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ANÁLISE DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E ESTADO NUTRICIONAL EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE TUCURUÍ, PARÁ / BRASIL. Ananda Bastos Rocha Licenciada em Educação Física [email protected] Jonatha Pereira Bugarim Docente do CEDF/UEPA [email protected] Resumo O objetivo do presente estudo foi analisar e correlacionar o estado nutricional e o nível socioeconômico de escolares do município de Tucuruí-PA. Procedimentos Metodológicos: O público alvo foram 147 escolares, 66 meninas e 81 meninos na faixa etária entre 7 e 10 anos. Os participantes foram avaliados em relação ao peso e altura e coletadas as informações a respeito da situação socioeconômica da família, por meio do questionário sugerido pela Classificação econômica Brasil (ABEP). Para o cálculo do índice antropométrico, foi utilizado o software WHO Anthro plus, desenvolvido pela OMS que facilita o monitoramento do crescimento e desenvolvimento de indivíduos e populações. Resultados: Quanto ao estado nutricional, a maioria apresentou estatura adequada para a idade (62,58%), peso adequado para idade (65,46%) e eutrofia (87,65%) com o aparecimento de alguns casos de magreza (10,88%), sobrepeso (11,56%) e obesidade (8,84%) sendo que o percentual maior foi encontrado em crianças de 7 anos de idade. A avaliação da situação socioeconômica mostrou que a maioria das famílias dos participantes se encontra na classe econômica C2 (32%) e D-E (38%). Conclusão: ao correlacionar as variáveis não se obteve associação significativa. Palavras-chave: Escolares. Estado Nutricional. Nível Socioeconômico. INTRODUÇÃO A problemática desse estudo é traçar o perfil nutricional e socioeconômico de escolares de 07 a 10 anos da rede municipal de ensino da cidade de Tucuruí. O objetivo geral é investigar o perfil socioeconômico e nutricional de escolares. Para elencar a proposta desse estudo foram definidos os seguintes objetivos específicos: avaliar o perfil socioeconômico dos escolares participantes; avaliar o perfil nutricional dos escolares participantes e correlacionar o perfil socioeconômico com o nutricional. Salomons et al. (2007) afirma que a avaliação do estado nutricional de crianças em idade escolar é uma informação relevante sobre a saúde de uma população, sendo assim, uma importante medida para um melhor desenvolvimento infantil.

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ANÁLISE DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E ESTADO NUTRICIONAL EM

ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE TUCURUÍ, PARÁ / BRASIL.

Ananda Bastos Rocha

Licenciada em Educação Física [email protected]

Jonatha Pereira Bugarim Docente do CEDF/UEPA

[email protected]

Resumo O objetivo do presente estudo foi analisar e correlacionar o estado nutricional e o nível socioeconômico de escolares do município de Tucuruí-PA. Procedimentos Metodológicos: O público alvo foram 147 escolares, 66 meninas e 81 meninos na faixa etária entre 7 e 10 anos. Os participantes foram avaliados em relação ao peso e altura e coletadas as informações a respeito da situação socioeconômica da família, por meio do questionário sugerido pela Classificação econômica Brasil (ABEP). Para o cálculo do índice antropométrico, foi utilizado o software WHO Anthro plus, desenvolvido pela OMS que facilita o monitoramento do crescimento e desenvolvimento de indivíduos e populações. Resultados: Quanto ao estado nutricional, a maioria apresentou estatura adequada para a idade (62,58%), peso adequado para idade (65,46%) e eutrofia (87,65%) com o aparecimento de alguns casos de magreza (10,88%), sobrepeso (11,56%) e obesidade (8,84%) sendo que o percentual maior foi encontrado em crianças de 7 anos de idade. A avaliação da

situação socioeconômica mostrou que a maioria das famílias dos participantes se encontra na classe econômica C2 (32%) e D-E (38%). Conclusão: ao correlacionar as variáveis não se obteve associação significativa. Palavras-chave: Escolares. Estado Nutricional. Nível Socioeconômico.

