clipping - microsoft · cobrança de taxa pelo serviço. 'o único ponto de descarte em araras...
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Grupo de Comunicação
CLIPPING 13 de maio de 2019
Floresta Estadual de Assis 17 anos de preservação, conservação, defesa,
recuperação e melhoria do meio ambiente natural
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Técnicos da Cetesb participam de expedição à Antártica ..................................................................... 4
Mais de 800 pneus usados são descartados por mês em Araras, SP ..................................................... 5
A Hora e a Vez da Pequena Empresa................................................................................................ 6
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 9
Bolsonaro exonera coordenador "militante" do Fórum de Mudanças Climáticas ...................................... 9
Americana intensifica ações em busca da revitalização e recuperação da Represa de Salto Grande ........ 10
Após sete meses, São José realiza licitação para Via Jaguari ............................................................. 11
Prefeito de Ilhabela vistoria andamento do calçamento da Estrada da Pacoíba e serviços de manutenção 12
Multa aplicada pela Cetesb na Química Amparo ainda não foi paga .................................................... 13
Justiça rejeita paralisação das obras de construção da barragem ....................................................... 14
Lucro líquido da Sabesp salta 48% no 1º trimestre de 2019 ............................................................. 15
De 59 vereadores de 3 cidades só um questionou Sabesp sobre agrotóxicos ....................................... 16
Começa a valer neste sábado (11) o reajuste de 4,7% nas tarifas de água da Sabesp ......................... 17
Qualidade da água e saneamento básico são principais temas de Audiência na Câmara de Taboão ........ 18
Campinas lidera lista de contaminação ........................................................................................... 19
Esclarecimentos sobre Black e o Projeto GAP .................................................................................. 21
Chimpanzé Black é transferido de zoológico para santuário em Sorocaba (SP) .................................... 22
Pico do Urubu ............................................................................................................................. 24
25% dos aguapés foram retirados, garante CPFL ............................................................................. 25
Odair comemora retirada de aguapés da Represa ............................................................................ 26
Ações para recuperação da área onde ficam prédios da Fundação Casa de Ferraz já se prolongam por 11 anos .......................................................................................................................................... 27
Mortandade de peixes e coloração da água do Tietê preocupam no interior de SP ................................ 29
Câmara de Botucatu lança Programa Interno de Sustentabilidade...................................................... 30
Botânico do Tulipas amanhece com manchas escuras ...................................................................... 31
Bolsonaro diz que Flávio é vítima de acusação 'política' e 'maldosa' ................................................... 32
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 33
Ricardo Salles prepara novas regras ambientais em favor de ruralistas .............................................. 33
Atitudes simples podem fazer grande diferença para o meio ambiente ............................................... 34
Ministro do Meio Ambiente posta vídeo de Bob Marley e menciona protestos ....................................... 36
Brasil | O ministro do arremedo .................................................................................................... 37
Privatização e aumento das tarifas: o que pode mudar com a MP do Saneamento ............................... 41
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 44
PAINEL....................................................................................................................................... 44
Mônica Bergamo: STJ julgará caso de mulher que quer garantir direito de morar com a gata ................ 45
Espécies em perigo ...................................................................................................................... 47
Além de poluição, seu carro produz psicose e asma ......................................................................... 48
Opinião - Nelson de Sá: Raoni chega à Europa para 'defender seu povo' contra Bolsonaro .................... 49
Bolsonaro defende venda direta de etanol pela usina ....................................................................... 50
Grupo brasileiro perde selo mundial de boas práticas de manejo florestal por fraude ........................... 51
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Grupo de Comunicação
ESTADÃO ................................................................................................................................... 53
ELIANE CANTANHÊDE – Tsunami ................................................................................................... 53
Indo à forra - Política - Estadão ..................................................................................................... 54
O licenciamento ambiental - Opinião - Estadão................................................................................ 55
Governo quer conceder 20 parques nacionais à iniciativa privada este ano – ...................................... 57
Seu forno a gás faz mal ao meio ambiente - e à sua saúde ............................................................... 59
CIDA DAMASCO: Sinal de alerta .................................................................................................... 62
Artigo Eventos climáticos ficarão mais severos ................................................................................ 64
Ação retira lixo e protege espécies em águas costeiras de Ilhabela .................................................... 66
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 67
Sistema alerta e identifica desmatadores em tempo real .................................................................. 67
O divisor de águas ....................................................................................................................... 71
GS Inima compra segmento industrial da BRK ................................................................................ 73
SBM estuda ter geração eólica no mar no país ................................................................................ 74
Inferno astral da Bayer está longe de chegar ao fim ........................................................................ 75
BB e investidor divergem sobre valor da Neoenergia ........................................................................ 76
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Data: 10/05/2019
Veículo1: Portal do Governo SP
Veículo2: GOV Brasil
Veículo Notícias de Hortolândia
Técnicos da Cetesb participam de
expedição à Antártica
Objetivo era detalhar contaminação
diagnosticada do vazamento de combustível e
avaliar eventuais riscos, após incêndio ocorrido
em 2012
Os técnicos do Departamento de Áreas
Contaminadas da Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb) participaram da
8ª campanha de monitoramento e amostragem
de solo na Estação Antártica Comandante Ferraz,
no continente Antártico entre janeiro e fevereiro
deste ano.
Os trabalhos da agência ambiental paulista
tiveram o objetivo de detalhar a contaminação
diagnosticada em consequência do vazamento de
combustível, bem como avaliar eventuais riscos
à saúde das pessoas que desenvolvem atividades
na área, após o incêndio ocorrido na estação em
2012.
Na oitava campanha, foram realizadas coletas
dos sedimentos na área da antiga estação, além
da amostragem de vapores orgânicos
provenientes do solo no ar ambiente, no
denominado Bloco Técnico, isto é, em um dos
galpões da nova base brasileira que será
utilizado para serviços de utilidade da nova
estação, que deve ser inaugurada em 2020.
As amostragens foram encaminhadas para os
laboratórios da Companhia em São Paulo, onde
estão sendo analisadas para posteriores
interpretação dos resultados, atualização dos
dados e produção do novo relatório – a ser
enviado ao Ministério do Meio Ambiente.
O Ministério do Meio Ambiente, responsável pelo
Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) é o
coordenador do Grupo de Avaliação Ambiental do
PROANTAR. Conforme o Tratado da Antártica
sobre Proteção do Meio Ambiente, a região é
designada como “reserva natural, consagrada à
paz e à ciência”. O Brasil é membro pleno do
acordo internacional.
Balanço
Os trabalhos realizados pela Cetesb auxiliam no
avanço das atividades do Ministério do Meio
Ambiente na recuperação ambiental da área
contaminada, por meio de diagnóstico completo
das áreas impactadas. Foram desenvolvidos em
colaboração, ainda, com a Marinha do Brasil e o
Instituto Oceanográfico da Universidade de São
Paulo (USP).
Os técnicos da agência ambiental paulista
concluíram que os ganhos deste trabalho foram
positivos e trazem novas informações que
deverão auxiliar na recuperação da área da
antiga Estação Antártica Comandante Ferraz,
bem como um enriquecimento técnico,
profissional e pessoal aos participantes. O
relatório está disponível neste link.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/cetesb
-enviou-tecnicos-para-expedicao-a-antartica/
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22576366&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22580555&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Beto Ribeiro Repórter
Data: 11/05/2019
Mais de 800 pneus usados são
descartados por mês em Araras, SP
Redação
População deve levar materiais ao Complexo
Municipal de Resíduos e Rejeitos.
Possíveis criadouros do mosquito Aedes
aegypti, transmissor da dengue, chikugunya,
zika vírus e febre amarela, os pneus devem
ser descartados de maneira correta para não
se tornarem um perigo para a saúde e
também para o meio ambiente.
A Prefeitura de Araras, por meio da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Agricultura,
participa da campanha estadual Livre-se
Daqueles Pneuzinhos - mobilização que segue
até o dia 17 para reforçar a importância da
destinação adequada desses materiais.
'Pneus descartados de forma incorreta podem
trazer muitos problemas ambientais e também
de saúde. Estamos engajados nesta campanha
para conscientizar as pessoas e reforçar que
precisamos da participação de todos para a
preservação do meio ambiente', reforça o
secretário Carlos Cerri Junior.
