes. Seleta. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1976.

    Atividade 1

    Aps a leitura, responda:

    1) Voc pde perceber que os Textos 1 e 2 abordam a mesma temtica o futebol. Agora,explique o que h de diferente na forma como os autores falam do mesmo assunto.

    2) Qual o objetivo do Texto 1? E do Texto 2?

    3) As diferenas estruturais dos textos proporcionam leituras diferentes? Por qu?

    4) Voc acha que a mesma coisa acontece com qualquer tipo de texto: informativo, jor-nalstico, publicitrio, etc.? Por qu?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    50/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    51/94

    GESTAR AAA4

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 4

    LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA I

    UNIDADE 15MERGULHO NO TEXTO

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    52/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    53/94

    53

    Aula 1Pensando na forma e na funo dos textos

    O Brasil um pas conhecido internacionalmente por sua rica fauna e flora, assim comopor suas exuberantes paisagens e sua cultura diversificada. A seguir, voc encontraralgumas imagens que foram escolhidas para provocar uma reflexo sobre este Paschamado Brasil.

    Atividade 1

    Texto 1

    1) Observe o aspecto de modernidade presente na foto dessa cidade. Para voc, o queisso pode representar sobre a qualidade de vida das pessoas que trabalham e/ou moramnessa regio?

    http://hatw.net/rep/images

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    54/94

    54

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula1

    Pensando na forma e na funo dos textos

    Voc deve saber que as grandes cidades brasileiras tm regies com as caracte-rsticas da foto: edifcios grandes, modernos e bonitos; transporte, avenidas e comrciodesenvolvidos. Contudo, h um nmero maior ainda de regies perifricas nessas mesmascidades, com caractersticas bem diferentes: falta saneamento bsico, escolas, hospitais,lazer, transporte, etc.

    2) Observe a sua cidade e indique como voc v a distribuio do espao urbano: o desen-volvimento e a organizao da cidade nos diferentes bairros ou setores habitacionais.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    55/94

    55

    Aula 2Duvidando do texto

    Na Aula 1, voc pensou a respeito das imagens da cidade de So Paulo. Em seguida,discutiu sobre qualidade de vida, espao urbano, desenvolvimento e organizao dasgrandes cidades. Nesta Aula, voc quem ir preparar um desafio para os seus colegas.

    Na Atividade 1, voc encontrar uma imagem que representa o Brasil. No primeiroinstante, leia as informaes dos elementos da imagem e prepare-se para a execuo dasAtividades 2 e 3.

    Vamos l?

    Atividade 1

    Observe atentamente a imagem:

    Atividade 2

    Lembre-se: h informaes na imagem que saltam aos olhos de qualquer leitor, assimcomo h muitas outras informaes que s sero percebidas pelos leitores mais atentos.Ento, muita ateno!

    http://baixaki.ig.com.br/categorias/wallpapers.htm

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    56/94

    56

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula2

    Duvidando do texto

    Observe a imagem do animal e da mata e procure resgatar de suas lembranas as infor-maes conhecidas a respeito destas imagens.

    a) Anote o maior nmero de informaes que voc v na imagem:

    b) Anote, agora, o maior nmero de informaes que voc consegue associar imagem.

    Atividade 3

    Escolha um colega da sala de aula e crie, para que ele possa responder, trs perguntassobre as informaes que voc extraiu da imagem na Atividade 2b.

    Ateno! Quando voc fizer as suas perguntas ao colega, seja criterioso e noaceite qualquer resposta. Exija do colega uma resposta possvel diante da imagem e darealidade.

    Com as perguntas prontas, voc dever sortear o colega que responder a uma delas.Em voz alta, voc ler a pergunta. Quando o colega responder, tenha muita ateno, poiss sero aceitas as perguntas com sentido em relao imagem e a possveis leituras daimagem em confronto com a realidade.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    57/94

    57

    Aula 3Investigando o texto

    Cada cidade, rua e casa tem a sua forma de organizao interna. As pessoas precisamdesempenhar tarefas cotidianas para a preservao e organizao do espao em que ha-bitam. Para que possam viver de forma harmnica, necessrio que todos os envolvidosrespeitem as regras e os direitos estabelecidos pelo grupo, pois, se alguns cuidam e outrosdestroem, no h esforo que garanta a existncia do ambiente.

    Sobre esse assunto, leia o texto a seguir e pense a respeito dos cuidados e das aesnecessrias aos homens para a preservao no apenas do espao em que vivem, mas dorespeito ao semelhante.

    Atividade 1

    Texto 1

    Minha Casa

    As cidades devem ter um melhor planejamento. Melhor significa de modo a noprejudicar o meio ambiente. O transporte pblico urbano precisa ser barato e bem

    organizado. O esgoto urbano deve ser tratado para ser utilizado como fertilizante. Olixo domstico necessita ser reciclado, transformado em adubo e depois usado emparques e reas verdes. O mais importante criar limites urbanos rgidos e impediruma expanso descontrolada. (...)

