apostila_-_superfcie_de_resposta

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  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    1/38

    Univ

    Discip

    Introdução à M

    rsidade Federal de Viçosa

    Departamento de Estatística

    ina: EST 631 – Métodos Estatísticos II

    Apostila

    etodologia de Superfícies de

    Paulo

    Anderson

    Viçosa, MG

    2011

    Resposta

    Roberto Cecon

    odrigo da Silva

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    ii

    Introdução à Metodologia de Superfícies de Resposta

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    iii

    Sumário 

    1. 

    Introdução.................................................................................................................. 1 

    2. 

    Modelo de Primeira Ordem ....................................................................................... 4 

    3.  Delineamentos Experimentais para Ajuste de Modelos de Primeira Ordem ............ 9 

    3.1.  Fatorial Completo .............................................................................................. 9 

    3.2. 

    Delineamento Composto Central (DCC) ........................................................... 9 

    3.3.  Delineamento Composto Central Rotacionado (DCCR) ................................. 10 

    3.4.  Delineamento de Box-Behnken (DBB) ........................................................... 10 

    4.  Teste de Significância do Modelo ........................................................................... 12 

    5.  Medidas e Adequação de Modelos.......................................................................... 13 

    6. 

    Teste para Falta de Ajuste ....................................................................................... 14 

    7.  Método da Inclinação Ascendente .......................................................................... 15 

    8.  Exemplo de Aplicação para o Modelo de Primeira Ordem .................................... 15 

    9.  Modelo de Segunda Ordem ..................................................................................... 21 

    10. 

    Localização do Ponto Estacionário ......................................................................... 28 

    11.  Caracterizando a Superfície de Resposta ................................................................ 29 

    Referências ..................................................................................................................... 35 

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    1

    1.  Introdução 

    No contexto da estatística experimental há constante interesse em caracterizar a

    possível relação entre uma ou mais variáveis resposta e um conjunto de fatores de

    interesse. Isso pode ser executado através da construção de um modelo que descreva a

    variável resposta em função dos níveis aplicáveis desses fatores.

    Certos tipos de problemas científicos envolvem a expressão de uma variável

    resposta, tal como o rendimento de um produto, como uma função empírica de um ou

    mais fatores quantitativos, tais como a temperatura de reação e a pressão. Isso pode ser

    efetuado utilizando-se uma metodologia que permita modelar a relação: Rendimento em

    função de temperatura de reação e pressão. O conhecimento da forma funcional de f,

    frequentemente obtida com a modelagem de dados provenientes de experimentos

    planejados, permite tanto sumarizar os resultados do experimento quanto predizer a

    resposta para níveis dos fatores quantitativos. Assim, a função f define a superfície de

    resposta, que em sua essência, consiste em estimar coeficientes da regressão polinomial

    para a geração de um modelo empírico, por meio do qual é possível aproximar uma

    relação (inicialmente desconhecida ou conhecida) entre os fatores e as respostas do

    processo.

    Podemos então definir a Superfície de Resposta  como sendo a representação

    geométrica obtida quando uma variável resposta é plotada como uma função de dois ou

    mais fatores quantitativos. A função pode ser assim definida:

    1 2 k

    Y f (X ,X ,..., X )= + ε  

    Em que: Y é a resposta (variável dependente); 1 2 kX , X ,..., X   são os fatores (variáveis

    independentes); e ε  é o erro aleatório.

    Denota-se a resposta esperada por:

    1 2 kE(Y) f (X , X , ,X )= = η…  

    então,

    1 2 kf (X ,X , ,X )η =   …  

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    2

    é chamada de superfície de resposta.

    A metodologia de superfície de resposta, ou MSR, é uma coleção de técnicas

    matemáticas e estatísticas que são úteis para modelagem e análise nas aplicações em

    que a resposta de interesse seja influenciada por várias variáveis e o objetivo seja

    otimizar essa resposta. Por exemplo, suponha que um engenheiro químico deseje

    encontrar os níveis de temperatura (X1) e concentração da alimentação (X2) que

    maximizem o rendimento (Y) de um processo. O rendimento de um processo é uma

    função dos níveis de temperatura e concentração de alimentação, como

    1 2Y f (x ,x )= + ε , em que ε   representa o erro observado na resposta esperada

    1 2

    E(Y) f (x ,x )= = η , então a superfície representada por1 2

    f (x ,x )η =   é chamada de

    superfície de resposta (Montgomery e Runger, 2008).

    Segundo Montgomery (2001), as equações definidas de superfície de resposta

    podem ser representadas graficamente e utilizadas de três formas:

    •  Descrever como as variáveis em teste afetam as respostas;

    •  Determinar as inter-relações entre as variáveis em teste; e

    • 

    Para descrever efeitos combinados de todas as variáveis em teste sobre aresposta.

    Algumas considerações devem ser feitas quando utilizamos superfície de

    resposta, a saber:

    a) 

    O uso efetivo da superfície de resposta deve considerar cinco pressupostos:

    i.  Os fatores que são críticos ao processo são conhecidos;

    ii.  A região em que os fatores influem o processo é conhecida;

    iii.  Os fatores variam continuamente ao longo da faixa experimental escolhida;

    iv.  Existe uma função matemática que relaciona os fatores à resposta medida;

    v.  A resposta que é definida por essa função é uma superfície lisa.

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    3

    b)  A técnica também apresenta algumas limitações que devem ser consideradas:

    i.  Grandes variações dos fatores podem resultar em conclusões falsas;

    ii. 

    Os fatores críticos não foram especificados corretamente;

    iii.  A região de ótimo pode não ser determinada devido ao uso de uma faixa muito

    estreita ou ampla;

    iv.  Como em qualquer experimento, resultados destorcidos podem ser obtidos se os

    princípios clássicos da experimentação não forem seguidos (casualização,

    repetição e controle local); e

    v.  Superestimar a computação: o pesquisador dever utilizar de bom senso e seu

    conhecimento sobre o processo para chegar a conclusões apropriadas a seusdados.

