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DA GRADUAÇÃO À PÓS-GRADUAÇÃO ANAIS DO CONGRESSO 35 ANOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA: 25 e 26 de setembro de 2014 Londrina - PR

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Anais do Congresso 35 anos do curso de Fisioterapia: Da graduação a pós-graduação 25 e 26 de setembro de 2014

Londrina – PR.

1

DA GRADUAÇÃO À PÓS-GRADUAÇÃO

ANAIS DO CONGRESSO 35 ANOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA:

25 e 26 de setembro de 2014

Londrina - PR

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Anais do Congresso 35 anos do curso de Fisioterapia: Da graduação a pós-graduação 25 e 26 de setembro de 2014

Londrina – PR.

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O Evento:

O Congresso em comemoração à fundação do curso de Fisioterapia

da UEL teve a sua primeira edição em 1994, quando o curso

completou 15 anos, e tornou-se uma tradição no Departamento de

Fisioterapia. Desde a sua primeira edição, o evento repete-se a cada

cinco anos e vêm sendo um sucesso desde então.

Em 2014, o curso completa seus 35 anos de existência e temos

vários motivos para comemorar. Por isso, a celebração dessa data

concretizou-se por meio do evento cientifico “Congresso de

Fisioterapia/UEL 35 Anos: da Graduação à Pós-Graduação” realizado

nos dias 25 e 26 de setembro do corrente ano no anfiteatro do Hotel

Blue Tree em Londrina.

Objetivo do evento:

Proporcionar a troca de experiências entre os profissionais egressos

da UEL, estudantes e docentes da área, tendo como base a evolução

da graduação à pós-graduação oferecida pelo Curso de Fisioterapia

da UEL nesses 35 anos de existência.

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Anais do Congresso 35 anos do curso de Fisioterapia: Da graduação a pós-graduação 25 e 26 de setembro de 2014

Londrina – PR.

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Realização:

Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde,

Universidade Estadual de Londrina.

Comissão organizadora:

Profa. Dra. Laryssa Milenkovich Bellinetti (Presidente do Evento)

Prof. Ms. Roger Burgo de Souza

Profa. Dra. Celita Salmaso Trelha

Profa. Dra. Dirce Shizuko Fujisawa

Profa. Dra. Nidia Aparecida Hernandes

Profa. Dra. Shirley Aparecida Fabris de Souza

Profa. Dra. Sonia Maria Fabris Luiz

Profa. Ms. Maria Aparecida do Carmo Assad

Cássio Noboro Fuginami

Daiene Cristina Ferreira

Dirce Shizuko Fujisawa

Drielly Soares Freitas

Glasiele Cristina Alcala

Jessica Tamayose Lanote

José Roberto Ribeiro Lopes

Laiza Francine Nascimento (Representante do CAFIT)

Larissa Nascimento Soares

Luana Porphirio

Marcelle Brandão Terra

Monica Yosino Leão Carvalho

Thaís Rebeca Paes

Vinícius Aparecido Yoshio Ossada

Comissão científica:

Profa. Dra. Nidia A. Hernandes

Profa. Dra. Sônia Maria Fabris Luiz

Thaís Rebeca Paes

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Será que a sensação de esforço percebido durante a realização de dois tipos de exercícios

físico é diferente em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica?

SARGGIN, Danielli¹; NELLESSEN, Aline Gonçalves¹; RODRIGUES, Antenor¹; VOLPE, Renata

Pasquarelli1; SIANI, Larissa Alves1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fabio1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) relatam maior

sensação de dispneia durante o exercício aeróbico do que no exercício de fortalecimento

muscular na semana inicial de um programa de treinamento físico (TF). Porém, ainda não está

claro se a sensação de fadiga no exercício de fortalecimento muscular é maior do que no

exercício aeróbico. Objetivos: Quantificar a sensação de fadiga e dispneia durante dois tipos

de exercício (fortalecimento muscular de quadríceps e exercício aeróbico em cicloergômetro

de membros inferiores) em pacientes com DPOC; e avaliar se a piora na sensação de fadiga é

mais acentuada no fortalecimento muscular do que no exercício aeróbico. Métodos: 22

pacientes com DPOC foram avaliados quanto a função pulmonar (espirometria), capacidade

funcional de exercício (TC6) e força muscular periférica de quadríceps femoral (1RM). Os

pacientes foram avaliados em sua primeira sessão de TF de alta intensidade quanto aos

sintomas de dispneia e fadiga muscular pela escala de Borg modificada, antes e depois da

realização dos dois tipos de exercício. Resultados: Tanto o exercício de fortalecimento

muscular quanto o aeróbico induziram aumento na sensação de dispneia e fadiga. Em

relação à dispneia, houve uma piora mais acentuada na sensação de dispneia após o

exercício aeróbico comparado ao exercício de fortalecimento muscular; porém, não houve

diferença na piora na sensação de fadiga muscular após os dois tipos de exercício. O grau de

piora na sensação de dispneia e de fadiga muscular foram semelhantes nos dois tipos de

exercícios, aeróbico e fortalecimento muscular, respectivamente. (∆dispneia =2[1-3] vs

∆fadiga =2[1-3]; e ∆dispneia =1[0-2] vs ∆fadiga =2[0-3], p>0,05) Conclusões: Pacientes com

DPOC apresentam maior sensação de dispneia após o exercício aeróbico comparado ao

exercício de força muscular; porém, o mesmo não acontece com a sensação de fadiga, sendo

esta semelhante após ambos os tipos de exercício.

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Fórmulas de predição para o teste de caminhada de seis minutos: qual a mais responsiva

em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica?

MACHADO, Felipe Vilaça Cavallari1; MORITA, Andrea Akemi1; BISCA, Gianna Waldrich1;

PITTA, Fabio de Oliveira1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: O Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6) é comumente utilizado para

avaliar a capacidade funcional de exercício em pacientes com doença pulmonar obstrutiva

crônica (DPOC). Para estabelecer valores de referência e parâmetros para uma melhor

interpretação do resultado do teste, foram criadas fórmulas de predição para a distância a

ser caminhada. Apesar do grande número de fórmulas disponíveis, ainda não há estudo

comparando a responsividade entre as fórmulas mais utilizadas em pacientes brasileiros

com DPOC. Objetivo: Analisar a responsividade de seis fórmulas de predição do TC6 em

pacientes com DPOC submetidos a um programa de treinamento físico de alta intensidade.

Materiais e métodos: Quarenta e cinco pacientes com DPOC (24H; 66±7 anos, IMC 27[21;32]

kg.m-2; VEF1: 44±18% do predito) foram submetidos a um treinamento físico de endurance e

força de alta intensidade (3x/semana por 12 semanas). Antes e após a intervenção os

pacientes realizaram o TC6. Foram analisadas as fórmulas de predição brasileiras e outras

duas comumente utilizadas no Brasil: Iwama (2009); Britto1 (2013); Britto2 (2013);

Soares&Pereira (2011); Troosters (1999); Enright&Sherrill (1998). Para análise estatística, o

teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar a normalidade de distribuição dos dados e os

dados foram descritos como média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico. O

teste t pareado foi utilizado para analisar diferenças após a intervenção e a responsividade

foi avaliada por meio do cálculo do effect size (ES). O nível de significância estabelecido foi

de p<0,05. Resultados: Após treinamento físico detectou-se uma mudança significativa na

distância percorrida no TC6 (446±77m vs 495±85m, p<0,0001). Todas as fórmulas avaliadas

apresentaram moderada responsividade (ES>0,5): Troosters (ES=0,74); Enright&Sherrill

(ES=0,74); Iwama (ES=0,67); Britto1 (ES=0,66); Britto2 (ES=0,60); Soares&Pereira (ES=0,72)

conclusão: As fórmulas avaliadas mostraram-se semelhantes quanto à capacidade de

detectar as diferenças na distância percorrida no TC6 após o programa de treinamento

físico.

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Recuperação cardiovascular e sintomatológica durante 30 minutos de intervalo entre dois

testes de caminhada de 6 minutos em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

FONSECA, Jéssica Fernanda do Nascimento1; MORITA, Andrea Akemi1; BISCA, Gianna

Waldrich1; BRITTO; Igor Lopes de1; CASTRO, Larissa Araújo de2; FELCAR, Josiane Marques2;

NOBREGA, Gabriela de Andrade e1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fábio de Oliveira1;

PROBST, Vanessa Suziane1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina.

2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR).

Introdução: Dois testes da caminhada de 6 minutos (TC6min) são necessários para a

avaliação da capacidade funcional de exercício em pacientes com Doença Pulmonar

Obstrutiva Crônica (DPOC). Apesar da American Thoracic Society (ATS) preconizar um

intervalo de uma hora entre dois testes, ainda não se sabe se um período mais curto poderia

ser utilizado para normalização das variáveis fisiológicas. Objetivo: Verificar se o intervalo de

trinta minutos de repouso entre dois TC6min é suficiente para que as variáveis

cardiovasculares e sintomatológicas retornem aos valores basais. Métodos: Duzentos

pacientes com DPOC (121H, 66±8 anos; VEF1: 44[32-56]%previsto) realizaram dois TC6min

com intervalo de trinta minutos entre eles. Foram mensuradas antes e após os testes a

pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e grau

de dispneia e fadiga. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste Shapiro-Wilk e a

comparação das variáveis pelo teste t pareado ou teste de Wilcoxon. Significância estatística

de p<0,05. Resultados: Os pacientes caminharam maior distância no segundo teste

(TC6min1 450 [390-500]m vs TC6min2 470 [403-515]m; p<0,0001). A FC inicial foi maior

antes do segundo TC6min (FC inicial TC6min1: 83 [73-91]bpm vs TC6min2: 83 [75-93]bpm;

p=0,001). Dispneia e fadiga foram menores antes do segundo teste (Borg dispneia inicial

TC6min1: 0,5 [0-2] vs TC6min2: 0 [0-2]; p=0,0006 e Borg fadiga inicial TC6min1: 0 [0-2] vs

TC6min2: 0 [0-2]; p=0,007). Não houve diferenças quanto à PA e SpO2. Conclusões: Embora

haja significância estatística para recuperação da FC, essa diferença não parece ser

clinicamente relevante. Portanto, trinta minutos de repouso entre dois TC6min são

suficientes para recuperação sintomatológica e cardiovascular em pacientes com DPOC.

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Atividade física na vida diária e sua relação sobre a capacidade máxima de exercício em

jovens adultos

BREGANÓ, Gilmar1; PROENÇA, Mahara1; BISCA, Gianna1; MORITA, Andrea1; PITTA, Fabio1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Em idosos, a relação entre a capacidade máxima de exercício e o nível de

atividade física na vida diária (AFVD) já foi descrita na literatura científica; entretanto, não

está claro se essa relação também ocorre em jovens. Objetivo: Investigar a relação entre

atividade física na vida diária e capacidade máxima de exercício em jovens adultos.

Métodos: Foram incluídos cento e noventa estudantes universitários (117 mulheres; 20 [18–

23] anos; IMC 22 [20–24] Kg/m2) de diferentes cursos de graduação da Universidade

Estadual de Londrina, Paraná. Estes indivíduos responderam a uma entrevista para obtenção

de dados pessoais, e em seguida foram avaliados quanto à sua capacidade máxima de

exercício (Shuttle Run Test – SRT). Adicionalmente, cada indivíduo permaneceu durante sete

dias com um pedômetro para determinação do nível basal de AFVD (número de passos/dia).

Para análise estatística foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk para normalidade na distribuição

dos dados, e a depender da normalidade foram utilizados os coeficientes de Pearson ou

Spearman para análise das correlações. Resultados: De forma geral, os estudantes

mostraram-se fisicamente ativos (8750 [6894-10658] passos/dia), (mediana [intervalo

interquartílico25%-75%)], e com adequada capacidade máxima de exercício (VO2máx 94 [86-

106]%predito). Houve correlação positiva do número de passos/dia com a distância

percorrida (r=0,50; p<0,0001) e o VO2 máx. (r=0,48; p<0,0001) atingidos no SRT. Conclusão:

Existe correlação moderada entre capacidade máxima de exercício e nível de atividade física

na vida diária em jovens adultos.

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Qual teste de exercício é mais responsivo após treinamento físico de 3 e 6 meses em

pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica?

BAGGIO, Ana Beatriz1; MACHADO, Felipe1; NASCIMENTO, Laiza Francine1; NOBREGA,

Gabriela de Andrade1; MORITA, Andrea Akemi1; BISCA, Gianna Waldrich1; PITTA, Fabio1;

HERNANDES, Nidia Aparecida1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam

limitação na capacidade de exercício, que pode ser avaliada por meio de testes de campo

como: teste de caminhada de seis minutos (TC6min), incremental shuttle walking test(ISWT)

e o teste de endurance com carga constante em cicloergômetro (TEC).Uma melhora na

capacidade de exercício é verificada após treinamento físico nessa população, no entanto,

ainda não se tem conhecimento sobre a responsividade desses testes após intervenção.

Objetivo: Verificar a responsividade dos testes de exercício após três e seis meses de

treinamento físico de alta intensidade, em pacientes com DPOC. Métodos: Treze pacientes

com DPOC (4H, 63[59-74] anos, IMC 25[19-31]kg.m-2, %VEF1 43±17%pred), realizaram as

avaliações de: função pulmonar (espirometria), capacidade funcional (TC6min) e máxima de

exercício (ISWT) e resistência (TEC), antes e após três e seis meses de intervenção. Foram

submetidos a um treinamento físico de endurance e força, três vezes na semana, com

duração de seis meses. Para analisar a responsividade dos testes de exercício foi calculado o

valor de effectsize (ES). Resultados: Detectou-se uma mudança significativa no TC6min aos 3

meses (419±83m vs 461±89m; p=0,0001) e 6 meses (419±83m vs483±78m; p˂0,0001). Não

houve diferença significativa no ISWT(360±135m vs384±127m; p=0,32)e TEC (242[154-

568]segvs 270[135-566]seg; p=0,34)aos 3 meses e 6 meses (360±135m vs 388±127m;

p=0,23e242[154=568]segvs 287[137-567]seg; p=0,44, respectivamente). O TC6min foi o mais

responsivo aos 3 meses (ES: TC6=0,51; ISWT=0,18; TEC=0,5) e 6 meses (ES: TC6=0,76;

ISWT=0,21; TEC=0,48). Conclusão: Dos testes avaliados, o TC6min demonstrou ser mais

responsivo após um programa de treinamento físico aos três meses e também aos seis

meses.

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Será a força muscular de membros superiores um determinante para atingir a melhora

mínima importante no teste de caminhada de seis minutos em pacientes com DPOC?

SANTIN, Laís Carolini1; NELLESSEN, Aline Gonçalves1; QUESSADA, Alana1; MARIN, Letícia

Casado1; OLLER, Thainá Longo1; SANT’ANNA, Thaís1,2; HERNANDES, Nidia A.1; PITTA, Fabio1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina.

2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Universidade Norte do Paraná (UNOPAR),

Londrina, PR.

