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Revista beach&Co edição 124 - outubro 2012

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Estação Bistrô, ambiente de fina gastronomia

Sim, ao reaproveitamento de contêineres

26 32

Foto Rogério Bomfim/Secom Santos Foto Luciana Sotelo

Turismo 08

Homenagem 38

Gastronomia 52

Moda 56

Alto astral 60

Destaques 62

Flashes 64

Celebridades em foco 66

E mais...

Foto

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Capa

Aventura imperdível no belo exemplar da Mata Atlântica

Foto Leandro Saadi/ OGPS.com.br

Foto Luciana Sotelo

pág. 18Catraias

Delicioso roteiro de bike pelo sul da Alemanha

A sustentabilidade e a sua participação

4436

Foto Divulgação Foto Renata Inforzato

ao leitor

E mais...

ANO XI - Nº 124 - OutubrO/2012

Beach CoA R e v i s t a d o L i t o r a l .

A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte

Redação e PublicidadeAv. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP

Fone/Fax: (13) 3317-1281www.beachco.com.br

[email protected]

Diretor - PresidenteReuben Nagib Zaidan

Diretora AdministrativaDinalva Berlofi Zaidan

Editora ChefeEleni Nogueira (MTb 47.477/SP)

[email protected]

Diretor de ArteRoberto Berlofi Zaidan

[email protected]

Criação e DiagramaçãoAudrye Rotta

[email protected]

Marketing e PublicidadeRonaldo Berlofi Zaidan

[email protected]

Depto. ComercialAline Pazin

[email protected]

Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP)

ColaboraçãoDurval Capp Filho, Edison Prata,

Fernanda Lopes, Karlos Ferrera, Leandro Saadi, Luci Cardia, Luciana Sotelo, Marcos Neves

Fernandes, Renata Inforzato e Rosangela Falato

CirculaçãoBaixada Santista e Litoral Norte

ImpressãoGráfica Silvamarts

Foto Rosangela FalatoFotos Leandro Saadi/OGPS.com.br

O bairro de Boiçucanga, costa sul de São Sebastião, tem o privilégio de ostentar uma obra de arte da natureza. Trata-se de um belíssimo exemplar de uma das árvores mais fantásticas do bioma da Mata Atlântica, o jequitibá. O gigante da floresta, como é deno-minado na língua tupi, também é conhecido como o patriarca da floresta, pois, sempre se sobrepõe às demais árvores.

Ele pode atingir até 50 metros de altura, numa verdadeira demonstração de força em meio a uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, e a segunda maior floresta brasileira em extensão - perde apenas para a Amazônia-, a Mata Atlântica. O que restou de sua formação vegetal original ainda está presente na costa brasileira, e o litoral paulista, felizmente, possui boa parte dela.

Característica marcante da Mata Atlântica é a presença de árvores de médio e gran-de porte, que formam uma floresta fechada, densa e riquíssima em cores, sons, aromas e muitas curiosidades. Basta olhar ao redor para notar as muitas nuances da mata. E que local seria melhor para visualizar tal beleza do que o topo de um jequitibá?

Pois a ideia foi sabiamente aproveitada e transformada em um equipamento turís-tico no Sítio Jequitibás, onde é possível subir até a copa desta frondosa árvore, e de lá apreciar toda a floresta ao redor.

O espaço é uma demonstração clara de que é possível gerar recursos aliados à pre-servação. Que projetos de manejo e desenvolvimento de atividades sustentáveis volta-das para o ecoturismo, como este, multipliquem-se em nossa região.

Eleni Nogueira

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São VicenteAv. Presidente Wilson 90413 3569-2555

Vale do ParaíbaSão José dos Campos • TaubatéGde. São PauloGuarulhos

8 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

turismo

Símbolo da Mata Atlântica, o jequitibá reina absoluto em nossas matas e, aqui no litoral paulista, é a vedete de uma opção turística impagável

Por Rosangela Falato

Belo, forte, frondoso, imponente e re-sistente. Uma das maiores e mais antigas árvores do mundo, o jequitibá, natural das regiões Sudeste, Centro-Oeste e par-te do Nordeste, é também o símbolo da Mata Atlântica. O Gigante da Floresta, como é denominado na língua tupi, reina absoluto, e impressiona por sua força ao lado de outras espécies que conseguiram sobreviver aos vários ciclos de desenvol-vimento e exploração, desde a coloniza-ção do Brasil, até a pressão de atividades industriais, agrícolas, desmatamentos e crescimento populacional, que violenta-ram o bioma Mata Atlântica.

Para quem gosta de muita emoção e adrenalina, nossa equipe descobriu um ponto de aventura especial neste ecossis-

tema. Trata-se do Sítio Jequitibás, uma área particular em Boiçucanga, costa sul de São Sebastião, onde é possível parar nas copas de um jequitibá.

O ápice deste roteiro é descer de tirolesa até o maior deque já construído em cima de um jequitibá, a 30 metros de altura, e conti-nuar deslizando entre copas de árvores da Mata Atlântica por 120 metros. São poucos segundos, mas a impressão é a de que o tempo não existe, tamanha emoção, adre-nalina e sensação indescritível de liberdade.

A prática da tirolesa e rapel é uma das atrações no sítio, único local no litoral norte de São Paulo a manter essas atividades de es-portes radicais que proporcionam interação com a natureza. Sobrevoar espécies cente-nárias em meio ao som dos pássaros e dos

gigante da florestaEmoção e adrenalina no

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Descida de tirolesa com 70 metros depercurso até o deque do jequitibá

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turismo

galhos das árvores balançando ao vento e se sentir parte de tudo é uma experiência única.

Dar um uso sustentável para a área de aproximadamente 100 mil m², localizada na estrada da Praia Brava e, ao mesmo tempo, compartilhar com mais pessoas o prazer pelo esporte associado ao ecoturis-mo, foi o que motivou Claudio Blumer Bri-ganti, proprietário do local, a investir nesse potencial produto turístico na região.

O passeio começa com uma caminhada de aproximadamente 10 minutos, por uma trilha de fácil acesso até o ponto da primei-ra descida de tirolesa. São 70 metros de percurso, deslizando sobre as árvores do sítio até atingir um deque de madeira de 30 m², construído em cima de um majestoso jequitibá, a 30 metros de altura.

No deque, é possível praticar birdwat- ching (observação de aves) e contemplar uma das mais bonitas paisagens da re-gião de Boiçucanga, com espécies da Mata Atlântica como guapuruvu, angico-rosa e bicuíba, entre outras. E ainda ter a sorte de avistar tucanos, periquitos, papagaios, saíras e demais aves que habitam a região.

Vista de Boiçucanga, com grande extensão de Mata Atlântica. Abaixo, algumas espécies do bioma como o guapuruvu e detalhe do tronco do jequitibá

11Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

Depois de curtir à vontade o visual lá de cima, chega a hora de se preparar para descer mais 120 metros de tirolesa até o ponto inicial da trilha. Uma segunda op-ção, tão emocionante quanto a primeira, é descer os 30 metros do jequitibá de rapel. Toda a atividade é praticada com o uso de equipamentos de segurança e acompa-nhamento de instrutores.

Uma ponte suspensa de madeira, com 40 metros de extensão e 13 metros de altura sobre um pequeno riacho é outro ponto in-teressante da aventura. O trajeto oferece a oportunidade de se ter outra visão da área do sítio. No caminho até a ponte suspen-sa encontram-se bromélias e helicônias de

formatos e tamanhos diferentes, uma atra-ção à parte em meio à Mata Atlântica.

Cláudio Blumer trabalha com grupos de, no máximo, 8 pessoas por percurso, ao cus-to de R$ 50,00 cada uma para cerca de duas horas de descontração e aventura. “O es-porte pode ser praticado o ano inteiro, dia e noite e até debaixo de chuva. Mas acho que a melhor época é o inverno porque tem mais pássaros, é mais gostoso, menos quen-te e com menos chances de uma chuva de verão no final da tarde”, diz Cláudio, que sonha ampliar a atividade e construir mais estruturas para ajudar na manutenção do sítio onde mora por opção. “Gosto de ficar isolado. Adoro o contato com a natureza”.

Associar a prática de modalidades esportivas como rapel e tirolesa à preservação ambiental é a receita do Sítio Jequitibás, onde está localizado o maior deque já construído em cima de um jequitibá, a 30 metros de altura

Ponte suspensa de madeira, com 40 metros de extensão, leva o visitante a um passeio a 13 metros de altura em meio às árvores

12 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

Mata AtlânticaÉ neste ecossistema que vivem cerca de

112 milhões de pessoas, pouco mais de 61% da população do país. Apesar de restarem apenas 7,91% de remanescentes florestais da área original de 1.315.460 km ², ainda é o bioma de maior biodiversidade do planeta. Decretada como Reserva da Biosfera pela Unesco e pelo Patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1998, ela abriga espécies raríssimas da fauna e flora. Nela vivem mais de 20 mil espécies de plantas, das quais 8 mil endêmicas.

A pressão humana sobre seus ricos ecos-sistemas foi revelada em 1990, na primeira edição do Atlas dos Remanescentes Flores-tais da Mata atlântica, trabalho realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e Insti-tuto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que promove monitoramentos constantes.

Mas, uma boa notícia é a recuperação de

áreas degradadas. Estudos apontam como trechos mais preservados áreas dos litorais paulista e paraense, e interior das Unida-des de Conservação, sendo que a maior delas é o Parque Estadual da Serra do Mar, com 315 mil hectares, desde a divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro até o município de Itariri, sul do estado paulista, passando por toda a faixa litorânea.