INTRODUÇÃO

A problemática desse estudo é traçar o perfil nutricional e socioeconômico de

escolares de 07 a 10 anos da rede municipal de ensino da cidade de Tucuruí.

O objetivo geral é investigar o perfil socioeconômico e nutricional de

escolares. Para elencar a proposta desse estudo foram definidos os seguintes

objetivos específicos: avaliar o perfil socioeconômico dos escolares participantes;

avaliar o perfil nutricional dos escolares participantes e correlacionar o perfil

socioeconômico com o nutricional.

Salomons et al. (2007) afirma que a avaliação do estado nutricional de

crianças em idade escolar é uma informação relevante sobre a saúde de uma

população, sendo assim, uma importante medida para um melhor desenvolvimento

infantil.

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A infância é o período que se caracteriza por várias transformações no

desenvolvimento físico, psicológico e social, onde cada criança se desenvolve no

seu ritmo. Porém, quando ocorre um desequilíbrio nutricional tanto o

desenvolvimento quanto o crescimento da criança é prejudicado, deixando a mesma

vulnerável a agravos de saúde, como a desnutrição e obesidade (STEFANE, 2005).

Silva et al. (2005) descreve a condição socioeconômica como sendo influente

sobre o crescimento, pois dela depende a disponibilidade de alimentos e acesso a

informação.

De acordo com Williams (2007) crianças de países com menor nível

econômico apresentam déficits no crescimento. Porém, observa-se no mesmo pais

diferentes realidades entre crianças de famílias com maior poder aquisitivo das

crianças de famílias com menor poder aquisitivo.

Diante de tais informações definiu-se a seguinte questão norteadora: Qual a

relação do estado nutricional de crianças com a condição socioeconômica de suas

famílias?

A fundamentação teórica foi construída a parti de autores como Salomons et

al. (2007), Nogueira (2014), Perrone et al. (2015), Wolinsky e Hickson Jr (2002),

Malina et al. (2009), Mahan, Escott-Stump e Raymond (2012), Venturella et al.

(2013), Monteiro et al. (2014), Castro et al. (2005) e Ananias (2008).

1.1 ESTADO NUTRICIONAL

De acordo com Salomons et al. (2007) a avaliação do estado nutricional de

crianças em idade escolar é uma informação relevante sobre a saúde de uma

população, sendo assim, uma importante medida para um melhor desenvolvimento

infantil. Um estado nutricional inadequado pode causar problemas de desnutrição ou

excesso de peso.

A obesidade é a alteração mais grave do estado nutricional da criança, a

preferência por refeições fora de casa, ingestão de alimentos calóricos e a

diminuição da prática de atividade física regular são fatores que contribuem para o

aumento de pessoas com excesso de peso. A desnutrição é uma doença causada

pela carência de nutrientes essenciais para um desenvolvimento saudável (SOUZA,

2015).

No Brasil 6,8% das crianças sofrem com retardo de crescimento e 35,5% das

crianças de cinco a nove anos sofrem com o excesso de peso (Pesquisa de

Orçamentos Familiares, 2008-2009). Atualmente, o país passa por um processo de

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transição nutricional, devido a redução do baixo peso e crescente prevalência do

excesso de peso. Tanto a obesidade quanto a desnutrição são problemas de saúde

pública que merecem atenção, considerando o prejuízo que podem trazer ao

crescimento e desenvolvimento da criança (NOGUEIRA, 2014).

Segundo Perrone et al. (2015) alterações nutricionais podem expor crianças a

riscos graves de saúde, problemas interpessoais e sociais dentro de uma

comunidade. Assim, as alterações nutricionais estão entre os maiores desafios da

população brasileira devido ao processo de transição nutricional.

Em crianças desnutridas a um risco maior de morbidade, mortalidade, atraso

no desenvolvimento motor e metal. Entre os risco para crianças com excesso de

peso destacasse a elevação da pressão sanguínea, maior resistência à insulina e

diabetes tipo 2 (Salomons et al., 2007).

A avaliação do estado nutricional de escolares tem se tornado cada vez mais

importante para se obter informação sobre o crescimento da população analisada, e

é instrumento para prevenção e diagnostico de distúrbios nutricionais (Ministério da

Saude,2002).

