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BETELGEUSE Boletim Informativo da A.A.G.G Ano: 14 JUL/AGO/SET N.° 48 1997

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BETELGEUSEBoletim Informativo da A.A.G.G

Ano: 14 JUL/AGO/SET N.° 48

1997

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Associaçao Astronômica Galileu Galilei

Fundada em 1978Declarada de Utilidade Pública - Lei 4.150/88

Caixa Postal 010-089629001-970 Vitória - Espírito Santo - BrasilE-mail: [email protected]

Conselho Administrativo

Diretor Presidente: Antônio Carlos Garcia JúniorDiretor Adjunto: Adilson José Cruzeiro

Conselho Consultivo

Prof. Antônio Rezende Guedes - UFJF/MGProf. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão - MAST/CNPq/RJProf. Nelson Travnik - OMA/OMP/OMCJN/SPProf. Rubens de Azevedo - AAA/CE

Administração

Secretário/Tesoureiro: Francisco de Almeida GusmãoCoordenador de Projetos: Marco Junio de Faria GodinhoCoordenador de Fotografias: Walace Fernando NevesEditor Betelgeuse: Antônio Carlos Garcia Júnior

CAPA: Cometa Hale-Bopp (Foto de Antônio Carlos Garcia Júnior), Vitória/ES,Pentax 80 mm , filme Kodak Gold 400 ISO, 10 s exposição.

Sumário

. Editorial 02

. Destaque - Entrevista com o Prof. Ormis Duval Rossi 03

. Agenda Astronômica Abr/Mai/Jun 05

. Terceiro Milênio Uma questão de Tempo 06

. Cometa Hale-Bopp - Como visto pelos Olhos das Terras Capixabas 09

. A onda Crescente de planetários no Brasil 12

. Sonda Planetária Pathfinder deverá pousar em Marte 13

. O Canto do Galo Velho 14

Betelgeuse Ano 14 - JUL/AGO/SET - m 48

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Algumas coisas acontecem na vida de cada um de nós que podem ser consideradas por alguns como um mero acaso e por outros denominadas por sorte. Para os cépticos tudo tem uma explicação racional e os acontecimentos são provocados por um ordenamento ou seja fazem parte de um sistema de causa e efeito. Assim o fato da cidade de Vitória, capital do Espirito Santo ter hoje um planetário sem duvida alguma não se deve ao acaso a um simples milagre, mas ao trabalho constante e bem planejado da nossa entidade e dos parceiros onde conseguimos ver refletido nossas idéias.

Recentemente esteve aqui em Vitória o colega Wilton P. Carvalho, atual presidente da Associação Astronômica da Bahia e conhecido caçador de meteoritos que nos visitou e na oportunidade lançou o seu livro: “O meteorito de Bendegó”. Naquela oportunidade o Wilton nos incentivou a procurar aqui no nosso Estado registros de quedas de meteoritos. A partir de então temos divulgado em reportagens e na Internet nosso interesse em comprar meteoritos e de contatar pessoas que tem essas pedras que caíram do céu. No final do mês de maio do corrente ano chegou as nossa mãos uma pedra negra pesando cerca de 185 gramas cuja queda foi observada no céu do município de Nova Venécia, no norte do Espírito Santo, e recolhida pelo agricultor Zeferino Carletti. Estamos procedendo as investigações necessárias e no próximo numero do “Betei” estaremos publicando uma matéria anunciando a descoberta de mais um meteorito brasileiro, este vindo do espaço interplanetário para o solo capixaba. Será isso puro acaso?

Temos falado aqui há algum tempo da necessidade de construirmos um observatório astronômico fora da grande Vitória, para podermos ter melhores condições de céu e de equipamentos para curtirmos nosso prazer celestial. Este projeto foi absorvido por todos da AAGG, tomando-se uma prioridade institucional. Brevemente teremos a disposição, uma estrutura que servirá de base para trabalhos observacionais, educacionais e de lazer. Os desdobramentos oriundos desta idéia serão uma conquista a parte da sociedade civil do Espirito Santo.

E é claro não será por puro acaso que isso irá acontecer, mas sim será fruto de muito sonho e de muito trabalho cujos sacrifícios sabemos não serão poupados pelos nosso sócios e amigos. Contamos com todos.

O Conselho Administrativo.

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“DESTAQUE”

Entrevista concedida pelo Prof. Ormis Duval Rossi Diretor da Divisão de Astronomia da Fundação Planetário do Rio de Janeiro, em 13 de junho de 1997.

AAGG- Professor Ormis, onde você nasceu e porque seu interesse pela astronomia?Ormis- Sou capixaba de Vitória no Estado do Espírito Santo. Parece-me que é comum à maioria dos que lidam e gostam da astronomia o interesse e a paixão pela observação do céu, desde criança. Comigo não foi diferente e ainda recordo-me daqueles tempos no interior do Estado do Espírito Santo.