Introdução: Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a força muscular

periférica (FMP) de membros superiores (MMSS) está associada ao desempenho no teste de

caminhada de seis minutos (TC6). Porém, não se sabe se a melhora da FMP é uma

determinante para atingir-se a melhora mínima importante (MMI) no TC6 após um

programa de treinamento físico (TF). Objetivo: Verificar se a melhora da força muscular de

membros superiores é determinante para atingir uma melhora mínima importante no TC6

após um programa de treinamento físico em pacientes com DPOC. Materiais e Métodos: 21

pacientes com DPOC (10 homens; 66±7 anos; VEF1 46±19 %predito) realizaram treinamento

físico de alta intensidade (3 vezes/semana durante 12 semanas). Foram avaliados quanto a

função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (TC6) e força muscular de flexores

e extensores de cotovelo (1 Repetição Máxima), antes e depois do programa de TF. A MMI

do TC6 foi determinada como 25 metros (Holland et al., 2010). A normalidade dos dados foi

verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. A associação das variáveis independentes (melhora da

força muscular de flexores e extensores de cotovelo) com a variável dependente (MMI>25m

no TC6) por meio do teste de Mc Nemar. Análise de regressão logística binária foi realizada

para investigar se a melhora da força muscular de MMSS determinou aumento >25m na

MMI no TC6 após programa de TF. Resultados: Houve associação entre a melhora da força

muscular de flexores e extensores de cotovelo com a MMI>25m no TC6 após o programa de

treinamento físico (p<0,01 e p<0,008, respectivamente). Entretanto, não foi determinante

para atingir-se MMI>25m no TC6 (p=0,83 flexores e p=0,99 extensores de cotovelo).

Conclusão: Apesar da força muscular de MMSS estar relacionada ao desempenho no TC6,

sua melhora não foi determinante para atingir-se a MMI nesse teste em pacientes com

DPOC.

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Relação entre a pressão inspiratória nasal e capacidade de exercício em pacientes com

DPOC

PANTAROTTO, Victória1; MOURE, Ana Cristina Schnitzler1: VALADÃO, Natália1; MARTINEZ,

Larissa1; ALCALA, Glasiele1; DONÁRIA, Leila1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fabio1;

PROBST, Vanessa Suziane1,2*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.

2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR), Londrina, Brasil.

Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) podem apresentar

diminuição da força muscular inspiratória e da capacidade de exercício. A força muscular

inspiratória pode ser medida pela pressão inspiratória nasal (SNIP), porém ainda não é

sabido se há diferença na capacidade de exercício e na força muscular inspiratória (SNIP) em

indivíduos com DPOC. Objetivo: Comparar a capacidade de exercício e a força muscular

inspiratória mensurada pela SNIP em pacientes com DPOC que apresentam ou não fraqueza

muscular inspiratória (FMI), bem como verificar a relação entre essas variáveis. Métodos:

Trinta pacientes com DPOC (17 homens; 66±8 anos; VEF1: 45±18% previsto) tiveram a SNIP

avaliada pela manuvacuometria digital, e pontos de corte (PCs) de 60 cmH2O e 70% do valor

previsto foram utilizados para classificá-los em dois grupos segundo a presença ou não de

FMI. Foi realizado o Incremental Shuttle Walking Test (ISWT), teste de caminhada de seis

minutos (TC6min) e teste de endurance (TE) com carga constante em cicloergômetro.

Resultados: Pacientes com FMI definida de acordo com ambos PCs tiveram pior

desempenho no ISWT (metros e % do previsto) e na duração do TE (p<0,05 para todos). A

SNIP em cmH2O correlacionou-se com a distância percorrida no ISWT (metros e % do

previsto) e duração do TE (r=0,61, r=0,69 e r=0,55; respectivamente), enquanto a SNIP em %

do previsto correlacionou-se com a distância percorrida no ISWT (em % do previsto) e com o

tempo do TE (r=0,70, r= 0,57; respectivamente). Conclusão: Pacientes com DPOC e FMI

avaliada pela SNIP utilizando-se os PCs de 60 cmH2O e 70% do valor previsto apresentam

pior desempenho no ISWT e no TE com carga constante do que aqueles que não apresentam

fraqueza. A força muscular inspiratória avaliada pela SNIP correlaciona-se com a capacidade

de exercício em pacientes com DPOC.

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O quanto o tempo gasto andando e em diferentes posturas influencia o nível de atividade

física na vida diária em pacientes com DPOC?

KNOOR, Bárbara1; LOPES, José Roberto Ribeiro1; NANDI, Gabriela1; SANT’ANNA, Thaís1,2;

FURLANETTO, Karina Couto1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fabio1*

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.

2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR), Londrina, Brasil.

Introdução: A inatividade física em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

(DPOC) leva ao descondicionamento físico e ao aumento da dispneia. O Physical Activity

Level (PAL) é um índice utilizado para quantificar o nível de atividade física de um indivíduo e

é um importante preditor de todas as causas de morte em pacientes com DPOC. Objetivo:

Analisar a influência do tempo gasto em pé, sentado, deitado e andando, sobre o PAL em

pacientes com DPOC. Métodos: O tempo gasto em pé, sentado, deitado, andando e o PAL

foram avaliados em 34 pacientes com DPOC (20 H, 67±8 anos, IMC 26±6 Kg/m², VEF1

45±22%pred) por meio do acelerômetro Dynaport MiniMod (McRoberts, Holanda). O

aparelho foi utilizado durante 7dias consecutivos, 24 horas por dia. A média dos 7 dias foi

utilizada para análise. A correlação entre os dados foi analisada pelo coeficiente de Pearson.

Análises de regressão linear univariada e multivariada foram utilizadas para verificar a

influência das variáveis no PAL. Resultados: Dentre as variáveis estudadas, apenas o tempo

gasto sentado não se correlacionou com o PAL. Sendo assim, as análises de regressão foram

realizadas com as demais variáveis. Quanto à influência isolada do tempo gasto em pé,

deitado e andando sobre o PAL, verificou-se R² = 0,28; 0,32 e 0,47, respectivamente. Porém,

quando as três variáveis foram incluídas num modelo de regressão multivariada, apenas o

tempo andando (r=0,56) e o tempo deitado (r=-0,35) permaneceram no modelo, com R² =

0,52. Conclusão: Juntos, o tempo gasto andando e o tempo gasto deitado explicaram 52%

do PAL. Portanto, para se aumentar o nível de atividade física em pacientes com DPOC,

baseando-se no PAL, é necessário não apenas aumentar o tempo gasto andando, mas

também reduzir o tempo em sedentarismo.

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Qual é o perfil de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica que apresentam

melhor desempenho no incremental shuttle walking test após a realização de um

programa de treinamento físico de alta intensidade?

NOBREGA, Gabriela de Andrade1; FONSECA, Jessica1; BISCA, Gianna Waldrich1;

MORITA, Andrea Akemi1; BRITO, Igor2; CARVALHO, Débora Rafaelli 2;

FELCAR, Josiane2; PROBST, Vanessa Suziane1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR. 2 - Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).

Introdução: O incremental shuttle walking test (ISWT) é utilizado na avaliação da capacidade

máxima de exercício em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

Entretanto, fatores associados à melhora no teste após treinamento físico não estão claros.

Objetivo: Identificar o perfil dos pacientes que apresentam melhor desempenho no ISWT

após um programa de treinamento físico de alta intensidade. Métodos: Quarenta e dois

pacientes foram separados em dois grupos: melhora (GM) no ISWT (9H/13M; 65±7 anos;

VEF1 45±17%pred.) e não melhora (GNM) (12H/8M; 66±8 anos; VEF1 54±16%pred.).

Aumento ≥20 metros na distância percorrida no ISWT após treinamento foi considerado

melhora. Os pacientes realizaram as avaliações: espirometria, ISWT, teste da Caminhada de

seis minutos (TC6min), bioimpedância, teste de uma repetição máxima, sensação de

dispneia e estado funcional. O treinamento de alta intensidade foi realizado 3x/semana, por

12 semanas. A distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e

comparações pelo teste t de student pareado ou Mann-Whitney, considerou-se p<0,05.

Resultados: Após o treinamento físico, houve melhora no ISWT (Pré: 380[305;585]m vs Pós:

425[345;600]m; p=0,03). Quando analisados separadamente, o GM apresentou pior

desempenho no ISWT antes do treinamento (GM Pré: 350[265;452]m vs GNM Pré:

450[322;605]m, p<0,0001) e maior sensação de dispneia (GM Pré: 4[2,8-4] vs GNM Pré: 3[2-

4], p=0,04). Em subanálise que considerou como melhora a minimal important difference

(MID) do ISWT (47,5m; Singh et al., 2008), os 12 pacientes que atingiram esse critério

também melhoraram mais no TC6min quando comparados a 12 pacientes que não atingiram

o MID (ΔTC6min 55±9m vs 27±10m, respectivamente; p=0,04). Conclusões: Pacientes mais

sintomáticos e com pior desempenho no ISWT inicial parecem ser os que mais melhoram

nesse teste, após um programa de treinamento físico de alta intensidade. Além disso, os que

atingem o MID do ISWT também melhoram mais sua capacidade funcional de exercício.

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Anais do Congresso 35 anos do curso de Fisioterapia: Da graduação a pós-graduação 25 e 26 de setembro de 2014

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13

Uso de oxigênio no treinamento físico em pacientes com DPOC: fatores determinantes

VOLPE, Renata¹; RODRIGUES, Antenor¹; NELLESSEN, Aline Gonçalves¹; IKEZAKI, Fábio Issamu1;

SANT’ANNA, Thaís1; HERNANDES, Nídia Aparecida¹; PITTA, Fabio¹*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.

Introdução: O treinamento físico (TF) é fundamental na reabilitação pulmonar em pacientes

com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Uma parcela desses pacientes apresenta

dessaturação periférica de oxigênio durante o exercício, necessitando de oxigênio (O2)

suplementar. Objetivo: Analisar as diferenças entre pacientes com DPOC que necessitam ou

não de oxigenoterapia durante o TF de alta intensidade; e identificar quais fatores

influenciam sua necessidade. Métodos: Trinta e dois pacientes com DPOC foram avaliados

quanto à função pulmonar (espirometria), força muscular respiratória (manovacuometria) e

capacidade de exercício (Incremental Shuttle Walking Test [ISWT] e teste de caminhada de 6

minutos [TC6min]). Posteriormente, os pacientes foram incluídos em um programa de TF de

alta intensidade (3 vezes/semana, 12 semanas), sendo separados em 2 grupos quanto à

necessidade de oxigenoterapia (G_O2; n=10) ou não (G_nãoO2; n=22). Resultados: O G_O2

apresentou pior obstrução das vias aéreas (VEF1 26[21-28] vs 52[36-65] %predito; P<0,0001),

menor pressão expiratória máxima (PEmax 79[53-91] vs 104[90-115] %predito, P=0,004) e

menor capacidade de exercício (ISWT 295±62 vs 444±198m, P=0,03; TC6min 420[372-446] vs

480[433-516]m, P=0,01; e TC6min em %pred 68[58-72] vs 80[67-86], P=0,01). No modelo de

regressão incluindo PEmax em valores absolutos (P=0,02) e TC6min em %predito (P=0,03)

apenas a distância percorrida no TC6min (%predito) determinou o uso de O2 durante o TF

(Razão de prevalência [RP]=8,1; P=0,03). Conclusões: Pacientes com DPOC que necessitam

de O2 durante um programa de treinamento físico de alta intensidade apresentam pior

função pulmonar, força muscular expiratória e capacidade de exercício que pacientes que

não necessitam de O2 durante o programa. A razão de prevalência de pacientes com pior

desempenho no TC6min utilizarem O2 durante o treinamento físico é 8,1 vezes maior do que

nos pacientes que apresentam melhor desempenho no teste.

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Comparação entre três pontos de corte para fraqueza muscular inspiratória

em pacientes com DPOC

MOURE, Ana Cristina Schnitzler1; DONÁRIA, Leila1; MESQUITA, Rafael¹; ALCALA, Glasiele

Cristina¹; MARTINEZ, Larissa¹; PANTAROTTO, Victória de Almeida¹; VALLADÃO, Natália

Vicentin¹; PITTA, Fábio¹; HERNANDES, Nidia Aparecida1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.

Introdução: Indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) podem apresentar

redução da força dos músculos inspiratórios. Dispnéia e introlerância ao exercício são as

principais consequências da fraqueza muscular inspiratória (FMI). Atualmente, vários pontos

de corte (PC) diferentes são descritos na literatura com intuito de indicar a presença de FMI.

Contudo, não se sabe até o momento se a proporção de indivíduos com e sem FMI é

semelhante entre os diferentes PCs. Objetivos: Comparar a proporção de indivíduos com

DPOC com e sem FMI entre três diferentes PCs; e comparar a proporção de homens e

mulheres com FMI classificada pelos três PCs. Métodos: Foram estudados 91 indivíduos com

DPOC (50 homens, 66±8 anos, VEF1 41±14%predito). A pressão inspiratória máxima (PImax)

foi avaliada e os PCs utilizados foram: 60 cmH2O (PC_60cmH2O), 70% do predito

(PC_70%pred) e a subtração da média predita pelo erro padrão da estimativa (PC_EPE). Os

resultado foram descritos em frequência absoluta e relativa. Para comparação entre as

proporções utilizou-se o teste qui-quadrado. Resultados: Ao utilizar-se o PC_60cmH2O, 38

(42%) indivíduos apresentaram FMI, enquanto 47 (51%) apresentaram essa condição para o

PC_70%pred e 51 (56%) para o PC_EPE (p=0,142). Trinta e cinco indivíduos (38%) foram

classificados simultaneamente com FMI pelos três PCs. Em relação ao gênero, observou-se

uma proporção de 17(45%) homens (H) / 21(55%) mulheres (M) para o PC_60cmH2O,

28(60%) H / 19(40%) M para o PC_70%pred e 28(55%) H / 23(45%) M para o PC_EPE

(p=0,385). Conclusão: Ao se comparar os pontos de corte 60cmH2O, 70% do valor predito e

a subtração da média predita pelo erro padrão da estimativa, não há diferença significativa

na proporção de indivíduos com e sem fraqueza muscular inspiratória ou na proporção de

homens e mulheres com essa condição, apesar de pequenas diferenças nas classificações.

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O comportamento da melhora da força muscular periférica de membros superiores e do

estado funcional em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

MARIN, Letícia Casado¹; NELLESSEN, Aline Gonçalves¹; PAES, Thaís¹; QUESSADA, Alana¹;

SANTIN, Laís Carolini¹; VOLPE, Renata Pasquarelli¹; HERNADES, Nidia A.¹; PITTA, Fabio¹*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.

Introdução: Programas de treinamento físico (TF) promovem a melhora da força muscular

periférica (FMP) e do estado funcional (EF), porém não se sabe se há diferença na melhora

da FMP e do EF em diferentes intensidades de TF. Objetivo: Comparar a melhora da FMP de

membros superiores e do EF em pacientes DPOC após programa de TF de baixa intensidade

(BI) versus alta intensidade (AI); e avaliar a proporção de indivíduos que melhoraram a FMP

e o EF nos diferentes grupos de TF. Metodologia: Foram avaliados 80 pacientes quanto a

função pulmonar (espirometria), força muscular dos flexores e extensores de cotovelo (FC e

EC) pelo teste de uma repetição máxima (1RM), além do estado funcional (London Chest

Activity of Daily Living - LCADL). Os pacientes foram aleatorizados em grupos de TF: AI

(exercícios aeróbicos e resistência) e BI (exercícios calistênicos), realizados 3 vezes/semana

por 12 semanas. Resultados: Os grupos AI e BI eram semelhantes no pré-tratamento. O

grupo AI obteve maior melhora na FMP de FC e EC do que BI (3[2-5] vs 1[0-3]kg e 4[2-5] vs

1[0-2]kg, respectivamente; p<0,0001). Contudo, os grupos melhoraram semelhantemente o

EF (AI -3[-6-1] vs BI -1[-5-3]; p>0,05). As proporções de pacientes que melhoraram a FMP de

FC e EC foram respectivamente (95% e 95% [AI] e 60% e 68% [BI], p<0,05), porém não houve

diferença na proporção de pacientes que melhoraram o EF (AI 67% e BI 57%, p>0,05).

Conclusão: O TF de AI promove melhora mais acentuada da FMP de membros superiores

comparado ao de BI, embora em relação ao EF as intensidades de treinamento tenham

promovido melhoras semelhantes. A proporção de pacientes que melhoraram a FMP

também se mostrou maior no grupo de TF de AI, embora a proporção de melhora do EF

tenha sido semelhante nas intensidades de treinamento.