Os distúrbios nutricionais podem prejudicar o desempenho físico e as

habilidades necessárias para realização de exercícios físicos. Diante disso a

nutrição é fundamental no desempenho funcional e para boa saúde em geral

(WOLINSKY E HICKSON JR, 2002).

A alimentação de uma criança é influenciada pelas pessoas com quem

convive no âmbito familiar e escolar. As crianças passam por mudanças nos hábitos

alimentares quando ingressam na escola, a instituição passa a ser sua fonte de

conhecimento sobre a alimentação, pois é na escola que elas passam a maior parte

do dia. (SOUZA et al., 2015)

O estado nutricional pode ser avaliado através de medidas antropométricas

como peso e altura, que está entre os métodos de avaliação nutricional mais

utilizado por ser de baixo custo, técnica simples, fácil interpretação e de aceitação

universal, pois é, utilizado em diversos estudos epidemiológicos (MAHAN, ESCOTT-

STUMP e RAYMOND, 2012). O estado nutricional nada mais é do que a relação

entre a ingestão alimentar diária e as necessidades nutricionais do indivíduo

(FISBERG; MARCHIONI; COLLUCI, 2009).

A nutrição e o crescimento estão diretamente ligados, uma vez que a

alimentação tem seu papel no processo de crescimento e o desequilíbrio na

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ingestão alimentar diária contribui para subnutrição, perda de peso, sobrepeso e

obesidade (MALINA et al., 2009).

Durante todo o processo de crescimento ocorrem mudanças no corpo da

criança, como a distribuição de nutrientes entre os sistemas do organismo no

entanto quando há uma má nutrição pode ocasionar o déficit de crescimento

(WILLIANS, 2007).

Mahan, Escott-Stump e Raymond (2012) afirmam que a avaliação nutricional

infantil, nas primeiras fases de vida, é fundamental para que se possa observar e

acompanhar o padrão de crescimento de um indivíduo assim podendo diagnosticar

se o mesmo se encontra no padrão nutricional ou não e se há alguma condição até

mesmo social que o afasta do padrão.

1.2 NIVEL SOCIOECONOMICO

O desenvolvimento e crescimento infantil sofrem influência de diversos fatores

que interagem entre si. Dentre esses fatores tem-se a influência socioeconômica

sobre o estado nutricional da criança (VENTURELLA et al.,2013).

A hipótese de que o nível socioeconômico influencia no estado nutricional da

criança, no que tange o acesso a uma boa alimentação, foi confirmada em estudo

que apresentou ser significativa a relação entre a renda familiar e a insegurança

alimentar (MONTEIRO et al., 2014). Portanto, as condições sociais e econômicas

das famílias, interferem no estado nutricional da criança, na ocorrência de alterações

nutricionais tanto de baixo peso, quanto de excesso de peso (MORAES, 2012).

A boa alimentação está fortemente relacionada ao poder aquisitivo das

famílias, de onde dependem a disponibilidade, a quantidade e a qualidade dos

alimentos consumidos (AQUINO, PHILIPPI, 2002).

Nos países em desenvolvimento os problemas de saúde e nutrição durante a

infância em sua maioria estão relacionados ao consumo alimentar inadequado e

infecções de repetição, sendo relacionadas com o padrão de vida da população, no

qual o acesso à alimentação, moradia e assistência à saúde estão incluídos

(CASTRO et al., 2005).

Ter acesso a uma alimentação adequada é fundamental para a promoção da

saúde de uma população e é um direito assegurado pela Constituição Brasileira

(MINISTERIO DA SAUDE, 2013). Dentre as políticas brasileiras de alimentação e

saúde destacam-se o Programa Bolsa Família (PBF) que tem como objetivo a

transferência de renda para promover o alívio imediato da pobreza, ter acesso a

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direitos sociais básicos nas áreas de saúde, educação e assistência social e o

desenvolvimento das famílias para que consigam superar a situação de

vulnerabilidade (MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL) e a Política

Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) que fundamenta-se na compreensão

de que a alimentação saudável é um direito humano, e na necessidade de articular e

buscar garantir a segurança alimentar e nutricional (SISVAN, 2011).