    Misso Terra: O resgate do planeta. Agenda 21, feita por crianas e jovens. ONU, 1998.

    Segundo o planejamento urbano apresentado no Texto 1, o homem deve ad-ministrar as cidades para que seus detritos no gerem poluio e destruio dosrecursos naturais.

    1) Quais so os detritos produzidos pelas cidades? O que possvel fazer para amenizar

    o impacto ecolgico dos detritos?

    2) Por que a organizao do transporte urbano considerada importante para as cidades?

    Pensando no planejamento para as cidades, proposto no texto Minha Casa, pen-se a respeito da cidade em que voc mora e da sua administrao. H necessidade de

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    58/94

    58

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula3

    Investigando o texto

    transporte? De que tipo? Como o tratamento do esgoto? So respeitadas a reciclagemdo lixo e a questo dos limites urbanos no local onde voc mora? possvel considerar asua cidade como uma cidade bem planejada e administrada?

    3) Agora, reflita sobre essas perguntas. Discuta com os seus colegas e com o professor. Emseguida, escreva um texto sobre a sua cidade a partir dessas questes discutidas e aindasobre outros problemas que voc julgue importante comentar.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    59/94

    59

    Aula 4Textos dentro de outros textos

    Vamos expandir a sua leitura!Leia atentamente os textos a seguir e procure identificar, durante a leitura, quais so

    as semelhanas entre os Textos A e B.

    Texto A

    Istambul

    Os habitantes naturais de Istambul e seus arredores no mudaram desde a ltima era

    glacial. Eles so ricos em vida selvagem, com algumas espcies que no so encontra-das em nenhuma outra parte da Terra. Mas agora, esta cidade histrica de 11 milhesde habitantes est em perigo. Sendo j uma megalpole, sua populao vai dobrarat o ano de 2025 coisa que no consigo imaginar! Favelas se espalham por todaparte incontrolvel e ilegalmente. Elas poluem a gua potvel e colocam em risco acomunidade. Grandes projetos de construo destroem o meio ambiente porque noso bem planejados. O DKHD, fundo para a proteo da vida animal, iniciou o projetoZona Verde para proteger os habitats naturais.

    Birce Boga, 17 anos, Turquia. In: Misso Terra: O resgate do planeta.Agenda 21, feita por crianas e jovens. ONU, 1998.

    Texto B

    Comida

    Bebida guaComida pastoVoc tem fome de qu?Voc tem sede de qu?A gente no quer s comidaA gente quer comida, diverso e arteA gente no quer s bebidaA gente quer bebida, diverso, balA gente no quer s comidaA gente quer a vida como a vida querBebida guaComida pastoVoc tem fome de qu?Voc tem sede de qu?

    A gente no quer s comerA gente quer comer, quer fazer amorA gente no quer s comerA gente quer prazer pra aliviar a dor

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    60/94

    60

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula4

    Textos dentro de outros textos

    A gente no quer s dinheiroA gente quer dinheiro e felicidadeA gente no quer s dinheiroA gente quer inteiro e no pela metade

    Tits. Comida. Jesus no tem dentes no pas dos banguelas, 1987, WEA, Faixa 8.

    Atividade 1

    1) Aps a leitura dos textos 1 e 2, voc encontrou alguma semelhana? Qual?

    Vamos analisar algumas informaes especficas de cada texto e depois voltaremoss semelhanas:

    2) O Texto A afirma que os habitats naturais de Istambul e seus arredores no mudaramh muito tempo. O que significa esta afirmao?

    3) O segundo perodo do texto afirma que a cidade de Istambul est em perigo. Expliquepor que esse perodo comea com a expresso mas agora.

    4) Que problemas da cidade so apresentados no Texto A? Que problemas das pessoasso apresentados no Texto B? Voc percebe alguma relao entre estes problemas?

    5) O que os autores dos Textos A e B defendem e criticam em seus textos?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    61/94

    61

    Aula 5Para descobrir o texto

    Imagine que voc estivesse andando pela rua e lesse esta frase em um outdoor:O Brasil um pas maravilhoso!

    Atividade 1

    a) Quais seriam as impresses e idias que passariam pela sua cabea no momento daleitura? Relacione-as a seguir sem julgar nenhuma previamente.

    b) Para voc a frase : totalmente verdadeira; parcialmente correta; ou incorreta? Expliquea sua resposta.

    Agora, voc ir produzir perguntas para os seus colegas sobre as idias surgidasno debate da turma: diferenas sociais e econmicas, injustias, riquezas naturais,preservao, administrao, planejamento urbano, qualidade de vida, sade, escola,lazer, etc. Capriche na elaborao das perguntas, procure fazer com que os seus ami-gos reflitam para responder, provocando opinies divergentes e problematizando o queparece simples e rotineiro.

    Chegou a hora do Frum de Debate!

