!

SIMONE MOZERLE TEIXEIRA

Album Historico" Lupicinio Rodrigues

Paixao e Boemia"

CURITIBAUTP2006

SIMONE MOZERLE TEIXEIRA

Album Historico" Lupicinio Rodrigues

Paixao e Boemia"

TCC- Trabalho de conclusao de Curso apresentadoao Curso de Design, habilitac;ao em

Design Grafico, comorequesito parcial para obtenc;:ao do

grau de Designer Grafico daUTP Universidade Tuiuti do Parana,

orientada peto Professor Leandro Roth.

CURITIBAUTP2006

III

IV

Dedico este trabalho de gradual'aoa minha familia, que sempre me

apoiaram em minhas escolhas e decisoes.

v

Agradec;o a todos que estiveram presentese me ajudaram direta e indiretamente no projeto,

amigos, familia e professores.

VI

SUMARIO

LlSTA DE FIGURAS ..

RESUMO ..

ABSTRACT..

INTRODU9AO ..Titulo do Projeto .Justificativa ..Objetivo.

REVISAO BIBLIOGRAFICA ..o compositor Lupicinio Rodrigues ..Infancia e adolescencia .A consagrac;ao ..Casamento e boemia ..Recuperac;ao de Lupicinio ..Cronologia ..Falta de registro de sua obra ..Obra ..Antologia de versos ..Discografia ..Estilo musical ..A hist6ria do samba ..Samba-can,ao ..Prirn6rdios da Bossa ..Design.Rela,ao Design e Arte ..Design Grafico ..

MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA ..Publico Alvo ..Comparac;6es de Produtos Similares .Analise de Livros Similares ..Gera,ao de Alternativas ..Formato do Album ..Segunda Gera,ao ..Escolha dos Elementos ..Projeto Editorial.Fontes ..Composi,oes ..Materiais basicos definidos ..Especificaty6es Tecnicas .

....... IX

. X

. XI

. 01. 01. 01

. 01

. 03. 03

. 04............................... 04

. ~. 05

. 06. 12

. 12. 12

. 15. 16

. 17. 18

. 19. 19

. 19. 20

. 24. 24

. 24. 25

. 28. 28

. 29. 29

. 30. 30

. 32. 32

. 34

VII

Embalagem.A Importancia da Embalagem ..Fechamento da Embalagem ...Display ..

CONCLUSGES E RECOMENDA<;GES ..

............... 35. 35

. 41. 42

..... 44

REFERENCIAS ELETRGNICAS ...

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 45

. 46

VIII

LlSTA DE FIGURAS

Figura 01 - Embalagem, album e estojo.. . 02Figura 02 - Fotografia Lupicinio Rodrigues.. . 03Figura 03 - Fotografia Lupicinio Rodrigues e Orquestra Oasis 09Figura 04 - Capa album Dor de Cotovelo 1973 . 15Figura 05 - Capa album Lupicinio Rodrigues 1974.. . 15Figura 06 - Capa album Eu e meu Cora,ilo . . 15Figura 07 - Capa album Minha Hist6ria . . . 15Figura 08 - Capa album Felicidade.. . 16Figura 09 - Capa album Ha urn Deus. . 16Figura 10 - Tabela de Produtos Similares.. . 24Figura 11 - Analise do livro Rita Lirica .. . 25Figura 12 - Analise do livro A Orquestra Sinf6nica . . 25Figura 13 - Analise do livro A Vida e Obra de Estela Sandrini.. . 26Figura 14 - Analise do livro A Arte e Sociedade no Brasil.. . 26Figura 15 - Analise do livro A Arte de Joilo Turim.. . 27Figura 16 - Analise do livro A Hist6ria da Propaganda no PR . . 27Figura 17 - Formato Aberto do Album.. . 28Figura 18 - Formato Aberto do Album definido .. . 29Figura 19 - Modelo de Diagramayilo Livre.... . 30Figura 20 - Modelo diagramayilo dos capilulos . 31Figura 21 - Modelo diagramayilo das paginas... . 32Figura 22 - Diagramal'ilo para 0 formato do album. . 32Figura 23 - Embalagem estojo CD planificada com suas medidas 36Figura 24 - Embalagem estojo CD aberta parte exterior.. . 36Figura 25 - Embalagem estojo CD.. . 37Figura 26 - Encarte CD plano .. . 37Figura 27 - Capa CD.. . 38Figura 28 - Bolacha CD . . 38Figura 29 - Embalagem para 0 Album e CD aberta e medidas 39Figura 30 - Embalagem do Album e CD aberta .. . 39Figura 31 - Embalagem com vista frontal. . 40Figura 32 - Embalagem aberta com bolso e berl'o. . 40Figura 33 - Embalagem com Album e CD . . 41Figura 34 - Suporte de fechamento da embalagem.. . 41Figura 35 - Suporte da embalagem fechado.. . 42Figura 36 - Display com as medidas.. . 43Figura 37 - Display com Album.. . 43

IX

RESUMO

o gaucho Lupicinia Rodrigues e urn dos maiores compositores brasileiros. Aindadesconhecido par uma grande parte de pessoas apesar da contemporaneidade desua obra.Suas tetras era reflexo do cotidiano de homens e rnulheres na decadas de 1930,40,50 e 60.Considerado 0 pai da dor-de-cotovel0 pela natureza de suas m(Jsicas, Lupicinioconseguiu urn feito raro em nossa rnusica popular: ser urn dos poucoscompositores de fora do Rio de Janeiro a fazer sucesso com seu samba-c8g2lo.

Este projeto se propoe criar urn album hist6rico do compositor LupicinioRodrigues, utilizando 0 design grafieD como ferramenta de valoriz8gao de umaparte da cultura brasileira que aos poucos vai se perdendo par falta de interesse econhecimento. 0 abjetivo e catalogar num album hist6rico a trajet6ria docompositor com suas composi~6es, depoimentos, hist6rias e fotografias, desde adecada de 20 a de 70 e homenagens p6stumas. Descreve a metodologiaempregada para definir a publica~ao, envolvendo decis6es tais como: tamanho,materiais graficos composi~ao de texto, imagem e diagrama~ao procurandoevidenciar a importancia do design graJico na qualidade do produto final.

Palavra-chave: Album, Historia, Projeto Editorial

x

Abstract

Lupicinio Rodrigues considered one of the best Brazilian composers, who hasbeen overlooked for a long time, despite the contemporary nature of his work. Noone has portrayed the bohemian lifestyle with more sensitive and passionateverses than Lupicinio Rodrigues. Treasons, solitude, love, revenge, - title of one ofhis most famous songs - were his main themes for his sambas.

The aim of this project is to create a chronological catalogue of the composerLupicinio Rodrigues, using graphic design as a knowledge capture tool to valuate apart of the Brazilian culture that has being lost over time due to lack of interest andknowledge. The objective is to catalogue in a chronological the trajectory of thecomposer including his compositions, statements, histories and photographs,dating from the decade of 20s to 70s and also including posthumous homage. Itdescribes the methodology used to define the publication, involving decisions suchas: size, graphic material, text composition, image and diagramming in order toprovide the evidence that shows the importance of graphic design in the finalproduct quality.

Word Key: Album, History, Graphical Project

XI

INTRODU<;:AO

o gaucho Lupicinio Rodrigues e urn dos maiores compositores brasileiros. Aindadesconhecido par uma grande parte de pessoas apesar da contemporaneidade desua obra.Suas tetras era 0 reflexo do cotidiano de homens e mulheres nasdecadas de 1930, 40,50 e 60.

Considerado 0 pai da dor-de-cotovelo pela natureza de suas musicas, Lupicinioconseguiu urn feito raro em nossa musica popular: ser urn dos poucoscompositores de fora do Rio de Janeiro a tazer sucesso com seu samba-canyao.Ninguem retratou a vida boemia com versos mais singe los, sensiveis e de maiorcarga passional do que Lupidnio Rodrigues, trai~6es, solidao,ving,anr;a - titulo deuma de suas canr;oes mais famosas - eram principais temas de seus romanticossamba-can<;Elo. Escreveu tambem sambas carnavalescos, de malandragem eexaltac;:ao, musicas regionais e ate 0 hino do Gremio Futebol Clube, tradicionaltime gaucho.

Titulo do Projeto

Album Hist6rico "Lupicinio Rodrigues Paixao e Boemia".

Justificativa

Falta de material grafico sabre a compositor, este projeto se propoe criar umalbum hist6rica utilizando a design grafico como ferramenta de valarizac;:ao de umaparte da cultura brasileira.

Objetivo

o objetiva desse prajeto e catalogar num album hist6rica a trajet6ria do compositorcom suas composi90es, depoimentos, historias e fotografias, deste da decada de30 a 70 e hamenagens p6stumas. Envolvendo decisoes tais como: formato,material grafico composic;:aa de texto, imagem e diagramac;:aa procurandoevidenciar a importancia do design grtlfico na qualidade do produto final.

FIGURA 1 - Embalagem Album e Estojo

REVISAo BIBLIOGRAFICA

Este capitulo trata dos resultados de pesquisa sabre a compositor LupicinioRodrigues, sua trajet6ria na musica popular brasileira, urn resumo da sua vidacronologicamente, e a discografia e seu 8stilo musical 0 samba-canc;ao.

o compositor e cantor Lupicinio Rodrigues

o gaucho Lupicinio Rodrigues e urn dos melhores compositores brasileiros, aindae desconhecido par uma grande parte de pessoas, apesar da contemporaneidadede sua obra. Considerado a pai da "dar de cotovelo" pela natureza de suasmusicas cnde os amores traidos e fracassados e a tristeza estao semprepresentes.

