anÁlise do rendimento e eficiÊncia na produÇÃo de...
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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
JOCEMIR LUIZ TEDESCO
ANÁLISE DO RENDIMENTO E EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO DE
DORMENTES DE Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN EM
SERRARIA DE PEQUENO PORTE.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Il
DOIS VIZINHOS 2014
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JOCEMIR LUIZ TEDESCO
ANÁLISE DO RENDIMENTO E EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO DE
DORMENTES DE Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN EM
SERRARIA DE PEQUENO PORTE.
Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 2, do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Câmpus Dois Vizinhos, como requisito para aprovação na disciplina.
Orientador: Prof. Dr. Marcos Aurélio Mathias de Souza
DOIS VIZINHOS
2014
2
Ficha catalográfica elaborada por Rosana Oliveira da Silva CRB:9/1745
T256a Tedesco, Jocemir Luiz. Análise do rendimento e eficiência na produção de dormentes
de Eucalyptus grandis Hill Exmaidenem serraria de pequeno porte – Dois Vizinhos: [s.n], 2014.
33 f.; il. Orientador :Marcos Aurélio Mathias de Souza. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. Curso de Engenharia Florestal. Dois Vizinhos, 2014.
Inclui bibliografia 1.Madeira-resíduos 2.Eucalipto I.Souza, Marcos Aurélio Mathias
de, orient. II. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Dois Vizinhos. III.Título
CDD: 674.8
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TERMO DE APROVAÇÃO
ANÁLISE DO RENDIMENTO E EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO DE DORMENTES DE
Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN EM SERRARIA DE PEQUENO PORTE.
por
JOCEMIR LUIZ TEDESCO
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado em 25 de fevereiro de 2014 como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Florestal. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.
__________________________________ Prof. Dr. Marcos Aurélio Mathias de Sousa
Orientador
___________________________________ Prof. Dra. Flavia Alves Pereira
Membro titular UTFPR
___________________________________ MSc. Felipe R. Alcides Membro titular UTFPR
- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso -
Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Dois Vizinhos
Curso de Engenharia Florestal
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, fonte da ciência, por toda força nessa caminhada. Aos meus pais Anselmo Tedesco e Gerci Tedesco pelo amor e carinho, por
todos os esforços para que eu alcançasse meus objetivos e realizasse meus sonhos, e pela compreensão pelos momentos em que me ausentei.
Aos meus irmãos Olcemir L. Tedesco e Claudir J. Tedesco e a minhas cunhadas Gisele da Silva Tedesco e Roberta B. Tedesco pelo apoio, nos momentos em que não puder comparecer com meus afazeres e os mesmos o fizeram.
Às minhas sobrinhas Alessandra L. Tedesco, Ana L. Tedesco e Estela C. Tedesco por simplesmente existirem e colocarem em mim a alegria e a vontade de vencer.
Ao meu concunhado Carlos da Cruz e cunhada Patrícia Guollo da Cruz pelo carinho e apoio nos dias em que foi realizado este trabalho.
À minha namorada Karina Guollo pelo amor, companheirismo, carinho, apoio, força e otimismo, pelos anos de convivência e por todos os momentos de felicidade que me proporcionou.
Aos meus melhores amigos Julyandro A. Parteca e Leandro R. Zanella por todo apoio, ajuda e companheirismo no decorrer do curso.
Às colegas de sala, Leiliane Klima, Letícia Hreçay, Jessica Ramão e Marcia Soares, pela ajuda, conversas, convivência e amizade.
Ao professor Dr. Marcos Aurélio Mathas de Souza pelas horas de orientação, aprendizado e motivação, que juntas, culminaram no conhecimento agregado para a realização desse trabalho.
A todos que torceram e acreditaram em mim e que de alguma forma, contribuíram para que este trabalho fosse concluído.
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RESUMO
TEDESCO, JOCEMIR L. Análise do rendimento e eficiência na produção de dormentes de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden em serraria de pequeno porte. 2014. 36 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso Superior de Engenharia Florestal. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, 2014.
Muitas indústrias de madeira serrada no Brasil ainda apresentam estrutura pouco desenvolvida e baixa produtividade, e sua sobrevivência no mercado depende grande parte da eficiência técnica dos processos produtivos. É primordial analisar todas as fases do processo de produção onde é caracterizado o balanço de materiais e pela avaliação do rendimento da indústria. Os estudos sobre o rendimento e a eficiência na produção de dormentes são escassos. Tendo em vista que este é um processo de produção que teve início há muitos anos atrás, é de suma importância que sejam realizadas pesquisas nesse âmbito, as quais podem trazer resultados importantíssimos para a indústria madeireira, mitigando a geração de resíduos e aumentando o rendimento e a eficiência das mesmas. Diante dos resultados analisados pode-se dizer que a classe diamétrica de 25 - 35 cm é a mais indicada para a produção de dormentes em comparação com as demais classes analisadas. A análise dos fatores conicidade e achatamento para a produção de dormentes para este estudo não foi significativo na explicação do rendimento em classes diamétricas. De modo geral, o aumento do diâmetro das toras resultou em aumento da eficiência operacional. Assim, a serraria foi classificada com desempenho satisfatório, com base na sua eficiência e em todo trabalho produtivo.
Palavras-chave: Geração de resíduos de madeira. Eucalipto.