    O Frum de Debate o evento no qual se discute sobre questes importantes.Para organizar a discusso, as pessoas devem respeitar o momento de fala do outro eprocurar responder s idias apresentadas sem ofensas ou ataques pessoais, pois o queest em questo o assunto debatido e no a pessoa que participa.

    De agora em diante, voc ter que defender ou atacar os argumentos apresentadosa respeito do Brasil nas perguntas elaboradas pela turma. Lance as suas perguntas aoscolegas e discuta sobre as respostas.

    Muita ateno! Voc dever refletir com responsabilidade sobre as questes

    discutidas.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    62/94

    62

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 6Descobrindo a organizao do texto

    Olhador de AnncioEis que se aproxima o inverno, pelo menos nas revistas, cheias de anncios de coberto-res, ls e malhas. O que o desenvolvimento! Em outros tempos, se o indivduo sentiafrio, passava na loja e adquiria os seus agasalhos. Hoje so os agasalhos que lhe batem porta, em belas mensagens coloridas.

    Mas sempre bom tomar conhecimento das mensagens (...). o mundo visto atravsda arte de vender. As lojas tal fazem tudo por amor. J sabemos (...) que esse tudo muito relativo. Em nossas vitrinas a japona irresistvel. Ento, precavidos, no passa-remos diante das vitrinas. E essa outra mensagem , mesmo, de alta prudncia: Aprenda

    a ver com os dois olhos. (...) No liquidificador nacional, a casa X tritura os preos. Ospreos virando p, num pas inteiramente lquido: vejam a fora da imagem. Rara espcieanimal aparece de repente: Compare na loja Y, supergalinha-morta.

    Prosseguimos, invocados, sonhando o sonho branco das noites de julho: Ponhauma ona no seu gravador. A alegria est no acar. Pneu de ombros arredondados mais pneu. Tip-tip tem sabor de cu. Use nossa palmilha voadora. Seus ps estochorando por falta das meias Roxinol, que roxinolizam o andar. Nesse relgio, vocescolhe a hora. Ponha voc neste perfume. Toda a sua famlia cabe neste refrigeradore ainda sobra espao para o peru de Natal. Sirva nossa lingerie como champanha; mais leve e mais espumante..

    O olhador sente o prazer de novas associaes de coisas, animais e pessoas; e esseprazer potico. Quem disse que a poesia anda desvalorizada? A bossa dos annciosprova o contrrio. E, ao vender-nos qualquer mercadoria, eles nos do de presente algomais, que produto da imaginao e tem serventia, como as coisas concretas, que tam-bm de po abstrato se nutre o homem.

    ANDRADE, Carlos Drummond de. O poder ultrajovem. 3.ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1974. p.147-8.

    Auxlio ao Vocabulrio:Bossa. [Do fr. Bosse.] S.f. (...) 5. Bras. Gir. Atributo ou qualidade prpria pessoa oucoisa, que faz que elas agradem, chamem a ateno, se diferenciem de uma ou das outras.ex: Este vestido claro, mas tem muita bossa.

    Atividade 1

    a) O texto Olhador de anncio nos fala a respeito de algumas aes do homem comumdiante da oferta das propagandas, anncios e mensagens. Como este homem a quemo texto se refere?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    63/94

    63

    Mergulho no Texto

    Unidade15b) No segundo pargrafo do texto, o autor expressa uma opinio: Sempre bom tomar co-

    nhecimento das mensagens. Que explicao o narrador apresenta para esta opinio?

    c) Os anncios apresentados pelo texto foram escritos por meio de combinaes entre cores,animais e pessoas: O olhador sente prazer de novas associaes de coisas, animais epessoas. Como essas associaes podem interferir na opinio dos consumidores?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    64/94

    64

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 7Brincando de quebra-cabea

    Atividade 1

    Voc j deve ter brincado de quebra-cabea alguma vez, no ? Ento, preste ateno nas peasa seguir e procure montar o quebra-cabea. So quatro os textos que voc precisar remontarsegundo a seqncia das idias (pargrafos) e a relao de sentido entre ttulo e texto.

    Evaso de crebros

    Ttulos

    1

    As melhorescoisas da vidaso gratuitas

    2

    3

    O rap do mar

    O Cinema

    4

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    65/94

    65

    Mergulho no Texto

    Unidade15

    Texto

    O problema mais terrvel em nosso pas o desemprego. Para cada cempessoas aptas ou dispostas a trabalhar, quinze no conseguem emprego.O crescimento populacional torna impossvel preencher a distncia entreempregados e desempregados. As pessoas, condicionadas a trabalhos paraos quais so superqualificadas, acabam entrando na evaso de crebros,ou seja, saem em busca de trabalho no exterior. Como a populao cresceem todos os pases, logo no haver lugar para a evaso...

    HELUAKI, Ferno, Folha de S. Paulo, maio/2000.

