chapter 6 statistical thermodynamics

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Chapter 6

Statistical Thermodynamics

(Thermodynamics in Materials Science, DeHoff)

Prof. Dr. José Pedro Donoso

Universidade de São Paulo

Instituto de Física de São Carlos - IFSC

Capítulo 6

6.1 Microstates, macrostates and entropy

Combinatorial analysis, probability that the system exist in a given macrostate.

Boltzmann hypothesis: S = k lnΩ

connects the atomistic and phenomenological descriptions

6.2 – Conditions for equilibrium in statistical thermodynamics

Partition function:

Calculation of the macroscopic properties from the Partition function

6.3 – Applications

6.3.1 - A model with two energy levels

6.3.2 – Einstein model of a crystal (Cv)

6.3.3 – Monoatomic gas model (traslational partition function)

−=∑

kTxpeP i

r ε

1

Interpretação Estatística da Entropia

1- A irreversibilidade encontrada nos fenômenos macros está ligada a 2a Lei,

expressa como ∆S ≥ 0 (com ∆S > 0 nos processos irreversíveis)

2- As leis básicas da física (mecânica) regem os processos reversíveis

Como conciliar os fatos?

Exemplo: difusão de moléculas de ar numa sala. As colisões entre moléculas é

reversível. Uma concentração de moléculas é extremamente improvável

(condensação espontânea de 1027 moleculas de ar.

Examinamos as configurações possíveis de um gás teórico e calculamos a

probabilidade de encontrar n moléculas numa dada configuração

A caraterização de um estado do gás pela densidade em diferentes regiões

define um macroestado do gás, ao qual podemos associar diversos microestados

Os processos físicos devem ocorrer no sentido em que a probabilidade

associada ao macroestado do sistema aumenta, tendendo ao equilíbrio

termodinâmico, que deve corresponder ao macroestado de máxima

probabilidade

⇒ S deve ser uma medida da probabilidade termodinâmica

Seja W o peso estatístico associado a um macroestado. Como a

probabilidade é o produto das probabilidades P = P1P2 e a entropia é uma

propriedade aditiva, S = S1 + S2, se recorre a função logarítmica:

S = k ln W (Boltzmann, 1872)

W é o número de microestados compatíveis com o macroestado:

∆S = Sf – Si = k ln(Wf/Wi)

(Ref: Moysés Nussenzweig)

Interpretação Estatística da Entropia

Tabela 6.1- microestados de n = 4 partículas identicas distribuidas em dois

níveis de energia, ε1 e ε2

Numero de microestados: N = rn ; onde r é o # estados e n o # de partículas

N = 24 = 16 (A, B, C … na tabela)

Macroestados : I, II, III, IV e V

Interpretação alternativa:

O sistema consome (1/16) do tempo em cada microestado

Consideremos o macroestado II, constitudo dos microestados B,C,D e E, cada

um deles existindo por (1/16) do tempo. Este macroestado ocorre então

4×(1/16) = ¼ do tempo.

⇒ A probabilidade de observar o macroestado II em qualquer instante é ¼

# total de partículas: No # de estados: r

# de estados das No partículas:

(corresponde ao número de diferentes maneiras que No partículas

podem ser arranjadas nos r estados)

Macroestados do sistema: (n1, n2, …., nr) onde ni corresponde ao # de partículas

em cada estado εεεεI. O # de microestados que correspondem ao macroestado (n1, n2,

…., nr), ou seja, de quantas maneiras posso arranjar No bolinhas em r caixinhas,

tendo n1 bolinhas na primeira caixa, n2 na segunda, etc.:

Analisis de combinações

!!...!

!

21 r

o

nnn

N=Ω

oNr

A probabilidade do sistema estarnum determinado macroestado:

oo Nr

i

i

o

N

J

Jr

n

N

rP

1

!

!

1

∏=

=

Analisis de combinações

Macroestados: I, II, III, IV e V (Tabela 6.1)

ΩΩΩΩI é o número de microestados que correspondem ao macroestado I, II, etc

Entropia a T = 0 K

A entropia residual é originada

na desordem molecular que

ainda existe a T = 0 K

Cálculo da entropia residual

de uma substância utilizando

a relação de Boltzmann

S = k lnΩΩΩΩ

Atkins: Principios de Química

Atkins: Fisico Química

Rock: Chemical Thermodynamics

Entropia a T = 0 K (entropia residual)

Na molécula CO, a entropia residual medida é cerca de 5 J/mol-K.