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ABSTRACT
TEDESCO, JOCEMIR L. Analysis of performance and efficiency in the production of dormant Eucalyptus grandis Hill ex Maiden small sawmill. 2014. 36 f. Completion of course work (Graduation) - Degree in Forest Engineering. Federal Technological University of Paraná, Dois Vizinhos, 2014. Many industries of lumber in Brazil still have undeveloped and low productivity structure, and its survival in the market depends largely technical efficiency of production processes. It is essential to analyze all stages of the production process which is characterized in the material balance and assessing the performance of the industry. Studies on yield and efficiency in the production of sleepers are scarce. Considering that this is a production process that started many years ago, it is critical that research be conducted in this area, which can bring very important for the timber industry results, mitigating the generation of waste and increasing yield and efficiency thereof. Analyzed before the results can be said that the diameter class of 25 - 35 cm is the most suitable for the production of sleepers compared with other classes analyzed. The examination of flatness and taper factors for production of railway sleepers for this study was not significant in explaining yield diameter classes. Overall, the increase in diameter of the logs has resulted in increased operational efficiency. Thus, the mill was classified as satisfactory performance, based on efficiency and throughout the productive work. Keywords: Generation of waste wood. Eucalyptus.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Representação do município de Santa Maria do Oeste sobre a imagem do
estado do Paraná. ..................................................................................................... 11
Figura 2 - Linha de produção principal da serraria. ................................................... 12
Figura 3 - Agrupamento das toras de acordo com sua classe diamétrica com auxílio
de empilhadeira. ........................................................................................................ 13
Figura 4 - Processo produtivo em serra fita principal. ............................................... 14
Figura 5 - Dormentes produzidos. ............................................................................. 14
Figura 6 - Reaproveitamento de resíduos gerados na produção de dormentes. ...... 15
Gráfico 1 - Correlação simples entre rendimento e achatamento de toras de
Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN. ...................................................................... 25
Gráfico 2 - Correlação simples entre rendimento e conicidade de toras de Eucalyptus
grandis HILL EX MAIDEN. ........................................................................................ 26
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Volume cubado em toras sem casca, volume médio de dormentes
produzidos e resíduos gerados no processo produtivo por tora de Eucalyptus grandis
HILL EX MAIDEN. ..................................................................................................... 19
Tabela 2 - Volume de resíduos, reaproveitamento, cavacos e serragem gerados no
processo produtivo por classe diamétrica de Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN.
.................................................................................................................................. 20
Tabela 3 - Rendimento do processo produtivo de dormentes de Eucalyptus grandis
HILL EX MAIDEN, por classe diamétrica. ................................................................. 21
Tabela 4 - Eficiência do processo produtivo de dormentes de Eucalyptus grandis
HILL EX MAIDEN, por classe diamétrica durante o período de experimento e por dia
de trabalho. ............................................................................................................... 22
Tabela 5 - Achatamento e conicidade de toras de Eucalyptus grandis HILL EX
MAIDEN, por classe diamétrica. ................................................................................ 24
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 5
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 7
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 11
3.1 CÁLCULOS REALIZADOS ................................................................................. 15
3.2 PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS .................................................................. 18
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 19
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 27
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 29
3
1 INTRODUÇÃO
O Gênero Eucalyptus, originário da Austrália e da Indonésia possui mais de
500 espécies, é o mais plantado no mundo. Os países que se destacam em plantios
comerciais são a Índia, África do Sul, China, Itália, Israel, Argentina, Chile, países
Árabes e Brasil, contudo cerca de 90 países possuem plantios comercias deste.
Chegou ao Brasil em 1825 como planta ornamental e a primeira introdução foi em
1868 (ANDRADE, 1961, p. 54). No ano de 1903, começou a ser empregado na
produção de dormentes ferroviários e lenha para alimentar as locomotivas da época.
Nos dias de hoje das suas fibras se faz a celulose para a produção de papel, tecido
sintético e cápsulas de remédios. Já a madeira é utilizada para inúmeros fins, como
na produção de móveis, acabamentos e estruturas da construção civil, pisos, postes
e mastros para barcos. Dele também são extraídos produtos não madeiráveis como
o óleo essencial, muito utilizado na fabricação de produtos de limpeza, alimentícios,
perfumes e remédios. E através do nectar de suas flores se produz mel de ótima
qualidade (BERTOLA, 2006, p. 8).
Segundo Silva (2003, p. 4):
“Navarro de Andrade, pioneiro na introdução desta espécie no Brasil, quando iniciou o plantio do eucalipto, queria resolver o problema, que era fornecer à Ferrovia Paulista de Estradas de Ferro, combustível para as suas locomotivas e madeiras para postes e dormentes”.
O uso de dormentes a partir de madeira de eucalipto proporcionam algumas
vantagens, das quais pode-se citar: Ciclo de colheita inferior ao da madeira nativa, o
que possibilita maior rapidez para reflorestamento e maior produtividade; Sua
durabilidade pode variar em função da espécie utilizada, forma e tipo de tratamento
e utilização adequada de placas anti-rachaduras (gang nail); Reaproveitamento dos
dormentes usados (VILAÇA, 2009, p. 47).
Segundo o DNIT (2012, p. 1) (Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes), dormentes são estruturas localizadas na direção transversal ao eixo
da Via Permanente, onde se encontram os trilhos ferroviários, e possuem como
função o suporte para os trilhos, mantendo a estabilidade da via frente às variações
de temperatura, esforços estáticos e dinâmicos; receber os esforços transmitidos
pelos trilhos e repassá-las às camadas inferiores (lastro ou laje); manter a geometria
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da via permanente. Estes podem ser constituídos de madeira, concreto armado ou
protendido, concreto bi bloco e aço.
A preocupação com a preservação das florestas nativas faz com que a
utilização da madeira de reflorestamento, principalmente a de eucalipto, seja
crescente (FERREIRA et al., 2004, p. 11). Além de que, possuem valor comercial
competitivo, comparado as madeiras nativas (VALENÇA et al., 2002, p. 86).
O uso sustentável de florestas plantadas se torna primordial no que se diz
respeito a evitar desperdícios desnecessários de madeira, bem como aumentar o
rendimento e a eficiência nos processos de fabricação de produtos que provém
deste bem.
O rendimento e a eficiência são parâmetros, que fornecem uma “visão” do
desempenho de uma serraria, ou seja, dá a possibilidade de se verificar se as
operações vêm sendo executadas de forma correta (ROCHA, 1999, p. 22). Este
rendimento pode variar de acordo com o volume total de madeira em tora utilizada
pela serraria, do tipo de desdobro utilizado, das dimensões finais da peça desejada,
das máquinas utilizadas e do tipo de mão-de-obra utilizada.
Muitas serrarias sejam estas de pequeno, médio ou grande porte, ainda se
destacam pela geração de resíduos provenientes do processamento da madeira.