Lupicinio Rodrigues conseguiu urn feito raro em nossa musica popular: ser urn dospoueos compositores, de fora do Rio de Janeiro, a fazer sucesso com seu samba-canr;:ao.

Sobre ele, 0 poeta Augusto de Campos dizia que S8 caracterizava "pelo usoexplosivo do 6bvio, da vulgaridade e do lugar-comum", e 0 comparava aoShakespeare.

o titulo escolhido para 0 album "Lupicinio Rodrigues Paixao e Boemia" sao duascaracteristicas marcantes na vida do compositor vivia para a boemia e compunhasuas musicas sempre apaixonado.

Lupicinio Rodrigues faleceu em 27 de agoslo de 1974, em Porto Alegre, cidadeonde sempre viveu.

FIGURA 2 - LUPICiNIO RODRIGUES

Infancia e Adolescimcia

Lupicinio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sui, na Ilhota, urnbairro pobre da cidade. Corria 0 dia 16 de setembro de 1914. Chovia tanto que 0

corrego proximo da sua casa inundou. A parteira foi obrigada a chegar 121de barco.Lupicinio Rodrigues foi a quarto filho - a primeiro homem - de uma serie de 21que seus pais, Francisco e Abigail, teriam.

Seu Francisco era funcionario publico. Admirador de gente letrada, mandou a filhopara a escola logo aos cinco an os de idade. 0 men ina se distraia muito cantandona sala de aula. Por isso teve que parar os estudos, so os retomando dais anosdepois. Cursou 0 primario e 0 ginasial (correspondentes ao atual primeiro grau).Enquanto estudava, trabalhou como aprendiz de mecanico. Seu primeiro empregofoi na companhia de bondes de Porto Alegre.

Aos catorze anos, ele compos sua primeira musica, "Carnaval", para um cordaochamado Prediletos. Precocemente, ja estava adotando a boemia, regada abebidas e serenatas. 0 pai nao gostou e 0 obrigou a se alistar no Exercito, aosquinze anos, como "voluntario"

A Consagracao

Lupi, (como era chamado nas radas dos amigos), continuou cantando ecompondo. Como cantor, sua maior influencia era Mario Reis. E, comocompositor, Noel Rosa. Este, ele veio a conhecer em 1932. "Esse garato vailange", disse Noel apos ouvi-Io cantar, como integrante do grupo Catao.

Em 1935, Lupicinio Rodrigues deu baixa do exercito e voltou para Porto Alegre.Seguindo nova orienta~ao paterna, foi trabalhar como bedel na Faculdade deDireito. No mesmo ana, venceu urn concurso musical da prefeitura emcomemora((ao aD centenario da Revolu((ao Farroupilha, com "Triste Historia". Acangeo era uma parceria com Alcides Gonyalves, que a gravou em 1936, juntocom "Pergunte aos Meus Tamancos", outro samba da dupla.

Lupicinio jamais deixou Porto Alegre. Somente por alguns meses, em 1939, viveuno Rio. Cantou, entaD, para Francisco Alves, que passou a grava-Io e tornou-seurn dos seus principais interpretes. 0 chamado "Rei da Voz" transformou emsucessos "Nervos de Ayo", em 1947, "Esses Mogos" e "Quem Hi! de Dizer" (comAlcides Gon~alves), em 1948, e "Cadeira Vazia", em 1950.

Casamento e boemia

Em 1949, Lupicinio se casou com a gaucha Cerenita Quevedo Azevedo. Ele aconhecia desde a infancia, em Santa Maria, e dela nao se separaria mais. Aindano fim dos anos 40, 0 compositor abriu uma churrascaria, a primeiro de uma seriede bares e restaurantes com musica que vi ria a ter. Neles viveria na boemia quenunca deixou de exercer.

No inicio da decada de 50 sua obra ganhou uma nova importante interprete: apaulista Linda Batista. Em 1951, ela estourou com a samba-can91io "Vingan9a",talvez 0 maior sucesso do compositor. No ana seguinte, Lupicinio Rodrigues deuvazao ao seu lado de cantor, gravando seu primeiro album, "Roteiro de umBoemio", pelo selo Star (mais tarde, Copacabana).

Em 1959, ele compos a hino olicial do Gremio Futebol Porto-alegrense. Nomesmo ano, "Eta Disse-me Assim" inaugurou com sucesso a serie de gravat;;oesque Jamelao faria de musicas suas. 0 cantor carioca foi 0 maior divulgador de suaobra, a qual dedicou dois LPs exclusivos.

Em 1960, uma regrava91io de Elza Soares lez "Se Acaso Voce Chegasse"estourar pela segunda vez. Nos anos seguintes, porem, 0 nome de LupicinioRodrigues foi relegado ao esquecimento.

Recupera~ao de Lupicinio

Em 1968, a situac;:ao de Lupicinio, que estava num ostracism 0, ameat;;ou mudar: aRCA Victor coligiu velhas gravat;;6es de alguns de seus mel hares interpretes no LP"Encontro com Lupicinio Rodrigues". E no ano seguinte, a sua "Primavera", comHamilton Chaves, ficou entre as dez finalistas do "V Festival de Musica Popular",da TV Record.

A definitiva recuperat;;ao, porem, ocorreu no inicio dos anos 70. Primeiro, JoaoGilberta cantou "Quem Ha de Dizer" num hist6rico programa, feito com CaetanoVeloso e Gal Costa, na TV Tupi, em 1971. Logo novas grandes names da MPBincorporaram outras canc;:oes de Lupi aos seus shows; algumas foram gravadas.Em 1973, "Volta" loi registrada par Gal, e "Nervos de A90", par Paulinho da Viola.Em 1974, "Felicidade" se tornou urn hit com Caetano, e Elis Regina lanc;:ou"Cade;ra Vazia".

De tempos em tempos Lupicinio Rodrigues e cantado, gravado ou homenageado.Em duas dessas vezes, nos anos 80, a regravac;:ao de urna musica sua alcanc;:ougrande popularidade: com "Nunca", na voz de Zizi Possi, e com "Loucura", comMaria Bethania. Entre os interpretes das mais recentes gerat;;oes que fizeramreleituras de canc;:oes suas na decada de 90, citam-se 0 paulista Arnaldo Antunese a gaucha Adriana Calcanhoto.

Cronologia

1931Passou a ser 0 sold ado 417 do 7' Batalhao de Ca,adores de Porto Alegre. Noquartel, foi cantor de um conjunto musical de sold ados e continuava compondopara as blocos carnavalescos. Chegou a vencer um concurso com uma marchinhaque compusera tres anos antes chamada Carnaval, feita para 0 CordaoCarnavalesco Prediletos e executada agora pelo Rancho Seco.

1932Podia ser encontrado cantando num bar da Prac;a Garibaldi, em Porto Alegre, comurn grupo chamado Conjunto Catao. Tinha 18 anos, estava no exercito, masapesar da rigidez do quartel, arrumava tempo para compor suas musicas e cantar.Nessa epoca foi vista por Noel Rosa, em visita a capital gaucha, e que teriaafirmado: "Esse garoto e bom, esse garoto vai longe!"

1933Era promovido a cabo e transferido para a cidade de Santa Maria.

1935Quando deu baixa no exercito Seu Chico conseguiu-lhe um emprego de bedel naFaculdade de Direito. Apesar de ter tido uma grande paixao na juventude, a jovemIna, nao chegou a se casar, pois a moc;a nao aceitava sua vida boemia.Romperam a noivado com grande magoa um do outro. 0 proprio compositoradmitiria que esse fracasso amoroso na juventude teria sid a fonte de inspiravao demuitos sambas seus. lncentivado pelos arnigos, participou de um concursopromovido pela Prefeitura de Porto Alegre, em comemorac;ao ao Centenario daRevoluvao Farroupilha. Inscreveu uma parceria com Alcides Gonc;alves, cantor daRadio Farroupilha, intitulada Triste historia. Apesar de concorrer com nomesfamosos, venceu 0 concurso. Viu em Alcides que era, alem de cantor, pianista eviolonista, uma otima parceria.

1938Obteve seu primeiro grande sucesso com 0 samba "Se acaso voce chegasse",parceria com Felisberto Martins e gravado na Victor por Cyro Monteiro. Um fatoque fez seus sambas serem divulgados foi 0 de Porto Alegre receber muitosnavios, pois os marinheiros freqOentavam a boemia do centro da capital gaucha,onde as bares tocavam muitas de suas musicas. Assim, os jovens marinheiros,quando embarcavam, levavam para outros centros aqueles sucessos ouvidos nosdancings de Porto Alegre. Uma dessas musicas acabou nos escritorios da RCAVictor, e seus executivos acabaram recebendo uma carta do sui esclarecendo quese tratava de um samba de Lupicinio Rodrigues. Era "Se acaso voce chegasse",samba com 0 qual final mente passou a ter projec;ao nacional.

1939Depois de rompido 0 nalvada com Ina, decidiu passar uma temporada no Rio deJaneiro. Passou a freqOentar a boemia da Lapa carioca, convivendo com artistas ecom a malandragem de entao. Entre as companheiros de noitadas no legendiuioCafe Nice estavam Kid Pepe, Germano Augusto, Wilson Batista, Ataulfo Alves,entre Qutros. Fai naquele rectuto boemiD que ficou conhecendo Francisco Alves,que se tornou urn de seus principais interpretes. Neste ana teve mais urn sambagravado par eyro Monteiro, UEnquanto a cidade dormia", com Felisberto Martins.