Equipes da Secretaria de Meio Ambiente e da
Secretaria da Saúde vão fazer uma
mobilização junto às borracharias de Araras
para orientar os funcionários e proprietários
sobre o descarte correto e coleta o material. A
ação deve acontecer nos próximos dias.
A população de Araras deve levar os pneus
usados ao Complexo Municipal de Resíduos e
Rejeitos (antigo Aterro Municipal), que recebe
os objetos de segunda a sexta-feira, das 7h às
17h, e aos sábados, das 7h às 13h. Não há
cobrança de taxa pelo serviço.
'O único ponto de descarte em Araras é o
Complexo, não importa a quantidade. Mas nós
só aceitamos pneus de moradores de Araras',
explicou o diretor do local, Valdemir Antonio
Lopes.
Ele conta que, por mês, a média é de
aproximadamente 800 pneus recebidos no
Complexo. 'Precisamos que a população se
conscientize que esse material deve ser
trazido para o Complexo para receber a
destinação correta. Nas nossas rondas de
rotina, encontramos de 25 a 30 pneus jogados
pelas ruas', observou o diretor.
Lopes reforça que os pneus são armazenados
em um galpão coberto do Complexo até serem
recolhidos pela empresa Policarpo, de
Campinas. 'Quando temos uma quantidade
considerável de pneus, marcamos com a
empresa para o recolhimento. Eles costumam
vir a cada 60 dias para fazer o recolhimento',
completou.
A Prefeitura informa que se algum indivíduo
for pego descartando pneus em vias ou locais
públicos será multado em R$ 265, conforme o
Código de Postura do Município, instituído na
Lei nº 1.768, de 7 de agosto de 1987. Outras
informações podem ser obtidas pelo telefone
3544-9950.
Campanha Estadual
Na última segunda-feira (6), o Governo de
São Paulo, por meio da Secretaria de Estado
de Infraestrutura e Meio Ambiente, iniciou
a campanha 'Livre-se daquele pneuzinho' de
combate à dengue. A iniciativa segue até o dia
17 de maio e conta com a parceria das
Prefeituras. Em Araras, ela acontece por meio
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Agricultura.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22604017&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Rede TV!
Data: 12/05/2019
A Hora e a Vez da Pequena Empresa
Duração: 00:13:41
Transcrição
O nosso convidado de hoje é o secretário
Marcos Penido e o secretário de
infraestrutura e meu nome fingindo antes uma
frente é um prazer tê-lo como o secretário e
um para. Fazer que poderia estar falando
assim com as micros e pequenas empresas
que é um setor em que muito importante para
o desenvolvimento do nosso país. Quantas
Secretaria dos o Unificado anos e que hoje
estão dentro da sua gestão na sua secretaria,
bom, hoje nós temos. três secretarias da
juntamos a Secretaria do Meio Ambiente, a
Secretaria de recursos hídricos e saneamento
básico e a Secretaria de eles estão essas três
secretarias foi formar uma só Secretaria de
infraestrutura e meio ambiente, quais são os
desafios na sua argumentação nessa função
há o grande desafio é gerar o
desenvolvimento sustentável, o grande desafio
é poder quebrar esse paradigma que o meio
ambiente é um inimigo do Desenvolvimento
que aquele órgão que só diz não para as
coisas novas. As UPAs novas implementações
para os novos empreendimentos e colocar o
meio ambiente, como um grande parceiro do
desenvolvimento, ou seja, fazemos o
desenvolvimento sustentado, trazermos com
que novas ações novos empreendimentos
novas realizações se deem de maneira
conjugada com o meio ambiente, fazer com
que todo o entendimento que o meio ambiente
fazia parte, sim só que ele juiz dizer, sim, ou
não ele passe a ser um parceiro que a gente
leve as ações do saneamento básico que a
gente leva as ações das e da energia estar
junto com medo de fazer o meio ambiente,
participar dessas ações desde o nascedouro
para que possamos fazer o melhor e o melhor
futuro para São Paulo trazer desenvolvimento,
trazer novas oportunidades, mas sempre de
uma maneira responsável, o desenvolvimento
tem que se dá de uma maneira sustentável.
Dentro dessa nova visão de crescimento
Unificado importante que isso e é exatamente
isso que os tempos modernos, pé e a pergunta
do Rio Grande do Sul. Na sua visão o que
estamos aí que precisa ser feito é o desafio do
nosso de resíduos sólidos se nós não
atentamos sinais no no no olhar os com muita
cuidado para a questão dos resíduos sólidos
eu temo que logo nós sejamos afogados pelo
princípio só cada dia mais se produz mais lixo
cada dia mais nós nós é um desenvolvimento
com crescimento produzimos mais dejetos se
consome mais e com isso se produz mais risco
às pessoas o país está crescendo o país está
desenvolvendo, estamos gerando mais de
onde vamos colocar tanto lixo não podemos
mais ficar dessa maneira de colocar o lixo em
um aterro, os aterros sanitários hoje o Estado
de São Paulo são controlados, não sou mais
lixões, não existe um controle, existe uma
gestão, mas eu ainda vejo o aterro sanitário
um pouco, como aquela visão da Idade Média
que saía aquela carrocinha de dentro da
fortificação jogavam lixo para fora, hoje nós
continuamos emperrando lixo com todo o
cuidado, mas continuamos internado polícia
riqueza, nós podemos ver a reciclagem. Prazer
e podemos olhar compostagem que gerar
matéria orgânica que pode desenvolver a
nossa agricultura, mas nós podemos geral
CDR tão importante para cimenteiras e acima
de tudo, podemos e devemos gerar energia o
lixo pode gerar esses quatro produtos, essa
energia pode sustentar todos os equipamentos
de tratamento do lixo e ainda ser colocado na
rede de distribuição e colaborar para que São
Paulo seja independente da questão de
geração de energia, o que seria maravilhoso e
Suécia, ocorreu. É uma matéria-prima e
insumos pensada sendo matéria prima para o
desenvolvimento que o colocaria que além de
maravilhoso, é essencial que venha a ocorrer.
Precisamos dar esse passo precisamos sair
dessa fase, ditar, depositando jogando fora o
lixo poder para transformar ele riqueza,
pressionada a ele e energia. Que se coloca,
existe nem pagas. Muito mais próximo do
setor privado a nível de no nível geral, um
nível de concessões, diárias e me parece que
em Campos do Jordão foi assinado o convênio.
