história de madureira e de oswaldo cruz the history of ma ......derivation of the tupi word yra-y...
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Oswaldo Cruz and Madureira
are part of what was once
called Freguesia (Community)
de Nossa Senhora da
Apresentação de Irajá, a
derivation of the tupi word yra-
yá, or “the place where honey
flows”. Founded in l647, the
freguesia comprised a good part
of the lands in the carioca
backcountry, in a sesmaria (a
large plot of uncultivated land)
initially donated to Antonio de
França in 1568. Until the first
half of the 18th century, the
lands changed hands many
times, always through royal
grants, and were dismembered
into smaller farms. During this
long period, production of the
vast farming areas activated the
ports of the Meriti and Pavuna
rivers, which received sailboats
loaded with sugar and sugar-
cane rum. Not having the
facilities of the freguesias
located nearer the bay, the
fertile area began to be
crisscrossed by trails opened by
A história de Madureira e de Oswaldo Cruz 33
OOswaldo Cruz e Madureira são
parte do que outrora chamou-
se Freguesia de Nossa Senhora
da Apresentação de Irajá,
corruptela de termo tupi yra-yá,
ou o “lugar de onde brota o
mel”. Criada em 1647, a
freguesia compreendia boa
parte das terras situadas no
sertão carioca, na antiga
sesmaria concedida
inicialmente a Antônio de
França, em 1568. Até a
primeira metade do século
XVIII, essas terras trocaram de
mãos diversas vezes, sempre por
meio de concessões reais, e
desmembradas em fazendas
menores. Nesse longo período,
a produção das vastas lavouras
movimentou os portos dos rios
Meriti e Pavuna, por onde
passavam faluas carregadas com
açúcar e aguardente. Sem as
facilidades das freguesias
situadas mais próximas à baía,
o recôncavo foi sendo cortado
por caminhos abertos pelas
tropas de muares que viajavam
história de Madureira e deOswaldo CruzThe history of Ma d u re i ra and Oswaldo Cru z
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regularmente pela região. Nas
terras destinadas
principalmente ao engenho da
cana-de-açúcar, desenvolvia-se a
cultura de milho, mandioca e
feijão, e uma pequena criação
animal. O movimento pelos
sertões fluminenses garantiu
ainda o surgimento de uma
discreta indústria, representada
por olarias e fundições.
O local onde hoje estão os
bairros de Madureira e
Oswaldo Cruz eram
originalmente parte da Fazenda
do Campinho, concedida a
Dona Maria de Oliveira em
1617, e passaria às mãos do
capitão Francisco Inácio do
Canto, em 1800.
mule trains traveling regularly
around the region. The lands
were reserved principally for the
sugar-cane mill, but there were
also corn, manioc and bean
fields, and some animal
breeding. The activity around
Rio de Janeiro’s backwoods also
produced a small industry,
consisting of brickyards and
foundries.
The site where the
Madureira and Oswaldo Cruz
districts are located today was
originally part of Fazenda do
Campinho, which had been
donated to Dona Maria de
Oliveira in 1617, and in 1800
passed on to captain Francisco
Inácio do Canto.
The old Forte de Nossa
Senhora da Glória do
Campinho was built on the site
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Teatro Zaquia Jorge
Arquivo Geral da Cidade
do Rio de Janeiro
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No local existiu o antigo
Forte de Nossa Senhora da
Glória do Campinho, erguido
em 1822 e desativado em
1831. Surgido na mesma época
de outras fortificações, a
construção militar guardava a
região contra possíveis ataques
vindos pela Baía de Sepetiba.
Com efeito, uma pequena
guarnição permaneceu ali até
1851, incumbida de preservar o
material aquartelado. Nesse
mesmo ano, instalou-se no
local a Fábrica de Artigos
Pirotécnicos do Exército, que
funcionou até 1900. A partir
dessa data, o Quinto
Regimento de Artilharia de
Campanha ocupou o lugar, que
teve várias denominações daí
em diante. Hoje chama-se 15º
Regimento de Cavalaria
Mecanizado, mas é mais
conhecido como o Quartel do
Campinho.
