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livro do renomado evangelista Benny hinn

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  • Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, sP, Brasil)

    Hinn, BennyAnjos e demnios: a surpreendente realidade de um mundo

    invisvel / Benny Hinn; [traduo Lena Aranha]. So Paulo: Editora Vida, 2013.

    Ttulo original: Angels and Demons: The Amazing Reality of an Unseen World

    ISBN 978-85-383-0281-01. Anjos 2. Bem e mal 3. Bblia - Estudo e ensino 4. Combate

    espiritual 5. Demonologia 6. Evangelizao 7. Vida espiritual Cristianismo I. Ttulo.

    CDD- 248.413-06036

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Batalha espiritual: Vida crist: Cristianismo 248.4

    1. edio: jul. 2013

    Editora VidaRua Isidro Tinoco, 70 TatuapCEP 03316-010 So Paulo, SP

    Tel.: 0 xx 11 2618 7000Fax: 0 xx 11 2618 7030

    www.editoravida.com.br

    2011, Benny HinnOriginalmente publicado nos EUA com o ttuloAngels and Demons Copyright da edio brasileira 2013, Editora VidaEdio publicada com permisso de Life Bridge Books,(P. O. Box 49428, Charlotte, NC 28277).

    Todos os direitos desta traduo em lngua portuguesa reservados por Editora Vida.

    Proibida a rEProduo Por quaisquEr mEios, salVo Em brEVEs citaEs, com indicao da fontE.

    Scripture quotations taken from Bblia Sagrada, Nova Verso Internacional, NVI Copyright 1993, 2000 by International Bible Society .Used by permission IBS-STL U.S. All rights reserved worldwide.Edio publicada por Editora Vida, salvo indicao em contrrio.

    Todas as citaes bblicas e de terceiros foram adaptadas segundo o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa, assinado em 1990, em vigor desde janeiro de 2009.

    Editor responsvel: Marcelo SmargiasseEditor-assistente: Gisele Romo da Cruz Santiago

    Traduo: Lena AranhaReviso de traduo: Josemar de Souza PintoReviso de provas: Snia Freire Lula Almeida

    Diagramao: Karine P. dos SantosCapa: Arte Peniel

  • Sumrio

    introduo 7

    Parte i: anjoS 9

    1 Os surpreendentes seres angelicais de Deus 10

    2 O serafim com seis asas 22

    3 O querubim com quatro rostos 25

    4 Os seres viventes 31

    5 Os arcanjos da autoridade 37

    6 Os anjos comuns 52

    7 O maravilhoso trabalho dos anjos 63

    Parte ii: DemnioS 97

    8 Face a face com os demnios 98

    9 Os gigantes na terra 117

    10 Cuidado com o grande impostor 127

    11 Os 12 espritos 141

    12 Arranque a armadura do Diabo 157

    13 A arma secreta contra o Inimigo 169

    Parte iii: a batalha final 193

    14 A agenda de Deus relacionada ao fim dos tempos 194

  • 7introDuo

    A batalha entre certo e errado, moral e imoral, virtuo-so e vil to antiga quanto a histria documentada. No jardim do den, Deus ps a rvore do conhecimento do bem e do mal e ordenou ao homem que no comesse de seu fruto, acrescentando que a morte ocorreria se ele fizesse isso (Gnesis 2.17). Foi dada ao homem a escolha de obedecer ou desobedecer.

    Hoje, o conflito ainda assola a humanidade. Em alguns momentos, o bem e o mal podem residir na

    mesma pessoa. Robert Louis Stevenson escreveu sobre o as-sunto em seu famoso livro O mdico e o monstro, a histria de um homem que sofria de uma desordem de personali-dade mltipla.

    A luta interna no nada nova. O apstolo Paulo escre-veu sobre o assunto h mais de dois mil anos, quando disse: Sei que nada de bom habita em mim, isto , em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que bom, mas no con-sigo realiz-lo. Pois o que fao no o bem que desejo, mas o mal que no quero fazer esse eu continuo fazendo (Roma-nos 7.18,19).