Grande parte dessa rica vegetação está praticamente no nosso quintal, nas unidades e parques do litoral norte, onde espécies centenárias de jequitibás e outras árvores frondosas podem ser ob-servadas. Projetos de manejo e desenvol-vimento de atividades sustentáveis como ecoturismo contribuem para a preserva-ção desses remanescentes e das espécies. Um exemplo é a Trilha dos Jequitibás, no Núcleo Caraguatatuba, do Parque Esta-dual da Serra do Mar, com 1.200 metros,

O roteiro atende grupos de, no máximo, 8 pessoas por percurso, ao custo de R$ 50,00 cada uma para

cerca de duas horas de descontração e aventura

turismo

Mais 120 metros de tirolesa até o ponto inicial do passeio, a trilha de acesso ao jequitibá

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13Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

Deque de madeira de 30 m2 foi construído a 30 metros de altura

de fácil acesso e utilizada na educação ambiental de estudantes.

O jequitibá, da família das lecitidáceas, pode atingir até 50 metros nas matas de floresta densa em nosso litoral. As espécies mais conhecidas são o jequitibá-rosa (cari-niana legalis) e jequitibá branco ou somente jequitibá (cariniana estrellensis).

Mas a Mata Atlântica abriga outras es-pécies frondosas e também belas que po-dem ser vistas facilmente em nossa região, mesmo em um simples passeio às margens da Rodovia Rio-Santos. Natural da floresta pluvial atlântica, temos a sapucaia, que che-ga até a 30 metros de altura com densas flo-res róseas. O jatobá, cujo fruto parece com o pão de ló, que atinge entre 15 e 30 metros, mas na região amazônica, onde também é encontrado, chega a 45 metros. Há, ainda, uma grande variedade de guapuruvus, ár-vore com cerca de 20 a 30 metros de altura e até 80 centímetros de diâmetro. Majestosos, com flores grandes, vistosas e amarelas, que podem ser vistas de agosto a outubro,

Convivência harmoniosaMesmo com toda influência urbana é possível conviver

com árvores nativas e também adaptadas à região, pratica-mente no quintal de casa, com todos os cuidados necessários para a manutenção das espécies. Exemplo disso é a casa do biólogo Guilherme Moraes dos Santos que, em uma área de aproximadamente 200 m², no Portal do Carmo, em Guaecá, na costa sul de São Sebastião, reúne nada menos do que 327 espécies de plantas e 72 variedades de árvores, a maior parte de espécies nativas como juçara, grumixama, paineiras, corti-ceira ou eritrina (erytrina speciosa) e ainda a sangra d´ água, que ajuda a proteger as florestas por manter a umidade do solo e defender as nascentes, explica Guilherme Moraes.

Mas, também, há espécies que se adaptaram bem à re-gião como o chapéu-de-sol, encontrado em todo o litoral e conhecido como amendoeira-de-praia, próprio das regiões tropicais e, principalmente, da região sudeste do país, por necessitar de calor para se desenvolver. Especula-se que te-nha origem na Índia, Nova Guiné ou Madagáscar, e está no Brasil há mais de 300 anos. Ele oferece um fruto conhecido por nós como cuca, do qual se alimentam os pássaros, algu-mas espécies de morcego e ouriços caixeiros (animal consi-derado de estimação e a última tendência no Reino Unido). Sem essa árvore, “eliminamos uma quantidade gigantesca de animais que usam o chapéu-de-sol como base de energia para continuar o serviço de proliferação”, diz o biólogo.

14 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

turismo

é encontrado em quase toda a região de São Sebastião. “Como geograficamente nosso litoral é muito estreito e estamos beirando a Mata Atlântica, temos muitos problemas com quedas de árvores dessa espécie por-que elas crescem muito rápido. Em 10 anos, ela se torna adulta e chega a atingir até 20 metros. Por ter uma madeira leve e macia é muito utilizada na construção de canoas e, às vezes, oferece riscos às residências cons-truídas muito próximas da Mata Atlântica”, explica a bióloga Cintia Castro, lembrando que a proximidade com a área urbana tor-na as árvores muito mais frágeis e suscetí-veis a doenças.

Outro exemplar importante da Mata Atlântica é o sibipiruna, da família do pau--brasil, muito encontrado na área central de São Sebastião, e ainda o pau d´alho, com várias espécies na região de Barequeçaba, que chega a atingir 15 metros.

Serviço: Sítio Jequitibás - Estrada da Praia Brava, 170, Boiçucanga. Agendamen-to de grupos: (12) 9773 5727. Informações: [email protected]

José Augusto e Leandro Saadi prontos para a descida. Acima, o proprietário do sítio, Claudio Blumer Briganti e, abaixo, a trilha de acesso aos equipamentos turísticos

AO privilégio de estar entre a Riviera de São Lourenço e a praia de Itaguaré

A Phoenix está lançando no bairro Jardim São Lourenço, no município paulista de Bertioga, entre

as praias de São Lourenço e Itaguaré, o empreendimento Phoenix Entremares. Nas versões de dois

e três dormitórios, com 70 e 86 m², respectivamente, e coberturas de 3 dormitórios com 170 m².

O novo empreendimento da construtora oferecerá ainda uma infraestrutura de lazer com-

parada a um verdadeiro resort, com piscina para adulto, com raia de 25m, piscina com deque molhado,

piscina infantil, solarium, quadra poliesportiva, fitness, playground, salão de jogos, lan house, salão de festas

integrado com praças, salão de festas infantil, churrasqueira, brinquedoteca e painel com cascata.

Mas, o privilégio é o fato de o empreendimento estar localizado entre a Riviera de São Lourenço, que

possui uma das mais completas infraestruturas do litoral paulista, proporcionando todas as facilidades da

vida moderna, e as belezas naturais da última praia preservada da Baixada Santista, a praia de Itaguaré.

Além disso, a região oferece outros atrativos. Entre eles, estão os 9.312,32 hectares do Parque Estadual

Restinga de Bertioga e o Passos dos Jesuítas – rota pedestre organizada pela Secretaria de Turismo do e stado

de São Paulo, que objetiva estimular a visitação ao acervo natural, histórico e cultural de 13 municípios do

litoral paulista.

Por acreditar no imenso potencial da região, a Phoenix investiu também na melhoria do bairro Jardim

São Lourenço. Em parceria com a SRW, a Camargo Corrêa, a Associação de Moradores, a Sabesp e a prefei-

tura de Bertioga, participou da implantação da rede de esgoto doméstico, da construção de uma estação

elevatória, e na ampliação da estação de tratamento de água, o que deverá beneficiar e valorizar o bairro.

Phoenix lança EntremaresPhoenix lança Entremares

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Incorporação, Construção e Vendas:

FOTO DA REGIÃO

O empreendimento só será comercializado após o registro do Memorial de Incorporação no Cartório de Imóveis, nos termos da Lei n° 4.591. Protocolo nº 205.228 do 1° Registro de Imóveis projeto aprovado pela prefeitura

municipal de Bertioga conforme alvará de aprovação 908/2010.

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Fotomontagem do Lazer, vista do terraço do 7ºandar do bloco C

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A trajetória dos catraieiros remete à década de 1930, quando as primeiras barcas eram movidas a remo.

Hoje elas transportam 9 mil passageiros por dia

Foto

s Luc

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Sot

elo

comportamento

e à tecnologiaElas resistem ao tempo

19Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

Por Luciana Sotelo

O porto de Santos é conhecido no mundo todo como rota marítima de comércio exte-rior. Diariamente, chegam e saem do cais santista dezenas de navios lotados de mer-cadorias, sejam contêineres, veículos, carga geral, líquidos ou granéis. O que nem todos sabem é que no maior complexo portuário da América Latina um outro tipo de embarcação divide o canal do estuário com os gigantes do mar. São as pitorescas catraias, pequenos bar-cos de madeira para transporte coletivo de passageiros, por onde passam todos os dias, aproximadamente, 9 mil pessoas.

Elas partem da região do mercado munici-pal em direção a Vicente de Carvalho; o percur-so dura em média 10 minutos e cada unidade suporta até 17 pessoas e dispõe de salva-vidas. Nos horários de pico, o movimento é frenéti-co. Mal uma sai, a outra já encosta no peque-no píer de atracação. O serviço é oferecido 24 horas, inclusive sábados, domingos e feriados.

Oficialmente, as catraias existem desde 1951, quando foi registrado em ata o iní-cio da atividade de transporte de pessoas pela Associação dos Catraieiros de Santos e Vicente de Carvalho. “Foi assim que foi fundada a entidade. Na época, a frota era composta por 80 catraias movidas a motor de popa. Era um serviço de família, que passava de pai para filho”, conta Walter Ferreira da Nóbrega, presidente da entida-de e filho de catraieiro.

Mas, a história desse transporte é ain-da mais antiga. Tudo começou na década de 1930, com pequenas canoas a remo que transportavam apenas quatro pessoas. “O passageiro pagava para remar”, salienta João Carlos Rodrigues, catraieiro há 30 anos.

A travessia resistiu ao tempo e, hoje, se modernizou. As embarcações são motori-zadas, tem maior estabilidade, portanto, são mais seguras e amplas. “Antes, tinham

Cada unidade suporta até 17 pessoas e dispõe de salva-vidas. O serviço é oferecido 24 horas, inclusive sábados, domingos e feriados

20 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

comportamento

cerca de 9 metros de comprimento por 1,5 metro de largura. O modelo atual tem 11 metros de comprimento por 2 metros de largura. O motor do passado era a gasoli-na, mais propenso a pegar fogo. Agora, é a óleo diesel”, explica João Lucas Rodrigues Amado, um dos catraieiros mais antigos na ativa, com 40 anos de profissão.

