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Ap
rova
do
CURS
O CURSO CONCEITO EM APROVAÇÃO
A
Prof. Joaquim Bispo
O seu espaço de preparação para concursos públicos
1
Aulas
Caro aluno, esta apostila está atualizada de acordo com o edital e com questões dos últimos concursos.
Independente de qualquer banca organizadora para concursos, os conteúdos de Língua Portuguesa,
Redação e interpretação textual, sempre serão cobrados em qualquer edital.
“ Qual o tamanho do seu apetite para o sucesso?”
Aula Conteúdo Página
0 Interpretar as instruções da Banca Examinadora 3
1 Tipologia e Gêneros Textuais 7
2 Tipos de Textos Dissertativos 10
3 Como fazer uma boa redação ? 16
4 Passo a passo de como desenvolver o tema 18
5 Como Elaborar o Primeiro Parágrafo? 22
6 Conceitos Gramaticais - Pontuações 26
7 Como Elaborar o Desenvolvimento? 30
8 Conceitos Gramaticais - Conjunções 34
9 Como Elaborar A conclusão ? 36
10 Conceitos Gramaticais - Uso dos PORQUÊS / Onde/Aonde 38
11 Sintetizando o que aprendeu/ Simulados 39
12 Evite alguns erros na sua Redação 40
13 ANEXOS : tabelas e exemplos diversos de redações 41 -69
COMENTÁRIO DO PROFESSOR-JOAQUIMBISPO
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REDAÇÃO
Tipologia e Gêneros Textuais
Estrutura de Uma Redação
Conceitos Gramaticais
Redação Dissertativa Argumentativa
Construção passo a passo de Uma Redação
Considerações de Textos Dissertativos
O QUESE ESTUDA EM REDAÇÃO?
STUDA SINTETIZANDO O QUE APRENDEMOS – PARTE 1
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Tipo de Redação cobrado em Concursos:
1 – Tema da atualidade sem roteiro 2 – Tema de atualidade com roteiro 3- Tema específicos do Edital 4 – Estudo de Caso 5 –Pergunta Discursiva 6 -Parecer
Cesgranrios
FCC
IADES
QUADRIX
CESPE
FUNIVERSA
CESPE
FUNIVERSA
ESAF
FCC
CESPE
FUNIVERSA
CESPE
FUNIVERSA
F G V
Somente em provas específicas: auditor, analista, consultor ( CESPE, ESAF ).
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Quando um concurso está para ser lançado, muitos concursandos ficam ansiosos para saber qual será a
organizadora daquele certame. Isso porque cada uma possui uma característica. E, para que você conheça um
pouco melhor sobre as principais bancas, nós preparamos uma postagem que vai te fazer entender um pouco
melhor como funciona a prova de cada uma, confira:
EPL ( Empresa Paranaense de Licitações )
A EPL – Empresa Paranaense de Licitações e Concursos foi criada visando atender a Administração
Pública direta e indireta, fundações e autarquias, buscando desenvolver atividades com qualidade e
transparência, para isso contamos com apoio de profissionais competentes e experientes. Fundada em
2011.
FCC (Fundação Carlos Chagas):
A Fundação Carlos Chagas (FCC) trabalha com os conteúdos de maneira direta e objetiva. São características
da banca as questões de múltipla escolha. Podemos observar uma boa distribuição das questões ao longo da
prova, o que faz com que sejam cobrados todos os tópicos do edital.
Prova: Na prova da FCC, é possível encontrar uma ou outra questão doutrinária ou jurisprudencial. Contudo,
sem medo de errar, podemos dizer que a maior parte da prova é composta por questões literais, “letra da lei”,
ou, como ouvimos no mundo dos concursos, a lei “seca”.
Atenção: Um bom conselho é o estudo atento da legislação. O candidato não pode se deter apenas a manuais,
doutrinas e jurisprudências. Com esse cuidado no estudo, o candidato terá grandes chances de ser aprovado.
Além disso, duas matérias podem enganar os concurseiros novatos: Informática e Língua Portuguesa. A
maioria acredita que conhece profundamente essas matérias, no entanto, na hora da prova, acabam esquecendo
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onde ficam os menus e comandos dos aplicativos de escritório, fazem alguma confusão de conceito ou algo do
gênero. Por isso, reserve uma parte do seu dia para aprender essas duas matérias.
Dica:
. Faça as provas anteriores.
• Estude os conteúdos propostos pela banca, observando questões anteriores de concursos de mesmo nível ou
nível inferior.
Dificuldade:
• O grau de dificuldade que encontramos é de médio a difícil. Vale a pena ler as alternativas propostas e
depois partir para o enunciado das questões. Por apresentar uma relação coesa entre as diversas questões, uma
breve leitura da prova pode auxiliar o candidato a responder outras questões.
Cesgranrio:
A banca tem por característica distribuir proporcionalmente as questões por todos os itens do edital. Sendo
assim, é necessário que o candidato estude todo o conteúdo proposto, pois dificilmente algum item não será
cobrado. Vale lembrar que o estilo da Cesgranrio é semelhante ao da Fundação Carlos Chagas (FCC). Na
matéria de Atualidades, ela cobra elementos do cotidiano, o que torna necessário uma leitura detalhada dos
fatos presentes na mídia nacional, tanto impressa quanto virtual. Alguns textos são extraídos do Jornal O
Globo.
Prova: A banca também tem por costume a utilização de gráficos e imagens, exigindo do candidato
capacidade de visualização e de interpretação. Mais uma vez, vale ressaltar, a importância dos temas
divulgados na imprensa nacional. As charges são reproduzidas, por isso, existe certa vantagem em o candidato
já ter visto a matéria citada.
A banca organiza concursos federais e estaduais. Uma dica interessante é estudar o perfil das questões da
banca através da resolução de provas da FCC, devido à semelhança entre as duas. Como já foi dito, as bancas
trabalham relativamente com o mesmo conceito de prova. A Cesgranrio não elabora provas muito longas nem
com enunciados muito complexos. Dessa forma, o controle de tempo é secundário. O foco deve estar na
abordagem que a banca dá aos conteúdos do edital. As questões são bem diretas e objetivas, e isso acaba
sendo um problema para o concursando “menos” atenciosos, que podem “cair” nas pegadinhas por vezes
trazidas pela banca.
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FGV – Fundação Getúlio Vargas:
As questões da Fundação Getúlio Vargas são de múltipla escolha, em geral com cinco alternativas para
resposta. É uma banca que realiza concursos em nível federal, estadual e municipal, além do Exame de
Ordem, que ocorre três vezes ao ano para os bacharéis em Direito que pretendam se tornar advogados.
Com relação às disciplinas de Direito, alternam questões complexas com outras fáceis, sendo a grande maioria
texto de lei, porém, não dá para deixar de lado o conhecimento doutrinário, pois pode aparece nas provas.
Dificuldade:
• A complexidade varia conforme o nível de escolaridade, cargo e instituição. A FGV, em alguns concursos,
traz questões relacionadas ao dia-a-dia do cargo. Tenha atenção neste ponto.
• É uma banca que cobrará todo o conteúdo do edital, não dá para deixar de ler nada.
• Muitas das questões, principalmente em Português, trazem textos longos, o que pode tornar a prova
cansativa, esteja preparado.
Cespe/UnB:
A banca Cespe/Unb (Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) tem se destacado
nos últimos anos, sendo a principal organizadora de provas para concursos públicos e, o que é mais
importante, não cometendo muitos erros em seu processo.
A Cespe/UnB organiza os principais concursos nacionais, contudo, uma área se destaca nesse cenário: as
carreiras policiais. Instituições como: Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento
Penitenciário Federal (DEPEN) e Polícia Civil do DF (PCDF) são alguns dos concursos contemplados com a
formatação padrão de cobrança de questões e da prova discursiva. Além disso, a banca foi responsável pelos
concursos do Ministério Público da União, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Ministério de Minas e
Energia.
Prova: A Cespe/UnB tem duas formatações nas cobranças das questões. A primeira (menos usada) é a
formatação padrão das demais bancas organizadoras, ou seja, múltipla escolha. No entanto, a formatação
clássica, que dá destaque especial à banca, é a formatação “certo ou errado”.
A banca faz uma afirmação ou negação no texto e o candidato tem que dizer se está certo ou errado. A cada
questão que o candidato erra, existe uma pena que retira uma das questões que ele acertou e as questões
deixadas em branco ou com dupla marcação não são apenadas.
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Cuidado: O candidato que pretende fazer um concurso dessa banca deve ter em vista que a preparação é
distinta, pois o estilo de prova não é o tradicional. Além disso, é preciso entender que a resolução de
exercícios antes da prova é fundamental para garantir uma boa colocação no concurso.
Banca Esaf:
A banca Escola de Administração Fazendária (EsAF) é o órgão integrante da estrutura do Ministério da
Fazenda responsável pelo recrutamento, em todo o território nacional, de servidores para o desempenho de
funções na gestão das finanças públicas. Confira todas as informações sobre a banca:
Confiabilidade: Em comparação com outras bancas, a EsAF vem se colocando ao longo de sua história como
uma das mais sérias e responsáveis organizadoras de concurso público do país. Os certames organizados por
ela não vêm apresentando grandes problemas de organização ou fraude, o que traz maior confiabilidade e
segurança para os candidatos.
Concursos realizados: Alguns concursos tradicionalmente organizados por ela se destacam por ter
envergadura maior, trazendo notoriedade à banca, como: Ministério da Fazenda, Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil e Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil.
Dificuldade: Em comparação com as de outras bancas, suas provas possuem um grau de dificuldade elevado
em função da complexidade e profundidade com que são cobradas algumas matérias, como: português e
exatas. Com questões de múltipla escolha (a, b, c, d, e), seus textos são normalmente extensos e complexos,
tornando a resolução das questões mais trabalhosa, demorada e cansativa.