1940o samba "8ri9a de amor", com Felisberto Martins, foi lanc;:ado pela Victor par eyroMonteiro em disco que entretanto, somente foi lanc;:ado cinco anos depois pelagravadora Victor.

1942Seu samba "Carteiro", com Felisberto Martins foi gravado na Odeon por OdeteAmaral.

1943Na Odeon, Morais Neto gravou 0 samba "Eu e que nao presto" e Moreira da Silvao samba "Cigano", parcerias com Felisberto Martins.

1944o cantor e compositor gaucho Caco Velho gravou 0 samba "Briga de gato", comFelisberto Martins. Mais dois sambas com Felisberto Martins foram registrados,uMeu pecado", por Moreira da Silva e Basta, por Orlando Silva, que gravou no anaseguinte a samba "Brasa", tam bern parceria com Felisberto Martins.

1945Outre samba com a mesmo parceire foi gravado na Odeon, "Malvado", na voz deAtaulfo Alves e suas pastoras. Teve ainda a marcha "Verao no Brasil", parceriacom Denis Brean, gravada por Rubens Peniche na Continental e, na mesmagravadora teve a samba "Que baixo"gravado par Caco Velho, sambista tambemnascido em Porto Alegre e tambem seu parceiro no samba.

1947Francisco Alves fez a primeira gravac;:ao do samba-canc;:ao "Nervos de ac;:o", quese tornaria um classico de seu repert6rio e da propria musica popular brasileira.Nesse ana, Orlando Silva gravou a canc;:ao "Ze Ponte", com Felisberto Martins e aQuarteto Quitandinha, na Continental, fez a prime ira gravac;:ao da toada"Felicidade". Aposentou-se da Faculdade de Direito de Porto Alegre par motivo dedoenc;:a. Nessa epoca, resolveu abrir uma churrascaria, a Jardim da Saudade auGalpao do Lupi, a primeira de uma serie de restaurantes e bares que iria abrir nosanos seguintes.

1948Francisco Alves langou 0 samba "Esses motyos (Pobres moc;:os)" , que S8 tornariatambem urn classico da MPB e presenc;:a constante no repert6rio da chamadamusica romantica e que era uma composigao inteiramente sua feita ao saber queo grande amigo e parceiro Hamilton Chaves iria S8 casar. Tambem nesse ano,obteve novo grande sucesso gravado par Francisco Alves com 0 samba-can98o"Quem ha de dizer", com Felisberto Martins, diretor artistico da Odeon. A partir deFelisberto Martins, passou a dar parceria com mais frequencia a alguns colegascomo forma de divulgar seus sambas no Rio de Janeiro. Na verdade, essa erauma pratica comurn na epoca, principalmente para compositores que viviam longedos grandes centros de difusao cultural, Rio e Sao Paulo.

1949Francisco Alves gravou na Odeon 0 samba-canc;:ao "Cadeira vazia", outro classicode seu repert6rio. Essa gravac;:ao, que saiu no selo do disco apenas com seunome como compositor, provocou 0 afastamento de Alcides Gonc;:alves, que naose conformou com a atitude de omissao do parceiro, ainda que este dissesse naoter tido culpa, ate porque era representante de uma sociedade de direitos autoraisno Rio Grande do SuI. Apareceriam ainda algumas composic;:oes suas com AlcidesGonc;:alves. Ainda nesse ano, Isaura Garcia gravou 0 samba "Eu nao sou lou co" ,parceria com Evaldo Rui, e Francisco Alves gravou na Odeon 0 samba-canc;:ao"Maria Rosa", parceria com Alcides Gonc;:alves. Neste ana casou-se com CerenitaQuevedo Azevedo, que conheceu ainda crianc;:a, e nao via ha mais de 15 anos.Com ela teve um filho, Lupicinio Rodrigues Filho.

1951Teve dois sambas-canc;:ao gravados por Linda Batista na RCA Victor, "Donadivergencia", com Felisberto Martins e "Vinganc;:a", que se tornou um dosmomentos marcantes da carreira da cantora e que chegou a causar variossuicidios, segundo a cronica policial da epoca. Com essa musica consolidou seuestilo "dor-de-cotovelo", que Ihe deu grande projec;:ao e que continuou a fazer deleurn dos compositores mais gravados pelos idolos da epoca.

1952Gravou uma serie de tres discos pela gravadora Star, futura Copacabana, comseis composic;:oes suas, os sambas" Eu e meu corac;:ao, Sombras, Vinganc;:a, Eunao sou de reclamar, As aparencias enganam, Eu e que nao presto e Nunca" e 0

baiao-xote "Felicidade", gravado com as Tres Marias. Ainda em 1952, Joao Diasgravou na Odeon 0 samba "Div6rcio"; Luiz Gonzaga na RCA Victor as valsas"Jardim da saudade", com Alcides Gonc;:alves e "Juca" e Joao Dias, na Odeon, amarcha "Meu figurin~", parceria com Felisberto Martins. Nesse ano, Linda Batistafez grande sucesso com 0 samba-canc;:ao "Foi assim" e sua irma Dircinha Batistacom 0 tambem samba-canc;:ao "Nunca", classicos da carreira do compositor etambem das cantoras que os lanc;:aram.

FIGURA 3 -LUPICiNIO RODRIGUES COM INTEGRANTES DA ORQUESTRA OASIS, 1952

1953Seu samba-can<;ao "Castigo", com Alcides Gonc;;alves, foi gravado par GilbertaMilfont na RCA Victor. Nesse ano, ele proprio gravou dois discos na gravadoraCopacabana: as sambas"

1954Seu samba-canc;;ao "Aves daninhas" recebeu uma gravaC;;<3omarcante de NoraNey pela Continental tornando-se urn dos suceSSDS do ano. Tambem nesse ano, 0

Trio de Oura gravou na RCA Victor 0 samba ~Boca fechada". Na mesma epoca,Carlos Galhardo gravou na RCA Victor 0 samba-canc;;ao "Minha historia", comRubens Santos e Marlene, na Continental a toada "Se e verdade",

1955Teve Dutra composic;;ao gravada par Nora Ney na Continental, 0 samba "Doistristan has". Nesse ano, Joao Dias gravou na Copacabana 0 samba-canc;;ao"Rainha do show", parceria com David Nasser.

1956Sua toada "Cevando a amargo" fol gravada par Carmelia Alves na Copacabana.Nesse ano, gravou pela Copacabana 0 LP "Roteiro de um boemio" no qual cantou"Os beijos dela, Jardim da saudade, Aves daninhas, Nossa Senhora das Grayas,Inah, Namorados e Amor e um s6", de sua autoria e "Se acaso voce chegasse",com Felisberto Martins.

1957Fez com David Nasser a marcha "Domino" lanyada par Angela Maria. Nesse ana,Dalva de Oliveira lanc;ou pala Odeon 0 samba-canC;8o "Hit urn Deus", regravadomeses depois par Maria Helena Andrade na gravadora pernambucana Mocambo.Angela Maria gravou tambem a samba-cany8o "Amigo ciume", com OnofrePontes.

1958leve a samba-canyao "Calunia", com Rubens Santos gravado na RCA Victor parlinda Batista e 0 samba-cant;:ao'Vingam;a" regravado por Vicente Celestino,tambem na RCA Victor.

1959Compos 0 "Hino oficial do Gremio", homenageando os 50 anos do clube de futebolgaucho. Nesse ano, conheceu grande sucesso com as sambas-can9ao "Ela disse-me assim e Exemple" gravados par Jamelao na Continental. Ainda nesse ano,Elza Soares regravou 0 samba "Se acaso voce chegasse", que acabou sendo umadas mais importantes musicas do repert6rio dela, e que consolidou seu prestigiode cantara.

1961Jamelao gravou as sambas-canyao "Foi assim" e "Meu natal"

1963Seu samba-canyao "Torre de Babel" foi gravado par Jamelao na Continental.

1967Gravou urn hist6rico depoimento para a MIS do Rio, que obteve repercussao naimprensa nadona1.

1968A RCA Victor reuniu no elepe "Encontro com Lupicinio Rodrigues", seus grandessucessos.

1969Concorreu ao V Festival da Record com a can'rc3o"Primavera", interpretada porlsaurinha Garcia, ficando entre as 10 finaiistas, Nesse ano, Jamelao gravou "Avida e isso" no LP "Cuidado mo,o", lan,ado pela RCA Victor.

1971Joao Gilberto cantou "Quem ha de dizer", em programa da TV Tupi de Sao Paulo.

1972Caetano Veloso apresentou "Volta", que Gal Costa incluiu em seu elepe "india",lan,ado pela Phillips. Nesse ano, 0 cantor Jamelao lan,ou pela Continental 0 LP"Jamelao interpreta Lupicinio Rodrigues", com 12 can'roes do compositor gaucho,entre as quais, "Home nag ern, Neruos de a'ro, Ela disse-rne assim, Vinganc;a, Urnfavor e Sozinha"

1973Paulinho da Viola gravou "Nervos de a,o", no LP hom animo, pela Odeon, numainterpreta'rao rnarcante. Nesse ana, Jamelao gravou "Meu barraco", com Leduvyde Pina e "Loucura". Tambem no rnesrno ano, gravou aquele que seria seu ultimodisco, "Dar de cotovelo", com 13 canc;oes de sua autoria entre as quais "Caixa de6dio, Dona do bar, Judiaria, Carlucia e Rosario de esperan.ya".

