anestesialoco-regional prof. md. msc. hélio alves cirurgia ambulatorial

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ANESTESIAANESTESIA

LOCO-REGIONALLOCO-REGIONAL

Prof. MD. MSc. Hélio Prof. MD. MSc. Hélio AlvesAlves

CIRURGIA CIRURGIA AMBULATORIALAMBULATORIAL

INTRODUÇÃO

Anestésicos locais:

• Drogas que bloqueiam transitoriamente o surgimento e a transmissão do impulso elétrico.

INTRODUÇÃO

• Agem impedindo a formação e a condução do potencial de ação por bloqueio dos canais de Na+.

INTRODUÇÃO

• São interrompidas todas as modalidades de transmissão nervosa: autonômicas, sensitivas e motoras.

VIAS DE ADMISTRAÇÃO

O anestésico é aplicado diretamente sobre a mucosa ou pele (anestesia local).

Anestesia de contato ou tópica:

Formas de administração:

• gel (pele e mucosas)• spray (mucosas)• líquido / gotas (mucosas)

Útil para procedimentos pouco dolorosos em pele e mucosas.

Tem baixo poder de penetração – deve-se aguardar alguns minutos para atingir o efeito máximo.

Lidocaína 10% spray

Passagem desondas, cateterese instrumentospela boca e nariz.

Lidocaína 5% pomada sabor laranja

Procedimentos em lábios, língua, gengivas e mucosa oral.

EMLA 5% creme

Pequenos procedimentos em pele.

Lidocaína 4% creme

Pequenos corte, abrasões e escoriações, queimaduras leves e picadas de inseto.

Lidocaína 2% gel

Passagem de sondas, cateteres e instrumentos pela boca, nariz, uretra, vagina e ânus e pequenos procedimentosem pele emucosas(punções).

Lidocaína 5% gotas

Otalgias

Infiltração do anestésico diretamente nos tecidos que serão manipulados, ou no subcutâneo imediatamente abaixo da região a ser manipulada.

Anestesia infiltrativa (injeção local)

O anestésico entra em contato diretamente com as terminações nervosas. Muito útil para procedimentos dolorosos pouco extensos em pele e mucosas.

Anestesia infiltrativa (injeção local)

O efeito é praticamente imediato quando se usa a lidocaína.

Anestesia infiltrativa (injeção local)

Mepivacaína 3% para carpule

Procedimentos na boca e outros locais.

Usado para formar “botões anestésicos” para punções vasculares ou não vasculares, remoção de pequenas lesões de pele e drenagens de coleções líquidas.

Infiltração do anestésico ao redor da área a ser manipulada.

Anestesia-se o perímetro em torno da lesão.

Bloqueio de campo

Bloqueiam-se os filamentos nervosos que se dirigem à região.

Bloqueio de campo

Útil para anestesiar maiores extensões de pele, para rotação de retalhos e enxertos de pele (não deixa os retalhos edemaciados com anestésico).

Bloqueio de campo

Pode ser feito ao redor de feridas de pequena extensão (não se injeta anestésico dentro da ferida e sim no seu contorno), e em procedimentos em locais com pouco tecido subcutâneo.

Bloqueio de campo

Infiltração do anestésico sobre um determinado tronco nervoso (não se pode injetar o anestésico dentro do nervo).

Bloqueio de nervo

Anestesia-se todo o território inervado pelo nervo (anestesia regional ou troncular). Requer um bom conhecimento da anatomia do trajeto dos nervos.

Bloqueio de nervo

Bloqueio de plexo braquial

Bloqueio de nervo mediano

Bloqueio de nervo ulnar

Bloqueio de nervo radial

Bloqueio de nervos digitais

Bloqueio de nervo ilioinguinal

Bloqueio do nervo fibular comum

Bloqueio do nervo fibular profundo

Bloqueio dos nervos da face

Bloqueio subaracnóideo

Injeção do anestésico dentro do espaço subaracnóideo (raquianestesia), na coluna vertebral abaixo de L2 (para não lesar o cone medular).

Bloqueio subaracnóideo

O anestésico é colocado diretamente no líquor que envolve as raízes dos nervos espinhais, bloqueando-as – o início de ação é bastante rápido.

Bloqueio subaracnóideo

Pode haver perda contínua de líquor pelo orifício da duramáter, reduzindo a pressão liquórica e ocasionando tração sobre os nervos e meninges (cefaléia pós-raqui).

Bloqueio subaracnóideo

Bloqueio epidural

Infiltração do anestésico dentro do espaço peridural (ou epidural) da coluna vertebral.

Bloqueio epidural

O anestésico deverá se difundir pelo tecido adiposo aí presente, chegando até os nervos espinhais que atravessam este espaço antes de saírem do canal vertebral.

Bloqueio epidural

Cuidado para não atravessar acidentalmente a duramáter e introduzir o anestésico no espaço subaracnóideo.

Bloqueio epidural

Se o anestésico atingir toda a medula espinhal e o bulbo tem-se a raqui total com bloqueio dos centros respiratórios bulbares e apneia).