No vale do Rio das Pe d r a s ,
mais a oeste da Freguesia do
Irajá, situava-se a fazenda do
p o rtuguês Miguel Go n ç a l ve s
Po rtela – um grande engenho
de cana-de-açúcar que
p roduzia aguardente e
rapadura. Conhecido como
Engenho do Po rtela, a re g i ã o
passaria a chamar-se, já no
in 1822, and in 1831 it was
d e a c t i vated. Built at the same
time as other forts, the
m i l i t a ry building guarded the
region against possible attacks
coming from Baía de Se p e t i b a .
In fact, a small garrison was
stationed there until 1851, to
g u a rd the arm y’s pro p e rties. In
that same ye a r, the Fábrica de
Artigos Pi rotécnicos do
Ex é rcito occupied the site,
staying until 1900. From that
date on, the Quinto Re g i m e n t o
de Artilharia de Ca m p a n h a
took it over and after that it
changed names many times.
Nowadays it is the 15o.
Regimento de Ca va l a r i a
Me c a n i z a d o, generally know n
as the Qu a rtel do Ca m p i n h o.
In the Rio das Pe d ras va l l e y,
west of Freguesia do Ira j á ,
Miguel Go n ç a l ves Po rtela, a
Po rtuguese, had a farm – a
g reat sugar-cane mill
p roducing sugar-cane rum and
ra p a d u ra (brown sugar blocks).
K n own as Engenho do Po rt e l a ,
the area was named Fa ze n d a
do Po rtela in the 18th century.
The mill adjoined the pro p e rt y
of Lourenço Ma d u re i ra, whose
name was chosen to baptize
the future district. He rd s m a n
L o u re n ç o’s story is curious. He
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século XVIII, Fa zenda do
Po rtela. O Engenho fazia
limite com a propriedade de
L o u renço Ma d u reira, cujo
nome seria escolhido para
batizar o futuro bairro.
História curiosa a do boiadeiro
L o u re n ç o. Ele estabelecera ali
uma roça de mandioca e
milho, fazendo prosperar as
terras que arrendou do
Capitão Inácio do Canto, o
p o d e roso proprietário da
Fa zenda do Campinho.
L o u renço conquistou o
respeito e a admiração da
população local pelo grande
d e s e n volvimento que levo u
para a re g i ã o. A fama do
b o i a d e i ro também cresceu por
conta do posterior litígio com
a viúva de Inácio do Canto,
Dona Rosa Maria dos Sa n t o s ,
falecida em 1846. A disputa
transformou Lourenço no
p rotagonista do primeiro
p rocesso legal por posse de
terras no Rio de Ja n e i ro, o que
c e rtamente granjeou alguma
simpatia popular. Sua faze n d a ,
dividida em glebas que, mais
t a rde, deram origem a
Ma d u reira, fora ocupada por
muitas chácaras, situadas entre
os Engenhos do Po rtela e o
Engenho de Fora.
had started manioc and corn
fields, turning to a profit the
lands he had leased fro m
Capitão Inácio do Ca n t o, the
p owe rful owner of Fa zenda do
Ca m p i n h o. Lourenço had won
the respect and admiration of
the local population due to the
g reat development he bro u g h t
to the region. The herd s m a n’s
fame also grew because of his
subsequent litigation with
Inácio do Ca n t o’s widow, Ro s a
Maria dos Santos, who died in
1846. The dispute made
L o u renço the principal actor
in the first lawsuit for land
possession in Rio de Ja n e i ro,
which certainly aroused some
popular appreciation. Hi s
f a rm, divided into sections
which later originated
Ma d u re i ra, had been occupied
by many small ranches located
b e t ween Engenho do Po rt e l a
and Engenho de Fo ra .