10

1974Caetano incluiu uFelicidade" em seu elepe "Temporada de verao ao vivo naBahia", gravado na Philips. Nesse ana, 0 cineasta Bruno Barreto escolheu "Essesmoc;os" para ser 0 tema de seu filme "A estrela sobe"; Elis Regina regravou"Cadeira vazia" e Jameiao, "Coquetel de sofrimento e Se e verdade".

1978Sua toada "Margarida" foi gravada pela dupla sertaneja Tiao Carreiro e Pardinho.

1987Fai novamente homenageado par Jamelao no LP "Recantando magoas - Lupi, adar e eu" no qual 0 cantor mangueirense interpretou, entre Qutras, "Eu e meucorac;ao, Volta, Rosario de esperanc;a, Ex-filha de Maria e Pra Sao Joao decidir".

1994o governa do Rio Grande do Sui instituiu 0 "Ano Lupi - Ana Cultural LupicinioRodrigues", em comemorayc3o aos 80 anos de seu nascimento.

1995A Editora L&PM de Porto Alegre langou "Foi assim", coletanea de cr6nicas escritaspor Lupicinio na decada de 60, para 0 "Jornal Ultima Hora" de Porto Alegre. Aedigao foi organizada por Lupicinio Rodrigues Filho. Numa dessas cr6nicas elelembraria de sua primeira musica: "Vinte anos depois, quando eu fazia parle deuma comissao que julgava musicas carnavalescas, me apareceu nova mente amarchinha, desta vez cantada pelo grupo Democratas e como sendo de autoria deoutros dois compositores. Eu nao falei nada aos oulros membros da comissao e amusica novamente venceu. Deixei os meninos receberem 0 premio e ate convidei-os para tomarem uma ceNeja comigo ...

1996Seu parceiro Rubens Santos organizou 0 show "Lupicinio as pampas" em suahome nag em que, depois de ser apresentado no Rio de Janeiro, excursionou naArgentina reunindo Luis Melodia, Paulo Moura, Adriana Calcanhoto, entre outros.

1997A Editora Globo lan90u 0 fasciculo e 0 CD "Lupicinio Rodrigues", da cole9ao MPBCompositores nO23.

11

Falla de Registro de sua Ob,a

Quando Lupicinio morreu, em agosto de 1974, nao havia registro ao menesrazoavel de sua obra. Nem pensar num Museu do Som gaucho n;;o havia sequeruma entrevista mais completa, eficiente, que proporcionasse elementos para uma,biografia. Um longo depoimento seu, dado ao Museu da Imagem e do som do Riode Janeiro, em 21 de levereiro de 1968, nao loi, parece, cuidado com 0 devidocarinho e perdeu-se, com gravayaes paralelas e Qutros inacreditaveis ruidasinutilizando quase noventa par cento da gravayao. Nem carinho nem competencia,pelo amor de Deus, pra cuidar-se da memoria nacional. 0 que salva mesmo apittria, esta desmemoriada, e uma entrevista que 0 competente Pasquirn realizouem outubro de 1973. E uma coluna semanal que 0 Lupicinio escrevia pro jomalUltima Hora em 1963.

Ob,as

Consta que Lupicinio compos cerca de 600 musicas, das quais umas 150 Icramgravadas. Dessas, 88 aparecem nos quatro CDs que 0 selo paranaenseRevivendo, especializado em registros hist6ricos, lant;:oucom as grava.;:oesoriginais, leitas em discos de 78 rpm entre 1936 e 1964. Foi 0 gaucho AlcidesGonyalves a primeiro a gravar Lupicinio: Triste hist6ria e Pergunte aos meustaman cos, no ana de 1936.

Antologia de versos

USeu nome quando os fregueses murmuramParece ate que me furamCom fiechas 0 corayaoPois tenho medo que algum rapaz atrevidoMe roube 0 anjo queridoQue eu tenho atras do balcao"("Boneca de Doce 'J

-E prossigo rezandoPedindo e implorandoA Deus 0 que eu tanto esperoSe ele nao a quer maisQue me de, que eu a quero"(Ex-Filha de Maria)

"Reparem bem que quando ela lalallumina mais a salaDo que a luz do refietoro caban; se infiama quando ela danyaE com a mesma esperanc;aTodos Ihe poem 0 olhar"(Quem Ha de Dizer)

12

"Se eles julgam que a um linda futuroS6 0 amor nesta vida conduzSaibam que deixam 0 ceu or ser escuroE VaG ao inferno a procura de luz"("Esses MOyos")

Eu naD sei se 0 que trago no peitoE ciume, despeito, amizade au horrorEu s6 sei Eo que quando eu a vejoMe da um desejo de morte ou de dor("Nervos de Ayo'J

Vai, pergunte aos meus tamancosQuantas vezes nos meus trancosPassei I" no teu portaoE 0 placo, placo, placoDo meu saitoChegou a fazer buracoNo asfalto I'; do chao("Pergunte aos Meus Tamancos'J

Aonde a Dona DivergenciaCom seu archoteEspalha raios de morteA destruir as casaisE eu, combatente atingido,Sou qual urn pais vencidoQue naD se organiza mais("Dona Divergencia")

E eu Ihe agrade~oPor de mim ter-se lembradoEntre tanto desgra~adoQue em sua vida passouHomem que e hom emFaz qual 0 cedroQue perfuma 0 machadoQue 0 derrubou("Castigo", com Alcides Gon9alves)

Uma pessoa prestando atenc;;aoVe que as rimas dos versos que eu fat;:oTrazem peda~os do meu cora~o("Ponta-de-Iam;a 'j

13

Eosa semente do mal plantada par DemoPara calher desengano e desilusaoQuando estou perto de ii, eu confesso que tremoPorque eu sinto em perigo 0 meu corac;:ao("Minha Ignorimcia'J

E assim essa bola achatadaQue chamam de mundo prossegue a rodarEo amor continua urn misterioQue nem a cie!ncia consegue explicar("Os Beijos De/a'J

Mas enquanto houver fort;;a em meu peito, eu nao quero mais nadaS6 vinganc;:a, vinganC;:8, vinganC;:8 aos santos clamar!Voce ha de rolar como as pedras que rolam na estradaSem ter nunca urn cantinho de seu pra poder descansar("Vinganga 'J

Eu preciso esquecer a mulherQue me fez tanto malTanto mal que me fezE ele insiste em dizer que a querE que eu devo procura-Ia Qutra vez("Eu e Meu Corag80'J

Se aeaso voce chegasseNo meu chata e encontrasseAquela mulher que voce 90stouSera que tinha coragemDe trocar nossa amizadePor ela que ja Ihe abandonou?("Se Acaso Voce Chegasse", com Felisberto Martins)

A minha casa fica Iii detras do mundoOnde eu vou em um segundoQuando comer;:o a cantaro pensamento parece uma coisa a toaMas como e que a gente voaQuando comer;:a a pensar("Felicidade'J

14

Discografia

"Vinganqa / E Eu nao sou de Reclamar" 1952 -Star 78

"Eu e meu Coraqao / Sombras" 1952 - Star 78

"Nunca / Felicidade" 1952 - Star 78

"0 Morro est,; de Luto / Tola" 1953 - Copacabana 78

"Roleiro de Urn Boi!mio" 1959 - Copacabana LP

FIGURA 4 - CAPA DO ALBUM DOR DE COTOVELO 1973 - LP

FIGURA 5 - CAPA DO ALBUM LUPICINIO RODRIGUES 1974 - PHILIPS LP

LUPICINIn

FIGURA 6 - CAPA DO ALBUM EU E MEU CORACA01995 - REVIVENDO CD

FIGURA 7 -CAPA DO ALBUM MINHA HISTDRIA 1995 -REVIVENDO CD-

15

FIGURA 8 - CAPA DO ALBUM FELICIDADE 1995 - REVIVENDO CD-FIGURA 9 - CAPA DO ALBUM HA UM DEUS 1995 - REVIVENDO CD

Estilo Musical

A historia do samba

o samba, como conhecemos atualmente, tern origem afro-balana, temperado commisturas cariocas. Nasceu da influ€mcia de rltmos africanos, adaptados para arealidade dos escravos brasileiros e, ao longo do tempo, sofreu inumerastransforma~6e5 de carater social, econ6mico e musical ate atingir ascaracteristicas conhecidas hoje.

o genero, descendente do lundu (canto e dan~a populares no Brasil do seculoXVIII), come~ou como dan~a de roda originada em Angola e trazida pelosescravos, principalmente para a regiao da Bahia. Tambem conhecido parumbigada ou batuque, consistia em urn dan9arino no centro de uma roda, quedan9ava ao som de palmas, coro e objetos de percussao e dava uma "umbigada"em outro companheiro da roda, convidanda-o a entrar no meio do circulo.

Com a transferemcia, no meio do seculo XIX, da mao-de-obra escrava da Bahiapara 0 Vale do Paraiba e, logo apes, 0 declinio da produ~ao de cafe e a aboli~aoda escravatura, as negros deslocaram-se em direyao a capital do pais, Rio deJaneiro.

Instalados nos bairros cariocas de Gamboa e Saude, eles dariam inicio adivulgay80 dos ritmos africanos na Corte. Eram nas casas das tias baianas, comoAmelia, Ciata e Prisciliana, que aconteciam as festas de terreiro, as umbigadas eas marcac;oes de capoeira ao sam de batuques e pandeiros. Essas manifestac;oesculturais propiciariam, conseqOentemente, a incorpora98o de caracteristicas de

16

outros generos cultivados na cidade, como a polca, 0 maxixe e 0 xote. 0 sambacarioca urbano ganha a cara e os ritmos conhecidos.