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Fatores determinantes da necessidade de intervalos não programados durante um

programa de treinamento físico de alta intensidade em pacientes com DPOC

IKEZAKI, Fábio Issamu¹; RODRIGUES, Antenor¹; NELLESSEN, Aline Gonçalves¹; Di MARTINO,

Marianna Barreto¹; SARGGIN, Danielli Raisa do Carmo¹; HERNANDES, Nidia Aparecida¹; PITTA,

Fabio¹; BELLINETTI, Laryssa Milenkovich¹*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.

Introdução: O treinamento físico (TF) promove melhora em pacientes com doença pulmonar

obstrutiva crônica (DPOC). Porém, pouco se sabe sobre os fatores determinantes e o perfil

dos pacientes que realizam intervalos não programados durante um programa de TF.

Objetivos: Verificar os fatores determinantes da necessidade de realização de intervalos não

programados durante um programa de TF, além das diferenças basais entre pacientes com

DPOC que necessitam ou não realizar tais intervalos. Métodos: Os pacientes foram avaliados

quanto a função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (Incremental Shuttle

Walking Test [ISWT] e teste de caminhada de 6 minutos [TC6min]), qualidade de vida

(Chronic Respiratory Questionnaire - CRQ), estado funcional (Pulmonary Functional Status

and Dyspnea Questionnaire modified - PFSDQ-M) e dispneia (Medical Research Council -

MRC). Posteriormente, os pacientes realizaram TF de alta intensidade (12 semanas, 3

vezes/semana) e foram divididos nos grupos: contínuo (GC); intervalado (GI). Resultados: O

GC (11H/8M, 66±2 anos, VEF1 49%predito, IMC=28±1 Kg.m-2); o GI (5H/6M, 66±2 anos, VEF1

26%predito; IMC=23±2 Kg.m-2). Comparado ao GC, o GI apresentou pior função pulmonar

(VEF1%pred GI=26[38-22] vs GC=49[65-36]; p=0,006), maior fadiga (GI=4[4-3] vs GC=5[5-4];

p=0,006) e autocontrole (GI=4[6-4] vs GC=6[6-4]; p=0,009) [CRQ], maior dispneia (GI=4[5-4]

vs GC=3[4-2]; p=0,0006) e estado funcional (GI=20[30-20] vs GC=8[28-5]; p=0,02), e menor

distância percorrida no ISWT (GI=270[320-219] vs GC=425[553-356]m; p=0,01). Foram

incluídas na regressão variáveis associadas à realização de intervalos pelo teste Chi-

quadrado (p<0,20): uso de O2 no TC6min (p=0,01), domínios atividade e dispneia no

questionário PFSDQ (p<0,05, para ambos). Apenas o uso de O2 no TC6 determinou a

realização de intervalos (razão de prevalência [RP]=3,7; p=0,04). Conclusões: Pacientes que

necessitam realizar TF intervalado apresentam pior função pulmonar, qualidade de vida,

dispneia na vida diária e capacidade de exercício. A RP de realizar intervalos é 3,7 vezes

maior em pacientes que necessitam de O2 no TC6min.

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Qualidade de vida de indivíduos obesos submetidos à cirurgia de derivação

gástrica em Y-de-Roux

YARA, Fernanda Ayumi de Lima1; COSTA, Andreia Cristina Travassos1; GARCIA, Naiara

Molina1; GALVAN, Carrie Chueiri Ramos1*.

1 - Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e leva

a uma piora da qualidade de vida. A cirurgia bariátrica é considerada a forma mais eficaz de

tratamento da obesidade com comorbidades associadas. Objetivo: Avaliar a qualidade de

vida (QV) entre o pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica. Métodos: Participaram do

estudo 26 pacientes com média de idade de 44,67 (10,45) submetidas à cirurgia de

derivação gástrica em Y-de_Roux. A QV foi avaliada por meio do Short form health survey

questionnare- SF36 no pré-operatório M0 e após 1ano de cirurgia M1. Resultados: No M0 o

escore para o domínio da capacidade funcional foi de 37,5 (25-50) e aumentou para 82,5

(61,25-95) no M1 com (p<0,001). Para a limitação por aspectos físicos o escore foi de 25 (0-

100) no M0 e 100 (56.25-100) no M1 com (p=0,001). O escore para dor modificou de 26,5

(22-48,75) no M0 para 51(41-74) no M1 com (p=0,0003). O estado geral da saúde aumentou

significativamente seu escore de 45 (32,75-56,5) no M0 para 78 (52-92) no M1 com

(p<0,001). No item vitalidade, no M0 o escore foi de 45 (40-53,75) e no M1 aumentou para

72,5 (56,25-83,75) com (p=0,0002). O escore para aspectos sociais foi 69 (50-88) e 88 (66-

100) para M0 e M1 respectivamente com (p=0,0046). Para os aspectos emocionais foi de 67

(8-100) no M0 e 100 (33-100) no M1 com (p=0,1829). O domínio saúde mental foi o único

que não obteve melhora significativa. Conclusão: Com a redução de peso após a cirurgia

bariátrica, os indivíduos melhoraram todos os aspectos da qualidade de vida, exceto no

domínio da saúde mental.

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Existem diferenças entre a pressão inspiratória máxima pico e a sustentada em pacientes

com DPOC exacerbados? Resultados preliminares

LUZIA, Mailla Jaqueline1; GENZ, Isabel Cristina Hilgert1; MESQUITA, Rafael Barreto de2;

DONÁRIA, Leila1; PITTA, Fabio1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR. 2 - Departamento de Pesquisa e Educação, CIRO+, Horn, Holanda.

Introdução: A medida das pressões respiratórias máximas é um teste simples, não invasivo e

de fácil aplicação. Os valores da pressão no pico da manobra (Ppico) e os sustentados por

um segundo (Psust) diferem em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Entretanto, não se sabe se isso acontece durante a exacerbação da DPOC. Objetivo:

Comparar os valores de Ppico e Psust das pressões respiratórias máximas em indivíduos com

DPOC durante e após uma hospitalização por exacerbação aguda da doença. Materiais e

métodos: Foram avaliados 12 indivíduos com DPOC (8 homens, 69±12 anos, volume

expiratório forçado no primeiro segundo [VEF1] 29±16 %pred) hospitalizados por

exacerbação aguda da DPOC. As pressões inspiratória máxima (PImax) e expiratória máxima

(PEmax) foram avaliadas nas primeiras 24 horas de hospitalização, no terceiro dia de

hospitalização, na alta hospitalar e um mês após a alta. As pressões respiratórias máximas

foram avaliadas com o manovacuômetro digital MVD300. Resultados: Observou-se

diferença estatisticamente significante entre a Ppico e a Psust para a PImax nas avaliações

realizadas nas primeiras 24h, no terceiro dia e na alta hospitalar (p<0,04 para todos), com

exceção da avaliação um mês após a alta (p=0,06). Observou-se ainda grande variação entre

a Ppico e a Psust nas quatro avaliações (4 a 29 cmH2O). Em relação à PEmax, observou-se

diferença estatística significante em todas as avaliações (p<0,03 para todos). Houve pequena

variação entre a Ppico e a Psust nos quatro momentos (6 a 10 cmH2O). Conclusão: Esses

resultados preliminares sugerem haver diferença entre a Ppico e a Psust durante a

hospitalização por exacerbação da DPOC, tanto para a PImax quanto para a PEmax. Após a

alta hospitalar, essa diferença persiste apenas para a PEmax. Observou-se, ainda, maior

variação entre a Ppico e a Psust para a PImax, do que para a PEmax.

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Londrina – PR.

19

O uso da máscara para avaliação da hiperinsuflação dinâmica durante o teste de

caminhada de seis minutos influencia a distância percorrida pelo paciente com DPOC?

Resultados preliminares

BASSETTO, André Luiz1; DONÁRIA, Leila1; SANT'ANNA, Thaís1; GROSSKREUTZ, Talita da Silva1;

HERNANDES, Nídia Aparecida1; PITTA, Fábio1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.

Introdução: O Teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) é um teste utilizado para medir a

capacidade funcional do paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A

hiperinsuflação dinâmica (HD) pode ser mensurada durante o TC6min para obter medidas

seriadas de capacidade inspiratória (CI), utilizando-se máscaras faciais para a captação do

fluxo de ar exalado pelos pulmões do paciente durante o teste. No entanto não há estudos

que avaliem se existe diferença na distância percorrida do TC6min em pacientes com DPOC

quando se realiza o uso dessa interface durante o teste. Objetivo: Comparar a distância

percorrida no TC6min em pacientes com DPOC com e sem a utilização de máscara facial

usada para avaliar a HD, bem como comparar as variáveis fisiológicas obtidas durante o

teste. Métodos: Foram incluídos 11 pacientes com diagnóstico de DPOC, submetidos à

avaliação da função pulmonar e avaliação da capacidade de exercício (foram realizados

quatro TC6min, em ordem aleatória, sendo dois sem utilização de máscara facial e dois com

a máscara para avaliação de medidas seriadas de CI.). As variáveis avaliadas no TC6min

foram: distância percorrida, velocidade média, saturação periférica de oxigênio (SpO2),

frequência cardíaca, pressão arterial e sensação de dispneia e fadiga. Resultados: Houve

diferença na distância percorrida em metros e porcentagem do predito na comparação do

TC6min sem máscara (TSM) e com máscara (TCM), sendo que no TSM os pacientes

percorreram 509±80m - 95±14% vs 496±87m - 92±15% durante o TCM (p<0,05 para todos).

A velocidade média do TC6min foi menor e o ∆SpO2 maior no grupo TCM (p=0,04 e p=0,03,

respectivamente). Não houve diferença nas demais variáveis. Conclusão: Pacientes com

DPOC percorrem uma menor distância no TC6min, dessaturam e realizam o teste em menor

velocidade utilizando uma máscara facial usada para avaliar a hiperinsuflação dinâmica.

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Londrina – PR.

20

Atividades de vida diária em pacientes com DPOC: correlação entre as formas de avaliação

objetiva e subjetiva – resultados preliminares

GROSSKREUTZ, Talita da Silva1; PAES, Thaís1; DONÁRIA, Leila1; FURLANETTO, Karina Couto1;

SANT`ANNA, Thais1; PITTA, Fabio 1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR.

Introdução: A dispneia, sintoma comum em pacientes com doença pulmonar obstrutiva

crônica (DPOC) pode levar a um importante declínio funcional, que afeta a capacidade de

realizar exercícios físicos e simples atividades de vida diária (AVDs). Uma forma objetiva de

mensurar o impacto da DPOC nas AVDs é por meio de protocolo realizado em laboratório; e

subjetivamente os questionários têm sido amplamente utilizados. Objetivo: Verificar a

correlação entre as AVDs mensuradas objetivamente, pelo Londrina ADL Protocol (LAP), e as

AVDs avaliadas subjetivamente, por meio dos questionários de estado funcional London

Chest Activity of Daily Living (LCADL) e Pulmonary Functional Status and Dyspnea

Questionnaire – Modifield version (PFSDQ-M). Métodos: 11 pacientes com DPOC (8 homens;

70±7 anos; IMC: 26±5 kg/m-2; VEF1: 54±15%pred) foram avaliados quanto à função

pulmonar, desempenho durante um protocolo de AVD (Londrina ADL Protocol – LAP) e

estado funcional por meio da escala LCADL e PFSDQ-M. Resultados: Houve correlação

moderada entre o tempo total do LAP e a pontuação total do LCADL (r=0,53) e correlação

fraca com o domínio atividade física (r=0,27). Em relação ao PFSDQ-M, foi encontrada

correlação moderada com os domínios dispneia e atividades (r=0,58; r=0,57) e correlação

fraca com o domínio fadiga (r=0,27). Quando comparados os pacientes com melhor e pior

pontuação no LCADL não foi encontrada diferença estatisticamente significante no tempo de

realização do LAP (p=0,3). Conclusão: No presente estudo observou-se correlação fraca a

moderada entre as formas de avaliação objetiva e subjetiva das AVDs em pacientes com

DPOC. Portanto as duas formas de avaliação não devem ser realizadas de forma

intercambiável, mas sim complementar.

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Londrina – PR.

21

Hábitos tabágicos e nível de atividade física na vida diária em paciente com doença

pulmonar obstrutiva crônica

LOPES, José Roberto Ribeiro1; FURLANETTO, Karina Couto1; SCHNEIDER, Lorena Paltanin1;

KNOOR, Barbara1; SANT’ANNA, Thaís1,2; HERNANDES, Nidia Aparecida1, PITTA, Fabio1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP) – Universidade Estadual de

Londrina, Londrina, Paraná.

2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Centro de Ciências Biológicas e da

Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Brasil.

Introdução: A principal causa da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é o tabagismo.

Embora pacientes com DPOC apresentem redução do nível de atividade física na vida diária

(AFVD), o histórico de tabagismo é pouco explorado ao avaliar-se o nível de AFVD nessa

população. Objetivo: Comparar o nível de AFVD de pacientes com DPOC de acordo com o

histórico tabágico e observar se há diferenças na AFVD de pacientes fumantes e ex-

fumantes. Métodos: O nível de AFVD foi avaliado em 101 pacientes (64 homens, 66±9 anos,

IMC 26[21-31]Kg/m2, VEF1 42±17%pred) por meio do monitor Dynaport, utilizado durante

dois dias consecutivos por 12 h/dia. Os pacientes foram separados em 3 grupos de acordo

com o histórico de tabagismo: fumantes leves (FL; <20 cig/dia; n=30); fumantes pesados (FP;

≥20 cig/dia; n=60) e não-fumantes (NF; nunca fumaram; n=11). Uma sub-análise foi realizada

para comparar pacientes ex-tabagistas (n=61) com tabagistas correntes (n=29). Resultados:

Houve diferença no tempo gasto sentado (p=0,0004) e em pé (p=0,006) entre os 3 grupos de

pacientes. O grupo FP apresentou maior tempo sentado que FL e NF (368[270-466],

296[233-366] e 261[91-307] minutos, respectivamente; p<0,05), e menor tempo gasto em

pé que NF (165[131-259] e 333[193-507] minutos, respectivamente; p<0,05). O tempo de

tabagismo foi similar entre FL e FP (p=0,15). Não foram observadas diferenças no nível de

AFVD de pacientes que pararam de fumar ou que ainda são fumantes. Conclusão: Pacientes

com DPOC que fumaram um ou mais maço(s) de cigarros por dia ao longo da vida são mais

sedentários, pois permanecem maior tempo sentados em relação aos demais e menor

tempo em pé quando comparados aos que nunca fumaram. Além disso, ao avaliar a redução

no nível de AFVD nessa população, um histórico tabágico mais pesado parece ser mais

importante que o fato de ter parado de fumar.

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Londrina – PR.

22

Pacientes obesos e não obesos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica apresentam

diferenças na capacidade de exercício após treinamento físico?

