auditoria pequenas barragens terra

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    UMACONTRIBUIOPARAAAUDITORIAEMPEQUENASBARRAGENSDETERRA:PONTOSCRTICOSDEANLISE

    FernandoRolim;GustavoDiniz;TobiasPereira

    Aquifoiconsideradacomopequenabarragemomacioterroso,comat10mdealtura.Aseguir,entreassees2e7,seroapresentados,paracadafasedeconstruodabarragem,umadescriodosservioscomumenterealizados,equaisospontoscrticosaseremobservadosem uma anlise. Esses pontos visam determinar as quantidades de servios executadas, aqualidade da execuo, a adequao da execuo ao que foi projetado, alm da anlise doprprio projeto bsico e/ou executivo. Ao longo do texto so indicados parmetros de pr-

    dimensionamentoqueauxiliamnaanlisedoprojeto.Naseo8serapresentadaumametodologiaparaadeterminaodaprodutividadedeumtratordeesteiras,queoequipamentomaiscomumenteempregadonaconstruodasbarragens.Apsisso,soapresentadasalgumasconsideraesfinais,squaisacrescentadoummodelodeFichadeAuditoriadeObras,eprope-seaconstruodeindicadoresparaavaliaesdebarragens.Salienta-sequeestetrabalhonoabordaproblemasligadosaquestesambientais,tampoucofazrefernciasdesapropriaesnecessriasexecuodasbarragens,almdenofazeranliseshidrolgicasparaoestudodabaciahidrulica.

    2.ADEQUABILIDADEDOLOCALDACONSTRUOComo premissa bsica para a execuo da pequena barragem de terra, deve ser reduzido ovolumedebota-fora.Asituaoidealocorrequandoomaterialdolocalpredominantementeargilosoouarenosiltoso/argilosoeovertedouropodeserimplantadoforadocorpodabarragem,utilizandoomaterialescavadoparaaconstruodomacio(Hradileketalli,2002,p.09).Afundaodevetercapacidadedesuportee estanqueidadecompatveiscomodesempenhodabarragem. Caso necessrio tratamento para melhorar esses aspectos, as aes corretivas nodevemserproibitivasdopontodevistafinanceiro.Ovolumedetrocadematerialdafundaodaordemdegrandezade10%dovolumedomacio(MolleeCardier,1992,p.418).A barragem deve ser construda, o mais prximo possvel do local mais estreito do rio,

    minimizandooconsumodemateriais.Devemserobservadosospontosdeauditoriaaseguir:

    Classificaodomaterialdafundaoedoaterro; Localizaodabarragememrelaobaciahidrulica.

    3.LIMPEZADABACIAHIDRULICAAlimpezanormalmenteconstadaremoodacamadavegetalnabaciahidrulica,servioessefeitocomtratordeesteira.Aextensodalimpezanareadeinundaodependerdotipodevegetao,solo,oudepsitos,

    tais como fossas e lixo, que podem contaminar a gua por eutrofizao. Nas reas dosemprstimosenolocaldomacio,acrescidosde3mmontanteejusante,necessariamentefeitaalimpezadoterreno.Emgeral,ocritriodemedioutilizadoparaalimpezaareaemm.Quandoexistentes,rvoresdeportemaior,comdimetrossuperioresa150mm,somedidasemunidades.Usualmenteasreassoaferidasportrenaderoda.Entretanto,emalgumassituaes,aexemplodo reservatrio parcialmente cheio, a avaliao pode ficar prejudicada. Nesse caso recomendadoo uso doGPS (Global Positioning System) para a avaliao da rea tratada.

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    importante verificar se a preciso do aparelho, no momento da coleta dos dados, nocomprometeaavaliao,umavezqueemreaspequenasoerropodesergrosseiro.Devemserobservadosospontosdeauditoriaaseguir:

    reatrabalhadasubmetidalimpeza; Caractersticasdomaterialdabaciahidrulica,paraserobservadoseareafoiutilizada

    comojazidaparaaexecuodomacioterroso;

    Seaformaeoambientedabaciacontribuemparaoseuassoreamento.4.EXECUODAFUNDAODABARRAGEMBasicamente existem doismotivos para a execuo desse servio. O primeiro aumentar acapacidadedecargaediminuiradeformaodoterrenodefundao,nocasodaocorrnciadesolosmolesoucombaixaresistncia.Osegundomotivoaumentarocaminhodepercolaodgua atravsdabarragem, com oacrscimodas linhas dequeda de potencial, oumesmo aeliminaodofluxosobabarragem.Astcnicasdecompactaodomaterialdeaterrodafundaosoasmesmasdasempregadasnaexecuodomacioeserocomentadasnaseo5.