Além disso, você precisa ser muito bom em todas as matérias. Confira:
1. Média por matéria ou grupo de matérias: de nada adianta ser o melhor em algumas matérias, acertando
tudo, e não fazer os mínimos nas outras. São inúmeros os relatos de candidatos que ficam com ótima
pontuação, o que lhes garantiria as primeiras colocações, mas que acabam desclassificados por uma única
questão em uma matéria específica.
2. Administração do tempo: em função da complexidade com que as matérias são cobradas, dificilmente o
candidato tem tempo suficiente para analisar e resolver com calma todas as questões, o que aumenta em muito
a possibilidade de errar. Como é necessária a média por matéria ou grupo de matérias, é mais importante se
preocupar com a aprovação antes da classificação.
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DÚVIDAS E CURIOSIDADES
1 – Qual a diferença entre TEMA e TÍTULO?
R-
2- Se tiver de colocar título, é preciso letra cursiva, ou pode ser letra de forma?
R-
3 - O que faço se errar uma palavra quando estiver passando A limpo minha redação?
R-
4 - Após dar o meu título, posso pular uma linha, professor ?
R-
5 – Quantos erros eu posso cometer sem perder pontuação ?
R-
6- Posso começar a minha redação fazendo perguntas?
R-
A REDAÇÃO RECEBERÁ NOTA 0 (ZERO) SE APRESENTAR UMA DAS
CARACTERÍSTICAS A SEGUIR:
• fuga total ao tema;
• não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa;
• extensão de até 7 (sete) linhas;
• apenas cópia integral de texto(s) motivador(es) e/ou da Proposta de Redação e/ou de textos
motivadores apresentados no Caderno de Questões;
• impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação;
• parte deliberadamente desconectada do tema proposto;
• assinatura, nome, apelido ou rubrica fora do local devidamente designado para a assinatura
do participante;
• texto integralmente em língua estrangeira; e
• folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho.
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A sua redação precisa fazer sentido
Para que seu texto seja claro, compreensível e possa transmitir a ideia que você queira passar, é
importante que ele tenha duas características: coesão e a coerência. Entenda o que são esses conceitos e
saiba como utilizá-los em suas redações.
Deve-se ter em mente que escrever não é apenas colocar palavras no papel. É preciso trabalhar muito para
ter um bom texto. Então aí vai uma dica: para começar, pense no fim! Isso mesmo! Qual a finalidade do
seu texto? O que você quer com ele? Responda então, para si mesmo, às seguintes questões:
1- Qual a finalidade do texto? Para que ele serve?
2 - Qual o assunto? Sobre o que vou escrever?
3 - Quem vai ler o meu texto?
4 - Qual tipo de texto vou fazer?
Texto Dissertativo-Argumentativo
O texto Dissertativo-Argumentativo é baseado na defesa de uma ideia por meio de argumentos e
explicações, a partir de um determinado tema ou assunto. Portanto, trata-se de um texto opinativo cujo
objetivo central reside na formação de opinião do leitor, ou seja, caracteriza-se por tentar convencer ou
persuadir o interlocutor. Não obstante, o texto é dissertativo pois propõe expor ideias sobre determinado
tema; e também argumentativo, porque utiliza de estratégias argumentativas para produzi-lo
Estruturação de um texto Dissertativo-Argumentativo
Embora o texto dissertativo-argumentativo siga o padrão dos modelos de redação, ou seja, "Introdução,
Desenvolvimento e Conclusão"; esse tipo de texto é pautado nas "Estratégias Argumentativas" que,
sobretudo, convencerão o leitor mediante argumentos coerentes. Dessa forma, estas estratégias são
recursos para justificar os argumentos como, por exemplo: pesquisa e levantamento de dados, exemplos,
informações, comparações, explicações, citações.
Para melhor exemplificar, as etapas necessárias para produzir um texto dissertativo-argumentativo são:
Problema: No momento inicial busca-se o problema, ou seja, os fatos sobre o tema pretendido e,
ademais a tese (ideia central do texto).
Opinião: Para que o texto tenha propriedade, nesse caso, a opinião pessoal sobre o tema reforçará
a argumentação. Assim, o importante é que por meio da tese, buscar uma verdade pessoal ou juízo
de valor sobre o tema abordado.
Texto Dissertativo
Como Fazer uma Boa Redação?
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Argumentos: O mais importante de um texto dissertativo-argumentativo é a organização, clareza
e exposição dos argumentos. Para tanto, é importante selecionar exemplos, fatos e provas a fim de
assegurar a validade de sua opinião, sem deixar de justificar.
Conclusão: Nesse momento busca-se a solução para o problema exposto. Assim, é interessante
apresentar a síntese da discussão, a retomada da tese (ideia principal) e além disso, a proposta de
solução do tema com as observações finais.
O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que expõe a opinião sobre
determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentação lógica, coerente e coesa.
A estrutura de um texto dissertativo está baseada em três momentos:
1. Introdução: Também chamada de "Tese", nesse momento, o mais importante é expor a ideia
central sobre o tema de maneira clara. Importante lembrar que a Introdução é a parte mais
importante do texto e por isso deve conter a informações que logo desenvolverá.
2. Desenvolvimento: Também chamada de "Anti-Tese" ou "Antítese", nessa parte do texto é que
se desenvolve a argumentação por meio de opiniões, dados, levantamentos, estatísticas, fatos e
exemplos sobre o tema, a fim de que sua tese (ideia central) seja defendida com propriedade.
3. Conclusão: O próprio nome já supõe que é necessário concluir o texto. Em outras palavras, não
deixamos um texto sem concluí-lo e, por isso, esse momento é chamado de "Nova Tese" por ser
um momento de fechamento das ideias, e principalmente da inserção de uma nova ideia, ou seja,
uma nova tese
4. Tipos de Dissertação
Existem dois tipos de dissertação: a Dissertação Expositiva e a Dissertação Argumentativa.
1 - Texto Dissertativo Argumentativo
Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese (ideia central) a partir de boa
argumentação, exemplos, fatos.
2 -Texto Dissertativo Expositivo
É a exposição de ideias, teorias, conceitos sem necessariamente tentar convencer o leitor.
Características do texto dissertativo-expositivo
Com o intuito de informar e esclarecer, o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por:
utilizar uma linguagem clara e objetiva;
ser de fácil compreensão por diversas pessoas;
apresentar muita informação sobre um determinado assunto;
especificar conceitos e definições;
realizar descrições de características;
recorrer a enumerações, comparações e contrastes para clarificar os conceitos.
mostrar exemplos dos assuntos abordados.
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Exemplos de Texto Dissertativo
Segue abaixo exemplos de textos dissertativos nas duas modalidades, ou seja, argumentativo e expositivo:
Texto Dissertativo Argumentativo
Texto Dissertativo Expositivo
SINTETIZANDO: O QUE É DISSERTAR?
Locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo, caracterizando um substantivo. A maior parte das locuções adjetivas é formada pela preposição de mais um substantivo. Há, no entanto, locuções adjetivas formadas por advérbios e pelas preposições sem, com, em,… Algumas locuções adjetivas se encontram diretamente relacionadas com um adjetivo, outras não. Assim, em alguns casos é possível a substituição da locução adjetiva por um adjetivo, em outros não. A utilização de locuções adjetivas permite uma maior diversidade vocabular e enriquecimento textual.
Exemplos: Qual é o seu escalão de idade? (locução adjetiva) Qual é o seu escalão etário? (adjetivo)”
É consenso que no Brasil, a polícia mata muito. Todos sabem que fugir de bandido é tão
perigoso quanto da polícia. As mortes são recorrentes, de norte a sul do país. Até então, os
pobres eram os maiores alvos da violência e truculência policial. E nos últimos 10 anos, essa
onda atinge a classe média e parte da elite.
Na verdade, formamos policiais sem preparo para lidar com situações desfavoráveis e
privilegia-se a truculência. Assim, é mito imaginar que a violência policial é recente, pois,
existem registros da década de 60. Entretanto, nem tudo está perdido, ninguém nega que
existem bons agentes que cumprem a Lei e respeitam o cidadão. Esses bons profissionais
devem ser, sem dúvida, valorizados pelo seu trabalho.
Logo, o fato é que precisamos melhorar o treinamento de nossas forças policiais porque os
casos de abordagens são trágicos e muitos terminam em mortes. Ou seja, está claro que não
basta apenas aplicar provas objetivas para ser um agente da Lei. É preciso ir além e entre outras
coisas, é saudável e necessário, por exemplo, conhecer, em detalhes, a origem e o perfil
psicológico do candidato.
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DISSERTAÇÃO
Conhecimento do ASSUNTO a ser abordado, a fim de aplicar precisão e certeza àquilo que está sendo escrito..
Habilidade com a língua ESCRITA, de maneira que se possa fazer boas construções sintáticas, uso de palavras adequadas e relações coerentes
entre os fatos, argumentos e provas.
Boa organização semântica do texto, ou seja, organização coerente das ideias aplicadas à DISSERTAÇÃO, para que as mesmas possam facilmente ser apreendidas pelos leitores.
Bom embasamento das ideias sugeridas, boa fundamentação dos argumentos e provas.
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Para fazer uma boa redação estas duas características são essenciais.
A coerência é uma característica muito importante do texto e está intimamente relacionada à significação
do tecido textual e, por isso, devemos levar em consideração os três princípios básicos para que um texto
seja coerente, são eles:
Princípio da Não Contradição (ideias que não se contradigam);
Princípio da Não Tautologia (repetição excessiva de palavras ou ideias);
Princípio da Relevância (Um texto fragmentado, que aborda assuntos diferentes que não
se relacionam entre si).