Em 1917 foi gravado em disco 0 primeiro samba chamado "Pelo Telefone". Amusica, de autoria reivindicada por Donga (Ernesto dos Santos), geraria polemicauma vez que, naquele tempo, a composigao era feita em conjunto. Essa cangao,par exemplo, foi criada numa reda de partido alto (pessoas que partilhavam dosantigos conhecimentos do samba e designava musica de alta qualidade), do qualtambem participaram Mauro de Almeida e Sinha (Jose Barbosa da Silva), que seauto-intitulou "0 rei do samba".

Ap6s a primeira gravat;:ao, 0 samba conquistaria 0 mercado fonografico e, com ainaugurat;:ao do radio em 1922 - unico veiculo de comunicat;:ao em massa ateentao -, alcant;:aria as classes medias cariocas. 0 novo estilo seria, ainda,abra<;ado e redimensionado por filhos de classe media, como 0 ex-estudante deMedicina Noel Rosa e 0 ex-estudante de Direito, Ari Barroso, atraves de obrasmemaraveis como "Tarzan, 0 filho do alfaite" e "Aquarela do Brasil"

As transformac;oes do samba

o genera que conquistou 0 titulo de identidade do Brasil dentro do pais e noexterior, tambem cativou muitos adeptos no cenario artistico. Cad a um deles deusua contribui<;ao ao estilo, surgindo diferente ramifica<;oes do tradicional samba.o baiano Dorival Caymmi emprestou um pouco do seu refinamento as can<;oesenquanto 0 tambem conterrfmeo Batatinha incorporaria seu sotaque regional aenredos tristes. 0 paulistano Adoniran Barbosa encheria suas musicas com seuhumor sarcastico enquanto 0 gaucho Lupicinio Rodrigues, influenciado pelobolero, trataria de temas sentimentais em suas composi<;oes. 0 samba ganharia,em cada regiao e com cad a interprete ou compositor, uma caracteristica particular.A influencia cultural americana, logo ap6s a Segunda Grande Guerra, tambemrepercutiria no genero. Com um modo diferente de dividir 0 fraseado do samba einspirados no impressionismo do jazz e do erudito, surgiria atraves de JoaoGilberto e Tom Jobim a bossa nova nos anos 50. 0 novo estilo ganhariarepercussao internacional. Dissidencias internas desse grupo ainda propiciariam 0

surgimento dos afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes.Uma corrente mais popular faria ressurgir 0 samba tradicional do morro no final dadecada de 60 nas vozes de Cartola, Nelson Cavaquinho e, mais adiante, Candeia,Chico Buarque de Holanda e Paulinho da Viola. Este mesclou 0 estilo ao chore ese transformaria em um icone do samba tradicional para a corrente maisvanguardista ate hoje.

Outro grande nome do samba e Martinho da Vila que, alem de popularizar 0

partido-alto, revalorizou os sambas-emedos para 0 mercado musical. 0 samba-reggae, com toad as do rhythm & blues americano teria em Jorge 8em seu criadore divulgador.

17

Nos anos 70, tres divas do samba lanyariam seus names na hist6ria do genero:Alcione, Beth Carvalho e Clara Nunes. Os anos 80 destacariam 0 movimento dopagode, com um ritmo pontuado pelo banjo e pela percussao do tantan, comnames como Zeca Pagodinho e a grupo Fundo de Quintal. 0 samba-pop dadecada de 90 tambem se auto-intularia pagode e produziria grupos em grandeescala nao muito pr6ximos do samba de raiz.

No final da decada de 90, 0 antigo samba seria revalorizado com nomes degrandes artistas do genero como Nelson Sargento, Wilson das Neves e as Vel hasGuardas da Portela e da Mangueira.

Samba - Can4;3o

Em 1917 chegava 0 samba-cancao 0 marco inaugural deste samba relentado,sentimental, com menos batuque, predominio mel6dico e maior parentesco com amodinha e a seresta (e depois 0 bolero) e nitido: a composiyao Ai, 10iD (Linda Flor)que leva tres assinaturas, a do compositor Henrique Vogeler e dos letristasMarques Porto e Luiz Peixoto. A musica tinha sido lanyada em duas ocasi6esanteriores com outras letras & letristas e os titulos de Linda Flor (gravada porVicente Celestino) e Meiga Flor (por Francisco Alves). Mas s6 na ultima versao,reescrita por exigencia da diva do teatro de revista Araci Cortes (que a gravariacom sucesso em 1929), ela faria enorme sucesso, contribuindo para a fixayao dogenero.

Praticado por autores tao diversificados quanta Ary Barroso (que 0 tratava comdesprezo apesar de ter composto duas obras-primas no ramo, Risque e Fo/haMorla) teria seu apogeu nas decadas de 40 e 50. Seu conteudo melanc61ico (quemais tarde incorporaria a palavra fossa) serviria ao romantismo descabelado dosamba/era (de expoentes como 0 avatar brega Adelino Moreira) como 0 Mo/ambo(de Jaime Florence, 0 Meira, professor de violao de Baden Powell e AugustoMesquita) cujo interprete, Roberto Luna, literalmente descabelava-se ao cantar.Separado, 0 casal Herivelto Martins e Dalva de Oliveira trocou acusayoes atravesde sambas-canyoes doloridos na decada de 40. 0 clima era tao pesado que alenda diz que Vinganqa, do mestre da materia Lupicinio Rodrigues, provocousuicidio na voz tragica de Linda Batista. Nelson Gonyalves angariou um milhao deouvintes no incipiente mercado brasileiro de 1957 para a pungente hist6ria de AVolta do Boemio.

18

Prim6rdios da bossa

Paradoxalmente, 0 mesma estila daria base para as altos v60s harm6nicas dabossa nova, tendo side utilizado nas primeiras composic;:oes de Tom Jobim comoIncerieza, Faz uma Semana, Pensando em Voce e Tereza da Praia. Precursoresdo movimento como os cantores Dick Farney (Marina, Copacabana), DorisMonteiro (Se Voce Se Importasse), Nora Ney (Ninguem Me Ama, De Cigarro emCigarro, Menino Grande) e compositores como Garoto (Duas Contas), Valzinho(Doce Veneno), Dolores Duran (Castigo, Fim de Caso, A Noite do Meu Bem, PorCausa de Voce, esta em parceria com Tom Jobim) e Tito Madi (Nao Diga Nao,Cansei de lIusoes) adotaram a estilo como plataforma intimista para desvincular-se da eloquencia ritmica do samba tradicional.Em declinio depois da reformulac;:ao estetica da bossa nova, 0 samba-canc;:ao quetambem perdeu terreno para a balada, e ganhou ironias par seu sentimentalismona regrava980 punk de Negue (Adelino Moreira! Enzo de Almeida Passos) pelogrupo Camisa de Venus, mantem seu vasto e rico acervo de obras empermanente processo de regravac;:6es.

Design

Design (em alguns casas projeto ou projecto) e configurac;:ao, concepc;:ao, criac;:aoe definic;:aode urn objeto.

De uma forma ampla 0 termo design, se refere a concepc;:ao de uma soluc;:aoprevia para urn problema. Mas em uma acepc;:ao mais especifica, design se referea profissao da pessoa que projeta. Como tal, tern diversas especializac;:6es, deacordo com qual tipo de coisa e projetada. 0 profissional que trabalha na area dedesign e chamado designer.

Portanto, e um esforc;:ocriativo atraves do qual se projetam todo tipo de coisas,inc1uindo utensilios, vestimentas, pec;:asgraficas, livros, maquinas, ambientes e(recentemente) tambem interfaces de programas.

As especializac;:6es mais comuns sao a Design de produto, Design grafico e 0

Design de moda. 0 design e intimamente ligado as artes aplicadas, a arquitetura,e a engenharia, mas a concorrencia profissional muitas vezes leva a animosidadeentre essas areas.

o termo vem da lingua inglesa, e isso gerou urn problemada de tradw;;:ao. Astraduc;:6es possiveis envolvem "projeto", "desenho", "configurac;:ao" ou "forma"

Relat;6es entre 0 design e a arte

o design e uma arte? e "nao": design nao deve ser chamado de arte, devido auma determinada forma de se enxergar sua hist6ria relativamente a historia daarte moderna e contemporanea. Isso porque a partir do seculo XIX a termo "arte"ganhou um senti do ideol6gico ligado a uma produc;:aomaterial individualista etranscendente, enquanto os designers defendiam uma atividade funcional que

19

atendesse a sociedade. No seculo XIX novas necessidades socio-econ6micaslevaram a uma cisao nas atividades ditas artisticas, havendo a partir dai umadiferencia9ao gradual, mas bastante evidente, entre designers e artistas plasticos.

E importante entendermos que "arte" nao precisa ser um termo restritivo ligado aqualquer atividade profissional.E.H. Gombrich, famoso historiador de arte,procurava em sua obra nao produzir uma leitura relativista da arte, dai a afirmarque "nada existe rea/mente a que se possa dar 0 nome de Arte" Ou seja, arte eum valor nao urn fenorneno da natureza. Qualquer coisa pode ser chamada dearte desde que alguem a considere assim, nao precisa ter sido feito por um artistaplastico, au um designer.

Parem, outro histariador da mesma gera9ao que a de Gombrich, 0 italiano GiulioCarlo Argan, propoe uma visao mais abrangente da arte modern a, entendendo-acomo momenta de reavalia9ao de si mesma em sua crise historica, considerandoai as varios campos do design (como a arquitetura, 0 urbanismo e a design em simesmo) como manifesta90es artisticas legitimas da modernidade. Vale ressaltar,parem, que com a reestrutura9ao do consumo de massas no periodo pos-modern 0, assim como junto de urn processo de fetichismo acentuado da produ9aoindustrial, novas defini90es epistemologicas do design sao necessarias, fatalmenteafastando-o consideravelmente da arte contemparimea.