O crime e disse que enquanto sua finalidade,
nós já fizemos muito obrigado, essa pergunta
é muito importante, nós estamos abrindo as
nossas unidades de conservação, as áreas de
uso público das nossas unidades de
conservação, ou seja, aquelas que são feitas
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Grupo de Comunicação
para visitar que deve ser conhecidas, estamos
fazendo as concessões estamos abrindo em
Campos do Jordão. Fizemos nosso governador
já assinou a primeira concessão de uma
unidade de conservação que vai permitir com
que a iniciativa privada invista quarenta e três
milhões traga melhorias para aquele parque e
com a sua criatividade com o setor privado
com a sua inteligência leve mais recursos LED
e novas oportunidades leve o nosso público,
prazo influi. Além de gerar novas
oportunidades e empregos novas
oportunidades de negócios, fazemos o que é
essencial, vamos levar os públicos nas nossas
unidades de conservação, porque nós vamos
fazer com que eles conheçam a nossa unidade
de Fortaleza e a hora que eles ver aquela
Maravilha, que a nossa natureza, a Maravilha
que são os nossos parques cria-se a
conscientização para que se preserve se para
que se guarde o meio ambiente, nós só vamos
preservar o meio ambiente, hora que nós
conscientizar os a sua importância para isso
precisaremos conhecer exames está do lado
externo está junto, essas concessões fazem
parte disso, já começamos com Campos do
Jordão já estar do projeto de lei da da nossa
da nossa assembleias legislativas concessões
do Parque do do zoológico e do nosso Jardim
Botânico, outra joia que temos aqui se morre
uma das pessoas conhece é fantástico, é lindo
e já as já estamos também ouvindo o mercado
para fazer o Parque da Cantareira e o nosso
outro, ou seja, vamos profissionalizar a gestão
dos nossos pais preservar aquilo que deve ser
preservado, manter, mas também levar as
pessoas a conhecer divulgar e trazer na
iniciativa privada para trazer novos negócios,
é isso que vamos fazer gerar emprego, gerar
oportunidades. O que os países envolvidos uso
comum deu exatamente se modernizando e
aproximar a iniciativa privada e a população
vá. No estado, o estado tem que ser parceiro,
mas temos que abre não existe um lado que o
setor privado, outro lado do setor público e o
estado estado como lato sensu são as pessoas
que a e administração temos que estar juntos,
temos que utilizar os recursos da iniciativa
privada para melhorar a gestão pública temos
que pegar a gestão pública com a sua com a
sua visão de administração com a sua visão de
de zelar e colocar a serviço do Dodô da
iniciativa privada, ou seja fazer com que
andamos juntos de uma maneira que todo o
setor no estado todo o setor produtivo se dê
de maneira conjunta porque andando juntos
fazendo a coisa correta com responsabilidades
grande termo de responsabilidade e sempre
dentro de todos os ditames legais. Temos
condição de abrir muitas oportunidades e fazer
o nosso Estado de São Paulo já é a locomotiva
do nosso país estar mais acelerado ainda
como diz o nosso governador acelerando e de
ano e sendo Norte para que destra vemos não
só nas estado, nós estragamos o nosso país
para dentro dessa visão. No chão, a gente
estaria os principais proventos na área de
infraestrutura. Que são desafios para São
Paulo, os grandes desafios, nós temos um
grande desafio que é é uma bandeira do nosso
estado, que é a universalização do serviço de
saneamento básico e saneamento básico e
saúde e também a selar pelo medo de que o
então temos que garantir a toda a população
paulista, abastecimento de água coleta de
esgoto e tratamento de esgoto, com isso a
Sabesp tem sido assim, uma grande parceira e
também o da e temos que construir junto com
os municípios, essa essa universalização dos
serviços fazer mudar a nossa matriz
energética aproveitaram o pré-sal que está no
nosso litoral trazer o gás para São Paulo
utilizar os essa energia de transição lugares o
gás que é o mais limpo da energia suja, eu
mais uso de energia limpa, mas a energia de
transição que vai fazer com que esse recurso
esse dinheiro, essas oportunidades que vem
com gás sejam aproveitadas em São Paulo, o
nosso sol a energia eólica através do nosso
setor sucroalcooleiro e nossas plantações de
cana, aproveitar o bagaço da cana havia
ameaça e a torta de de de de de filtro para
fazermos geração de energia de gás metano
de biomassa trazer novas oportunidades,
transformado São Paulo, na independência da
geração de energia hoje, sessenta por cento
da nossa energia renovável vamos aumentar
esse número de vamos fazer com que toda
energia seja gerado em São Paulo e se
aumente a competitividade de São Paulo para
instalar novas indústrias e G e de gerar novos
empregos fazer com que o licenciamento seja
série de licenciamento, seja objetivo, fazer
com que possamos destravar o mas o mais
rápido possível aquele desejo de implantar
uma empresa sua efetividade sermos parceiro
nessa nessa existam essas são as nossas
missões e acima de tudo fazendo tudo isso
olhando para o nosso meio ambiente, o maior
legado que podemos deixar é o meio ambiente
saudável e deixarmos as as nossas crianças
conhecendo nosso meio ambiente e com isso
temos um grande desafio, um grande um
grande olhar para São Paulo, que é o projeto
de despoluição do rio Pinheiros. Esse será a
bandeira com esse por que esse projeto é
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Grupo de Comunicação
primeiro, entendemos o que se trata com o
nosso Rio Pinheiros, hoje a gente fala do
nosso peso e o Rio é sujo. Coitado do Rio, ele
é a vítima coitado do Rio, ele a vítima ele a
consequência a causa. Somos nós que
lançamos lixo de maneira equivocada, que
colocamos isso na bagagem dos córregos que
abastecem o rio Pinheiros que lançamos
esgoto in natura, no Rio Pinheiros, mas somos
ocupados, a água sempre vêm para nós é que
estamos sujando é uma parceria de três
vírgula três milhões de pessoas que vivem na
bacia do Pinheiros e que, infelizmente a gente
joga tudo lá e depois culpa o Rio, porque ele
está sujo, então é esse entendimento e
buscados do Rio para cima como fazemos que
o lixo não chegue mais no Rio como fazemos
que o esgoto não chegue mais no Rio fazendo
tratamento fazer a coleta dos vinte e três
afluentes do do do do Rio Pinheiros, fazer com
que não chegue mais sujeira e tenhamos
estações compactas que podemos tratar o
esgoto para que não chega os do
desassoreamento do Rio tirar os toda aquela
sujeira que está acumulado durante muito
tempo no Rio, fazer um grande processo de
desassoreamento e aí deixa com que a
natureza faça o seu trabalho chegando agora
nova chegando água renovada não chega a
sujeira, teremos um rio olímpico o Rio que
poderemos aproveitar com questões turísticas
de lazer de transporte trazer a população de
novo para o Rio e fazer com que se olhe que
nossa como é bom, pela natureza bem
cuidada e que essa bandeira leve a todos os
paulistas a mostrar o quanto é importante
zelar e preservar o nosso meio ambiente que a
gente mude essa nossa cultura, sejamos nós
todos os defensores do meio Ambiente
entendemos que dá para crescer, dá para
gerar emprego, dá para desenvolver de forma
sustentável, criar oportunidades para
trazemos a melhor qualidade de vida garante
o emprego garante a o desenvolvimento
atrelado ao meio ambiente e cuidando bem da
nossa São Paulo. Secretário chegamos à final
do Masters perna, temos que deseja muito
sucesso nessa empreitada e queremos
agradecer a oportunidade de estar que você
da meningite levando essa mensagem aos
amigos que Amos empresário e a sociedade
como um todo a você que teve como o nosso
mais profundo, agradecimento, com certeza
que estaremos juntos na semana que vem na
tela.
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Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo1: DCI online
Veículo2: UOL Notícias
Veículo3: Reuters Brasil
+ 9 veículos
Data:10/05/2019
Bolsonaro exonera coordenador
"militante" do Fórum de Mudanças
Climáticas
Por Jake Spring
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair
Bolsonaro exonerou o coordenador-geral do
Fórum de Mudanças Climáticas, Alfredo Sirkis,
depois do organismo ter trabalhado para
contornar o posicionamento ambíguo do
governo em relação às mudanças climáticas.
O fórum foi criado pelo ex-presidente Michel
Temer, em parceria com organizações da
sociedade civil, com o objetivo de formular o
plano do país para atender aos compromissos
assumidos sob o Acordo de Paris sobre as
mudanças climáticas.
Sirkis, ex-deputado que se diz 'ambientalista
militante', é um dos fundadores do Partido
Verde. Na juventude, ele aderiu à luta armada
contra a ditadura militar.
À Reuters, Sirkis disse que a medida é um
resultado provável da iniciativa do fórum de
organizar 12 Estados brasileiros para a criação
de um conselho sobre mudanças climáticas,
que atuaria de modo independente do governo
federal.
Ele reconheceu, contudo, que podem haver
muitos outros motivos, uma vez que suas
convicções sobre as mudanças climáticas
estão em desalinho com o novo governo.
'Para mim não foi absolutamente nenhuma
surpresa', disse ele. 'Porque eu sou um
ambientalista militante há mais de 30 anos...
Eu também estou envolvido politicamente com
a luta ambiental.'
A exoneração dele foi publicada no Diário
Oficial da União. Oswaldo dos Santos
Lucon, assessor da Secretaria de Meio
Ambiente de São Paulo, foi nomeado para
coordenar o fórum.
Sirkis está entre os muitos ativistas e ex-
integrantes do governo que têm criticado
Bolsonaro pelo que consideram
posicionamentos contrários ao meio ambiente.
O governo rebaixou a importância das
mudanças climáticas dentro do Ministério do
Meio Ambiente, de onde também retirou a
política nacional de recursos hídricos e o
serviço de proteção das florestas.
Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, têm expressado dúvidas sobre
a participação humana nas mudanças
climáticas, embora o Brasil tenha mantido sua
adesão ao Acordo de Paris.
Sirkis disse ter conhecimento de que sua
exoneração foi feita a pedido de Salles. O
ministro, por sua vez, disse não ter nada
contra Sirkis.
'Para poder colocar o Lucon tinha que ser no
lugar do Sirkis... nada pessoal contra ele',
disse o ministro à Reuters, sem dar mais
detalhes. O Palácio do Planalto não quis
comentar.
Salles tem negado que o governo esteja
enfraquecendo as proteções ambientais,
afirmando que a reestruturação do ministério
tem como objetivo tornar as regulamentações
mais eficientes e efetivas.