O governo brasileiro, desde 2003, vem priorizando a eliminação da fome e da

pobreza (ANANIAS, 2008) e a implantação de tais políticas sociais, tem

representado um papel importante na diminuição das iniquidades sociais,

principalmente com relação à desnutrição e à mortalidade infantil (MONTEIRO et al.,

2009).

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta investigação foi caracterizada como pesquisa de campo com uma

abordagem quantitativa, a coleta de dados foi realizada por meio do questionário

CCEB 2014 (Critério de Classificação Econômica Brasil 2014) da ABEP (Associação

Brasileira de Empresa de Pesquisas, 2012), que utiliza um sistema de pontos para

classificar as classes de acordo com a totalidade de posse de itens na residência,

grau de instrução do chefe da família e os Cortes do critério Brasil, dispondo de

resultados aproximados para mensurar o extrato mensal das famílias dos escolares

participantes.

Classe Pontuação Renda Familiar

A 45-100 R$ 11.037

B1 38-44 R$ 6.006

B2 29-37 R$ 3.118

C1 23-28 R$ 1.865

C2 17-22 R$ 1.277

D-E 0-16 R$ 895,00

Os instrumentos utilizados para coleta do Índice de Massa Corporal (IMC)

foram a balança antropométrica mecânica WELMY R-110 (Brasil) capacidade de

150kg com intervalos de 100g e o estadiômetro. O método utilizado para a análise

do desenvolvimento nutricional foi de acordo com as normas da OMS (2007), que

classifica crianças na faixa etária de 7 a 10 anos por estatura para idade, peso para

idade e IMC para idade. Os dados foram obtidos através do programa Who

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Antroplus, recomendado pela OMS, os resultados são apresentados em percentis e

escore – Z.

Para crianças de 5 a 10 anos (referência: OMS 2007)

Estatura para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade

> Percentil 0,1 e < Percentil 3

> Escore-z -3 e < Escore-z

-2

Baixa estatura para a idade

≥ Percentil 3 ≥ Escore-z -2 Estatura adequada para a idade

Peso para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade

> Percentil 0,1 e < Percentil 3

> Escore-z -3 e < Escore-z -2

Baixo peso para a idade

> Percentil 3 e < Percentil 97

> Escore-z -2 e < Escore-z +2

Peso adequado para a idade

> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade*

* Observação: este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do excesso de peso entre crianças. Avalie esta situação pela interpretação do IMC para Idade

IMC para Idade

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada

> Percentil 0,1 e < Percentil 3

> Escore-z -3 e < Escore-z -2

Magreza

> Percentil 3 e < Percentil 85

> Escore-z -2 e < Escore-z +1

Eutrofia

> Percentil 85 e < Percentil 97

> Escore-z +1 e < Escore-z +2

Sobrepeso

> Percentil 97 e < Percentil 99,9

> Escore-z +2 e < Escore-z +3

Obesidade

> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave

Observação: Não tem os parâmetros de peso-para-estatura na referência da OMS (2007)

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2.1. UNIVERSO, AMOSTRAGEM E AMOSTRA

2.1.2. Universo

O universo foi constituído de 147 crianças moradoras do município de

Tucuruí, no Estado do Pará, Brasil. Matriculadas e frequentadoras de escolas

públicas do município.

2.1.3. Amostragem

Partindo do universo do presente estudo, aplicou-se os seguintes critérios de

inclusão e exclusão.

Critério de inclusão

Ser matriculado no 2º ou 3º ano do ensino fundamental, ser do sexo

masculino ou feminino, ter idade entre 7 até 10 anos, ser saudável e estar apto

fisicamente para participar das aulas de Educação Física no ano de 2016 e ter

assinado do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de Participação

Consentida pelo responsável legal da criança convidada a participar do estudo.

Critérios de Exclusão

Ser portador de necessidades especiais e crianças que, por qualquer razão

tenham sido consideradas inaptas a participar das aulas de Educação Física.