Isto se dá pelo uso inadequado da matéria-prima, e pela falta de conhecimento das
propriedades básicas da madeira. Com o aumento exponencial que se observa do
volume de madeira desdobrada, consequentemente há cada vez mais
disponibilização de resíduos gerados, estes que muitas vezes não são destinados
ao mercado e acabam sendo esquecidos no pátio das serrarias, ou eliminados de
forma incorreta.
A destinação incorreta dos resíduos pode gerar problemas acentuados ao
meio ambiente como o assoreamento e poluição dos rios, poluição do ar devido a
queima para a eliminação dos mesmos, e também ocorrer a liberação de resina no
solo em algumas espécies (coníferas). Fato esse que pode ser analisado, estudado
e solucionado caracterizando-se o rendimento produtivo dessas indústrias, os
fatores que acarretam a geração de resíduos, a quantidade e o tipo de resíduos
gerados, e também a possível utilização que pode ser dada aos mesmos.
Diante do exposto, é primordial analisar todas as fases do processo de
produção onde é caracterizado pelo balanço de materiais e pela avaliação do
rendimento da indústria (BRAND et al., 2002, p. 247-259).
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Os estudos sobre o rendimento e a eficiência na produção de dormentes são
escassos, tendo em vista que este é um processo de produção que teve início há
muitos anos atrás, é de suma importância que sejam realizadas pesquisas nesse
âmbito, as quais podem trazer resultados importantíssimos para a indústria
madeireira, mitigando a geração de resíduos e aumentando o rendimento e a
eficiência das mesmas.
Considerando o baixo grau tecnológico utilizado pela maioria das serrarias de
pequeno porte, é de grande interesse tanto do ponto de vista técnico quanto
econômico a realização de um estudo que analise o desempenho e rendimento na
produção de dormentes.
Dentro deste contexto e sabendo que não existem estudos voltados à
eficiência e rendimento específicos para a produção de dormentes de Eucalyptus
grandis HILL EX MAIDEN, conhecer as características do processo produtivo em
uma serraria de pequeno porte é de extrema importância. Torna-se indispensável o
conhecimento de métodos e técnicas adequados que visem o aumento do
rendimento e da eficiência, e, contudo da diminuição dos resíduos gerados, podendo
assim colocar no mercado um produto de qualidade e com maior valor agregado.
1.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo da realização do trabalho foi fazer a caracterização do processo
produtivo de uma serraria de pequeno porte, localizada no município de Santa Maria
do Oeste-PR, distrito de São Manoel que produz dormentes a partir de Eucalyptus
grandis HILL EX MAIDEN, para a verificação do rendimento e eficiência da empresa.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos do presente trabalho compreendem:
- Verificação do rendimento por classe de diâmetro;
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- Quantificação de resíduos por classe de diâmetro;
- Quantificação do reaproveitamento por classe de diâmetro;
- Quantificação do volume de cavaco e serragem gerados;
- Mensuração do volume de dormentes produzidos;
- Correlação entre conicidade e rendimento;
- Correlação entre achatamento e rendimento;
- Eficiência do processo produtivo.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O EUCALIPTO
O Gênero Eucalyptus, é originário da Austrália e da Indonésia e possui mais de
500 espécies. Chegou ao Brasil em 1825 como planta ornamental e a primeira
introdução foi em 1868 (ANDRADE, 1961, p. 54).
A área de abrangência natural do Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN ocorre
ao norte de Nova Gales do Sul e ao sul, norte e centro de Queensland, onde as
altitudes chegam até 600 m, na área de maior ocorrência e entre 500 e 1.100 m nas
áreas ao norte. Na parte sul o clima típico é o subtropical úmido e tropical úmido,
onde a temperatura máxima do mês mais quente chega a 30º C, e a mínima a 3º C.
Já ao norte os valores variam de 29 a 32º C e 10 a 17º C (EMBRAPA, 1988 p. 27).
O Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN é uma espécie considerável, sendo uma
das mais usadas para diversos usos e movelaria (SIMULA; TISSARI, 1998 apud
ROCHA, 2000, p.20). Sua madeira é leve e de fácil trabalhabilidade, porém
apresenta certa rigidez, tendo coloração de tom branco rosado (FERREIRA, 1979, p.
8).
Espécies de Eucalyptus começaram a ser empregadas na produção de
dormentes no ano de 1903, e são umas das mais indicadas para este fim
(BERTOLA, 2006, p. 5).
2.2 O USO DE DORMENTES
Os primeiros dormentes ferroviários utilizados em 1820 eram feitos de pedra,
mas apresentaram problemas de rigidez e inabilidade para segurar a bitola, portanto
com o tempo sendo inutilizados. Ao mesmo tempo faziam-se testes com o uso de
dormentes de madeira em Boston, tendo ótima aceitação. As primeiras peças eram
produzidas a partir de madeiras de carvalho, pinho, cedro, castanheira, cipreste
entre outras (SILVA, 2003, p. 4).
8
Um dormente, fazendo parte da estrutura da ferrovia, deve transmitir ao lastro
as cargas recebidas pelos trilhos quando da passagem do material rodante, servir de
suporte para os trilhos permitindo sua fixação e manter a bitola da linha, sendo estas
suas principais funções (SUCENA, 2004, p. 27).
Podem ser classificados de acordo com sua geometria em roliço, semi-roliço,
duas faces e prismáticos (SILVA, 2003, p. 4). Os dormentes do tipo roliço
apresentam cortes horizontais apenas nas extremidades onde se localizam os
pontos de pregação. Já o semi-roliço apresenta apenas uma parte serrada. Os de
duas faces possuem duas faces serradas e duas faces abauladas, e, por fim o
dormente prismático apresenta as quatro faces serradas, portanto a peça é
quadrada, esta sendo a mais utilizada, sequencialmente dormentes de duas faces e
dormentes roliços.
As dimensões nominais dos dormentes podem ser de 16 cm (altura), 22 cm
(largura) e 200 cm (comprimento) quando a bitola é métrica, e 17 cm, 24 cm e 280
cm, respectivamente para altura, largura e comprimento, para bitola larga (entre
eixos dos trilhos afastados 160 cm) (SILVA, 2003, p. 5).