Lucon disse que vai continuar no trabalho
como assessor para mudanças climáticas do
governo de São Paulo, ao mesmo tempo em
que coordenará o fórum.
"O que posso dizer é que confio nas evidências
científicas, nas instituições e na necessidade
de esforços conjuntos para o cumprimento dos
acordos multilaterais dos quais o Brasil faz
parte", disse Lucon.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22573920&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22573919&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22574027&e=577
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10
Grupo de Comunicação
Veículo: Prefeitura de Americana
Data: 10/05/2019
Americana intensifica ações em busca da
revitalização e recuperação da Represa
de Salto Grande
A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura
de Americana promoveu, na manhã desta
sexta-feira (10), mais uma reunião de
trabalho para discutir alternativas e soluções
para a revitalização e recuperação da Represa
de Salto Grande. A reunião foi realizada no
plenário da Câmara Municipal com as
participações de representantes de vários
segmentos da sociedade.
Segundo o secretário de Meio Ambiente de
Americana, Odair Dias, as discussões sobre a
questão da despoluição da represa de Salto
Grande estão avançando. "Estamos avançando
cada vez mais nas ações e alternativas para
solucionar a questão da poluição da Represa
de Salto Grande. Com a iniciativa do prefeito
Omar Najar, Americana está fazendo a sua
parte, mas precisamos da união de outros
municípios para atingirmos o objetivo
comum."
Entre os avanços apresentados na reunião,
está o trabalho de remoção de plantas
macrófitas (aguapés) da água. Já foi reduzido
¼ do volume de aguapés na represa. "De 74
viagens de caminhões de vegetação retiradas
passamos para 81 por dia. Na ultima visita ao
local, em 3 de maio, pudemos perceber que já
se consegue ver o espelho d água, com a
retirada dos aguapés. Até dezembro de 2019,
serão 25 mil viagens de remoção das plantas",
disse o gerente de meio ambiente da CPFL
Renováveis, Daniel Daibert.
O promotor de Justiça e membro do Gaema
(Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio
Ambiente), doutor Ivan Carneiro Castanheiro,
enalteceu as ações que estão em andamento
em Americana. "Estamos acompanhando de
perto os trabalhos enquanto Ministério Público,
participando dos grupos de discussões e
contribuindo com soluções viáveis. Americana
está caminhando com ações de tratamento de
esgoto, a execução de retirada mecânica dos
aguapés está sendo executada e esperamos
mobilização das outras cidades para a
despoluição da represa."
A discussão do tema também contou com a
participação do ex-deputado e representante
da sociedade civil, Chico Sardelli. "A retirada
dos aguapés é importante, mas é apenas uma
das ações para chegarmos ao objetivo maior
que é a despoluição da represa. Americana
tem avançado na questão da ampliação de
reservatórios, mas é importante cobrarmos as
cidades à montante, que não estão cumprindo
suas obrigações com relação ao tratamento de
esgoto. É uma questão ambiental e de saúde
pública também."
O vereador Thiago Martins, que representou a
Câmara Municipal, também cobrou os
municípios vizinhos. "Americana precisa fazer
a sua parte, mas não é só americana que irá
resolver o problema. Precisamos de forças
maiores para cobras ações de outros
municípios."
A reunião também contou com as
participações do subsecretário da Unidade de
Fiscalização, Licenciamento Ambiental e
Projetos, Cícero Aparecido Moura de Jesus,
engenheiro ambiental do DAE, João Marco
Alves de Oliveira, coordenador de relações
institucionais do grupo CPFL, Sebastião
Arcanjo, do gerente de engenharia da
manutenção da CPFL Renováveis, Bruno
Monte, representantes da Cetesb,
presidente do Comdema, João Braidotti, grupo
G6, OAB, Consórcio PCJ, Barco Escola, Defesa
Civil de Americana, entre outros convidados.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22572216&e=577
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11
Grupo de Comunicação
Veículo: O Vale
Data: 11/05/2019
Após sete meses, São José realiza
licitação para Via Jaguari
OBRA. Após sete meses aguardando parecer
da Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo), o governo Felicio
Ramuth (PSDB) lançou nesta sexta-feira a
concorrência pública para as obras da Via
Jaguari, interligação entre a região norte ao
centro da cidade.
Três empresas participaram do certame:
Construções, Engenharia e Pavimentação
Enpavi Ltda; DP Barros - Pavimentação e
Construção Ltda e Cavalcante Construtora e
Incorporadora Ltda ME. O edital de licitação
tem valor de R$ 32,751 milhões.
O pagamento será feito em convênio com o
governo do Estado, que investirá R$ 15
milhões. O prazo de entrega é de 18 meses.
A prefeitura deve estudar os documentos
apresentados pelas três empresas
participantes da licitação..
https://www.ovale.com.br/_conteudo/_conteu
do/politica/2019/05/78282-apos-sete-meses--
sao-jose-realiza-licitacao-para-via-
jaguari.html
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12
Grupo de Comunicação
Veículo: Tudo em llhabela
Data: 10/05/2019
Prefeito de Ilhabela vistoria andamento
do calçamento da Estrada da Pacoíba e
serviços de manutenção
Obra, aguardada pela população da região
Norte, há décadas, segue a todo vapor
O prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório,
vistoriou nesta sexta-feira (10), as obras de
calçamento de três quilômetros da Estrada da
Pacoíba, entre os bairros Ponta das Canas e
Pacoíba, uma reivindicação de décadas da
população do Norte de Ilhabela. O chefe do
Executivo, acompanhado do secretário de
Serviços Urbanos, também visitou os serviços
de manutenção da via pública.
Durante a vistoria, no início da manhã, o
prefeito conversou com os trabalhadores
responsáveis pelas obras e serviços de
manutenção (capina e conservação das
margens), além de moradores dos bairros
Furnas e Jabaquara, beneficiados com a
transformação dos três quilômetros do acesso.
Os moradores da região Norte de Ilhabela, em
especial os que residem entre a Ponta das
Canas e Pacoíba, comemoram muito esse
grande investimento da atual gestão. A obra
foi retomada desde o dia 19 de março, após o
prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório, entregar
Ordem de Serviço para a empresa responsável
pela execução. A obra só foi possível após a
adequação do projeto. A pavimentação estava
paralisada por irregularidades cometidas pela
gestão passada.
Os trabalhos, que seguem a todo vapor,
atendem todas as adequações e exigências
contidas no parecer da Fundação Florestal,
assim como Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo), e Condephaat
(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de
São Paulo), que deverão ser cumpridas
integralmente durante a execução dos
trabalhos, visando resguardar o meio
ambiente, precavendo qualquer impacto
ambiental.
“O que foi prometido e paralisado, está sendo
cumprido em nossa gestão. Há anos os
moradores dessa região aguardam por
investimentos na estrada. Esse é mais um
compromisso que assumi e estou cumprindo
com a população de Ilhabela. Estamos levando
a riqueza da cidade para os bairros”, destacou
o prefeito Márcio Tenório.
O investimento, de pouco mais de R$ 5
milhões, é realizado em parceria com o
Governo do Estado, por meio do
Departamento de Apoio ao Desenvolvimento
das Estâncias (Dade). “Essa é uma obra que
prioriza o interesse da população e também o
interesse turístico”, finalizou o chefe do
Executivo.
https://www.tudoemilhabela.com.br/noticia/2
019/05/568/prefeito-de-ilhabela-vistoria-
andamento
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13
Grupo de Comunicação
Veículo: Primeira Feira
Data: 10/05/2019
Multa aplicada pela Cetesb na Química
Amparo ainda não foi paga
por Caio Vinícius Dellagiustina
Dois meses se passaram do episódio em que
uma espuma branca tomou conta do Córrego
do Ajudante. O fato se deu na manhã do dia 5
de março. A Cesteb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo) foi acionada pela
Secretaria Municipal do Meio Ambiente, esteve
no local e constatou que “resíduos utilizados
para fabricação de sabão em pó foram
depositados no pátio de uma empresa de
produtos químicos, localizada no bairro
Olaria”. Na ocasião, a Química Amparo foi
autuada em R$ 79 mil.