AAGG- Onde você cursou astronomia?Ormis- Quando eu fazia meu curso superior descobri que no Rio de Janeiro havia curso de astronomia oferecido pela UFRJ. Larguei tudo e ingressei no único curso que havia dessa especialidade, sem pensar duas vezes.

AAGG- E em relação ao Planetário, desde quando você está na Fundação Planetário do Rio de Janeiro?Ormis- Olha, Walace, eu quando estudante de astronomia , ainda no 2 ano do curso tive a oportunidade de conhecer um professor (hoje aposentado e que veio trabalhar conosco) que teve a sensibilidade de perceber meu grande interesse pela astronomia e convidou-me para ser seu assistente. Mais tarde ele tomou-se Diretor da escola.Estou no Planetário desde aquela época e já se passaram 23 anos, ou seja desde 1974.

AAGG- Podemos dizer então que você tem grande vivência a respeito de Planetário? Ormis- Sim.

AAGG- Com relação às novas construções e empreendimentos do Planetário do Rio, o que você pode informar?Ormis- A Fundação Planetário conta , ainda com um aparelho Zeiss “Space Master” com 26

anos de uso. Você pode imaginar uma cidade como o Rio de Janeiro com cerca de 5 milhões de habitantes, 1033 escolas da rede pública e um número incontável de escolas particulares. O Planetário com 130 lugares tomou-se insuficiente para atender a toda esta demanda. Por isto estamos trazendo um novo equipamento. Aproveitando o momento não somente trazemos um novo Planetário, estamos criando um Centro de Ciências que já é referência para todo o mundo. É um Planetário de última geração e um cinema hemisférico, inédito.

AAGG- Como é este projeto?Ormis- Estamos construindo váriosexperimentos de interatividade, sãoaproximadamente em numero de 100 que permitirá a configuração de museu interativo. A criança ou o visitante de um modo geral não será um espectador passivo ele vai interagir com estes experimentos.De futuro introduziremos este processo nos programas de projeção do Planetário. Com esta perspectiva já alinhada será possível conseguir para 1998.

AAGG- Prof. Ormis, você que conhece, de certa forma o Planetário de Vitória e as dificuldades de um Planetário iniciante e que não nos tem dispensado o seu apoio que sugestões teria para nosso melhor desempenho? Ormis- E louvável a iniciativa de se colocar um Planetário a disposição de uma comunidade e, o quanto podemos, temos apoiado todas as cidades que se manifestam sob este aspecto. Obviamente os governantes deveriam ter a preocupação em criar uma infra-estrutura para continuidade de um projeto tão caro. Caríssimo. Um Planetário sozinho não significa nada. Uma estrutura mínima e um número essencial de equipamentos acessórios garantem a funcionalidade e continuidade com programação variada e de qualidade.O fator humano é fundamental - pessoal especializado e capaz. Em conversa mais detalhada sentimos que o Planetário de Vitória necessita urgentemente de projetores complementares comuns a todos os Planetários para a criação de panoramas e projetor de vídeo

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para imagens com animações gráfica que são muito mais atrativas.Afinal de contas você tem que competir com a televisão e com cinema. Toda programação deve ser dinâmica.

AAGG- E alem das programações de caráter didático pedagógicas?

Ormis- Eu acho que um Planetário tem que marcar presença no espaço de uma sociedade e ser uma ponto de referência para todos e para o turismo. Devem ser desenvolvidas todas as atividades ligadas às ciências, abrindo as portas para debates não somente ligados à astronomia. Deve haver espaço para atividades correlatas e para a cultura em geral.

AAGG- O que você tem a dizer a respeito da auto-suficiência de um Planetário?Ormis- Há uma tendência mundial para a dinamização do Planetário. Tenho a experiência de vários projetos a nível mundial de reformulação de estruturas e para nossa surpresa verificamos que o nosso é um projeto de ponta e que não é diferente dos demais. Em conclusão cremos que é necessário trabalhar muito e cada vez mais em projetos de centros de difusão da ciência.Mas em relação à auto-suficiência, pela nossa experiência e pelo conhecimento dos Planetários existentes, é muito difícil imaginar uma estrutura auto-sustentável, principalmente considerando o seu caráter. Todos os grandes centros que conheci como o de “La Villete” e o “Museu de HelsinK”, dependem essencialmente de verbas públicas e nenhum Planetário dos que conhecemos consegue manter-se por si só. É bem verdade que se deve haver grande empenho em obter recursos para aliviar a carga da administração pública. No entanto o poder público tem que estar muito ciente de que a função principal de um Planetário não é apenas arrecadar dinheiro (grifo nosso). E investir no saber, principalmente junto às crianças nesta sociedade emergente. Este é o maior investimento.O turismo vem como uma segunda opção. Um bom projeto para Planetário tem grande apelo

turístico. É por isto que estamos trabalhando também no projetor de cinema hemisfério, uma novidade no continente sul americano.