Cada catraia tem um nome de batismo e uma numeração. Paloma, Santa Rita, Irace-ma, Iemanjá, Glória são algumas delas. Já o número tem a função de manter o sistema de rodízio do trabalho. “Existe um quadro afixado no terminal com o número das ca-traias que estão em funcionamento no dia. Assim que faz a travessia, o profissional vai até esse quadro e coloca seu número numa fila para retornar a outra margem do cais”, informa Amado, dizendo ainda que,

no momento, a associação dispõe de 58 ca-traias e 40 operam diariamente.

A travessiaDa margem direita à margem esquerda

do porto são mais ou menos 800 metros de percurso. Walter explica que o trajeto é uma linha reta. A viagem é feita a uma ve-locidade média de 5 a 6 nós, o que equivale a algo em torno de 5 a 10 quilômetros por hora. Tudo começa na estação de embar-que que fica junto à Bacia do Mercado. A saída da “chata”, como é popularmente co-nhecida a catraia, depende de dois fatores, conta Walter. “Quando está lotada ou após 20 minutos, depende da demanda”.

Na partida, a catraia entra numa espé-cie de canal, uma passagem subterrânea em relação ao nível do asfalto da cidade.

A história desse transporte é antiga. Tudo começou na década de 1930, com

pequenas canoas a remo que transportavam apenas

quatro pessoas

A passagem subterrânea é um dos momentos tensos para alguns passageiros. Uma marca na parede indica até que ponto a água pode subir; se passar desse limite, fica arriscada a travessia

21Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

O local tem pouca iluminação e nos dias de chuva ou de maré alta é motivo de preocu-pação. “Temos uma marca na parede que indica até que ponto a água pode subir; se passar, fica arriscada a travessia, pois as pessoas teriam que abaixar a cabeça para atravessar esse canal ou nem assim conse-guiríamos passar”, relata João Carlos.

Após esse trecho, a barca entra em mar aberto. O passageiro passa a ter uma vista privilegiada no cais, dos navios operando e até mesmo dos transatlânticos, na época da temporada de cruzeiros. Outros atrati-vos também fazem parte do roteiro. De lá, é possível avistar o Monte Serrat, o Forte de Itapema, o ecossistema de manguezal, além de boa parte do canal de navegação. “É fan-tástico estar no meio dessa imensidão de mar. Ter o vento batendo no rosto. Contem-plar os navios bem de pertinho”, relata José Pereira de Oliveira, arrumador de ferragem e antigo usuário. Ele utiliza o transporte de segunda a sábado para trabalhar.

Vagner Batista de Oliveiro faz a traves-sia há pelo menos 40 anos. O estivador mora em Vicente de Carvalho e trabalha em Santos. Ele julga o transporte rápido e

João Amado é um dos catraeiros mais antigos e se mantém ativo na lida de atravessar o canal. Abaixo, a catraia 17, o número tem a função de manter o sistema de rodízio do trabalho

22 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

ro já tem no rosto as marcas do tempo, é aposentado, mas mesmo assim continua na lida, não enjoa do mar. E, como roga a tra-dição, seu filho também veio para o ramo, após trabalhar em banco e com táxi.

O atual presidente da Associação dos Catraieiros tem histórias para contar. Afi-nal, são 30 anos de experiência. Aos 14 anos começou a ganhar uns trocados, atuando como cobrador da barca do pai. Depois, passou a lavador das catraias e, finalmente, conseguiu ter sua própria barca. Walter tem orgulho do que faz. “Esse trabalho repre-senta toda minha vida, tudo que conquis-tei foi por intermédio dessa ocupação. É o meu ganha-pão sagrado. Com ele consegui manter minha família. Tenho quatro filhos e todos estudam, três deles fazem faculdade”, diz com orgulho o dirigente que entrou para a associação aos 20 anos para atuar como secretário. A lembrança mais inusitada que tem é a de uma gestante que embarcou em Vicente de Carvalho para chegar a Santos e ter o bebê. “Como essas coisas não esperam, a moça acabou tendo o filho no meio do ca-minho. Não foi na minha barca, mas foi algo emocionante”, pontua Walter.

confortável. Só não gosta de pegar nos dias de chuva. “É guarda-chuva para todo lado, sempre respinga água na gente”.

A maior parte dos catraieiros é migrante nordestino, mas João Amado foge a essa re-gra. Ele é português e começou a trabalhar na travessia em 1959, por influência do pai que tinha um sítio e uma ‘chata’ para trans-porte de banana. “Grandes quantidades da fruta eram levadas a bordo dos navios. Elas eram exportadas para a Argentina e eu aju-dava. Peguei gosto pela coisa”.

Seo Amado é do tempo em que o pas-sageiro pagava a passagem na catraia mes-mo. “Eu lembro que o bilhete era o equi-valente a 5 centavos. Eu trazia tudo em moeda para casa e a minha esposa é que contava o meu pagamento”. Atualmente, a passagem custa R$ 1,15 e é paga apenas do lado de Vicente de Carvalho. O catraiei-

As catraias dividem o espaço com a gigante estrutura portuária. Abaixo, o local de partida, ao lado do mercado municipal de Santos

No percurso, é possível avistar o Monte Serrat,

o Forte de Itapema, o ecossistema de manguezal,

além de boa parte do canal de navegação

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inclusão

O restaurante-escola, que já formou 21 jovens, superou expectativas de público e tornou-se uma deliciosa opção gastronômica no centro de Santos

Por Luciana Sotelo

Foto Rê Sarmento/Secom Santos

Estação Bistrô, sabor de quero mais

Fetuccine Alla Genovese, Picanha à Bra-sileira e Meca Santista. Três opções de pratos sofisticados encontrados nos car-dápios dos bons restaurantes. No entan-to, no Estação Bistrô, por trás das pane-las não há nenhum chef renomado. Pelo contrário, quem dá sabor às iguarias são jovens entre 17 e 21 anos, em busca de novas experiências e de um futuro me-lhor. São alunos do restaurante-escola, que funciona em Santos, na Estação do

Valongo, no centro histórico da cidade. O programa foi lançado em 2007 pelo

Ministério do Turismo e dentre as sete ci-dades que se interessaram, apenas Santos foi contemplada, segundo Marcelo Fa-chada, secretário de Turismo de Santos. “Conseguimos o repasse de verba da or-dem de R$ 1 milhão do governo federal, complementado com uma contrapartida de R$ 250 mil da prefeitura”. De acordo com o convênio firmado, as aulas são mi-

27Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

Foto

s Luc

iana

Sot

eloLucas Danilo vence diariamente

a barreira da distância para se qualificar. Kellyn Cugler foi

selecionada entre os cinco melhores alunos da primeira turma

nistradas por professores da Universida-de Católica de Santos (UniSantos), com apoio da Secretaria de Educação (Seduc). Já o gerenciamento do estabelecimento fica a cargo da Sociedade Visconde de São Leopoldo.

Além de um cardápio fixo com dois antepastos, cinco saladas, sete pratos principais, quatro sobremesas ou frutas da época, o espaço oferece três pratos do dia (opções variadas) por R$ 19,50 (acompanha salada). Para completar, há ainda a sobremesa do dia, a R$ 4,50 - e não há cobrança de taxa de serviço.

Um dos frequentadores assíduos é Fernando Pereira, professor aposentado, fã da boa culinária. Ele conheceu o espa-ço por acaso e, após a primeira garfada, rendeu-se aos prazeres da comida. “Sem-pre experimento pratos diferentes, mas confesso, meu preferido é o linguado ao molho de maracujá, não consigo resistir”.

Pereira também dá nota dez ao atendi-mento e ao ambiente. “Sou recepcionado nos moldes de um restaurante de cate-goria. E a escolha do local, a Estação do Valongo, é de uma importância histórica inquestionável. Eu me lembro perfeita-mente dos tempos em que usava a esta-ção, nas décadas de 1950 e 1960.”

Heverton Rodrigues, cozinheiro da equipe, é quem auxilia os alunos a colo-car, literalmente, a mão na massa. Cabe a ele passar as técnicas de cozimento de legumes verdes e brancos, o ponto da carne, as técnicas dos empanados, cozi-mento de arroz e feijão, higienização de verduras e legumes, utilização de tempe-ros, preparação de molhos e o reaprovei-tamento dos alimentos.

28 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

inclusão

Para ele, é na cozinha que ocorre a transformação dos alunos. “Ao mani-pular os alimentos, eles começam a ter prazer nessa atividade e passam a en-xergar as novas oportunidades que co-meçam a surgir”.

Kellyn Cugler é moradora do Morro da Nova Cintra, tem 18 anos e participou da 1ª turma do curso. Empenhada em aprender ao máximo, ela foi seleciona-da entre os cinco melhores alunos após a formatura. Como prêmio, garantiu um emprego na área e a oportunidade de continuar no projeto por mais 2 meses, com o intuito de se aprimorar em cozi-nha quente, sua preferência.

A jovem é um dos bons exemplos a ser seguidos. Quando começou, só sabia fazer o básico na cozinha e, hoje, sonha com o curso de gastronomia que preten-de fazer, em breve. “Me surpreendi, não

sabia que era tão capaz; descobri meu próprio talento e isso é bom demais”, conta entusiasmada.

Lucas Danilo Melicio Moraes tam-bém tem uma história curiosa. Ele tem 17 anos e frequenta as aulas da 2ª turma. Quem o vê pelo salão sorridente e satis-feito, nem imagina que todos os dias ele vence a barreira da distância para se qua-lificar. Morador do bairro Caruara, área continental de Santos, o rapaz leva duas horas para chegar à Estação do Valon-go. “Eu acordo às 5 da manhã. Primeiro, pego um ônibus, depois uma barca”. Ele adora cozinhar e já arrisca o preparo de alguns pratos em casa para a família.