Mas como a forma usual da palavra arte tern sido, muitas vezes, ideologicamenterestritiva, nao ha interesse par parte dos designers de se sujeitarem as ideologiasde outras areas. Isso se deve ao fato de que existem varias ideologias quedesvalarizam 0 design e a reprodu9ao tecnica.

Design Grcifico

A meta de um designer grafico e conseguir comunicar com exito uma mensagem asua audiencia par meio de uma arganiza9aO adequada de palavras e de imagens.

o designer grafico Paul Rand definiu um profissional de design como send a urn"prestigiado, demonstrando a sua habilidade na manipula9ao de variosingredientes num determinado espa90". Embora se trate de uma descri9aoperspicaz nao da 0 credito adequado aos juizos esteticos que se encontramenvolvido. No entanto, 0 principio permanece basicamente a mesmo, quer seaplique a um cabe9alho au a cria9aO de imagens de televisao elabaradas porcomputadar. Um cartaz ou urn livro com urn born design podem parecer aresultado de um esfar90 quase casual par parte do designer. Mas isso raras vezesacontece. Na maiaria dos casos e 0 resultado de um longo processo que incluiensaios com muitas opt;:oes ate ser encontrada uma que seja satisfatoria.

20

Um bam trabalho gratico deve ter em considerag2l0 as limitagoes praticasimpostas pelos desejos do cliente, junto com orgamento, planejamento e aaudiencia. 0 designer atua como um intermediario, transportando uma mensagementre 0 cliente e as pessoas a quem a mesma e destinada. Para tal urn designerdeve estar familiarizado com todas as formas de reprodultao.

Ao longo de toda a sua hist6ria, 0 design influenciou e foi influenciado pelastendencias da moda, cinema, musica, hist6ria, politica pintura, religiao.

as primeiros trabalhos graficos eram produzidos par artesaos, membros decorporaltoes, comerciais de impressores e produtores de ilustraltoes.

A profissao de designer grafico nao existia. Uma pessoa executava qualquertarefa que fosse necessaria para a produltao de um livro, composigao, fundigaodos tipos, impressao, publicaltao e venda.

o design grafico, no seu sentido moderno comelt0u com a impressao e com amistura de elementos artisticos e mecEmicos. Foi em mead as do seculo XVI queClaude Garamond e Jacob Sabon separaram a design de tipos da impressaopropria mente dita.

As primitivas Hustrac;6es eram impressas com 0 auxilio de blocos de madeira, ateGutenberg ter comegado a utilizar blocos de metal, em mead os do seculo XV.

o seculo XIX viu a tecnica de impressao dar um grande passo em frente, depoisdeseculos em que poucos progressos se verificaram. Em mead os do seculo XX adesign gratico alargou-se aos campos da embalagem, da apresentagao, dosmostruarios e da publicidade, passando a ocupar por dire ito proprio um lugarcomo profissao reconhecida. 0 design grafico continuou a desenvolver-se empara lela com novas ideias e tecnicas em arquitetura, na industria, na engenharia,na tecnologia e no comercio.

Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) teve uma grande influencia no meiomoderno do cartaz. Compreendeu as cartazes como um meio de comunicar comas outras pessoas e de conquistar um publico. Viu a importancia de traduzir a seutrabalho numa forma impressa e tirou prove ito dos desenvolvimentos da litografiaem larga escala. A tradigao classica da tipologia centrada, usando varios modelosde letras, teve a sua origem na produgao de titulos e na caligrafia, mas houveinovadores que estavam preparados para desafiar os valores existentes, naprocura de um meio de comunicagao mais eficaz e original. Pintores comoWhistler e Pissarro desenharam paginas de rosto para livros utilizando arranjosassimetricos de tipos, 0 que colidia com os padr6es estabelecidos na altura.

o design grafico dos nossos dias deriva em grande parte do Movimento de Artes eOficios fundado porWilliam Morris (1834-1896) em 1884; as suas ideiasestenderam-se tanto a impressao e a produyao de livros como ao mobiliario, ao

21

papel de parede e aos tecidos. Em 1890 fundou a Kelmscott Press, numa tentativade elevar 0 nivel do design e da impressao de livros. Morris foi um socialista, ehavia uma certa qualidade medieval na sua teoria de que todos os produtosdeveriam ser criados a mao - "pelo povo, para 0 povo".

A influencia com significado que se verificou a seguir no design foi a do movimentode artes decorativas conhecido como Art Nouveau (Arte Nova), nome de uma lojaaberta em Paris em 1895. Sob um ponto de vista estilistico, as suas origensassentam no design de Morris. As formas caracteristicas deste estilo sao aabundancia de curvas e de tra,os fluidos, fazendo lembrar ondas ou caules deflores. Foi um estilo gn3fico de decorary8.o que se transferiu para uma amplavariedade de objetos.

No entanto, a influencia mais importante no design contemporaneo foi a daBauhaus, que surgiu na Alemanha logo a seguir a Primeira Guerra Mundial-Walter Gropius (1883-1969), arquiteto. Designer e professor fundou a EscolaBauhaus de Arte e Design em Weimar. em 1919. Ensinou principios que vieram atamar-se fundamentais para quase todos os aspectos do design do seculo xx. Afilosofia da escola era a de aproximar a arte e a tecnologia. Lazlo Moholy-Nagy(1895-1946). Um dos muitos outros dotados professores da Bauhaus. disse que atipografia no design deveria ser "pura comunicary8a na sua mais fulgurante forma".

A Bauhaus criou urn novo tipo de tipografia, fazendo ao mesmo tempoexperiencias com materiais de impressao. Herbert Bauer abandonou a utHizary80de letras maiusculas na tentativa de representar 0 som tipograficamente.

Ao mesmo tempo desenvolvia-se em Fran<;a 0 movimento radical cubista, lideradopor Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963).

Esta liberdade em rela<;2Io a tradi<;2Io foi consolidada na decada de 50 pelodesigner sui<;o Jan Tschichald, que defendia a simplicidade. 0 contraste e as coresprimarias. Os seus arranjos assimetricos exibiam urn requintado canceito visual.Combinava ainda fotagrafias e texto, 0 que na altura era raro. Nao e par acasoque 0 design grafico sui,o e lido, ainda hoje, em elevada considera,ao. A Sui,a eurn pais com tres linguas oficiais, que aparecem todas na maiaria da literaturaimpressa. Os Suiryos viram-se obrigados a lidar com 0 problema do ordenamentode uma forma bastante extrema.

o papel de "designer grafico" adquiriu uma aceitaryao real nos Estados Unidos,onde a produryao e a publicidade massificadas, em conjunto com 0 cinema criarama necessidade de designers especializados. A ideia de produzir uma imagemsimb61ica de uma companhia surgiu pela primeira vez com Lester Beall.

o seu trabalho de design para a Caterpillar levou a utilizary2l0 de urn simbolo dacompanhia em tudo, das maquinas de movirnentary80 de terras, ao material deescrit6rio, exprimindo deliberadamente a essencia dos neg6cios da Caterpillar.

22

Nos ultimos 60 anos, a gama de modelos de tipos a disposi,ao do designer graficoalargou-se extraordinariamente. Names de grande significado durante esteperiodo inciuem Eric Gill (1882-1940). artista e tip6grafo, que projetou as familiasde tipos Gill Sans e Perpetua; Stanley Morrison (1889-1967), que foi consultor daMonotype Corporation, desenhou 0 Times e produziu muitos Qutros modelos hojevulgarmente comercializados; e Adrian Frutiger que produziu a familia de tiposUnivers, em 1957.

o design teve originalmente as suas raizes na impressao, e as tecnologiasavant;adas de impressao influenciaram as abordagens ao designo A impressaooffset em maquinas rotativas, au seja, uma impressao litogratica em papel queentra na maquina a partir de uma bobina - e a composiy80 feita em computadormodificou radicalmente 0 modo como os designers trabalham. 0 designer resolveusempre as problemas dentro dos parametros da tecnologia existente, e assimcontinuara a fazer, a medida que a tecnologia progredir mais ainda com aimpressao laser e os grafismos feitos em computador. A nova tecnologia servemeramente para modificar ou aumentar os parametros com os quais os designerstern de trabalhar e, na realidade, nunca vira a substituir 0 pr6prio processo dedesign.

23

MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA

Este capitulo tern objetivo de analisar as exemplares diretos e indiretos jaexistentes no mercado, com a intenvao de definir urn parametro minima para aexecu~ao do projeto, analisando cores, papeis, diagramayEio e Qutros aspectos.

Publico alva

o publico acima de 30 anos de ambos as seXQS, economicamente independente,pessoas literadas, musicos e amantes da boa Musica Popular Brasileira,

Urn publico que ouviu Lupicinio fez parte da epoca e pretende conhecer mais deseu trabalho e hist6ria sua trajet6ria na musica popular brasileira com seu samba-can921o.