AAGG- Prof. Ormis, quero agradecer sua atenção e se vocôe desejar pode acrescentar algo mais.

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Ormis- Temos toda uma relação de amizade com o grupo da Associação Astronômica Galileu Galilei, de Vitória e estaremos sempre à disposição no Rio de Janeiro.

Entrevista concedida a Walace Fernando Neves (AAGG/OACF).

Foto: Ormis Duval Rossi (E) e Walace F. Neves.

FILIE-SE A AAGG

Caso você goste de astronomia entre em contato conosco. Não é necessário possuir instrumentos ou conhecimentos prévios. Venha trabalhar em grupo. Reuniões mensais sempre na última quarta-feira do mês no Planetário de Vitória a partir das 20 h

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^ Agenda Astronômica

JULHO

Dia Hora Fenômeno02 02 00 Lua a 0,6° N de Aldebarã04 01 00 Mercúrio a 5o S de Pollux

Cometa Encke a 0,19 UA da Terra16 00 Terra no afélio (152,1 milhões Km)18 40 Lua Nova

05 12 00 Lua a 6o S de Mercúrio06 23 00 Lua a 5o S de Vênus09 20 00 Lua no apogeu (404.946 Km da Terra)12 05 00 Saturno em quadratura Leste

19 00 Lua Quarto Crescente22 00 Lua a 1,8o N de Marte

20 00 00 Lua Cheia21 Netuno em oposição

14 00 Lua a 4° N de Júpiter20 00 Lua no perigeu (361.578 Km da Terra)

22 22 00 Vênus a 1,2° N de Regulus25 16 00 Lua a 0,02° S de Saturno •26 15 00 Lua Quarto Minguante

21 00 Mercúrio a 0,5° S de Regulus27 11 00 Vênus a 4° S de Mercúrio29 08 00 Lua a 0,4° N de Aldebarã

17 00 Urano em oposição (magnitude 5,7)30 20 00 Reunião mensal da AAGG

Máximo da chuva de meteoros Pisces Austrálidas, com radiante na constelação do Peixe Austral. Sua taxa é de 10 meteoros.

AGOSTO

Dia Hora Fenômeno02 16 00 Saturno estacionário

20 00 Marte a 1,7° N de Spica03 05 00 Lua Nova05 17 00 Mercúrio máxima elongação leste (27°E)

Mercúrio no afélio (0,47 UA)06 06 00 Lua a 1,6° S de Vênus

11 00 Lua no apogeu (406.934 Km da Terra)23 00 Cometa Gehrels 2 no periélio

09 12 00 Júpiter em oposição12 00 Lua a 4° N de Marte

11 10 00 Lua Quarto Crescente

Dia Hora Fenômeno12 Máximo da chuva meteoros Perseídas,

com taxa esperada de 75 meteoros/hora.15 17 00 Cometa Haneda-Campos no periélio16 02 00 Plutão estacionário

13 00 Lua a 4° N de Netuno17 19 00 Lua 4° N de Júpiter18 07 00 Lua Cheia19 02 00 Lua no perigeu (358.018 Km da Terra)22 23 00 Lua a 0,008° S de Saturno24 23 00 Lua Quarto Minguante25 14 00 Lua a 0,3° N de Aldebarã

23 00 Plutão na quadratura oeste27 20 00 Reunião mensal da AAGG31 21 00 Mercúrio em conjunção inferior

SETEMBRO

Dia Hora Fenômeno01 Mercúrio em conjunção com a Lua

21 00 Lua Nova02 18 00 Lua no apogeu (406.472 Km da Terra)05 09 00 Lua a 3° N de Vênus06 02 00 Vênus passa a 1,9° N de Vênus07 06 00 Lua a 5° N de Marte09 23 00 Lua Quarto Crescente12 22 00 Lua a 4° N de Netuno13 11 00 Lua a 4° N de Urano14 01 00 Lua a 4° N de Júpiter16 16 00 Eclipse Total Lunar (Invisível no Brasil)

12 00 Lua no perigeu (256.970 Km da Terra)16 00 Lua Cheia17 00 Mercúrio máxima elongação oeste (18°\V

18 19 00 Lua a 0,2° N de Saturno21 21 00 Lua a 0,3° de Aldebarã22 20 56 Equinócio da Primavera23 11 00 Lua Quarto Minguante24 20 00 Reunião mensal da AAGG29 20 00 Lua no apogeu (406.323 Km da Terra)

Fonte: “Anuário de Astronomia 1996”, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Editora Bertrand Brasil S.A. e “Almanaque 1996”, Antônio Carlos Coelho, Edição do autor.