Quem acompanha a trajetória desses garotos, não se surpreende com os nú-meros do programa. De acordo com o coordenador do restaurante, Arnaldo Lafuente Jr., da Sociedade Visconde de

Acesso ao restaurante, na Estação do Valongo

No cardápio, opção de sete pratos principais e quatro sobremesas ou frutas da época. Não há cobrança de taxa de serviço

Foto Tadeu Nascimento/Secom Santos

29Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

Heverton Rodrigues, o cozinheiro é quem auxilia os alunos a colocar a mão na massa

Fernando Pereira é um dos frequentadores assíduos São Leopoldo, dos 21 alunos formados, 50% já estão empregados.

Ele diz que não existe nenhum tipo de convênio oficial com os estabelecimentos do segmento de alimentação e bebida da cidade, o que ocorre é uma parceria es-pontânea. Todo restaurante que contra-ta um dos nossos jovens ganha um selo, atestando a iniciativa. “A aceitação tem sido acima das nossas expectativas”.

A grade curricular do curso é extensa e inclui 10 matérias relacionadas à gas-tronomia e nutrição, ministradas por professores da UniSantos. Os alunos também recebem noções de cidadania, sustentabilidade e técnicas de informa-ção aplicadas à gastronomia, além de português, matemática e inglês.

Já a parte prática é ministrada por cinco professores contratados pelo projeto, que se dividem entre os setores do bar, confei-taria, salão principal, cozinha fria, cozinha quente e cambuza (cozinha auxiliar utili-

30 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

inclusão

zada para lavagem dos utensílios).Uma dessas profissionais é Kátia Re-

gina Dias da Silva. Ela é maître e coor-dena o aprendizado de garçons, desde a recepção dos clientes, o atendimento e serviço de bebidas. “Eu sempre falo que não adianta ter uma boa comida se o atendimento for péssimo. O garçom é peça chave, ele é o primeiro contato do freguês com o estabelecimento. Eles che-

gam sem saber diferenciar legumes de verduras e, após o aprendizado, ficam estimulados e fazem planos de seguir na carreira tendo a gente como exemplo. Isso não tem preço.”

Serviço: o restaurante Estação Bistrô funciona de terça a sábado para almoço, das 12h00 às 15 horas, no Largo Marquês de Monte, nº 1, centro de Santos.

Aula de garçom com a maître Kátia Regina Dias da Silva

Em cursoQuando o restaurante abriu as portas, em 5 de junho desse ano, a cozinha era tocada pela 1ª turma de aprendizes,

hoje já formados, lembra o coordenador do restaurante, Arnaldo Lafuente Jr., da Sociedade Visconde de São Leopoldo.Hoje, está em andamento a 2ª turma, com 23 aprendizes. Eles têm aulas em tempo integral, das 8h00 às 17 horas e,

nesse período, revezam-se entre os cadernos e os diversos setores de um restaurante. A capacitação é composta por 300 horas de aulas teóricas e mais 720 horas de aulas práticas, num total de 1.020 horas de qualificação. O curso é gratuito e as vagas direcionadas para jovens carentes.

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Escritório de dois andares instalado no terminal de contêineres em Santos

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Na década de 1950, Malcolm McLean criou os contêineres que revolucionaram a indústria de transporte marítimo de mercadorias. Hoje, um novo legado começa a surgir com o reaproveitamento das caixas metálicas

Por Luciana Sotelo

Se cada contêiner tivesse um passaporte que registrasse suas viagens pelo mundo, uma lista longa de países faria parte do documento da maioria deles. São décadas atravessando os oceanos, carregando as mais variadas mercado-rias, sem parar. Mas, chega uma hora em que eles perdem a vida útil. E se engana quem pensa que o próximo destino dessas caixas metálicas é o ferro velho. Nos últimos anos, os contêineres têm ganhado vida nova na ‘onda’ da sustenta-bilidade. Assim como o pneu, que se transfor-ma em asfalto; a caixa de leite, que vira telha, os contêineres também se transformam e, quem diria, passam a ser casas, escritórios...

Basta usar a criatividade, aponta Roberto Dantas Gonçalves, diretor da Delta Terminais de Contêineres, uma das empresas que comer-cializam contêineres modificados na Baixada Santista. “Como os contêineres são fabricados, seguindo um padrão internacional, as medidas são sempre as mesmas. Tanto em um contêiner de 20 pés quanto em um de 40 pés, sempre terá 2,44 metros de largura. O que vai variar é ape-nas o comprimento, de 6 e 12 metros, respecti-vamente. Assim, é fácil projetar, basta seguir as vontades e necessidades do consumidor”.

Os contêineres podem ser empilhados e ou agrupados, como ‘brinquedos de montar’. Pode-se unir lateralmente dois contêineres de

40 pés e fazer deles uma casa com 2 quartos, 2 banheiros, sala e cozinha. Assim ficou um dos recentes projetos executados por Dantas. “A montagem da estrutura durou 7 dias”.

Se o terreno não é muito amplo, a opção é co-locar um em cima do outro para erguer prédios ou sobrados. De acordo com Dantas, seja qual for a escolha, é fundamental ter em mente que qual-quer que seja o contêiner, para ele se tornar habi-tável, algumas modificações são necessárias. Nas paredes internas, por exemplo, é imprescindível um revestimento para controle da temperatura. Opções como gesso acartonado e MDF são as mais escolhidas. Além disso, todos contam com isopor antichamas. “O ideal é contar também com um sistema de refrigeração (ar condicionado) para as estações quentes”, explica o empresário.

No teto, usa-se isopor aparente ou PVC para garantir isolamento acústico e térmico. O piso ori-ginal é de compensado de 3 centímetros. “Como já é resistente, basta colocar uma forração de PVC ou até mesmo de alvenaria (piso frio)”. E para finalizar o projeto, cortes são feitos para adaptar janelas, portas e saída para ar condicionado. “Po-demos ter unidades frigoríficas, banheiros, escri-tórios, portarias, entre outros cômodos”.

Composto de aço corten, de alta resistência e pouca probabilidade de corrosão, a estrutura é relativamente leve, se comparada a um mesmo

Vida nova para os

contêineres

34 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

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módulo confeccionado no modo convencional. Outro ponto positivo é que eles já foram fa-

bricados para ter um perfeito encaixe. De acor-do com as normas de segurança, é permitido empilhar até 12 unidades quando vazias. “Late-ralmente, não há limite estipulado”.

Contra o desperdício

Dantas lembra que já chegou a ter mais de duas mil unidades encalhadas num terreno, e acabou vendendo tudo como sucata. Foi no fi-nal da década de 1980 que se começou a pensar na utilização dos contêineres para estruturas tais como, almoxarifado em obras na construção civil. De lá para cá, vem aumentando o seu uso.

Embora seja uma novidade por aqui, de acordo com a arquiteta Sônia Alencar, chefe do departamento de obras particulares da pre-feitura de Santos, ainda não há legislação que regulamente este tipo de instalação e, portan-to, não é permitida a utilização de contêine-res como residências na cidade. A prática já é popular em países da Europa, nos Estados Unidos e na China. Na Inglaterra, mais pre-cisamente em Trinity Bouy Whart, na região portuária de Docknads, existe a “Container City”, ou a Cidade do Contêiner, que consiste num conjunto deles, encaixados, criando uma

construção modular versátil e bonita. No Hai-ti, o equipamento foi mais usado em projetos habitacionais populares, após o terremoto.

Segundo Dantas, ter uma casa contêiner, apesar de ainda soar estranho, tem as suas van-tagens. Entre elas, a economia na fundação, pois dispensa grandes alicerces; bastam algumas sa-patas nas pontas do contêiner.

Há também a redução dos recursos naturais como areia, água, tijolo, cimento; reaprovei-tamento de peças metálicas, uso da ventilação cruzada nos ambientes e, sobretudo, a dimi-nuição significativa da quantidade de entulho. A demanda chega a 20 unidades variadas por mês. E o custo, Dantas garante ser muito menos que o de uma residência comum.

Uma casa feita com dois contêineres de 40 pés, com mais ou menos 60 metros quadrados (2 quartos, 2 banheiros, sala e cozinha), leva em torno de 7 dias para ser montada. O metro qua-drado da obra sai por R$ 396,00 (sem acabamen-to). Fazendo uma soma rápida, a casa não sai por mais de R$ 23 mil. Com acabamento, o valor do metro quadrado passa a R$ 950,00 em média. Já para ter um escritório, tendo como base um con-têiner de 20 pés, revestido, com portas e janelas, entrada de ar, sistema elétrico e telefonia, o preço é de R$ 14 mil. Uma ideia a ser levada a sério.

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“Ter uma casa contêiner tem as suas vantagens.

Entre elas, a economia na fundação, pois dispensa

grandes alicerces” Roberto Gonçalves

Criatividade na reutilização de contêineres: base da Polícia Militar e residência em fase de acabamento

36 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

Sabe qual a pergunta mais frequente após as eleições? - “E aí, votou em quem?” Mas, e se fizéssemos essa pergunta um

pouco diferente: “No que você votou?”

ser sustentável

Por Marcus Neves Fernandes

Eu, eles e nós

Desde o tempo em que os gregos vestiam to-gas e andavam em bigas, a política sempre teve esse caráter personalista. O indivíduo candida-to sempre se mostrou mais importante que suas propostas. E isso entra em choque, frontalmen-te, com o princípio da sustentabilidade.