    Quando uma barragem vai ser assentada sobre stio constitudo por solo mole, dever-se-remover esse material at uma cota em que as presses solicitantes no provoquem nemdeformaesexcessivasnocorpodabarragemnemcolapsototaldafundao.Numaoutrasituao,emqueomaterialdefundao,emboracompatvelcomassolicitaesmecnicasaqueestarsujeito,possuiumapermeabilidadeque impossibilitaa retenodguanabarragem,omaterialretiradoesubstitudoporoutrodegranulometriamaisfina.Entretanto,casoagranulometriadomaterialexistentenolocaldafuturafundaosejaadequado,podeaindaser necessria a retirada e a recolocao desse material, visando um grau de compactaosuperioraoqueexistianosolonatural,oquereduzapermeabilidadeeaumentaocaminhodepercolaodasguas.A diminuio dessa perda de carga hidrulica pode ser total, no caso em que o reforo defundaoatingeumsubstratoconstitudoporrochas,ouparcialnocasodesolosprofundos.ExistemexperinciascomoasdeCreager(Estevez,1964,p.204),queestimamaperdadecargaocorrida em funo da variao da altura impermevel de solo. Geralmente a largura dessacamadadetratamento1/3dabasemaiordaseotransversaldabarragem,conformefigura1:

    LL/3Tapeteimpermevel

    Rip-RapGramneas

    TapetedrenanteDrenodeP

    2% 2%

    Figura1

    No caso da ocorrncia de rocha na fundao, preciso observar o seu grau de integridade(fissurao)e,casosejaviveleconomicamente,trataressasfissurascominjeodecaldade

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    cimento. Normalmente feita a limpeza completa da capa de solo que envolve a rocha defundao,eevita-seapresenadepanelas(nasuaocorrnciadeve-sepreench-lascomconcretoou com material de permeabilidade compatvel) ou de materiais desagregados que poderiamprovocar caminhos preferenciais de percolao, o que originaria vazios no macio. Issocertamentecomprometeriaaestabilidadedabarragem.Existemoutrassoluesparaevitarafugadguaabaixodabarragem,quevodesdeaexecuo

    decortinasdeestacas-prancha,emmadeira,metal,concretoououtrosmateriaiscompatveiscomessa finalidade, at a execuo de tapetes impermeveis. A primeira soluo geralmente preterida devido ao alto custo. O tapete impermevel consiste na execuo de uma camadaespessadesoloargilosonoladodemontantedabarragem,conformefigura1.Aespessuradotapetepodeserestimadaem10%daalturamximadabarragem,adotando-seovalormnimode1m(Estevez,1964,p.206).Oinconvenientedessasoluooperigodabarragemsecartotalmenteeomaterialdotapete,sujeito a ciclos de molhagem e secagem, acabar por fissurar e perder a sua finalidade deimpermeabilizao. Lembre-se que nessa soluo deve ser estudada a rede de percolao deformaaverificaraperdadecargahidrulicaatravsdomacio.

    Devemserobservadosospontosdeauditoriaaseguir,confrontandocomosdadosdoprojetoeassondagensfornecidaspelorgoresponsvelpelaobra:

    Adequabilidadedasoluodefundaoadotada; Necessidadedaadoodeobrasdedesviodocursodgua; Existncia de tratamento de fundao (cut-off), com medidas das suas dimenses em

    vriasseesparaefetuaracubao.Nocasodomaciojexecutado,deve-sequestionarao representante do rgoauditado asdimenses, tendo sempre emmenteas relaesusais entre as dimenses do tratamento e as dimenses do macio, i.e. a largura dotratamento,queemgeral1/3dalarguradabasemaiordaseotransversaldomacio;

    Indcios daespessura de solo encontrado (distncia entre ascotasdo solonatural e arochaimpenetrvel).Umindicativoavegetaoexistentenolocal;

    Necessidadedeescavaoemrocha; Mtodo construtivo executado na fundao, de forma a avaliar a produtividade dasmquinasutilizadas;