    Neste livro, voc ficar face a face com duas das maiores foras antagnicas que operam em nosso mundo: anjos e demnios. Isso no fruto de nossa imaginao, mas algo real que est em atuao neste exato momento.

    Como ministro do evangelho, tenho de batalhar continua-mente com as foras de Satans. Os demnios levantam a ca-bea horrenda em nossas cruzadas e tentam destruir o que Deus est fazendo no corao e na vida das pessoas no mun-do todo. Ainda assim, posso garantir a voc, em primeira mo,

  • Benny Hinn

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    a experincia de que o Todo-poderoso sempre enviou seus anjos para me proteger e ministrar a mim mais vezes do que posso contar.

    Billy Graham, certa vez, disse: Os cristos jamais devem deixar de perceber a operao de uma glria angelical. Ela eclipsa para sempre os poderes do mundo demonaco, assim como o Sol o faz com a luz de uma vela. Posso testificar que isso verdade.

    Fico empolgado pelo fato de voc ter escolhido ler este livro. O estudo do tema anjos e demnios foi um fator de trans-formao na minha vida.

    Oro para que sua vida seja transformada medida que voc compreende o que est acontecendo no mundo espiri-tual e descobre sua identidade em Cristo e a autoridade que tem por pertencer ao Senhor.

    Vamos comear.

    Benny Hinn

  • Parte I

    anjos

  • 10

    Captulo 1

    oS SurPreenDenteS SereS angelicaiS De DeuS

    Hoje, em nossa cultura ocidental, o assunto de anjos no s popular, como tambm muito bem aceito. Tenho certeza de que algum, em um momento ou outro, j disse a voc: Tenho um anjo da guarda que me protege.

    Se fizer uma busca no Google, na internet, da palavra anjos, descobrir mais de 32 milhes de entradas. H cada vez mais curiosidade sobre o assunto, embora a maioria das informaes no seja bblica. Na realidade, tanto no mundo secular quanto na igreja h enorme ignorncia com relao verdadeira natureza e funo dos anjos.

    Estou convencido de que h apenas uma forma de en-contrar as verdadeiras respostas a Palavra de Deus. Ela a nica fonte confivel da verdade espiritual e das informaes referentes aos anjos e aos exrcitos de anjos. Nas pginas da Bblia h aproximadamente 300 referncias a anjo ou anjos. Observe tambm que, na Bblia, h mais referncias a anjos que a demnios.

    A palavra anjo deriva da palavra hebraica malak e do termo grego angelos, e esses dois termos significam mensageiro.

    Os anjos pertencem a uma ordem de seres celestiais, su-periores aos homens tanto em poder quanto em inteligncia. Conforme o salmista escreve: Que o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele

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    te preocupes? Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glria e de honra (Salmos 8.4,5).

    O fato de que a posio do homem inferior dos anjos repetida em Hebreus 2.7.

    Se aceitarmos as Escrituras, temos tambm de acreditar que os seres angelicais so reais e que ministram a voc e a mim aqueles que ho de herdar a salvao. Alm disso, temos de abraar a verdade de que o reino espiritual, apesar de ser invisvel ao olho natural, to real quanto o mundo fsico em que vivemos. Os anjos so seres espirituais que existem em um reino espiritual, mas Deus, com frequncia, ordena a eles que venham terra a fim de realizar sua von-tade, trazer uma mensagem e proteger ou libertar seu povo. Como cristos, um de nossos grandes privilgios a oportu-nidade de receber ajuda dos mensageiros especiais de Deus.

    EnContros transformadorEs dE vida

    Na Bblia, de Gnesis a Apocalipse, encontramos relatos de anjos visitando pessoas, intervindo nas circunstncias da vida dessas pessoas, aconselhando, informando e auxiliando--as de inmeras maneiras. A Bblia registra um grande n-mero de aparies de anjos especialmente enviados do cu para ajudar a orientar a vida de homens e mulheres.