NASCIMENTO, Laiza Francine1; BISCA, Gianna Waldrich1; MORITA, Andrea Akemi1; ALCALA,

Glasiele1; CANDELORO, Felipe1; HERNANDES, Nídia Aparecida1; PITTA, Fábio1*

1 - Universidade Estadual de Londrina, UEL

Introdução: Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) apresentam

diminuição da capacidade de exercício, a qual pode ser mais acentuada em associação à

obesidade. Essa relação vem sendo gradativamente mais estudada; entretanto, os efeitos do

treinamento físico sobre a capacidade de exercício nesses pacientes, ainda não foram

totalmente elucidados. Objetivos: Comparar a capacidade de exercício em indivíduos com

DPOC classificados em obesos (IMC>30 kg.m-2) e não obesos (IMC<30 kg.m-2), antes e após

um programa de treinamento físico de alta intensidade. Métodos: Foram avaliados 22

pacientes com DPOC separados em dois grupos: grupo obeso (GO: n=9; 65±6 anos;

IMC=31[31-34] kg.m-2; VEF1=64[52-67]%predito) e grupo não obeso (GNO: n=13; 66±9 anos;

IMC=24±5 kg.m-2; VEF1=36[27-70]%predito), os quais foram submetidos às seguintes

avaliações: espirometria, bioimpedância corporal, teste de caminhada de seis minutos

(TC6min), Incremental Shuttle Walking Test (ISWT) e teste de endurance em cicloergômetro

com carga constante (TEC), antes e após um programa de treinamento físico de alta

intensidade, realizado 3vezes/semana durante 12 semanas. Utilizou-se o teste de Shapiro-

Wilk para a normalidade dos dados, os testes t Student pareado ou Wilcoxon e t Student

não-pareado ou Mann-Whitney para comparações intra e intergrupos. Resultados: O GO e o

GNO não apresentaram diferenças na avaliação inicial do TC6min, ISWT e TEC. Após

programa de treinamento físico o GNO melhorou significativamente no TC6min, ISWT e TEC,

enquanto o GO melhorou apenas no TC6min (p=0,01). Ao comparar a mudança nos testes

após o programa de treinamento físico nos dois grupos, o GO apresentou melhora menos

acentuada no TC6min (30±9 vs 58±8 m; p= 0,04), no ISWT (-14[-46;20] vs 50[6;175] m;

p=0,02), e no VO2 estimado pelo ISWT (-0,5[-1;1] vs 6[0,5;28] l/min; p=0,02).

Conclusão: Pacientes com DPOC não obesos apresentaram mudança mais acentuada na

capacidade de exercício após treinamento físico de alta intensidade quando comparados a

pacientes obesos.

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Pressão inspiratória nasal e hiperinsuflação pulmonar estática em indivíduos com DPOC

CRUZ, Cassiana Azevedo1; DONÁRIA, Leila1; CARVALHO, Mônica1; MARTINEZ, Larissa1;

MESQUITA, Rafael2; PITTA, Fabio1; PROBST, Vanessa Suziane1,3; HERNANDES, Nidia A.1*.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia,

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR.

2 - Departamento de Pesquisa e Educação, CIRO+, Horn, Holanda.

3 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR), Londrina, PR.

Introdução: Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a capacidade

inspiratória (CI) e a pressão inspiratória nasal (sniff nasal inspiratory pressure [SNIP]),

utilizadas como medida da hiperinsuflação pulmonar estática e força muscular inspiratória,

respectivamente, foram identificadas como importantes preditores de mortalidade. Porém,

a relação entre essas duas variáveis ainda é desconhecida. Objetivo: Verificar a relação entre

a pressão inspiratória nasal e hiperinsuflação pulmonar estática em indivíduos com DPOC.

Material e métodos: Foram estudados 19 indivíduos com DPOC (11 homens, 68±7 anos,

volume expiratório forçado no primeiro segundo [VEF1] 38±16 %previsto), que tiveram suas

medidas de CI e SNIP quantificadas por meio de espirometria após o uso de broncodilatador

e da medida da pressão inspiratória nasal, respectivamente. Para as análises, os pacientes

foram divididos em dois grupos: CI < e ≥ 80% previsto. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado

para avaliar a normalidade na distribuição dos dados e o coeficiente de correlação de

Spearman foi utilizado para verificar a relação entre as variáveis. Resultados: A

média±desvio padrão da CI e do SNIP nos pacientes avaliados foram 2,2±0,6 litros, 86 [75-

125] %predito e 62±21 cmH2O, 56±20 %predito, respectivamente. Observou-se correlação

significante entre a CI em litros e o SNIP em porcentagem do previsto (r=0,53; p=0,02), e um

valor próximo de significância estatística entre a CI em litros e o SNIP em cmH2O (r=0,42

p=0,06). Entretanto, não houve diferença na comparação da SNIP entre sujeitos com CI < e ≥

80% previsto (p>0,05). Conclusão: Esses resultados indicam que a pressão inspiratória nasal,

uma medida classicamente utilizada para a avaliação dos músculos respiratórios, apresenta

modesta correlação com a capacidade inspiratória, que é utilizada como medida de

hiperinsuflação pulmonar estática. Estudos com amostra maiores, no entanto, são

necessários para verificar a solidez da associação entre essas variáveis.

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Qualidade de vida em pacientes com DPOC submetidos a treinamento físico aquático

DIAS, Milena Souza1; SANTOS, Cláudia Roberta1; CARVALHO, Débora Rafaelli1,2; VIDOTTO,

Laís Silva1,2; FELCAR, Josiane Marques1; PROBST, Vanessa Suziane1,2*.

1 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR), Londrina, PR.

2 - Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação (Associado UEL/UNOPAR),

Londrina, PR.

Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) pode levar a redução da

qualidade de vida. A reabilitação pulmonar em meio terrestre é ampla e reconhecidamente

utilizada como tratamento nesta população e mostra benefícios quanto à qualidade de vida.

Entretanto, não estão claros os benefícios do treinamento físico em meio aquático.

Objetivo: Analisar a qualidade de vida em pacientes com DPOC submetidos a um programa

de treinamento físico aquático de alta intensidade com duração de seis meses. Materiais e

Métodos: 23 pacientes com DPOC (16 homens; 68 ±8 anos; VEF1 44 ±15 % previsto; IMC 26

±5 Kg/m2) foram avaliados com relação à qualidade de vida por meio do Chronic Respiratory

Questionnaire (CRQ). Os pacientes foram submetidos a treinamento de endurance e força

muscular de alta intensidade em meio aquático (33ºC) durante seis meses. Nos três

primeiros meses foram realizadas três sessões semanais e, posteriormente, duas sessões por

semana, totalizando 60 sessões. A distribuição dos dados foi analisada pelo teste de

Shapiro-Wilk. A comparação entre os grupos foi feita com o teste de Wilcoxon. A

significância estatística foi de p<0,05. Resultados: As comparações dos domínios dispneia e

autocontrole não apresentaram significância estatística quando comparado os resultados

pré e pós-treinamento (p>0,05). Já com relação aos domínios fadiga e emocional houve

melhora, sendo (Fadiga: 25 [22-27] pontos versus 25 [24-31] pontos respectivamente;

p=0,02 para ambos; emocional: 22 [16-26] pontos versus pós: 25 [21-29] pontos,

respectivamente; p=0,01 para ambos). Conclusão: O treinamento físico aquático apresentou

resultados positivos com relação à qualidade de vida, além de representar uma nova

modalidade de treinamento físico para pacientes com DPOC.

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Nível de atividade física de pacientes obesos candidatos à bandagem gástrica em Y-de-

Roux

LIMA, Vinícius Moreno¹; COSTA, Andreia Cristina Travassos1; GARCIA, Naiara Molina¹;

GALVAN, Carrie Chueiri Ramos1*.

1 - Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A obesidade é uma doença causada por um desequilíbrio crônico entre a

energia ingerida através de alimentos e o gasto energético. O gasto energético depende do

nível de atividades físicas (AF) realizadas na vida diária. Objetivo: Avaliar o perfil de atividade

física de mulheres obesas candidatas à bandagem gástrica em Y-de-Roux. Métodos: Foram

avaliadas 37 mulheres obesas 42,7 ±10,45 anos, em lista de espera para cirurgia bariátrica. A

AF foi mensurada objetivamente por meio de um sensor multifisiológico e acelerômetro

triaxial (SenseWear Armband-7.0 USA) por um período de 7 dias. Foram registradas a média

do número de passos por dia, o gasto energético total (GET) e em repouso (GER) (ml/kg/min)

e o tempo gasto em AF moderada ou vigorosa (AFMV). O nível de atividade física foi avaliado

por meio do Physical Activity Level (PAL-index), calculado pela divisão entre o GET e o GER.

As pacientes foram classificadas como inativas quando atigiram uma média de passos menor

do que 5000 passos/dia ou PAL 1,45 METs/24h. Foram classificadas como ativas as

pacientes que realizaram mais que 150 minutos/semana de AFMV. Resultados: As mulheres

avaliadas apresentaram peso corporal de 123 ±18Kg e IMC 48 ±6Kg/m². Com relação ao

número de passos, 20 pacientes (54%) foram classificadas como inativas. Já, de acordo com

o PAL-index, 32 pacientes (86,5%) eram inativas. Somente um indivíduo (2,7%) realizou 150

minutos/semana de AFMV. Conclusão: Mulheres obesas candidatas à cirurgia bariátrica

apresentam um baixo nível de atividade física e comportamento sedentário ou inativo em

seu cotidiano.

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Correlação entre capacidade funcional de exercício, nível de atividade física e qualidade de

vida no pré e pós operatório de cirurgia bariátrica

RODRIGUES, Fernanda Orizio¹; PINCETA, Iara Pereira¹; GARCIA, Naiara Molina¹, COSTA,

Andreia Cristina Travassos¹; GALVAN, Carrie Chueiri Ramos¹.

1 - Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Obesos mórbidos apresentam menor capacidade funcional e baixos níveis de

atividade física, contribuindo assim para uma piora na qualidade de vida.

Objetivo: Correlacionar a distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (TC6min)

com os níveis de atividade física e qualidade de vida de pacientes no pré e pós-operatório de

cirurgia bariátrica. Métodos: Foram avaliadas 24 mulheres (45±10 anos) no pré-operatório

(M0) e em 6 meses de pós-operatório (M1). Foram utilizados os questionários de Atividade

Física Habitual de Baecke (Baecke), o Short Form Health Survey Questionnaire (SF-36) para

avaliação dos níveis de atividade física e qualidade de vida e o TC6min para medir a

capacidade funcional de exercício. O trabalho também analisou mudanças entre o pré e o

pós-operatório e as correlações entre as variáveis no M0 e M1 e entre os deltas do M1 com

o M0. Resultados: Após a cirurgia, peso e IMC diminuíram (M0: 115[87-167] vs M1: 84.5[67-

132]; p<0.0001; M0: 45[38-65] vs M1: 33.98[27-51]; p<0.001, respectivamente). Houve

melhora também na distância percorrida no TC6min (M0: 469±70 vs M1: 501.6±82;

p<0.0006). O escore “atividades de lazer e locomoção” (ALL) do Baecke melhorou após a

cirurgia (M0: 2.25[1.5-4.25] vs M1: 2.65±0.48; p=0.016). Os escores do SF-36, exceto

“aspectos emocionais” mostraram significância estatística. A distância percorrida no TC6min

mostrou correlações negativas com o IMC antes e após a cirurgia (r=-0.56 e r=0.52,

respectivamente). Além disso, mostrou correlações positivas com o escore “capacidade

funcional” (CF) do SF-36 nos dois momentos (r=0.42; r=0.42). Os deltas analisados no M1 em

relação ao M0 do TC6min se correlacionaram com o delta do escore ALL do BAECKE e com o

delta da CF do SF-36. Conclusões: A redução do peso corporal após a cirurgia bariátrica

melhora a capacidade funcional do exercício, o nível de atividade física autorrelatada e a

qualidade de vida.

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Capacidade de exercício em pacientes com DPOC que respondem ao broncodilatador

ALCALA, Glasiele Cristina1; DONÁRIA, Leila1; SÍPOLI, Luciana1; MARTINEZ, Larissa1;

HERNANDES, Nidia Aparecida1,2; PROBST, Vanessa Suziane1,2; PITTA, Fábio1.

1 - Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar – Departamento de Fisioterapia –

Universidade Estadual de Londrina (UEL) - Londrina, PR.

2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

(CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) – Londrina, PR.

Introdução: A responsividade ao broncodilatador (BD) é um fator preditivo de sobrevivência

em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e está associado a um menor

decréscimo do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1). Entretanto, pouco se

sabe sobre a capacidade de exercício de pacientes com DPOC que respondem ou não ao BD.

Objetivo: Verificar se existem diferenças na capacidade de exercício de pacientes com DPOC

que apresentam ou não resposta positiva ao broncodilatador. Materiais e Métodos: Foram

avaliados 24 pacientes com DPOC (12 homens; VEF1 51±16 %predito, 63±7 anos, índice de

massa corporal 27±6 kg/m-2), que foram submetidos às seguintes avaliações: teste de função

pulmonar (espirometria), teste de caminhada de seis minutos (TC6min), Incremental Shutlle

Walking Test (ISWT) e teste de endurance (TE), calculado com 70% da carga máxima obtida

pela fórmula de Cavalheri e colaboradores (2010). De acordo com a presença ou não de

resposta positiva ao BD avaliada por meio da espirometria, os pacientes foram separados em

dois grupos: grupo respondedor (GR=12) e grupo não respondedor (GNR=12). A resposta

positiva ao BD foi definida de acordo com critérios internacionais como: capacidade vital

forçada e/ou VEF1 ≥12% e ≥200 mL. Análise estatística: Conforme a normalidade na

distribuição dos dados (avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk), os testes t Student não-pareado

ou de Mann Whitney foram utilizados para comparação entre os grupos. Para as

correlações, foram utilizados os coeficientes de Pearson ou Spearman. O nível de

significância foi estipulado em P<0,05. Resultados: Não houve diferença entre os grupos GR

e GNR na distância percorrida no TC6min, tanto em valores absolutos (490±68m vs

500±68m, P=0,75) quanto em % dos valores preditos (81±12% vs 84±14%, p=0,59), no ISWT

(427±174m vs 502±222m, P= 0,36; 64±22% vs 75±31%, P=0,31, respectivamente) e na

duração do TE (220 [129-596]seg vs 211[138-317] seg, P=0,75). Foi encontrada correlação

apenas entre o a mudança no VEF1 pós-pré BD (em L e em %predito) com a duração do TE

(r=0,54; P=0,006; e r=0,42; P=0,03, respectivamente). Conclusões: Não foram observadas

diferenças na capacidade de exercício entre pacientes com DPOC que respondem ou não

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positivamente ao broncodilatador. Porém, observou-se uma relação moderada e positiva

entre a resposta ao BD e a duração do teste de endurance, confirmando a maior

responsividade desse teste em relação a outros testes de exercício em pacientes com DPOC.

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Fisioterapia nas disfunções femoropatelares

FACHIN, Barbara Pasqualino¹; SILVA, Jhatom Vieira²; FUJINAMI, Cássio²;

MACEDO, Christiane Souza Guerino³*.

1-Graduanda de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

2-Graduados em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina.

3-Professora Doutora de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A Síndrome da Dor Femoropatelar, ou também conhecida como Síndrome da

Dor Anterior do Joelho é consequência da disfunção ou desalinhamento da articulação

femoropatelar. Sua etiologia não é conhecida, mas está relacionada aos fatores de equilíbro

estático e dinâmico que interferem nesta articulação. A maior intervenção realizada nestes

casos é a conservadora, a fisioterapia tem o papel de aliviar a dor e melhorar o alinhamento

e equilíbrio biomecânico, para devolver a funcionalidade e a qualidade de vida à esse

indivíduo. Objetivo: Objetivou-se apontar os benefícios da fisioterapia na funcionalidade de

pacientes com síndrome femoropatelar por meio do questionário Lysholm. Método: foram

inclusos 16 pacientes com femoropatelar, todos responderam ao questionário Lysholm, com

a finalidade de mensurar o nível funcional e sintomas gerais do joelho, e foram

encaminhados ao tratamento fisioterápico pelo período necessário para a reabilitação. Após

o término do tratamento fisioterápico todos os pacientes responderam o mesmo

questionário. Os valores do questionário Lysholm nos momentos de avaliação e alta

compuseram os resultados, complementados pelo número de sessões e semanas de

fisioterapia. A análise estatística foi desenvolvida pelos testes de Shapyro Wilk, t de student

pareado e não pareado e ANOVA. Resultados: Foi estabelecido que as disfunções

femoropatelares alteram a funcionalidade do joelho e do membro inferior lesionado na

mesma proporção; ainda que os gêneros não influenciaram nos valores desta incapacidade.