    A aplicação dessa metodologia foi realizada inicialmente na indústria química,

    tendo sido seus fundamentos formalizados por Box e Draper (1987). No campo

    agronômico, o uso concentrou-se no estudo do rendimento de cultivares, como efeito de

    níveis de nutrientes aplicados ao solo, incluindo-se outros fatores, como: densidade de

    plantio e lâminas de irrigação.A superfície de resposta é útil quando o pesquisador não conhece a relação exata

    entre os fatores. Mas, geralmente quando a expressão analítica da função é conhecida, a

    metodologia pode ser útil em alguns casos: freqüentemente podem-se encontrar funções

    descontínuas, e em muitos casos se trabalha com valores discretos das variáveis de

    projeto ou fatores, sendo assim o uso da metodologia de superfície de resposta apresenta

    uma ampla aplicação na pesquisa, porque ela considera vários fatores em níveis

    diferentes e as interações correspondentes entre esses fatores e níveis.Dentre as vantagens da metodologia de superfície de resposta, a principal é que

    seus resultados são resistentes aos impactos de condições não ideais, como erros

    aleatórios e pontos influentes, porque a metodologia é robusta. Outra vantagem é a

    simplicidade analítica da superfície de resposta obtida, pois a metodologia gera

    polinômios. Em geral, polinômios de duas ou mais variáveis, são funções contínuas.

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    Após o ajuste do modelo aos dados, é possível estimar a sensibilidade da

    resposta aos fatores, além de determinar os níveis dos fatores nos quais a resposta é

    ótima (por exemplo, máxima ou mínima).

    2.  Modelo de Primeira Ordem

    Na maioria dos problemas em superfície de resposta, a forma do relacionamento

    entre as variáveis dependentes e independentes é desconhecida. Assim, o primeiro passo

    é encontrar uma aproximação para o verdadeiro relacionamento entre a variável

    resposta (y) e as variáveis independentes (fatores). Geralmente utiliza-se de uma

    regressão polinomial de baixo grau em alguma região das variáveis independentes. A

    forma geral para o modelo de primeira ordem (ou modelo de grau um) em k variáveis de

    entrada (independentes) pode ser representado por:

    k

    0 i ii 1

    Y X=

    = β + β + ε∑  

    Onde Y é uma variável resposta observada, 0 1 k, , ...,β β β  são parâmetros desconhecidos,

    e ε  é o termo do erro aleatório. Se ε   tem média zero, então a porção não aleatória do

    modelo geral de primeira ordem representa a verdadeira resposta média, η , que é,

    k

    0 i ii 1

    E(Y) X=

    η = = β + β∑  

    e ε  é tido como erro experimental. Se, entretanto, o modelo descrito é inadequado para

    representar a verdadeira resposta média, então ε   contém, adicionalmente ao erro

    experimental, um erro não aleatório (sistemático). Este último erro é atribuído a omissão

    de termos em 1 2 kX , X ,..., X   de grau superior a um que podem ser entendidas como

    outras variáveis as quais tem alguma influência sobre a variável resposta. Este erro

    adicional (excluindo o erro experimental) é chamado falta de ajuste.

    Escrevendo o modelo em notação matricial, considerando N observações, temos:

    = +Y Xβ ε  

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    Em que Y  é um vetor de N (N ≥ k+1) observações, [ ]0 1 k` ...= β β ββ  é um vetor (k+1)

    x 1 de parâmetros desconhecidos, [ ]1 2 N` ...= ε ε εε  é um vetor N x 1 de erros, e X  é

    uma matriz N x (k+1) de coeficientes dos parâmetros que compreende os níveis dasvariáveis independentes. Assume-se que os erros aleatórios são 2NID(0, )σ , isto é,

    independentemente distribuídos com distribuição Normal de média zero e variância

    comum. Quando a matriz X  é de posto coluna completo, então o estimador de mínimos

    quadrados ordinários de β  pode ser obtido por:

    1ˆ ( )−=β X`X X`Y  

    E a matriz de variâncias e covariâncias de β̂  é dada por:

    1 2ˆV( ) ( )−= σβ X`X  

    Na maioria dos casos, os cálculos para estimação dos parâmetros podem ser

    simplificados codificando os níveis das k variáveis independentes iX  por meio de:

    iu iiu

    i

    2(X X )x i 1,2,...,k e u 1,2,...,N

    R−

    = = =  

    Em queN

    i iuu 1X X / N== ∑  eiR  é a diferença entre o maior e o menor valor dos níveis.

    A codificação apresenta a característica:

    N

    iuu 1

    x 0 i 1,2,...,k=

    = =∑  

    Exemplo: Os dados a seguir referem-se ao peso de alimentos ingeridos em experimento

    com alimentação de ratos em relação a duração do tempo entre inoculação de dosagens

    de uma droga e a alimentação (horas).

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    6

    Droga (X1)Dosagem (mg kg-1)

    Tempo (X2) Peso observado

    0,3 1 5,630,3 1 6,420,7 1 1,380,7 1 1,940,3 5 11,570,3 5 12,160,7 5 5,720,7 5 4,690,3 9 12,680,3 9 13,310,7 9 8,28

    0,7 9 7,73

    Utilizando variáveis codificadas, tem-se:

    ( )   ( )1u 1 1u 1u1u

    1

    2 X X 2 X 0,5 X 0,5x

    R 0,7 0,3 0,2

    −   −   −= = =

    − 

    ( )   ( )2u 2 2u 2u2u

    2

    2 X X 2 X 5 X 5x

    R 9 1 4

    −   −   −= = =

     

    Então, o modelo de primeira ordem para u 0 1 1u 2 2u uY X X= β + β + β + ε , em notação

    matricial = +Y Xβ ε , utilizando as variáveis codificadas é

    0

    1

    23 1

    12 1 12 3

    5,63 1 1 1

    6,42 1 1 1

    1,38 1 1 1

    1,94 1 1 111,57 1 1 0

    12,16 1 1 0

    5,72 1 1 0

    4,64 1 1 0

    12,68 1 1 1

    13,31 1 1 1

    8,28 1 1 1

    7,73 1 1 1

    − − − − −

    − −

    β   −   = β +  

      β − −

    11

    12

    21

    22

    31

    32

    41

    42

    51

    52

    61

    6212 1

    ε ε ε

    ε ε

    ε ε ε

    ε ε

    ε

    ε  

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    8

    Quadro da análise de variância:

    FV GL SQ QM F

    Regressão 2 174,1380 87,0690 84,28**

    Resíduo 9 9,2980 1,0331

    Total 11 183,4360

    9493,04360,183

    1380,174R 2 ==  

    Teste para cada um dos parâmetros:

    0β:H

    0β:H

    11

    10

    **10,9

    )0331,1(12

    1

    0-2,67333-t   −==  

    0β:H

    0β:H

    21

    20

    **26,9

    )331(1,08

    1

    032875,3t   =

    −=  

    **significativo pelo teste t a 5% de probabilidade.

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    3. 