    O que precisamos encontrar um novo estilo de vida, baseado em valoresinternos e no externos. Buscar uma razo de viver que no seja colecionaro maior nmero de coisas materiais. Essa atitude pode ser tambm uma gran-de oportunidade para descobrirmos algo novo sobre ns mesmos. Quandoolhamos para trs, podemos observar que os melhores momentos de nossasvidas no foram proporcionados por coisas compradas. Deveramos agircomo seres humanos e no como haveres humanos. Os haveres humanosdependem do status de poder que as pessoas reconheceriam em voc se

    voc tivesse mais carros, uma casa maior ou qualquer coisa assim. Mas, sepuder aceitar que um ser humano, ento voc simplesmente o ser.

    Fred Mster, Holanda. In: Misso Terra: O resgate do planeta.Agenda 21, feita por crianas e jovens. ONU, 1998.

    Muitas pessoas jogam lixo no mar,com isso no podemos mais pescar

    e ficaremos doentesse l formos nadar, os peixes no podero mais respirar.

    Autoridades,vim aqui para me queixar:toda essa poluio tem de acabar,seno essa beleza pouco vai durar,e a paz no vai mais l reinar:a situao de desesperar;tomem cuidado ou o mar vai acabar.

    Dominique. Folhinha de S. Paulo. Maro/2002.

    O cinema nasce mudo e em preto-e-branco. Os primeiros filmes so rudi-mentares, de curta durao (um ou dois minutos), que mostram cenas docotidiano,captadas ao ar livre por uma cmara fixa. A primeira exibiopblica de um filme, a chegada do trem estao de Ciotat, realizada em28 de dezembro de 1895, em Paris, pelos irmos Auguste (1862 1954) eLuis Lumire (1864 1948). Os dois franceses haviam criado o cinemat-grafo, aparelho capaz de exibir imagens em movimento, e so consideradosos inventores do cinema (...).

    Almanaque Abril, 1996.

    ( )

    ( )

    ( )

    ( )

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    66/94

    66

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 8Resumindo idias

    Voc iniciou a leitura do texto sobre cinema na Aula 7. Agora, conhea o texto publicadona ntegra pelo Almanaque Abril.

    Atividade 1

    Antes de ler o texto, pense um pouco...

    a) O que significa para voc a referncia de publicao Almanaque Abril? Defina-a se-

    gundo o que voc imagina que seja?

    b) Converse com os seus colegas sobre o que voc conhece a respeito do tema Cinema.

    Atividade 2

    Agora, leia o texto a seguir e reflita sobre todas as idias consideradas a respeito da pa-lavra CINEMA.

    O Cinema

    O cinema nasce mudo e em preto-e-branco. Os primeiros filmes so rudimentares,de curta durao (um ou dois minutos), que mostram cenas do cotidiano, captadas ao arlivre por uma cmara fixa. A primeira exibio pblica de um filme, a chegada do trem estao de Ciotat, realizada em 28 de dezembro de 1895, em Paris, pelos irmos

    Auguste (18621954) e Luis Lumire (18641948). Os dois franceses haviam criado ocinematgrafo, aparelho capaz de exibir imagens em movimento, e so considerados osinventores do cinema.

    o francs George Mlis (1861-1938) que introduz a fico no cinema, usandocomo recursos cenrios e figurinos. atribuda a ele a primeira realizao dos filmes emcores. Um exemplo de sua fico colorida Viagem Lua (1902). O grande avano com o norte-americano David Wark Griffth (18751948). Ele cria o corte e a montagem,o que permite contar aes paralelas intercalando as imagens. Tambm inova ao deslocara cmara para filmar closes. Suas inovaes esto reunidas no filme O nascimento deuma nao (1905), filme sobre a Guerra da Secesso norte-americana (1861-1865), quesurpreende na poca pela longa durao: mais de duas horas.

    Nascido na Frana, o cinema logo se desenvolveu nos EUA. l que se concentra aproduo durante a Primeira Guerra Mundial e l que so montados os primeiros est-

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    67/94

    67

    Mergulho no Texto

    Unidade15dios de filmagem, em Hollywood. Na dcada de 20, os americanos tm grande respon-

    sabilidade sobre a evoluo dessa arte. Durante a exibio dos filmes mudos, comuma msica de fundo ser tocada por um pianista ao vivo.

    Alm dos documentrios, o gnero de filmes mais comum a comdia, baseada na

    mmica, alma do cinema mudo. As estrelas dessas produes nos anos 10 e 20 so BusterKeston (18951966) e Charles Chaplin (1889-1977).

    Na Europa, a partir do fim da dcada de 10, o cinema se aproxima dos grandesmovimentos artstico-literrios, como surrealismo, expressionismo e construtivismo.

    Em 1927, surge o primeiro filme falado: O cantor de Jazz, um filme de Alan Crosland,produzido pela Warner Bros. Comea uma nova fase e surgem os musicais.