Agenda Astronômica

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TERCEIRO MILÊNIO. UMA QUESTÃO DE TEMPO

Walace F. Neves

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O tempo é determinado pelo movimento e, pelo menos, um referencial que permita medi-lo ou compara-lo.

Na Terra os referenciais como os dias e as noites, as estações do ano, os ciclos lunares, o deslocamento do Sol na eclíptica e, tantos outros, possibilitaram ao homem escolher dentre eles os padrões para servirem de comparação na contagem do tempo, em permanente progressão.

Esta contagem exigiu a criação de calendários e estes resultam das convenções puramente humanas, segundo suas necessidades no curso dos séculos e dos milênios. Um pequeno instante de reflexão sobre um fenômeno aparentemente comum e corriqueiro, em virtude de nossa convivência íntima com ele e, tão íntima que não nos apercebemos de sua grandeza: os dias e as noites, fazem vislumbrar o desempenho da mecânica celeste, tão justa e matematicamente correta.

Olhando-se fenômenos cósmicos, de um ponto de vista situado na superfície da Terra, eles acontecem com espantosa regularidade: ora o encurtamento das horas de luz e o alongamento das horas de escuridão, no inverno, ora o oposto no verão; as fases da Lua, seu nascimento e declínio; o surgimento das estrelas com a diferença diária de quatro minutos; o inicio de cada período de 365 dias.

Distante, porém do orbe terrestre, muito além do campo magnético que o envolve, e observando os fenômenos celestes de um ponto de vista situado em algum lugar do espaço, perde-se a noção ou qualquer conceituação de tempo. Sem um ponto de apoio para referencial não há indicação de início ou complementação dos ciclos das órbitas planetárias para contagens temporais. Neste caso os nossos sentidos não tem como registrar segundos oü séculos, dias e noites, horas ou milênios.

Entretanto, o condicionamento às leis universais a que estamos sujeitos, adequadas aos padrões estabelecidos para o nosso mundo de relação adstritos à nossa casa planetária, a Terra, compeliu-nos a criara e a utilizarmo-nos dos calendários estabelecendo períodos com nomenclaturas específicas para, dias, meses, anos, décadas e milênios, até onde pode alcançar nosso sentido de medidas concretas, para o tempo determinado e contado.

Assim visualizamos o passado e vislumbramos o futuro até onde se formem abstrações em nossas maquinações mentais.

No ano de 1582 DC (depois de cristo) o papa Gregório XIII (1502-1585) introduziu reforma significativa no calendário vigente que já fora uma reforma

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elaborada por Júlio Cezar, imperador de Roma no ano de a.C. (antes de Cristo) e que perdurou, consequentemente durante 1627 anos.

Esta reformulação constou da introdução do não bissexto, a cada quatro anos, à exceção dos anos seculares em que o número formado pelos algarismos das centenas e dos milhares não divisíveis por 400 e estabeleceu a contagem dos anos, dos séculos e dos milênios a partir do ano 1 ou seja do nascimento de Jesus Cristo. Daí considerar-se todos os anos antes (a.C.) em numeração decrescente , como exemplo: Júlio Cezar, imperador de Roma (100-44 a.C.).

E em sentido oposto, a considerar-se ordem crescente de numeração, a partir do ano do nascimento de cristo, ano 1, com todos os demais subsequentes, por exemplo: Tomada de Constantinopla pelos Turcos (395 d.C.).

Deste modo fica explicito que convencionou-se que o Século Um (sec. I) teve início em primeiro de janeiro do ano 1 (d.C.), e completou-se em 31 de dezembro do ano 100; o século XX teve inicio em primeiro de janeiro de 1901, para enfim terminara no 2000 (d.C.) em 31 de dezembro.

Com isto não restará mais duvidas quanto às referências na atualidade, aos eventos do Calendário Astronômico onde os mais marcantes, no Brasil tomaram-se de conhecimento e de interesse da população, neste final de século e de milênio.

r

- Ultimo eclipse total do Sol - 3 de novembro de 1994.r

- Ultimo eclipse anular do Sol - 29 de abril de 1995.

O eclipse total da Lua ocorrido em 26 de setembro de 1996 foi, na realidade , o penúltimo observado no Brasil neste século.

Caberá ao eclipse total da Lua de 21 de janeiro do ano 2000 com início às 03h 03m (TU) fechar simultaneamente, a série do século XX e do segundo Milênio para por fim, aguardarmos a partir de 2001, a “odisséia” do tão esperado “Terceiro Milênio”.

r

E apenas uma questão de tempo!