    DelineamenModelos de

    3.1. 

    Fatorial Comple 

    Caracteriza-se pel

    escolhidos pelo pesquisad

    de ensaios. Deste modo, u

    combinações distintas, se p

    Exemplo 1: Em um ensaio

    5, 7) e pH (5, 6, 7) tent

    fatorial 33, onde k=3 fator

    representação gráfica:

    3.2. 

    Delineamento Co

    Caracteriza-se pela

    central. Sua vantagem é

    restringe-se ao ajuste de m

    Tomando-se como

    ficaria: 23+1 = 9, uma redu

    9

    tos Experimentais paraPrimeira Ordem

    o

    Combinação de todos os níveis de t

    r apresentando como desvantagem um núm

    m fatorial completo com p(níveis) e k(fato

    = k.

    onde se deseja contrastar temperatura (30, 3

    ndo otimizar uma determinada reação quí

    s e p=3 níveis. Ao todo serão 27 tratame

     

    mposto Central (DCC)

    Combinação de um fatorial 2K  (k fatore

    a de reduzir o número de ensaios, todavi

    delos de primeira ordem.

    ilustração o exemplo da seção 3.1, o númer

    ão de 18 ensaios em relação ao fatorial com

      juste de

    dos os fatores

    ro muito grande

    es) apresenta pk 

    5, 40), tempo (3,

    ica, temos um

    tos, conforme a

    ) mais o ponto

    a sua utilização

    de tratamentos

    pleto.

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    10

    3.3. 

    Delineamento Composto Central Rotacionado (DCCR)

    É utilizado para experimentos onde k(fatores) 2≥ . Este delineamento contém

    pontos da parte cúbica codificados para ( ± 1), pontos axiais codificados para ( ±  α ,

    onde α = (2k)1/4) para testar o modelo de segunda ordem e o ponto central codificado

    para (0) que geralmente possui repetições. Assim, número de tratamentos passaria a ser:

    fatorial 2k + ponto central + 2k pontos axiais. Para o exemplo da seção 3.1., 23+1+2*3=

    15 tratamentos.

    3.4.  Delineamento de Box-Behnken (DBB)

    É utilizado para experimentos com k ≥  3. Tendo como principal vantagem a

    redução do número de ensaios para estudar um maior número de fatores. De modo geral

    os níveis dos fatores são escolhidos à partir das informações de seus limites inferiores e

    superiores.

    O número de tratamentos dá-se pela combinação dos níveis da parte cúbica +

    ponto central.

    A título de ilustração, seguem abaixo outros exemplos:

    Exemplo 2. Um experimento com dois fatores de interesse (A e B), possuindo p = 4

    níveis para ambos os fatores.

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    Exemplo 3.

    Exemplo 4. Um planejame

    11

    nto experimental com 3 fatores e 4 níveis ca  a.

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    12

    4. 

    Teste de Significância do Modelo

    Este teste é realizado como um procedimento de ANOVA. Calculando-se a

    razão entre a média quadrática dos termos de regressão e a média quadrática do erro,

    encontra-se a estatística F, que comparada com o valor crítico de F para um dado nível

    de significância, permite avaliar a significância do modelo. Se F for maior que F crítico

    então o modelo é adequado (Montgomery, 2001).

    Considerando o sistema de equações normais (SEN), dado por:

    ˆ  =X`Xβ X`Y  

    pode-se obter as somas de quadrados relativas a cada fonte de variação da ANOVA:

    N2

    Total j j 1

    SQ C Y C=

    = − = −∑Y`Y  

    ResíduoˆSQ   = −Y`Y   β`X`Y  

    Re gˆSQ C= −β`X`Y  

    em que C é o termo de correção, dado por:

    2N

     j j 1

    Y

    CN

    =

    =∑

     

    O teste para a significância da regressão determina se existe uma relação linear

    entre a variável de resposta  y um subconjunto de regressores. As hipóteses apropriadas

    neste caso são:

    0 1 2 k

    1

    H : ...H : pelo menos um dos difere de zero

    β = β = = ββ

     

    O teste individual de significância de cada coeficiente pode conduzir a

    otimização do modelo através da eliminação ou adição de termos. As hipóteses

    utilizadas para testar qualquer um dos coeficientes de regressão são:

    0 i

    1 i

    H : 0

    H : 0

    β =

    β ≠

     

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    13

    O teste utilizado para realizar esse teste é:

    ï ï

    2iii

    ˆ ˆt

    ˆˆ ˆcV( )

    β β= =

    σβ  

    Em que cii é o elemento da diagonal da matriz (X’X)-1 correspondente ao coeficiente em

    teste. A estatística segue distribuição t com o número de graus de liberdade do resíduo.

    Se o valor p  do teste individual para os termos for inferior ao nível de

    significância, então o termo é adequado ao modelo e deve, portanto, ser mantido. Ao

    contrário, o termo deve ser excluído se tal procedimento conduzir a um aumento do

    coeficiente de determinação R² conjuntamente com a diminuição do efeito residual e o

    valor p referente à falta de ajuste do modelo for superior ao nível de significância. Além

    disso, a retirada de qualquer termo deve obedecer ao princípio da hierarquia. Este

    princípio, segundo Montgomery (2001), postula que quando um termo de ordem alta for

    mantido no modelo, o de ordem baixa que o compõe também deve ser mantido.

    5. 

    Medidas e Adequação de Modelos

    A medida de adequação mais comumente usada é o coeficiente de determinação

    R², definido por:

    2 2SQRegressão SQResíduoR 1 [0 R 1]SQTotal SQTotal

    = = − ≤ ≤  

    e representa a proporção da variação total que é devida (explicada) pelo modelo

    regressão.