Enfim, a coerência é a relação lógica entre as ideias de um texto, fazendo com que umas complementem
as outras, não se contradigam e com isso, forme um "todo" significativo que é o texto.
Para que algo tenha coerência, este objeto precisa apresentar uma sequência que dê um sentido
geral e lógico ao receptor, de forma que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto
abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e
intertextualidade.
Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido; é entendido como
um princípio de interpretabilidade.
Veja os exemplos:
1- As crianças estão morrendo de fome por causa da riqueza do país.]
2- Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta consegue sobreviver.
3- Podemos notar claramente que a falta de recursos para a escola pública é um problema no país. O
governo prometeu e cumpriu: trouxe várias melhorias na educação e fez com que os alunos que estavam
fora da escola voltassem a frequentá-la. Isso trouxe várias melhoras para o país.
COERÊNCIA
HARMONIA
LÓGICA
1. COERÊNCIA
Como Fazer uma Boa Redação?
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Do verbo coerir, ou seja, unir, ligar, a coesão do texto está pautada na utilização correta dos
conectivos. Muito importante lembrar que um texto não é um emaranhado de frases e por este motivo, a
coesão é uma característica fundamental de forma a tornar o texto coesivo.
São muitos os conectivos de um texto e sua utilização dependerá da ideia a ser transmitida. Dessa
maneira, temos os conectivos de prioridade, tempo, semelhança, condição, adição, dúvida, ênfase,
surpresa, esclarecimento, lugar, conclusão, finalidade, causa e consequência, explicação, oposição ou
ideias alternativas. Estes elementos coesivos estabelecem a conexão entre os termos; são eles:
as conjunções ( mas, pois, logo, portanto, todavia ..)
as preposições ( essenciais e acidentais.. )
os advérbios ( Aonde, onde... )
os pronomes ( cujo(s), o(s) qual (s), a(s) qual(s) este, isto, esse, esta ... – os porquês )
TOME NOTA:
Por fim, a coesão é a conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágrafo e da frase.
# Coesão por referência:
É um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos, descuido que
pode tornar desagradável a leitura de um texto:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos
professores da escola.
Em vez de:
alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro anoforam
acompanhados pelos professores da escola.
⇒ Coesão por substituição:
São empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados através da anáfora.
Observe o exemplo:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serão suspensos.
Em vez de:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a acontecer,os
alunos serão suspensos.
⇒ Coesão por elipse:
Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso comprometa a clareza de ideias da
oração:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga.
COESÃO
CONEXÃO
LIGAÇÃO
2. COESÃO
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Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga.
⇒ Coesão por conjunção:
Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto através do emprego adequado de
conjunções:
Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão.
⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos.
Observe o exemplo:
Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de
1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um
dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
TOME NOTA :
1) Só aborde na introdução e na conclusão o que realmente estiver no desenvolvimento.
2) Evite períodos muito longos ou sequências de frases muito curtas.
3) Cuidado com o uso de perguntas na introdução, pois terá de responder
Praticamente todos os editais estabelecem limites mínimo e/ou máximo de Linhas na redação.
Veja as principais bancas:
CESPE: até 30 linhas
ESAF: de 40 a 60 linhas
FCC: de 20 a 30 linhas
FGV: de 25 a 30 linhas
CESGRANRIOS: de 25 a 30 linhas
Os passos
1) - Interrogar o tema; 2)- Responder, com a opinião 3) - Apresentar argumento básico
4) - Apresentar argumentos auxiliares 5) - Apresentar fato- exemplo
6) - Conclusão com retomadas
PASSO A PASSO DE COMO DESENVOLVER O TEMA
EXTENSÃO DO TEXTO
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As linhas devem ser preenchidas de margem a margem, com as adequadas. Indentações e translineações. EXEMPLO DE UMA REDAÇÃO COM LEGIBILIDADE E ESTÉTICA
Não se pode escrever sem distinguir maiúsculas e minúsculas.
Exemplo:
O BRASIL É UMA POTÊNCIA QUE DEVE SE ALIAR À CHINA
Não se pode usar recursos como NEGRITO, ITÁLICO , SUBLINHADO ou CAIXA ALTA
1- Cursiva : único modelo possível segundo os últimos editais da ESAF. ( aquele modelo que
aprendemos na escola )
Ee.1: O Brasil é uma potência que deve se aliar à china
2- Bastão- ( É O MODELO ONDE AS LETRAS NÃO FICAM JUNTAS )
Ex. 2 O Brasil é uma potência que deve se aliar se à China
3 – Versalete – ( VOCÊ ESCREVE TODOS EM MAIÚSCULAS, PORÉM A LETRA QUE INICIA A PALAVRA
DEVE SER MAIOR NO TAMANHO)
Ex.3 OBRASIL É UMA POTÊNCIA QUE DEVE SE ALIAR À CHINA
4 - OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Todos esses modelos são aceitos por todas as bancas examinadoras
No mercado de trabalho as mulheres vêm conquistando Espaço cada vez maior, graças aos ganhos oriundos dos movimentos feministas e das legislações rígidas coibindo a discriminação sexual. Alguns homens, porém sentem-se ameaçados diante do crescimento feminino no mercado laboral, que Fo- ram criados em ambientes preconceituosos, onde a mulher estava atrelada apenas às tarefas domésticas.
Indentação
Translineação
Legibilidade e Estética
A PROPOSTA DA REDAÇÃO
QUAIS SÃO OS TIPOS DE LETRAS PERMITIDAS NA RERDAÇÃO ?
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EXCETO A ESAF.
Ainda que o ideal seja não rasurar, uma rasura desconta menos pontos que um erro linguístico
Não faça borrões, não coloquem o erro entre parênteses, nem escreva a palavra digo. Basta
riscar o erro e escrever a forma certa ao lado ou em cima.
Ex. 4
Geralmente antes do comando da proposta de redação, é comum que a banca apresente um
texto motivador. No entanto, você não deve se referir a ele e nem copiar qualquer trecho dali.
IMPORTANTE, PRESTE ATENÇÃO:
Na proposta de redação as bancas determinam o tema ( ASSUNTO ) e não o título ( NOME ) do
seu texto.
O título do texto só é obrigatório se a banca o exigir na proposta de redação, mas isso é cada vez
mais raro. De qualquer modo se você optar por colocar um título ele já conta como linha 1.
Deixe sempre entre três a cinco linhas entre cada parágrafo pois no final , você poderá talvez
se lembrar de alguns pontos importantes para serem acrescentado
DEZ MANDAMENTOS
PARA ELABORAÇÃO DE UM TEXTO DISSERTATIVO
I. Apresentar grafia legível e de preferência: cursiva
II. Evitar rasuras, porém, quando rasurar, dê apenas um traço sobre o erro;
III. Fazer margens regulares;
IV. As repetições desnecessárias não devem ocorrer;
V. Evite gírias, abreviaturas, frases prontas ou clichês, estrangeirismos;
VI. Não utilizar expressões do tipo: “eu acho”, “na minha opinião”, “digo”, “etc”;
VII. Os numerais, normalmente devem ser escritos por extenso;
VIII. Os verbos devem estar na 3ª pessoa ou na 1ª pessoa do plural;
IX. Jamais analise os temas movidos por emoções exageradas;
X. Prefira períodos curtos aos longos, pois os mesmos são fáceis de manejar e de organizar as
ideias no papel.
RASCUNHO
Alguns homens sentem-se ameassados ameaçados diante do crecimento, digo,
crescimento feminino no mercado laboral, uma vez que foram criadas em
ambientes preconceituozos( preconceituosos) .
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Frase- 1
TÓPICO FRASAL
Formulação do ponto de vista com clareza e objetividade. Afirmação sobre um tema apresentado.
TERMOS DE COESÃO (Abertura):
É notório que;
É consenso que;
É indiscutível que;
É sabido que;
É de fundamental importância o (a)___________
É indiscutível que…/ inegável que…
Muito se discute a importância de…
1-ComoRedigir
1.1 Introdução- 1ºParágrafo.
1.1.1. Tema da atualidade sem Roteiro
Cabe ao candidato criaros argumentos
Deve possui no máximo sete linhas, tendo no mínimo dois pontos finais( dois períodos).
COMO FAZER?
Use verbos que não seja de ligação.
Verificar/ Comprovar
Corroborar
Reafirmar
Potencializar
Palavra chave do tema+Verbo de argumento+complemento+ a. adv.+ ponto final
O sistema prisional brasileiro+ reafirma+a violência+no país+ ponto final
Tema:“Sistema prisional brasileiro em questão.”
INTRODUÇÃO
19
Exemplo:
Tema: Violência e insegurança
A violência e a insegurança reafirmam o grande desafio da sociedade
No cenário atual. Esse posicionamento ocorre devido à ação de grupos
organizados, à falta de uma polícia especializada e à ausência de políticas
Públicas no trato ao problema criminal.
ERROS QUE DEVEM SER EVITADOS
1 – É difícil falar sobre esse assunto...
2 – Este é um tema muito complexo..
3 – Este é um assunto que me atrai muito, pois de longa data...
Tema: A VIOLÊNCIA URBANA
AQUECIMENTO ( Rascunho )
1.Perguntas:A violência deve ser considerada “causa” ou “ consequência”? As medidas sugeridas pela mídia, ainda que implicitamente ( pena de morte, por exemplo), são meios eficazes de contenção da violência?
2.Frase para reflexão:“ a impunidade gera violência”, “ a violência é uma tentativa de igualização do
poder econômico numa sociedade desigual”, “ a violência convive com a deficiência das forças policiais (
baixo salários e sofríveis condições de trabalho)”.