Do contrário, é o mesmo que dizer que você é culpado pela destruição dos manguezais, da Mata Atlântica ou da Amazônia, simplesmente por ad-quirir produtos ou serviços que, de uma forma ou de outra, contribuem com o desmatamento.

E o inverso também é verdadeiro, ou seja, mesmo que não compre produtos ou serviços de empresas que prejudicam a nossa qualidade de vida, você não é uma espécie de salvador da pátria. Pelo simples fato de que, isoladamen-te, ninguém muda nada. Por isso, agora que a eleição terminou (pelo menos na maioria das ci-dades), aqueles que buscam a sustentabilidade não podem achar que o trabalho terminou, mes-mo que seu candidato seja inteiramente com-prometido com esse princípio. É preciso mudar as regras do jogo. E isso é muito mais difícil.

Nos últimos anos, o que temos visto em termos de desenvolvimento sustentável é a ên-fase no indivíduo. Eu devo economizar água, energia, plásticos. Devo dar preferência à agri-

37Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

cultura orgânica, trocar o carro pelo transporte coletivo, a moto pela bicicleta e por aí vai. OK, tudo bem, essas são atitudes louváveis, mas, no fundo, elas não alteram a forma como o sistema funciona. Exemplos são importantes, desde que não fique só nisso. Eles precisam se multipli-car, dar origem a grupos que, por sua vez, têm maior poder de difundir novos conceitos.

Quer um exemplo? Então vamos falar de algo bem cotidiano, os carros. Recentemente, o governo federal anunciou que as montadoras poderão ter um desconto de até 30% no Im-posto Sobre Produtos Industriais (IPI), desde que adotem uma série de iniciativas, entre elas a produção de veículos que consumam menos combustível e que emitam menos poluentes. O problema é que os índices apresentados pelo governo estão abaixo do que já é praticado no exterior. Raciocínio básico: se lá fora as mon-tadoras já fazem isso, ou seja, já possuem tec-nologia para rodar mais, gastando e poluindo menos, por que aqui isso também não ocorre?

A pergunta ganha ainda mais relevância quando lembramos que o Brasil, hoje, já é o quarto maior mercado mundial de automóveis. Só que, enquanto na Europa e América do Nor-te, a indústria foi chamada a mudar, aqui a ênfa-se continua fortemente centrada no indivíduo. Eu e você é que devemos economizar, e não aqueles que produzem o bem que consumimos.

Alguém há de argumentar que, no Brasil, a carga de impostos é tão alta que as montado-ras encontram dificuldades em aplicar a mes-ma tecnologia usada em seus países de origem. Posso até concordar, desde que lembremos que voltamos ao raciocínio do coletivo. Ninguém, sozinho, vai diminuir a carga tributária. Isso só se dará com ações coletivas que tenham como objetivo mudar as regras desse jogo.

O mesmo raciocínio serve até mesmo para o que comemos. Recentemente, uma pesquisa identificou uma série de substâncias nocivas à saúde humana usadas na produção em cativei-ro de salmões - um dos peixes com maior au-

mento de consumo no Brasil nos últimos anos. Seria ótimo que todos tivessem acesso a essa informação e reduzissem ou, até mesmo, elimi-nassem esse peixe de seus cardápios, da mesma forma faz-se necessário o acesso fácil a alimen-tos orgânicos, já que o Brasil, hoje, é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.

Porém, o mais efetivo seria a implantação de mudanças no sistema de produção de pescados, assim como a ampliação de feiras, onde o agricul-tor orgânico pudesse vender a sua produção dire-tamente ao consumidor -- situações que não estão nas mãos dos indivíduos, mas da coletividade.

A prioridade da produção de bens e servi-ços está em produzir mais bens e serviços pelo menor custo possível. Lá, no início dessa cadeia, seja ela de carros ou salmões, a preocupação é o lucro ou, na melhor das hipóteses, o equilíbrio financeiro. E os governos, por sua vez, estão mais atentos ao imposto que irão recolher. No meio de tudo isso está o indivíduo, pressionado a ser sus-tentável. É nessa armadilha do individual que es-tamos sendo inseridos. Você precisa mudar, você precisa reciclar, você tem que consumir com ra-cionalidade. Não, não pode só ser assim.

Cada um de nós tem um papel decisivo quando toma a decisão de querer qualidade de vida. Mas, sozinhos, não iremos longe nem rápido o suficiente. Por isso, sustentabilidade eleitoral não é eu vou resolver o problema ou vou delegar a alguém que o resolva. Esse é um caminho de ações coletivas.

Convenhamos: hoje, mais do que em qual-quer outro período da história humana, a chan-ce de nos comunicar, de trocar ideias e difundir conceitos é inigualável. Vide os facebooks da vida, e-mails, smartphones etc. A aldeia nunca foi tão global. Não faça a sua parte. Faça parte da solução. Afinal, as grandes mudanças podem ter começado com uma ideia individual, mas só prosperaram coletivamente. O voto, portanto, não encerra nada. É apenas e tão somente, um começo. Principalmente quando o conceito a ser buscado é o da sustentabilidade.

No meio de tudo isso está o indivíduo, pressionado a ser sustentável. É nessa ar-madilha do individual que estamos sendo inseridos. Você precisa mudar, você precisa reciclar, você tem que consumir com racionalidade. Não, não pode só ser assim.

38 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

história

O fundador do Complexo Santa Cecília deixa saudade e um legado de muita responsabilidade

Por Luciana Sotelo

uma vida dedicadaMilton Teixeira:

Educador, empreendedor, esportista, inte-lectual. É preciso juntar vários adjetivos para traçar um breve perfil de Milton Teixeira, um homem de muitos sonhos, que conseguiu pôr em prática boa parte de suas aspirações e se transformou numa personalidade de desta-que da cidade de Santos e no país.

De origem humilde, filho do estivador Ni-colau e de Benedicta Teixeira, Milton nasceu em Caraguatatuba, em 16 de outubro de 1930 e teve uma infância difícil. “Aos cinco anos, ficou órfão; aos doze começou a trabalhar. Estudou com muita dificuldade, chegando aos bancos universitários, na faculdade de direito. Com esforço e determinação, conseguiu ser aprova-do no concurso do Banco do Brasil e também de agente fiscal aduaneiro”, relata a filha Lúcia Teixeira Furlani, presidente da Unisanta.

Mas foi em Santos, aos 31 anos, que ele come-çou a escrever o primeiro de muitos capítulos vi-toriosos de sua história. Em 1961, fundou com a mulher Nilza Pirilo Teixeira e a cunhada Emília Maria Pirilo, o Colégio Santa Cecília. Com muita garra, transformaram uma escolinha primária de

apenas 26 alunos, num dos maiores complexos educacionais privados do país. “Tudo começou com muito sacrifício; meu pai vendeu a casa em que morávamos para adquirir o imóvel. Para lá levamos nosso piano, nossa biblioteca, a roseira que perfumava o nosso jardim e, principalmen-te, a imensa vontade de trabalhar juntos, em prol da educação”, lembra Silvia Teixeira Penteado, outra filha de Milton e reitora da universidade.

Outro fator determinante ocorreu em 1971. Milton revolucionou a educação na Baixada Santista ao inaugurar o primeiro curso de en-genharia no litoral, e um dos primeiros notur-nos de graduação do Brasil na área. “A maior parte das entidades particulares se dedicava ao ensino das ciências humanas. Poucas se dedicavam às ciências exatas e o Brasil, princi-palmente na nossa região, o pólo petroquími-co de Cubatão necessitava e muito de mão de obra capacitada. Tínhamos um conceito dife-renciado de formar o aluno trabalhador para atuar na indústria”, comenta Silvia Teixeira.

Pai de sete filhos, Silvia, Lúcia, Cecília, Marcelo, Milton, Mohamad e Munir, e avô de

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a grandes obras

39Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

cinco netos, Renata, Marcus, Caroline, Mar-celo e Lucas, o então fundador e chanceler da Unisanta dedicou parte da vida servindo de exemplo aos familiares; por isso eles traba-lham juntos na instituição, inclusive os mais novos. Hoje, o empreendimento “cultivado a muitas mãos”, como define Silvia, conta com mais de 15 mil estudantes, da educação in-fantil à pós-graduação.

Esporte na veia

Ter uma das universidades mais respeita-das da região já seria suficiente para muito homem se sentir orgulhoso e plenamente realizado, mas Milton Teixeira queria mais, muito mais. Além de empreendedor empe-nhado nas questões educacionais, mostrou-se um apaixonado pelo esporte.

De acordo com os relatos da filha Silvia, Milton sempre mostrou interesse por espor-tes variados. Ajudou a fundar e presidiu a Liga Santista de Vôlei. Sob seu comando, a equipe foi campeã do Torneio do Chile, em 1961. Dois anos depois, chefiou a delegação que foi a Bruxelas.

Na natação, foi um dos atletas oficiais do Clube de Regatas Vasco da Gama. Já no basque-tebol, foi diretor da Liga Santista, e foi ainda campeão santista de bola ao cesto juvenil, pelo Brasil Futebol Clube e Clube Atlético Santista.

Milton também vivenciou uma parte glo-riosa da história do Santos Futebol Clube. Quando foi dirigente, de 1984 a 1986, ajudou o time a se tornar campeão paulista (1984) numa fase de poucos títulos. “Isso levou toda família a acompanhá-lo, especialmente meu irmão, Marcelo Teixeira”.