    Associado ao R² está o coeficiente de determinação ajustado 2R , que considera

    o fato de que R² tende a superestimar a quantidade atual de variação contabilizada para

    a população. Também é fato que a inclusão de muitos parâmetros no modelo de

    regressão aumenta substancialmente o valor de R². Se o modelo recebeu parâmetros

    desnecessários haverá um incremento em R² sem haver, necessariamente, melhoria de

    precisão da resposta. Por isso o R² ajustado é mais indicado para comparar modelos com

    números diferentes de parâmetros e, ainda, ajustados com número de observações

    diferentes. O coeficiente de determinação ajustado para graus de liberdade e número de

    parâmetros (p) é definido por:

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    14

    22 R (n 1) pR

    n p 1− −

    =− −

     

    Nota: O R2 ajustado é sempre menor que o R2 e só será igual quando R2 = 1.

    6.  Teste para Falta de Ajuste

    A adição de pontos centrais aos arranjos experimentais proporciona a obtenção

    de uma estimativa do erro experimental. De acordo com Montgomery (2001), esteartifício permite que a soma de quadrados residual (SQRes) seja discriminada em dois

    componentes: (i) a soma de quadrados devida ao erro puro (SQEP) e; (ii) a soma de

    quadrados devido à falta de ajuste do modelo adotado (SQF.Aj). Assim, pode-se escrever:

    Re s EP F.Aj.SQ SQ SQ= +  

    Admitindo-se que existam ni  observações de uma dada resposta Y de interesse

    no i-ésimo nível dos regressores ix (i 1,2,..., k)= . Considere que ijY   denote a j-ésima

    observação da resposta no nível ix , com i j 1,2,...,n=   ek

    ii 1

    n N=

    =∑ , o total de

    observações. Então, o ij-ésimo resíduo será:

    ij ij ij i i ïˆ ˆY Y (Y Y ) (Y Y )− = − + −  

    Onde iY   é a média da resposta para o nível ix . Elevando-se ao quadrado ambos os

    lados e somando em relação a i e j, obtém-se:

    i i

    F.Aj.Res EP

    n nk k k2 2 2

    ij i ij i i i ii 1 j 1 i 1 j 1 i 1

    SQSQ SQ

    ˆ ˆ(Y Y ) (Y Y ) n (Y Y )= = = = =

    − = − + −∑∑ ∑∑ ∑

     

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    15

    7. 

    Método da Inclinação Ascendente

    O objetivo é auxiliar o pesquisador, de forma rápida e eficiente, a encontrar a

    região de ótimo, isto é, determinar a melhor região de estudo. Encontrada a região de

    ótimo, um modelo mais elaborado, por exemplo, um modelo de segunda ordem, pode

    ser empregado, e uma análise pode ser feita para localizar o ponto de máximo ou de

    mínimo (ponto ótimo).

    Utiliza-se um conjunto de tratamentos em torno do ponto inicial e estimam-se

    por Mínimos Quadrados as inclinações iβ . A partir das magnitudes e sinais destas

    inclinações, calcula-se a direção do método da inclinação ascendente (MIA). Assim:

    •  Experimentos são conduzidos ao longo do caminho da MIA até que nenhum

    incremento na resposta seja observado.

    •  Eventualmente, chega-se a vizinhança do valor ótimo e isto será indicado pela

    falta de ajuste do modelo de 1ª ordem.

    •  A aproximação por um plano se torna insatisfatória pelo fato dos efeitos de

    ordens mais elevadas, particularmente os de 2ª ordem (quadrático e de interação

    linear), se tornarem relativamente mais importantes. Nesse caso usa-se o Modelo

    Quadrático.

    8. 

    Exemplo de Aplicação para o Modelo de

    Primeira OrdemConsideremos o seguinte exemplo: um experimento em esquema fatorial 2x2,

    tempo e temperatura, com dois níveis cada, ou seja, um fatorial 22  para que os níveis

    desses fatores maximizem a produção de um determinado processo. A região

    experimental será (30, 40) min para o tempo de reação e (150, 160)°F para temperatura.

    Normalmente, opera-se com um tempo de 35 minutos e temperatura de 155 ºF, que

    resulta numa produção de 40% aproximadamente.

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    19/38

    16

    Como esta região provavelmente não contém o ótimo, um modelo de primeira

    ordem será ajustado e aplicado o Método da Máxima Inclinação Ascendente. As

    variáveis independentes serão codificadas para (-1, 1) para simplificar os cálculos.

    Serão incluídos também cinco pontos centrais entre os valores máximos e mínimos do

    tempo e temperatura. As repetições no ponto central são utilizadas para estimar o erro

    experimental e para checar o ajuste do modelo de primeira ordem. Os pontos centrais do

    delineamento são os correspondentes às condições de operação atual (35 min e 155 ºF).

    Codificação:

    Tabela 1. Variáveis originais e codificadas de um experimento fatorial 2x2 (tempo e

    temperatura).

    Variáveis originais Variáveis codificadas Resposta

    1X   2X   1x   2x   Y

    30 150 -1 -1 39,330 160 -1 1 40,0

    40 150 1 -1 40,940 160 1 1 41,535 155 0 0 40,335 155 0 0 40,535 155 0 0 40,735 155 0 0 40,235 155 0 0 40,6

    Para realização do diagnóstico correto em relação ao modelo de primeira ordem

    deveremos obter uma estimativa do erro experimental, verificar se a interação deve ser

    incluída no modelo e finalmente verificar se os termos quadráticos devem ser

    adicionados no modelo.

    1 2

    1 2

    X 35 X 155x x

    5 5

    − −= =

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    20/38

    17

    Tabela 2. Análise de variância do modelo de primeira ordem.

    FV GL SQ QM F Valor pRegressão 2 2,8250 1,4125 47,8010 0,0002

    Desvios 6 0,1773 0,0295Total 8 3,0023R² = 0,9409 R² Ajustado = 0,9212

    Tabela 3. Estimativas dos parâmetros do modelo de regressão de primeira ordem.

    Efeitos Estimativas Desvio t Valor pConstante 40,4444

    Tempo ( 1x ) 0,7750 0,0859 9,0169 0,0002Temperatura ( 2x ) 0,3249 0,0859 3,7811 0,0093

    Equação ajustada:

    39.0

    39.5

    40.0

    40.5

    41.0

    41.5

    42.0

    -1.0

    -0.50.0

    0.51.0

    -1.0-0.5

    0.00.5

          Y

      x  1

    x 2   

    Figura 1. Superfície de Resposta do modelo de 1º Ordem.