And in one of these small
ranches, a pro p e rty owned by
Dona Clara, the widow of
Domingos Lopes – an
influential politician in what
was then the freguesia do Ira j á
– a train station was built in
1895 and was named after
Dona Clara, for she had give n
p a rt of the lands to build the
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Justamente numa dessas
chácaras, pertencente a Dona
Clara, viúva de Domingos
Lopes – político influente na
então freguesia do Irajá – seria
construída, em 1896, a estação
de trem que recebeu o nome da
benfeitora, pois Dona Clara
cedera parte das terras para que
se erguesse a estação, bem
próxima da atual Estação
Madureira. Com o progresso da
localidade, a pequena parada de
Dona Clara chegou a ser
elevada à categoria de estação,
mas funcionou por apenas um
ano. Ali, os trens suburbanos
passaram a fazer a volta,
deixando de retornar ao antigo
“giratório” de Cascadura, onde
toda a composição, vagão por
vagão, fazia lentamente o
retorno. Em 1897, inaugurou-
se o ramal circular dos
subúrbios, extinguindo-se a
antiga parada. Um trecho da
linha férrea separava-se da linha
um pouco antes da Estação
Madureira e reencontrava o
principal um pouco mais
adiante. Nos vagões de madeira
que ali faziam a volta até a
chegada dos elétricos em 1937,
conta o historiador Brasil
Gerson, viajava-se de primeira e
segunda classes:
station, quite close to the
p resent Estação Ma d u re i ra. As
the settlement pro g ressed, the
small Dona Clara stop became
a station, but it operated for
only one ye a r. T h e re the
suburban trains turn e d
a round, abandoning the old
Ca s c a d u ra “ro t a t i ve”, where
the entire train, car by car,
would slowly spin around. In
1867 the suburban circ u l a r
b ranch was inaugurated, and
the old stop was closed dow n .
One section of the ra i l w a y
s e p a rated from the line short l y
b e f o re Estação Ma d u re i ra and
rejoined the main line short l y
a f t e r. In the wooden cars
which swiveled around on that
site until the arrival of electric
t rains in 1937, one tra ve l e d
first and second class, in the
w o rds of historian Bra s i l
Gerson:
“The first class, for a few
years in this century still
equipped with leather seats,
and the second class, more
accessible than before to the
p o o r, 200 réis up to
Ca s c a d u ra, twice, howe ve r, the
price of a newspaper,
c o m p a red to the 500 réis in
the previous century.”
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“A primeira, ainda durante
alguns anos neste século com
poltronas de couro, e sendo a
de segunda mais acessível que
antes aos pobres, 200 réis até
Cascadura, o dobro, contudo,
do preço de um jornal, ao
contrário dos 500 réis do
século anterior.”
Até 1893, quem ia ao
Campinho utilizava o lombo
dos animais ou as carretas, os
meios de transporte
disponíveis. Por essa época, a
Estrada de Ferro Central do
Brasil chegava somente até
Cascadura e, daí, fazia um
desvio que conduzia à Fábrica
de Artigos Pirotécnicos do
Exército, no atual Largo do
Campinho. A fábrica que
chegara a ser composta de 40
edifícios, depósitos e oficinas,
iria transferir-se para Realengo,
e, adquirindo grandes
proporções, passa a se chamar
Fábrica de Cartuchos. A fábrica
deu início a um certo
desenvolvimento do lugar.
Surgiram ali pequenas
propriedades agrícolas: o que
era produzido, era transportado
até regiões mais urbanizadas em
lombo de animais, ou,
principalmente, usando a
Up to 1893, whoever we n t
to the Campinho rode on the
backs of animals or in wagons,
the only means of
t ra n s p o rtation then ava i l a b l e .
In those days, the Es t rada de
Fe r ro Ce n t ral do Brasil we n t
only as far as Ca s c a d u ra, and
f rom there it made a detour
which led to the Fábrica de
Artigos Pi rotécnicos do
Ex é rc i t o, in what is now
Largo do Ca m p i n h o. T h e
Fábrica, a complex with 40
buildings, warehouses and
w o rkshops, later tra n s f e r red to
Re a l e n g o, becoming ve ry large
and changing its name to
Fábrica de Ca rtuchos. Wi t h
the coming of the factory, the
a rea began to develop. Sm a l l
f a rms we re started: their
p roduce was tra n s p o rted to
m o re urbanized regions on the
backs of animal or, genera l l y,
t h rough Estação Labora t ó r i o,
as the Fábrica do Ex é rcito stop
was then known. But in spite
of Ca m p i n h o’s geogra p h i c
i m p o rtance, in 1858
Ca s c a d u ra was chosen as one
of the first four Es t rada de
Fe r ro Dom Pe d ro II stations
in the re g i o n .
