a pedagogia do e-learning: o papel do professor online
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UC Processos Pedagógicos em eLearning
Professora: Drª Lina Morgado.
A Pedagogia do e-Learning:o papel do professor online
R Joadne Stenner de Moraes Radicchi Rocha
Pedagogia
“Pedagogia é um conjunto de técnicas, princípios, métodos e estratégias da educação e do ensino [...] A Pedagogia estuda os ideais de educação, segundo uma determinada concepção de vida, e dos processos e técnicas mais eficientes para realizá-los, visando aperfeiçoar e estimular a capacidade das pessoas, seguindo objetivos definidos.”
Fonte: http://www.significados.com.br/pedagogia/
“Actualmente, a pedagogia é considerada
como sendo o conjunto de saberes que
compete à educação enquanto fenómeno
tipicamente social e especificamente
humano. Trata-se de uma ciência aplicada
de carácter psicossocial, cujo objeto de
estudo é a educação.”
Fonte : Conceito de pedagogia - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/pedagogia#ixzz45ok3a9i6
A palavra educação nos remete ao vocábulo aprendizagem que nada mais é do que o processo de aquisição do conhecimento, quando competências e habilidades são desenvolvidas. Este processo se dá de inúmeras formas e vem evoluindo de acordo com a demanda da sociedade.
“Cada época desenvolveu pedagogias, tecnologias, atividades de aprendizagem e critérios de avaliação distintos [...]”
(Anderson; Dron, 2012, p.120)
O surgimento das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) determinou o surgimento de um novo paradigma, o paradigma tecnológico. Vive-se, atualmente, numa Sociedade em Rede.
As TDIC permitem ao indivíduo o acesso remoto, em tempo real e por múltiplos meios à informação, interferindo nas maneiras de como lidar com o conhecimento e como construí-lo. A busca por compreender como se dá a aprendizagem não é recente: várias teorias como o behaviorismo, o cognitivismo, o construtivismo e o construcionismo foram elaboradas para explicar esse processo. Todavia, excetuando-se o construcionismo, todas estas teorias foram elaboradas em um tempo não influenciado pelas TDIC, quando não nos relacionávamos através de múltiplas redes digitais. E como é agora?
Conectivismo:uma teoria de aprendizagem para a idade digital
Fonte: http://tinyurl.com/z8x7sbl
Na própria definição de Siemens, conectivismo é
‘[...] a integração de princípios explorados pelo caos, rede, e teorias da complexidade e auto-organização. A aprendizagem é um processo que ocorre dentro de ambientes nebulosos onde os elementos centrais estão em mudança – não inteiramente sob o controle das pessoas. A aprendizagem (definida como conhecimento acionável) pode residir fora de nós mesmos (dentro de uma organização ou base de dados), é focada em conectar conjuntos de informações especializados, e as conexões que nos capacitam a aprender mais são mais importantes que nosso estado atual de conhecimento”. (Siemens, 2004).
Princípios do conectivismo• aprendizagem e conhecimento apóiam-se na diversidade de opiniões e
posições;• aprendizagem é a capacidade de conectar nós específicos ou fontes de
informações;• a aprendizagem pode residir em dispositivos não humanos;• a capacidade de investir no saber mais é muito mais importante do que o
conhecimento que o indivíduo já possui;• é necessário cultivar e manter conexões para facilitar a aprendizagem
contínua; • a habilidade de perceber conexões entre áreas, idéias, conceitos é
fundamental;• a atualização do conhecimento é a intenção de todas as atividades de
aprendizagem conectivistas;• tomar decisão é processo de aprendizagem;• as decisões tidas como corretas hoje, podem estar erradas amanhã devido
às rápidas mudanças que afetam a realidade social (Siemens, 2004).
e-learning: definição
“[...] é uma modalidade de ensino a distância que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculado através da internet.Alguns termos, apesar de apresentarem certa diferença conceitual, na prática são utilizados como sinônimos de E-learning. São eles: web training, web education, educação à distância via internet, ensino controlado por tecnologia, ensino dirigido por computador etc.”
Fonte: http://www.prof2000.pt/users/acr/materiais/ead/elearn2.htm
Segundo Anderson e Dron (2012), são três as gerações de pedagogia a distância
• Pedagogia cognitivo-behaviorista• Pedagogia socioconstrutivista• Pedagogia conectivista
Para estes autores, a educação de alta qualidade contempla os três modelos de educação.