    Cálculo do erro experimental

    A soma de quadrado do erro é obtida de forma tradicional, com 4 graus de

    liberdade.

    1 2ŷ 40,440 0,775x 0,325x= + +

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    21/38

    18

    2 (40,3² 40,5² 40,7² 40, 2² 40,6²) (202,3)² 5ˆ 0,04305 1

    + + + + −σ = =

    − 

    A interação entre os fatores pode ser obtida adicionando o termo x1x2 e é medidapelo coeficiente β12. A estimativa é obtida (considerando as variáveis codificadas) por:

    12 1 1 1 2 2 3 2 4o

    1ˆ (x y x y x y x y )n trat

    β = + + +  

    Extremos MeioInt o

    Y YSQ

    n trat

    −= ∑ ∑  

    Para o exemplo em questão, temos:

    Outra verificação da adequabilidade do modelo é obtida pela comparação da

    resposta média dos quatro pontos do fatorial (40,425), com a resposta média do centro

    do delineamento (40,46).

    Se β11 e β22 são os coeficientes dos termos quadráticos

    2

    1χ  e

    2

    2χ , então a diferençadas médias é uma estimativa de β11 + β22.

    Assim, não existe nenhuma razão para questionar o modelo de primeira ordem.

    Os próximos passos da (MIA) devem seguir.

    Para andar (mover-se) do centro do delineamento (x1=0 e x2=0) no caminho da

    inclinação ascendente, deveríamos mover 0,775 unidades na direção x1 para cada 0,325

    ( )121ˆ 1*39,3 ( 1* 40) ( 1* 40,9) 1* 41,55 0,0254

    β = + − + − + = −

    2

    Int

    [(39,3 41,5) (40 40,5)]SQ 0,0025

    4+ − +

    = =

    Int

    Erro

    SQ 0,0025F 0,058

    QM 0,043= = =

    11 12 1 2ˆ ˆ y y 40,425 40,46 0,035β + β = − = − = −

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    22/38

    19

    unidades na direção de x2. Assim, a direção da inclinação ascendente passa pelo ponto

    central (x1=0 e x2=0) e tem inclinação 0,325/0,775=0,42.

    O engenheiro decide usar um tempo de reação de 5 minutos como tamanho do

    passo inicial. Usando a relação entre 1X  e x1, vimos que 5 minutos no tempo de reação

    corresponde a um intervalo (passo), na variável codificada x1, de ∆x1=1. Os passos no

    caminho da inclinação ascendente são:

    ∆x1=1

    ∆x2=(0,325/0,775) ∆x1=0,42

    Os pontos experimentais são obtidos e a produção para estes pontos observados

    até que se perceba um decréscimo na produção. Os resultados são mostrados na tabela a

    seguir:

    Tabela 4. Método da Inclinação Ascendente para o exemplo da tabela 1.

    PassosVariáveis codificadas Variáveis originais

    Resposta Yx1  x2  1X   2X  

    Origem 0 0 35 155

    ∆  1,00 0,42 5 2 Não faz

    Origem + ∆  1,00 0,42 40 157 41,0Origem + 2∆  2,00 0,84 45 159 42,9

    Origem +3∆  3,00 1,26 50 161 47,1

    Origem +4∆  4,00 1,68 55 163 49,7

    Origem +5∆  5,00 2,10 60 165 53,8

    Origem +6∆  6,00 2,52 65 167 59,9

    Origem + 7∆  7,00 2,94 70 169 65,0

    Origem + 8∆  8,00 3,36 75 171 70,4

    Origem + 9∆  9,00 3,78 80 173 77,6

    Origem + 10∆  10,00 4,20 85 175 80,3Origem + 11∆  11,00 4,62 90 179 76,2

    Origem + 12∆  12,00 5,04 95 181 75,1

    Incrementos na resposta são observados até o 10° passo; depois há um

    decréscimo na produção.

    Portanto, outro modelo de primeira ordem pode ser ajustado em torno do ponto

    (85,175). A região de exploração para tempo seria (80,90) e de temperatura (170,180).

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    23/38

    20

    Assim repete-se todo o processo e os resultados são analisados a seguir:

    A região de 1X  é [80, 90] e para 2X  é [170, 180]. O delineamento experimental

    e os resultados são apresentados na tabela a seguir. Novamente usou-se um fatorial 2 2

    completo com cinco pontos centrais.

    Tabela 5. Dados para o segundo ajuste do modelo de primeira ordem.

    Variáveis codificadas Variáveis originaisResposta Y

    x1  x2  1X   2X  

    -1 -1 80 170 76,5

    -1 1 80 180 77,01 -1 90 170 78,01 1 90 180 79,50 0 85 175 79,90 0 85 175 80,30 0 85 175 80,00 0 85 175 79,70 0 85 175 79,8

    1 21 2X 85 X 175x e x5 5

    − −= =  

    Modelo de 1ª ordem ajustado aos dados codificados é dado por:

    1 2Ŷ 78,97 1,00X 0,50X= + +  

    Tabela 6. Analise da variância para o segundo modelo de primeira ordem.FV GL SQ QM F

    Regressão 2 5,0000 2,5000 47,17*Resíduo 6 11,1200Interação 1 0,2500 0,2500 4,72

    Quad. Puro 1 10,6580 10,62580 201,09*Erro puro 4 0,2120 0,0530

    Total 8 16,1200

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    24/38

    21

    Pela tabela de ANOVA, o componente do termo quadrático puro foi

    significativo, isso implica que o modelo de 1ª Ordem não é uma aproximação adequada.

    A curvatura na real superfície pode indicar que se está próximo do ótimo; assim,

    análises adicionais devem ser feitas para localizar o ótimo com mais precisão. Nesse

    ponto, uma análise adicional deve ser feita para localizar o ótimo com mais precisão.

    9. 

    Modelo de Segunda Ordem

    Na falta de conhecimento suficiente acerca da forma da verdadeira superfície de

    resposta, geralmente o experimentador tenta a aproximação pelo modelo de primeira

    ordem. Quando, entretanto, o modelo de primeira ordem apresenta falta de ajuste para a

    superfície, incorpora-se termos de ordem superior.