Por aoutro lado estabeleceu-se os benefícios da fisioterapia na reabilitação destas

disfunções, já que constatou-se diferença significativa entre os valores pré e pós fisioterapia

para todas as lesões. Conclusão: Assim, pode-se concluir que a funcionalidade deve ser

sempre avaliada nos indivíduos com femoropatelares já que estão diminuídas e que a

fisioterapia contribui significativamente para a melhora deste parâmetro funcional.

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O treinamento sensório motor melhora a coordenação, agilidade e equilíbrio de atletas de

futebol - ensaio clínico aleatorizado cego

FERREIRA, Vitor Alexandre Kurunczi¹; HELENO, Lucas Rafael²; FRISSELI, Ariobaldo3;

SILVA JUNIOR, Rubens Alexandre da4; OKAZAKI, Victor Hugo Alves5;

MACEDO, Christiane de Souza Guerino6*.

1-Discente do curso de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

2-Residente em Traumato-Ortopedia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

3-Docente do Curso de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina,

Londrina, PR.

4-Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Norte do Paraná, Londrina, PR.

5-Docente do Curso de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

6-Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

Introdução: O comprometimento do sistema proprioceptivo em atletas de futebol acarreta

déficits na estabilização postural, que pode contribuir para a ocorrência de lesões e tem

relação fundamental com o desempenho esportivo. Objetivo: Verificar os benefícios do

treinamento sensório motor na coordenação, agilidade e equilíbrio de atletas de futebol.

Métodos: Foram avaliados 23 atletas de futebol masculino, 15(DP=0,78) anos. Todos

realizaram os testes funcionais Figure 8 (F8), Side Hop (SHT) e Star Excursion Balance Test

(SEBT) e análise do equilíbrio unipodal com olhos fechados em plataforma de força para

determinar a velocidade média antero-posterior (V-AP), médio-lateral(V-ML) e área do

centro de oscilação de pressão (A-COP), com três repetições para cada membro inferior,

realizadas por avaliadores cegos. Na sequência os atletas foram aleatorizados em grupo

controle (N=11) e grupo intervenção (N=12) submetidos a 5 semanas de TSM, 3 vezes na

semana. Em seguida todos foram reavaliados. Calculou-se a média entre as três tentativas,

aplicou-se os testes de Shapiro Wilk, t de Student pareado e não pareado, com significância

em 5%. Resultados: Observou-se melhora significativa no grupo intervenção após TSM para

MID e MIE, respectivamente, no SHT (p=0,06) e (p=0,00), F8 (p=0,00) e (p=0,00), V-AP

(p=0,000) e (p=0,000), V-ML (p=0,002) e (p=0,002), A-COP (p=0,026) e (p=0,032). O grupo

controle apresentou piora no SEBT direito (p=0,024) e F8 esquerdo (p=0,006). A comparação

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entre os grupos após o TSM foi favorável ao grupo intervenção para SHT (p=0,006) e

(p=0,001), F8 (p=0,046) e (p=0,024), V-AP (p=0,014) e (p=0,019), V-ML (p=0,002) e p(=0,043)

no MID e MIE, respectivamente. Conclusão: O TSM foi eficaz para o desenvolvimento da

coordenação, agilidade e equilíbrio avaliados pelos testes funcionais e plataforma de força.

Desde modo, evidencia-se a necessidade do desenvolvimento do TSM como conduta

fisioterápica preventiva para atletas de futebol.

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Efeito da crioterapia no senso de posição articular do joelho de atletas: ensaio clínico

aleatorizado

FERREIRA, Franciele Hirata1; SPARTALIS, Eduardo Rossi 1; FRISSELI, Ariobaldo 2, MACEDO,

Christiane de Souza Guerino 3*.

1-Graduando(a) em Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR.

2-Professor do Curso de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina.

3-Fisioterapeuta, Professora Doutora do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de

Londrina, Londrina/PR.

Introdução: A crioterapia desenvolve diminuição da temperatura dérmica e intramuscular.

Quando fusos e receptores de estiramento são resfriados pode-se observar alteração do

senso de posição articular (SPA) do joelho de atletas. Objetivo: Mensurar o efeito da

crioterapia sobre o senso de posição articular do joelho em atletas. Métodos: A amostra foi

composta por 20 atletas de futebol masculino, 14 a 22 anos, em constante atividade

esportiva. Estes foram aleatorizados por sorteio em grupo tratamento (GT; n=10) e controle

(GC; n=10). O GT foi submetido à crioterapia com pacote de gelo por 20 minutos e o GC

permaneceu em repouso pelo mesmo tempo. A análise do SPA foi realizada por

fotogrametria e eletrogoniômetro nas angulações de 90, 45 e 0 graus de flexão do joelho

nos momentos pré, pós imediato, pós 10 e 20 minutos do resfriamento. Para análise

estatística utilizou-se os testes de Shapiro-Wilk, “t” de Student, ANOVA e pós teste de

Bonferroni, com nível de significância em 5%. Resultados: Os dados gerais dos grupos (idade,

peso, altura e dias de treinos/semana) não evidenciaram diferença significativa, somente o

IMC foi maior no grupo controle. Quando avaliado a temperatura nos variados momentos

obteve-se para o grupo controle 26,62±3,45; 25,73±3,68; 25,03±4,18; 24,67±3,78 graus,

respectivamente (p= 0,746) e para o grupo tratamento 29,96±2,45; 10,51±2,73; 21,02±2,27;

23,83±2,92 graus (p=0,00). A análise do SPA do joelho pelo eletrogoniômetro e

fotogrametria não apresentou diferenças para as angulações e momentos avaliados. A

comparação entre eletrogoniômetro e fotogrametria não estabeleceu diferença. Conclusão:

A crioterapia não alterou o SPA do joelho dos atletas de futebol avaliados. Ainda não foi

evidenciada qualquer alteração angular quando comparou-se a análise por fotogrametria e

eletrogoniômetro.

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Caracterização da dor e análise da flexibilidade, agilidade e equilíbrio em Bailarinas

FERLINI, Jeniffer de Paula1; NASCIMENTO, Daniele Pereira do1,2; MANTOVANI, Paula

Renata2,3; MACEDO, Christiane de Souza Guerino2,4.

1-Graduanda em Fisioterapia/UEL.

2-Grupo de Pesquisa Fisioterapia e Qualidade de Vida no Esporte UEL/CNPQ.

3-Residente em fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional/UEL.

4-Dra. em Reabilitação e Desempenho Funcional FMRP/USP; Professora do curso de

Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR, Brasil.

Introdução: A dança tem o ballet clássico como seu “representante supremo” no que se

refere à manutenção da tradição, da rigidez de movimentos e da exigência técnica. Além

disso, ele requer um treinamento árduo e de maior eficiência do sistema músculo

esquelético, que pode ultrapassar a realidade anatômica e fisiológica de alguns dançarinos.

Objetivo: Apontar a frequência, intensidade e local de dor e sua relação com a agilidade e

equilíbrio; assim como a presença de encurtamentos musculares em bailarinas de ballet

clássico. Métodos: Avaliou-se 26 bailarinas do gênero feminino por meio da escala visual

análoga de dor, questionário Nórdico modificado; flexibilidade dos músculos psoas (P),

quadríceps (Q) e isquiotibiais (IT); agilidade (Side Hope Test-SHT) e equilibrio (Star Excursion

Balance Test-SEBT). A amostra foi distribuída em grupo com e sem dor e comparada pelo

teste t de student para amostras independentes. O programa de analise utilizado foi o SPSS

20, com nível de significância de 5%. Resultados: 76,9% apresentaram dor, com intensidade

moderada em pescoço (61,53%), região dorsal (47%), punho (100%), quadril e perna (50%); e

acentuada na lombar (42,85%), coxa (44%), joelho (50%), tornozelo (37,50%) e pé (58,82%).

O início da dor estava relacionado em 76,92% com os treinamentos. Os movimentos

relatados como causa de dor foram ponta, adágio e pliés. Observou-se encurtamentos de P

em 69,23%, de Q em 61,54% e 30,77% de IT. Os resultados dos testes SHT e SEBT não foram

influenciados pela dor. Conclusão: Observou-se grande frequência e intensidade de dor em

bailarinas clássicas, o que indica a necessidade de maior atenção durante os treinamentos e

intervenção precoce da fisioterapia para prevenção e reabilitação. Entretanto mesmo com

dor moderada e acentuada a agilidade e o equilíbrio não foram alterados.

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Perfil das lesões e do atendimento fisioterápico realizado em atletas na cidade de londrina

COIMBRA, Camila¹; FERREIRA, Franciele Hirata¹; PESENTI, Fernanda Bortolo²;

MACEDO, Christiane de Souza Guerino³*.

1-Graduanda do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

2-Graduada do curso de Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina.

3-Docente do curso de fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Em função da intensidade dos treinamentos de alto nível, o organismo do atleta

é exigido no seu limite, culminando, muitas vezes, no excessivo número de lesões. O

presente trabalho baseia-se na coleta de dados do Projeto de Extensão Universitária

“Tratamento e Prevenção de Lesões no Esporte”. Materiais e Métodos: Os atletas foram

avaliados e tratados na clínica de fisioterapia no Centro de Educação Física e Desporto da

Universidade Estadual de Londrina e foram acompanhados até o retorno aos treinamentos e

às competições, de forma a comprovar a completa reabilitação. Resultados: Foram tratadas

860 lesões de atletas das seguintes modalidades: Futebol de Campo (26,62%), Vôlei (24,76%)

e Basquete (13,72%). Em geral, as lesões mais frequentes foram em joelho (26,74%), em

tornozelo (18,13%) e em coluna lombar (14,41%). A média de idade dos atletas atendidos foi

de 18,57 ± 5,34 anos, sendo que 59,19% eram do sexo masculino e 40,81% do sexo

feminino. Foram realizadas 8001 sessões de fisioterapia, sendo 1741 em atletas de Basquete

(21,75%), 1665 em atletas de Vôlei (20,80%) e 1494 em atletas de Futebol de Campo

(18,67%). Os recursos terapêuticos mais utilizados foram Eletroterapia (96,97%),

Termoterapia (76,86%) e Cinesioterapia (73,60%). Conclusão: Conclui-se que o trabalho

interdisciplinar, no âmbito esportivo, mostra-se importante em função da prevenção, de um

atendimento imediato e da reabilitação do atleta. Acredita-se que o atleta totalmente

reabilitado tem totais condições de retornar ao treinamento de alto nível e desenvolver todo

o seu potencial. Portanto, devido à alta incidência de lesões em práticas esportivas, faz-se

sempre necessária a presença de um fisioterapeuta capacitado e de um planejamento

apropriado do trabalho, visando acelerar a reabilitação do atleta e até mesmo aumentar o

seu rendimento individual e, consequentemente, da sua equipe, bem como prevenir a

ocorrência de novas lesões.

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Influência do ciclo menstrual no controle motor e flexibilidade de

mulheres atletas – estudo piloto

NETO, Ettore Zambrin Ferreira1; KAMI, Aline Tiemi1; VIDIGAL, Camila Borecki1;

MACEDO, Christiane de Souza Guerino1*.

1-Universidade Estadual de Londrina/Departamento de Fisioterapia/Londrina, PR.

Introdução: O ciclo reprodutivo feminino, em função das alterações hormonais, pode

influenciar o controle motor e estabilidade postural. Objetivo: Verificar a influência da fase

menstrual e ovulatória no controle motor e flexibilidade de mulheres atletas. Métodos: A

amostra foi composta por 5 atletas de atletismo, acima de 18 anos, com no mínimo 5 anos

de prática no esporte, sem queixas de dor ou lesão em membros inferiores. Todas as

participantes responderam à ficha de caracterização da amostra, ao termo de

consentimento livre e esclarecido e, realizaram os testes funcionais Figure of Eight Hop Test

(F8T), Side Hop Test (SHT) e Star Excursion Balance Test (SEBT), bem como o Teste de Sentar

e Alcançar (TSA) para avaliar a flexibilidade, aplicados durante a Fase Menstrual (FM) e Fase

Ovulatória (FO). Para a análise estatística considerou-se o melhor resultado apresentado

pelas participantes. Foi utilizado o Teste de Shapiro Wilk e Teste t Student no SPSS® 20. O

nível de significância foi estabelecido em 5%. Resultados: A amostra com 5 atletas de

atletismo apresentou média de idade de 20±2 anos, IMC 19,96±0,292 kg/m e ciclo menstrual

(CM) de 34,2±3,7 dias. Na comparação da FM e FO observou-se diferença estatisticamente

significativa nos F8T para o membro inferior não dominante (MIND) (FM: 9,79±0,65; FO:

9,27±0,58; p = 0,006), SHT para o membro inferior dominante (MID) (FM: 4,10±0,62; FO:

3,43±0,40; p= 0,010) e MIND (FM: 4,27±0,41; FO: 3,69±0,46; p = 0,000). Não foi evidenciada

influência do CM sobre a flexibilidade das atletas, assim como no SEBT. Conclusão: Conclui-

se que o CM apresenta influência sobre alguns aspectos do controle motor, por isso deve-se

levar em consideração a fase do CM no treinamento das atletas, considerando a redução em

seu desempenho esportivo e com isso, predisposição a lesões.

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Efeito do treinamento no desempenho motor de atletas de futebol: análise por meio de

testes funcionais

LUNARDELLI, Pedro Henrique De Marchi1,4; GRUSKA, Paulo Cesar4; FRISSELI, Ariobaldo3;

MACEDO, Christiane de Souza Guerino2,4*.

1 - Discente do curso de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

2 - Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

3 - Docente do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

4 - Grupo de Pesquisa Fisioterapia Esportiva e Qualidade de Vida no Esporte – UEL/CNPQ.

Introdução: O desempenho do atleta na prática do futebol resulta do controle motor, cujas

habilidades podem ser aprimoradas ao longo da prática esportiva. Objetivo: Evidenciar o

efeito do treinamento esportivo sobre o controle motor de atletas de futebol através de

testes funcionais. Métodos: Realizaram-se, aleatoriamente, os testes funcionais Figure 8 Test

(F8), Side Hop Test (SH) e Star Excursion Balance Test (SEBT), antes e após os treinamentos.

A análise estatística utilizou os testes ShapyroWilk e “t” de Student pareado. O trabalho foi

aprovado pelo comitê de ética. Resultados: Avaliou-se 18 atletas de futebol, idade 16,55

anos (DP=0,51), peso 71,55kg (DP=7,35), altura de 1,77m (DP=0,09) e IMC de 22,72

(DP=1,94), em treinamentos e competições constantes. Os resultados estão descritos nos

momentos pré e pós-treinamento, respectivamente; em segundos para o SH e F8 e em

centímetros para o SEBT. Para o SH dominante observou-se 3,83(0,4) e 3,5(0,34) P=0,000; e

não-dominante 3,99(0,31) e 3,54(0,29) P=0,000. O teste F8 dominante estabeleceu

10,18(0,79) e 9,52(0,58) P=0,003; não-dominante 9,92(0,45) e 9,41(0,5) P=0,001. Para SEBT-

frontal-dominante 89,66(9,85) e 91,33(8,25) e não-dominante 89,72(10,93) e 91,55(7,7). No

SEBT-póstero-medial-dominante 80,66(6,98) e 80,77 (9,5) e não-dominante 80,38(7,91) e

82,88(6,95). Para SEBT-póstero-lateral dominante 91,5(8,6) e 90,33(5,86) e não-dominante

89,22(6,32) e 90,27(6,07). Não foi estabelecida diferença significativa para o SEBT.