Porém, dois meses se passaram e a multa
ainda não foi paga. Nesta semana, a
reportagem do PRIMEIRAFEIRA questionou a
Cetesb sobre a situação. Em resposta, a
assessoria de imprensa informou que a
Química Amparo, responsável pela empresa
Ype, ingressou com recurso junto ao Ministério
Público, contra o auto de infração, e aguarda
julgamento, o que não tem prazo para
acontecer.
https://www.primeirafeira.com.br/multa-
aplicada-pela-cetesb-na-quimica-amparo-
ainda-nao-foi-paga/#.XNlTpY5KiUk
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14
Grupo de Comunicação
Veículo1: O Regional
Data: 10/05/2019
Justiça rejeita paralisação das obras de
construção da barragem
A Justiça de Pedreira indeferiu na segunda-
feira, 6 de maio, a concessão da tutela
cautelar de urgência pedida pelo prefeito
Hamilton Bernardes Junior para paralisar a
construção da Barragem no Rio Jaguari. Com
a decisão da juíza Ana Rita de Oliveira
Clemente, da 2ª Vara, as obras, que não
chegaram a ser paralisadas apesar do
embargo feito pela Prefeitura em fevereiro,
continuam.
O prefeito Hamilton informou que vai consultar
a área jurídica para avaliar providências a
serem tomadas e disse que confia na Justiça e
tem certeza que a obra será paralisada,
porque não é possível que continue sem
autorização do Município.
Na ação, Hamilton pediu a paralisação da obra
porque, segundo ele, o Departamento de
Água e Energia Elétrica (DAEE) não tem
Licença Municipal para a construção, não
apresentou o plano de segurança e de
emergência, e os projetos detalhados, os
planos de execução e as exigências técnicas
não foram analisados pelo Município e que não
houve estudo prévio dos impactos sociais e na
infraestrutura urbana.
Na decisão, a juíza cita as reuniões com
diversos setores da Administração ao longo de
2018, a existência de certidão da Prefeitura de
2015, que comprova que recebeu do DAEE, a
documentação objeto do requerimento de
Licença Prévia para a obra. O documento
certifica que o Município não dispõe de Lei de
Uso do Solo e recomenda que o processo de
Licenciamento Ambiental seja efetuado pela
Secretaria de Estado do Meio Ambiente,
visto que não dispõe de corpo técnico para
esta especialidade.
O DAEE informou que não comentará o
Despacho Judicial. Em abril, o órgão anunciou
que irá antecipar a entrega dos planos de
segurança e de atendimento às emergências
da barragem de Pedreira, que está sendo
construída no Rio Jaguari. Os documentos são
exigidos por Lei para a obtenção da Licença de
Operação, antes de encher o Reservatório pela
primeira vez.
https://oregional.net/justica-rejeita-
paralisacao-das-obras-de-construcao-da-
barragem-pedreira-94813
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15
Grupo de Comunicação
Veículo: Money Times
Data: 10/05/2019
Lucro líquido da Sabesp salta 48% no 1º
trimestre de 2019
Gustavo Kahil -
Sabesp
A receita líquida foi de R$ 3,289 bilhões, com
aumento de 8%
O lucro líquido da Sabesp (SBSP3) aumentou
48% no primeiro trimestre de 2019 em
comparação com o mesmo período do ano
anterior, a R$ 647 milhões, informou a
empresa por meio de um comunicado enviado
ao mercado nesta sexta-feira (10).
A receita líquida foi de R$ 3,289 bilhões, com
aumento de 8%. O número foi beneficiada por
6% de aumento volume devido ao impacto do
contrato de Guarulhos e ao impacto do
reajuste de 3,5% desde junho de 2018, além
do aumento de 3,1% no volume faturado
total, sendo 0,3% em água e 6,6% em
esgoto.
O Ebitda foi de R$ 1,551 bilhão, com aumento
de 22% em relação ao mesmo período do ano
anterior e foi impactado pelo aumento de
receita, além de melhor desempenho nos
custos e reversão de provisão de R$ 45
milhões. O lucro líquido foi de R$ 647 milhões,
com aumento de 48%.
“No geral o resultado foi bom, e acima da
expectativa e tirando os não recorrentes e os
novos eventos, o resultado veio em linha com
o esperado. No momento, o principal
catalisador para a Sabesp continua sento a MP
868 e sua aprovação no Senado. Devido a
falta de upside, continuamos com
recomendação neutra no momento”, avalia o
analista da Mirae Asset Pedro Galdi.
https://moneytimes.com.br/lucro-liquido-da-
sabesp-salta-48-no-1o-trimestre-de-2019/
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: Web Diário – Diário da Região
Data: 10/05/2019
De 59 vereadores de 3 cidades só um
questionou Sabesp sobre agrotóxicos
Por Júlio Rezende
Carapicuíba
O vereador de carapicuibana, Professor
Ladenilson (PMB) encaminhou ofício à direção
da Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo) com
questionamentos referentes ao estudo do
Ministério da Saúde, por meio do Controle do
Sistema de Informação de Vigilância da
Qualidade da Água para Consumo Humano
(SISAGUA), que apontou que diversos
municípios brasileiros, incluindo Carapicuíba,
apresentam contaminação da água por 27
tipos de substâncias utilizadas em agrotóxicos.
O parlamentar que saber, da estatal, se há
monitoramento da água distribuída para a
população e se os níveis das substâncias
impróprias estão em níveis toleráveis. “A
população precisa saber se o que ela está
comprando da Sabesp é um líquido precioso
ou apenas veneno, pois dentre as 27
substâncias utilizadas em agrotóxicos na água,
11 delas estão associadas a doenças crônicas
como câncer, defeitos congênitos e distúrbios
endócrinos.”, argumentou o vereador. Outras
cidades da região também constam do
relatório da SISAGUA. Osasco e Barueri estão
entre elas, sendo que a primeira um resultado
igual ao da vizinha Carapicuíba, com 27
substâncias na água. Já a água tratada que se
consome e Barueri tem 15 agrotóxicos em
quantidades superiores aos aceitáveis.
O levantamento foi realizado em 1.396
municípios de todo o País. Os números
revelam que a contaminação da água está
aumentando a passos largos e constantes. Em
2014, 75% dos testes detectaram agrotóxicos.
Subiu para 84% em 2015 e foi para 88% em
2016, chegando a 92% em 2017. Nesse ritmo,
em alguns anos, pode ficar difícil encontrar
água sem agrotóxico nas torneiras do país. Do
total de 27 pesticidas na água dos brasileiros,
21 estão proibidos na União Europeia.
http://webdiario.com.br/noticia/24771/de-59-
vereadores-de-3-cidades-so-um-questiono
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Siga Mais
Data: 12/05/2019
Começa a valer neste sábado (11) o
reajuste de 4,7% nas tarifas de água da
Sabesp
Reajuste de 4,7% na conta de água autorizado
em abril começa a valer neste sábado (11)
Água da Sabesp fica mais cara a partir deste sábado (11), com reajuste de 4,7% autorizado pela Arsesp (Ilustração).
O reajuste de 4,7% nas tarifas da Companhia
de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo – Sabesp autorizado em abril pela
Agência Reguladora de Saneamento e Energia
do Estado de São Paulo – Arsesp (reveja)
começa a valer a partir deste sábado (11).
Segundo a Arsesp, o índice de 4,7%
corresponde à correção da inflação medida
pelo IPCA no período de março de 2018 a
março de 2019, que foi de 4,5%, descontado
um percentual de 0,69% fixado pelo
regulador, referente a ganhos de eficiência
que devem ser compartilhados com os
usuários.
Outro fator de composição foi o ajuste
compensatório de 0,84%, decorrente do
último processo de revisão tarifária da
empresa, concluído em maio de 2018,
conforme descrito na nota técnica NT.F-0010-
2018.
Confira na Deliberação Arsesp Nº 859, de 10
de abril de 2019, todas as tabelas com o valor
do reajuste das tarifas praticadas pela Sabesp.
https://www.sigamais.com/noticias/cidades/co
meca-a-valer-neste-sabado-11-o-reajuste-de-
47-nas-tarifas-de-agua-da-sabesp/
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: O Taboanense
Data: 10/05/2019
Qualidade da água e saneamento básico
são principais temas de Audiência na
Câmara de Taboão
O presidente da Comissão de Obras, serviços
públicos e atividades privadas, vereador
Professor Moreira lamentou a ausência de
representantes das concessionárias Sabesp e
Enel, antiga Eletropaulo
Leandro Barreira
Audiência Pública da Comissão de Obras da
Câmara de Taboão abordou a qualidade da
água da Sabesp, tratamento de esgoto e
problemas de queda de energia
Na manhã de quarta-feira, 08/05, foi realizada
no plenário da Câmara Municipal de Taboão da
Serra, Audiência Pública da Comissão de
Obras, serviços públicos e atividades privadas.