    Quando o experimentador está relativamente próximo do “ótimo”, um modelo

    que incorpora a curvatura é usualmente requerido para aproximar a resposta. Na maioria

    dos casos o modelo de segunda ordem

    k k k 1 k2

    0 i i ii i ij i ji 1 i 1 i 1 j 2

    i j

    Y X X X X−

    = = = =<

    = β + β + β + β + ε∑ ∑ ∑∑ 

    Em que 1 2 kX ,X ,...,X  são as variáveis independentes que tem influência na resposta Y;

    0 i ij, (i 1,2,..., k), ( j 1, 2,..., k)β β = β =   são parâmetros desconhecidos, e ε  é um erro

    aleatório.

    Utilizando variáveis codificadas, ix ,obtidas por:

    i

    iu iiu

    X

    u 1,2,....,NX Xx

    i 1, 2,..., ks

    =−=

    Em que iuX  é o u-ésimo nível da i-ésima variável independente,N

    i iuu 1X X / N

    == ∑  é a

    média dos valores iuX , i1/ 2N 2

    X iu iu 1s (X X ) / N

    = = − ∑   é o desvio padrão, e N é o

    número de observações. Sem perda de generalidade podemos considerar os valores de

    iX   sendo substituídos pelos correspondentes valores de ix (i 1,2,...,k)= . Os valores da

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    25/38

    22

    variável resposta obtidos com as variáveis codificadas podem, então, ser representados

    como

    k k k 1 k2

    u 0 i iu ii iu ij iu ju ui 1 i 1 i 1 j 2

    i j

    Y x x x x

    = = = =<

    = β + β + β + β + ε∑ ∑ ∑∑  

    Em que uε   é o erro experimental em uY . Assume-se que os valores de uε   sejam

    independentemente distribuídos como variáveis aleatórias com média zero e variância

    2σ .

    O modelo pode ser escrito na forma de matriz da seguinte forma:

    = +Y Xβ ε  

    Em que [ ]1 2 NY Y Y=Y`   … , X  é uma matriz N x p de coeficientes dos parâmetros que

    compreende os níveis das variáveis independentes; p (k 1)(k 2) / 2= + + ; β  é um vetor

    p x 1 de parâmetros desconhecidos e [ ]1 2 N` ...= ε ε εε . O estimador de mínimos

    quadrados para β  no modelo é dado por:

    1ˆ ( )−=β X`X X`Y  

    A matriz de variâncias e covariâncias de β̂  é

    1 2ˆV( ) ( )−= σβ X`X  

    10. 

    Exemplo de Aplicação para o Modelo deSegunda Ordem

    Considere um esquema fatorial 3 x 3, com 3 níveis de N (0, 50 e 100) e 3 níveis

    de P (20, 40 e 60), de acordo com o modelo de segunda ordem:

    i2i1i522i4

    21i32i21i10i eXXβXβXβXβXββY   ++++++=  

    O experimento dói instalado no delineamento em blocos casualizados com 3 repetições

    e os dados obtidos encontram-se na tabela a seguir:

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    26/38

    23

    Trat. N P Bloco i1x   i2x   12i1 xx   −   2

    2i2 xx   −   i2i1 xx   Y

    1 0 20 1 -1 -1 1/3 1/3 1 471 0 20 2 -1 -1 1/3 1/3 1 40

    1 0 20 3 -1 -1 1/3 1/3 1 442 0 40 1 -1 0 1/3 -2/3 0 602 0 40 2 -1 0 1/3 -2/3 0 622 0 40 3 -1 0 1/3 -2/3 0 663 0 60 1 -1 1 1/3 1/3 -1 383 0 60 2 -1 1 1/3 1/3 -1 403 0 60 3 -1 1 1/3 1/3 -1 364 50 20 1 0 -1 -2/3 1/3 0 424 50 20 2 0 -1 -2/3 1/3 0 44

    4 50 20 3 0 -1 -2/3 1/3 0 465 50 40 1 0 0 -2/3 -2/3 0 705 50 40 2 0 0 -2/3 -2/3 0 695 50 40 3 0 0 -2/3 -2/3 0 646 50 60 1 0 1 -2/3 1/3 0 456 50 60 2 0 1 -2/3 1/3 0 446 50 60 3 0 1 -2/3 1/3 0 467 100 20 1 1 -1 1/3 1/3 -1 457 100 20 2 1 -1 1/3 1/3 -1 46

    7 100 20 3 1 -1 1/3 1/3 -1 448 100 40 1 1 0 1/3 -2/3 0 808 100 40 2 1 0 1/3 -2/3 0 708 100 40 3 1 0 1/3 -2/3 0 659 100 60 1 1 1 1/3 1/3 1 359 100 60 2 1 1 1/3 1/3 1 369 100 60 3 1 1 1/3 1/3 1 39

    ( 0 100 )1i 2 1i

    1i 1i(100 0 )2

    X X 50

    x x { 1,0,1}50

    +

    − −

    = = ∴ −  

    ( 20 60)2i 2 1i

    2i 2i( 60 20 )2

    X X 40x x { 1,0,1}

    20

    +

    − −= = ∴ −  

    2i

    2 i2i i

    2 2 22 2i i

    xP x

    n( 1) (0) (1) 2

    x X3 3

    = −

    − + += − = −

    ∑ 

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

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    24

    1

    2x

    3=  

    6 6

    27 0 0 0 0 0

    0 18 0 0 0 00 0 18 0 0 0

    0 0 0 6 0 0

    0 0 0 0 6 0

    0 0 0 0 0 12

    =  

    X`X  

    6 1

    1363

    2739

    `4 7 / 3

    455/3

    8

    =   −

    X Y  

    6 1

    1363 / 27

    27/1839/18ˆ47/18

    455/18

    8/12

    =   −

    β  

    2 22 2i 0 1 1i 2 2i 3 1i 3 4 2i 3 5 1i 2i iY   β β x   β x   β (x )   β (x )   β x x e= + + + − + − + +  

    2

    1i 2i 1ii

    2

    2i 1i 2i

    X 50 X 40 X 501363 27 39 47 2Ŷ27 18 50 18 20 18 50 3

    X 40 X 50 X 40455 2 818 20 3 12 50 20

    − − − = + − − −

    − − − − − −

     

