rip-off vol.2, por jonatas onofre

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Mais um volume da série Rip-off, de Jonatas Onofre

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[RIP-OFF] vol. 2

rip-off vol.2

(por jonatas onofre)

este volume é dedicado a el bodegón

1. ó

céu e a terra entre mair desapareciment estétic

nline

– quem suspeit u aqui

dentr d meu eg

cada vez mais bl ng

a coisa específica de achad s e

elíptic s?

que vent de repente não diz, a segunda

vinda?

um utr mund , vã ?

dentr d meu eg

v cê é

expl sã –n ite – rquidea

cada vez mais bl ng , mud .

estão à sua

pr cura

c m um ded –deus (pressi nand delete),

um erê-

mit

mágic cínic múltipl

e u v cê nde?

2. double-artista

eis a vida insensata

sinceridade necessária para fazer poeira

de tuas razões

de tuas razões,

sim

por gerações foi engraçado ouvir:

“autor bom especifica”

incapacidade das espécies

fé nos não-enfermeiros

e esta recomendação por escrito

não ter álibis

o espírito – quando original

semitona

3. aí

vem as pessoas permitidas

sempre ganhos,

pequena

sempre violações com livros debaixo da foda.

vem as pessoas permitidas

engajamento,

pequena

essa maneira simpática de obter

notificações imediatas –

então os recém-chegados

então desabou linguagem

alguém – muito cínico –

disse:

oi iguais

4. vou para o azul orgulhoso por seu ímã

e mato um poema para salvar

um poema

após o outro –

camadas de triagem

para ser auto-idiota

para escapar das chamas eu

nem respeito

nem me desfaço do amuleto-

seguro-

de-

vida

livro para os soberbos

5. veganímico

dia selvagem mosca tsé tsé,

dia da ofensiva mosquitos ao norte

do nilo

dia demerara cabeça-em-chefe teatro de

complicações

dia sem carne (em secreto) versículos da

vulgata

dia fracturas a emulação do poema

passando

do ponto virando

patê

6. do espinho

na carne sai uma viagem momentânea

garota atrofia deixe-me clamar

ao horizonte-inimigo

projeto viver instantaneamente

tudo numa abreviatura:

às farpas

a matéria flácida dos antebraços

às favas

a autocrítica e muito pó no rodapé

da página

7. os adereços

da depressão fazem

vento na superfície

fazem som de sirene

mas não podem dizer

tudo

são índicios,

referências, essas

coisas

ao longo de toda costa japonesa

onde nunca passamos

ali pendurar endereços

eletrônicos e deixar

a bateria das sirenes ir se

gastando

la bodeguita edições – abril de 2016

“la bodeguita – a editora que dá rabeada de

jante”

la bodeguita

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