Uma das vantagens de se utilizar dormentes de madeira é que estes podem
ser reutilizados no fim de sua vida útil, podendo ser destinado ao uso como mourões
(ALVES; SINAY, [2005?], p. 5).
2.3 RENDIMENTO E EFICIÊNCIA
Ainda há falta de pesquisas relacionadas à produção de dormentes,
especificamente à técnicas utilizadas em serrarias, seja esta de pequeno, médio ou
grande porte, de que melhorem os rendimentos para a produção dos mesmos.
Uma serraria de pequeno porte pode ser classificada como aquela que
trabalha com 7 a 10 operários, tendo uma produção diária de até 50 m³, com uma
eficiência de 6,5 a 9 m³/operário/dia, e que possua um mínimo de máquinas de cada
tipo, sendo uma para desdobro, uma para corte longitundinal, e uma para corte
transversal (PYSCOIA, 199-, p. 8-9).
9
Segundo Rocha (1999, p. 22), o rendimento de uma serraria pode ser definido
como “A relação entre o volume de toras serradas num determinado período de
tempo e o volume de madeira serrada obtido destas toras”.
No entanto, existe possibilidade de haver variação no rendimento dentro de
uma mesma classe de diâmetro, devido fatores relacionados com a qualidade das
toras, como a conicidade que é o afinamento da tora, o achatamento que é um
desvio da forma circular da tora e a tortuosidade, acentuando-se o problema em
toras de menores diâmetros, as quais resultam em perdas de madeira afetando o
rendimento (MANHIÇA, 2010, p. 14; VITAL, 2008 p. 151-152).
Alguns estudos mostram diferentes rendimentos em madeira serrada de
diversas espécies e para serrarias de diversos portes, estes que podem ser afetados
pela qualidade da madeira e também pelo nível de tecnologia utilizada no processo
produtivo.
Para folhosas um rendimento de 45% e 55% é considerado normal, já para
coníferas este rendimento varia entre 55% a 65%. Isto se dá pelo fato de que o
alburno das coníferas ser utilizável e por estas apresentarem troncos de menor
tortuosidade (GOMIDE, 1974 apud BATISTA; CARVALHO, 2007, p. 42-43).
Pode-se contudo afirmar que não somente a espécie afeta o rendimento, mas
que este será maior ou menor em função da qualidade dos povoamentos, dos
equipamentos, técnicas de desdobro e da qualificação profissional dos operários
(ROCHA, 2002, p. 78).
A quantificação de resíduos gerados no processo produtivo de uma serraria
também se torna primordial, pois, de fato não há como avaliar o rendimento sem
avaliar o mesmo.
Os resíduos em uma serraria podem ser definidos como os subprodutos
gerados a partir do desdobro e também da utilização da madeira. Portanto, a casca,
a costaneira, as pontas, as aparas, as lascas, os nós, o pó de serra e a maravalha
são classificadas como resíduos (NUMAZAWA et al., 2003 apud MELO et al., 2012,
p. 114).
Segundo Fontes (1994, p. 16) a quantidade de resíduos obtido depende de
vários fatores, contudo, os principais são as propriedades da madeira e o tipo de
sistema de produção. Porém estes resíduos podem ser aproveitados, como matéria-
prima para a produção de pastas e celulose, de chapas e de compostos orgânicos,
bem como promover a auto suficiência energética da própria indústria.
10
Todo processo produtivo pode ser ou não eficiente. Se a mão-de-obra, o
maquinário e os recursos produtivos são eficientes, não quer dizer que o produto
final seja de qualidade ou que a meta tenha sido alcançada. Para a melhoria da
eficiência se faz necessário identificar e conhecer as ineficiências dos processos
produtivos, tendo em vista que produzir de forma eficiente é ter capacidade de no
menor tempo possível fazer o melhor e o máximo que puder.
A eficiência de uma serraria pode ser expressa como a relação entre o
volume de toras serradas em um período de tempo e o número de operários
envolvidos em todas as operações de desdobro (ROCHA, 1999. p. 23), e dentre os
principais fatores que interferem em uma maior ou menor eficiência podemos citar o
layout dos equipamentos na serraria, o uso de equipamentos novos ou em boas
condições operacionais, e automatização de alguns processos (WALTER et al.,
1993 apud VITAL, 2008, p. 41).
Alguns autores empregaram com sucesso o rendimento, e a eficiência como
ferramentas para analisar o comportamento de serrarias de pequeno porte
(BATISTA; CARVALHO, 2007, p. 37; BATISTA, et al., 2013, p. 271).
Devido à falta de planejamento e de técnicas adequadas, a produtividade é
baixa e um volume significativo de madeira é perdido na serraria. Este desperdício
aumenta, desnecessariamente. Com um processamento adequado nas serrarias
pode-se reduzir os impactos ecológicos negativos e tornar a atividade
economicamente mais atrativa, devido ao uso mais eficiente da madeira, dos
equipamentos, dos insumos e da mão-de-obra.
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3 MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho foi realizado tomando-se como sistema a linha de
produção de serraria de pequeno porte com uma capacidade produtiva média em
madeira serrada de 300 m3/mês. A mesma está localizada no município de Santa
Maria do Oeste-PR, como mostra a Figura 1, a qual produz dormentes a partir de
Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN entre outros produtos, onde foi verificado o
rendimento, eficiência e a quantificação de resíduos gerados.
Figura 1 - Representação do município de Santa Maria do Oeste sobre a imagem do estado do Paraná. Fonte: O autor (2013).
A serraria constitui-se de uma serra-fita com diâmetro de volantes de 0,9 m e
potência do motor de 30 CV e RPM de 1700, com a qual foi realizado o desdobro
12
principal das toras. Para a adequação do reaproveitamento foi utilizada uma serra
fita horizontal de mesmas dimensões e potência da serra fita que realizou o
desdobro principal. O refilo foi realizado numa serra circular com disco de 30 cm de
diâmetro e potência do motor de 3 CV. Para o destopo foi utilizada uma
destopadeira com disco de 25 cm de diâmetro e potência do motor de 3 CV. Para a
retirada da serragem foi utilizada uma esteira de com 3490 RPM e 5.5 CV. Para a
picagem dos resíduos utilizou-se um picador de faca com motor de 40 CV.