    No Brasil, a primeira sesso pblica de cinema realizada no Rio de Janeiro em 8de janeiro de 1896. Na dcada de 20, aparecem os primeiros grandes diretores: MrioPeixoto (1891-1993), autor do consagrado Limite (1929-1930), e Humberto Mauro (1877-

    1983), autor de Brasa Dormida (1928) e de Ganga Bruta (1933).Almanaque Abril, 1996.

    a) Gostou do que descobriu? Conte algo mais que voc saiba sobre cinema ou sobre umfilme que voc tenha apreciado.

    Atividade 3

    Agora, voc ir mergulhar no texto para compreender um pouco mais sobre a sua orga-nizao. Para isso, siga os passos abaixo:

    a) Releia o texto com um lpis na mo e destaque as palavras desconhecidas.

    b) Em seguida, terminada a segunda leitura, sublinhe a informao mais importante (aquelaque traz a notcia) de cada pargrafo.

    c) Depois, faa um crculo em torno das palavras que esto no texto para ligar as idiasumas s outras (os conectivos).

    Leia para o grupo as suas respostas e confira com o professor se foi possvel a loca-lizao de todos os itens solicitados. Caso ainda falte algum, confira em sala e acrescenteas anotaes do texto.

    Agora, voc j pode fazer um resumo do texto lido. Observe com ateno: quandolemos, destacamos as palavras desconhecidas e pesquisamos o seu significado. Destaca-

    mos tambm as idias centrais e as palavras que unem essas idias, no falta mais nadapara recontar o mesmo texto de forma direta e resumida.

    Pronto!

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    68/94

    68

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula8

    Resumindo idias

    Agora com voc! Prepare um resumo caprichado e leia-o para a turma. Oua otexto dos colegas e observe se no h alguma informao importante deixada de lado oualguma idia a mais no resumo dos colegas.

    Bom trabalho!

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    69/94

    GESTAR AAA4

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 4

    LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA I

    UNIDADE 16A PRODUO TEXTUAL:

    CRENAS, TEORIAS E FAZERES

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    70/94

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    71/94

    71

    Aula 1Mitos da escrita: dom ou trabalho?

    a) Leia o texto a seguir e identifique se h alguma semelhana com a sua histria daspalavras.

    Cadernos

    Na minha adolescncia, eu escrevia dirio. s vezes usando caderno de escola que

    no chegava ao fim; mais vezes comprando um especial. Especial porque eu sabia queele ia ser o meu dirio, a cara dele era igual aos outros da escola.

    Acabava um e comeava outro; escrevi no sei quantos cadernos.

    Era uma escrita apressada, de letra virada garrancho, toda esquecida dos exercciosde caligrafia de quando eu era criana. Era um registro compulsrio de tudo o que meacontecia: emoo, dvida, tristeza, expectativa, estava tudo l. E era compulsrio sim:ningum sabia que eu empilhava aquela escrita toda, nunca tive vontade de mostrar osmeus cadernos pra ningum, e mesmo pensando uma vez que outra, quem sabe um diaeu vou ser escritora? Nunca me ocorreu corrigir um perodo, uma frase, tampouco abrir

    o dicionrio pra tirar a dvida que tantas vezes me batia, se aqui tinha um s antes do c,se ali tinha acento ou no mas eu tinha que escrever.

    Pra mim, escrever dirio era uma cerimnia meio secreta: eu achava superdifcilescrever na sala, ou tendo algum perto. A impresso era que eu s escrevia mesmo se euia pro meu quarto e fechava a porta. Habituei-me. E at hoje, mesmo pra escrever umacarta, o meu primeiro movimento me isolar e fechar a porta.

    Tinha dias que eu escrevia horas a fio.

    Tinha dias que eu s escrevia uma pgina.

    Mas, se eu no escrevia, eu me afligia. E, muitas vezes, se eu no escrevia de dia,eu acordava no meio da noite pra escrever.

    (...)

    Atividade 1

    Voc j teve alguma experincia inesquecvel com a escrita? J sentiu vontade deescrever o que sentia ou sentiu vontade de enviar umas palavras especiais a algum?Quem sabe no tenha experimentado escrever pra si mesmo, contando o que fez, oque pensa e o que deseja? Muitas outras pessoas, como voc, tm relaes diferentescom a leitura, cada um a sua maneira descobre uma possibilidade de se relacionarcom as palavras.

    Nesta Aula, faremos algumas retrospectivas sobre suas histrias com as palavras econheceremos a histria de outras pessoas. Como o assunto a palavra, vamos a ela.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    72/94

    72

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula1

    Mitos da escrita: dom ou trabalho?

    b) Lygia Bojunga comenta a presena da escrita em sua adolescncia: Na minha adoles-cncia eu escrevia dirio. (...) Foram quase trs anos de escrever dirio, e anuncia umasatisfao muito grande pelo fato de sempre escrever. Voc j experimentou satisfaosemelhante a partir da prtica da escrita? Comente.

    c) Alguma atividade de escrita proporcionou satisfao e compulso em voc? Qual?Por qu?

    d) Faa uma pequena viagem em sua memria para resgatar a sua histria com a escrita,

    desde a iniciao nas letras at os dias de hoje. Agora produza um texto contando assuas lembranas. Leia para a turma e compartilhe as suas impresses sobre a utilizaoescrita, as suas possibilidades na vida diria.