    21i 2i 1i 1i

    i

    22i 2i 1i 2i 2i 2i

    27X 39X X 2X1363 27 78 47 2Ŷ 1

    27 18 18 900 360 18 2500 50 3

    X 4X X X 2X X455 2 8

    4 218 400 20 3 12 1000 50 20

    = − + + − − − + +

     

    − − + − − − − +  

     

    1ii

    2 21i 1i 2i 2i 2i 1i 2i 1i 2i

    27X1363 27 78 47 94 1820 910 36Ŷ

    27 18 18 18 54 18 54 12 90094X 16X 39X 1820X 8X 47X 455X 8X X

    900 600 360 360 240 45000 7200 12000

    = − + − + − + − + +

    + − + + − − − 

    2i 1i 2i 1i

    22i 1i 2i

    Ŷ 34,8148 0,161111X 4,98055X 0,0010444X

    0,0631944X 0,0006666X X

    = − + + −

    − −  

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    28/38

    25

    2

    ˆSQ Reg C

    1363

    27

    391363 27 39 47 455 8 (1363)4 7 / 327 18 18 18 18 12 27

    455/3

    8

    72811,2963 68806,2593

    4005,0370

    = −

    = − − − − − −   −

    = −

    =

    βX`Y

     

    SQTotal 73179 68806,2593 4372,7407= − =  

    Quadro da ANOVA

    FV GL SQ QM F

    Blocos 2 9,8518 --

    (Tratamentos) (8) (4163,407) --

    Regressão 5 4005,037 801,0074 64,24**

    Falta de ajuste 3 158,370 52,7900 4,23*

    Resíduo puro 16 199,4815 12,4675

    Total 26 4372,7403

    5% 1%F (3,16) 3, 24 F (3,16) 5, 29= =  

    2

    2

    SQ Re g 4005, 037R 0,9159

    SQTotal 4372,7403

    SQ Reg 4005,037R 0,9619

    SQTrat. 4163,407

    = = =

    = = =

     

    Teste para as hipóteses:

    0 1

    1 1

    H : 0

    H : 0

    β =

    β ≠ 

    1% 5% 10%t (16) 2,92 t (16) 2,12 t (16) 1,75= = =  

    2718

    118

    0t 1,8023

    (12,4675)

    −= =

  • 8/16/2019 apostila_-_superfcie_de_resposta

    29/38

    26

    Utilizando :QMRes 18,8342

    GL Res 19

    =

    2718

    118

    0t 1,4664(18,8342)

    −= =  

    1% 5% 10%t (19) 2,86 t (19) 2,09 t (16) 1,73= = =  

    0− λ =B I  

    1 2

    1

    2 1

    2

    Y0,161111 0,0020888X 0,0006666X 0

    XY

    4, 98055 0,126388X 0, 0006666X 0X

    ∂= − − =

    ∂∂

    = − − =∂

     

    1 2

    21

    22

    2 2

    2

    2

    0,0020888X 0,0006666X 0,161111

    0,161111 0,0006666XX

    0,0020888

    0,161111 0,0006666X4,98055 0,126388X 0,0006666 0

    0,0020888

    4,98055 0,126388X 0,0514154 0,000212732X 0

    0,126175X 4,9291346

    X 3

    − = −

    −=

    − − − =

    − − + =

    − = −

    = 9,06

     

    1

    0,161111 0,0006666(39,06)X 64,66

    0,0020888−

    = =  

    Ponto crítico ( 1 2X 64,66;X 39,06= = ).Matriz da segunda derivada:

    2 2

    2 21 2

    2

    1 2

    Y Y0,0020888 0,126388

    X X

    Y0,0006666

    X X

    ∂ ∂= − = −

    ∂ ∂

    ∂= −

    ∂ ∂

     

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    Estudo da natureza da superfície de resposta: este pode ser realizado considerando oponto estacionário e os sinais e magnitudes dos iλ .

    0− λ =B I  22 1

    221 1 2

    2 212

    21 2 2

    YYX X X 1 0

    0 1Y YX X X

    ∂∂ ∂ ∂ ∂   = = ∂   ∂  

    ∂ ∂ ∂

    B I  

    Suponha que o ponto estacionário esteja dentro da região de estudo na qual foi ajustadoo modelo de segunda ordem.

    Conclusão:

    i)  Se todos os valores de iλ  são positivos, então sX  é um ponto de respostamínima.

    ii)  Se todos os valores de iλ  são negativos, então sX  é um ponto de respostamáxima.

    iii)  Se os valores de iλ  tem sinais positivos e negativos, então sX  é um pontode sela.

    0,0020888 0,0003333

    0,0003333 0,126388

    − = −

    B , então:

    0,0020888 0,0003333 00

    0,0003333 0,126388 0

    − λ − λ = − = − λ

    B I  

    0, 0020888 0, 0003333

    00,0003333 0,126388

    − − λ

    =− − λ  

    2

    2

    1 2

    ( 0,0020888 )( 0,126388 ) (0,0003333) 0

    0,126388 0,1284768 0, 000263787 0

    0,1284768 0,016506288 0,000133358

    2(0,126388)

    1,0144 0,00205

    − − λ − − λ − =

    λ + λ + =

    − ± −λ =

    λ = − λ = −

     

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    28

    11. 

    Localização do Ponto Estacionário

    Suponha que nosso interesse é encontrar os níveis 1 2 kx ,x ,..., x , que otimize a

    resposta predita. Este ponto, se existir, será dado pelo conjunto 1 2 kx ,x ,..., x  para o qual

    as derivadas parciais são iguais são iguais à zero, isto é

    1 2 k

    ˆ ˆ ˆY Y Y... 0

    x x x∂ ∂ ∂

    = = = =∂ ∂ ∂

     

    Este ponto é chamado de ponto estacionário e pode representar um ponto de

    máximo, de mínimo ou um ponto de sela.Para obtenção de uma solução matemática geral para localização do ponto

    estacionário, escrevemos o modelo de segunda ordem na seguinte notação matricial

    ˆˆ   = + +0Y   β x`b x`Bx  

    onde

    1 11 12 1k1

    2 2 22 2k

    kk kk

    ˆ ˆ ˆ ˆ / 2 / 2xˆ ˆ ˆx  / 2

    x ˆ ˆsim.