A linha de produção da serraria em questão, com as máquinas mencionadas
anteriormente, pode ser visualizada na Figura 2, abaixo.
Figura 2 - Linha de produção principal da serraria. Fonte: O autor (2013).
O período de levantamento de dados ocorreu em 5 dias (4 horas/dia), onde
foram processadas 80 toras divididas em quatro classes diamétricas (Classe 1: 25 a
35 cm; Classe 2: 35,1 a 40 cm; Classe 3: 40,1 a 45 cm; Classe 4: 45,1 a 50 cm),
sendo 20 toras para cada classe, e cada classe por sua vez é correspondente a um
tratamento.
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Todas as toras foram cubadas para a obtenção do volume e logo
classificadas por suas classes diamétricas. Para a diferenciação das classes
diamétricas no processo produtivo, os topos das toras foram marcadas com tintas de
diferentes cores. Sendo a Classe 1, marcada com a cor branca, Classe 2 de cor
amarela, Classe 3 de cor verde, e Classe 4 de cor vermelha.
Após a identificação das classes diamétricas com tintas de diferentes cores
essas foram agrupadas de acordo com sua classe, com auxilio de uma empilhadeira
VALMET com torre e garfo VANTEC, esta com capacidade de 2.5 toneladas, como
mostra a Figura 3.
Figura 3 - Agrupamento das toras de acordo com sua classe diamétrica com auxílio de empilhadeira. Fonte: O autor (2013).
Em seguida, as toras foram empilhadas sobre “cavaletes”, próximas a serra
fita principal, onde logo após foram serradas, como mostra a Figura 4, para
dimensionamento em largura e altura segundo as especificações do produto final
(dimensões do dormente: 2 m x 0,22 m x 0,16 m). A serragem das toras se deu de
forma sistemática.
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Figura 4 - Processo produtivo em serra fita principal. Fonte: O autor (2013).
Após o desdobro principal, os dormentes foram separados para realização do
destopo final (Figura 5), e aplicação das placas anti-rachaduras, e cubagem para
cálculos posteriores.
Figura 5 - Dormentes produzidos. Fonte: O autor (2013).
15
Os resíduos da produção dos dormentes foram reaproveitados para a
produção de tábuas de duas dimensões (2,8 x 12 x 200 cm; 2,8 x 6 x 200 cm), como
mostra a Figura 6.
Figura 6 - Reaproveitamento de resíduos gerados na produção de dormentes. Fonte: O autor (2013).
3.1 CÁLCULOS REALIZADOS
O volume de madeira bruta que entra no processo produtivo foi determinado
tomando-se os diâmetros das duas extremidades (d1 e d2), sendo que o diâmetro
médio (D) de cada tora foi tomado como referência, tanto para classificação
diamétrica quanto para cálculo de volume. O comprimento das toras também foi
obtido para o cálculo. Todas as toras foram mensuradas sem casca.
Depois de tomadas as medidas de todas as toras, para obtenção do volume
real, utilizou-se a Equação 1 conforme metodologia de Biasi (2005, p. 23):
V= (π.D2. L /40000) (1)
Onde:
16
V: volume da tora (m3);
D: diâmetro médio da tora (cm);
L: comprimento da tora (m).
O valor numérico da conicidade das toras foi calculado pela Equação (2),
citada por Vital (2008, p. 151).
C(%)= (((d1+d2)/2)-((d3+d4)/2)/(Lvx100))x100 (2)
Onde:
C: conicidade (%);
d1e d2: diâmetro da extremidade mais grossa da tora (cm);
d3 e d4: diâmetro da extremidade mais fina da tora (cm);
L: comprimento da tora (m).
O achatamento das toras foi calculado pela Equação (3), citada por Vital
(2008, p. 153).
A(%)=(d/D)x100 (3)
Onde:
A: achatamento (%);
D: maior diâmetro em determinada face (cm);
d: menor diâmetro em determinada face (cm).
Para a determinação do volume do produto acabado (dormente), foi realizada
a cubagem de uma peça gerada, tendo em vista que as mesmas possuíam
dimensões iguais (2 m x 0,22 m x 0,16 m), logo, medindo o comprimento, espessura,
e largura e da peça, para aplicação na Equação 4:
V= L * b * e (4)
Onde:
V: volume peça (m3);
L: comprimento da peça (m);
17
b: largura média da peça (m);
e: espessura média da peça (m).
As peças obtidas do reaproveitamento também foram mensuradas, e suas
dimensões aplicadas na Equação 4, mostrada anteriormente, para obtenção do
volume.
O volume de resíduos do processo produtivo foi determinado com base na
diferença entre o volume da tora e o volume das peças de dormentes, obtidos no
processamento mecânico, utilizando-se a Equação 5 a qual procede da metodologia
de Dutra; Nascimento (2005, p. 8).
Vresíduo= Ventrada - Vsaída (5)
Onde:
Vresíduo: volume de resíduo gerado (m3);
Ventrada: volume de madeira bruta que entra no processo produtivo (m3);
Vsaída: volume de madeira processada (m3).
Para a determinação do rendimento, também chamado de coeficiente de
serragem, coeficiente de transformação ou fator de rendimento, adotou-se como
base o princípio de balanço de material, o qual consiste na determinação de entrada
(matéria-prima) e saída (produto final), onde foi empregada a Equação 6, citada por
Vital (2008, p. 39), a qual expressa a relação entre o volume produzido de madeira
serrada e o volume utilizado de madeira em forma de tora.
R% = (ΣVt/ ΣV).100 (6)
Onde:
R%: rendimento em madeira serrada obtida de um lote (%);
ΣVt: somatória dos volumes de todos os dormentes fabricados no lote (m3);
ΣV: somatória dos volumes de todas as toras do lote (m3).