Nesta estrutura, cada molécula pode adotar 2 orientações de igual

energia a T = 0 K, então:

S = k lnΩΩΩΩ = k ln 2= (1.38××××10-23)(6.02××××1023)ln 2 = 5.76 J/K

⇒⇒⇒⇒ sugere que no cristal, as moléculas estão arranjadas de forma aleatória

Estrutura aleatoria:

CO, CO, OC, CO,…

1 mol de CO contém

No = 6.02××××1023 moleculas

Entropia residual do FeClO3

O numero total de modos de

arranjar as molécula num cristal

contendo N moleculas é:

Ω= (4·4·4…)N = 4N

Entropia: S = k ln 4N = k N ln 4

Como 1 mol de FClO3 contém No

moléculas, então

S = (1.38××××10-23 J/K)(6.02××××1023)ln 4

= 11.5 J/K-mol

Valor experimental: 10.1 J/K-mol

6.2 – Conditions for equilibrium in statistical thermodynamics

Usando as propriedades dos logaritmos:

=

∏ !

!ln

i

o

n

NkS

[ ]∑−= )!ln(!ln io nNkS

xxxx −≅ ln!lnAplicando a aproximação de Stirling

e lembrando que o número total de

partículas no sistema é a soma do

número em cada nível:∑=

r

io nN1

( )[ ]

−=−= ∑∑

o

i

iioiN

nnknNnkS lnlnln

Esta relação pode ser usada para calcular a entropia de qualquer macroestado

O processo termodinâmico envolve a mudança do número de partículas

nos estados. A mudança de entropia é

Esta expressão descreve a mudança de entropia para qualquer processo no

Sistema, sem restrições sobre a natureza da redistribuição das partículas nos

níveis de energia εi

Aplicando o método dos multiplicadores de Lagrange o autor impõe a

condição de equilíbrio: o maximo na entropia:

onde P é a Função de partição do sistema.

[ ] i

o

i

oiii dnN

nkNnnndkdS ∑∑

−=−−= lnlnln

iii

o

i dnkTP

kdnN

nkdS ∑∑

−=

−= )/exp(

1lnln ε

)/exp(1

kTPN

ni

o

i ε−=

)/exp(1

kTPr

i∑ −= ε

Calculations of the macroscopic properties from the partition function

O valor da entropia para a distribuição de equilíbrio é:

Da definição da energia livre de Helmholtz:

A energia interna do sistema:

∑∑∑ +=

−= iiii nPkn

kT

kkT

PkS ln)/exp(

1ln εε

oPNkUT

S ln1

+=⇒⇒⇒⇒

PkTNTSUF o ln−=−=

V

oo

V T

PkTNPkN

T

FS

∂+=

∂−=

lnlnCalculamos S em função da

função de partição P:

∂=+=

T

PkTNTSFU o

ln2

e o calor específico:V

oo

V

VT

PkTN

T

PkTN

T

UC

∂+

∂=

∂=

2

22 lnln

2

Aplicação: gas ideal monoatómico

Função de partição:

Energia interna:

Entropia:

Calor específico:

2/32

=

m

kTVP

π

Tm

kVP ln

2

32ln

2

3lnln +

+=

π

kNm

kTVkN

T

PkTNPkNS oo

V

oo2

32ln

lnln

2/3

+

=

∂+=

π

kTNT

PkTNU oo

2

3ln2 =

∂=

RkNT

UC o

V

V2

3

2

3==

∂=

Aplicação : modelo de Einstein de um cristal

Einstein desenvolveu um modelo

simples para descrever a termodinâmica

de um sólido cristalino

-Os atomos estão arranjados numa

estrutura cúbica

-Um cristal de No átomos contém 3No

ligações

-Os átomos vibram emtorno de suas

posições de equilíbrio. As energias

estão quantizadas:

( ) νε h2

1+= ii

Função de partição:

Energia livre de

Helmholtz:

Entropia e

Energia interna:

Expansão em série:

[ ] ( )( ) ( )∑∑∑ −−+−

=== kTikTkTir

kTeeeeP

i

//2

1/)2/1(

0

νννε

hhh

( ) ( )kT

ikT

ee

/0

/

1

ν

h

h

∞−

−=∑

( )( )

( )kT

kT

e

eP

/

/2/1

1 ν

ν

h

h

−=⇒

( )[ ]kTe

kTP

/1ln2

1ln νν hh −−−−=

( )[ ]kT

ooo ekTNNPkTNF /1ln32

3ln3 νν h

h−−+=−=

VT

FS

∂−= TSFU +=

Calor específico:

Atkins:

( )

( )( )2/

/2

13

kT

kT

o

V

V

e

e

kTkN

T

UC

ν

ννh

hh

=

∂=

( )2

2

1 x

x

Vm

e

ex

R

C

−= kT

x νh≡

onde ν é a frequência vibracional obtida por espectroscopia Infravermelha ou Raman

CV do diamente:

Teoria e medidas

experimentais.

