impactos ambientais na implantação de usinas hidrelétricas
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IMPACTOS AMBIENTAIS NA IMPLANTAÇÃO DE
USINAS HIDRELÉTRICAS
Universidade Federal do Tocantins
Centro de Engenharias Civil e Eletricista
Impacto Ambiental em Engenharia Civil
COMPONENTES
• Leonaudo
• Italo Rafael Machado Santos
• Justino
• Pedro da Silva Aguiar Neto
Introdução
Todos sabemos da da demanda energética crescente do país e da necessidade de obtenção de fontes de energia eficientes baratas,sustentáveis e se possível isentas de emissão de gases estufa, dado nosso contexto de aquecimento global. Desta forma as UHEs figuram-se muito atrativas, mas até onde essa fonte energética pode ser tida como sustentável? Ou ainda, para quem ela se apresenta sustentável?
Impactos Socioeconômicos
O Conceito de Atingido
Perda de Recursos arqueológicos
Os indígenas
Atividade Sísmica
Impactos Socioeconômicos
Rupturas do processo de reprodução social dos ribeirinhos.
Perdas de propriedades rurais
Aumento de doenças sexualmente Transmissíveis
Questão da mulher
o crescimento populacional provocado pela oferta de emprego nas obras, o qual atinge as áreas próximas à hidrelétrica e altera toda a estrutura das cidades.
Vainer & Araujo (1992, p. 35) advertem que “a geração de postos de trabalho que acompanha a etapa das obras civis é sempre inferior à aglomeração de trabalhadores, gerada pelo afluxo migratório que a expectativa de emprego induz”.
O discurso desenvolvimentista
No final da década de 1960, o planejamento regional abriu espaço para um planejamento baseado na teoria dos polos de desenvolvimento, que buscava atingir todo o País por meio de uma política centralizada
Os recursos regionais foram apropriados, sem que as “regiões sedes” participassem, consolidando dessa forma as desigualdades preexistentes.
As análises para a implantação de tais planos e programas eram baseadas apenas nos dados econômicos, sem se levar em conta realmente os aspectos sociais vividos pelo País
Impactos Ambientais
Perdas irreversíveis na fauna e flora
Alteração na dinâmica do rio atingido
Eutrofização à montante
Diminuição no transporte de sedimentos
Erosão à jusante
Deslocamento de aves migratórias
Alteração no microclima local
Seca à jusante
Impacto ciclo reprodutivo dos peixes
Casos dignos de menção
Usina Hidrelétrica de Barra Grande
Rio pelotas-Divisa SC/RS
1000 ha Araucaria Angustifolia
4000 ha Floresta de regeneração
E o IBAMA?
Politica de fato consumado
As grandes empresas, tentam impor a política do fato consumado para burlar a legislação e lucrar à custa da destruição do meio ambiente.
Complexo Energético Capim Branco
Triângulo Mineiro-MG
Transição entre o cerrado e mata atlântica, trecho impactado era considerado como Área de Importância Biológica Extrema e única para conservação de peixes na região, devido ao fato de ser um remanescente significativo para a migração e reprodução de peixes ameaçados de extinção (COSTA, 1998).
Adotar de antemão, pura e simplesmente, o princípio de que projetos hidrelétricos causam a supressão de significativos trechos de rios, sem reconhecer que pode haver, em determinado contexto, constrangimentos ambientais que limitem definitivamente a aceitabilidade dessa supressão e, portanto, da condição do projeto, é reduzir a questão da discussão da viabilidade ambiental dos aproveitamentos ao mero refinamento de medidas mitigadoras e compensatórias pontuais de impactos. Significa pressupor que todo projeto hidrelétrico é viável, que após a aplicação das possíveis medidas mitigadoras e compensatórias pontuais, o passivo ambiental restante teria necessariamente que ser aceito independentemente de sua magnitude e da verificação das condições de sustentabilidade ambiental da região onde se insere o empreendimento. (Reunião Extraordinária para exame de Licença Prévia de Capim Branco I e II- –CIF/COPAM 07/12/2001 apud ZHOURI e GOMES, 2007)
PCHs
Dispensa de EIA-RIMA
Avaliações Ambientais simplificados
Conclusões
Apesar de evidentes os benefícios da criação de usinas hidroelétricas, o discurso de sustentabilidade e desenvolvimento regional para sua implementação, se não forem engôdos absolutos, podem ser no mínimo profundamente questionados. As tentativas de compensação pelos interessados na execução da usina podem ter valor insignificante se comparados ao valor das perdas sofridas pela população impactada, que em suma não ganha quase nada com a execução de tais empreendimentos.