Dica Bispaziana
20
TIPOS DE INTRODUÇÃO NA REDAÇÃO DISSERTATIVA – ARGUMENTATIVA
1- Narração
Você pode pensar: “Narração no texto dissertativo-argumentativo?”. Sim. Nesse caso, você narrará
um acontecimento que representará a problematização feita por você e proposta pelo tema. Para obter
sucesso nesse recurso, atente-se aos detalhes que escolherá relatar, visto que essa seleção já indicará seu
posicionamento aos leitores.
Esse recurso será desenvolvido com frases curtas e nominais que despertarão a atenção do leitor.
EXEMPLO :
Ex. 1 -A Sísifo coube a penosa missão de levar uma grande pedra até o distante topo de uma montanha.
Passava o dia todo executando essa árdua tarefa que, quando vinha a noite, era inutilizada pois a pedra
caía e seus esforços tornavam-se em vão. A angústia e a desesperança passaram, então, a governar o
pobre mortal.Igualmente ao castigado Sísifo, o cidadão brasileiro sofre ao se deparar com o cenário social
do país. Com o lema capitalista “trabalhar é preciso, viver bem não é preciso” imbuído nas entranhas de
sua essência, transmite um legado de ignorância e infelicidade às futuras gerações. Estas são violentadas
psicológica e fisicamente ao terem sua infância arrancada e substituída por um instrumento de trabalho.
Ex. 2 - Sentar numa frigideira com óleo quente foi o castigo imposto ao pequeno Jhon, de um ano e meio,
pelo pai, alcoólatra. Temendo ser preso, ele levou a criança a um hospital uma semana depois. A mulher,
também vítima de espancamentos, o denunciou à polícia. O agressor fugiu.
Ex. 3 - Um jovem menino quebra pedra. Trabalha, e teima, e lima, e sua. O que gostaria de ser quando
crescer? Criança, seria a resposta. Provavelmente, essa seria a resposta de todas as crianças que se veem
obrigadas ao trabalho e muitas vezes à prostituição. Infelizmente, parece que a lei que assegura os direito
dos pequeninos e dos adolescentes não condiz com a realidade na prática.
2-Exemplificação
Esse recurso pode ser desenvolvido de duas formas: dados estatísticos e relatos de acontecimentos de
conhecimento geral (fatos divulgados pelas mídias). Com a exemplificação, devemos tomar cuidado com
dois aspectos: apresentar a fonte das informações e não omitir fatores que distorcerão o fato. É necessário
que se comprometa em repassar a verdade, mesmo que ela seja questionada por você ao longo do texto.
A escolha lexical, neste caso, será um grande aliado, uma vez que você pode descrever a situação em
questão e, ao mesmo tempo, marcar sua opinião com palavras como: infelizmente, supostamente etc.
EXEMPLO :
1- É assustador saber que Quarenta mil crianças morreram hoje no mundo, vítimas de doenças comuns
combinadas com a desnutrição. Para cada criança que morreu hoje, muitas outras vivem com a saúde
debilitada. Entre os sobreviventes, metade nunca colocará os pés em uma sala de aula. Isso não é uma
catástrofe futura. Isso aconteceu ontem, está acontecendo hoje. E irá acontecer amanhã, exceto se o
mundo decidir proteger suas crianças.
2- É preciso salientar que as estatísticas demonstram que a taxa de homicídios, praticamente triplicou em
pouco mais de vinte anos, segundo as pesquisas realizadas pela Comissão de Constituição, Justiça e
21
Cidadania (CCJ). Além disso, a mesma fonte esclarece que, nos últimos 25 anos, ocorreram mais de 700
mil assassinatos no Brasil, o que posicionou o país entre os mais violentos do planeta.
3- Alusão histórica
Introduzir um texto por alusão histórica é recortar um fato, um período histórico, um hábito antigo a
fim de comparar com o presente. Essa comparação evidenciará uma permanência, ou não, de determinada
situação e isso será base para a problematização do que o tema apresentou para discussão.
Esse tipo de introdução permite que o autor apresente domínio de uma área de conhecimento de
relevância, a história, o que contribui para o objetivo final de um texto dissertativo-argumentativo: defesa
de um ponto de vista.
EXEMPLO :
Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.
A intolerância religiosa é um problema recorrente na história da humanidade. Na Idade Média, por
exemplo, os Tribunais do Santo Ofício – também chamados de Inquisição – julgavam e condenavam as
pessoas que não acreditavam na religião católica. Apesar de o Brasil ser um país laico, tem-se,
atualmente, um contexto análogo a essa situação: ainda persistem os casos de discriminação e
preconceitos sofridos por algumas religiões. Sendo assim, encontrar caminhos para combater a
intolerância religiosa, no Brasil, é um desafio que precisa ser enfrentado pela sociedade civil e pelo
Estado.
4- comparação geográfica
O histórico desafio de valorizar o professor
Os Estados Unidos, referência em desenvolvimento tecnológico, são um bom exemplo de que a
educação de qualidade e com a valorização adequada gera bons frutos. Em contrapartida, no Brasil a
realidade tem sido bem distinta. O baixo piso salarial dos professores explicita essa falta de
reconhecimento aos profissionais da educação. Tal desvalorização é fruto de baixos investimentos
governamentais, aliado ao passado histórico brasileiro.
5- Definição
Iniciar um texto dissertativo-argumentativo conceituando um termo é se apresentar como um autor
mais autoritário, o que, se realizado de forma adequada, é extremamente positivo para apresentação e
defesa do ponto de vista. Podemos definir algo de diversas formas: dicionário, definição histórica,
definição teórica e definição própria (que consiste em definir algo a partir de sua visão de mundo, suas
experiências).
EXEMPLO :
Engenharia Genética é o conjunto das técnicas através das quais é possível alterar a carga genética de um
ser vivo, atribuindo-lhe novas características. Estas podem variar da maior resistência de vegetais ao
ataque de predadores, até a possibilidade de tornar real o sonho nazista da eugenia.
22
6- Citação
Esse recurso consiste em fazer referência a ideias de outros autores a fim de que o seu ponto de
vista seja fortalecido, sua opinião será destaque mesmo quando você desconstruir a opinião do autor
citado, uma vez que terás mostrado conhecimento crítico aos leitores.
Uma das formas para desconstrução da ideia de outro autor é utilizar o recurso exemplificação; isso é
possível quando se tem conhecimento de um dado estatístico, por exemplo, que comprove a não
veracidade do que é defendido pelo autor citado. Além disso, é uma ótima forma de dar maior
credibilidade ao texto, uma vez que você, o autor do texto, tem conhecimento de especialistas no assunto
e no que se relaciona a ele.
EXEMPLOS :
1- Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e
econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século xx. [TEMA PROBLEMA],
[AMOSTRA DE OPINIÃO ].
2- Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de
agir. Logo, com o avanço do sistema capitalista, recai sobre o homem o compromisso de tornar o mundo
mais sustentável. No século XXI, a preocupação com [TEMA/PROBLEMA], [AMOSTRA DE
OPINIÃO], reflete essa realidade.
3- Ao contrário do que muitos afirmam, o vestibular não é o melhor método de seleção de estudantes para
o ensino superior. E, muito menos, é o mais justo. Esse posicionamento é próprio daqueles que se
contentam com o acúmulo de conhecimento e disseminam o ranço positivista nos círculos acadêmicos.
Aqueles que não ouviram as sábias palavras do educador Paulo Freire, que defendia a educação como
“exercício de liberdade e processo de libertação dos oprimidos.”
7- Introdução por Flashes –
Na primeira oração da introdução, o candidato cita algumas palavras-chave que representem aquele tema.
Por exemplo, em um tema como “A violência na sociedade brasileira”, é possível começar
a redação assim:
EXEMPLO :
1- Baixos salários. Médicos descontentes. Enfermagem pouco qualificada. Falta de medicamentos.
Desvio de verbas. Hospitais insuficientes e mal aparelhados. Atendimento precário. Esse é o retrato da
saúde pública brasileira, em pleno século XXI.
2- “Tiros. Assaltos. Medo. Essas são algumas palavras que representam bem a questão da violência na
sociedade brasileira.”.
3- Todos os anos ele é alvo da atenção de milhares de jovens e adultos por todo o país. Causa medo,
angústia, incertezas. Movimenta um setor econômico milionário e representa, para muitos, um muro
proibitivo para continuação de seus estudos. Esse é o vestibular, método de seleção utilizado pela grande
maioria das instituições de ensino superior brasileiras.
23
8- Introdução por Situação Concreta –
Consiste em citar um fato concreto para melhor ilustrar a contextualização. Em um tema como “A
Intolerância no Mundo Contemporâneo”, pode ser bastante eficaz começar a introdução falando
rapidamente sobre o 11 de setembro.
EXEMPO :
A intolerância pode parecer em qualquer situação onde tenha uma interação: de pessoa a pessoa, dentro
da família, a comunidade, a nação. É frequente que os indivíduos recusem a quem possuem normas de
vida notavelmente diferentes das suas próprias. De igual modo, é fácil que os costumes que afirmam que
todos os homens nasçam iguais em obrigações e direitos, começou a ser criticada no século XVIII,
durante a Ilustração, a raiz dos influentes ensaios de Voltaire sobre o tema.
9- Introdução por Conceituação -
Neste tipo, o candidato dá a definição de alguma palavra-chave do tema, quase como um dicionário.
Também são usados, aqui, pedaços de leis e/ou textos científicos.
EXEMPLO :
Homofobia é o ódio, aversão, medo, preconceito ou discriminação contra homossexuais, visuais e
transexual. Calcula-se que a cada dois dias uma pessoa homossexuais assassinada no mundo devido a atos
violentos vinculados à a homofobia. Enquanto que o Racismo é uma violação aos direitos humanos que
consiste na discriminação das pessoas em razão de seu pertence étnico ou nacional, de tal modo que umas
se consideram superiores a outras (etnocentrismo). É geralmente um termo aplicado às ações de um
grupo dominante em uma sociedade sobre outros.