    Origemdosmateriaisutilizadosdeformaaavaliarasdistnciasdetransportepercorridas.5.EXECUODOMACIODABARRAGEMEssaetapaconstadaexecuodeumaterro,compactando-seomaterialcomtratordeesteira,comousemauxlioderoloscompactadores.Ummtodoconstrutivocomumenteutilizadoousoexclusivodotratordeesteira,queescavaomaterial da bacia hidrulica, transporta para a seo da barragem, espalha e realiza acompactao.Geralmenteadotadaumacamadasoltade20cmquereduz-se,apsumnmero

    de10a12passadasdotrator,a15cm.O controle da execuo do aterro deve ser obtido por meio de ensaios de umidade ecompactao.Naausnciadesses,usualumaverificaotato-visualdaumidade:junta-seumpunhadodesolonamo,eforma-seumbolo.Essematerialsoltocontraumanteparo,epodemocorrertrssituaes:

    Omaterialdestorroa-secompletamente,indicandoqueaumidadeestabaixodatima; O material permanece com boa parte do corpo ntegro e outra parte destorroada,

    indicandoaumidadetima; Omaterialficamido,aspectobrilhoso,compoucodestorroamentoeboacapacidadede

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    moldagem,indicandoqueaumidadeestacimadatima.No caso de solosmuito arenosos esse teste no se aplica. Entretanto, esse tipo de material,devidosuapermeabilidade,noadequadoaousonasbarragens,podendoserusadoapenasem pequenos barramentos ao longo do leito do rio, com funo exclusiva de diminuir otransportedesedimentose,conseqentemente,protegerabarragemdoassoreamento.

    Normalmente so feitos estudos de estabilidade e das redes de percolao para odimensionamentodaseotransversaldomacio,incluindo-senoconjuntoafundao.Acaracterizaodosmateriais,pormeiodesuaspropriedadesdeinteresse, fundamentalparaesses estudos. Essas propriedades correspondem coeso, ao ngulo de atrito e permeabilidade,epodemserobtidasviacorrelaocomdiversosensaios.GeralmenteseutilizaaclassificaodossolospropostaporArthurCasagrande,quefazusodagranulometriaedoslimitesdeAttenberg(LimitesdeLiquidez,dePlasticidadeedeContrao)edivideosdiversostiposdesolo.Atabela1exibeosensaiosgeotcnicosnormalmenteempregadosnaconstruodepequenas

    barragensdeterra.

    Ensaio Norma Data(ms/ano)Grosdesolosquepassamnapeneirade4,8mmdeterminaodamassaespecfica

    NBR6508/MB28

    10/1984

    Solo:determinaodolimitedeliquidez NBR6459/MB30 10/1984Solo:determinaodolimitedeplasticidade NBR7180/MB31 10/1984

    Solos:anlisegranulomtrica NBR7181/MB32 12/1984Amostrasdesolo:preparaoparaensaiosdecompactaoeensaiosdecaracterizao

    NBR6457/MB27

    08/1986

    Solo:ensaiodecompactao NBR7182/MB33 08/1986

    Solo:controledecompactaopelomtododeHilf NBR12102/MB3443 11/1991Solo:determinaodocoeficientede

    permeabilidadedesolosgranularescargaconstante

    NBR13292

    04/1995Solo:determinaodocoeficientede

    permeabilidadedesolosargilososcargavarivel

    NBR14545

    07/2000Tabela1

    Emalgumassituaespodenoexistirdisponibilidadedeguaparaumedeceromacio,nessecasootaludedevesersuavizado,estudando-seaestabilidadedomacioemfunodeumgrau

    decompactaomenor.Dosestudosdasredesdepercolaoavaliadooriscodehaverofenmenochamado piping,que a eroso retrogressiva da barragemprovocada pelas foras de percolao, o que podecausarocolapsototaldaobra.Amedidaadotadaparaevitaropipingacanalizaodasguasdepercolaoatravsdedispositivosdedrenagem,paratantoaslinhasdefluxodevemindicarumasadaacimadopdotaludedejusante,conformeindicadonafigura2.

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    emrelaoaoprevistonoprojeto,podelevaraquantitativos(volumesdeterra)bastantediferentes;

    Natureza dos materiais empregados, observando a sua coerncia com os materiaisprevistosemprojeto;

    Origemdosmateriaisutilizados,deformaadefinirasdistnciasdetransporte; Mtodo construtivo utilizado e os equipamentos empregados, visando o clculo da

    produtividadedasmquinas.