    Por exemplo, foi um anjo que apareceu a Filipe e o ins-truiu a pegar a estrada para Gaza a fim de se encontrar com o eunuco etope (Atos 8).

    Os anjos, alm da ministrao na terra, trabalham no cu, louvando e adorando o Todo-poderoso.

    A maioria das pessoas acha mais fcil imaginar os anjos nas esferas celestiais que aceitar o fato de que tambm nos visitam e nos ajudam na terra. Entretanto, a histria cris-t est repleta de relatos maravilhosos de indivduos que

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    tiveram encontros com anjos, encontros esses de transfor-mao de vida.

    Acredito que estamos prestes a entrar em um perodo de manifestaes como jamais visto neste planeta, e cada uma das visitaes vir acompanhada da apario de anjos. Se olharmos em retrospectiva para os dias de Abrao, quan-do Deus visitou a terra, descobriremos que os anjos estavam sempre presentes nesses momentos. E observamos esse fe-nmeno acontecendo vez aps vez.

    vital que saibamos o que a Bblia ensina com relao s visitaes do mundo espiritual, de forma que possamos ser sbios e discernir se so enviados por Deus ou no.

    Sete fatoS relacionaDoS aoS anjoS

    Neste livro, vamos nos concentrar nas pginas da Pa-lavra de Deus e desvelar as verdades ocultas referentes tanto a anjos quanto a demnios. Entretanto, medida que fazemos isso, quero lanar o fundamento concernente aos seres angelicais. H sete fatos especficos que temos de conhecer.

    1. Os anjos foram criados por Deus antes da criao de nosso planeta

    Deixe-me chamar sua ateno para uma passagem impor-tante das Escrituras, no livro de J. Deus pergunta: Onde voc estava quando lancei os alicerces da terra? Responda-me, se que voc sabe tanto. Quem marcou os limites das suas dimenses? Talvez voc saiba! E quem estendeu sobre ela a linha de medir? (J 38.4,5). A seguir, o Todo-poderoso continua: Sobre que esto fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva,

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    juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? (J 38.6,7, Almeida Revista Atualizada).

    No pode haver nenhuma outra explicao de que os filhos de Deus na passagem mencionada so os anjos. Por qu? Porque isso fala de um tempo antes da criao do nos-so mundo. Portanto, eles no poderiam ser seres humanos. Alm disso, a palavra para Deus nesse trecho das Escrituras Elohim. Ns, os seres humanos, jamais fomos chamados de filhos de Elohim; antes, de filhos do sEnhor.

    Como outra prova de que os anjos foram criados pelo Senhor, o salmista escreve: Louvem-no todos os seus anjos, louvem-no todos os seus exrcitos celestiais. Louvem-no sol e lua, louvem-no todas as estrelas cintilantes. Louvem-no os mais altos cus e as guas acima do firmamento. Louvem todos eles o nome do sEnhor, pois ordenou, e eles foram criados (Salmos 148.2-5).

    Os anjos, como parte da criao, so um fato confirma-do no Novo Testamento, de acordo com o que Paulo afirma: [...] pois nele foram criadas todas as coisas nos cus e na terra, as visveis e as invisveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele (Colossenses 1.16).

    2. Os anjos no podem ser adorados

    Recebemos a seguinte ordem das Escrituras:

    [...] no permitam que ningum os julgue pelo que vocs comem ou bebem, ou com relao a alguma festividade religiosa ou celebrao das luas novas ou dos dias de sbado. Estas coisas so sombras do que haveria de vir; a realidade, porm, encontra-se em Cristo. No permitam que ningum que tenha prazer numa falsa humildade e na adorao de anjos

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    os impea de alcanar o prmio. Tal pessoa conta detalhadamente suas vises, e sua mente carnal a torna orgulhosa (Colossenses 2.16-18).