2.1.4. Amostra

A amostra foi constituída de 147 crianças, saudáveis, sendo 81 do sexo

masculino e 66 do sexo feminino, distribuídas nas faixas etárias entre sete e dez

anos, moradoras do município de Tucuruí, frequentando as aulas em escola pública.

2.1.5. Ética da pesquisa

Este estudo atendeu às normas para realização de pesquisa em seres

humanos, de acordo a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

Os responsáveis legais dos participantes desse estudo foram orientados

sobre a pesquisa, informados quanto ao seu objetivo e, de forma espontânea,

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de Participação

Consentida. (TCLE).

A pesquisa não apresentou riscos aos participantes, levando em

consideração que durante a coleta de dados os métodos utilizados não foram

classificados como invasivos e os dados dos entrevistados são mantidos sob sigilo.

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4. RESULTADO E DISCUSSÃO

Perfil socioeconômico

Os resultados apresentados no gráfico abaixo mostram que a maioria das

famílias dos participantes se encontra na classe econômica C2 (32%) e D-E (38%),

ou seja, se encontram em vulnerabilidade socioeconômica.

Para Rissin et al (2011) os fatores socioeconômicos interferem no ambiente

do indivíduo, onde o local de residência pode ser um fator de risco ou proteção.

A condição socioeconômica é um fator que tem influencia sobre as condições

de saúde e qualidade de vida de uma população (GORE et al., 2012). Isto porque a

baixa condição econômica pode estar associada à desnutrição e posteriormente à

obesidade, devido à troca do padrão alimentar, ou seja, a preferência por ingerir

alimentos industrializados (ANJOS, 2006).

Gráfico 1: dados da análise do nível socioeconômico realizado através de um

questionário dirigido aos pais dos escolares participantes

Desenvolvimento nutricional

Em relação ao estado nutricional, temos as análises de estatura para idade,

peso para idade e IMC para idade, sendo que na idade de 10 anos não se aplica

peso para idade de acordo com WHO (2007) apenas estatura para idade e IMC para

idade. Os resultados são apresentados nas tabelas 1,2 e 3.

D-E 32%

C1

C2

11%

B2 38% 11%

A

B1

Nível Socioeconômico 2% 6%

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Gráfico 2: classificação geral do estado nutricional das 147 crianças

participantes

Os resultados apresentados no gráfico acima mostram que apenas 11% dos

participantes estão abaixo do peso e que 10% estão com sobrepeso e outros 10%

são obesos, a grande maioria (69%) se encontra em estado nutricional adequado,

ou seja, são eutróficos.

Os resultados encontrados nesta pesquisa corroboram com os resultados

obtidos no estudo de SILVA e ZURITA (2012) realizado com 86 alunos, onde a

maioria dos investigados apresentou um estado nutricional adequado.

Tabela 1: classificação para meninos e meninas referentes à estatura para

idade

Idade (anos)

N

Muito baixa estatura para

idade n(%)

Baixa estatura para

idade n(%)

Estatura adequada para idade

n(%)

Feminino 33 - 12 (36,36%) 21 (63,63%)

7 Masculino 34 3 (8,82%) 10 (29,41%) 21 (61,76%)

Geral 67 3 (4,47%) 22 (32,83%) 42 (62,68%)

Feminino 23 2 (8,69%) 9 (39,13%) 12 (52,17%)

8 Masculino 28 1 (3,57%) 7 (25%) 20 (71,42%)

Geral 51 3 (5,88%) 16 (31,37%) 32 (62,74%)

Feminino 6 2 (33,33%) 1 (16,66%) 3 (50%)

9 Masculino 15 2 (13,33%) 3 (20%) 10 (66,66%)

Geral 21 4 (19,04%) 4 (19,04%) 13 (61,90%)

Estado Nutricional

10% 11%

10% Baixo peso

Eutróficos

Sobrepeso

Obesidade

69%

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Feminino 3 - 1 (33,33%) 2 (66,66%)

10 Masculino 5 - 2 (40%) 3 (60%)

Geral 8 - 3 (37,5%) 5 (62,5%)

Feminino 66 4 (6,06%) 23 (34,84%) 39 (62,58%)

Total Masculino 81 6 (7,40%) 22 (27,16%) 53 (59,09%)

Geral 147 10 (6,80%) 45 (30,61%) 92 (62,58%)

Ao observarmos os resultados da variável estatura para idade, notamos que

todas as idades estudadas apresentaram maior porcentagem para estatura

adequada para idade. Sendo que as meninas de 7 e 8 anos apresentaram uma

porcentagem alta na baixa estatura para idade 36,36% e 39,13% respectivamente.