10- Introdução por Alusões Culturais –
Consiste em citar uma frase ou citação de algum especialista no assunto, ou personalidade.
EXEMPLO :
“O grande poeta Camões, certa vez, disse que ‘Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se
sente, é um contentamento descontente.’. A partir disso, é possível contemplar a questão do amor no
mundo contemporâneo, uma vez que tal romantismo é cada vez mais difícil na atualidade'”.
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COLOCANDO EM PRÁTICA:
1ºApós a leitura das ideias do rascunho, identificar o tema. Depois, responda ás perguntas: pretendo falar
sobre o quê? Quero provar com isso o quê?
2º Hora de cortar os excessos do rascunho, delineando com maior precisão o que será escrito.
LABORATÓRIOPARA CASA
DESENVOLVA UMA INTRODUÇÃO COM O TEMA:
“As redes sociais e o direito à privacidade”
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6
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Pronomes Demonstrativos na Dissertação
Usos de este, esta, isto, esse, essa, isso na redação.
Este, esta, isto
Usa-se este, esta, isto, para referir-se a frase ou oração posterior, ou seja, frase que ainda será escrita, e
para referir-se ao elemento imediatamente anterior, ou seja, elemento que acabou de ser escrito. Ex.
Atenção a estas palavras: O fumo é prejudicial à saúde. O fumo é prejudicial à saúde. Esta deve ser
preservada sempre, portanto não fume.
Esse, essa, isso
Usa-se esse, essa, isso, para referir-se a frase ou oração anterior, ou seja, frase que já foi escrita. Ex.: O
fumo é prejudicial à saúde. Isso já foi comprovado cientificamente.
PONTUAÇÃO
O ponto-e-vírgula:
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa
intermediária entre o ponto e a vírgula.
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam
separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; quando moça era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se
uma doidivanas.
b) separar vários itens de uma enumeração:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios;
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
(Constituição da República Federativa do Brasil)
Dois-pontos:
Os dois-pontos são empregados para:
a) uma enumeração:
ASPECTOS GRAMATICAIS
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... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao
próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de
um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para
magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar,
censo/senso, descriminar/discriminar etc.
Atenção:
A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez,
isoladamente).
Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho,
longinho, melhorzinho, pouquinho etc.
Tome Nota:
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:
Querida amiga:
Prezados senhores,
ponto de exclamação:
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação
exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante,
Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
TomeNota:
27
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
O uso da vírgula:
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
a) para separar os elementos mencionados numa relação:
A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias.
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser
empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
b) para isolar o vocativo:
Cristina, desligue já esse telefone!
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
c) para isolar o aposto:
Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além
disso etc.):
Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante
anos.
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:
Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
f) para isolar elementos repetidos:
O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:
São Paulo, 22 de maio de 1995.
Roma, 13 de dezembro de 1995.
h) para isolar os adjuntos adverbiais:
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A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:
Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
k) para separar o paralelismo de provérbios:
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
Com muito amor,
Respeitosamente,
m) para isolar as orações adjetivas explicativas:
Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
n) para isolar orações intercaladas:
Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
O filme, disse ele, é fantástico.
Ponto de interrogação:
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
O criado pediu licença para entrar:
- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar)
Reticências (...)
As reticências são três pontos que servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o
sentido vai muito mais além do que está expresso na frase. Por exemplo: Ana gosta de comprar roupas:
sapatos, bolsas, calças...
29
Aspas (“ ”)
Esse sinal de pontuação pode ser utilizado para enfatizar palavras ou expressões. Serve também para
delimitar citações e para mencionar títulos de obras.
Travessão (—)
O Travessão é um sinal gráfico utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem
como para substituir os parênteses. Por exemplo: Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por
favor, não faça isso agora pois teremos problemas mais tarde.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um
ponto de vista: Além de observar seu conhecimento sobre o tema proposto na Redação, a relevância dos
seus argumentos e como você os desenvolveu vão ser levados em conta. Por isso, seja claro na hora de
escrever.
Frase – 1:
TÓPICO FRASAL: Afirmação do argumento. Ideia principal do parágrafo.
TERMOS DE COESÃO( Abertura) : Sabe-se ; Acredita-se; Observa-se; É necessário ressaltar que;
Frase- 2: COMPROVAÇÕES, DADOS, ESTATÍSTICAS E EXEMPLOS.
TERMO DE COESÃO( Continuação) : Além disso; Ademais; Ainda convém lembrar; Por outro lado;
Podemos mencionar;
Frase – 3: FECHAMENTO ( Opcional): síntese ou considerações gerais. Fecha a ideia, acrescenta-lhe
uma crítica, uma solução, uma consequência, uma perspectiva...
TERMODE COESÃO PARA O FECHAMENTO : Diante disso; Diante do Exposto; Como se vê;
COMO FAZER?
1.1 –Desenvolvimento – 2 º , 3º e 4º Parágrafos.
Você pode ter todos os três parágrafos do desenvolvimento com até 7 linhas cada.
Você pode tê-los também com 5 a 6 linhas
Você só tem trinta linhas, organize-se.
1.1.2
DESENVOLVIMENTO
30
Exemplo:
1.1.3
3ºParágrafo:
ou
1 – Evite palavrões
2 – Evite criticar as instituições
3 – Evitedefinir( liberdade é... )
4 – Não “encha linguiça”, faça um trabalho honesto.
5 – evite o tom emocional da oralidade ( exclamações, gírias, expressões da coloquialidade) e expressões
como “ A gente ...”, “ A coisa...”, “ Há pessoas que...”
6 –Eviteo uso da Primeira pessoa ( eu acho que...; Como afirmei acima...; No meu modo de ver...).
Observa-se que a criminalidade aumenta no Brasil, porque existem falhas no processo de segurança pública. Isso acarreta a sensação de insegurança nas pessoas.
DicaBispaziana
ERROSQUE DEVEM SER EVITADOS
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FAÇA UM DESENVOLVIMENTOCOM O TEMA :
COMO DEVERIA SERAS CADEIAS DO BRASIL?
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LABORATÓRIO PARA CASA
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TÓPICO FRASAL COM RETOMADA DA TESE E / OU DOS ARGUMENTOS
Retomada da tese
Ao terminar a leitura, o leitor deve ter total clareza quanto à tese ali defendida. É imprescindível que o
autor de uma dissertação não perca essa última possibilidade de reforçar seu posicionamento no
parágrafo final.
O conteúdo deve ser retomado na conclusão e ele deve ter total coerência com o que foi escrito nas partes
anteriores da redação, pois só assim se consegue a reafirmação de uma verdade. Não se deve, porém,
repetir frases e vocabulário.
Perspectivas futuras
A dissertação pode se basear em dados passados e presentes, identificando causas, fazendo um paralelo
histórico. Assim, abre-se espaço para o olhar futuro em relação ao problema. Esse momento é bom para
traçar perspectivas futuras, que podem envolver uma proposta de solução ou apenas uma projeção
hipotética do que deverá acontecer.
Propostas de enfrentamento do problema
Atenção: elas não devem ser "utópicas”. Também não se devem apresentar propostas genéricas demais ou
típicas do senso comum, como dizer que o governo precisa "fazer alguma coisa" ou que as pessoas
"precisam se conscientizar" de algo.
Importante: nunca inicie uma discussão nova na conclusão, pois não haverá tempo para desenvolvê-la.
Também não termine com perguntas abertas, afinal, a dissertação tem o objetivo de conduzir o leitor à
aceitação dessa verdade, não levá-lo a refletir sobre o tema.
A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Propor uma intervenção para o problema apresentado pelo tema significa sugerir uma iniciativa que
busque, mesmo que minimamente, enfrentá-lo. É importante ressaltar que, considerando que os temas de
redação do Enem normalmente abordam problemas sociais complexos, muitas vezes de difícil resolução,
as mais diversas formas de intervenção serão consideradas para a avaliação, desde uma sugestão de
combate até uma solução eftiva da questão em foco.
Para reconhecer a proposta de intervenção no texto, precisamos, então, identificar o claro desejo do
participante de indicar uma iniciativa que interfira no problema em questão. É preciso buscar propostas
com um caráter interventivo, ou seja, é preciso buscar o desejo de intervir em uma dada situação a fim de
modificá-la. Algumas estruturas linguísticas evidenciam esse desejo e nos auxiliam na identificação dessa om o verbo “dever”, não serão consideradas propostas de intervenção por não expressarem um desejo do
candidato de intervir na realidade. Isso ocorre em casos em que o participante traz para o texto trechos de
leis, citações que parecem indicar uma proposta, mas são constatações, justamente porque apenas
reproduzem algo já posto, como “Conforme o princípio da isonomia, previsto na Constituição de 1988,
todos os cidadãos brasileiros devem ser tratados de forma igual perante a lei e as instituições” e
“Consoante o fundamento do imperativo categórico do filósofo Immanuel Kant, não devemos agir com o
outro da forma que não queremos que ajam conosco”.
Outro aspecto relacionado à proposta de intervenção a que devemos nos atentar é que ela não está
localizada apenas no parágrafo de conclusão, como muitas vezes se imagina. Além de compor o que tem
se chamado de “conclusão-solução”, ela pode ainda fazer parte da argumentação ou até mesmo da
introdução do texto. A proposta pode constituir todo um parágrafo ou aparecer “diluída” em mais de um
parágrafo.
CONCLUSÃO
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COMPONENTES:
Ação : o que fazer ?
Agentes : quem ?
Modo/meio : como ?
Efeito : para que ?
Detalhamento : detalhamento dos componentes acima ou parte deles
TERMOSDE COESÃO: Diante disso, Diante do Exposto; Portanto; Por fim; Logo; Assim;
COMO FAZER?