Os principais temas debatidos foram a
qualidade da água, o tratamento de esgoto e
as constantes quedas de energia relatadas por
munícipes.
Participaram da audiência o vereador
Professor Moreira, presidente da comissão, Dr.
André da Sorriso, vice presidente, o vereador
Cido da Yafarma, o deputado Estadual Aprígio
e a diretora do Procon de Taboão da Serra,
Vilma da Silva.
A ausência de representantes das
concessionárias Sabesp e Enel foi repudiada
pelos vereadores. “As diferenças das
respostas, a Enel falou que não pode vir, mas
que está aguardando convite e comparecerão
na próxima audiência, já a Sabesp disse que
não há necessidade de vir diante dos estudos
que foram feitos” lamentou o presidente da
Comissão, professor Moreira.
Diversos munícipes relataram que a água
continua saindo com coloração estranha e
cheiro ruim, alguns trouxeram até amostras
coletadas nas torneiras.
Na nota enviada pela Sabesp, a
concessionária afirmou que houveram
problemas técnicos no início do ano no
processo de tratamento da água que
ocasionaram alterações nos parâmetros
estéticos da água, mas que foram feitos
ensaios laboratoriais e não foram encontradas
características que causasse risco a saúde da
população.
A diretora do Procon de Taboão da Serra,
Vilma da Silva, disse que a Sabesp errou ao
não comunicar a população que seriam feitos
procedimentos na água e colocou o órgão a
disposição.
O vereador Cido da Yafarma elogiou a
audiência. “ O papel nosso de fato é ouvir a
sociedade, e a qualidade da água passou ser
pauta em todos os locais. Nós pagamos por
uma água cara, se houve falha pontual tem
que resolver de uma forma mais rápida
possível, quem se achar prejudicado, entra
com recurso para isentar a conta”, informou.
Nas considerações finais, o vereador André da
Sorriso, afirmou que a Comissão não vai
parar. “Na próxima vez será convocação!
Temos advogados suficientes para entrar com
uma ação civil pública e suspender a cobrança
de esgoto em Taboão que não está sendo
100% feito”, denunciou.
Para o presidente da Comissão, vereador
Moreira, apesar da ausência das
concessionárias a audiência foi muito boa,
principalmente pela grande participação e
presença dos munícipes.
Próximas Audiências Públicas
Na próxima quinta-feira, 16/05, às 19h, o
vereador Cido da Yafarma, presidente da
Comissão de Defesa do Consumidor realiza
audiência pública para debater principalmente
os serviços prestados Enel, com foco nos
problemas com as constantes quedas de
energia na cidade.
https://www.otaboanense.com.br/qualidade-da-agua-e-saneamento-basico-sao-principais-temas-de-audiencia-na-camara-de-taboao/
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19
Grupo de Comunicação
Veículo1: Correio Popular
Veículo2: Notícias de Campinas
Data: 12/05/2019
Campinas lidera lista de contaminação
Com 168 áreas contaminadas, cidade ocupa o
primeiro lugar regional, seguida por Paulínia
Maria Teresa Costa
A Região Metropolitana de Campinas (RMC)
tem 473 áreas contaminadas, segundo a
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb). Em cinco anos, o número de
áreas cadastradas no Sistema Ambiental
Paulista cresceu 30,3%. Campinas, com 168
áreas, lidera o ranking regional, seguida de
Paulínia com 74 e Americana, com 33.
Morungaba é a única da RMC sem registros.
Mansões Santo Antônio é uma das áreas
críticas
Na RMC estão duas das doze áreas do Estado
consideradas críticas pela Cetesb: o Aterro
Mantovani, em Santo Antônio de Posse, e
Mansões Santo Antônio, em Campinas. A
região responde por 7,5% das 6.110 áreas do
Estado. Na região, assim como no Estado, os
postos de combustíveis respondem pela maior
parcela da contaminação do solo. Eles
contaminam solo, subsolo e águas
subterrâneas com combustíveis líquidos,
solventes aromáticos, metais e
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
(PAHs), como são chamados os contaminantes
tóxicos gerados por derramamento de petróleo
e que têm potencial cancerígeno.
Segundo o Sistema Ambiental Paulista, a
predominância de áreas relacionadas a postos
de combustíveis deve-se, em grande parte, à
resolução do Conselho Nacional de Meio
Ambiente, de 2000, que estabeleceu a
obrigatoriedade de licenciamento para essa
atividade, o que permitiu, a partir da avaliação
ambiental, identificar as áreas com problemas
de vazamento de combustíveis e desencadeou
uma série de procedimentos para sua
adequação.
Em Campinas há 107 registros de
contaminação provocada pela atividade. No
Estado, são 4.384 registros (72% do total),
seguidos das atividades industriais com 1.158
(19%), das atividades comerciais com 317
(5%), das instalações para destinação de
resíduos com 197 (3%) e dos casos de
acidentes, agricultura e fonte de contaminação
de origem desconhecida com 54 (1%).
Na RMC há 110 áreas contaminadas sob
investigação, que foram constatadas por meio
de investigação confirmatória de
concentrações de contaminantes que colocam
ou podem colocar em risco os bens a proteger.
A maioria delas está em Campinas, com 33
registros. Em outras 79 áreas foram
confirmadas a existência de risco à saúde ou à
vida humana, ecológico, ou onde foram
ultrapassados os padrões legais aplicáveis.
Campinas (21) e Paulínia (14) têm o maior
vou de registros. Além disso, há 98 áreas em
processo de remediação, onde estão sendo
aplicadas medidas visando à eliminação da
massa de contaminantes ou, na
impossibilidade técnica ou econômica, sua
redução ou a execução de medidas contenção
ou isolamento.
Do total, 110 foram reabilitadas para o uso
declarado, o que significa que, depois de
submetidas às medidas de intervenção, ainda
que não tenha sido totalmente eliminada a
massa de contaminação, tem restabelecido o
nível de risco aceitável à saúde humana, ao
meio ambiente e a outros bens a proteger.
O bairro Mansões Santo Antônio comporta a área contaminada pela Proquima, empresa do ramo químico de recuperação de solventes
Prefeitura contratará plano de recuperação do
bairro
A Prefeitura vai contratar, nas próximas
semanas, o plano de recuperação do bairro
Mansões Santo Antônio, área contaminada
pela Proquima, empresa do ramo químico de
recuperação de solventes. O estudo, informou
20
Grupo de Comunicação
o secretário do Verde, Rogério Menezes, vai
apontar como fazer e quanto vai custar a
remediação daquela área, que foi contaminada
de 1973 a 1996.
A estimativa é que serão necessários entre R$
15 milhões e R$ 20 milhões para a
descontaminação do local, considerado o
maior passivo ambiental da cidade. É o plano,
no entanto, que apontará quanto custará a
recuperação. Segundo o secretário, todos os
custos com os planos, estudos e intervenções
realizadas até agora serão cobrados da
empresa Concima, herdeira do passivo
ambiental.
A Prefeitura já gastou R$ 370 mil com o
Estudo Técnico Preliminar. Na extração de
gases já foram investidos R$ 690 mil no
primeiro período, serão mais R$ 800 mil no
segundo período, outros R$ 800 em 2017 e
mais R$ 800 mil no ano passado. Desde 2014,
um sistema de extração de vapores de
compostos orgânicos voláteis, no contrapiso
do Bloco A, está em operação, para diminuir o
risco à saúde das 45 famílias que vivem no
local. Os gases extraídos por drenos são
levados a uma estação de tratamento no
próprio local, para que os vapores possam ser
liberados na natureza sem riscos de
contaminação ambiental.
A maior contaminação foi identificada nos
lençóis freáticos, por isso a preocupação com
o uso de águas. Os estudos mostraram que a
área tem 'alto grau de contaminação' e cerca
de 30 substâncias químicas foram encontradas
na região.
A outra área crítica na RMC é o aterro
Mantovani, em Santo Antonio de Posse, que
recebeu mais de 300 toneladas de resíduos
industriais sem a devida impermeabilização,
entre 1974 e 1987, o que contaminou o solo e
as águas subterrâneas. Essa área, segundo a
Cetesb, está em processo de remediação.