Tabela 2: classificação para meninos e meninas referentes ao peso para idade

Idade (anos)

N

Muito baixo peso para idade

n(%)

Baixo peso para idade

n(%)

Peso adequado para idade

n(%)

Peso elevado

para idade n(%)

Feminino 33 - 3 (9,09%) 20 (60,60%) 9 (27,27%)

7 Masculino 34 1 (2,94%) 3 (8,82%) 22 (64,70%) 8 (23,52%)

Geral 67 1 (1,49%) 6 (8,95%) 43 (64,17%) 17 (25,37%)

Feminino 23 1 (4,34%) 2 (8,69%) 15 (65,21%) 5 (21,73%)

8 Masculino 28 - 3 (10,71%) 21 (75%) 4 (14,28%)

Geral 51 1 (1,96%) 5 (9,80%) 36 70,58%) 9 17,64%)

Feminino 6 1 (16,66%) - 2 (33,33%) 3 (50%)

9 Masculino 15 1 (6,66%) 1 (6,66%) 9 (60%) 3 (20%)

Geral 21 2 (9,52%) 1 (4,76%) 12 (57,14%) 6 28,57%)

Feminino 61 2 (3,27%) 5 (8,19%) 37 (60,65%) 17 (27,86%)

Total Masculino 78 2 (2,56%) 7 (8,97%) 54 (69,23%) 15 (19,23%)

Geral 139 4 (2,87%) 12 (8,63%) 91 (65,46%) 32 (23,02%)

Ao observarmos os resultados da variável peso para idade, notamos que

todas as idades estudadas apresentaram maior porcentagem para peso adequada

para idade. Sendo que na faixa etária de 7 anos, encontra-se a maior porcentagem

no grupo peso elevado para idade, tanto no feminino (27,27%) quanto no masculino

(23,52%).

Gallahue e Donnelly (2008) afirmam que o crescimento e o desenvolvimento

são processos não lineares de aceleração, considerados mais rápidos na primeira

infância, desacelerando na infância e acelerando novamente na pré-adolescência.

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Tabela 3: classificação para meninos e meninas referentes ao IMC para idade

Idade (anos)

Magreza acentuad

a n(%)

Magreza n(%)

Eutrofia n(%)

Sobrepeso n(%)

Obesidade n(%)

Obesidade grave n(%)

Feminino 1 (3,03%) 3 (9,09%) 20 (60,60%) 5 (15,15%) 2 (6,06%) 2 (6,06%)

7 Masculino - 5 (14,70%) 23 (67,64%) 4 (11,76%) 1 (2,94%) 1 (2,94%)

Geral 1 (1,49%) 8 (11,94%) 43 (64,17%) 9 (13,43%) 3 (4,47%) 3 (4,47%)

Feminino - 1 (4,34%) 18 (78,26%) 3 (13,04%) 1 (4,34%) -

8 Masculino - 4 (14,28%) 21 (75%) 1 (3,57%) 2 (7,14%) -

Geral - 5 (9,80%) 39 (76,47%) 4 (7,84%) 3 (5,88%) -

Feminino - - 4 (66,66%) 2 (33,33%) - -

9 Masculino - 2 (13,33%) 11 (73,33%) - 1 (6,66%) 1 (6,66%)

Geral - 2 (9,52%) 15 (71,42%) 2 (9,52%) 1 (4,76%) 1 (4,76%)

Feminino - - 1 (33,33%) 1 (33,33%) 1 (33,33%) -

10 Masculino - - 3 (60%) 1 (20%) 1 (20%) -

Geral - - 4 (50%) 2 (25%) 2 (25%) -

Feminino 1 (0,68%) 4 (2,72%) 43 (29,25%) 11 (7,48%) 4 (2,72%) 2 (1,36%)