    6.PROTEODOSTALUDESDABARRAGEMOstratamentossodiferenciadosemrelaoaostaludesdemontanteeodejusante.Enquantooprimeiroestsujeitoaodovento,dochoquedeondaseaodiretadachuva,osegundoestsujeitoapenassguasdaschuvaseaovento.6.1.ProteodotaludedemontanteEmpequenasbarragens,aaodeondasnosignificativa,bastandoacolocaodeseixoepedrademoaolongodasuperfcie.Sehouveraodeondas,necessriaacolocaodeumenrocamento(rip-rap),emqueasdimensesdaspedrasvodependerdograudaaoerosiva.Issopodeseravaliadoporintermdiodofetch,queocomprimentoperpendicularaoeixodabarragem,medidodopdotaludedemontanteaolimitedabaciahidrulica.

    Atabela3exibeumasugestoparaodimensionamentodorip-rap(Hradileketalli,2002,p.24).

    Pesodapedra(kg)-distribuioInclinao Fetch(km) Espessura(m) Mximo 40a50% 50a60% 0a10%

    3:1 600 35a600 4 1,00 2.000 >1.000 45a1.000 1.000 45a1.000

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    Odimensionamentodosangradourovaidependerdosestudoshidrolgicosefetuados.Acotadasoleiradosangradouroigualcotadotopodabarragemsubtradadalminadasangriaedafolgadesegurana,oudeoutraforma,define-searevanchecomoadiferenadecotaentreocoroamentoesoleiradosangradouro.Atabela4exibeumasugestoparaodimensionamentodasfolgas,(Hradilek etalli,2002,p.

    13).Fetch(km) Folganormal(m) Folgamnima(m)

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    Saliente-sequeametodologiaadotadapodeseradaptadaparaquaisquerobrasdeterraplenagem,masqueasconsideraesaquipostasseresumiroaocasodeelevaodemacio terrosocomtratordeesteira,com material proveniente da bacia hidrulica, escavado e transportado peloprprio trator. Decidiu-se por esse caso particular porquanto essa uma das situaes maiscomunsdeocorrncianoSemi-ridonordestino,regionaqualamaiorpartedascontrataesdessetipodeobraocorrem.

    8.2.ClculodaProdutividadeCalcularaprodutividadedeumamquinaimplicaestimarotemponecessriopararealizarumadeterminadaoperaoqueserepete,ouseja,estudaro tempodeciclo.Aoperaodecompostaemoperaesbsicasque,nocasodasbarragensorasobfoco,correspondemaescavao,carga,transporte,descarga,espalhamentoecompactao.Porsuavez,o templodecicloformadoportempos elementares, correspondentes aos perodos necessrios para executar as operaeselementaresoubsicas.Ostemposelementarespodemserclassificadosem:-tempos fixos (Tf): que so os que semantmmaisoumenosconstantes, independente doportedasobras,taiscomoostemposdecarga,descargaemanobras;-temposvariveis(Tv):quedependemdiretamentedasdistnciaspercorridas,aexemplodostemposdetransportecarregadoouvazio,noretorno,(RicardoeCatalani,1990,p.156).

    Almdostemposcitadosanteriormente,paraoclculodaprodutividadenecessrioquesejamdefinidosoutrostempos,asaber:-tempodeciclomnimo(Tcmin):asomadeTfcomTv;-tempodeparadas(Tp):soostemposdasmudanasentreasoperaes;-tempodecicloefetivo(Tcef):asomadeTcminaostempodeparadaTp.A frmula bsica daproduodeumequipamentode terraplenagem a seguinte (RicardoeCatalani,1990,p.201):

    Qef=C.F1

    .(1/Tcef).E (2)

    Qef:aproduoefetiva,medidanocorte(m/h)

    C:capacidadedacaambaemvolumesolto(m)F1:fatordeempolamentoTcef:tempodecicloefetivo(h)E:coeficientederendimentodaoperaoAseguir(figura3)apresentadaumaseotpicadaobra,naqual:Lc:larguradocoroamento;Lm,Lj:comprimentodostaludesdemontanteedejusante;1e2:ngulocomahorizontaldostaludes;

    Lm Lj

    Lc

    1 2

    Figura3

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    Para o clculo do volume do macio, necessria a cubao entre as diversas seestransversais,aolongodocomprimentodabarragem,conformefigura4,naqual:Vi:volumedomacioentreasseesiei+1;Ai:readaseotransversaldabarragemnaseoi;Ai+1:readaseotransversaldabarragemnaseoi+1;Li:distnciaentreseesconsecutivas.