1.3 – Conclusão5º Parágrafo.
Você pode ter a sua conclusão com até 7 linhas .
Você pode tê-lo também com 5 a 6 linhas
Você só tem trinta linhas, organize-se.
EVITE OS SEGUINTES ERROS NA SUACONCLUSÃO:
Eu sei que não sou a pessoa mais qualificada para falar sobre isso...
Tentei, com o pouco conhecimento que tenho...
Desculpe se a minha opinião não é a mais convenientes...
Voltarei a ler mais sobre o assunto e então...
Nada de panfletagem: “ Devemos nos unir!”; “ vamos reciclar o planeta!”
TIPOS DE COESÃO
Os tipos de coesão são importantes para encadear argumentos de maneira lógica . Quando bem
empregados, contribuem para a coesão global do texto
⇒ Coesão por referência: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos, descuido
que pode tornar desagradável a leitura de um texto: Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos professores da
escola. Em vez de:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro anoforam acompanhados pelos professores da escola.
⇒ Coesão por substituição: são empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados através
da anáfora. Observe o exemplo:
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Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serão suspensos. Em vez de:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a acontecer,os alunos serão
suspensos. ⇒ Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso comprometa a clareza de ideias da
oração: Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga.
Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga. ⇒ Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto através do emprego adequado de
conjunções: Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão.
⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe o exemplo:
Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de
Letras.
COERÊNCIA
Coerência é a característica daquilo que tem lógica e coesão, quando um conjunto de ideias apresenta
nexo e uniformidade.
Para que algo tenha coerência, este objeto precisa apresentar uma sequência que dê um sentido geral e
lógico ao receptor, de forma que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto.
Por que (separado sem acento)
Usa-se esta forma para fazer perguntas, ou quando puder ser substituído por "motivo" ou "razão":
- Por que fizeste isso?
- O aluno queria saber por que recebeu nota baixa.
Podemos trocar o "por que" por "por qual motivo", sem alterar o sentido:
- Por qual motivo fizeste isso?
Por que -> por qual motivo
Porque (junto sem acento)
Utilizamos esse formato para responder perguntas, exemplo:
- Fiz isso porque era necessário
É possível trocar o "porque" por "pois", sem alterar o sentido:
- Fiz isso pois era necessário
Porque -> pois
O USO DOS PORQUÊS
35
Por quê (separado com acento)
Utiliza-se o "por quê" em final de frases:
- Sabemos que você não compareceu à reunião, por quê?
Porquê (junto com acento)
Essa forma é utilizada quando o "porquê" tem função de substantivo:
- Se ele fez isso, teve um porquê (motivo)
- Gostaria de entender o porquê eu tenho que ir.
Onde e aonde são palavras que indicam lugar, entretanto, é preciso entender algumas particularidades.
Acompanhe:
1 - Onde: pode ser pronome relativo (quando introduz uma oração subordinada adjetiva) ou advérbio
interrogativo (frases interrogativas). Em ambos os casos, indica localização. Entretanto, quando for
pronome relativo, poderá ser substituído por “em que”, o que não acontece quando é um advérbio. Além
disso, quando for pronome relativo, fará parte de um período composto, ou seja, terá pelo menos
duas orações.
Nota: Os verbos que devem ser utilizados ao lado da palavra “onde” ou no contexto em que esse termo
aparece são os que indicam estado ou permanência. Veja alguns exemplos:
Não sei onde estou.
Moro na rua onde fica o SAMU.
Onde coloquei o celular?
2- Aonde é um advérbio, entretanto não deve ser utilizado quando a ideia for de lugar, no sentido de
localização, mas quando transmitir a ideia de movimento. Portanto, preste atenção aos verbos, pois os
que indicam movimento, tais como: ir, chegar, dirigir, entre outros, pedem o uso de “aonde”.
*Aonde você mora?
*Aonde você foi morar?
*Aonde foi?
O USO DO: ONDE / AONDE
36
MODELO DE UMA BOA REDAÇÃO
b
O Papel do Cidadão na Sociedade Brasileira
O PAPEL DO CIDADÃO BRASILEIRO TEMA
TÍTULO
INTROD.
É indiscutível que,vivemos em uma sociedade com uma pluralidade
étnica impressionante, além disso, somos frequentemente submetidos à
situações onde infelizmente, prevalecem a omissão e conivência.
Principalmente quando o tema é política, cujo deveríamos abordar com o
máximo de intensidade e comprometimento.
DESENV.
É notório vermos pessoas, se omitindo ou até mesmo desclassificando
outras pessoas quando alguém fala sobre política. Parece que uma parcela da
sociedade brasileira foi submetida a uma terrível lavagem cerebral, na qual
esqueceu todos os seus deveres e aprendeu que a melhor coisa a se fazer
pela política é justamente ficar longe dela o quanto puder.
Além disso, como se fossem um legião de acéfalos, esquivam, evitam e
seguem dando de ombros aos mais diversos casos de escândalos políticos,
como corrupção, atos de improbidade administrativa e abuso de poder. Nada
disso é capaz de acordar essa parcela inerte do povo brasileiro.
Entretanto, apesar deste triste cenário que se figura e faz transparecer
que a sociedade estaria desanimada integralmente. Além disso, ainda vemos
forças se manifestando através de protestos pacíficos, gerados por
Organizações não Governamentais ( ONGs) e grupos ativistas como o
Anônimo, que realiza atividades técnicas pela internet para protestar contra
a corrupção e ainda promove passeatas e ocupações em terra.
Logo, é nessa parcela ativista que devemos nos espelhar, exercendo o
nosso papel como cidadão, por meio de iniciativas populares, protestos ou
qualquer outra forma de manifestação com embasamento legal e pacífica
que vá pressionar e mostrar aos governantes que eles estão lá por uma
nação e não por eles mesmos. Apenas desta forma, poderemos caminhar em
direção de dias mais prósperos e justos para nós e também para nossos filhos
e netos.
CONCLUS.
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FAÇA UMA CONCLUSÃO COM O TEMA:
COMO DEVERIA SER AS CADEIAS DO BRASIL?
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LABORATÓRIO PARA CASA
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10 DICAS PARA COMEÇAR
1. A redação não é um texto construído por um monte de frases, é, sim, um enredo semântico
que damos o nome de textualidade ( coesão)
2. Quais os tipos de erros de coesão?
3. O título é importante?
É importante sim! Pois ganhamos qualidade para o texto. Se tiver verbo, devemos pontuá-lo. Se não
tiver, sem pontuação.
CITAÇÕES + 1 DICAS PARA COMEÇAR UMA REDAÇÃO
39
4. Como estruturar a minha redação, Joaquim?
5) O que é um tópico frasal?
6) Essa divisão do texto em três partes faz o que exatamente?
7) O que é a falta de unidade de um texto?
8) Como fugir da ausência de coerência?
9. Como manter a coesão no texto?
10.O que são frases siamesas?
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CITAÇÕES
TIPOS DE ARGUMENTOS
1- ARGUMENTO DE AUTORIDADE :
. Citações
. Estatísticas
. Informações sobre alguma pesquisa
2- ARGUMENTO BASEADO NO CONSENSO :
. ÉTICA
. CIDADANIA
. EDUCAÇÃO
. JUSTIÇA
Educação
“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.” Aristóteles
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” Immanuel Kant
Cidadania
“A prática da cidadania só adquire sentido se em seu horizonte estão os direitos de todos, a
igualdade perante a lei, a defesa do bem comum”. João Batista Líbano
ÉTICA
“Não existe sucesso ou felicidade sem o exercício pleno da cidadania e da ética global.” Carlos
Sabin
“Os homens são bons de um modo apenas, porém são maus de muitos modos” Aristóteles
JUSTIÇA
“A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento
é a aplicação da justiça.” Aristóteles
“ É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente.” Voltaire
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3- ARGUMENTO BASEADO EM PROVAS CONCRETAS
. UM SÓ BOM EXEMPLO
1 ) Emprego de pronome relativo
"Esta é a região a cujos os limites me referi há pouco"
Correção: Esta é a região a cujos limites me referi há pouco.
Comentário: cujo - pronome relativo: indica posse, equivale ao pronome possessivo seu, sua e
concorda com o termo que sucede, dispensando, assim, o emprego do artigo (o, a, um, uma e seus
plurais).
Você vai conseguir falar com gente que você nunca falou antes..." Bol - Brasil Online (Folha de
S.Paulo, 25.10.99)
Correção: " (...) falar com gente com quem/ com as quais você nunca (...)".
Comentário: o pronome relativo deve aparecer regido de preposição com, pois quem fala, fala com
alguém.
Os bancos internacionais, onde o Brasil é credor, decidiram rever as taxas de juros.
Correção: Os bancos internacionais, dos quais o Brasil é credor, ...
Comentário: o pronome onde, enquanto relativo deve sempre indicar lugar, exemplo, Eis o colégio
onde estudo. O raciocínio que deve ser empregado neste exemplo é: o Brasil é credor de quem? - dos
bancos internacionais; portanto, dos quais é credor.
2) Período longo demais
A menos que tenha muita segurança no que está dizendo, o aluno deve evitar períodos longos demais.
Muitas informações em um só período quase sempre resulta em falta de clareza e ambigüidade.
"É segundo esta noção de projeto que vamos, a partir desta visão humanista da problemática urbana -
sem deixar de levar em consideração as nossas condições de país de formação colonial - analisar os
projetos de cidade expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais."
Correção: Vamos analisar os projetos expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais a partir de
uma visão humanista da problemática urbana.
3) Frases muito curtas - estrutura incompleta
"Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de partido."