A eficiência foi calculada segundo a Equação 7 (GOMIDE, 1974 apud
BATISTA; CARVALHO, 2007, p. 33):
E = (N * V)/O (7)
18
Onde:
E: eficiência (m³/ operário/ dia);
N: número de toras processadas por dia (unidade);
V: volume por tora (m³);
O: número de operários (unidade).
3.2 PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS
O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado. Foi realizada uma
análise estatística simples, com teste de comparação de médias da análise de
variância. O teste de comparação de médias utilizado foi o Teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
Os tratamentos foram as classes diamétricas das toras. Sendo estas: 25 - 35
cm; 35,1 - 40 cm; 40,1 - 45 cm e 45,1 - 50 cm. Foram utilizadas 20 repetições (toras)
para cada classe. As variáveis analisadas são o rendimento do processo produtivo,
rendimento por classe diamétrica, geração de resíduos, eficiência, conicidade e
achatamento. As análises foram realizadas no programa estatístico ASSISTAT,
versão 7.6 beta.
19
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Apresentar-se-á todas as análises obtidas durante a realização do programa
experimental, conforme metodologia descrita no tópico 3, cujos resultados serão
apresentados em forma de tabelas para elucidar melhor a compreensão.
Tabela 1 - Volume cubado em toras sem casca, volume médio de dormentes produzidos e resíduos gerados no processo produtivo por tora de Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN.
CLASSES DE
DIÂMETRO (cm)
VOLUME MÉDIO/ TORA
(m3) - entrada
VOLUME MÉDIO/
DORMENTE (m3) - saída
RESÍDUOS/
TORA (m3)
25,0 - 35 0.14566 d 0.07040 c 0.07526 c
35,1 - 40 0.23750 c 0.07040 c 0.16710 b
40,1 - 45 0.29559 b 0.11968 b 0.17591 b
45,1 - 50 0.37134 a 0.14080 a 0.23054 a
CV% 5.95 16.50 16.85
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância. Fonte: O autor (2013).
Nota-se na Tabela 1, que o volume médio de dormentes produzidos foi maior
para a maior classe de diâmetro de 45,1 - 50 cm diferindo-se estatisticamente das
demais classes, consequentemente esta gerou a produção de mais resíduos por
tora.
Para as classes de 25 - 35 cm e 35,1- 40 cm obteve-se a produção de apenas
um dormente. Para a classe 40,1 - 45 a produção de dormente variou entre 1 e 2
dormentes por tora, e a classe 45,1 – 50 cm produziu 2 dormentes por tora.
Para a geração de resíduos observa-se que conforme se diminui a classe de
diâmetro de toras, diminui-se também a geração dos mesmos, contudo, a classe
35,1 – 40 cm e 40,1 – 45 não diferiram entre si.
A baixa geração de resíduos em uma serraria é primordial. Tendo em vista
que uma classe de diâmetro menor proporciona um melhor rendimento comparado
ao rendimento de uma tora de grandes dimensões que gera grandes resíduos.
Sendo que estes resíduos gerados em uma serraria que produz apenas dormentes
20
não são viáveis, pois a destinação dos mesmos não agrega valor ao produto. Muitas
vezes é vendido por preços mais baixos ou apenas transformado em cavacos,
exigindo uma maior demanda de mão de obra.
Tabela 2 - Volume de resíduos, reaproveitamento, cavacos e serragem gerados no processo produtivo por classe diamétrica de Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN.
CLASSES DE
DIÂMETRO (cm)
RESÍDUOS DE
20 TORAS (m3)
REAPROVEITAMENTO
(m3)
CAVACO/SERRAGEM
(m3)
25,0 – 35 1,5052 0,37296 1,13224
35,1 – 40 3,3420 1,04832 2,29368
40,1 – 45 3,5182 0,85008 2,66812
45,1 - 50 4,6108 1,51872 3,09208
Fonte: O autor (2013).
Os resíduos gerados de forma geral para todas as repetições podem ser
visualizados na Tabela 2. Como mostrado anteriormente na Tabela 1,nota-se que
quanto maior a classe diamétrica consequentemente maior é a geração de resíduo.
O reaproveitamento se deu na produção de tábuas. Para a classe 1 (25 – 35
cm) obteve-se 43 tábuas com dimensões de 2,8 x 12 x 200 cm e 25 tábuas de
dimensões 2,8 x 6 x 200 cm. Para a classe 2 (35,1 – 40 cm) obteve-se 111 tábuas
com dimensões de 2,8 x 12 x 200 cm e 40 tábuas de dimensões 2,8 x 6 x 200 cm.
Para a classe 3 (40,1 – 45 cm) obteve-se 105 tábuas com dimensões de 2,8 x 12 x
200 cm e 43 tábuas de dimensões 2,8 x 6 x 200 cm, e para a classe 4 (45,1 – 50
cm) obteve-se 173 tábuas com dimensões de 2,8 x 12 x 200 cm e 106 tábuas de
dimensões 2,8 x 6 x 200 cm.
Nota-se que o maior aproveitamento de resíduos se deu para a maior classe
de diâmetro a qual também produziu maior número de dormentes e maior geração
de cavaco e serragem. E a classe de menor diâmetro gerou menor quantidade de
resíduo, reaproveitamento, cavaco e serragem.
21
Tabela 3 - Rendimento do processo produtivo de dormentes de Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN, por classe diamétrica.
CLASSES DE DIÂMETRO (cm) RENDIMENTO MÉDIO (%)
25,0 – 35 49.05340 a
35,1 – 40 29.73040 c
40,1 – 45 40.60551 b
45,1 - 50 38.00494 b
CV% 16.85
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância. Fonte: O autor (2013).
Para a variável rendimento do processo produtivo pode-se visualizar na
Tabela 3 que a classe de 25 - 35 cm mostrou melhor resultado chegando a 49%,
esta que diferiu significativamente das demais classes. Nota-se também que a
classe de 35,1 - 40 cm mostrou-se pouco eficiente e teve menores resultados para o
rendimento, obtendo apenas 29 pontos percentuais, diferindo-se das demais. Isto
pode ser explicado por esta ser uma classe intermediária, onde consegue-se atingir
a produção apenas de 1 dormente por tora e consequentemente há uma maior
geração de resíduos do que uma classe inferior onde se produz a mesma
quantidade de dormentes e a geração de resíduos é menor.