Conclusão: Verificou-se melhora significativa no desempenho dos testes SH e F8, que exigem

movimentos coordenados e ágeis. Acredita-se que o treinamento desenvolva a mobilidade

articular e muscular, equilíbrio e coordenação, o que pode ter favorecido o desempenho nos

testes aplicados.

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Efeito da Crioimersão sobre os níveis de lactato, creatinoquinase e mioglobina de atletas

de futebol: Estudo randomizado e cego

PIRES, Jonas de Oliveira¹; PESENTI, Fernanda Bortolo¹; OKINO, Alessandra Niyuki¹;

VENTURINE, Danielle¹; FRISSELI, Ariobaldo¹; MACEDO, Christiane de Souza Guerino¹*.

1 - Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Na tentativa de apontar os danos musculares presentes nas queixas de dor

muscular tardia são analisados os níveis de Lactato, Mioglobina e Creatinoquinase,

caracterizados como marcadores de dano muscular. Objetivo: Analisar o efeito da

crioimersão corporal pós jogo sobre os níveis de lactato, mioglobina e creatinoquinase em

atletas de futebol. Métodos: A amostra foi composta por 10 atletas de futebol submetidos à

5 coletas sanguíneas: em jejum, após participação em jogo do campeonato estadual, após

24, 48 e 72 horas deste jogo. Ao término do jogo foram aleatorizados em grupo crioimersão

(GI–n=5) e controle (GC–n=5). Os atletas do GI realizaram crioimersão até o nível das

espinhas ilíacas antero-superiores, com água em temperatura de 10 graus, por 10 minutos.

Os do GC realizaram crioimersão em água com temperatura ambiente, na mesma altura,

pelo mesmo tempo. Para a análise estatística aplicou-se o teste de Shapiro Wilk, ANOVA e

post hoc de Bonferroni e teste t para amostras independentes. A significância foi de 5%. O

projeto foi aprovado pelo comitê de ética da instituição. Resultados: Os níveis de lactato e

mioglobina aumentaram após o jogo e retornaram aos valores basais após 24, 48 e 72 horas,

para os dois grupos. A creatinoquinase não apresentou qualquer alteração nos grupos e

momento analisados. Não houve diferença entre os grupos crioimersão e controle, porém o

grupo submetido à crioimersão apresentou sempre valores menores de lactato, mioglobina

e creatinoquinase. Conclusão: Não foram observadas alterações nos níveis de lactato,

mioglobina e creatinoquinase após crioimersão, entretanto acredita-se que possa ter

ocorrido erro estatístico tipo II, e que os resultados podem ser alterados com uma maior

amostra.

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Análise da dor, funcionalidade, força muscular e equilíbrio em mulheres jovens com

Síndrome da dor femoropatelar

RIZZI, Diogo Macedo¹; FERREIRA, Daiene Cristina2,4; ZAMBOTI, Camile Ludovico2,4; GOBBI,

Cynthia2,3; SHIGAKI, Leonardo2,3; SILVA, Rubens Alexandre Junior2,3;

MACEDO, Christiane de Souza Guerino1,2,3,4 *.

1 - Curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

2 - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Laboratório de avaliação funcional e

performance motora humana/UNOPAR.

3 - Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências da Reabilitação UEL/UNOPAR -

Londrina – PR, Brasil.

4 - Residência em Fisioterapia Traumato-Ortopedica Funcional, Universidade Estadual de

Londrina.

Introdução: A Síndrome da Dor Femoropatelar (SDFP) está relacionada à dor anterior do

joelho, alteração de funcionalidade e força dos músculos vasto medial oblíquo (VMO), vasto

lateral (VL) e glúteo médio (GM), assim como déficits no equilíbrio corporal. Objetivo:

Quantificar a dor, funcionalidade, força muscular do quadríceps (Q), GM e rotadores

externos de quadril (RE) e equilíbrio em mulheres com SDFP. Métodos: A amostra foi

composta de 20 voluntárias, sedentárias, entre 18 e 25 anos; divididas em grupo SDFP

(N=10) e controle (N=10). Todas preencheram a ficha de dados pessoais, Escala Visual

Análoga de Dor (EVA), Questionários Lysholm, Anterior Knee Pain Scale (AKPS) e Lower

Extremity Functional Scale (LEFS); realizaram a contração isométrica máxima dos músculos

Q, GM e RE para a análise da força muscular por dinamometria. Por fim, foram submetidas à

análise do equilíbrio pelo teste funcional Star Excursion Balance Test (SEBT) e plataforma de

força. Resultados: Em relação às características antropométricas os grupos foram

homogêneos para as variáveis: altura, peso e IMC. Para EVA, Lysholm, AKPS, LEFS o grupo

SDFP apresentou significativamente piores escores. Não foram observadas diferenças para a

força muscular de Q, GM e RE e no SEBT. A análise do equilíbrio pela plataforma de força em

apoio unipodal apresentou para o grupo SDFP e controle, respectivamente: 2,85(0,9) e

0,64(0,14) (p=0,000) de velocidade média, e 8(2,97) e 6,17(1,5) (p=0,143) para o centro

oscilação de pressão. Conclusão: Mulheres com SDFP apresentam maior dor, menor

funcionalidade e maior velocidade de oscilação unipodal, quando comparadas ao grupo

controle.

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Respostas fisiológicas do Deep Running Water em pacientes com osteoartrite de joelho

SOUZA, Thaisley Barbosa¹; TAGLIETTI, Marcelo3; TEIXEIRA, Denilson de Castro4; CARDOSO,

Jefferson Rosa2; CARVALHO, Rodrigo Gustavo da Silva3; KAKIHATA, Juliana Karen1; AKAMINE,

Vanessa Yuri1; BUENO, Priscila Ariadne de Moura1; FACCI, Ligia Maria2*.

1 - Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina. 2 - Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

3 - Discente do Programa de Doutorado em Educação Física da

Universidade Estadual de Londrina.

4-Docente do Curso de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A osteoartrite (OA) é uma doença reumática degenerativa progressiva

multifatorial que acomete as articulações sinoviais, com alta prevalência em pacientes

idosos. O joelho é a articulação mais comumente acometida, levando a uma série de

comprometimentos. O componente aeróbio, que faz parte dos protocolos de intervenção

dessa doença, pode ser realizado em piscinas, sendo o Deep Running Water (DRW) uma

alternativa na água. O DRW simula a corrida em terra, sendo que o paciente não faz apoio

dos pés e utiliza um colete flutuador. Esta é uma alternativa terapêutica moderna ainda não

estudada em indivíduos com osteoartrite de joelho. Objetivo: Observar as respostas

fisiológicas da frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e esforço

subjetivo em pacientes com OA de joelho pré e pós-realização do DRW. Método: A amostra

foi composta por quatro mulheres, com diagnóstico confirmado de OA de joelho pelo

médico, média de idade de 62,5±2,1 anos, peso 72,7±8,2 kg e altura 1,59±0,1cm. Todas

foram submetidas a nove sessões de DRW, com freqüência de duas vezes por semanas,

duração de 20 minutos e intensidade controlada de 50-80% da frequência cardíaca máxima.

Resultados: As médias obtidas foram: PAS pré 125±11mmHg e pós DRW de 133±12 mmHg,

PAD pré 81±7 mmHg e pós 86±9 mmHg, FC 73±8 bpm e pós 90±19 bpm, FR 16±5 rpm

aumentando para 21±4 rpm e Borg 10±2 pontos para pós terapia de 14±1 pontos. Todos os

desfechos analisados sofreram aumento quando comparados aos seus valores iniciais, no

entanto sem alteração estatisticamente significativa. Conclusão: O DRW promoveu os

efeitos fisiológicos esperados por meio das metas impostas para ser considerado como um

exercício aeróbio prescrito com segurança para indivíduos com OA de joelho.

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Londrina – PR.

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Correlação entre equilíbrio e gravidade da doença em pacientes com osteoartrite de joelho

KAKIHATA, Juliana Karen¹; SAWCZUK, Geovanne¹; SOUZA, Thaisley Barbosa¹; RESENDE, Bruna

Nogueira2; TAGLIETTI, Marcelo³; CARVALHO, Rodrigo Gustavo da Silva³; CARDOSO, Jefferson

Rosa4; FACCI, Ligia Maria4*.

1 - Discente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

2 - Fisioterapeuta graduada na Universidade Estadual de Londrina.

3 - Discente do programa de Doutorado em Educação Física da Universidade

Estadual de Londrina.

4 - Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A osteoartrite (OA) de joelho é uma doença articular crônica caracterizada pela

degeneração da cartilagem, que gera manifestações clínicas variadas, incluindo dor, rigidez,

incapacidade física e diminuição da força muscular. Estas alterações habitualmente

ocasionam dificuldade de caminhar e déficit proprioceptivo, fatores estes que podem alterar

o equilíbrio, o controle postural, aumentando o risco de quedas em idosos, limitando o

desempenho de atividades diárias e a qualidade de vida. Ainda, a medida que se agrava o

processo de degeneração da cartilagem na articulação do joelho, ocorre perda progressiva

da capacidade funcional. Objetivo: Analisar a correlação entre equilíbrio e gravidade da

doença em pacientes com OA de joelho. Método: Trata-se de um estudo transversal, o qual

a amostra composta foi de onze pessoas com OA de joelho com idade entre 60 a 81 anos.

Para avaliar a gravidade da OA foi aplicado o questionário algofuncional de Lequesne e para

o equilíbrio a “Activities-specific Balance Confidence (ABC) Scale”. Resultados: A análise

estatística foi realizada por dados em média e desvio padrão utilizando o teste de Shapiro-

wilk com a distribuição normal. O questionário de Lequesne apresentou média de 14 (±1,6)

pontos, enquanto a escala ABC obteve média de 56,15 (±7,4). O teste de correlação de

Pearson evidenciou uma correlação moderada entre gravidade e equilíbrio (r=-0,56, R²=31%)

nos indivíduos com OA de joelho, sendo que 31% da variância da gravidade pode ser

explicada pelo equilíbrio e vice versa, enquanto 69% da variância pode ser explicada por

outros fatores. Conclusão: Os pacientes com OA de joelho apresentam correlação moderada

entre gravidade da doença e equilíbrio.

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Controle motor e flexibilidade em atletas de futebol: avaliação por meio de testes funcionais e

fotogrametria

CONSTANZA, Álef Valentim¹; SILVA, Willian de Almeida²; MACEDO, Christiane de Souza

Guerino4*; FERREIRA, Daiene Cristina²; FRISSELI, Ariobaldo³.

1 - Graduando (a) em Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina/PR.

2 - Fisioterapeuta formado pela UEL.

3 - Professor do Curso de Educação Física e Esporte da UEL.

4 - Mestre em Biodinâmica do movimento humano/USP, doutoranda em Reabilitação e

Desempenho Funcional USP/RP, docente do curso de Fisioterapia da Universidade

Estadual de Londrina, Londrina/PR.

Introdução: Controle motor e flexibilidade interferem em saltos, giros e mudanças de

direção, associados a lesões e piora no desempenho esportivo. Objetivo: Avaliar o

desempenho nos testes funcionais e flexibilidade de atletas futebol. Métodos: 50 atletas de

futebol masculino foram submetidos aos testes funcionais Figure 8 Test (F8) Side Hop Test

(SHT) e Star Excursion Balance Test (SEBT) e a avaliação da flexibilidade dos músculos

isquiotibiais e quadríceps por fotogrametria. Resultados: Os resultados dos testes funcionais

não diferiram para dominância e posição de jogo; e não apresentaram correlação com a dor.

Os atletas de maior idade (categoria profissional) apresentaram melhores scores nos testes

funcionais. A flexibilidade dos músculos quadríceps e isquiotibiais não apresentaram

diferenças para a dominância, dor ou por categorias; porém, todos os atletas demonstraram

flexibilidade diminuída para os isquiotibiais quando comparado às referências literárias.

Conclusão: Atletas profissionais apresentaram melhores escores na execução dos testes

funcionais e a flexibilidade estava diminuída.

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Londrina – PR.

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Correlação entre função, dor e depressão em idosos com osteoartrite de joelho

BUENO, Priscila Ariadne de Moura¹; VIGATTO, Arthur Eugênio Crepaldi²; TRELHA, Celita

Salmaso³; SILVA, Daniela Wosiack3; MELO, Fernanda Cristiane de3; ISHIKAWA, Tatiane Yumi4;

TAGLIETTI, Marcelo4; CARDOSO, Jefferson Rosa3; FACCI, Ligia Maria3*.

1 - Discente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

2 - Centro de excelência a atenção Geriátrica e Gerontológica – CEGEN.

3 - Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

4 - Discente do Programa de Doutorado em Educação Física da Universidade

Estadual de Londrina.

Introdução: A Osteoartrite (OA) de joelho, doença articular de alta prevalência na

população, apresenta como sinais dor, rigidez articular e limitação nas atividades de vida

diária. A relação entre as variáveis psicológicas e a dor ainda não está bem definida, sabe-se,

no entanto, que esta pode interferir na produção de hormônios que se associam com a

intensidade da dor, sendo este importante preditor de incapacidade funcional.

Considerando-se as características dessa doença, salienta-se a relevância de se correlacionar

função, dor e níveis de depressão em pacientes com OA de joelho. Objetivo: Verificar se há

correlação entre função, dor e depressão em pacientes com OA de joelho. Metodologia:

Participaram deste estudo transversal onze pacientes, com idade entre 60 e 81 e diagnóstico

de OA de joelho. Os pacientes foram avaliados através do Índice de WOMAC, para análise da

dor e função; e pela Escala de Depressão de Yesavag. Resultados: Foi utilizado o teste de

Shapiro-Wilk para testar a distribuição de normalidade para os desfechos dor, função e

depressão, sendo encontrados os 8,1±1,1 pontos para dor, 3,9±5,5 pontos para função e

9±0,9 pontos para depressão. Através do Teste de Correlação de Pearson, encontrou-se para

as associações entre Depressão e Função um r=0,08, e R2=1%, considerando-se que 1% da

variância da função pode ser explicada pelo nível de depressão; nas associações entre

Depressão e Dor um r=0,43, e R2=18%, onde 18% da variância da dor pode ser explicada pelo

nível de depressão; e para as associações entre dor e função um r= 0,48, e R2= 23%, sendo

23% da variância da função pode ser explicada pelo nível de dor. Conclusão: Pode-se

concluir que há correlações moderadas entre depressão e dor, assim como entre dor e

função nos pacientes com OA de joelho estudados.

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Londrina – PR.

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Análise das alterações da amplitude de movimento do quadril em atletas de futebol:

abordagem por fotogrametria

SILVA, Weslley Araújo¹; NASCIMENTO, Daniele Pereira do¹; MANTOVANI, Paula2; FRISSELI,

Ariobaldo3; MACEDO, Christiane de Souza Guerino*¹,2,4.

1 - Discente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de

Londrina (UEL), Londrina – PR.

2 - Residência em fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional/ UEL.

3 - Docente do DEPARTAMENTO DE CIENCIAS DO ESPORTE/ UEL.

4 - Doutora em Reabilitação e Desempenho Funcional USP/RP, docente do curso de

Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR, Brasil.

INTRODUÇÃO: Atletas de futebol podem apresentar alterações da amplitude de movimento

(ADM) da articulação do quadril, que podem estar associadas às lesões musculares,

tendíneas e degenerativas desta articulação. Objetivo: Apontar a diminuição de ADM de

rotação interna (RI) e externa (RE) e amplitude articular total (AAT=RI+RE) da articulação do

quadril em atletas de futebol e estabelecer a existência de diferença angular entre membro

inferior dominante e não dominante. Métodos: Foram avaliados 52 indivíduos do gênero

masculino, 26 atletas de futebol com idade de 19,58 anos e 26 não atletas com idade de

20,23 anos. Para a avaliação da ADM fixou-se marcadores reflexivos sobre o ligamento

patelar e entre os maléolos. Os participantes permaneceram sentados, o membro inferior a

ser testado foi posicionado em neutro, RI e RE para a coleta das imagens em vista anterior.