    Foram quase trs anos de escrever dirio. No me lembro de ter sentido cansao outdio naquelas horas. No me lembro de algum dia um s ter pensado, essa coisa deter que escrever meio chato, no no?

    Adaptao. BOJUNGA, Lygia. Livro: um encontro com Lygia Bojunga Nunes. Rio de Janeiro: Agir, 1994. p.37 e 38.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    73/94

    73

    A Produo Textual: crenas, teorias e fazeres

    Unidade16

    Atividade 2

    Caixa de linguagem

    Na Aula anterior, a turma discutiu algumas experincias positivas e negativas quanto produo de textos escritos.

    Nesta Aula, a Atividade ser um pouco diferente.

    Ao invs de comear com a escrita, faremos primeiro uma atividade de leitura detextos variados. Tudo isso para descobrir o quanto pode ser diversificada, interessante edivertida a experincia com as palavras, quando significativa.

    Voc e seus colegas de turma devero se organizar para a montagem da Caixa deLinguagem. Com a contribuio de cada aluno, ser possvel construir uma caixa bastante

    diversificada, o que ajudar na realizao de atividades ainda mais interessantes. Mos obra!!!

    A seguir est a lista de textos para a Caixa de Linguagem:

    uma revista (esporte, moda, notcias, culinria, etc.),

    uma propaganda, um panfleto, um folder, um folheto, um cartaz,

    uma carta, um carto, um envelope postado,

    um jornal (artigos, fotos, ilustraes, classificados, propagandas, programao cultural,entretenimento, editoriais, dicas, cartas ao leitor, etc.),

    um livro de poesia, um livro de contos, uma revista em quadrinhos, um rtulo, uma embalagem de papelo,

    um manual explicativo (eletrodomsticos, brinquedos, jogos ou objetos de montar),

    um panfleto de supermercado,

    uma foto (revista, jornais, retratos, etc.),

    uma conta (conta de gua, luz, aluguel, carn de prestaes, etc.),

    uma pgina de lista telefnica (cpia ou pgina de material sem uso),

    um convite (aniversrio, casamento, festa comunitria, etc.),

    uma bula de remdio, uma receita mdica,

    uma receita culinria, uma prova ou exerccio escolar,

    um manual de direitos e deveres (do aluno, do professor, do consumidor, etc.),

    um documento (cpia de certides, de carteira de trabalho, de identidade, de carteiri-nha estudantil, etc.),

    um dicionrio (cpia de uma pgina ou de um exemplar) e outros.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    74/94

    74

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 2Escrever para interagir com o outro

    Atividade 1

    Agora, passo a passo, voc e seus amigos iro confeccionar algumas estratgias de utili-zao da Caixa de Linguagem proposta na Aula 1:

    a) Distribua entre os colegas da turma os diferentes gneros textuais selecionados para acaixa de linguagem. Em seguida, agende uma data com os colegas e o professor para aapresentao oral da anlise do texto. Voc poder realizar a anlise individualmente

    ou convidar um colega para um trabalho em dupla. Lembre-se: h muitas caractersticasem cada um dos textos diversificados da caixa. Avalie as caractersticas do seu texto eprocure, a partir delas, compreend-lo o mximo que puder.

    b) Vocs devero confeccionar uma Ficha de Procedimentos de Leitura prvia paraos textos da Caixa. Esta ficha dever possibilitar o reconhecimento do tipo de texto ede suas caractersticas principais: funo comunicativa, suporte de publicao, leitordestinatrio, informao veiculada, organizao textual e tipo de texto.

    Para que vocs possam montar a ficha da caixa, vamos fazer um aquecimento prvio.

    Leia o texto a seguir e identifique os elementos que foram apontados na Ficha deProcedimentos de Leitura indicada para a Caixa de Linguagem.

    Criana X BalanaCom o peso subindo cada vez mais, baixinhos

    e jovens aderem a regimes, spas e terapias.

    Os spas, remdios, as dietas e terapias, peas de artilharia do arsenal que compeo cotidiano do engorda-emagrece da maioria dos adultos gorduchos, vo se adaptandopara tornar mais leve a vida de um contingente particularmente difcil de entrar na linha:o das crianas e adolescentes infelizes com seu peso.

    Muitos reclamam sem motivos srios. Mas h uma multido de baixinhos que esto,de fato, gordinhos: mais precisamente 15 milhes de crianas e jovens, ou 25% da popu-lao infanto-juvenil (mesmo percentual dos Estados Unidos, campeonssimo no assunto),pesam mais que o ideal no Brasil. Mais preocupante, pela gravidade e dificuldade detratamento, o grupo que engrossa a estatstica da obesidade verdadeira, uma doena queafeta 1,5 milho de crianas no Pas.