    Quando Joo teve sua grande revelao, fez a seguinte declarao: [...] ca aos ps do anjo que me mostrou tudo aquilo, para ador-lo (Apocalipse 22.8). Mas o anjo foi rpi-do em alertar Joo: No faa isso! Sou servo como voc e seus irmos, os profetas, e como os que guardam as palavras deste livro. Adore a Deus! (Apocalipse 22.9).

    Apesar de os anjos terem sido criados por Deus, com propsitos especficos, no podemos fazer oraes a eles, mas s a Deus, o Criador dos cus e da terra.

    3. Os anjos so organizados em principados e poderes

    Mais tarde, discutiremos as cinco divises de anjos e suas funes. Tambm aprendemos que h mais de um tipo de exrcito de anjos, mas lembre-se: [...] sejam [...] poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele (Colossenses 1.16). Em certas ocasies, eles aparecem e agem como um exrcito organizado.

    4. Os anjos so incontveis

    A Bblia nos afirma: Mas vocs chegaram ao monte Sio, Jerusalm celestial, cidade do Deus vivo. Chegaram aos mi-lhares de milhares de anjos em alegre reunio (Hebreus 12.22).

    Nas palavras do profeta Jeremias: Como no se pode contar o exrcito dos cus, nem medir-se a areia do mar, assim tornarei incontvel a descendncia de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim (Jeremias 33.22, Almei-da Revista Atualizada).

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    Quando Jesus estava na cruz, ele disse que poderia pedir ao Pai que lhe enviasse mais de doze legies de anjos para ajud-lo (Mateus 6.53). Uma legio, naquela poca, referia--se a um contingente de tropas que chegava a cerca de 6 mil soldados. Doze legies de anjos representavam 72 mil anjos!

    Joo, a fim de enfatizar esse ponto, diz: Ento olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e milhes de milhes. Eles rodeavam o trono, bem como os seres viventes e os ancios (Apocalipse 5.11). Eles louvavam em voz alta: Digno o Cordeiro que foi morto (Apocalipse 5.12).

    Que coral magnfico! Consegue imaginar?

    5. Os anjos habitam no cu e ficam continuamente diante de Deus

    Apesar de ser verdade que os anjos visitam a terra, eles so residentes permanentes do cu. As Escrituras registram: Vi todo o Israel espalhado pelas colinas, como ovelhas sem pastor, e ouvi o sEnhor dizer: Estes no tm dono. Cada um volte para casa em paz (2Crnicas 18.16).

    Eles jamais cessam de louvar o Criador. Nas palavras do Filho de Deus: Cuidado para no desprezarem um s destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos cus es-to sempre vendo a face de meu Pai celeste (Mateus 18.10).

    6. A maioria dos anjos tem aparncia de homens

    Os anjos, desde Abrao, tm aparecido na terra na for-ma de homens. Em um dia quente nas plancies de Manre, Abrao, sentado entrada de sua tenda, ergueu os olhos e viu trs homens em p, a pouca distncia. Quando os viu, saiu da entrada de sua tenda, correu ao encontro deles e curvou-se at o cho. Disse ele: Meu senhor, se mereo o

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    seu favor, no passe pelo seu servo sem fazer uma parada. Mandarei buscar um pouco dgua para que lavem os ps e descansem debaixo desta rvore (Gnesis 18.2-4).

    Sem sombra de dvida, esses homens eram anjos envia-dos por Deus.

    Mais tarde, na poca de Josu, um anjo apareceu a ele como um soldado.

    Josu, quando estava prximo de Jeric, olhou para cima e viu um homem em p, empunhando uma espada (Josu 5.13).

    O profeta perguntou-lhe: Voc por ns, ou por nos-sos inimigos?.

    O homem contou a Josu que nem uma coisa nem ou-tra, mas Venho na qualidade de comandante do exrcito do sEnhor. Josu, imediatamente, caiu de joelhos e adorou o anjo, querendo saber: Que mensagem o meu senhor tem para o seu servo? (Josu 5.13,14).

    O anjo pediu-lhe que tirasse os calados porque ele es-tava pisando em solo sagrado. O profeta louvou a Deus e obedeceu ao Senhor.