“Ele teve uma vida muito dinâmica, em todas as áreas. Sempre muito amoroso. Tenho orgulho de tê-lo como pai. Ficam as recorda-ções de momentos que passei ao seu lado aqui no Santa Cecília, no Santos Futebol Clube e em

Novos talentosMilton Teixeira fez das atividades esportivas

um instrumento de educação integral. Partiu dele a iniciativa de impulsionar o esporte entre os universitários. Desde os primeiros anos da instituição, criou oficinas e escolinhas como o “Aprenda a Nadar”. Com o tempo, a modalida-de se tornou referência e gerou diversos recordes atuais e dos últimos anos da natação paulista e brasileira nos cenários nacional e internacional.

Em 1973, a Unisanta competiu pela pri-meira vez no exterior; esse episódio abriu as portas para novos títulos mundiais em maratonas e piscinas, transformando a enti-dade na maior força esportiva universitária da natação brasileira. “Muitos atletas das nossas equipes de natação são destaque nos Jogos Abertos do Interior, Jogos Olímpicos, Paralímpicos, enfim, nas diversas competi-ções”, diz Silvia Teixeira.

Emília, Milton e Nilza, fundadores do Colégio Santa Cecília. Abaixo,

inauguração da cobertura retrátil da piscina olímpica da universidade, com a

presença de Pelé e Gustavo Borges

40 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

tantas outras atividades. Ele era um sonhador, um idealista, que fazia tudo por amor, com muita dedicação. Essa é a lição que ele passa para os filhos, um homem que nunca deixou a humildade, a determinação, o senso de justiça e a força interior”, declara Marcelo Teixeira, pró-reitor administrativo da Unisanta.

O intelectual

Membro da Academia Santista de Letras, onde tomou posse em 15 de outubro de 1975, Milton Teixeira teve como patrono Benedicto Calixto e, ao longo da vida, foi autor de vários livros importantes para a cultura brasileira, o que o tornou um intelectual respeitado. Ele pu-blicou 12 livros, entre eles, Ribeiro Couto, ainda Ausente, pela Editora do Escritor, que lhe ren-deu o Prêmio Joaquim Nabuco, da Academia Brasileira de Letras, em 1982. A última publi-

história

Apaixonado por esportes, Milton Teixeira foi dirigente do Santos Futebol Clube, de 1984 a 1986

cação foi A Máquina do Tempo, O Inexorável da Vida, volume 2, Editora Unisanta, em 2003.

Milton Teixeira foi uma personalidade de muitos títulos e honrarias, entre eles, Cidadão Santista, outorgado pela Câmara de Santos; Cidadão Vicentino, concedido pela Câmara de São Vicente; Medalha de Ouro do Mérito Cultural, pela prefeitura de Santos; Diploma de Honra, pela Federação Paulista de Futebol; Grão Colar da Ordem do Mérito Futebolístico da Federação Paulista de Futebol, oficializado pelo governo federal e Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística; vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Parti-culares; diretor e delegado regional do Sindi-cato das Entidades Mantenedoras de Estabe-lecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo; presidente vitalício da Pinacoteca Benedito Calixto, entre outros.

A despedidaAté o final da sua vida ele estava perma-

nentemente ligado à agitação cultural e social da cidade e ao cotidiano da Unisanta, como chanceler. “Mesmo tendo delegado as ativi-dades de comando aos filhos, papai sempre estava por perto, inspirando as nossas deci-sões, até o último momento ele era visto cir-culando pelos corredores do Santa Cecília”, conta saudosa a reitora.

O afastamento ocorreu a partir de janeiro de 2012, quando Milton adoeceu e precisou de cuidados médicos. Faleceu em 10 de se-tembro desse ano, aos 81 anos.

O fundador do Complexo Educacional Santa Cecília deixa saudade e um legado de discipli-na, responsabilidade, sucesso e amor ao próxi-mo. “Meu pai foi uma pessoa singular, aben-çoada, que soube aproveitar as oportunidades. O legado que ele nos deixa é que a gente tem que continuar a construir, sem se contentar com aquilo que já existe. E, principalmente, trabalhar sempre unidos”, conclui Silvia Teixeira.

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internacional

Viajar pela Europa de bike é, a cada dia, a opção mais preferida pelos turistas em rotas tão diversificadas quanto a vontade e a energia determinarem. Em deslocamentos curtos ou até

mesmo nas viagens por vários países, é sempre um prazer inesquecível

De bikemundo afora

Fotos Renata Inforzato

Ciclovia de acesso a Tüttlingen, Alemanha

45Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

Por Renata Inforzato

Economia, contato com a natureza, exercício aeróbico, preocupação ecológi-ca... São muitos os motivos para se optar pela magrela como meio de transporte em uma viagem. Uma ideia excelente, uma vez que, viajar de bicicleta sozinho é um meio de estar consigo mesmo, de fazer contatos ao longo do caminho. Se, em grupo, há a oportunidade de estreitar os laços de ami-zade, de companheirismo.

O turismo de bicicleta promete ser umas das mais populares formas de viajar nos próximos anos. Pelo menos é isso que al-mejam as diversas associações de ciclistas regionais e internacionais. A infraestrutura nos caminhos e rotas é cada vez melhor: boas pistas, ótima sinalização, estabeleci-mentos preparados para atender ao ciclista,

vários restaurantes nos percursos e até hos-pedagens muito confortáveis, mesmo para quem resolve acampar.

A seguir, um roteiro especial pelo sul da Alemanha.

Lago Costança e Alto DanúbioO percurso faz parte do grupo de rotas

chamado Eurovelo 6, que vai do Oceano Atlântico ao Mar do Norte. A reportagem da Beach&Co saiu da Suíça, às margens do lago Constança e seguiu rumo ao sul da Alema-nha até Ulm, margeando o rio Danúbio em sua nascente. O caminho tem cerca de 200 km e dura, no mínimo, três dias, dependendo do tempo gasto em cada parada. É um dos cami-nhos mais belos da Europa e que merece ser degustado com prazer.

Radolfzell am Bodensee. Ao lado, Danúbio visto do campanário da catedral de Ulm, Alemanha

46 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

internacional

O roteiro começa na cidade de Stein am Rhein, na Suíça, e segue para Radolfzell, já em solo alemão, após percorrer o lago Unter-see, que marca a fronteira entre os dois paí-ses. Esse lago faz parte de um lago maior, o Constança, que é uma das vedetes deste per-curso. Mas o objetivo final desta rota é alcan-çar o Danúbio, união entre o Leste Europeu e a Europa Ocidental.

Após Radolfzell, o caminho segue pela chamada rota des Hohenzollern, que liga o lago Constança à Floresta Negra, um percur-so cheio de subidas que não poupa nem as pernas nem o equipamento. Mas, passados os primeiros 60 km, é um dos mais lindos cená-rios da Europa, e que não deixa de surpreen-der a cada pedalada.

É em Tüttlingen que o caminho alcança o Da-núbio. A viagem segue acompanhando o rio, que corre sinuoso no vale profundo do Maciço do Alb, entre as cidades de Tüttlingen e Sigmaringen. As cidades fortificadas medievais, que pontuam a travessia da reserva natural do alto Danúbio, são muito bem conservadas e pode-se visitar castelos magníficos, igrejas e monastérios de influência barroca. Após Sigmaringen e seu castelo Hohen-zollern, o rio se alarga até chegar a Ulm, uma cidade majestosa com suas muralhas e uma im-ponente catedral. Se você tiver disposição, pode seguir viagem até Budapeste, na Hungria.

Stein am RheinA primeira etapa do nosso percurso é uma

charmosa cidade histórica suíça, situada às margens do rio Reno e do lago Untersee, que forma o lago Constança. Apesar de seu centro histórico preservado, com suas casas de fa-chada medieval, o atrativo maior de Stein am Rhein é sua paisagem natural. Não é à toa que é o ponto de encontro de vários caminhos de bicicleta e trekking. Um passeio interessante, que pode ser feito de abril a outubro, é pegar um dos barcos que navegam pelo Reno ou pelo Untersee e que ligam as cidades da região.

Relógio medieval no centro de Stein am Rhein, Suíça. Abaixo, ciclista na área conhecida como Maciço do Alb

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Lago ConstançaLocaliza-se no norte dos Alpes, fronteira

natural entre a Suíça, Alemanha e Áustria. É alimentado principalmente pelo rio Reno. Possui 536 km² e é constituído por dois la-gos independentes, o Obersee e o Untersee, unidos por uma pequena parte do Reno. A povoação de suas margens data da Idade do Bronze. Seu nome Constança vem da cidade alemã de mesmo nome, situada na margem oriental.

Radolfzell am BodenseeCidade alemã situada às margens do lago

Untersee. Considerada uma das mais belas cidades da região da fronteira entre a Ale-manha e Suíça - se é que é possível escolher uma. Possui mais de 1300 anos de história; era uma antiga vila de pescadores e de viti-cultores. Hoje, é o começo de muitos percur-sos não só de bicicleta, mas também a pé, de barco e de carro.

Você pode passar o dia na cidade ou per-noitar. As principais atrações são a sede da prefeitura, chamada Rathaus Radolfzell, a catedral Münster Ulf e o museu municipal, que hoje fica onde era a antiga farmácia da cidade, a Alte Stadtapotheke.

TüttlingenMais uma bela cidade alemã, com ruínas

que datam da época medieval, e que hoje são usadas como palco para vários eventos e concertos. Mas ela também tem um lado moderno; é conhecida por ser sede de várias indústrias da área médica e um importante centro de negócios. A nascente do Danúbio está localizada ali perto, o que faz de Tüttlin-gen uma escala importante nas diversas rotas que percorrem o Danúbio, seja por terra ou água. As atrações da cidade vão de museus, como o Museu dos Tecidos, até a linda biblio-teca municipal.