    Maus hbitosUma das causas mais constantes do excesso de peso em crianas o velhssimo

    mito de que beb gordinho e criana redondinha so sinnimos de sade. Ainda existem

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    75/94

    75

    A Produo Textual: crenas, teorias e fazeres

    Unidade16mes que pem farinha para engrossar a mamadeira de seus filhos. Elas mesclam duas

    atitudes negativas, a superproteo e a superalimentao. Segundo endocrinologistas,entulhar o filho de comida tem efeitos ainda mais dramticos se conta com aliados comoo sedentarismo e os maus hbitos alimentares desta gerao de gordinhos. As crianasno brincam como antigamente. Elas ficam em frente da TV ou do computador, com um

    pacote de biscoitos e uma lata de refrigerante. Resultado: quilos a mais, auto-estima emqueda, problemas na escola.

    Se para um adulto perder peso uma guerra de guerrilha, desgastante e sofrida, paracrianas e adolescentes, o desafio muito maior. Remdio antes dos 12 anos, nem pensar,embora uma nova gerao de medicamentos esteja trazendo esperanas para quem j noagenta nem ver uma folha de alface. Dieta nem sempre a melhor indicao porque,como est em crescimento, a criana no pode correr o risco de ficar sem nutrientes in-dispensveis. Sem falar na dificuldade de resistir s tentaes: na cantina da escola, nalanchonete da esquina, nas mos do irmo e, naturalmente, da me, inconformada emnegar comida, o mais elementar dos anseios, ao prprio filho.

    O ideal incentivar a criana a fazer exerccios e partir para uma reeducao ali-mentar. Se ela abusar nas guloseimas hoje, compensa comendo menos amanh. A terapia,mesmo de curta durao, tambm indicada em muitos casos porque ajuda a famlia adescobrir e a evitar as causas do excesso de peso. Uma criana gorda est a meio cami-nho de um adolescente obeso. Quando a dieta moderada, os exerccios e a terapia noresolvem, o caminho mais dramtico que os mdicos trilham hoje em dia s indicadopara quem j entrou na adolescncia e sofre da chamada obesidade mrbida umacirurgia que diminui o tamanho do estmago, induz a pessoa a comer menos e, em geral,reduz seu peso em 30% a 50%.

    Filhote rolio

    Criana no faz dieta como adulto, por estar em fase de crescimento. A dica mudaros hbitos alimentares:

    Regra nmero 1: mantenha a despensa livre de guloseimas.

    Tenha uma variedade de frutas coloridas e atraentes ao alcance da mo.

    Troque o frito pelo grelhado.

    No faa prato de adulto para a criana.

    Nada de televiso em frente da telinha, todo mundo come mais.

    Menos computador e vdeo game, mais esporte e atividades fsicas.

    Em vez de proibir sanduche e refrigerante, marque um dia da semana para excessos.

    Lancheira evita as tentaes da cantina da escola.

    No tenha pressa. Criana ganha peso rpido, mas demora a perder.

    Matria adaptada. Originalmente publicada na revista Veja no 1.551, de junho de 1998, p. 70-73.

    Depois da leitura do texto, voc dever formar uma dupla com algum colega da salae responder s questes a seguir:

    Para ler preciso conhecer...

    Ento responda:a) Qual o assunto do texto?

    b) Qual o ttulo?

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    76/94

    76

    Aula2

    Escrever para interagir com o outro

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    c) Quem o autor?

    d) Qual o suporte de publicao?

    e) Qual a funo comunicativa do texto Criana X Balana?

    ( ) informar o leitor sobre as causas da obesidade infantil.( ) demonstrar as conseqncias da obesidade na infncia.

    ( ) exemplificar o problema da obesidade na infncia com casos reais.

    ( ) sugerir dicas de tratamento para a obesidade infantil.

    ( ) informar sobre o problema da obesidade infantil e sugerir algumas precaues

    para evit-la.

    f) A quem se destina o texto?

    g) Qual a tese do texto Criana X Balana?

    h) Como o texto foi organizado? Ordene as partes do texto, segundo a sua organizao:

    ( ) ttulo.

    ( ) referncia bibliogrfica.

    ( ) dicas aos pais e responsveis pelas crianas.( ) informaes sobre a obesidade e dados concretos do problema.

    ( ) alternativas como regimes, spas e remdios procurados para solucionar o problema

    da obesidade.

    i) O texto Criana X Balana pode ser classificado como um texto:

    ( ) informativo ( ) instrucional

    ( ) narrativo ( ) descritivo

    ( ) argumentativo ( ) no verbal( ) publicitrio ( ) epistolar

    Agora com voc! Elabore uma Ficha de Procedimento de Leitura para um dostextos que voc e seu colega da dupla trouxeram.

    Ao final, apresente o texto que voc trouxe para a Caixa e a Ficha de Procedimentode Leitura elaborada do mesmo texto.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    77/94

    77

    Aula 3Propaganda e marketing

    Atividade 1

    Nesta Aula, voc ir retomar a Caixa da Linguagem construda na Aula anterior e escolherdois textos da Caixa: uma propaganda e um outro texto de escolha livre.