    No Novo Testamento, logo depois da ressurreio, o anjo visto pelas mulheres no sepulcro tinha a aparncia de um rapaz. Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado direita e ficaram amedrontadas (Marcos 16.5).

    Tambm encontramos anjos aparecendo como homens no momento em que Jesus ascendeu ao cu para voltar ao Pai. Os apstolos ficaram com os olhos fixos no cu en-quanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois ho-mens vestidos de branco, que lhes disseram: Galileus, por que vocs esto olhando para o cu? Este mesmo Jesus, que dentre vocs foi elevado aos cus, voltar da mesma forma como o viram subir (Atos 1.10,11).

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    Esses dois homens eram mensageiros de Deus anjos e tinham a aparncia de homens normais.

    7. Os anjos usam roupas

    Como os anjos que acabamos de mencionar estavam vestidos? Estavam vestidos de branco (Atos 1.10). En-contramos a mesma descrio depois da ressurreio, quando Maria, chorando, estava no sepulcro. Enquanto ela chorava por seu filho, abaixou-se, olhou dentro do sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um cabeceira e o outro aos ps (Joo 20.12).

    o mundo invisvEl

    As coisas invisveis do mundo celestial citadas nas Es-crituras so to reais e passveis de ser entendidas quanto as coisas visveis vistas na terra hoje. O apstolo Paulo diz que Jesus a imagem do Deus invisvel, o primognito de toda a criao (Colossenses 1.15). E todas as coisas nos cus e na terra, as visveis e as invisveis foram criadas por interm-dio de Cristo (Colossenses 1.16).

    Invisvel no quer dizer que no possa ser visto em nenhum lugar. Indica apenas que no captado por nossa viso porque estamos confinados neste planeta. Mas o que invisvel para ns visvel em um reino distinto. Entretanto, a linha divisria entre esses reinos muito tnue. H um mun-do invisvel no cu, na terra e debaixo da terra. Tanto voc quanto eu, no entanto, s vemos o que nos rodeia. Todavia, isso no quer dizer que o que est alm de nosso mundo presente no seja real. O invisvel para ns existe, mas em outro reino ou local. Habitamos um corpo de carne, mas exis-tem espritos no mundo hoje que no conseguimos ver com

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    nossos olhos naturais. Deus criou todas as coisas, e sem ele, nada do que existe teria sido feito (Joo 1.3).

    Conforme discutiremos mais tarde, nem todos os dom-nios, principados e poderes mencionados em Colossenses 1 so santos. De acordo com Efsios 6.12, lutamos contra seres malignos, principados e domnios diablicos. Entretanto, a verdade que quero salientar que todas as coisas, origina-riamente, foram criadas santas e perfeitas.

    O Deus todo-poderoso planejou o mundo visvel para nos dar indcios do mundo invisvel, no o contrrio. O Criador, que invisvel, existia antes que houvesse a terra ou qualquer coisa material. Anjos, Satans e espritos demonacos so anteriores humanidade. Primeiro veio o espiritual e depois o fsico.

    a EvidnCia quE no podE sEr ignorada

    Os seres humanos podem tentar ignorar a existncia de Deus, mas a racionalizao deles intil.

    O apstolo Paulo apresenta este poderoso argumento: Pois desde a criao do mundo os atributos invisveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, tm sido vis-tos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens so indesculpveis (Ro-manos 1.20).

    A glria de Deus e seu poder invisvel e eterno so reve-lados por intermdio do mundo visvel que ele criou. Portanto, quando admirar montanhas majestosas e flores exticas ou observar um homem e uma mulher caminhando ao longo de uma vereda desfrutando das obras criadas por Deus, saiba que tudo isso evidncia de um poder que tornou todas as coisas possveis uma fora divina que no podemos ver.