    Figura4Areadeumaseotransversalipodeseraproximadapelaseguintefrmula:

    Ai=0,5.{[Lm

    .cos(1).sen(1)]+[Lj

    .cos(2).sen(2)]+Lc

    .[Lm.sen(1)+Lj

    .sen(2)]}(3)

    Ovolumedomacioserdado,ento,pelacubaoresultantedafrmula:V=[(Ai+Ai+1)/2]

    .Li (4)Osngulosdostaludesdevemseraferidosemcampo.Paratalpodeserutilizadooclinomtro.Na ausncia deste instrumento, dois dos autores deste texto fizeram uma adaptao a qual

    denominaramdetaludmetro,conformefigura5.

    Figura5

    Aprodutividadedotratordeesteiranaetapadeconstruodomaciopodeserdecompostaem:a)escavao,transporte,eretornovazioatformaracamadasolta;b)espalhamentocomusodalminaecompactaodacamadacomusodopesodotratordeesteira;

    c)retornovaziodamquinaparainiciarnovotransportedematerialparacamadaseguinte

    Ai

    Seoi Seoi+1

    Ai+1

    Li

    Vi=[(Ai+Ai+1)/2].Li

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    Inicialmente necessrio que seja determinado o tempo de ciclo efetivo (Tcef) que serempregadonoclculodaprodutividade.Paratanto,devemserrealizadasasseguintesaes:a)verificaodonmerodeviagensnecessriasparaencherumacamadanaseomdiadabarragem;

    b)clculodotempodessasviagens;c)clculodotempodoespalhamentoecompactaodessacamada;d)clculodotempoparamquinaretornaraopontoinicialdeencheranovacamada;e)clculodotempodecicloefetivo,queserasomadessestemposaostemposdeparadas.Apsoclculodotempodecicloefetivo,procede-sedeterminaodaprodutividademxima(Qmax),queserarelaoentreovolumedacamadamdia(Vcam)eotempodecicloefetivocalculado(Tcef).Nessepontoaindanoseencontrouaprodutividadedesejada,oquesobtidoapsoclculodaprodutividadeefetiva(Qef),queserigualprodutividademximacorrigidapelofatordeempolamento(Femp)epelofatordeeficinciadaoperao(E).

    Qmax=Vcamada/Tcef (5)Qef=Qmax

    .Femp.E (6)

    Nestetexto,a apresentaodametodologiadeclculodaprodutividadedeumequipamentode

    terraplenagemnaelevaodomacioterrosodeumapequenabarragemdeterraserfeitapormeiodeumcasoprtico.Salienta-sequeparaoclculodaprodutividadeemoutrassituaesbastanteapenasaadaptaodessametodologiasespecificidadesdecadacasoparticular.Nocaso apresentado, o material escavado da rea logo a montante do eixo da barragem,transportada para esse eixo, espalhada e compactada pelo peso prprio do equipamentoempregado.Noexemploaquiabordado,foiescolhidocomoequipamentoumtratordeesteirasD4C,comlmina4P,quefartodasasoperaesdeelevaodomacio.Esseconjuntotemasseguintescaractersticastcnicas(Caterpillar,1990,p.16e46):LarguradaEsteira=0,406m;ComprimentodaEsteira=2,05m;

    LarguradaLmina=2,41m;AlturadaLmina=0,93m;Pesototaldoconjunto=75,81kN(trator)+10,99kN(lmina)=86,80kN.Para o desenvolvimento da metodologia, alguns outros parmetros devem ser tambmpreviamenteconhecidos,quaissejam:Fatordeadernciamdiodossolos(f),aquiadotadocomo0,7;Massaespecficadaterrasolta(s),aquiadotadacomo13kN/m;Coeficientedeatritoterrasoltacomterrenonatural(),adotadocomo1,3;Coeficientederolamentodotrator(k),queparaomodeloD4Ccorrespondea0,06.Clculodovolumedacamadarepresentativa(Vcamada)dabarragem:

    Vcamada=C.L.e.Emp (7)Sendo:C:comprimentodabarragem,nocasocorrespondentea66,50m(essamedidadeveserobtidaemcampo);L:larguradabarragemnaalturamdiadaseotransversalmxima,nocasocorrespondentea14,80m(essamedidadeveserdeduzidadasobservaesemcampo);e:espessuradacamadadeterrasolta,adotadacomo15cm;Emp:empolamentodosolo.Vcamada=66,50m

    .14,8m.0,15m.1,25=184,54m.