FIGURA 10 - COMPARATIVOS DE PRODUTOS SIMILARES

MATERIAlS ANALISADOS

~0 ~ ~'0

;;;

~ :~ '&.8 ~I t c .g t~ " "$ .j .1 ~ I8. ~~ 'e

;= <J ., Z

"-u:

..i)

..- ~,.legenda: Bom Ruim

,JRegular

1)Rilalirica

2)A Orquestra SinfOnica sua Hist6ria e seus lnstrumentos

3)Vida e Obra de Estela Sandrini

4)Arte de sociedade no Brasil

5}A Arte de Joao Turim

6)A Historia da Propaganda no Parana

24

FIGURA 11 - ANALISE DO LlVRO RITA LlRicA

Neste Bvro, Rita Urica, pade-s8 avaliar:a) qualidade na impressao todo 0 livro e feito em

policromia, boa impressao; 0 livre passui urnborn acabamento, as fotos e textos nao estaoapagadas, dando boa legibilidade;

b) 0 papel utilizacto cauche brilhoso, qualidade naimpressao e utilizacto na maioria em livres dearte, mais a gramatura deveria ser urn poucomaior.

c) a acabamento aplicado na lambada e costura ecola que te, a capa nao e mutio espessa ef",gil de rasgar pela quantidade de folhas que 0

livro passui;d) 0 formato e de 250x210mm, bam para explorar

bern as fotos que e a composigao do livro;e) passui 144 folhas, facil de manusear, olivro

esta bern refilado naa havendo corte emimagens e textos;

f) nao existe urn pactrao no projeto grafico, fotos vazadas cores chapadas namaior parte do livre, todos as textes utilizam fentes sem serifa, e utilizado umacol una por texto.

FIGURA 12 - ANALISE DO LlVRO AORQUESTRA SINF6NICA SUA HIST6RIA ElNSTRUMENTOS

Neste segundo exemplo,Orquestra Sinf6nica suaHist6ria e lnstrumentos , pade-s8 avaliar:a) qualidade de impressao: 0 livre e todo em

policromia, proporcionando urn destaque naimpressao;

b) 0 papel utilizado: a impressao fica em peifeitoestado devido a qualidade do papel couche;

c) 0 acabamento bem feito, cola quente nalambada, capa dura, a capa impressa

d) sobre a dura e muito sensivel danificando 0

papel, com 0 manuseio do livre essa capa vaidanificando;

e) formato 300x235mm bom tamanho pel aquantidade de imagens e texto existente nolivro;possui 223 paginas uma quantidade boa;para 0 manuseio.

f) 0 projeto grilfico e composto por tres colunas,g) texto e utilizados fantes sem serifas e legendas e titulos fantes serifadas, existe

equilibria entre as imagens e texto proporcionando uma boa leitura sem sercansativo.

25

FIGURA 13 - ANALISE DO LlVRO A VIDA E OBRA DE ESTELA SANDRANI

No livre Vida e Obra de Estela Sandrini nota-s8as seguintes caracteristicas :a) qualidade de impressao: 0 livro e em

policromia e PB dando a maior enfase asimagens;

b) 0 papel utilizado: couche fasea;c) 0 acabamento bern feito. Cola quente e

lomabada, todo 0 livre tern urn bornacabamento;

d) dificulta 0 transporte, formato grande,quadrado, 0 que e benefice neste formatosao as destaques que daD nas imagens,290x290mm.

e) passui 135 paginas que torna urn livre leve,compensando pelo formata fora dos padr5esanalisados;

f) 0 projeto gr/3fico nao existe urn padrao, textos horizontais e verticais, no textofantes sem serifa, iamgens centralizadas.

FIGURA 14 - A ARTE E SOCIEDADE NO BRASIL 1930 A 1956.

Neste Iivro,A Arte e Sociedade no Brasil 1930 a1956, pode-se avaliar:a) qualidade de impressao:o livre e em

policromia, destacando a impressao,qualidade na impressao;

b) 0 papel utilizado: couche proporcionando umaboa impressao;

c) 0 acabamento aplicado e de cola quente nalombada, ideal po is 0 livro possui poucaspaginas;

d) formato 280x21 Omm tamanho ideal paraaplica~ao de imagens para um album;

e) possui 47 paginas poucas paginas; e mais umalbum historico;

f) projeto grafico fontes no tex10 serifada ecapitulos e titulos sem serifa, por ser umformato grande para aplica~ao das imagens,

o tamanho da fonte no texto e muito grande.

26

FIGURA 15 - ANALISE DO LlVRO: A ARTE DE JOAO TURIM

Neste similar indireto,A arte de J6ao Turim,destacam-se as seguintes caracteristicas:a) qualidade de impressao: 0 livre e todo em

policromia,e PB;b) 0 papel utilizado: papel couche fosco,

usado muito em livro de artes;c) 0 acabamento e costura e cola quente, a

capa e muito fn.gil para 0 livro, pelaquantidade de paginas capa dura seria 0

ideal;d) formata 222x300mm nao e um livro

desajeitado pra manusear;e) possui 174 paginas uma quantidade boa e

facil de carregar;f) falta de um bom projeto graiico, fotos sem

tratamentos, textes com uma coluna efontes serifadas;

FIGURA 16 - ANALISE DO LlVRO A HISTORIA DA PROPAGANDA DO PARANA

Neste livro, Historia da Propaganda doParana pade-s8 avaliar:a) qualidade na impressao todo 0 livro e feito

em policromia e PS, boa impressao; 0 livropassui urn born acabamento, as fotos etextes nao estao apagadas, dando boalegibilidade;

b) 0 papel utilizado couche brilhasa, que eutilizado na maieria em livros de artes;

c) 0 acabamento aplicado na lambada eGostura cola quente, a capa dua,acabamento muito bem feito qualidadesuperior dos livros analisadosanteriormente:

d) a farmato e de 205x270mm, bom paratexto e imagens;

e) possui 360 folhas, facil de manusea, a livroesta bem refilado nao havendo corte em

imagens e textos;f) projeto gratico muito bem feito, texto e titulos fontes serifadas, utilizando uma

coluna.

27

Gerayoes de alternativas';

Apes 0 levantamento da analise dos similares notou-S8 que a maioria dos livrosselecionados hit urn material agradtlvel visual mente, em alguns aspectos algunsdeixam desejar pelo projeto grafico. Pensando nisso, este projeto tem comoobjetivo princjpal mais e focado no projeto grafico desse album, tornando-o algoatraente. Para iSso, sera apresentado como projeto final, 0 album, 0 cd - em umaembalagerri .. :

Fonnato do"album

A principio 0 formato definido foi nas seguintes medidas: 250x250mm. Formatoquadrado onde com textos imagens. 0 modo de fixayao deste album, verificandopelas analises dos simi lares, sera cola quente, 0 ideal, pois 0 album nao possuimuitas paginas.

FIGURA 17 - FORMATO ABERTO DO ALBUM

f -- - - - - -""""- - - - - - - -I--1- ---- -- -:--- -- --'--,I II \

I

Formato aberto

Apos ter side confeccionado uma amostra em tamanho real, fcram encontradosalguns pontcs negativos neste formato.

o tamanho ficou muito grande, e 0 desperdlcio de papel na produyao,economicamente invit:IVelesse formato.

Par esses problemas encontrados, fcram estudadas outras maneiras e medidaspara que se possa trabalhar melhor 0 conteudo do album.

28

Segunda gera~ao

Tendo em vista as problemas principais do primeiro modele - pensou-se em algoque resolvesse esses problemas.

Para a segunda gera9ao as medidas definidas foram as seguintes: 21 Ox230mm dealtura.

Depois de estudos de formatos e aproveitamento de papel foi definido, nasseguintes medidas: 210mm x 230mm de altura.a x 230mm de altura, e formatoaberto 420x230mm

Com esses valores, a album tera urn formato mais quadrado, mais compacta e defacil manuseio, urn dos fatores escolhido para a formata foi a calculo deaproveitamento de papel para a impressao.

FIGURA 18 - FORMATO ABERTO DO ALBUM DEFINIDO

Oefiniyao do fonnato aberto

Escotha dos elementos

Ja definido a formato a parte seguinte e criar a composi~o dos elementos, comofonte, imagem e estilos de texlos.

29

Projeto Editorial

Fontes

Capa: Titulo fonte Bulmer 30Sub-titulo, fonte bulmer, corpo 120 e 100

Capitulo: Decadas, fonte Bulmer 100Subtitulo segue sequencia da capa, fonte Bulmer 100 e 120

Legendas: Fonte Bulmer corpo 7.Numera(;8o de paginas : Fonte Bulmer corpo 12

Bulmer BTABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZAbcdefghijklmnopqrstuvwyxz0123456789

Paginas : Texto letras de musicas fonte Baskerville Italic, para titulos corpo 12 etexto corpo 9, definida uma ou duas ate tres colunas, dependendo 0 conteudo pordecadas, alinhado a esquerda. Texto para cronologia biografica, fonte Bulmerpara titulos corpo 12 e texto corpo B,5.

Baskerville Normal ItalicABCDEFGHUKLMNOPQRSTUnVXYZAbcdeJghijklmnopqrstuvwyxz0123456789

FIGURA 19 - MODELOS DE DIAGRAMACAO LIVRE

DOLivre - capa, sumario e introduy:.o

30

FIGURA 20 - MODELO DRIAGRAMA<;AO DOS CAPILULOS

Titulo I [!

i[ l S"b"I"lo JCapitulo

FIGURA 21 - MODELO DIAGRAMA<;AoDAS pAGINAS

-

BB- ,----E -

C8J,-, !eXlOl Tc>lO~

~" ~ ~L-"

~Oiagrama~o modelo 1 e 2

~

,--- ,---,-- ,--

,-, Tcotol 't>lo2 ,,,,,,,2

[J ~ ~~~

Oiagrama~o medelo 3 e 4

31

Composi~iio

As composiyoes fotes foram referencias da era do radio: como canal da paixao dopovo brasileiro, as decadas de 1930 e 1940 e parte de 50 foram a era do radio. Asformas e cores foram inspiradas em revistas de epocas como a Cruzeiro, a Globa,e alguns sites retro referente as decadas de 30 40 e 50.