(Redação de aluno)
EVITE ESTES ERROS NA SUA REDAÇÃO REDAÇÃO
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Comentário: o trecho acima não foi concluído pelo aluno, dessa forma, a estrutura do período tornou-
se incompleta.
Correção: Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de
partido, fica à mercê de discursos moralistas que visam formar a opinião pública segundo os seus
interesses.
4) Problemas de significado e construção
"Era um belo sábado, uma noite muito agradável onde um lobo ruiva no alto da colina dos Andes,
demonstrando estar solidário ou anunciando sua solidão...." (Redação de aluno)
Comentário: O trecho acima, extraído de uma redação de vestibular, apresenta alguns problemas de
significado e de construção:
a) uso inadequado da palavra onde;
b) imprecisão vocabular ruiva em lugar de uiva e solidário em lugar de solitário;
c) incoerência externa: presença de colinas nos Andes.
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ANEXOS
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GRADE ESPECÍFICA - COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIA I – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa
0 Estrutura sintática inexistente (independentemente da quantidade de desvios). 1 Estrutura sintática deficitária E muitos desvios. 2 Estrutura sintática deficitária OU muitos desvios. 3 Estrutura sintática regular E alguns desvios. 4 Estrutura sintática boa E poucos desvios.
5 Estrutura sintática excelente E, no máximo, dois desvios.
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EXEMPLO 1 - REDAÇÃO NOTA 10
CONSIDERAÇÕES DO PRORFESSOR
Essa redação apresenta projeto de texto estratégico e informações, fatos e opiniões desenvolvidos em
todo o texto, o que configura um texto com autoria. A primeira impressão que temos ao ler essa redação é
de que seu projeto de texto é claro, como já nos é apresentado na introdução. O participante inicia sua
redação fazendo uma contextualização sobre o problema da educação para deficientes auditivos no Brasil,
mostrando que, embora o Imperador D. Pedro II tenha criado a primeira escola para surdos e,
posteriormente, tanto a legislação quanto a ciência tenham reconhecido os direitos e as potencialidades
50
dessas pessoas, não deixaram de existir obstáculos para a formação educacional dos surdos. Ainda na
introdução, o participante já aponta quais são os principais obstáculos: a dificuldade de comunicação e o
preconceito. Ficamos conhecendo, então, o projeto de texto do participante, que é mostrar como esses
dois obstáculos são responsáveis por dificultar a formação educacional de deficientes auditivos no Brasil,
e é exatamente isso que é trabalhado durante toda a redação.
No segundo parágrafo, o participante se ocupa do problema da comunicação do surdo com a
comunidade escolar, mostrando como essa comunidade não está preparada para recebê-los e incluí-los de
forma efetiva, o que mostra que a educação, no Brasil, é um privilégio dos ouvintes. No parágrafo
seguinte, como foi apontado já na introdução, a discussão é sobre o preconceito e como ele afasta os
surdos do ambiente escolar, sinalizando, no final do parágrafo, a necessidade de medidas que revertam
esse contexto de exclusão e desrespeito às diferenças. Por fim, no parágrafo final, há a conclusão de que a
educação brasileira não está apta a educar pessoas com deficiência auditiva, e o participante aponta uma
série de medidas que, se aplicadas, podem reverter esse problema.
O único deslize que pode ser apontado nessa redação está na introdução, quando o participante
afirma que a legislação e a ciência reconheceram os direitos e as potencialidades dos surdos, mas, ao
longo do texto, embora ele volte a tratar desses direitos, abandona a questão da ciência, sem mostrar de
que maneira ela reconhece essas potencialidades. Estas até são retomadas em outras partes da redação,
mas nunca relacionadas à ciência, que, inicialmente, foi trazida para legitimar o reconhecimento das
potencialidades dos deficientes auditivos. É importante notar, no entanto, que se trata de um pequeno
deslize, que em nada prejudica a progressão do texto.
Outra questão importante com relação a essa redação é que ela não apresenta nenhum repertório
que extrapola os textos motivadores, esse fato não afeta em nada. Essa redação possui um projeto de
texto claro e estratégico, e as informações, os fatos e as opiniões são desenvolvidos em todo o texto, o que
caracteriza um texto com autoria , independentemente dos repertórios que mobiliza.
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EXEMPLO 2: REDAÇÃO NOTA 9,0
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
O participante inicia seu texto abordando a questão da Lei de Acessibilidade, de 2015, e mostrando
como pessoas com deficiência auditiva possuem o direito legal à educação. Ele diz ainda que além de ser
um direito garantido por lei, a educação é essencial para uma sociedade tolerante e inclusiva. Ainda na
introdução, são apresentados o preconceito e a insuficiência estrutural como responsáveis pelo desrespeito
à garantia de educação. Esperamos, a partir da introdução, que o participante trabalhe essas duas questões
(preconceito e insuficiência
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estrutural) ao longo do texto, mostrando como elas são responsáveis pelo desrespeito à lei que garante
educação também para os surdos.
No segundo parágrafo, o participante argumenta no sentido de mostrar a importância de se garantir
aos surdos uma plena educação acadêmica e mobiliza um repertório da filósofa Hannah Arendt e sua
teoria do espaço público para mostrar como as instituições públicas (o que inclui escolas e faculdades)
possuem a obrigação de serem inclusivas. A partir daí, discute a necessidade de tais instituições serem
preparadas para receber os deficientes auditivos e termina reafirmando a necessidade do cumprimento das
leis que garantem o acesso à educação e ao desenvolvimento intelectual.
No parágrafo seguinte, discute-se o preconceito e a errônea visão de que os surdos são incapazes.
Para justificar tal argumento, o participante trata do conceito de violência simbólica (que já havia sido
mencionado na introdução), do sociólogo francês Pierre Bourdieu, mostrando que comportamentos não
necessariamente agressivos também podem ser responsáveis por exclusão e preconceito, como é o caso da
falta de estrutura das escolas ou da desvalorização da mão de obra de pessoas com deficiência.
Na sequência, no parágrafo final, são apresentadas propostas, por meio dos Ministérios da Educação
e da Saúde, para resolver os dois problemas discutidos ao longo do texto.
Depois da análise do texto, fica claro que o participante dá conta do que se propôs a fazer e discute
de maneira consistente as duas questões apresentadas na introdução. No entanto, não podemos deixar de
notar um deslize cometido logo na introdução do texto, quando o participante faz a afirmação de que “a
educação é sociologicamente analisada como essencial para uma sociedade tolerante e inclusiva” sem que
nos mostre como chegou a tal afirmação ou o que ela de fato significa.
É importante que fique claro, no entanto, que não se trata de uma falha, como no exemplo anterior,
que compromete a progressão do texto, uma vez que faz parte do que ele se propõe a discutir. Nesse
texto, diferentemente do anterior, a ideia que é apresentada inicialmente, mas que não é retomada na
argumentação, é secundária, e, exatamente por não se tratar de algo essencial para o projeto de texto, não
chega a atrapalhar a progressão do texto. Trata-se de algo que tornaria, evidentemente, o texto ainda
melhor, mas que não é mais que um deslize e não impede que a redação atinja uma nota boa.
53
EXEMPLO 3 REDAÇÃO NOTA 7,0
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Nessa redação já é possível observar a presença de um projeto de texto: há preconceito na
formação educacional dos surdos, o que resulta em um menor número de surdos nas escolas e no
isolamento dessas pessoas. Para solucionar esse problema, é necessário o apoio de todos, bem como ações
do Ministério da Educação, das famílias e dos próprios deficientes auditivos. No entanto, o projeto de
texto apresenta muitas falhas, que podem ser notadas desde a introdução, quando o participante tenta
fazer uma comparação entre o regime nazista de Hitler e a questão dos surdos no Brasil, mas sem
conseguir, efetivamente, estabelecê-la. Entre a primeira informação – de que, na Segunda Guerra
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Mundial, as minorias eram excluídas da sociedade – e a consequência apontada em seguida – de que os
indivíduos com algumas deficiências eram mortos –, não há uma relação clara. Em seguida, ainda na
introdução, o participante afirma que há preconceito na formação educacional dos surdos e que isso é
fruto da criação de estereótipos, mas não retoma essa questão dos estereótipos em nenhum momento.
No terceiro parágrafo, há um outro grave problema no projeto de texto, quando o participante aborda
uma das leis de Newton (a Lei da Inércia) sem conseguir aproveitá-la de maneira efetiva, já que não há
uma relação clara entre isso e o que vem na sequência: a integração dos deficientes auditivos. Em
seguida, no último parágrafo, são apresentadas propostas que devem ser executadas pelo Ministério da
Educação, pela família e pelos próprios surdos, mas elas não solucionam efetivamente os
problemas que foram discutidos no decorrer do texto. Por exemplo, não fica claro se a divulgação do
material em Libras se refere à falta de materiais didáticos apontada no parágrafo anterior. A proposta de
que os surdos devem estar dispostos sempre a vencer, destruindo barreiras e buscando vocações, também
não está ligada a nenhum argumento anteriormente discutido no texto.
Podemos notar, então, que o que o participante se propõe a discutir no início da redação não é o que
ele discute efetivamente, evidenciando graves problemas em seu projeto de texto. Ainda é importante
notar que os dois parágrafos de desenvolvimento podem ter a ordem invertida sem que haja nenhum
prejuízo para o texto – ou seja, não há uma hierarquização dos argumentos.
Observamos, ainda, problemas relacionados ao desenvolvimento dessa redação,
como acontece, por exemplo, logo no seu início, quando o participante traz o exemplo da
Segunda Guerra Mundial, afirmando que Hitler excluía as minorias e que, consequentemente, os
indivíduos com alguma deficiência eram mortos. Não há, nessa afirmação, nenhuma relação clara de
consequência, o participante não explica como essa relação se dá. O mesmo ocorre no terceiro parágrafo,
em que não há um desenvolvimento do repertório mobilizado.