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    Clculodovolumedeterratransportadopelotratoremcadaviagemrealizada(Vlmina):

    Vlmina=0,80.h.l(Caterpillar,1990,p.46) (8)

    Onde:h:alturadalmina;l:larguradalmina.Vlmina=0,80

    .(0,93m).2,41m=1,67m.

    Clculodaquantidadedeviagens(Nviagens)necessriasparapreencherumacamada:Nviagens=Vcamada/Vlmina (9)

    Nviagens=184,54m/1,67m=110,50viagens111viagens.Clculodoesforomximodotratorparaescavao(Eescavao):

    Eescavao=f.P (10)

    Onde:f: fator de aderncia da mdia dos solos, normalmente utilizados na execuo do macio,conformetabela5;

    Fatordeaderncia(f)

    Terrasolta 0.6Solonatural 0.9Valormdio 0.7

    Tabela5P:pesototaldoconjunto.Eescavao=0,70x86,80kN=60,76kN.Salienta-sequequalqueresforosuperiora60,76kNfarotratorpatinar.Paraoesforomximodotratornecessriousara1marchacomvelocidade(vesc)2,6km/h.Paraoclculodessavelocidadefoiconsultadaacurvatraoxvelocidade,fornecidanomanualdeoperaesdotratorD4C,produzidopelaCaterpillar(1990,p.23).Estacurvaserutilizada

    nosclculosdasdemaisvelocidades,aseguir,tambmapartirdoesforotratorobtido.Clculodoesforotratorparaodeslocamentocarregado(Etransp):Essaforacorresponderaoesforonecessrioparavenceroatritodaterraquesertransportadaemrelaoaoterrenonatural,somadoaoesforoderolamento,acrescidodarampamdiadotalude(i).

    Etransp=(.Vlmina

    .s)+{[k+(0,01.i)}.P} (11)

    Onde::coeficientedeatritoterrasoltacomterrenonatural;s:massaespecficadaterrasolta;k:coeficientederolamentodotrator;P:pesototaldoconjunto;

    i:rampamdiadotalude.Etransp=(1,30

    .1,67m.13kN/m)+{[0,06+(0,01.20%)].86,80kN}=50,79kN.Avelocidade(vtransp)paraesseesforotratorde2,7km/hna2marcha.Clculodoesforotratorparaoretornovazio(Eret):

    Eret=k.P (12)

    Onde:k:coeficientederolamentodotrator;P:pesototaldoconjunto.Eret=0,06

    .86,80kN=5,21kN.

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    Tret=DMT/vret (18)Onde:vret:velocidadedotratornodeslocamentodomacioaoemprstimo,jcalculada.Tret=(50m

    .0,06)/6,0=0,50min.Otempoparacompletarumacamada(Tcam)serasomadessestempos,edadopelaequao(15):

    Tcam=Tf+Tesc+Ttransp+Tret (15)Tcam=0,30+0,35+0,78+0,50=1,93min.Clculoparaotempodeespalhamento:

    Tesp=(C.Ncob

    .R)/vesp (19)Onde:C:comprimentodabarragem,nocasocorrespondentea66,50m(essamedidadeveserobtidaemcampo);Ncob:quantidadedecoberturasdecadapontodacamadapelotrator=2(adotado);R:relaodalarguradacamadarepresentativa(L,jcalculada,iguala14,80m),comalarguradalmina=14,8m/2,41m=6,14(adotar7);vesp:velocidadedotratorduranteoespalhamentodaterranacamadarepresentativa.Tesp=(66,50m.0,06.2.7)/5,4=10,3min.Clculoparaotempodecompactao:

    Tcomp=(C.Ncob

    .R)/Vcomp (20)C:comprimentodabarragem,nocasocorrespondentea66,50m(essamedidadeveserobtidaemcampo);Larguradacamadarepresentativa=14,8m;Ncob:quantidadedecoberturas=8(adotado);R:relaodalarguradacamadarepresentativacomalarguradasduasesteirasdotrator=14,8m/(2.0,406m)=18,22(adotar19);Vcomp:velocidadedotratorduranteacompactaodaterranacamadarepresentativa.T

    comp=(66,50m.0,06.19.8)/5,4=112,31min.