    As Escrituras nos dizem algo notvel: H corpos celestes e h tambm corpos terrestres; mas o esplendor dos corpos

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    celestes um e o dos corpos terrestres outro (1Corntios 15.40). Esse texto fala de um universo enorme, invisvel para a humanidade o celestial (invisvel) e o terreno (visvel).

    uma pErCEpo do mundo CElEstial

    medida que prosseguimos, vamos olhar alm do vu e ver o que a Bblia tem a dizer em relao ao que agora est velado para ns. No buscamos o que inatingvel, to fora de nosso alcance a ponto de jamais sermos capazes de to-c-lo, mas apenas buscamos um lugar melhor. isso que os heris da f buscam. O escritor de Hebreus refere-se queles que viveram pela f e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra (Hebreus 11.13).

    O que eles esto buscando? Os que assim falam mos-tram que esto buscando uma ptria. Se estivessem pensan-do naquela de onde saram, teriam oportunidade de voltar. Em vez disso, esperavam eles uma ptria melhor, isto , a ptria celestial. Por essa razo Deus no se envergonha de ser chamado o Deus deles, e lhes preparou uma cidade (Hebreus 11.14-16).

    Estavam buscando uma ptria superior, o invisvel Rei-no de Deus. Embora no pudessem v-lo, sabiam que ele estava ali. A Bblia afirma em Isaas: Pois os meus pen-samentos no so os pensamentos de vocs, nem os seus caminhos so os meus caminhos, declara o sEnhor. Assim como os cus so mais altos do que a terra, tambm os meus caminhos so mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensa-mentos (Isaas 55.8,9).

    A Bblia sagrada o nico livro escrito que nos fornece uma percepo do mundo celestial e que nos permite dar

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    uma espiada naquilo que fica alm deste mundo visvel. H literalmente centenas de textos nas Escrituras que revelam tudo que precisamos saber sobre esse mundo invisvel. Dei-xamos, com frequncia, de perceber a verdade porque nos atemos a muitos detalhes, mas tudo sobre o que esses tex-tos falam tangvel e real. Somos chamados a nos sentar nos lugares celestiais.

    Oro para que enquanto nos aprofundamos nas sur-preendentes revelaes referentes a anjos e demnios seu corao, sua alma e sua mente escutem as palavras pro-venientes do cu. Deus est espera para abrir seu tesouro de conhecimento a voc.

    E quanto aos anjos maus?

    Se voc acha que todos os anjos so bons e obedecem voz de Deus, deve reconsiderar esse conceito! Sabemos, por causa do texto de Isaas 14.12,13, que os anjos podem fazer escolhas, como Lcifer o fez, personagem que discutiremos no captulo 5.

    O Todo-poderoso, contudo, sabe quais anjos desobede-cem a ele, mas estes tero de pagar um alto preo. As Es-crituras nos dizem que os anjos que no conservaram suas posies de autoridade, mas abandonaram sua prpria mo-rada, ele [o Senhor] os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juzo do grande Dia (Judas 6).

    Deus, em algumas circunstncias (como ao lidar com o Egito durante a poca de Moiss), envia anjos maus para fazer seu trabalho. Conforme o salmista escreveu: [...] quando [Deus] os atingiu com a sua ira ardente, com furor, indignao e hostilidade, com muitos anjos destruidores (Salmos 78.49).

    Em ltima instncia, no existe esperana para os anjos desobedientes. Esto condenados a passar a eternidade no

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    lago de fogo. Ento ele dir aos que estiverem sua es-querda: Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos (Mateus 25.41).

    Voc, por ser cristo, no pode ser separado de seu Pai celestial, e isso no acontece mesmo com a atuao dos an-jos maus para o destruir. Voc pode afirmar com Paulo: Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demnios, nem o presente nem o futuro, nem quais-quer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criao ser capaz de nos separar do amor de Deus que est em Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 8.38,39).

    Gosto do que Martinho Lutero, o lder da Reforma, disse certa vez: Permita que seu santo anjo tenha acusaes con-tra ns, e que o anjo perverso no tenha poder sobre ns.

    Amm!

    anjos E dEmnios