Maciço do AlbTambém chamado, em português, de Al-

pes Suábios. É uma cadeia de montanhas si-tuada na Alemanha. Possui mais de 200 km de comprimento e 40 km de largura. Possui pequenos vales, pontuados de vinhedos e pomares. O Danúbio corre na parte sudoeste da cadeia.

SigmaringenLocalizada no sul da Alemanha, é conhecida

pelo seu castelo, muito bem conservado. Após a Segunda Guerra Mundial, Sigmaringen ficou

Lago Untersee, em Stein am Rhein, Suíça e centro histórico de Radolfzell am Bodensee,

Alemanha

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famosa por ser o lugar de exílio do regime de Vichy, o governo nazista franco-alemão que ocupou parte da França, incluindo Paris, de 1940 a 1945. Além do castelo, a cidade é inte-ressante por sua parte histórica, com as igrejas, algumas com quase mil anos, e museus. Vale o pernoite e um dia inteiro de visita.

Castelo de HohenzollernEle data do século XI e está situado no

cume da montanha de mesmo nome, com 855 metros de altura. Destruído várias vezes, da parte medieval só existe a capela. O estilo que vemos hoje é inspirado nos castelos do Vale do Loire, na França, e foi construído por Frederico IV da Prússia. É um dos pontos tu-rísticos mais importantes da Alemanha, parte das rotas de bicicleta, de carro e de rio.

UlmOutra charmosa cidade do sul da Alemanha,

que data do século XII, é a última etapa do per-curso. É conhecida por abrigar o maior campa-nário do mundo, situado na catedral da cidade,

Ulmer Münster. Outro passeio interessante é andar pelo antigo bairro dos pescadores e pelo monastério de Wiblingen, com sua magnífica bi-blioteca em estilo rococó. Também possui uma infinidade de jardins e parques, como o Friedri-chsau Ulm, nas margens do Danúbio. Aliás, na outra margem do rio está localizada a cidade--irmã Neu-Ulm, algo como nova Ulm. Como o próprio nome diz, é a parte moderna da região.

Como chegar à rotaPor trem: o modo mais fácil de chegar à eta-

pa inicial do roteiro, em Stein am Rhein, é por Zurique. Diversos trens ligam as duas cidades e o trajeto dura pouco mais de uma hora.

Hospedagem: atualmente, cada vez mais hotéis e hostels (albergues) aceitam ciclistas em suas dependências. Mas há vários sites que oferecem uma lista de estabelecimentos que até dão preferência à hospedagem para ciclistas. O Bett + Bike é um site onde você pode fazer uma busca por cidades, de aco-modações pela Alemanha no esquema Bed & Breakfast. www.bettundbike.de

Paradinha providencial em Sigmaringen. Ao lado, a bela Ulm

internacional

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gastronomia

Nutritivo e muito versátil na cozinha, o ovo (que bom!) não é mais considerado um vilão à mesa

Por Fernanda Lopes

Bom, barato e saudável

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Um dos principais acusados na lista de causadores do aumento do colesterol no sangue, o ovo foi banido do cardápio de muita gente e passou a ser visto com maus olhos por aqueles que buscam uma dieta saudável. Mas, a Associação Americana do Coração (American Heart Association) cor-rigiu as suas recomendações para consumo de ovos e, hoje, ele retomou seu lugar de

destaque. Afinal, além de saboroso, nutriti-vo e barato, ele é indispensável na culinária.

“Diferentemente do que foi divulga-do nos anos 1970 e 1980, estudos recentes comprovaram que o colesterol presente na gema do ovo tem pouco efeito sobre o colesterol sanguíneo, determinado, prin-cipalmente, pela ingestão de gorduras sa-turadas”, explica a nutricionista Tatiana

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Branco, da Nutriaction.Ela explica que um ovo tem 13 nutrien-

tes essenciais, necessários para o bom fun-cionamento do organismo, incluindo pro-teínas de alto valor biológico, colina, ácido fólico, ferro, zinco. Tudo isso por apenas 75 calorias. “Ovos são importantes para as dietas de emagrecimento, força muscu-lar, funcionamento do cérebro, saúde dos olhos e muito mais”.

Um ovo grande contém 6g de proteí-nas, quase metade delas está na gema. Tem

4,5 g de gordura (7% das necessidades di-árias); somente um terço desta é gordura saturada. Não contém gordura trans.

“Não existe mais uma recomendação específica da quantidade de gemas que uma pessoa deve consumir por semana. Porém, devemos atentar ao consumo dele frito, e no exagero de gordura (do óleo, azeite ou manteiga) na qual são fritos. Sem-pre que possível, prefira preparações com pouca gordura adicional e sem frituras (ovos cozidos, pochê)”, ressalta Tatiana.

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• Não há diferença nutricional entre os ovos brancos e os amarelos ou entre pe-quenos e grandes.

• Claras de ovos mais velhos atingem mais rápido o ponto de neve para sus-piros e bolos. Para batê-las, separe bem as gemas. A gordura delas impede que a clara cresça.

• Quando o ovo está novo, a gema fica bem centralizada e firme quando ele é aberto.

• Atualmente, é mais raro achar ovos es-tragados nas caixas, por conta da casca mais grossa, obtida por meio de alimen-

tação especial da galinha, e que protege a clara e a gema da luminosidade e da temperatura. Mesmo assim, é indicado quebrar o ovo em um recipiente separa-do na hora do preparo.

• Se quiser, coloque-o dentro de um copo com água. Se boiar, jogue fora. Está estragado.

• Guarde os ovos em prateleiras da gela-deira, sem tirar da embalagem original. A porta não é apropriada, pois está su-jeita à variação de temperatura.

• Guarde-os com a base menor virada

para baixo. Assim a gema fica protegi-da pela clara.

• Antes de usar os ovos, lave-os com água e sabão.

• Evite a salmonela não consumindo ovos crus ou mal cozidos. E lave as mãos após manusear ovos crus.

• O ovo cozido pode ficar com um cír-culo cinza ou esverdeado em volta da gema e até com cheiro forte. Isso quer dizer que você o cozinhou demais. O cozimento excessivo desperta o enxofre presente no ovo.

Curiosidades e dicas

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Ovos nevados Ingredientes:• 1 lata de leite condensado;• 1 medida (lata) de leite;• 4 claras e• 4 colheres (sopa) de açúcar.

Creme inglês:• 1 colher (chá) de essência de baunilha;• 4 gemas e• Raspas da casca de limão.

Modo de preparo:Em uma panela, misture o leite conden-sado com o leite, uma mesma medida (da lata) de água e leve ao fogo até ferver. Abaixe o fogo e mantenha aquecido. Em uma batedeira, bata as claras em neve, jun-te aos poucos o açúcar peneirado e conti-nue batendo até formar um suspiro firme. Coloque às colheradas porções das claras batidas na panela com leite quente. Cozi-

nhe por cerca de 2 minutos e vire com uma escumadeira para cozinhar do outro lado. Retire as porções da panela, deixe escor-rer bem o leite e coloque-as em uma com-poteira. Reserve o leite.

Creme inglês:Em uma tigela à parte, peneire as gemas e junte um pouco do leite que ficou reserva-do. Acrescente a baunilha e misture bem. Despeje essa mistura no leite que sobrou na panela, fora do fogo, mexendo sempre para evitar que talhe. Leve ao fogo bem baixo, sem parar de mexer até obter um creme aveludado. Junte as raspas de limão e despeje o creme sobre as claras cozidas. Leve à geladeira e sirva bem gelado.

Dica: use uma panela grande para evitar que o leite derrame quando ferver. Man-tenha sempre a atenção e cuidado para evitar queimaduras.

óleo e frite o bacon. Junte a cebola, o tomate e re-fogue até a cebola murchar e o tomate começar a desmanchar. Junte as ervilhas, tempere com o sal e a pimenta. Por cima, quebre os ovos e cubra com a muçarela ralada. Tampe a frigideira e, no fogo brando, deixe cozinhar até os ovos ficarem no ponto desejado. Polvilhe a salsa e sirva.

Ingredientes:• 1 colher (sopa) de óleo;• 50 g de bacon cortado em cubos;• 1 cebola picada;• 1 tomate sem pele e sem

sementes picado;• 300 g de ervilhas;

• Sal e pimenta a gosto;• 2 colheres (sopa) de salsa picada;• 4 ovos e• 100 g de muçarela ralada

Modo de preparo:Em uma frigideira grande, aqueça o

Refogado prático

gastronomia

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moda

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As roupas e botas inspiradas nos jo-ckeys e cavaleiros compõem o look em alta no momento. Essa tendência equestre sur-ge com toques mais urbanos e com muita elegância. As peças lembram as roupas de equitação como a calça montaria, a camisa e o blazer curtinho.

As referências incluem peças de perfil campestre, ao estilo dos pampas ou da alta classe inglesa. Inspirações country e de cow-boy também aparecem, mas de forma muito sutil, detalhes de franja ou no uso da estam-pa xadrez mais discreta e aristocrática.

Nas roupas femininas, o maior destaque é a calça jodhpur, bem ajustada ao corpo, e que pode ter um aplique de camurça nas pernas, numa referência aos esportes hípicos.

Os blazers e casaquetos curtinhos com dois ou três botões estão em alta, assim como as

camisas e as tão adoradas botas de montaria. O estilo montaria é fácil de usar, é con-

fortável, clássico e muito charmoso. Se você quer aderir à tendência da moda equestre, não são necessários grandes investimentos e nem aquisições complicadas. Muitas das peças já podem estar no seu guarda-roupa, é preciso apenas saber qual a melhor forma de combiná-las.

As camisas caem muito bem na tendên-cia, como as de laço na gola, babados ou de colarinho, que são supercuringas. Essas pe-ças podem ser de tricoline, seda ou algodão.