Para as classes de 40,1 - 45 cm e 45 - 50 cm não houve diferença
significativa na produção, estas que variaram de 38 à 40,6%. Porém para a classe
de 40,1 - 45 cm ora se obteve a produção de apenas 1 dormente por tora, ora se
obteve a produção de 2 dormentes por tora, devido as características físicas
apresentadas pelas mesmas.
Resultado inferior foi encontrado em estudo que caracterizou os resíduos de
uma indústria madeireira no estado do Pará, com utilização de três espécies nativas
observou-se um rendimento máximo de 41,20% (NASCIMENTO et al., 2006, p. 08-
21). No mesmo estado, Hillig et al. (2006, p. 04-06), estudando o rendimento médio
de dez serrarias, obtiveram uma variação de 27% a 55% entre as mesmas.
Resultado diferente foi encontrado em estudo realizado por Biasi e Rocha
(2007, p. 95), onde o rendimento em madeira serrada não apresentou diferenças
significativas entre classes diamétricas para as espécies de cedrinho (Erisma
uncinatum), cambará (Qualea albiflora) e itaúba (Mezilaurus itauba).
22
De acordo com os dados obtidos pode-se dizer que o eucalipto analisado
possui um baixo rendimento volumétrico na produção de dormentes quando
comparado a espécies nativas na produção de madeira serrada, como espécies de
alta densidade como a itaúba (Mezilaurus itauba) com rendimento de 54% (BIASI;
ROCHA, 2007, p. 95) e Angelim pedra (Dinizia excelsa) com 66,2% (TONINI;
ANTONIO, 2004, p. 4).
Tabela 4 - Eficiência do processo produtivo de dormentes de Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN, por classe diamétrica durante o período de experimento e por dia de trabalho.
CLASSES DE
DIÂMETRO (cm)
EFICIÊNCIA
(m3/operário/experimento)
EFICIÊNCIA (m3/operário/dia)
25,0 – 35 0.58265 d 2,66355 a
35,1 – 40 0.94999 c 2,67665 a
40,1 – 45 1.18237 b 2,45305 b
45,1 - 50 1.48535 a 2,65854 a
CV% 5.95 7,68
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância. Fonte: O autor (2013).
Na Tabela 4, pode-se analisar que eficiência obtida no experimento diferiu
significativamente entre todas as classes diamétricas e cresceu conforme aumentou-
se o diâmetro da classe. Considerando que esses resultados são para o
processamento das 20 toras para casa classe, sendo que a Classe 25 – 35 cm foi
processada em um tempo de 105 minutos, a Classe de 35,1 – 40 cm em 170,36
minutos, a Classe de 40,1 – 45 cm em 231,36 minutos e a Classe 45,1 – 50 cm foi
processada em 268,18 minutos.
Esta tendência também foi verificada por Biasi (2005, p. 27) na sua pesquisa
em que pretendia determinar e avaliar o rendimento em madeira, geração de
resíduos e eficiência de três espécies tropicais em diferentes classes diamétricas.
Isto pode ser explicado devido ao fato de que uma tora de maior dimensão
exige maior número de operações para se chegar as dimensões finais do produto
desejado. Sendo que tirando-se filetes de menor diâmetro as tensões existentes no
corpo da tora diminuem, consequentemente rachaduras e abaulamentos são
evitados e proporcionam a geração de um produto final de melhor qualidade.
23
Nota-se que a eficiência máxima obtida foi de 1,48 m3/operário/experimento, e
a mínima foi de 0,58 m3/operário/experimento.
Para a eficiência estimada por dia de trabalho, obtida através da eficiência
real do experimento, pode-se analisar que a Classe de 40,1 – 45 cm foi a classe que
apresentou menor resultado e que diferiu-se das demais, tendo em vista que ora
produziu-se um dormente e ora produziu-se dois dormentes por tora, aumentando
assim o número de processos, ou seja maior tempo para produção em relação às
demais classes.
Segundo Rocha (2002, p. 68) a eficiência em serrarias pouco automatizadas
e de pequeno porte no Amazonas chega a 0,3 m3/operário/dia apenas. Isso mostra
que a eficiência encontrada na produção de dormentes com eucalipto no presente
estudo foi considerável, extremamente superior ao encontrado no Amazonas.
Em estudo realizado por Biasi (2005, p. 27) o autor obteve uma eficiência
inferior onde alcançou médias de 0,55 m3/operário/dia para a espécie cedrinho
(Erisma uncinatum), 0,48 m3 /operário/dia para a espécie cambará (Qualea
albiflora) e 0,44 m3/operário/ dia para a espécie itaúba (Mezilaurus itauba) na
produção de tábuas.
Resultado superior foi encontrado em estudo realizado por Batista et al.
(2013, p. 274) em uma serraria de pequeno porte do Espírito Santo, sendo a
eficiência média igual a 5,06 m3 /operário/dia na produção de pontaletes, tábuas e
ripas de 20 mm de espessura, 30 mm de largura e comprimento variável.
Em outro estudo, a eficiência média de uma serraria de pequeno porte
processando toras de eucalipto foi igual a 4,96 m3/operário/dia. A produção era
resumida em peças quadradas de seção transversal igual a 90 mm e tábuas de
90 mm de largura e 20 mm de espessura, todas com comprimento variável
(BATISTA; CARVALHO, 2007, p. 32).
A eficiência indica a demanda de toras de uma serraria, importante para o
planejamento de suas operações. No entanto, de um modo geral, a eficiência é
afetada por alguns fatores como as características da madeira (espécie, dureza e
presença de defeitos), técnicas de desdobro, operador (número e experiência), lay-
out da serraria, características e condições dos equipamentos, grau de automação
da serraria, entre outros (ROCHA, 2002; TSOUMIS, p. 74, 1991, p. 232).
24
Tabela 5 - Achatamento e conicidade de toras de Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN, por classe diamétrica.