(*) Walace F. Neves (Diretor Administrativo do Planetário de Vitória)

PLANETÁRIO DE VITÓRIA

Venha conhecer o Planetário de Vitória! As sessões para as escolas funcionam diariamente e devem ser agendadas previamente com a administração do Planetário, já as sessões para os visitantes são às sextas feiras a partir das 18:00 h. Maiores informações poderão ser obtidas pelo telefone (027) 335-2489. Venha ver as estrelas.

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COMETA HALE-BOPP Como Observado pelos Olhos das Terras Capixabas

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Antônio Carlos Garcia Júnior

1- Introdução

Desde sua descoberta em 1995 pelos astrônomos amadores Thomas Hale , em Cloudecrofit, Novo México, e Thomas Bopp da cidade de Stanfield, Arizona, independentemente, o Cometa Hale-Bopp, foi anunciado como um possível super cometa, já que apresentava ,um brilho notável para sua localização ainda distante do Sol. Os especialistas tinham a perspectiva de que seria o Cometa do Século, quando se aproximasse do periélio. O diâmetro de seu núcleo foi avaliado em 40 Km ou seja 8 vezes o diâmetro do núcleo do cometa de Halley.

O primeiro registro de observação do cometa no Espírito Santo é de 28/02/96, feita por Antônio Carlos Garcia Júnior, quando o cometa se encontrava na constelação de Sagitário, como uma pequena mancha branca de magnitude +9,5 e que nos meses seguintes iria se deslocar lentamente em direção de Ophiuchus. Seu acompanhamento neste período foi prejudicado devido ao aparecimento do brilhante cometa Hyakutake e por um grande período de tempo encoberto aqui no nosso Estado.

Apesar das previsões anteriores os ganhos de luminosidade do Hale-Bopp em função da diminuição de sua distância heliocêntrica foi inferior ao esperado. Assim o cometa não teria o brilho tão sonhado pelos amantes do céu.

Deslocando-se de Ophiuchus para Serpens Cauda o cometa rumou para o céu Boreal, onde ocorreria seu periélio em 01 de abril de 1997, fase inacessível para nós, com magnitude de -0,9. Neste período o Cometa Hale-Bopp deu seu grande show, para alegria dos observadores do hemisfério norte, que em dois anos tiveram dois cometas brilhantes o Hyakutake e o Hale-Bopp. Pudemos acompanhar sua imagem pela Internet e pelas revistas Astronomy e Sky&Telescope. Apresentou uma bela cauda branco- amarelada de poeira muito brilhante e uma de plasma azulada. Para nós restava torcer para que no retomo aos céus do Sul ainda sobrasse um pouco de seu brilho para contemplar.

2- O retorno Magnífico

Enquanto nos divertíamos com o eclipse parcial da Lua em 23/24 de março esperava-mos seu retomo ao nosso céu previsto para o final de abril e inicio de maio, vindo da constelação de Perseus bem baixo no horizonte Noroeste, A dificuldade de sua observação estava no fato de sua altura com o horizonte e do céu estar ainda claro devido a proximidade do crepúsculo. A formação de nuvens e a iluminação da cidade de Vitória também prejudicou a sua observação.

No dia 14 de abril o Jornal A Gazeta estampava uma foto tirada do Ceará, local mais favorável para sua observação já que situa-se mais ao norte, a partir de então houve grande divulgação na mídia sobre o Cometa Hale-Bopp , e de como seria

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possível sua observação. Com isso a população capixaba ficou vigilante a procura do cometa.

O primeiro avistamento foi realizado no dia 16 de abril, pela moradora de Conceição da Barra (município do norte do Estado) Doroty Elita Penteado da Silva que enxergou o astro a olho nu às 18h 15m, localizando-o a 5 graus do horizonte, fato que foi comunicado por telefone ao diretor do Planetário de Vitória Walace Fernando Neves (Coordenador de Fotografias da AAGG). No dia 18 de abril Walace e o jornalista Gildo Loyola do Jornal A Gazeta se deslocaram para o norte do Estado afim de fotografarem o cometa, e apesar do tempo encoberto, em uma pequena abertura do céu o Walace fotografou o cometa ás 19h 35m com uma teleobjetiva de 300mm, município de Linhares, tendo Capela a direita e a esquerda as Plêiades, foto que saiu publicada na primeira pagina do jornal A Gazeta, e foi o primeiro registro fotográfico de uma grande série realizada por várias pessoas.

De Vitória o cometa foi observado pela primeira vez no dia 20 de abril, do Observatório da UFES, na oportunidade o Hale-Bopp fazia um triângulo com as estrelas Capela e Aldebarã. Desta posição o cometa com o núcleo muito brilhante visível a olho nu mesmo pouco tempo após o por do Sol. No dia 25/04/97 foram tiradas as primeiras fotos de Vitória. Registramos o recebimento de duas fotos muito bonitas do Hale-Bopp tendo à sua esquerda a constelação do Touro, tiradas de Juiz de Fora por Cláudio Henrique da Silva Teixeira e sua companheira Ana das Mercês Pelison, em 29/04/97.