(MTC/AAN)
O aterro Mantovani, em Santo Antonio de Posse, que recebeu mais de 300 toneladas de resíduos industriais
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22600621&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22626928&e=577
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21
Grupo de Comunicação
Veículo: Anda Agência de Notícias dos
Direitos dos Animais
Data: 11/05/2019
Esclarecimentos sobre Black e o Projeto
GAP
Selma Mandruca*
Resisti muito em me manifestar através da
internet sobre a questão envolvendo o
chimpanzé Black , talvez por acreditar na
máxima: 'Não se justifique. Os amigos não
precisam e os inimigos não acreditam.'
No entanto, ao perceber que muitas pessoas,
ao que parecem 'de bem', têm muitas dúvidas
sobre tudo que tem sido falado e acabam
sendo influenciadas por manipuladores, falsas
notícias, argumentos mal colocados, decidi
fazer alguns esclarecimentos.
O Projeto GAP - Grupo de Apoio aos Primatas
é uma organização da sociedade civil, sem fins
lucrativos, membro do Great Ape Project, que
é um movimento mundial que luta pela defesa
dos grandes primatas, procurando garantir-
lhes os direitos básicos à vida, liberdade e não
tortura.
No Brasil, desenvolvemos um trabalho de
conscientização sobre a problemática mundial
dos grandes primatas e sobre a importância
da preservação destes seres tão especiais que
são nossos parentes mais próximos. Apoiamos
órgãos públicos em ações de fiscalização e
trabalhamos em sintonia com diversas
organizações do país e do mundo, seja para
apoiar na destinação de animais, seja para
buscar políticas públicas, lutar por legislação
que ampare a causa animal e propor ações na
Justiça em favor dos animais não humanos
que dependem da nossa voz.
O projeto conta hoje com quatro Santuários
Ecológicos afiliados (locais particulares que
comungam dos ideais do GAP), que cuidam de
aproximadamente 80 chimpanzés e centenas
de outros animais provenientes de situações
de maus tratos em circos, zoológicos e
entretenimento em geral. Tais santuários são
devidamente registrados no Ibama e
Secretaria Estadual de Meio Ambiente na
categoria de mantenedores de fauna silvestre
(nome técnico dado pela legislação).
Há muitos anos iniciamos nossa luta pela
retirada dos chimpanzés de circos, já que
estes estavam em situação mais grave que os
grandes primatas dos zoológicos. Vencedores
desta batalha, agora podemos prosseguir no
resgate dos chimpanzés que vivem em
situação degradante em zoológicos, sofrendo
com a exposição pública, com a solidão.
Vejam, além de seu habitat natural, nenhum
outro local é ideal. Mas sabemos que, no
momento, não podem voltar ao lugar de onde
nunca deveriam ter sido retirados. Alguns já
nasceram em cativeiro, outros não se
adaptariam ao ambiente selvagem, temos
também aqueles resgatados de experiências
científicas, infectados. Isso sem falar no risco
da caça e na destruição das florestas.
Os grandes primatas estão criticamente
ameaçados de extinção e os que estão em
cativeiro se convertem em importante reserva
genética, mas entendemos que não temos
mais o direito de transformá-los em objeto de
entretenimento.
Nossa experiência com as dezenas de
chimpanzés recebidos pelos santuários, nossos
contatos com os santuários africanos, nos
avalizam a poder falar sobre o que hoje de
melhor pode ser oferecido aos grandes
primatas cativos e isso é o SANTUÁRIO, onde
eles são cuidados, aproximados e, mais do
que tudo, podem desenvolver comportamento
social da espécie, o que os mantém
psicologicamente hígidos.
O Santuário dos Grandes Primatas de
Sorocaba, local para onde o Black foi
destinado, a pedido das organizações que
propuseram uma ação civil pública, é afiliado
ao Projeto GAP. Existe há mais de 19 anos,
dispõe de todas habilitações e autorizações
legais e é constantemente fiscalizado pelos
órgãos públicos ambientais estaduais e
federais.
Recebe animais do Brasil todo e até de países
vizinhos, como é o caso da chimpanzé Cecília,
que veio de um zoológico da Argentina
também por uma decisão judicial, assim como
muitos outros que ali chegaram. Black não é
uma exceção. Importante frisar que a
transferência de Black contou inclusive com o
apoio de uma organização internacional
vinculada à ONU, o GRASP - GREAT APES
SURVIVAL, da UNITED NATIONS
ENVIRONMENT PROGRAMME.
O próprio Zoológico de Sorocaba já enviou
definitivamente chimpanzés ao santuário. É o
22
Grupo de Comunicação
caso de Caco, em 2004. Considerado um
chimpanzé problemático e irrecuperável por
técnicos da área, no santuário, Caco obteve
uma melhora substancial em sua saúde
mental e comportamento. O próprio Black e
sua antiga companheira Rita foram enviadas
de forma provisória ao santuário no passado.
Logo, o próprio zoológico vê o Santuário dos
Grandes Primatas como um local adequado
para abrigar seus chimpanzés.
Todos os argumentos usados para persuadir
as pessoas a se voltarem contra a decisão de
enviar o Black ao Santuário de Sorocaba nada
mais são do que os mesmos sempre usados
por pessoas que têm seus interesses
econômicos atingidos por ações das diversas
entidades protetoras dos animais. Também é
muito importante frisar que foram todos
esclarecidos por uma fiscalização do Gaeco,
grupo especial do Ministério Público Estadual,
que contou com apoio das polícias civil, militar
e ambiental, além peritos técnicos (inclusive
do próprio Zoológico de Sorocaba) e foi
embasada em minuciosa vistoria do local e
análise de diversos documentos. A conclusão
do Ministério Público, após ampla e minuciosa
apuração, foi pelo arquivamento das
denúncias, além do relatório AMPLAMENTE
POSITIVO sobre todas as condições e o
trabalho desenvolvido pelo Santuário (clique
aqui para ler o relatório completo - Gaeco
arquivamento ).
À mesma conclusão chegou a Promotoria de
Justiça de Defesa do Meio Ambiente de
Sorocaba em procedimento apuratório
instaurado naquele órgão (clique aqui para
detalhes - oficio 0238_2012 ).
Nesses relatórios, que integraram processos
públicos, qualquer pessoa poderá obter
respostas quanto à questões levantadas
novamente com a transferência do Black
como: I) alimentação, que inclui, a título de
agrado, esporadicamente, algumas
guloseimas; II) acordo firmado entre Ibama,
Ministério Público Federal e o Santuário para
possibilitar a reprodução dos chimpanzés, mas
não incentivá-la, sério dilema enfrentado pelo
próprio Projeto, na medida em que o
chimpanzé nascido, a princípio permanecerá
cativo, mas por outro lado, como a
experiência prática indica, confere ao grupo a
oportunidade de estabelecer comportamento
social complexo e relevante, de extrema
importância ao bem estar; III) as atividades
desenvolvidas pelas empresas do responsável
pelo mantenedor e hoje secretário adjunto do
Great Ape Project Pedro Ynterian.
Mas muito relevante é verificar como as
pessoas interessadas em manter a troca de
animais entre zoológicos e entre circos, são
capazes de tentar sujar o nome e o trabalho
de pessoas honestas, comprometidas com a
conservação, preservação e fiscalização da
fauna em geral.
Por fim, importante frisar que a retirada do
Black aconteceu sem a necessidade de
procedimento anestésico, ele está sendo muito
receptivo com as veterinárias e tratadores,
alimenta-se normalmente com frutas,
verduras e legumes, já circula amplamente
pelo recinto, podendo visualizar outros
animais de maneira tranquila, sendo que sua
adaptação com outros chimpanzés será feita
de forma gradual e com toda segurança
necessária; tendo, portanto, tudo para
acontecer com sucesso.
*Presidente do Projeto GAP - Brasil
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22603063&e=577
Chimpanzé Black é transferido de
zoológico para santuário em Sorocaba
(SP)
O chimpanzé Black foi transferido do Parque
Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”
para o Santuário de Grandes Primatas, em
Sorocaba, no interior de São Paulo. A
transferência foi feita na tarde desta segunda-
feira (6) por determinação do Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Foto: Divulgação/Prefeitura de Sorocaba
A decisão judicial atendeu a um pedido da
Agência de Notícias de Direitos Animais
23
Grupo de Comunicação
(ANDA) e da Associação Sempre Pelos
Animais, de São Roque (SP). Entre os
argumentos utilizados no processo que
justificam a transferência do animal, está a
falta de convívio do chimpanzé com outros
animais da espécie. As informações são do G1.