Materiais basicos definidos

o papel definido para a impressao do album, e a papel com revestimento daSuzano - Couche Suzano Matte L2, na gramtura 170 gramas, na cor branca. Estepapel e indicado para impress6es em catalog as, certificados, diplomas, convites eencartes, envelopes e folders, folhetos, guardas de livros, livros de artes,reprodu~es artisticas, revistas, manuais tecnicos, encartes de cd, entre Qutros.

Por aceitar bern, diversos recursos graficos para se trabalhar como plastificayao.Laminayao, vemiz UV, verniz, verniz a base de agua on-line, hot-stamping, relevaseeo, corte el ou vi nco, tintas foscas, tintas brilhantes, e tintas especiais)metalicas/fluorescente);e que este papel foi escolhido entre tantos, bern como a acabamentoque proporciona : cores mais puras, uniformes e delicadas. 0 acabamento Mattereall):a a contraste de impressao eo brilho da tinta grafica, aumentando 0 impactodas tintas graficas.

Para a capa do album e embalagens foi escolhido 0 Supremo Duo Design 300gramas, Suzano, com lamina~o tosca.

FIGURA 22 - DIAGRAMC;.A.O PARA 0 FORMATO DO ALBUM

19GO

PAlXAO

32

PAlXAO

33

Mode!o de diagramaya,o com imagens estouradas e disposivao das caixas de texto

Especific3yoes Tecnicas

Formato aberto: 420 mm x 230 mm

Formato techado: 210 mm x 230 mm

Acabamento : dobra e cola quente

Tipo de papel: couche matte Suzano 170 gramas

Capa papel: Duo Design Suzano 300 gramas

Numeros de paginas: 16 (dezesseis)

Numeros de cores: 4 14

34

Embalagem

A importiincia da Embalagem no Design

A embalagem e a principal ela de camunica,aa entre 0 cansumidor, a prod uta.Atraves dela a cansumidar identifica, escolhe e usa a prod uta. A partir dessaexperiencia, ele julga se a agradou au nao e, a mais impartante, se comprarianovamente.

Os valares mais facilmente agregados pela design sao: praticidade, conveniencia,facilidade de usa, confarta, seguranga e prate,ao aa produta. Estes atributaspodem destacar a embalagem gragas aa seu alto pader de camunica,ao.Tambem acabam tendo reflexas praticos e bastante abjetivos como percep,ao defuncionalidade, identidade, persanalidade e, principalmente, fidelidade a marca.

Cada vez mais competitivD, 0 mercado esta gerando urn numero excessivo deprodutos semelhantes, com a mesma tecnologia. a mesmo prer;o, as mesmascaracteristicas. Essa variedade de ap90es acaba confundindo a consumidar quetem dificuldade em perceber essas diferenyas e em atribuir a elas a seu devidavalor.

o design de embalagem passau a ser a grande diferencial de um prod uta aa criara impacto visual necessaria para a identificayao no ponto-de-venda. Nao apenasatrai a consumidor; como tambem estabelece urn cantato emocional.

Das empresas que investiram recentemente em design registraram aumentos emsuas vendas, tambem conseguiram reduzir as seus custos. 0 mais importante eque nao hauve nenhuma empresa que tenha investida em design de embalagem eque tenha sentido queda nas vend as. 0 cansumidor prefere um prod uta de bamdesign.

Entre produtos semelhantes, 0 consumidor aeaba preferindo 0 que passui aembalagem mais bon~a atraente e pratica, inclusive, que ele esta a disposto aexperimentar uma marea nova S8 a sua embalagem possuir caracteristicas comoas citadas acima, ja que isso esta diretamente relacionado a valorizayao da auto-estima do consumidor.

Embalagem para 0 CD estojo

A embalagem para 0 CD,foi pensado como estojol instrumento, a ideia e dar umasensa~o de estar fazendo urn sambinha tocando uma caixa de f6sforo com 0

estojo, paiS Lupicinio Rodrigues nao tacava nenhum instrumento musical,compunha assobianda e fazendo ritmo com uma caixa de f6sforo.

35

FIGURA 23 - EMBALAGEM ESTOJO CD PLANIFICADA COM SUAS MEDIDAS

C8ilinnafundofalSOdentrodoestojo.contllmgrn6sdearrozparadarefeilodcsomdeumacailllldelOsforo

FIGURA 24 - EMBALAGEM ESTOJO CD ABERTA DA PARTE EXTERIOR

Medidas em millmetros para planificar;ao da embalagem

Embalagem aberta da parte exterior

36

FIGURA 25 - EMBALAGEM ESTOJO CD

Embalagem fechada com medidas finais 162 mm x 130 mm

FIGURA 26 - ENCARTE CD PLANO

Frente Verso

Encarte CD

37

FIGURA 27 - CAPA CD

Frente

FIGURA 28 - BOLACHA CD

Verso

38

FIGURA 29 - EMBALAGEM PARA 0 ALBUM E CD ABERTA E MEDIDAS

, <

Embalagem aberta plana com medidas

FIGURA 30 - EMBALAGEM ABERTA DO ALBUM E CD

Embalagem aberta da parte exterior

39

FIGURA 31 - EMBALAGEM COM SUA VISTA FRONTAL

Embatagem frontal

FIGURA 32 - EMBALAGEM ABERTA COM BalSa E BERea

Embalagem com bolsa e beroo

40

FIGURA 33 - EMBALAGEM COM 0 ALBUM E CD

Embalagem aberta com album e estojo

Fechamento da Embalagem

Foram testadas varias formas de fechar a embalagem, 0 uma ima foi uma dasOP90es rna is com 0 peso do album e do estojo nao permanecia fechado que era 0

objetivo. Outra ideia foi a lingua com 0 pr6prio papel, tirou todo riqueza daembalagem muito comum. A ultima definida foi criar uma caixinha preta comosuporte de fecho que ficara na parte de baixo, com 0 mesmo preto da embalagem.Alem da valorizar a embalagem juntou a praticidade de abrir.

FIGURA 34 - SUPORTE DE FECHAMENTO DA EMBALAGEM

Suporte aberto

41

FIGURA 35 - SUPORTE DA EMBALAGEM FECHADO

Display

Suporte fechado

o material aplicado no display foi 0 acrilico, par ser resistente, modemo, etransparente, nao chamando mais aten~o que 0 produto.

FIGURA 36 -DISPLAY COM AS MEDIDAS

-~r-------------~

hn n

Display vista lateral e frontal

42

FIGURA 37 -DISPLAY COM 0 ALBUM

Display final com 0 album

43

CONCLUSOES E RECOMENDA<;:OES

o Album uLupicinio Rodrigues Paixao e Boemia", tai exclusivamente projetado aopublico que desejam resgatar a trajetoria do compositor nas decadas de 1930,40,50 e 60, que par multo tempo viveu no ostracismo.A primeira parte do projeto tei direcionado a pesquisas em sebos, bibliotecas,revistas de epocas, jornais,internet e alguns livros que existem sabre 0

compositor.A segunda parte fai a criaryao, projeto editorial, formatas, estudos de embalagens,para a desenvolvimento do projeto final.

44

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Revistas:'

o Cruzeiro, a90sto 1952o Cruzeiro, agosta 1974o Cruzeiro, dezembro 1949Revista No~sa Historia Ed 028, fevereiro 2006Revista Gul~ Ed 144, outubro 2005

Jornais:

Hora do Povo, 17/09/2004Folha de Sao Paulo, "ustrada, 16/09/1994. pag 5Zero Hora de-Porto Alegreo Pasquim, ano V nO225, 1973.

Uvros:

Filho, Lupicinio Rodrigues. Foi AssimGourlat, Mario. Cole,ao esses Gauchos, Lupicinio Rodrigues, Porto alegre 1984.

Dias, Rosa Maria. As Paix6es Tristes de Lupicinio Rodrigues e a Dar de Cotovelo,Rio de Janeiro: Leviata Publica,oes, 1994.

Moraes, Vinicius de; Mutinho, Livro de Letras.

Campos, Augusto de. Balan,o da Bossa e outras Bossa. Sao Paulo: Pesperctiva1986

Azevedo, Nirez. Discografia Brasileira em 78 RMP, Rio de Janeiro: Funarte 1982.

45

REFERENCIAS ELETRONICAS

http://WWJN.wikipedia.org/wiki/Design

http://vJww.cliquemusic.com.br/generos

http://www.revistaepoca.globo/epoca

http://wvvw.JAiversOmusiCal.com.br/materia

http://www.memoriaviva.digi.com.br/ocruzeiro/

http://www.mpbnet.com.br/musicos/lupicinio.rodrigues/

http://www.samba-choro.com.br/artistas/lupiciniorodrigues

http://www2.uol.com.br/lupicinio/

http://www.lupicinio-rodrigues.buscaletras.com.br/

http://lupcinio-rodrigues.letras.terra.com.br/

http://br.geocities.comlbommotivobar/Biografia/BiografiaLupicinioRodrigues.htm

http://www.horadopovo.com.br/2004/setembro/17-09-04/pag8b.htm

http://www.revivendomusicas.com.br/produto_detalhe

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia/poesia/index

http://www.geocities.com/BourbonStreeUDelta/5840/fonUupic.htm

46