Durante o mês de maio equipes da AAGG observaram o cometa varias vezes, e seu brilho era bastante considerável pois mesmo de locais bastante iluminados de Vitória foi possível observar e fotografa-lo. Varias fotos foram tiradas da Ilha do Boi. Aos poucos ele foi subindo da constelação do Touro para Orion (30/05/97) ficando ao lado de Betelgeuse já com seu brilho decaindo muito (magnitude +4), novamente em posição ruim para sua observação.

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O cometa Hale-Bopp sem duvida foi o cometa mais brilhante observado durante a existência da AAGG e foi uma alegria para todos nós compartilharmos sua observação.

Foto: Marco Junio Faria Godinho, Teleobjetiva de 300mm

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A ONDA CRESCENTE PE PLANETÁRIOS NO BRASIL11

Marcomedes Rangel Nunes

O primeiro planetário a usar um projetor central, e uma cúpula, simulando o céu, com poltronas num auditório circular, é o da cidade de Munique, na Alemanha, de 1923. O projeto foi especialmente encomendado a firma Carl Zeiss, pelo Museu alemão. Muitos anos depois, o sistema de simular o céu, visto da esfera celeste, alcançou mundo. “Um teatro do céu”.

O primeiro planetário no Brasil e no hemisfério sul, inaugurado em 26 de janeiro de 1957, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, com poltronas para mais de 300 lugares. O modelo Zeiss III, de 1934, da firma alemã Carl Zeiss, foi adquirido pelo prefeito Armando de Arruda Pereira em 1954, para as comemorações do Quarto Centenário da cidade. Mas ele só foi instalado três anos depois, como parte de um Museu de Ciência e Técnica, que lamentavelmente só saiu o Planetário. O equipamento foi todo reformado em 1996 pela firma J. Z. Equipamentos Científicos, representante da Zeiss no Brasil. O segundo planetário do Brasil foi inaugurado em 1961, na Escola Naval, no Rio de Janeiro, comprado pela Marinha de Guerra. O modelo Spitz A2, da firma americana de mesmo nome, é pequeno e projeta o céu do hemisfério sul. Muito usado nas aulas de Astronomia Náutica. Somente na década de 70, depois da ida do homem a Lua em 1969, é que outros equipamentos desse tipo apareceram no Brasil, também modelos Zeiss, como mostra a tabela 1.

Tabela 1: Planetários Instalados no Brasil

Cidade Orgão Equipamento Origem Lugares AnoSão Paulo/SP Prefeitura Zeiss Modelo III Alemanha 300 1957Rio de Janeiro/RJ Escola Naval Spitz A2 EUA 40 1961Rio de Janeiro/RJ Prefeitura Zeiss Spacemaster Alemanha 134 1970Porto Alegre/RS UFRGS Zeiss Spacemaster Alemanha 136 1972Santa Maria/RS UFSM Zeiss Spacemaster Alemanha 130 1970Goiânia/GO UFGO Zeiss Spacemaster Alemanha 124 1970Brasília/DF GDF Zeiss Spacemaster Alemanha 130 1980Florianópolis/SC UFSC Zeiss ZKP-1 Alemanha 80 1975Curitiba/PR OAPCEP Zeiss ZKP-1 Alemanha 80 1975João Pessoa/PB Estadual Zeiss Spacemaster Alemanha 130 1983Campinas/SP PMC/MDC Zeiss ZKP-2 Alemanha 70 1987Vitória/ES UFES/PMV/AAGG Zeiss ZKP-3P Alemanha 80 1995Catanduva/SP Particular Starlab* EUA 40 1991Rio de Janeiro/RJ Mast-CNPQ Starlab* EUA 40 1991Rio de Janeiro/RJ Mast-CNPQ Starlab* EUA 40 1991Rio de Janeiro/RJ CINT Starlab* EUA 40 1991Porto Alegre/RS MuCiTec Starlab* EUA 40 1991

* Cúpula móvel, inflavel, com assento no chão.

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Um outro impulso para a instalação de planetários no Brasil, aconteceu após a passagem do cometa Halley (1986). Hoje contamos com 17 em operação, entre modelos pequenos, médios e grandes, e com projetos concretos para serem instalados mais dez, para os próximos anos (tabela 2, as prefeituras das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, adquiriram em 1996, cada uma, o planetário modelo Universarium (Zeiss). Este é o modelo mais modemo do mundo, que utiliza fibras ópticas na projeção das estrelas e a cúpula é inclinada, com auditório para mais de 300 pessoas. As estrelas projetadas cintilam e tem cores. O novo planetário do Rio de Janeiro, esta sendo instalado na mesma área do anterior (1970), no bairro da Gávea, com previsão de inauguração para esse ano. Integrará o Museu Universo.