Conclusões
Os órgãos regulamentares em vigência têm que se consolidar no comprimento de seus deveres e respeito às suas prioridades, não podendo desta forma serem submissos a vieses políticos e econômicos espúrios. E situações contestáveis, como por exemplo a das PCHs deveriam ser reavaliadas na concessão de futuros empreendimentos
Referência Bibliográficas
http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2012/11/cidade-inundada-ha-50-anos-ressurge-com-seca-em-furnas.html
Efetividade do estudo de impacto ambiental e do licenciamento em projetos de usinas hidroeléricas-Sanny Rodriges;Vicente de Paulo
Manual do Atingido - Impactos Sociais e Ambientais de Barragens Flávia Vieira; Carlos Vainer.
A Implantação de grandes hidrelétricas: Desenvolvimento, discurso e impactos. ELeine Mundum Bortoleto
IMPACTOS AMBIENTAIS NA IMPLANTAÇÃO DE
USINAS HIDRELÉTRICAS: UHE
PeixeUniversidade Federal do Tocantins
Centro de Engenharias Civil e EletricistaImpacto Ambiental em Engenharia Civil
COMPONENTES
• Pedro da Silva Aguiar Neto
APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
• Implantado no rio Tocantins, terá 450 MW de potência instalada, 292 MW médios e um reservatório de 294 km2 de área total
• Será barragem com altura máxima de 37 m no rio, vertedouro de superfície para 42.500 m3/s, comportando 4 conjuntos hidrogeradores Kaplan de 112,5 MW de potência cada um.
• As obras serão localizadas nos municípios de Peixe e São Salvador e o reservatório atingirá também Paranã e uma pequena porção de Palmeirópolis.
Fig xx - Aranjo geral
Fig xx - Barragem
Fig xx – Visão barragem e jusante
Fig xx – Visão barragem e montante
APRESENTAÇÃO DO EMPREENDEDOR
• Concessão pelo regime de licitação, deverá construir e operar a usina por um período de até 35 anos, renováveis por igual período
• Os Estudos de Viabilidade e os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) foram desenvolvidos pela THEMAG Engenharia, sob contrato com o Grupo CELTINS-EDP-FURNAS-ENGEVIX
JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
• De acordo com as análises econômicas (Estudos de Viabilidade) do AHE Peixe, o custo de geração na usina situa-se pouco abaixo de US$ 30,00/MWh.
• Valor melhor que os US$ 32,0 MWh, para o sistema interligado até 2010, aceito pelo Plano de Expansão 2000-2009, um custo marginal de expansão de energia (GCPE )
JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
• Localização altamente estratégica, junto a linha de transmissão da interligação Norte/Sul.
Mercado - Energia Total (TWh)
Mercado mais Provável Sul/Sudeste/Centro-Oeste Mercado Ampliado Norte/Nordeste Total
JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
• Alternativas Tecnológicas• Considerações Gerais
• Energia Termelétrica?
• Energia Nuclear?
• Fontes Alternativas de Energia?
• Conclusões sobre Alternativas Tecnológicas
Hidrelétrica
Termoelétrica
Nuclear
Eólica
composição matriz energética brasileira
JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
• Alternativas locacionais• Peixe, no local Santa Cruz, com reservatório na cota
287,00 m;
• Cana-Brava, com reservatório na cota 331,00 m;
• Serra da Mesa, com reservatório na cota 460,00 m.
JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
• Problemas:• Inundava totalmente Paranã e São Salvador e a
localidade de Retiro
• Pontes sobre os rios Paranã, Palma e Tocantins da estrada Natividade-Palmeirópolis
• + 110.000 ha dos municípios de Paranã, Peixe, São Salvador e Palmeirópolis
JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
• A conclusão desse estudo, que analisou 7 alternativas de divisão de quedas no trecho
• Escolhendo pelo rebaixamento da cota da barragem de Ipueiras e a substituição do aproveitamento Peixe287,00 m por um conjunto de 4 barragens• Peixe com reservatório na cota 263,00 m
• Mais três barragens localizadas nos rios Tocantins, Paranã e Palma
INTRODUÇÃO
• Estudos de Impacto Ambiental da AHE Peixe• Diagnósticos dos Meios Físico
• Diagnósticos dos Meios Biótico
• Diagnósticos dos Meios Sócio-Ecônomico
• Avaliação de Impactos
• Programas Ambientais
Objetivos
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Contribuir para a análise da viabilidade ambiental do
empreendimento e a consequente indicação de medidas de prevenção, recuperação ou compensação dos impactos ambientais significativosObjetivo Principal da avaliação
Metodologia
• Técnica de avaliação• Identificar
• Organizar
• Analisar
• Comparar
• Meta de Avaliação • Menos subjetiva
• Descritiva
• Qualificativa
• Quantitativa
Metodologia
• Métodos utilizados• Metodologias Espontâneas - Conhecimento empírico
• Metodologia de Listagem - Identificação dos impactos
• Matrizes de Interação - Relacionando as ações impactantes com os fatores ambientais impactados
• Modelos de Simulação - Análise da qualidade de água
• Mapas de Superposição - Técnica cartográfica utilizada na localização e abrangência de impactos
Metodologia
• Trabalhos de elaboração desta avaliação1. Sistematização das características do projeto
2. Sistematização do meio ambiente de forma a definir os fatores ambientais
3. Elaboração de Matriz de Interação (causa/efeito)
4. Elaboração de Matriz de Identificação de Impactos
Metodologia
• Trabalhos de elaboração desta avaliação5. Preenchimento da Matriz de Caracterização
(qualificação)
6. Elaboração das descrições e quantificações dos impactos
7. Proposição de medidas mitigadoras e compensatórias
8. Seleção dos impactos mais importantes
Descrição do empreendimento
• Barragem de terra na margem esquerda, numa extensão de 4.500m
• Barragem de terra no canal do rio, num comprimento de 870,00m
• Barragem de terra na margem direita, num comprimento de 230m
• Vertedouro com 12 vãos, em concreto armado, com perfilx
Descrição do empreendimento
• Conjunto tomada d’água e casa de força, em concreto armado, com um comprimento de 123,20m
• Barragens de ligação, tipo gravidade, em concreto convencional
• Área de montagem, em concreto armado, contígua à casa de força, com uma largura de 64,00 m;
• Canal de fuga escavado em rocha, com o fundo variável, desde a cota 208,70m até a cota 231,00 m.
a- área antes do início das obrasb- área desmatada para o início dasObrasc/d- início das obras / canteiro de obrase- usina construída / enchimento do lagof- Usina já em funcionamento.
AÇÕES GERADORAS DE IMPACTOS
Planejamento
Aquisição das Áreas para Implantação do Aproveitamento
• Deverão ser adquiridas as áreas necessárias para:• Implantação da barragem, do vertedouro, da casa de força,
e dos canais de restituição;
• Formação do reservatório e área de preservação
• Construção de acessos, canteiro de obras, acampamento, vila residencial e subestação elétrica;
• Exploração de jazidas de materiais naturais de construção
• A área total a ser adquirida é estimada em 325 km2
Adequação de Acessos e Instalação de Canteiro e
Acampamento
• Na margem direita, adequação de estradas ou a construção de um trecho novo ligando o eixo da barragem com a TO-280 ( Peixe -São Valério da Natividade)
• As principais instalações do canteiro são: central de concreto, oficinas de manutenção, depósitos de combustíveis, armazéns, almoxarifados, carpintaria, pátio de armação e pátio de pré-moldados.
• O acampamento (escritórios do empreiteiro e do empreendedor), e alojamentos para trabalhadores solteiros
Operação do Canteiro e do Acampamento• A construção da obra ocupará um contingente
de aproximadamente 3.500 homens no pico das obras
• Como o canteiro será localizado ao lado das obras, os efeitos ambientais das operações industriais terão pouca influência sobre as propriedades e núcleos vizinhos.
• A fabricação de concreto exigirá a chegada ao canteiro de materiais
• Para a montagem dos equipamentos eletromecânicos implicará no transporte de peças de grandes dimensões
Abertura e Exploração de Jazidas e Áreas de
Empréstimo
• Os materiais naturais necessários são: solo argiloso, rocha e areia
• É possível que a rocha das escavações obrigatórias atenda a maior parte das necessidades da construção
• Para a obtenção de blocos de maiores dimensões foram localizadas pedreiras potenciais no sítio Santa Cruz e São Miguel
Abertura e Exploração de Jazidas e Áreas de
Empréstimo
• A exploração das áreas de empréstimo de solo requererá a abertura inicial de estradas de acesso, a retirada da vegetação e da camada superficial de terra vegetal.