    Clculodotempodeciclomnimo,quedadopelaequao(14):

    Tcmin=(Tcam.Nviagens)+Tesp+Tcomp (14)

    Tcmin=(1,93.111)+10,3+112,31=336,84min.

    Clculodotempodecicloefetivo:

    Tcef=Tcmin+Tp (21)Onde:Tp:tempodeparadas,aquiarbitradocomosendo0,50minporviagem.Assim,emumacamadaessetempocorrespondea0,50min.81viagens=40,50min.Tcef=336,84min+40,50min=377,34min.

    Clculodaprodutividademximadacamadarepresentativa,dadapelaequao(5):Qmax=Vcamada/Tcef (5)

    Qmax=(184,54m.60)/377,34=29,34m/h

    Clculodaprodutividadeefetivadacamadarepresentativa,dadapelaequao(6):

    Qef=Qmax.Femp

    .E (6)Femp:fatordeempolamento,adotadocomo0,80;

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    E: fator deeficincia daoperao, obtido da tabelaelaborada pelaKomatsuLtda (RicardoeCatalani, 1990, p. 159), reproduzida na tabela 6, tendo sido considerado boa condio detrabalhoemdiacondiodeeficinciamecnica(E=0,71).Qef=29,34

    .0,80.0,71=16,67m/h

    CondiesdeeficinciamecnicaCondiesdeTrabalho Excelente Boa Mdia M

    Excelente 0.84 0.81 0.76 0.7Boa 0.78 0.75 0.71 0.65Mdia 0.72 0.69 0.65 0.6M 0.63 0.61 0.57 0.52

    Tabela6Clculodenmerototaldehoras(n)gastopelotratornaelevaodomacio:

    n=V/Qef (22)Onde:V:volumetotaldabarragem,obtidodacubaodomacio,viaequao(4).Foiadotado,comoexemplo,ovolumetotalde8.239m.n=8.239m/16,67m/h=494,24horasAssim,ficaexibidoametodologiadeclculodonmerototaldehorasgastasporumtratordeesteirasnaelevaodomaciodeumapequenabarragemdeterra.Segueabaixooutrasconsideraes:

    Aprodutividadesensivelmenteafetadapeladistnciadetransporteentreoemprstimoeomacio,epelaespessuradacamadaquesepretendeexecutar;

    de fundamental importncia o esclarecimento da metodologia de execuo dabarragem,umavezquedeladependeadeterminaodasetapasqueirocomporotempodecicloaseradotadonoclculodaprodutividade;

    Naconstruodoaterrodeveserverificadosehouvenecessidadedesuprimentodegua.Caso positivo estima-se que o custo da gua corresponde a cerca de5% do custodovolumeaterrado(MolleeCadier,1992,p.417);

    9.CONCLUSESAcredita-se queospontosaquiabordados, devidamente implantados, representamumavanonas auditorias de obrasdoTCE/PE, na busca da correta aplicao dos recursos pblicos. Oassunto vasto, e deve ser melhorado ao longo da experincia acumulada nas diversasauditorias,umavezquesomentecomoconhecimentodassolueslocaisedaverificaododesempenhodasobraspodemseridentificadasasmelhoressolues.Apresenta-seadianteumapropostademodeloparaumaFichadeAuditoriadeObras(CasodePequenas Barragens de Terra). Nessa ficha h elementos que foram inspirados em outros

    modelosexistentes(MinistriodaIntegraoRegional,2002,pp.92-103,2005,p.25-31).Prope-sequeopreenchimentodessasfichassejautilizadocomoobjetivodeformarumbancodedadosqueindiquequaisosproblemasmaiscomumenteencontradosemobrasdessanaturezaepropiciemaconstruodeindicadoresdecustoquepossambalizarfuturasauditorias.