Tabela 2: Planetários em Instalação - Fase de Projeto no Brasil

Cidade Orgão Equipamento Origem Lugares

Ano

Feira Santana/B A OAA/UEFS (+) Starlab** EUA 40 1997Recife/PE UFPE (+) Starlab* EUA 40 1997São Paulo/SP Prefeitura Zeiss Universarium Alemanha 300 1997Rio de Janeiro/RJ Prefeitura (+) Zeiss Universarium Alemanha 300 1997Fortaleza/CE Prefeitura Zeiss ZKP-3 Alemanha 120 1997S.J Rio Preto/SP Prefeitura Zeiss ZKP-3 Alemanha 120 1997Belém/P A GOPARA Zeiss ZKP-3 Alemanha 120 1997Feira Santana/B A OAA/UEFS Zeiss ZKP-3 Alemanha 120 1997Pres. Prudente/SP Prefeitura Zeiss ZKP-3 Alemanha 120 1997

* Cúpula móvel, com assento no chão ** Cúpula fixa, com poltronas + Equipamentos no Brasil em dezembro de 1996.

Em São Paulo, o Universarium, ficará no Parque do Carmo, na zona oeste, distante 20 km do primeiro. Não só as capitais de Estados que querem seus planetários, as cidades do interior também. O numero de planetários no Brasil não são muitos, na Rússia existem 60 em funcionamento, conforme informação do astrônomo Victor Sharkorov, diretor do Planetário de São Petesburgo. Até pouco tempo o México tinha o dobro da gente e o Japão conta com 217, segundo Yoshiro Yamada, do Yokohoma Science Center.

O planetário é um instrumento no ensino e divulgação da Astronomia, um importante instrumento pedagógico desse fim de século, para o seguinte.

Marcomedes Rangel Nunes: M.Sc. Analista em C&T do Observatório Nacional - CNPq.

Este trabalho faz parte do estudo “Planetários no Brasil, Instrumentos Pedagógicos na Astronomia”, apresentado no Simpósio: “Pedagogia 97, Encuentro por la Unidade de los Educadores Latinoamericanos”, realizado no Palácio de Convenciones em Havana, Cuba, de 4 a 8 de fevereiro de 1997.

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SONDA PATHFINDER DEVERÁ DESCER EM MARTE

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Nelson Falsarella

No próximo dia 4 de julho, a sonda norte-americana não tripulada Pathfinder deverá fazer um pouso suave na superfície de Marte. A sonda de 274 kg e avaliada em 150 milhões de dólares, foi lançada no dia 2 de dezembro do ano passado e sua viagem ao planeta vermelho deverá durar 7 meses. Será a primeira missão com descida até o solo marciana desde 1976. Há 21 anos atrás, as sondas também norte americanas Viking 1 e 2 desceram em Marte e suas missões foram um dos maiores sucessos da era espacial.

A Pathfinder não vai manter nenhum a sonda em órbita de Marte, tal como foram as missões Viking. Todo seu trabalho será apenas na superfície marciana. Porém, uma segunda sonda que está a caminho do planeta vermelho, chamada Mars Global Surveyor, deverá chegar em 12 de setembro. Esta última deverá manter-se em órbita de Marte fazendo vários experimentos, inclusive fotografias de alta resolução.

A Pathfinder descerá em Marte usando pára-quedas, retrofoguetes e um sistema de “air-bag” que deverá amortecer o choque com a superfície.A maior novidade da missão será o uso do primeiro veículo motorizado a caminhar na superfície de Marte. Esse veículo, chamado Sojoumer, desprenderá do corpo da sonda Pathfinder e terá seis rodas para facilitar a sua locomoção no chão irregular do planeta e também será controlado por um operador aqui da Terra.

Tanto o veículo como a sonda farão fotos estereoscópica da superfície marciana, que produzem noções de profundidade. Além das imagens, as sondas farão análises geoquimícas e petrológicas da região do pouso, avaliação do campo magnético, pressão e temperatura atmosférica, velocidade e direção dos ventos e opacidade atmosférica. O veículo está programado para funcionar durante 7 a 30 dias e o Pathfinder deverá permanecer funcionando por pelo menos 1 ano.

O local escolhido para pouso será uma região marciana conhecida como Ares Vallis, que fica a 850 Km do local de pouso da sonda Viking 1. Esse é um local bem iluminado e de superfície plana e aparentemente lisa. Trata-se, na realidade, da desembocadura de um canal d fluxo aquosos, que embora hoje esteja seco, a sua topografia atual demonstra que era uma região inundada de água num passado remoto. A água corrente que existia na região, deve ter trazido rochas de várias espécies para o local, facilitando o trabalho de levantamento dos tipos de pedras existentes na região. A análise desse material, mostrará como foi a evolução primordial da crosta marciana e do seu meio ambiente, inclusive em relação a possíveis sinais de vida.