• A exploração das áreas de empréstimo de solo, deverám se estender por 4 anos, preferencialmente nas estações secas.
• No final da obra serão adotadas medidas de recuperação
Desvio do Rio
• No período seco do primeiro ano de construção será implantada a ensecadeira de 1a fase
• Passado quase 3 anos, até completar a construção do vertedouro com as soleiras rebaixadas
• No 3o ano de construção serão abertas as ensecadeiras de 1 a fase para o rio passar pelo vertedouro, e será fechado o canal do rio com as ensecadeiras de 2a fase
• As ensecadeiras utilizarão mais de 3,7 milhões de metros cúbicos de solo e enrocamento.
Fig xx - Aranjo geral
Construção da Barragem, do Vertedouro e da Tomada d’Água - Casa de Força
• A barragem é constituída de dois trechos principais:• Barragem de terra da margem esquerda, com 4680
m de comprimento e altura média de 13 m, se estende desde a margem esquerda do Tocantins até a ombreira
• Barragem do canal do rio, com 635 m de comprimento e 37 m de altura máxima, construída na 2a fase de desvio
Construção da Barragem, do Vertedouro e da Tomada d’Água - Casa de Força
Construção da Barragem, do Vertedouro e da Tomada d’Água - Casa de Força
• O vertedouro será construído a partir do 1o trimestre do ano 2 e será concluído com soleiras rebaixadas no 2o trimestre do ano 3, para permitir o desvio do rio de 2a fase
• As barragens de terra serão construídas nas estações secas dos anos, 2, 3 e 4, enquanto que a barragem do leito do rio, em aterro compactado, será construída nos períodos secos dosanos 3 e 4, com o rio desviado pelo vertedouro.
Enchimento do Reservatório
• O enchimento do reservatório deverá ser completado no último trimestre do quarto ano de construção.
• A configuração do vertedouro permitirá a manutenção permanente de deflúvio para jusante, de no mínimo 182 m3/s
• Serão inundados aproximadamente 23.240 ha que, somados à área da calha do rio, formarão um reservatório de aproximadamente 29.400 ha para a vazão de permanência 10% (3300 m3/s) e cota 263 m na barragem
Conclusão da Obra
• As etapas finais da obra ocupam menor número de equipamentos e de mão-de-obra, e a desativação do canteiro e do acampamento deverá acontecer a partir do terceiro ano da construção.
• Nos últimos meses da obra serão retirados equipamentos, recuperados os terrenos ocupados, desmobilizada gradualmente a mão-de-obra e removidas as instalações do canteiro e do acampamento (dormitórios, refeitórios e escritórios).
Matriz de Interação
Matriz de Caracterização de Impactos
Impactos mais importantes
• Alteração e redução da vegetação e fauna por sobrelevação do nível de água para formação do reservatório e aumento da pressão antrópica
• Alteração de fauna aquática a montante e jusante da barragem
• Atração de contingentes populacionais em busca de trabalho
• Deslocamento compulsório de população rural e urbana
PROGRAMAS AMBIENTAIS
Não Implantação
Sistema natural
Fauna e flora
Solo difícil
Pouco acesso
pecuária extensiva e agricultura de subsistência
Previstas melhorias
Implantação
Ocupação das margens
Faixa de Preservação Permanente
Fauna aquática
Geração do município
Mobilidade
Realocação
Turismo
Integração
Conclusões
• Aproveitamento Hidrelétrico Peixe, na cota 263,00 m, é considerado uma excelente opção do ponto de vista econômico como ambiental• Viabilidade - US$ 30,0/MWh
• Localização estratégica - Integrável a toda a rede nacional
• Menor impacto pela área de inundação (235 km2)
• Preservação da estrutura geral das cidades
Conclusões
• Aproveitamento Hidrelétrico Peixe, na cota 263,00 m, é considerado uma excelente opção do ponto de vista econômico como ambiental• Melhor aproveitamento espacial
• Elaboração de um sistema de transposição
• Realocação consciente
• Reforço dos equipamentos sociais e a infra-estrutura
• Proposta de 25 programas ambientais de mitigação
• ENGENHARIA, Themag et al. APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO PEIXE: ESTUDOS DE VIABILIDADE. Brasília: Themag Engenharia, 2000. 98 p. Disponível em: <http://www.edp.com.br/geracao-renovaveis/geracao/tocantins/enerpeixe/empresa/documentos-oficiais/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 22 jan. 2016.
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