Os valores angulares da ADM do quadril foram analisados, por avaliador cego, pelo

programa ImageJ e estabelecidos para o membro inferior dominante (MID) e não dominante

(MIND). Resultados: Observou-se menores valores angulares de RI, RE e AAT para atletas

quando comparados aos não atletas, com diferença significativa. A comparação entre MID e

MIND não demonstrou qualquer diferença para atletas e não atletas. Conclusão: A

amplitude de movimento do quadril foi menor para os atletas em todos os parâmetros

avaliados o que indica a necessidade e importância desta avaliação e implementação de

exercícios que normalizem e equilibrem os movimentos articulares, com o objetivo de

impedir ou retardar o aparecimento de futuras lesões já estabelecidas pela literatura.

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Londrina – PR.

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Capacidade funcional e qualidade de vida no trabalho em indivíduos

com lombalgia crônica

OLIVEIRA, Julia Grasiele¹; CUNHA, Ana Claudia Violino*¹; MANTOVANI, Paula Renata¹;

FERREIRA, Daiene Cristina¹.

1-Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A lombalgia crônica atinge em torno de 50% da população, sendo a cronicidade

dos sintomas e a incapacidade laborativa as principais consequências, levando com

frequência ao afastamento do trabalho e atividades normais. O setor de lavanderia

hospitalar pode oferecer risco à saúde do trabalhador devido aos movimentos repetitivos,

muitas vezes com sobrecarga. Objetivo: Verificar o impacto da lombalgia crônica na

capacidade funcional de trabalhadores do setor de lavanderia de um hospital universitário.

Método: Foi realizado um estudo transversal, sendo a amostra formada pelos funcionários

deste setor que apresentavam lombalgia por mais de três meses, e que aceitaram participar

do estudo, totalizando doze indivíduos. Verificou-se a percepção dos sujeitos em relação à

qualidade de vida no trabalho por meio da Escala Visual Análoga (EVA). O

comprometimento da capacidade funcional foi mensurado pelo Índice de Incapacidade de

Oswestry, e o impacto dos sintomas osteomusculares foi verificado pelo Questionário

Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). A análise estatística descritiva foi realizada

com o programa Microsoft Office Excel. Resultados: Os participantes apresentavam idade

entre 25 e 64 anos (43,6±10,5), sendo 66,6% do sexo masculino (n=8) e 33,3% do sexo

feminino (n=4). Quanto à capacidade para o trabalho, a média obtida na EVA foi 5,3 (+_2,6).

O índice de Oswestry mostrou que 25% apresentou incapacidade moderada para o trabalho.

Quanto ao impacto da dor na semana anterior à avaliação, 50% dos indivíduos afirmaram

que houve comprometimento em sua rotina de trabalho. No último ano, 33% dos sujeitos

afirmou que a lombalgia afetou suas atividades. Conclusão: A lombalgia crônica interfere

negativamente em diversos aspectos da atividade laboral, podendo comprometer a

capacidade para o trabalho. Faz-se necessário identificar possíveis fatores de risco,

promovendo a saúde ocupacional por meio de prevenção e controle da sintomatologia.

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Anais do Congresso 35 anos do curso de Fisioterapia: Da graduação a pós-graduação 25 e 26 de setembro de 2014

Londrina – PR.

45

Avaliação da dor e da estabilidade segmentar da coluna cervical em indivíduos com

cervicalgia crônica

TODERO, Ana Luiza Ferreira¹; CUNHA, Ana Cláudia Violino¹*; MANTOVANI, Paula Renata¹;

FERREIRA, Daiene Cristina¹.

1-Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A cervicalgia mecânica crônica acomete entre 12% e 34 % da população adulta

em alguma fase da vida, sendo frequentemente de origem ocupacional, quando a atividade

laboral envolve movimentos repetitivos, com sobrecarga e em posições extremas da coluna

vertebral e cintura escapular. No ambiente hospitalar, funcionários de diversos setores,

dentre eles os que atuam em lavanderia, apresentam queixas osteomusculares relacionadas

ao trabalho. Parece haver relação entre a cervicalgia e o comprometimento da função dos

músculos flexores profundos (longo da cabeça e pescoço), responsáveis pela estabilidade

cervical. Objetivo: Analisar a estabilidade segmentar cervical e a dor em trabalhadores da

lavanderia de um hospital universitário. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal,

sendo a amostra composta pelos funcionários que apresentavam dor cervical por mais de

três meses, e que concordaram em participar do estudo.Foram avaliados 6 funcionários,

com idade entre 27 e 58 anos (42,1±11,1), sendo do sexo feminino (n=4) e do sexo

masculino (n=2). Para quantificar a dor foi utilizada a Escala Visual Análoga de dor (EVA), e

para analisar a capacidade de contração da musculatura flexora cervical profunda utilizou-se

a Unidade Pressórica de Biofeedback (UPB) Stabilizer®, classificando-a como suficiente ou

insuficiente. A análise estatística descritiva das variáveis, por meio de porcentagens, foi

realizada com o programa Microsoft Office Excel. Resultados: Verificou-se que a média

obtida na EVA de dor foi de 6,6 (6,6±1,4). Quanto à estabilidade segmentar cervical,50%

(n=3) foram capazes de manter a contração muscular adequada, enquanto os outros 50%

(n=3) não o fizeram. Conclusão: Indivíduos com cervicalgia podem apresentar

comprometimento do controle neuromotor e do desempenho da musculatura flexora

profunda, sendo necessário associar treinamento muscular específico ao programa de

tratamento, reduzindo os sintomas de modo eficaz.

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Londrina – PR.

46

Fisioterapia baseada no treinamento de dupla tarefa no equilíbrio de indivíduos com

doença de Parkinson.

ALMEIDA, Isabela Andrelino1; LEMES, Luana Beatriz1; MOREIRA, Janaina1; TORRECILHA,

Larissa Amaral1; SOUZA, Rogério José1; BARROS, Natália Almeida1; MICHELATO, Guilherme

Buzinello1; SANTOS, Suhaila Mahmoud Smaili1*.

1 - Universidade Estadual de Londrina/UEL.

Introdução: A doença de Parkinson (DP) é caracterizada pela presença de tremor de repouso, rigidez, bradicinesia, instabilidade postural e alterações na marcha. Já está bem estabelecido que o treinamento baseado nas duplas tarefas pode ser usado como estratégia para estimular a melhora da marcha, porém não se sabe ao certo o seu impacto no equilíbrio desses pacientes.Objetivo: Verificar a efetividade de um protocolo de tratamento fisioterápico baseado no treinamento de duplas tarefas no equilíbrio de indivíduos com DP. Métodos: Trata-se de uma série de casos prospectiva composta por um grupo de nove indivíduos com diagnóstico médico de DP, avaliados antes e após um programa fisioterápico baseado em um protocolo de exercícios de dupla tarefa, com duração da terapia de 60 minutos, e frequência de 2 vezes por semana. Os seguintes instrumentos foram utilizados para avaliação: Escala Unificada para Avaliação da doença de Parkinson (UPDRS), Balance Evaluation Systems Test (BESTest) e Protocolo de avaliação do Balance. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 20 com significância de 5%. Resultados: Ao final do programa fisioterápico foram encontradas diferença significantes nos valores do domínio motor (p=0,03) e na pontuação total (p=0,03) da UPDRS. Quanto ao desfecho equilíbrio, houve diferença significante quanto aos valores referentes ao BESTest em duas seções (limites de estabilidade p=0,02 e resposta postural reativa p=0,04) e para o escore total (p=0,01), além de duas posturas do Protocolo de avaliação do Balance sobre superfície instável (p=0,01). Conclusão: Os resultados obtidos apontam que a intervenção realizada foi eficaz no desfecho equilíbrio e escores motor e total da UPDRS, o que sugere ser um tratamento adequado no que diz respeito ao equilíbrio e evolução da doença no grupo estudado. Finalmente, espera-se contribuir com futuras pesquisas que relacionem o equilíbrio de pacientes com DP com a fisioterapia.

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Londrina – PR.

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Sensações pré e pós-esvaziamento vesical na paraplegia do tipo completa

LIMA, Fellipe Bandeira1; COSTA, Bianca Teixeira1; BARBOSA, Luana Cristhine Oliveira1;

PALOCO, Simone Antunes1; SOUZA, Roger Burgo1*.

1 – Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Lesão medular é definida como uma condição clínica da medula espinhal, a qual

implica na ausência parcial ou total das funções sensitivas, motoras e autonômicas. A perda

da função geniturinária após a lesão medular traz implicações, tais como a disfunção das

sensações pré e pós-esvaziamento vesical. Objetivos: Caracterizar as sensações pré e pós-

esvaziamento vesical em indivíduos com paraplegia do tipo completa e verificar a relação

entre essas sensações. Métodos: Estudo transversal realizado por meio de entrevista, em 44

pacientes com paraplegia do tipo completa conforme padronização da American Spinal

Injury Association (ASIA), atendidos em Hospitais Escola do município de Londrina – PR. Os

resultados foram apresentados por média e desvio padrão, após o teste de normalidade

Shapiro-Wilk. Para responder os objetivos do estudo foram calculadas as frequências

absolutas e relativas. Para verificar associação entre as variáveis, foi utilizado os testes Qui-

quadrado ou Exato de Fisher. Todos os testes com significância de 5% (p < 0,05). Todos os

dados foram analisados no programa Statistical Packege for Social Science (SPSS) versão 17.0

para Windows. Resultados: A média de idade foi de 35,25 ± 11,60 anos, prevalecendo o

gênero masculino (84,1%) e etiologia por ferimentos por arma de fogo (47,7%). A maioria

dos pacientes (63,6%) apresentaram diferentes sensações pré-esvaziamento vesical e alívio

(43,2%) no pós-esvaziamento vesical. Houve relação estatisticamente significativa (p = 0,013)

em que pacientes que referiram sensações pré-esvaziamento vesical irão apresentar alívio

pós-esvaziamento vesical. Entretanto, não houve relação (p = 0,204) em que qualquer

sensação pré-esvaziamento vesical tenha mais chances de apresentar alívio como sensação

pós-esvaziamento vesical. Conclusão: A maioria dos indivíduos relatou algum tipo de

sensação pré-esvaziamento vesical, que quando cessados geram a sensação de alívio.

Segundo estes resultados, é possível treinar os indivíduos com lesão medular para

interpretar o momento do esvaziamento vesical, possibilitando a diminuição de

constrangimentos psicossociais.

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Londrina – PR.

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Efeitos a curto prazo da fisioterapia na melhora da agilidade e marcha em indivíduos com

doença de Parkinson

NASCIMENTO, Tawany Sanches1; TERRA, Marcelle Brandão1; BATISTETTI, Cyntia Letícia1;

OLIVEIRA, Janetthe Heloise Alves1; ROSA, Paula Cassetari1; OSSADA, Vinícius Aparecido

Yoshio1; SOUZA, Roger Burgo1; SANTOS, Suhaila Mahmoud Smaili1*.

1 - Universidade Estadual de Londrina/UEL.

Introdução: Na doença de Parkinson (DP) as alterações da marcha integram um dos

sintomas mais incapacitantes, caracterizada pela pobreza dos movimentos, passos curtos,

pés rentes ao chão e diminuição da velocidade. Objetivo: Avaliar a melhora a curto prazo da

agilidade e da marcha em indivíduos com DP em resposta à aplicação de uma única sessão

de fisioterapia. Métodos: Série de casos prospectiva, constituído por amostra de

conveniência, composta por nove indivíduos, de ambos os gêneros, com diagnóstico de DP

idiopática, provenientes do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina. Todos

os participantes do estudo foram avaliados antes e após a terapia, por meio dos seguintes

testes e instrumentos: Escala de Estadiamento de Hoehn e Yahr modificada (HY); Teste de

Levantar e Andar cronometrado; Velocidade e cadência da marcha por análise de vídeo e

Teste de impressão plantar. Após a avaliação inicial, os participantes foram submetidos a

uma única terapia com a utilização de pistas rítmicas visuais e auditivas realizado em grupo,

com duração de 60 minutos. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 20 com

significância adotada de 5%. Resultados: A mediana e quartis de idade encontrada entre os

participantes do estudo foi de 74 [67-77] e estadiamento de 2,5 [2,0-3,0] na escala de HY.

Houve diferença estatisticamente significante a favor da intervenção nos desfechos:

tamanho do passo (p=0,01) e da passada (p=0,01), além do número de passos (p=0,03),

tempo da distância percorrida (p=0,01) e velocidade (p=0,01). Não houve diferença em

relação à cadência da marcha e à base de suporte. Conclusão: Verificou-se que uma única

intervenção foi efetiva para o desfecho marcha no grupo estudado. Resultados positivos já

são detectáveis em apenas uma sessão e a persistência desta abordagem contribuirá para as

mudanças necessárias no padrão de marcha e dos fenômenos plásticos protetores do

sistema nervoso central.

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Londrina – PR.

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Efetividade da fisioterapia com treinamento de dupla tarefa no sistema motor e cognitivo em

indivíduos com doença de Parkinson

BUENO, Maria Eduarda Brandão1; ANDRELLO, Ana Carolina dos Reis1; SILVA, Taís Caroline

Oliveira1; COSTA, Bianca Teixeira1; LIMA, Fellipe Bandeira1; SUJUKI, Fernanda Yuri1;

BARBOZA, Natália Mariano1; SANTOS, Suhaila Mahmoud Smaili1*.

1 - Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: O comprometimento cognitivo é uma das características não motoras da

doença de Parkinson (DP). Atualmente vem crescendo o interesse por essa investigação,

desde a avaliação até o tratamento desses distúrbios. Objetivo: Verificar a efetividade da

fisioterapia baseada no treinamento da dupla tarefa no sistema motor e cognitivo em

indivíduos com DP. Métodos: Foi realizado estudo do tipo série de casos prospectiva,

caracterizado por amostra de conveniência, composta por um grupo de nove indivíduos,

com diagnóstico médico de DP idiopática. Os pacientes que preencheram os critérios de

inclusão foram avaliados antes e após o protocolo de intervenção, sempre no estágio on e

por um mesmo avaliador, com os seguintes testes e instrumentos: 1) Escala de Hoehn&Yahr

Modificada (HY), 2) UPDRS (Unified Parkinson´s Disease Rating Scale), 3) Mini Exame do

Estado Mental (MEEM), 4) Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA), 5) Teste de fluência verbal

categórico e 6) atividades com tarefas simples e duplas tarefas com o tempo de execução

cronometrado e contagem do número de acertos na dupla tarefa. Após os procedimentos de

avaliação, deu-se início ao programa de intervenção fisioterápico associado ao treino de

dupla tarefa, com terapias de 60 minutos, frequência de duas vezes por semana, durante 12

semanas, totalizando 24 sessões. A análise estatística foi realizada por meio do programa

SPSS 20.0 e o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram encontradas

diferenças estatisticamente significantes no domínio motor (p=0,03) e na pontuação total

(p=0,03) da escala UPDRS, na avaliação do tempo de execução das tarefas simples e das

duplas tarefas e no escore da Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) (p=0,03). Não houve

diferença estatisticamente significante no Mini Exame do Estado Mental (MEEM) (p=0,47) e

no teste Fluência Verbal Categórico (p=0,35). Conclusão: Foi possível registrar que o

programa fisioterapêutico proposto foi efetivonos desfechos do grupo estudado.

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Londrina – PR.

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Efeitos de um programa de fisioterapia no equilíbrio e na marcha de um adolescente com

síndrome de Down

RUAS, Letícia Paladini1; ALPINO, Ângela Maria Sirena1*.

1 - Universidade Estadual de Londrina/UEL.