Essa possui abordagem completa do tema, as três partes do texto dissertativo-argumentativo e faz uso
produtivo de um repertório que é pertinente ao tema e legitimado pelas áreas do conhecimento. O
participante recorre ao sociólogo Émile Durkheim e ao seu conceito de “corpo biológico” para mostrar
que, apesar de essa teoria dizer que a sociedade é formada por partes que se interligam de forma
igualitária, isso não acontece efetivamente, já que há muitos desafios a serem superados com relação às
diferenças
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EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 0 ( ZERO )
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Nesse exemplo, há a produção de texto escrito e também a presença de um desenho do tipo emoticon.
Independentemente do tipo de desenho que a redação apresentar, ela será avaliada como “FEA”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Nesse Exemplo , há um pequeno desenho de coração apresentado na linha 24, o que configura “FEA”.
Observamos que, além do desenho, o texto apresenta o recado para a banca avaliadora (“Por favor não dê
um zero”), o que, como veremos adiante, será considerado “Parte Desconectada”. Desse modo, seguindo
a hierarquia das situações, se houver mais de um motivo que leve o texto à nota zero, a situação que deve
prevalecer na avaliação é a mais próxima ao topo – nesse caso, “FEA”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Cuidado, qualquer tipo de sinal gráfico é proibido. Porém, tem algumas exceções. Note, no exemplo
acima, o participante faz uso de um sinal gráfico – o asterisco –, porém, aqui o sinal tem função clara no
texto – evidenciar uma correção ortográfica – e, por isso, não leva essa redação a ser avaliada como
“FEA”. Assim, devemos verificar se há outro problema no texto que cause sua anulação; em caso
negativo, podemos avaliá-la normalmente em todas as competências.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
No Exemplo , há um conjunto de comentários sobre os textos motivadores, e há a explícita referência a
eles, tal como destacado em amarelo. Ainda que o último parágrafo tenha características do tipo textual
dissertativo-argumentativo, por se tratar predominantemente de uma lista de comentários sobre os textos
motivadores, a redação se enquadra em “Não Atendimento ao Tipo Textual”.
CASOS QUE NÃO SÃO CONSIDERADOS “NÃO ATENDIMENTO AO TIPO TEXTUAL”
Há textos que podem trazer em sua estrutura parágrafos que, visivelmente, pertencem a outro tipo
textual. É preciso estar atento a eles, já que é permitido, por exemplo, utilizar trechos narrativos em um
texto dissertativo, como forma de exemplificar uma ideia ou defender o ponto de vista apresentado. De
maneira semelhante, é possível que existam redações que apresentem características de outro tipo textual
em alguns momentos e, no entanto, exibam predominantemente o tipo de texto dissertativo-
argumentativo, podendo, portanto, afirmar-se que atendem ao tipo textual solicitado.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
No Exemplo acima, o participante se identifica no corpo do texto por meio da estrutura Eu + nome
simples, por isso a redação deve ser anulada por apresentar “Parte Desconectada”. É importante observar
que casos como esse, em que a parte desconectada está no corpo do texto, requerem uma leitura atenta do
avaliador, com objetivo de avaliar, com a mesma justiça, todos os participantes.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Neste exemplo, o texto aborda o tema e é uma dissertação-argumentativa, mas há a presença de palavra
de baixo calão, ou seja, de impropério, na linha 16, o que nos leva a avaliá-lo como “Parte
Desconectada”. Salienta-se que o uso de impropérios e ofensas no texto vai contra a seriedade do exame,
um dos aspectos considerados na avaliação do texto com relação à presença de parte desconectada.
61
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Na exemplificação acima, verificamos que o participante tece, ao final do terceiro parágrafo do texto,
uma reflexão sobre seu próprio desempenho na prova (“Bom sei que com essa redação não vai dar pra
passar em nenhuma faculdade é uma pena, sem ideias”). Como apontado na lista de possibilidades
previstas como “Parte Desconectada”, qualquer reflexão do participante sobre a prova ou sobre o seu
próprio desempenho no exame é considerada uma parte desconectada. Por esse motivo, como o trecho
destacado em amarelo apresenta uma reflexão do participante sobre o seu desempenho, deve-se avaliar a
redação dessa forma.
É preciso tomar cuidado para diferenciar esse tipo de recado, que compromete a própria situação
comunicativa da prova, com reflexões mais genéricas, como “não sou o melhor para falar sobre o
assunto” ou “posso não ter as palavras certas, mas espero conseguir sensibilizar os governantes...”, ou
seja, reflexões que não estão explicitamente relacionadas à situação de prova. Esses últimos exemplos não
devem ser anulados como “Parte Desconectada”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Essa redação deve ser avaliado como “Parte Desconectada” porque nele podemos identificar a
presença de um bilhete destinado à banca avaliadora com o objetivo de comovê-la. Há, ainda, nesse
bilhete, um agradecimento a quem está lendo, porém é necessário lembrar que o “obrigado”, quando
sozinho, não configura Parte Desconectada.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
No Exemplo , verificamos que, na penúltima linha do espaço destinado à escrita, há uma frase de cunho
religioso que está desconectada tanto do texto como do tema e do projeto de texto do participante, o que
leva à atribuição de nota zero a essa redação por “Parte Desconectada”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
A redação apresenta uma mensagem política desarticulada do corpo do texto e de seu projeto de
texto/discussão, o que, como já apontado, também se considera “Parte Desconectada”.
Quando houver na redação uma mensagem política que não mantenha relação com a temática e/ou com
o projeto de texto/discussão do participante, estando desarticulada ou não do corpo do texto, deve-se
avaliar a produção textual como “Parte Desconectada” (desde que a redação em questão não se enquadre
em outras situações anteriores dentro da hierarquia relativa à nota zero).
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Na redação acima, há a presença de uma frase iniciada com hashtag (#) que tem a ideia apresentada no
último parágrafo do texto, como uma síntese da proposta de intervenção. Por não estar desvinculada do
projeto de texto/discussão do participante, essa mensagem não pode ser avaliada como Parte
Desconectada, e a redação, como não apresenta nenhuma outra característica que a enquadre em alguma
das situações que levam à nota zero, deve ser avaliada normalmente em todas as competências.
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A SITUAÇÃO “FUGA AO TEMA”
A situação de “Fuga ao Tema” é a mais comum entre as situações que podem levar à nota zero e ocorre
quando o participante produz texto que não resvala nem mesmo em assunto ligado à frase temática. A
cada edição do Enem, os motivos que levam à “Fuga ao Tema” mudam, visto que a frase temática e os
textos motivadores também se modificam. Nosso trabalho, dessa maneira, é o de compreender os
fundamentos que podem levar um texto a essa situação, sobretudo para nos ajudar nos casos-limite.
Assim, especificamente no Enem 2017, a partir de diretrizes estabelecidas pelo INEP, os textos que
trataram somente dos tópicos a seguir foram avaliados como “Fuga ao Tema”:
• necessidades especiais sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez, como
Libras, oralização, implante coclear etc.;
• inclusão sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez;
• educação sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez;
• políticas públicas educacionais sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez;
• acesso ao mercado de trabalho sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez.
A partir desses tópicos, observa-se que o participante precisava, minimamente, tratar do universo da
surdez em seu texto para não ter sua redação avaliada como “Fuga ao Tema”. Compõem o “universo da
surdez” elementos que auxiliam a contextualizar a abordagem da surdez quando no texto não se menciona
explicitamente a palavra surdo. Tais elementos precisam estar textualizados e remeter de maneira
contundente ao referido “universo da surdez”.
Também é importante observar que, se uma redação apresentar o termo surdo utilizado em sentido
figurado, ou ainda, de forma improvável, na acepção do instrumento musical, por
exemplo, o texto será considerado fuga temática.
Aqui, é importante salientar que as redações que tratam do tema ou do assunto apenas no título e que
apenas fazem uso de anáforas, no corpo do texto, como estratégia de retomada desse título (tais como
“esse tema”/“essa questão proposta”) também serão consideradas “Fuga ao Tema”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
O TEMA ERA: INCLUSÃO DOS SURDOS NA FORMAÇÃO EDUCACIONAL NO BRASIL
O texto acima, apresenta uma discussão sobre problemas enfrentados por pessoas com deficiência com
relação a sua formação educacional. No entanto, essa discussão não está atrelada ao universo da surdez,
tratando de pessoas com deficiência de forma genérica. Mesmo quando o texto faz uma possível
referência à coletânea (“Com base nas informações e dados fornecidos”) ou à proposta (“esta
deficiência”), não há menção explícita da surdez, dos surdos ou de qualquer elemento relacionado a essa
deficiência. Por isso, a redação deve ser anulada como “Fuga ao Tema”.
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CONSIDERAÇÕES DO PRORFESSOR
Neste exemplo, há um ponto importante a ser lembrado: o título não serve, em hipótese alguma, como
elemento para verificar a presença do tema. Assim, seja representado por cópia, como nesse caso, seja por
tratar de outra forma dos termos relacionados à frase temática, o título não deve ser considerado para a
validação do tema proposto.
Além disso, a discussão desenvolvida, ao longo do Exemplo trata, novamente, de “pessoas com
necessidade especiais” genericamente, sem trazer nenhum elemento do universo da surdez. Sendo assim,
o texto não trata sequer do assunto (surdos ou universo da surdez), devendo, por isso, ser anulado como
“Fuga ao Tema”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
O texto do Exemplo 30 apresenta uma discussão sobre a homofobia no Brasil, apontando os desafios
relacionados a essa temática. Observa-se, portanto, que não há qualquer relação entre a temática abordada
na redação e a proposta de redação. Assim, a redação deve ser anulada por “Fuga ao Tema”.