(θE = 1320 K)

Num estudo de espectroscopia da molécula C60,

Negri e col. (J. Phys. Chem. 100, 10849, 1996)

observaram as seguintes bandas vibracionais:

Calor específico CV da nolécula C60 fullerene

- um modo com simetria Au (degenerescência 1) em 976 cm-1

-quatro modos T1u (degenerescência 3) em 525, 578, 1180, 1430 cm-1

-cinco modos T2u em 354, 715, 1037, 1190, 1540 cm-1

-seis modos Gu (degenerescência 4) em 345, 757, 776, 963, 1315, 1410 cm-1

-sete modos Hu (degenerescência 5) em 403, 525, 667, 738, 1215, 1342, 1566

( ) 2

2

2

2

)1(1)/exp(

)/exp(x

x

V

V

e

ex

kTh

kTh

kT

h

R

C−

−=

=

ν

ννO calor específico, obtido

da função partição do

oscilador harmônico:

Estimar o calor específico da molécula C60 a 1000 K

Consideramos os modos ativos com temperatura vibracional θv = (kT/hc)< 1000

(Cv/R) = 3(0.953) + 3(0.98) + 4(0.977) + 5(0.953) + 5(0.929) + 3(0.964)= 26.86

Somando a contribução vibracional (26.86R), rotacional (3R/2), traslacional

(3R/2) e a eletrônica (R), obtemos Cv = 31R = 31(8.31) = 258 J/mol K

Ref: Atkins, Fisico Química

1819 – Pierre Louis Dulong e Alexis T. Petit encontram experimentalmente

para sólidos não metálicos que:

Calor específico dos sólidos

=≈

molK

JRC mV 253,

Porém, a Lei de Dulong e Petit não explica que Cv,m→ 0 quando T → 0

1906 – Albert Einstein:

( )2

2

1)/exp(

)/exp(3

=

kTh

kTh

kT

hNkCV

ν

νν

Este modelo prediz Cv → 3R quando T → ∞ (Dulong e Petit) e explica que

Cv,m→ 0 quando T → 0. Mais o modelo falha a baixas temperaturas.

1912 – Peter Joseph William Debye propõe seu modelo de calor espécico

dos sólidos, que asume uma distribuição contínua de frquências até νD:

Temperaturas de Debye:

( )dx

e

exTNkC

T

x

x

D

V ∫−

=

/

0

2

43

19

θ

θ kT

hx

ν=onde

72Mercurio (s)

75Neon

225Ouro

2230Diamante

θD

(K)Material

3

4

5

12

=

D

V

TNkC

θπ

limite T → 0:

Calor específico do Silicio (lei T3)

SiO2 : Tg ≈ 1200oC, Tm = 1610oC

Ref: Mary Anne White: Properties of Materials

Calor específico de sistemas complexos: vidro

C(T) de um sólido cristalino,

um líquido e um vidro.

O C(T) de um líquido é mais

elevado que o de um cristal

devido ao maior número de

graus de liberdade no liquido.

A queda de C(T) abaixo de Tg

resulta da mudança nos graus de

liberdade do líquido

superesfriado para o vidro.