Introdução: A Síndrome de Down é uma anomalia cromossômica capaz de determinar a

presença de inúmeras alterações musculoesqueléticas e neuropsicomotoras, dentre elas,

déficits no controle postural, no equilíbrio e na marcha. Objetivo: Verificar os efeitos de um

programa de fisioterapia utilizando princípios do método Balance nas estratégias de

equilíbrio, na base de sustentação e na marcha de um adolescente com Síndrome de Down.

Métodos: Trata-se de um estudo de caso clínico, com avaliação pré e pós-intervenção. O

participante é do gênero masculino, deambulador, idade de 13 anos. Para coleta de dados

foram utilizados: o BESTest e o Teste da Impressão Plantar. Realizada no ambulatório de

fisioterapia do Hospital Universitário/UEL, a intervenção consistiu em um programa de 15

sessões de fisioterapia segundo protocolo previamente estabelecido, duas vezes por

semana, com duração de 60 minutos. Durante as sessões, o participante usou adaptação de

espuma para melhora do alinhamento dos joelhos e redução da base de suporte.

Resultados: foi identificada melhora dos itens: força e amplitude de tornozelo; força lateral

de quadril e tronco; ficar na ponta dos pés; permanecer em apoio unipodal; tocar degrau

alternadamente; reação do tornozelo para frente/trás; correção da perturbação com passo

compensatório para trás/lados; permanecer com pés próximos, olhos fechados em

superfície de espuma e inclinação com olhos fechados; marcha em superfície plana, com

viradas de cabeça; andar e girar sobre o eixo; passar obstáculos, desempenho no teste Get

up & Go e redução da base de sustentação. Conclusão: O programa de fisioterapia baseado

no Balance, com estimulação das estratégias de equilíbrio, ajustes posturais antecipatórios,

propriocepção e integração sensorial resultou em melhora do desempenho nos testes

funcionais de equilíbrio, da estabilidade em pé e redução da base de sustentação,

promovendo o controle postural, o equilíbrio, o alinhamento e a transferência de peso para

os MMII do participante.

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Análise do perfil psicomotor de crianças praticantes de natação de uma academia na

cidade de Maringá-Pr

SANTANA, Camila Vane Crozatti1; NONINO, Fabiana2.

1 - Acadêmica do curso de Fisioterapia da UNICESUMAR.

2 - Professora do curso de Fisioterapia da UNICESUMAR*.

Introdução: A natação é uma atividade física agradável, por meio da qual se tem um bom

desenvolvimento motor, principalmente na infância, onde a criança pode adquirir boa

coordenação de movimentos, melhora do tônus, equilíbrio, agilidade, liberdade, força,

autodisciplina juntamente com os benefícios advindos das propriedades da água. Para que

haja um melhor desenvolvimento da criança é necessário se trabalhar nas aulas de natação

as técnicas dos nados juntamente com os conceitos da psicomotricidade. Logo se terá

crianças com diversas experiências de movimento e ótimo desenvolvimento motor,

cognitivo, afetivo e social. Objetivo: Analisar as mudanças no perfil psicomotor nos fatores

coordenação motora global, coordenação motora fina e equilíbrio advindas da prática de

natação, durante 16 semanas de atividades. Método: Esta pesquisa tem caráter

experimental e quantitativa. Foram avaliadas 15 crianças com idade de 5 e 6 anos

praticantes de natação durante 16 semanas. Foi aplicada a Bateria de Fonseca avaliando os

fatores: equilíbrio, praxia global (coordenação óculo-manual, coordenação óculo-podal,

dismetria, dissociação) e fina (coordenação dinâmica manual, tamborilar). Resultados: No

fator coordenação motora global a pontuação no pré-teste foi de 86 pontos e no pós de 87,

tendo melhora de 1%. No fator coordenação motora fina houve melhora de 13%, indo de

para 117 no pós teste. No fator equilíbrio estático os valores de 116 foram para 146,

aumentando 30% do inicial, já no equilíbrio dinâmico o ganho foi de 13%, sendo 150 no pré-

teste e 163 no pós-teste. Conclusões: Podemos concluir que a prática da natação associada à

psicomotricidade teve impacto positivo sobre o desenvolvimento infantil nos fatores de

coordenação motora global e fina e no equilíbrio.

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Londrina – PR.

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Capacidade submáxima do exercício e o deslocamento passivo ou ativo de crianças da casa

para a escola

DE MOURA,Lais1; CIBINELLO, Fabiola Unbehaun1; DEL POZZO, Carolina Cotrim1;

FUJISAWA, Dirce Shizuko1*.

1 - Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Os hábitos de vida sedentários têm se tornado comum na infância. Os estudos

têm mostrado que as doenças associadas ao sedentarismo iniciam-se nessa fase. O

deslocamento ativo para a escola é uma importante forma de atividade física, porém, esse

hábito parece estar diminuindo ao longo dos últimos anos. Objetivos: Comparar a

capacidade submáxima do exercício de crianças que se deslocam passivamente ou

ativamente de casa para a escola. Métodos: A amostra foi composta por alunos da Rede

Municipal de Ensino de Londrina/ PR, com idade entre oito e dez anos, ambos os sexos. Para

a avaliação da capacidade submáxima de exercício foi utilizado o Teste de Caminhada de seis

minutos, e um item do Inventário (EVIA) foi utilizado para estabelecer a forma de

deslocamento diário realizado pelos escolares de casa para a escola. Para análise de

normalidade dos dados foi utilizado o teste Shapiro-wilk com intervalo de confiança de 95%.

Para comparação entre os grupos foi utilizado o teste-t não pareado, grau de significância de

p<0.05. Resultados: A amostra foi composta por 200 escolares, sendo 93 do sexo masculino

e 107 do sexo feminino. Dentre eles 40% (79) se deslocavam para escola ativamente (a pé ou

de bicicleta) e 60% (120) passivamente (carro, moto, ônibus ou van). A média da distância

percorrida no TC6’ para as crianças que se deslocavam ativamente foi de 576,8 +/- 6,127 e

de 578,3 +/- 5,722 para os que se deslocavam passivamente. Somente 40% das crianças se

deslocavam ativamente, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos

ativos e passivos em relação à distância percorrida no TC6’ (p=0,867). Conclusão: Os

resultados mostraram que a forma de locomoção das crianças até a escola não influencia na

distância percorrida durante o teste de caminhada.

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Londrina – PR.

53

Prática de atividade física: uma comparação entre meninos e meninas

na faixa etária escolar

SANTOS, Gissely Martins1; CIBINELLO, Fabiola Unbehaun1; DEL POZZO, Carolina Cotrim1;

FUJISAWA, Dirce Shizuko1*.

1-Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A prática de atividade física é discutida por diversos autores. Estudos mostram

que as atividades são fundamentais na infância para que o indivíduo adquira um estilo de

vida fisicamente ativo quando adulto, devido às influências socioculturais, as crianças

seguem normas e valores determinados como adequados a cada gênero. Objetivos:

Comparar a prática de atividade física entre meninos e meninas entre nove e 10 anos,

matriculados na Rede Municipal de Ensino de Londrina/PR. Métodos: Foram avaliados 200

escolares, que foram interrogados pelo inventário (EVIA), quanto à prática de atividade física

supervisionada. O estudo faz parte do projeto de pesquisa “Capacidade de exercício e

hábitos de vida de crianças eutróficas, obesas e sobrepesos da Rede Municipal de Ensino –

Londrina/PR”, aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário/UEL (Parecer

202/2013). Os dados foram apresentados em frequência absoluta e relativa. Para

comparação entre meninos e meninas foi realizado o teste t para amostras independentes.

Resultados: Das 200 crianças, 95 eram do sexo masculino e 52 (54,74%) realizavam atividade

física regular e supervisionada, sendo as práticas esportivas: futebol (17), futsal (16), natação

(5), taekwondo (4), basquete (4), dança (1), vôlei (1), ainda, quatro escolares faziam duas

atividades, futebol e basquete (1) e futebol e atletismo (3). Das 105 crianças do sexo

feminino, 32 (30,48%) realizavam atividade física regular e supervisionada, sendo as práticas

esportivas: basquete (9), dança (6), natação (6), ginástica (4), ballet (3), vôlei (2), luta (1),

atletismo (1). A comparação entre os sexos mostrou diferença estatisticamente significante

(p= 0.0005). Conclusão: Os resultados apontam que os meninos praticam mais atividade

física regular e supervisionada, que podem estar relacionadas à influência sociocultural.

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Perfil do paciente com osteoartrite atendido na unidade básica de saúde (UBS) da Vila

Brasil no ano de 2013

RUIVO, Thamires Marques1; AKAMINE,Vanessa Yumi1; SILVA, Daniela Wosiack da2; MELO,

Fernanda Cristiane de2; TRELHA, Celita Salmaso2; TEIXEIRA, Denilson de Castro3; PASSADOR,

Juzeli4; DINIZ, Rui Cépil5; FACCI, Ligia Maria2*.

1 - Discente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

2 - Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

3 - Docente do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina.

4 - Docente do curso de Nutrição da UNOPAR.

5 - Médico na Prefeitura Municipal de Londrina - Autarquia Municipal de Saúde.

Introdução: A osteoartrite, doença articular degenerativa que afeta 10% da população acima

dos 60 anos, está diretamente relacionada com idade, gênero e alta incidência de

comorbidades. Justifica-se, para tomada de abordagens educativas, a necessidade da

investigação do perfil desses pacientes. Objetivo: Determinar o perfil do paciente com

osteoartrite que procurou a UBS Vila Brasil no ano de 2013. Metodologia: Realizou-se um

estudo retrospectivo das agendas de consultas médicas da UBS Vila Brasil no período de

janeiro a dezembro de 2013. Através de um formulário previamente elaborado, foram

preenchidas informações de confirmação de diagnóstico clínico, idade, peso, altura,

articulação acometida, comorbidades, tratamentos anteriores, utilização de equipamentos

de auxílio para marcha, participação de programas de atividade física ou nutricionais.

Resultados: Dentre as 2898 consultas médicas da UBS Vila Brasil no ano de 2013, 32 (1,8%)

foram de pacientes com osteoartrite, sendo estes analisados. A média de idade desses

pacientes foi de 67,3 anos, sendo 21,9% do sexo masculino e 78,1% do feminino. A média do

IMC foi de 29,07 kg/m2 e 50% dos pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica.

Com relação ao local de acometimento, 95% apresentaram osteoartrite nos membros

inferiores, dos quais (95,23%) na articulação do joelho. Ainda, 25% dos pacientes utilizam ou

já utilizaram algum equipamento de auxílio para a marcha. Relataram realizar ou já ter

realizado fisioterapia 76,2% dos pacientes, 4,76% tinham sido submetidos a procedimentos

cirúrgicos nos últimos seis meses e apenas 14,28% participavam de programas de atividades

físicas durante os últimos dois meses. Conclusão: O perfil dos pacientes com osteoartrite da

UBS Vila Brasil foi predominantemente de mulheres, com a média de idade de 67,3 anos,

com sobrepeso, hipertensão arterial, tendo a articulação mais acometida o joelho. Salienta-

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Londrina – PR.

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se a necessidade de abordagens educativas para prevenção e reabilitação dos pacientes com

osteoartrite.

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Principais queixas uroginecológicas apresentadas em participantes do Grupo Saúde da Mulher da

Unidade Básica de Saúde Vila Brasil e o conhecimento a respeito da Fisioterapia Ginecológica

TORRES, Márcia Rechi1; FAGÁ, Marcella Leite1; MELO, Fernanda Cristiane de1* MOREIRA,

Eliane Cristina Hilberath1; TRELHA, Celita Salmaso1.

1 - Universidade Estadual de Londrina.

A fisioterapia Uroginecológica tem sua importância na conscientização e fortalecimento da

musculatura do assoalho pélvico, no qual proporciona suporte uretral no mecanismo da

continência. Sabe-se que muitas mulheres apresentam queixas uroginecológicas que estão

associadas a fraqueza muscular do períneo, porém não conhecem adequadamente o

tratamento por meio da fisioterapia para prevenção das queixas uroginecológicas. Objetivo:

Analisar quantas mulheres participantes do Projeto de Saúde da Mulher da UBS Vila Brasil

apresentavam queixas uroginecológicas, quais tinham interesse em realizar a avaliação por

meio da perineometria e analisar o conhecimento destas mulheres em relação ao

tratamento por meio da fisioterapia ginecológica. Materiais e Métodos: Participam do

projeto 15 mulheres com idade média de 54,83 ±15,60. As participantes responderam uma

ficha de avaliação e as interessadas foram submetidas a uma avaliação funcional da força

muscular do assoalho pélvico por meio da perineometria. Resultados: Na análise do

questionário aplicado observou-se que 45% destas mulheres apresentam queixa de

incontinência urinária aos esforços e 60% apresentam alguma queixa relacionada com

urgência miccional. Para a avaliação da força. Apenas 25% das mulheres que participavam

do grupo relataram já ter ouvido sobre a especialidade ginecológica na Fisioterapia. Em

relação a avaliação do assoalho pélvico 46,66% aceitaram realizar a perineometria e seguir

com o tratamento. Conclusão: As queixas uroginecológicas se mostraram presentes nas

mulheres participantes do Grupo Saúde da Mulher porém notou-se a falta de informação e

conhecimento sobre o tipo de tratamento adequado para estas. A importância em divulgar e

mostrar o papel da fisioterapia não só no tratamento mas também na prevenção das queixas

uroginecológicas mostrou-se fundamental e necessária.

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Anais do Congresso 35 anos do curso de Fisioterapia: Da graduação a pós-graduação 25 e 26 de setembro de 2014

Londrina – PR.

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Cinesioterapia associada ao cone vaginal no tratamento da incontinência urinária de esforço: Estudo

piloto

CORSALETTI, Beatriz Fredegotto1; SANTOS, Tayse Watermann dos1; FABRIS, Sonia Maria

Fabris2; MOREIRA, Eliane Cristina Hilberath2; MATTOS, Roberta Romaniolo de2.

1 - Residente de Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia Funcional. 2 - Docente de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma patologia que acomete indivíduos de todas

as idades, de prevalência em mulheres e que interfere diretamente na qualidade de vida.

Vários estudos demonstram a importância dos exercícios de fortalecimento do assoalho

pélvico no tratamento da IU de esforço. Os cones vaginais podem ser utilizados no

fortalecimento do assoalho pélvico (AP), pois proporciona recrutamento das fibras

musculares tipo I e II; melhora da propriocepção e contribui para contrações mais eficazes. A

cinesioterapia com cones vaginais (CV) é um tratamento efetivo para disfunção da

musculatura do assoalho pélvico. Objetivo: Verificar a eficácia da cinesioterapia associada ao

cone vaginal num grupo de mulheres incontinentes em atendimento individual simultâneo.

Material e método: Foram selecionadas aleatoriamente quatro mulheres, com média de

idade 57.5 anos, submetidas à cinesioterapia com cone vaginal, uma vez/semana. O

protocolo previu uma avaliação inicial, um programa de 16 semanas de intervenção e uma

reavaliação. Para o processo de avaliação utilizou-se: 1) Entrevista semiestruturada que

abordou história pregressa, início dos sintomas, fatores desencadeantes da perda de urina,

ingesta líquida, hábitos urinários e intestinais; 2) Avaliação subjetiva do assoalho pélvico (AP)

por meio de palpação digital; 3) Avaliação objetiva do AP com perineômetro (Peritron 9300,

Neen Healthcarel, Austrália). Resultados: A análise do pico, média de sustentação e duração

da contração muscular, demonstrou que houve um incremento de 16.84% no pico de

pressão, 28.9% na média de sustentação e 7.14% na duração da contração. Na avaliação

subjetiva do AP, observou-se uma melhora da força muscular em comparação à avaliação

inicial. Conclusão: A utilização da cinesioterapia associada ao cone vaginal mostrou-se eficaz

no fortalecimento da musculatura do AP.