Aprendizagem online
Para Anderson (2004), a aprendizagem online
envolve três componentes determinantes:
• Presença cognitiva
• Presença social
• Presença de ensino
Presença socialPara Garrison, Anderson e Archer (2000), a presença social pode ser conceituada como “a capacidade que os participantes têm de projetar suas características pessoais na comunidade on-line, apresentando-se aos outros participantes como ‘pessoas reais’ ''. Estes autores esclarecem que a função desse elemento é o de apoiar os aspectos cognitivos e afetivos da aprendizagem. Defendem, ainda, que a presença social ajuda para o alcance das metas cognitivas por incentivar e manter o pensamento crítico em uma comunidade de aprendizagem. Ela atua como colaboradora direta da experiência educacional e é formada pelas categorias: expressão emocional, comunicação aberta e coesão do grupo.
Presença cognitiva
A presença cognitiva é entendida como a
capacidade de estudantes construírem
conhecimentos por meio da reflexão e da
comunicação entre os participantes da
comunidade.
Presença de ensino
A presença de ensino está relacionada ao
professor e consiste na concepção,
facilitação e direcionamento de processos
cognitivos e sociais, objetivando que o
estudante alcance resultados de
aprendizagem significativos.
O papel do professor online segundo Terry Anderson, George Siemens, Alec Couros, dentre outros.
Terry Anderson
Fonte: http://tinyurl.com/h54ossj
Ao professor cabe a criação de uma efetiva presença de ensino.
Para se criar a presença de ensino em contextos de cursos online, o professor deve exercer três papeis principais: o primeiro diz respeito ao design e à organização do curso; o segundo refere-se ao discurso facilitador e o terceiro relaciona-se às instruções diretas fornecidas aos estudantes.
A presença de ensino começa antes do início do curso, no momento em que o professor concebe e prepara o plano do curso e continua quando ele facilita o discurso e fornece instruções diretas, sempre que solicitadas pelos estudantes.
George Siemens
Fonte: http://tinyurl.com/zrejw78
Curador de Aprendizagem
Modelo onde o professor cria
espaços nos quais o conhecimento
possa ser construído, explorado e
partilhado pelos alunos.
Alec Couros
Fonte: http://tinyurl.com/gwd6qhf
Educadores devem tirar
proveito do potencial
educativo das redes e
saber usar as ferramentas
certas.
Lina Morgado
Fonte: http://tinyurl.com/gwjgyw9
Em compilação de estudos realizados por diversos autores, Morgado (2001) afirma que o papel do professor abrange os aspectos pedagógicos, de Gestão, Sociais e Técnicos.
Cita Salmon (2000) afirmando que esta propõe uma síntese abrangente das competências que o professor deve ter no que se refere às suas características e às suas qualidades:
a) Características- Compreensão do processo online,- Habilidades técnicas,- Habilidades de comunicação online,- Conhecimentos de conteúdo,- Características pessoais.
b) Qualidades- Confiante,- Construtivo,- Espírito desenvolvedor,- Facilitador,- Compartilhador de conhecimento,- Criativo.
Considerações FinaisAcredita-se que, dentre as inúmeras funções do professor, as principais devem focar em:
1. Garantir a interação e participação dos estudantes;
2. Servir de moderador, facilitador nas discussões dos estudantes;
3. Dar um retorno significativo e oportuno do processo de aprendizagem: Feedback.
ReferênciasAnderson, T.; Dron, J. (2011). Três gerações de pedagogia de educação a distância . Disponível em: <http://eademfoco.cecierj.edu.br/index.php/Revista/article/view/162/33> Acesso em 21 mar. 2016.
Anderson, T. (2008). O processo de ensino num contexto de aprendizagem online . Disponível em: http://pt.slideshare.net/isabepaiva/o-processo-de-ensino-num-contexto-de-aprendizagem-online-terry-anderson> Acesso em 21 mar. 2016.
Anderson, T.; Rourke, L.; Garrison, D. R.; Archer, W. (2001). Assessing teaching presence in a computer conferencing context. Journal of Asynchronous Learning Networks, n. 5(2). Disponível em: http://cde.athabascau.ca/coi_site/documents/Anderson_Rourke_Garrison_Archer_Teaching_Presence.pdf
Couros, A. (2010). Teaching & Learning in a Networked World (Keynote). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=P3kS23vOqII> Acesso em: 21 mar. 2016.
Mattar, J. (2013). Aprendizagem em ambientes virtuais: teorias, conectivismo e MOOCs. Disponível em: <http://www4.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/artigos/2013/edicao_7/2-aprendizagem_em_ambientes_virtuais-joao_mattar.pdf> Acesso em: 21 mar. 2016.
Morgado, L. (2001). O papel do professor em contextos de ensino online: Problemas e virtualidades. Disponível em: <http://www.univ-ab.pt/~lmorgado/Documentos/tutoria.pdf > Acesso em: 22 mar. 2016.
Siemens, G. (2004). Conectivismo: Uma Teoria de Aprendizagem para a Idade Digital. Disponível em: https://www.academia.edu/7573922/CONECTIVISMO_Uma_Teoria_de_Aprendizagem_para_a_Idade_Digital > Acesso em 21 mar. 2016.
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