CLASSES DE DIÂMETRO (cm) ACHATAMENTO (%) CONICIDADE (%)
25 – 35 91.80062 a 0.87830 b
35 – 40 87.18515 b 1.68655 a
40 – 45 91.13912 ab 1.05935 ab
45 – 50 91.09731 ab 1.10119 ab
CV% 5.82 75.26
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância. Fonte: O autor (2013).
Na Tabela 5, podemos analisar as variáveis conicidade e achatamento. Nota-
se para a variável achatamento que a menor classe de diâmetro foi a que obteve
maior achatamento, contudo não diferiu significativamente das classes de 40,1 – 45
cm e 45,1 – 50 cm, estas que também não diferiram da classe 35,1 – 40 cm.
O valor mínimo de achatamento foi 87,18 para a classe de 35,1 – 40 cm, valor
considerado defeito, de acordo com a norma brasileira de madeira serrada (IBDF,
1984, p. 22).
Para os resultados de conicidade, percebe-se que a classe que obteve o
menor resultado foi a classe de menor diâmetro com 0,87830%, não diferindo-se
significativamente das classes de 40,1 – 45 cm e 45,1 – 50 cm, estas que também
não diferiram da classe 35,1 – 40 cm, da mesma forma como ocorreu para o
achatamento. Resultado semelhante foi encontrado por Vale et al. (2002, p. 293),
que analisaram a conicidade em toras de 6 m de comprimento de diferentes clones
de eucalipto.
A classe que obteve maior conicidade foi de 35,1 – 40 cm com 1,68655%,
porém não diferiu das classes 40,1 – 45 cm e 45,1 – 50 cm. De qualquer forma,
segundo a norma brasileira de classificação de toras (IBDF, 1984, p. 22), a
conicidade é considerada defeito apenas quando apresentar valor superior a 3%.
No entanto, existe possibilidade de haver variação no rendimento dentro de
uma mesma classe de diâmetro, devido fatores relacionados com a qualidade das
toras, como a conicidade que é o afinamento da tora, o achatamento que é um
desvio da forma circular da tora as quais resultam em perdas de madeira afetando o
rendimento (MANHIÇA, 2010, p. 14; VITAL, 2008 p. 151-152).
25
Para mostrar a correlação entre as variáveis achatamento e conicidade com
rendimento, abaixo estão demonstrados os Gráficos 1 e 2.
Para as variáveis rendimento e achatamento mostradas no Gráfico 1, obteve-
se uma correlação fraca e positiva (r: 0,2330; significativo a 5% de probabilidade), ou
seja, um variável não depende da outra. Portanto o aumento ou não do rendimento
não pode ser explicado pelo fator achatamento.
Gráfico 1 - Correlação simples entre rendimento e achatamento de toras de Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN. Fonte: O autor (2013).
Para as variáveis rendimento e conicidade mostradas no Gráfico 2, obteve-se
também uma correlação fraca, porém esta foi negativa (r: -0,2305; significativo a 5%
de probabilidade), ou seja, o grau de conicidade das toras não teve qualquer
influência direta sobre o rendimento.
Iwakiri (1990, p. 274) avaliando rendimento médio para 20 espécies de
árvores observou o mesmo resultado onde o grau de conicidade das toras não
influenciou o rendimento.
Rendimento
Achatamento
26
Gráfico 2 - Correlação simples entre rendimento e conicidade de toras de Eucalyptus grandis HILL EX MAIDEN. Fonte: O autor (2013).
A conicidade e o achatamento de toras são consideradas primordiais nas
análises de rendimento dos processos produtivos, porém no estudo realizado não
apresentaram nenhuma influência significativa.
Rendimento
Conicidade
27
5 CONCLUSÕES
De modo geral, o aumento do diâmetro das toras resultou em aumento da
eficiência operacional. A eficiência média está dentro do esperado para uma serraria
de pequeno porte e com as características intrínsecas de matéria-prima processada,
nível de automação, mecanização, maquinário e mão de obra.
Assim, a serraria foi classificada com desempenho satisfatório, com base na
sua eficiência e em todo trabalho produtivo.
Diante dos resultados analisados conclui-se que a Classe diamétrica de 25 -
35 cm é a mais indicada para a produção de dormentes em comparação com as
demais classes analisadas. Tendo em vista que apresentou o melhor rendimento,
pois foi a classe em que houve a melhor adequação do diagrama de corte, ou seja,
melhor relação entre diâmetro das toras e produtos gerados.
A análise dos fatores conicidade e achatamento para a produção de
dormentes para este estudo não foi significativo na explicação do rendimento em
classes diamétricas. Porém é necessário que se realize mais estudos voltados à
produção deste elemento e que outros intervalos de classes sejam analisados para
que se possa então afirmar ou não a eficiência de se analisar estes fatores.
28
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o término deste estudo algumas sugestões podem ser dadas visando a
melhoria da empresa, sendo assim, indica-se que esta trabalhe com toras de classe
diamétrica de 25 – 35 cm pois além de produzir menor quantidade de resíduos,
estas exigem máquinas de menor porte no seu transporte no pátio da serraria,
menor quantidade de força para mudar a posição das mesmas no carro de toras e
por apresentar uma melhor trabalhabilidade sendo que a serraria não é
automatizada.
Aconselha-se também:
- substituição das serra principal;
- aquisição de um carro com estrutura pneumática;
- aquisição de um painel de controle da serra principal,
- aquisição de um painel de energia;
- substituição das instalações elétricas;
- troca da serra circular refiladeira por uma serra múltipla de discos;
- troca da destopadeira, devido ao fato da mesma estar sucateada;
- obtenção de esteiras para que se diminua o os riscos de problemas
ergonômicos por excesso de força realizado no processo produtivo.
Para que o desempenho da serraria passe de satisfatório a excelente o
investimento em novas máquinas e mecanização simples, adequação de layout,
planejamento da manutenção, planejamento e controle da produção, e treinamento
dos operários, também aumentará a eficiência da serraria, porém, é necessário
realizar um estudo da viabilidade econômica da aquisição desses equipamentos.
29
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30
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