    REFERNCIASBIBLIOGRFICASBureauofReclamation(1967)DiseodePresasPequeas.Mxico:CompaiaEditoraContinental,S.A.Caterpillar(1990)CaterpillarPerformanceHandbook.19ed.Peoria:CaterpillarInc.Estevez,V.P.(1964)BarragensdeTerra.NotasdeAula.CampinaGrande:UFPB,CampusII.

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    Hradilek,P.J.etalli(2002)AvaliaodePequenasBarragens inManualdeIrrigaodoMinistriodaIntegraoRegional.Volume6.Braslia:BureauofReclamation.

    MinistriodaIntegraoRegional(2002)ManualdeSeguranaeInspeodeBarragens.Braslia:MinistriodaIntegraoRegional.

    _________(2005)ManualdePreenchimentodaFichadeCadastrodeBarragem.MinistriodaIntegraoRegional.Molle,F.eCadier,E.(1992)ManualdoPequenoAude.Recife:SUDENE.Ricardo,H.S. eCatalani,G. (1990)ManualPrtico deEscavao: Terraplenagem e Escavao deRocha.2

    edio.SoPaulo:PINI.

    Contactoscomosautoresmedianteosseguintesendereoseletrnicos:[email protected]@[email protected]

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    FICHADEAUDITORIADEOBRAS

    BARRAGENSDETERRA

    1.IDENTIFICAODAOBRA

    Localizao:

    Proprietrio: Perododeexecuodaobra:

    2.ANLISEPORFASESCONSTRUTIVAS

    LEVANTAMENTODABACIAHIDRULICA(READEDESMATAMENTO)PORGPS

    Sistemadecoordenadas: UTM

    Datum:

    Ponto Zona Easting Northing Preciso(m) Observao

    LEVANTAMENTODABACIA

    HIDRULICA(READEDESMATAMENTO)PORMEIO

    DETRENA

    1 2 3 4 5 6 7

    Estaca

    Largura(m)

    Comprimento(m)

    DMTbotafora(km)

    Destocamento(_____rvores)

    -Aformaeoambientedabaciacontribuemparaoassoreamentodabarragem? Sim No Noseaplica

    Obs:

    SEESFUNDAO 1 2 3 4 5 6 7

    Estaca

    BaseMaior(m)

    BaseMenor(m)

    Altura(m)

    Inclinaodosparamentos(graus)

    Tipodematerialescavado DMTemprstimo(km)

    Indicar local da origem dosmateriaisdeemprstimo

    DMTbotafora(km)

    Tapeteimpermevel,espessura(m)

    Houve necessidade de desvio docursodgua?(especificar)

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    FICHADEAUDITORIADEOBRAS

    BARRAGENSDETERRA

    O projeto e a execuo estocoerentes com as sondagens? (simouno,justificar)

    A espessura de solo retirado na fundao est de acordo com os indcios

    observados,taiscomoavegetaoexistenolocal?

    Sim No Noseaplica

    Houveumedecimentodomaterialcompactado? Sim No Noseaplica

    MtodoconstrutivodaFundao:

    SEESMACIO 1 2 3 4 5 6 7

    Estaca

    LarguradoCoroamento(m)

    ComprimentoTaludeJusante(m)

    InclinaoTaludeJusante(graus)

    ComprimentoTaludeMontante(m)

    InclinaoTaludeMontante(graus)

    DMTemprstimo(km)

    Tapetedrenante,espessura(m)

    Indicar local da origem dosmateriaisdeemprstimo

    Asdimensesdabarragensestocoerentescomasindicadaspelosparmetrosdedimensionamento?

    Sim No Noseaplica

    Justificar:

    Houveumedecimentodomaterialcompactado? Sim No Noseaplica

    Hindicaesdeafundamentosnomacio? Sim No Noseaplica

    Existemtrincasoueroses? Sim No Noseaplica

    Existemindciosderutura? Sim No Noseaplica

    Existemindciosdeformigueiros,cupinzeirosoutocadeanimais? Sim No Noseaplica

    Existemrvorese/ouarbustosnomacio? Sim No Noseaplica

    Existemindciosdemovimentoshorizontais? Sim No Noseaplica

    Houvedrenagemdocoroamento? Sim No Noseaplica

    MtodoconstrutivodoMacio:

    DIMENSESSANGRADOURO 1 2 3 4 5 6 7

    Estaca

    Largura(m)

    Alturadasparedes(m)

    Tipodematerialescavado

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