    Para realizar esta Atividade, convide um colega para compor uma dupla de trabalhocom voc. Com os textos em mos, faa uma leitura atenta e identifique: a linguagemutilizada (verbal e no verbal), as cores, o formato, a estrutura, a capacidade de con-vencer ou informar, os atrativos oferecidos ao leitor, a funo comunicativa do texto e a

    informao.

    Produo de TextoAgora, voc e seus colegas faro grupos de quatro alunos para a produo do textoa seguir.

    Imagine-se um publicitrio de uma grande empresa de propaganda e marketing.Como tal, vocs foram escolhidos para criar uma propaganda especial. Aproveitem estaoportunidade de trabalho e soltem a sua criatividade.

    Escolham um produto que vocs utilizem no dia-a-dia e criem uma propagandapara vend-lo.

    Se preferirem, inventem um produto, a partir de outro j conhecido, que atenda snecessidades do consumidor. Procurem criar um anncio publicitrio com um toque dehumor e um carter absurdo, para que o texto seja ainda mais original.

    Lembre-se!Ao criar um texto, tenha sempre em mente as informaes essenciais que devero constarem sua estrutura:

    a) Qual o produto?

    b) Quem ser o seu consumidor?

    c) A quem se dirige o texto?

    d) Quais so os recursos grficos mais interessantes para despertar o interesse do leitor?

    e) Que estratgia de texto (informaes, linguagem e mensagem) voc poder utilizar paraconvencer o consumidor?

    Quando o seu anncio estiver pronto, apresente-o aos colegas e exponha o seutrabalho no mural da sala de aula.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    78/94

    78

    AAA 4 - Leitura e Processos de Escrita I

    Aula 4Causos coletivos

    O que voc conhece sobre os causos populares contados no interior do Pas?Causos Populares so as estrias criadas e recriadas pelo povo e que foram sendo

    contadas de gerao gerao.

    Atividade 1

    Converse um pouco com os seus colegas e com o professor sobre o que voc sabe a

    respeito da cultura popular da sua regio e da importncia desse conhecimento e dasmanifestaes culturais da populao para a histria de um povo.

    Atividade 2

    Agora, leia a estria de Joaquim e divirta-se com mais um causo popular.

    A providncia divinaJoaquim tinha muita f em Deus, mas era um pouco teimoso.

    Morava numa casinha que ficava perto de um grande rio.

    Sua roa no ia muito bem, mas ele esperava que a providncia divina tomasse conta.

    Continuava descansado.

    Capinava somente quando o tempo era bom e se o sol no estivesse muito quente.

    Cuidava da terra somente quando no tinha mais jeito, e o mato estava tomando

    conta de tudo.

    Esperava a providncia divina.

    O telhado da casa estava precisando de conserto, mas deixava para depois.

    A cerca estava cada, mas deixava para depois.

    A estradinha da roa tinha buracos, mas esperava passar o trator do governo.

    Joaquim era assim.

    Deixava tudo para a providncia divina.Seu amigo Pedro era diferente. Trabalhava de sol a sol.

  • 7/31/2019 Aaa4 Port Aluno

    79/94

    79

    A Produo Textual: crenas, teorias e fazeres

    Unidade16Pedro via que Joaquim estava muito descansado e dizia:

    Joaquim, est no tempo de limpar a roa. A providncia divina no cuida detudo. Voc tem que ajudar primeiro. Preparar tudo para a providncia divina trazeruma boa colheita.

    Ah! Pedro, Deus meu amigo e vai cuidar de tudo.

    Deus at desconfiava de tanta f, pois Ele tinha dito nas escrituras: Faa a sua parteque eu te ajudarei!

    E assim corria a tempo.

    Na poca das chuvas aconteceu uma grande enchente na regio. A chuva no pa-rava, e o rio foi subindo devagar. Depois de alguns dias de temporal, a gua do rio veioarrasando tudo. A gua subiu, subiu e estava chegando na casa de Joaquim.

    Todo mundo foi abandonando suas casas para se salvar.Joaquim ficou.

    A todo mundo que passava chamando para que Joaquim fosse para o alto da mon-tanha, ele respondia:

    A providncia divina vem me salvar.

    A cavalo, a p, de carro de boi, de burro... Todos subiam para as montanhas ondea gua no chegaria.

    Passou a carroa de seu Manoel, que ofereceu ajuda. Mas Joaquim respondeu: No, obrigado. Deus meu amigo e vai cuidar de tudo. A providncia divina

    vem me salvar.

    A gua foi subindo. A gua foi subindo. J estava pelo meio da casa. Joaquim subiuna janela.

    Passou o trator do governo, puxando uma carreta cheia de gente. O motorista gritou:

    Vamos seu Joaquim! A enchente vem a!

    No, obrigado. Deus meu amigo e vai