Supercooled liquid: a liquid

cooled below its normal freezing

point (metastable)

Entropia molecular: O2 a 298 K

Função de Partição traslacional:

Molécula O2: Como m = 2mH, So aumenta em Rln23/2

Vh

mkTqt

2/3

2

2

=

π

RP

kT

h

mkTR

N

q

T

qTNkS t

2

52ln1ln

ln2/3

2+

=

++

∂=

πEntropia:

6

2/3

21055.2

2×=

o

P

kT

h

mkTπAtomo de oxigênio (mH = 16 uma = 2.657×10-26 kg)

( )[ ]molK

JS t

o

−=×+= 4.143)1055.2ln(5.2314.8 6

molK

JRS t

o

−=+= 08.1522ln4.143 2/3

Contribuição Rotacional

Função de Partição:

Molécula O2 a 298 K: I = 1.937×10-46 kg-m2 ⇒ θr = 2.08

Entropia:

Frequência vibracional: 1580.25 cm-1

σθ

Tqr =

σσσσ vale 2 moléculas homonucleares e 1 para as heteronucleares

Ik

hr 2

2

8πθ =

molK

JTeRS

r

ro

−=

=

= 84.43

)08.2(2

)298)(718.2(314.8ln

1

σθ

Contribuição vibracional

Função de Partição:

+=

−T

v

eq

θ

1

1

k

hc

k

hv

ννθ ==

Kmol

Je

e

TRS T

T

vo

−=

−−

−=

−035.0)1ln(

)1(

θ

θ

θ

Contribuição Eletrônica

Função de Partição:

Entropia:

Valor tabelado: 205.14 J/K-mol

Da mesma forma:

onde εI é a energia do estado, D é a energia de dissociação e gi é degenerecência

do nível, gi = (2J+1). Na molécula de O2, o estado fundamental é um tripleto e

D = 491.89 kJ/mol (os estados excitados estão muito longe)

Entropia padrão do O2:

kTD

TTe egegeggq 0210 ... =+++=

−− θθ

KmolJgRS e

o

−=== 13.9)3ln()314.8(ln 0

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 34.29024.02

5 =+++=+++= RRRCCCCCe

o

Pv

o

Pr

o

Pt

o

P

o

P

Valor tabelado: 29.355 J/K-mol. (Ref: Physical Chemistry, Alberty + Silbey)

( )molK

JSSSSS eo

vo

ro

too

−=+++= 09.205

6.4 – Alternate Statistical Formulations

Estatística de Maxwell – Boltzmann

BA

BA

AB

BA

AB

BA

AB

AB

AB

321

Consideremos um sistema de duas partículas

(A e B) que podem ocupar os níveis de energia

(1, 2 e 3):

-as duas partículas são distinguíveis

-a partícula pode estar em qualquer estado

⇒⇒⇒⇒ há 32 = 9 estados possíveis

Estatística de Bose - Einstein

Duas partículas (A e B) e três níveis de energia

-as duas partículas são indistinguíveis

-o estado pode estar ocupado por qualquer

número de partículas

-há 3 maneiras de colocar as partículas no

mesmo estado

-há 3 formas diferentes de colocar as partículas

em diferentes estados

⇒⇒⇒⇒ há 3 + 3 = 6 estados possíveis para o gás

AA

AA

AA

AA

AA

AA

321

Estatística de Fermi - Dirac

Duas partículas (A e B) e três níveis de energia

-as duas partículas são indistinguíveis

-apenas uma partícula pode ocupar um dado

estado

⇒⇒⇒⇒ há 3 estados possíveis para o gás

AA

AA

AA

321

Aplicação:

Consideremos um sistema de 2

partículas cada uma das quais pode

ocupar qualquer um dos três estados

quânticos de energia 0, εεεε e 3εεεε

112xx

112xx

112xx

011xx

011xx

011xx

F-DB-EM-B3εεεεε0

( )332121 εεεβ nnn

iegz++−∑=

Função de partição:

( ) ( ) ( ) ( )εεβεβεβεββεβ 33003220 222111 +−+−+−−−− +++++= eeeeeezMB

( ) ( ) ( ) ( )εεβεβεβεββεβ 333220 111 +−−−−−− +++++= eeeeeezBE

( ) ( ) ( )εεβεβεβ 3300 +−+−+− ++= eeezFD Reif: Statistical and Thermal Physics

Problemas propostos pelo autor

6.3 – Sistema de duas partículas e 4 níveis de energia: número de microestados e macroestados

6.4 – Numero de microestados de diferentes sitemas

6.5 – Sistema de 10 partículas e níveis de energia: En = (n+½)Eo

6.7 – Mudança de entropia associada a um processo no qual muda o

número de partículas em cada nível de energia

6.9 - ∆∆∆∆U : cristal aquecido reversívelmente de 90 K →→→→ 210 K

6.10 – ∆∆∆∆S gas ideal (273 K,, 1 atm) →→→→ (500 K, 3.5 atm) usando a

(a) termodinâmica fenomenolôgica e (b) termodinâmica estatística

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