The Dona Clara station
d i s a p p e a red, but its old
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Estação Laboratório, como era
conhecida então a parada da
Fábrica do Exército. Mas,
apesar da importância
geográfica do Campinho,
Cascadura foi a região escolhida
para a instalação de uma das
quatro primeiras estações da
Estrada de Ferro Dom Pedro II
da região, em 1858.
A estação Dona Clara
desapareceu, mas a antiga
proprietária teve justa
homenagem, batizando a rua
que começa na Domingues
Lopes e termina na Carlos
Xavier. Não muito longe dali
está a pequena Praça Inácio do
Canto – lembrando o nome do
primeiro proprietário daquelas
terras, na confluência das ruas
Tomé Alvarenga, Capitão
p roprietor re c e i ved due honors,
naming the street that begins
on Domingues Lopes and ends
on Ca rlos Xavier. Not ve ry far
is the small Praça Inácio do
Ca n t o, named after the first
owner of those lands, on the
junction of Tomé Al va re n g a ,
Capitão Couto Mendes and
Felipe Frutuoso stre e t s .
Under the administration of
R i c a rdo de Al b u q u e rque, the
t rain arrived at Ma d u re i ra in
1890. The branching off was
completed in 1898 with the
i n a u g u ration of Li n h a
Au x i l i a r, then called In h a ra j á ,
which today is the import a n t
Estação de Ma g n o, in honor of
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Bonde Madureira-Penha
Arquivo Nacional
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Couto Mendes e Felipe
Frutuoso.
Sob a administração de
Ricardo de Albuquerque o trem
chegou em Madureira, em
1890. A ramificação ficou
completa em 1898 com a
inauguração da Linha Auxiliar,
inicialmente chamada Inharajá
e, hoje, a importante Estação
de Magno, assim chamada em
homenagem ao engenheiro
Alfredo Magno de Carvalho.
Madureira foi se tornando
um importante eixo ferroviário,
fiel a uma vocação que
remontava aos tempos em que
fora também o mais importante
ponto de convergência das
estradas rurais, parada
obrigatória dos viajantes. As
modificações decorrentes dessas
primeiras estações, contudo,
ainda não eram suficientes para
transformar a aparência do
futuro bairro, ainda fracamente
urbanizado nos primeiros anos
do século XX.
A partir da inauguração do
m e rcado ao lado da Estação
de Magno, em 1914, as
mudanças deram início e
Ma d u reira firmou-se como
principal centro para os
c o m e rciantes e lavradores das
re d o n d ezas.
engineer Al f redo Magno de
Ca rva l h o.
Ma d u re i ra slowly became
an important ra i l road axis,
t rue to a vocation that we n t
back to the time when it had
also been the most import a n t
c o n verging point for the ru ra l
roads and a re q u i red stopping
place for tra velers. The changes
b rought by these first stations,
h owe ve r, we re still not
sufficient to change the future
d i s t r i c t’s characteristics, still
p o o rly urbanized in the earl y
20th century.
With the inauguration of
the market next to Estação de
Ma g n o, in 1914, the changes
s t a rted and Ma d u re i ra began
to take hold as the main
center for the businessmen
and farmers in the
s u r rounding are a .
Around that time,
Ma d u re i ra had begun to be
s e rviced by donkey-pulled
s t reetcars, and this continued
up to 1929, when electricity
came to the Irajá line.
In 1937, with the
electrification of Ce n t ra l’s
suburban trains, inaugura t e d
in person by president Va r g a s ,
Ma d u re i ra was acclaimed as
the carioca “capital of
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Nessa época, Madureira
passou a ser servida pelo bonde
puxado a burro, o que durou
até 1929 quando a eletricidade
chegou à linha que ia até Irajá.