Total Masculino - 11 (16,66%) 58 (87,87%) 6 (9,09%) 5 (7,57%) 2 (3,03%)

Geral 1 (1,23%) 15 (18,51%) 71 (87,65%) 17 (20,98%) 9 (11,11%) 4 (4,93%)

Ao observarmos os resultados da variável IMC para idade, notamos que todas

as idades estudadas encontram-se em sua maioria no nível eutrófico, sendo que na

idade de 7 anos foi apresentada a menor porcentagem tanto no feminino (60,60%)

quanto no masculino (67,64%).

Malina, Bouchard e Bar-Or (2009) afirmam que os momentos de aceleração e

desaceleração do crescimento e desenvolvimento infantil tem influência nas

mudanças do IMC infantil durante o seu período de crescimento e desenvolvimento.

Sousa et al. (2014) obtiveram resultados semelhantes do presente estudo, ao

analisarem crianças de 7 a 11 anos, observaram que 89,7% da amostra apresentou

peso normal.

A avaliação do estado nutricional ainda se baseia predominantemente no

IMC (GUEDES, 2006). Nesse estudo, foram encontrados escolares com alterações

nutricionais destacando aqueles com excesso de gordura, segundo o IMC,

classificados em sobrepeso, obesidade e obesidade grave, são 30 (20,40%) no total,

em que 13 (8,84%) são meninos e 17 (11,56%) são meninas.

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Segundo Popkin (2004) a cada ano a prevalência da obesidade cresce em

torno de 0,5% no Brasil. E o sobrepeso atinge cerca de 16% das crianças e as mais

atingidas pertencem a classe com melhor poder aquisitivo (GIUGLIANO, 2004).

Estimasse que 40 a 80% das crianças com obesidade e 50% das crianças de 7 anos

que são obesas se tornarão adultos obesos (CATANEO, 2005).

Novos estudos e estratégias são fatores importantes para continuar

avaliando o crescimento e desenvolvimento infantil e os fatores associados.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que, de acordo com os critérios do WHO, a maior parte dos

escolares (69%) estão dentro da faixa de normalidade. Porém, há um percentual

significativo com excesso de gordura (20%), sendo o percentual maior encontrado

em crianças de 7 anos de idade.

As famílias dos escolares participantes encontraram-se, em sua maioria, nas

classes C2 e D-E, com renda média bruta baixa e ao observarmos o grau de

associação entre as variáveis, não se obteve associação significativa.

Contudo, a intervenção nutricional é necessária, pois se sabe que as

alterações nutricionais podem causar diversos danos à saúde, ao crescimento e

desenvolvimento infantil.

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ANALYSIS OF THE SOCIOECONOMIC PROFILE AND NUTRITIONAL STATUS IN SCHOOLS IN THE MUNICIPALITY OF TUCURUÍ, PARÁ / BRAZIL.

Abstract Objective of the study present was to analyze and correlate the nutritional status and the socioeconomic level of students in the city of Tucuruí-PA. Methodological Procedures: The target audience was 147 students, 66 girls and 81 boys in the age group between 7 and 10 years. Participants were evaluated in relation to weight and height and collected the regarding information the socioeconomic situation of the family, through the questionnaire suggested by the Brazilian Economic Classification (ABEP). For the calculation of the anthropometric index, WHO Anthro plus software developed by WHO was used to facilitate the monitoring of the growth and development of individuals and populations. Results: As to nutritional status, the majority presented adequate height for age (62.58%), adequate weight for age (65.46%) and eutrophy (87.65%) with the appearance of some cases of thinness (10, 88%), overweight (11.56%) and obesity (8.84%). The highest percentage was found in 7-year-old children. The evaluation of the socioeconomic situation showed that the majority of the families of the participants are in the economic class C2 (32%) and D- E (38%). Conclusion: when correlating the variables, no significant association was obtained. Key-words: School children. Nutritional status. Socioeconomic Level.

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