Essa localidade escolhida para o pouso, vem sendo monitorizada há muitos anos pelos astrônomos amadores do International Mars Patrol (Patrulha Internacional de Marte). É uma região de grande atividade meteorológica. Os observadores telescópicos de Marte tem visto a formação de nuvens muito brilhantes e constantes sobre o local. No inicio e no final do dia, é comum a formação de nevoeiros que muitas vezes chegam ao solo. Também e um dos locais, que com uma certa freqüência, formou grandes tempestades d poeira nos últimos anos. As tempestades de poeira marcianas são um dos fenômenos meteorológicos mais temíveis para os futuros colonizadores de Marte. Além do impacto da poeira em movimento, há ventos que chegam a 200 km por hora.

Novos lançamentos de sondas a Marte deverão acontecer à cada 26 meses, em 1998, 2001, 2003 e 2005, envolvendo orbitadores, sondas de descida no planeta e veículos superficiais. A missão de 2003, chamada de “Sample Retum”, deverá colher amostras de rochas e poeira marciana e depois trará para a Terra, para depois ser analisadas nos nossos laboratórios. Se todas a missões das sondas forem cumpridas com sucesso, as agências espaciais de vários países , pretendem unir-se e realizar o primeiro vôo interplanetário tripulado à Marte para o ano de 2008.

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“CANTO DO GALO VELHO”14

1- Semana do Meio Ambiente: Em comemoração ao dia do Meio Ambiente, a nossa associação participou de uma atividade promovida pela base do Projeto TAMAR em Itaúnas, município de Conceição da Barra. O sócio Marco Junio Faria Godinho deu uma palestra no dia 7 de junho para cerca de 150 pessoas que se acomodaram em carteiras, espalhadas pela rua do lugarejo, enquanto eram projetados slides na parede da igreja. O entusiasmo dos presentes foi intenso e a nossa atividade só não foi completa devido ao mal tempo que impossibilitou a observação do céu através de um telescópio. Estes trabalhos são marcantes para nossa associação e bastante prazeroso para quem os executam.

2- Palestras: O sócio Antônio Carlos Garcia Júnior ministrou duas palestras neste trimestre, a primeira em atendimento a um convite de sua sobrinha, Clara Sampaio Cunha, aluna da 4a série do Colégio Nacional, onde falou sobre o tema - “O Sistema Solar”, no dia 4 de abril para cerca de 45 alunos. A segunda palestra ocorreu no dia 20 de junho para a turma da Ia série do I o Grau da Escola Florescer, da Praia do Canto, sobre o tema “Meteoritos”, o encontro teve a participação de cerca de 15 crianças, e foi uma experiência super interessante para todos.

3- Meteorito Capixaba: Ainda vai dar o que falar aqui no Betelgeuse o meteorito cuja queda foi avistada por Zeferino Carletti em Nova Venécia, município do norte do Estado. E o primeiro meteorito que chega às mãos da AAGG, e esperamos seja o primeiro de uma série.

4- IV Fórum de Educação Ambiental : Será íealizado em Guarapari/ES, de 5 a 8 de agosto. Este mega evento nacional, onde são esperados cerca de 1000 (mil) educadores, ou pessoas que atuam na área de educação ambiental. O objetivo do encontro é promover amplo debate a nível nacional do papel e contribuição da Educação Ambiental na construção e consolidação de gestões democráticas voltadas para sustentabilidade do ambiente. A AAGG estará participando deste evento e ministrará um mini-curso com o tema: “Planeta Terra - Unidade de Conservação Mínima”.

5- Observatório Astronômico do Colégio Pitágoras: Sob a liderança do ex-diretor Lúcio Andrade e sua equipe, principalmente com o dinamismo da professora Marilu, em 10 de maio de 1996 o Colégio Pitágoras, de Coqueiral de Aracruz, tomou-se a primeira unidade escolar do Estado do Espírito Santo a possuir um telescópio e preparar-se para criar um observatório astronômico. O professor Manoel Costa Camargo, o novo diretor, mantendo os mesmos propósitos, construir um pequeno observatório “roll-on roll-off’ para abrigar o telescópio tipo Newtoniano f=10, em montagem equatorial e em breve fará sua inauguração, pois é grande o interesse de alunos , professores e funcionários. Em 11 de abril de 1997, Walace e Maria Yonnita, estiveram no local para instalação do equipamento. O Colégio Pitágoras deu mais um salto na direção do futuro.