    β β β β β β β = = =

      β β

    x b B

    ⋮   ⋮ ⋱ ⋮

     

    Em que b é um vetor (k x 1) dos coeficientes de regressão de primeira ordem e B é uma

    matriz simétrica (k x k) onde na diagonal têm-se os coeficientes de regressão de

    segunda ordem e fora da diagonal os coeficientes da interação.

    As derivadas parciais dos valores preditos da resposta Ŷ   em relação aos

    elementos do vetor x igualadas a zero são dadas por:

    Ŷ2 0

    ∂= + =

    ∂b Bx

    O ponto estacionário é a solução das equações, ou seja,

    1s

    1

    2−= −x B b  

    O valor predito da variável resposta no ponto estacionário é:

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    onde iw   são as variáveis independentes transformadas e os iλ   são constantes. A

    equação acima é chamada de forma canônica do modelo. Os iλ  são os autovalores ou

    raízes características da matriz B. Assim, tem-se que:

    i.  Se todos os valores de ( iλ ) são positivos, então, sx   é um ponto de resposta

    mínima;

    ii.  Se os ( iλ ) são todos negativos, então, sx  é um ponto de resposta máxima;

    iii.  Se os valores de ( iλ ) tem sinais positivos e negativos, então, sx  é um ponto de

    sela.

    Além disso, a superfície tem inclinação na direção de iw  para o qual o valor de

    iλ  é maior.

    Consideremos novamente o exemplo: segunda fase do estudo. Para ajustar um

    modelo de segunda ordem é necessário aumentar o delineamento com pontos adicionais.

    Para ser possível estimar os parâmetros do modelo o engenheiro obteve mais 4

    observações, mais ou menos no mesmo tempo em que executou os 9 tratamentos

    anteriores. Os 4 tratamentos adicionais foram:(x1=0; x2=± 1,414) e (x1=± 1,414; x2=0).

    Este é o Delineamento Composto Central.

    Tabela 7. Delineamento composto central para avaliação do exemplo.

    Variáveis originais Variáveis codificadas Resposta

    1X   2X   x1  x2  Y (produção)

    80 170 -1 -1 76.580 180 -1 1 7790 170 1 -1 78

    90 180 1 1 79.585 175 0 0 79.985 175 0 0 80.385 175 0 0 8085 175 0 0 79.785 175 0 0 79.8

    92.07 175 1.414 0 78.477.93 175 -1.414 0 75.6

    85 182.07 0 1.414 78.5

    85 167.93 0 -1.414 77

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    31

    Tabela 8. Análise da variância de dados referentes à produção no delineamento

    composto central.

    FV GL SQ QM F Valor p

    Intercepto 1 31951.98 31951.98 450595.9 0.000000*

    Tempo 1 7.92 7.92 111.7 0.000015  

    Tempo² 1 13.17 13.17 185.8 0.000003  

    Temperatura 1 2.12 2.12 29.9 0.000934  

    Temperatura² 1 6.97 6.97 98.3 0.000023

    Tempo x Temperatura 1 0.25 0.25 3.5 0.102519 

    Resíduo 7 0.50 0.07

    Os efeitos do modelo de segunda ordem ajustado aos dados codificados bem

    como sua significância estatística são apresentados na Tabela 9.

    Tabela 9. Estimativa dos parâmetros do modelo de segunda ordem.

    Efeitos Estimativas Valor pIntercepto 79.93995 0.000000

    Tempo 0.99505 0.000015

    Tempo² -1.37645 0.000003

    Temperatura 0.51520 0.000934

    Temperatura² -1.00134 0.000023

    Tempo x Temperatura 0.25000 0.102519

    Tem-se a não significância do efeito da interação Tempo x Temperatura, assim o

    modelos ajustado pode ser expresso por:

    2 21 1 2 2Ŷ 79,93995 0,99505x 1,37645x 0,5152x 1,00134x= + − − −  

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    x1

    -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0

         x       2

    -1.0

    -0.5

    0.0

    0.5

    1.0

    75

    76

    77

    78

    79

    80

    Figura 5. Gráfico de contorno do modelo de 2º Ordem.

    Sabendo que o modelo é apropriado para descrever os dados, podemos então

    encontrar a localização do ponto estacionário usando a solução geral apresentada.

    O ponto estacionário é a solução das equações, ou seja,

    1s

    1

    20,73972 0,09234 0,99505 0,7836410,09234 1,01018 0,51520 0,612332

    −= −

    − − − = − = − − −

    x B b

     

    Em termos das variáveis originais, o ponto estacionário é dado por:

    11

    22

    X 850,78364 X 81,0818

    5X 175

    0,61233 X 171,93835

    −− = ∴ =

    −− = ∴ =

     

    O valor da resposta estimada no ponto estacionário é:

    0,99505 1,37645 0,12500 

    0,51520 0,12500 1,00134

    − = = −

    b B

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    [ ]

    's 0

    s

    1ˆŶ2

    0,995051Ŷ 79,94 0,78364 0,61233 79,390,515202

    = β +

    = + − − ≅

    sx b

     

    Análise canônica

    Vamos expressar o modelo ajustado na forma canônica. Primeiramente

    precisamos encontrar os autovalores, 1 2eλ λ , que são as raízes do determinante da

    equação:0

    1,37645 0,125000

    0,12500 1,00134

    − λ =

    − − λ=

    − − λ

    B I

     

    Resolvendo a equação:

    2 2,3777 1,3626 0λ + λ + =  

    Temos:

    1 0,9635λ = −   e 2 1,4143λ = −  

    A forma canônica do modelo ajustado fica:

    2 21 2Ŷ 80,21 0,9635w 1,4143w= − −  

    Visto que as raízes iλ   são todas negativas, conclui-se então que sx   é um ponto de

    resposta máxima.

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    Referências

    BOX, G. E. P.; DRAPER, N. R. Empirical model buiding and response surfaces.

    New York: John Wiley & Sons, 1987.

    KHURI, A. I.; CORNELL, J. A. Response Surfaces: designs and analysis. New York:

    Marcel Dekker Inc., 1987.

    MONTGOMERY, D. C. Design and analysis of experiments. John Wiley & Sons,

    New York, 2001.

    MONTGOMERY, D. C.; RUNGER, G. C. Estatística aplicada e probabilidade para

    engenheiros; tradução Verônica Calado. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.