Em 1937, com a eletrificação
dos trens suburbanos da
Central, inaugurada
pessoalmente pelo presidente
Vargas, Ma d u reira consagrava -se
a “capital do subúrbio” carioca,
um destaque merecido que se
mantém até hoje, não só por
sua posição geográfica
privilegiada, comércio e
transporte abundantes, como
por suas tradições culturais.
Deixando para trás a vocação
rural, o bairro iniciava um
processo de urbanização que o
transformou no mais forte
núcleo comercial e cultural da
zona norte carioca. Se no
Censo de 1920 Madureira
sequer figurava como bairro,
duas décadas mais tarde um
novo Censo registraria
expressivo crescimento:
111.300 habitantes onde antes
contavam-se somente 27.406.
Em 1950, de acordo com
novo recenseamento, a
população havia aumentado
41%, sendo bem menor a
parcela de pessoas ligadas às
atividades agropecuárias, o que
s u b u r b s”, a we l l - d e s e rve d
distinction which holds to this
d a y, not only for its privileged
g e o g raphic position, abundant
c o m m e rce and tra n s p o rt a t i o n ,
but also for its cultura l
t ra d i t i o n s .
Abandoning its ru ra l
leaning, the district started an
urbanization process that
changed it into the most solid
c o m m e rcial and cultura l
center in the “c a r i o c a”
n o rt h e rn region. Though in
the 1920 census Ma d u re i ra
was not even mentioned as a
district, two decades later the
census would register a
significant growth: 111,300
inhabitants where pre v i o u s l y
only 27,406 had been
c o u n t e d .
In 1950, according to a
new census, the population
had increased 41%, with a
much smaller percentage of
individuals engaged in
f a rming and ra n c h i n g
activities. This is proof of the
g rowing urbanization,
n a t u rally determined by the
a d vancement of industrial
and commercial activities in
the entire region. For example,
the Fabrica de Bi s c o i t o s
Pi raquê, inaugurated in 1950
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atesta a crescente urbanização,
determinada – é claro – pelo
avanço das atividades
industriais e comerciais em
toda a região. A Fábrica de
Biscoitos Piraquê, por exemplo,
inaugurada em 1950 na região
hoje denominada Turiaçu, deu
grande impulso ao bairro.
A abertura da Ave n i d a
Brasil, ainda nos anos 1940 e,
s o b retudo, a inauguração do
Viaduto Negrão de Lima,
s o b re os trilhos da estrada de
f e r ro, em 1958, foram
d e c i s i vas para o crescimento da
região, que ainda no tempo do
Estado da Guanabara possuía a
maior densidade populacional
do subúrbio e era a segunda
em arrecadação de impostos
do Estado.
O ritmo acelerado de
crescimento se manteve: desde
1962, Madureira tornou-se a
15ª Região Administrativa,
englobando os bairros vizinhos
de Marechal Hermes, Bento
Ribeiro, Honório Gurgel,
Rocha Miranda, Vaz Lobo,
Turiaçu, Cascadura, Quintino
Bocaiúva, Engenheiro Leal,
Cavalcanti, Oswaldo Cruz e
Campinho.
in the area now a d a y s
denominated Turiaçu, gave
the district a big push.
The opening of Ave n i d a
Brasil in the 1940’s and
especially the inauguration of
Viaduto Negrão de Lima ove r
the ra i l road tracks in 1958,
we re decisive for the re g i o n’s
g rowth, which when the state
of Gu a n a b a ra still existed,
had the largest population
density of all the suburbs and
was the second in tax
collections in the state.
The accelerated grow t h
rhythm held: after 1962,
Ma d u re i ra became the 15th
a d m i n i s t ra t i ve re g i o n ,
comprising the neighboring
districts of Ma rechal He rm e s ,
Bento Ribeiro, Ho n ó r i o
Gurgel, Rocha Mi randa, Va z
L o b o, Turiaçu, Ca s c a d u ra ,
Quintino Bocaiúva ,
En g e n h e i ro Leal, Ca va l c a n t i ,
Oswaldo Cruz and
Ca m p i n h o.
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