Bloqueio epidural

A punção deve ser realizada abaixo de L2 a fim de não correr o riscode lesar o conemedularacidentalmente.

Bloqueio caudal

Variante do bloqueio epidural:

Penetra-se a agulha através do hiato sacro, infundindo o anestésico na gordura peridural que preenche o canal sacral.

Bloqueio caudal

Anestesia regional de Bier

Realiza-se o garroteamento de um membro e injeta-se o anestésico em uma veia distal, difundindo-se a droga pelos afluentes da veia por toda a porção garroteada do membro

Anestesia regional de Bier

Ações sistêmicas e toxidade dos anestésicos locais:

Sistema Nervoso Central:

Sedação, sonolência, rigidez muscular, tremores, agitação psicomotora, miofasciculações, convulsões generalizadas, paralisia (estágio avançado), distúrbios auditivos, cefaléia, pressão frontal, perda de sensibilidade ou calor e formigamento de lábios e língua e disartria.

Sistema cardio-vascular:

Diminuem a excitabilidade e a condutividade do miocárdio, aumentam o período refratário, bradicardia e depressão miocárdica (são usados como antiarrítmicos por via EV), vasodilatação (o que aumenta sua absorção e o risco de intoxicação);

Sistema cardio-vascular:

... costumam ser associados a adrenalina (vasoconstrictor) na razão de 1:200.000; pode chegar a parada cardíaca.

Sistema respiratório:

Deprimem os receptores de estiramento, tem efeito antitussígeno; pequenas doses estimulam e grandes doses deprimem a respiração por ação ao nível dos centros respiratórios bulbares, pontinos e diencefálicos podendo levar a apnéia e sensação de opressão torácica.

Outros efeitos:

Útero: pequenas doses de lidocaína estimulam a contração do miométrio.

Metabolismo: os ésteres (procaína) são hidrolizados no fígado e no plasma, as amidas (lidocaína e bipivacaína) são metabolizadas no fígado.

Anestésicos mais usados:

Procaína, cloridrato de:

Amina, quatro vezes menos tóxica que a cocaína, atualmente pouco usada

Dose máxima: 7mg/Kg (sem vasoconstrictor) a 10mg/Kg (com vasoconstrictor)

Procaína, cloridrato de:

Concentrações:0,5% - infiltração local;1% a 2% - bloqueio de nervo e de plexo nervoso;1,5% a 2% - anestesia peridural;5% raquianestesia;0,5% - anestesia regional intravenosa.

Novovaína®

Tetracaína, cloridrato de:

Mais potente e mais tóxica que a Procaína; muito usado por via tópica para anestesia ocular ou associada a medicamentos para otite.

Dose máxima: 40mg (4ml de solução a 1%).

Tetracaína, cloridrato de:

Concentrações:0,15%, 1,4mg/Kg - infiltração local;10 a 20mg – raquianestesia.

Pontocaína®

Lidocaína, cloridrato de:

Amida, anestésico local mais usado devido a baixa toxicidade, início de ação rápido, boa difusão, intensa atividade bloqueadora e ausência de irritação nos tecidos; também usado na fibrilação ventricular e pós cardioversão (10 a 100mg em bomba de infusão a 2 a 3 mg/min).

Lidocaína, cloridrato de:

Dose máxima: 7mg/Kg (sem vasoconstrictor) a 10mg/Kg (com vasoconstrictor) - isso corresponde a 2ml/Kg da solução a 0,5%, 1ml/Kg da solução a 1%, 0,5ml/Kg da solução a 2%

Lidocaína, cloridrato de:

Concentrações:0,5% - infiltração local;1% a 2% - bloqueio de nervo e de plexo nervoso;1,5% a 2% - anestesia peridural5% raquianestesia;0,5% - anestesia regional intravenosa.

Xilocaína®

Bupivacaína, cloridrato de:

Amida, anestésico local bastante usado quando se deseja uma ação mais demorada (peridural: 2 a 6 horas, bloqueio de plexo: 4 a 8 horas, bloqueios nervosos até 12 horas), grande período de latência (demora mais para iniciar seu efeito anestésico).

Bupivacaína, cloridrato de:

Dose máxima: 7mg/Kg (sem vasoconstrictor) a 10mg/Kg (com vasoconstrictor).

Bupivacaína, cloridrato de:

Concentrações:0,25% - infiltração local;0,5% - bloqueio de nervo e de plexo nervoso;0,5% a 0,75% - anestesia peridural

Marcaína®

Etidocaína, cloridrato de:

Amida, efeito duradouro, curto período de latência (início de ação rápido), pouco usado no nosso meio pelo preço.

Dose máxima: 1mg/Kg (sem vasoconstrictor) a 10mg/Kg (com vasoconstrictor).

Etidocaína, cloridrato de:

Concentrações:0,25% - infiltração local;0,5% - bloqueio de nervo e de plexo nervoso;1% - anestesia peridural0,25% a 0,5% - anestesia regional intravenosa

Duranest®

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