Os casaquinhos são versáteis e fáceis de combinar com várias peças. Além de terem corte feminino, mas clássico, esses blazers podem ser enriquecidos com detalhes que fazem toda a diferença no visual. Os bla-zers acinturados dão um charme especial

Você não precisa ter um cavalo, nem praticar equitação para estar em sintonia com o estilo montaria. Saiba como usar e quais as peças principais para compor looks elegantes

Por Karlos Ferrera

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com muito charme

Do campo

Um dos tipos de calça que faz parte do estilo é a bombacha. A bota montaria é peça fundamental e cai bem até mesmo

com shorts jeans, num loock mais despojado

para a cidade

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moda

na moda equestre, sendo ótimos para com-por o look. A tendência do peplum (aque-la sainha ou babadinho na barra) também aparece nos blazers e jaquetas, dando um toque a mais de feminilidade no visual. Apliques de couro nos cotovelos também aparecem em algumas modelagens.

As leggings e skinnies se adaptam per-feitamente ao visual montaria quando usadas com botas montaria, além da calça ícone do estilo: a jodhpur. A bota monta-ria (de salto baixo e cano longo) é a peça ideal para ser usada com as calças jodhpur, que devem ser sempre justas na perna. Elas podem ser usadas com jaquetas e blazers acinturados (curtos ou mais compridos), camisas e blusas mais sequinhas.

Fácil de usar, o estilo montaria é confortável,

clássico e muito charmoso

É possível criar um visual equestre com saias e vestidos. Os acessórios, como os cintos de couro e fivelas típicas reforçam a tendência

Porém, quem é mais cheinha e tem o quadril largo, deve ter mais cautela no uso desse tipo de calça, usando sempre com blu-sas e casacos que cubram a área até as coxas.

Já quem é muito alta e magra, é impor-tante evitar que o look seja todo monocro-mático, pois pode alongar a silhueta ainda mais. Ao contrário das baixinhas, que po-dem abusar da monocromia e usar a bota com o cano um pouquinho mais curto.

A calça bombacha também faz parte do estilo, porém é necessário bastante cuida-do ao usá-la, pois não é uma modelagem muito fácil de compor um visual certeiro. As bombachas, que são largas no quadril e na perna, são bem difíceis de cair bem se a mulher não for alta e magra. Para usá-la, a peça de cima deve ser bem sequinha.

Não são apenas as calças que combinam com o estilo, é possível também fazer um estilo equestre com vestidos, saias e até shorts (usa-dos com meia), de tecidos mais encorpados e neutros, combinados com a bota montaria.

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

A 18 ª Edição da Casa Natal Santos Arquidecor 2012 destaca o estilo Luxo em Preto e Branco, em homenagem aos 100 anos do Santos F. C., dentro da temática Arquitetura e

Decoração: o teor da imaginação, presente até o dia 21 de outubro

A ceramista Alessandra Volpe mostra peças em grandes dimensões, inspiradas em Iemanjá, na galeria de arte da Arquidecor

José Eli de Miranda, o Zito, campeão pelo Santos F. C. e seleção brasileira, foi homenageado com um coquetel no Deck Café, da Kartell, do empresário Guido Tedesco

No espaço da Loft Gourmet, cujo homenageado foi o jogador Serginho Chulapa, o arquiteto Dirceu Lima, a assessora de imprensa Gisela Kodja e Silvana Barros

As responsáveis pelo êxito do evento: Aili Fernandes, Cida Costa, a jornalista Mônica Mathias e Maria Isabel Albarez

Para relembrar a origem do futebol, o gravurista CláudioVasques apresenta uma exposição inédita em homenagem aCharles Miller, com a presença de Charles Miller Neto

A arquiteta Carla Arigón Felippi caprichou no visual do living e a S.C.A , patrocinadora do espaço, foi representada no coquetel de abertura pelo gerente comercial Márcio Amaro Gonçalves e Roberto Burghi

A artista plástica Mônica Figo com seu trabalho O fino traço da cidade, na galeria de arte, ao lado da arquiteta Shirley Vaz Vedovate

As arquitetas Patrícia Grottone e Juliana Fernandes Abad mentoras do belíssimo ambiente da House Decor

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Nos eventos sociais santista...

A curadora Célia Cristina Teixeira tem trazido artistas de realce em pintura, fotografia e escultura

O artista plástico Carlos Amorim Melo expõe suas obras com a temática Acorda Santos

O cirurgião vascular Carlos Henrique Alvarenga Bernardes e sua Marina receberam os alunos de pós-graduação da Santa Casa de Santos, para um churrasco de confraternização em sua casa de veraneio, no Guarujá

Entre os presentes, o poeta e acadêmico Antonio Lascane, Paulo Sachetto e a acadêmica Ana Maria Sachetto

Exposição no Espaço Tremendão

Confraternização

Noite de autógrafos

Em tarde de muita cordialidade, os anfitriões Patrícia e Frederico Cidral

Augusto Capodicasa e Fernanda Vannucci deixaram seus afazeres de lado e foram curtir o excelente evento, que provém recursos para os necessitados dos bairros do Paquetá, Saboó e Vila Nova

Feijoada do Galp, no Mendes Plaza Hotel

A fotógrafa Mariane Rodrigues apresenta a cidade de Santos e seus pontos turísticos

A presidente da Academia Santista de Letras de Santos Maria Araújo Barros de Sá e Silva lançou livro em homenagem ao centenário de Maria José Aranha de Resende (Zézinha) na Pinacoteca Benedicto Calixto

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O casal Luciane e Pascoal Biondo receberam amigos para festejar os 15 anos de Leticia Biondo, na Maison Torres, em São Paulo

“Destaques” // Luci Cardia

Luciane e Leticia Biondo, maravilhosas

Leticia, Pascoal, Luciane e Thiago Biondo, radiantes com a presença de todos

A aniversariante feliz com os avós Leticia, Pascoal e Luciane

Flávia Patriota, Roberto e Roberta Haddad

Amigos da TAR e o animador Ace Ventura

A elegância fina dos Amigos da TAR presente à festa

Paola Smanio, Camilo De Francesco, Newton e Silmara Motta

Cláudio Saad e Andréia Dragone, Gerson e Fany França

Jurema Dragone, Marcelo e Carmem Pithagoras Dragone

Sérgio Aragon, José Cardia, Pascoal Biondo e Roberto Haddad

Rose e Sérgio Aragon, Martinho e Leo Marques

Nawal e José Avelino Arnaldo e Selma Barreto Família Dragone em destaque Rose Abrahão e Carla Violane

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A Turma dos Apaixonados por Santos e pela Riviera, em linda Festa à Italiana, na Riviera de São Lourenço

Camilo Di Francesco e Paola Smanio

Roberto Haddad, Pascoal Biondo, José Cardia, Gerson França e Domingos Dragone

A família Milton Casari, muito unida Os integrantes da TAS - Turma dos Apaixonados por Santos

Carla, a filha Gabriele e Hélio Violane

Rose e Sérgio Aragon Os amigos da TAR - Turma dos Apaixonados pela Riviera

Neusa Cabral, Rose Aragon, Luci Cardia, Selma Barreto e Jurema Dragone

Roberto Haddad, Regina e João Carlos Fernandes

Família Aragon e Leo Marques Rose Abrahão, Milton Casari, Martinho Marques, Carla e Helio Violane

O anfitrião Roberto Haddad

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Flashes

A prefeitura de Santos oficializou a doação de um terreno localizado na Zona Noroeste para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP),

onde será construído um complexo educacional do Sesi

Paulo Skaf, presidente da Fiesp, elogiou a parceria Uma concorrida cerimônia foi realizada no salão nobre do Paço Municipal

Evento contou com apresentação musical de alunos do Sesi No alto, ao centro, o presidente da Fiesp Paulo Skaf e o prefeito João Paulo Tavares Papa com funcionários e alunos do Sesi Santos

A administradora escolar do Sesi Ivana Faour e as coordenadoras Fernanda Guilhermoni e Karen Keller

O diretor do Sesi de Santos Michel Kabbach em entrevista para a TV Costa Norte

66 Beach&Co nº 124 - Outubro/2012

“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Concorridíssimo o coquetel de premiação do 28º Campeonato Aberto de Golfe, no Hotel Sofitel Resort & Spa, em Guarujá

Os presidentes Dr. Miguel Calmon Nogueira da Gama, do Guarujá Golf Club e Manoel da Gama, da Confederação Paulista de Golfe

Miguel Calmon anuncia apoiadores e patrocinadores do torneio: a Administradora Danimar, representada por Ronaldo Sachs, capitão João Santo, Renato Pimentel, Ana Paula Volpon Roman, Maria Eunice Grotzinger, José Carlos Rodrigues, Polack, Gilmar Lemos, da Embrase e Rogério Sachs

Em destaque Miguel Angelo, Rogério Sachs, Ronaldo Sachs e Laerte

As primeiras-damas do Grupo Danimar Patricia Sachs, Leila Sachs, Elaine Sachs e Martha Sachs

A empresária Lika Rodrigues com Késia Bevilacqua e Luis Carlos Bevilacqua

As primeiras-damas Cleide Calmon e Maria Silvana Mirjvic dos Anjos

Siegfrid Grotzinger, Wagner Gattaz, Gabi Gattaz, David Uipi, Maria Eunice e Maria Tereza Uipi

Um time de primeiro escalão para abrilhantar a festa

Os empresários Paula Mendes e Renato Pimentel, da Azevedo & Travassos

Um casal simplesmente maravilhoso, Fátima e Henrique Trevisan em grande estilo

Andrea e Luciano Penteado Mores, charme e elegância marcando presença

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