O TJ-SP estabeleceu um prazo, até o dia 8 de
maio, para a transferência de Black. Como o
zoológico não abre de segunda-feira, essa foi
a data escolhida para a retirada do animal do
local. O caso tramita na Justiça há mais de um
ano. Em primeira instância, o pedido das
ONGs foi negado, mas um novo julgamento
resultou em um parecer favorável.
Uma gaiola foi usada para transferir o animal.
Para que o chimpanzé entrasse, alimentos
foram colocados dentro dela. O objetivo era
transferi-lo sem precisar usar sedativos, já
que ele é idoso e tem cerca de 50 anos.
Explorado em circo
Black foi levado ao zoológico na década de
1970, após ser resgatado de um circo, que o
explorava para entretenimento humano. No
zoo, ele teve a companhia de outras duas
chimpanzés. A última morreu há cerca de 10
anos e, desde então, ele vivia sozinho.
O promotor do Meio Ambiente Jorge Marum
explicou que a promotoria deu parecer
favorável para a transferência de Black e fez
reuniões para viabilizar o cumprimento da
decisão. Segundo ele, no entanto, a decisão
pode ser revertida.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Sorocaba
“Não é uma decisão definitiva, é uma liminar.
O processo continua, vão ser colhidas provas,
vão ser ouvidos especialistas para que a
decisão seja tomada com respaldo técnico da
melhor forma possível”, explica o promotor.
O promotor lembrou que o chimpanzé é idoso,
foi explorado em um circo, estava solitário e
vivendo há muito tempo no zoológico. “Penso
que seria uma aposentadoria merecida. Claro
que também levei em conta os laudos técnicos
anexados ao processo”, diz.
Luciano Ferro, representante jurídico das
entidades que moveram a ação pedindo a
transferência de Black, lembrou do período em
que o chimpanzé viveu no Santuário dos
Primatas, quando foi levado ao local
temporariamente, em 2014, para que o
recinto dele no zoológico passasse por
manutenção.
“No zoológico ele vive em situação de
isolamento, no santuário ele vai ter contato
com outros animais. Ele já esteve no santuário
e teve um bom histórico. O recinto do Black já
está preparado para recebê-lo no santuário,
ele vai ter paz”, comentou Ferro. Ativistas
afirmam que, no período em que viveu no
santuário, o chimpanzé se socializou com
outros membros da espécie e conquistou uma
amiga chamada Margarete.
Ferro criticou manifestações feitas no
zoológico. “A gente estava bastante chateado
por a prefeitura estar fazendo manifestação
dentro do zoológico durante toda semana. Um
zoológico que diz que prima pelo bem-estar
dos animais não deveria permitir manifestação
pública praticamente dentro do recinto dos
animais, que era o que estava acontecendo
com o Black”, disse.
Apesar da crítica, Ferro afirmou que o
zoológico colaborou durante a transferência do
animal. “Ao todo, foram 6 profissionais do
projeto GAP que acompanharam o manejo do
Black para entrar na caixa, mais 6 do
zoológico. O zoológico colaborou, já tinha sido
acertado que seria uma operação colaborativa
entre as partes e foi o que aconteceu”, contou.
Ferro disse ainda que a transferência do
chimpanzé foi um grande sucesso. “O Black
ficou super bem adaptado, não teve nenhum
problema. Todas aquelas mentiras que
estavam sendo contadas a respeito do Black,
de que o santuário iria jogá-lo em meio a um
monte de primatas não era verdade. O Black
vai ser socializado, a priori, apenas com uma
companheira e isso no tempo certo, não vai
ser agora. Tudo isso vai ser registrado”,
concluiu.
O santuário, que é filiado ao Great Ape
Project/Projeto dos Grandes Primatas (GAP), é
uma propriedade particular mantida por sua
família fundadora.
https://www.anda.jor.br/2019/05/chimpanze-
transferido-de-zoologico-para-santuario/
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24
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário - Mogi
Data: 12/05/2019
Pico do Urubu
Nada contra o projeto do mirante. Só acho
que, infelizmente, nos acostumamos a
degradar a natureza e a falta de educação
ambiental nos trará, no futuro, certamente,
problemas existenciais por estas
complacências. Por isso, não sei se a Cetesb,
sozinha, tem poderes para emitir alvarás de
permissão. a Serra já é uma Área de
Proteção ambiental (APA), somente ainda
não está formado o seu Conselho. a
Fundação Florestal deveria ser ouvida e tem
lei específica de proteção de autoria do
mogiano Mauricio Najar. a proposta levará
enorme movimentação de pessoas ao Pico,
comércio e acampamentos em um lugar que
deveríamos todos preservar, cuidar e proibir
definitivamente qualquer ocupação. Estou
estudando com afinco, sem ser contra o
projeto, mas a favor da natureza, e se for o
caso, vou sim apelar ao Ministério Público,
pois continuo achando que cabe a necessidade
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22603357&e=577
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25
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo Dia
Data: 11/05/2019
25% dos aguapés foram retirados,
garante CPFL
Até dezembro de 2019, serão 25 mil viagens
de remoção das plantas", disse o gerente da
CPFL
Por tododia
Retomado no final do ano passado, o trabalho
de remoção das macrófitas (aguapés) que há
anos infestam a represa do Salto Grande, em
Americana, já conseguiu reduzir em 25% o
volume de plantas aquáticas na água do
reservatório.
A informação é de Daniel Daibert, gerente de
Meio Ambiente da CPFL Renováveis, e foi
divulgada ontem, durante mais uma reunião
de trabalho promovida na Câmara pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para
discutir alternativas e soluções para a
revitalização e recuperação da represa.'De 74
viagens de caminhões de vegetação retiradas
(da represa) passamos para 81 por dia. Na
última visita ao local, em 3 de maio, pudemos
perceber que já se consegue ver o espelho
d'água, com a retirada dos aguapés. Até
dezembro de 2019, serão 25 mil viagens de
remoção das plantas', disse o gerente da
CPFL, responsável pelo reservatório.
Segundo o secretário de Meio Ambiente de
Americana, Odair Dias, as discussões sobre a
questão da despoluição da represa estão
avançando.'Estamos avançando cada vez mais
nas ações e alternativas para solucionar a
questão da poluição da Represa de Salto
Grande. Com a iniciativa do prefeito Omar
Najar, Americana está fazendo a sua parte,
mas precisamos da união de outros municípios
para atingirmos o objetivo comum', disse Dias.
O promotor de Justiça Ivan Carneiro
Castanheiro, do Gaema (Grupo de Atuação
Especial de Defesa do Meio Ambiente), disse
que o Ministério Público acompanha o caso.
'Estamos acompanhando de perto os trabalhos
enquanto Ministério Público, participando dos
grupos de discussões e contribuindo com
soluções viáveis. Americana está caminhando
com ações de tratamento de esgoto, a
execução de retirada mecânica dos aguapés
está sendo executada e esperamos
mobilização das outras cidades para a
despoluição da represa', disse ele, segundo
comunicado divulgado pela prefeitura.
Chico Sardelli (PV), ex-deputado estadual,
participou do encontro. 'A retirada dos
aguapés é importante, mas é apenas uma das
ações para chegarmos ao objetivo maior, que
é a despoluição da represa. Americana tem
avançado na questão da ampliação de
reservatórios, mas é importante cobrarmos as
cidades à montante, que não estão cumprindo
suas obrigações com relação ao tratamento de
esgoto. É uma questão ambiental e de saúde
pública também', disse ele.
O vereador Thiago Martins (PV), que
representou a Câmara, também cobrou os
municípios vizinhos. 'Americana precisa fazer
a sua parte, mas não é só americana que irá
resolver o problema. Precisamos de forças
maiores para cobras ações de outros
municípios.'Diversas autoridades e
representantes da sociedade civil envolvidos
na questão participaram do encontro, como
Cetesb, OAB (Ordem dos Advogados do
Brasil), Consórcio PCJ (das bacias dos Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Barco Escola,
Defesa Civil, entre outros convidados.
Gerente afirma que estão sendo tirados 81 caminhões de plantas por dia
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22593603&e=577
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26
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal Novo Momento Notícias
Data: 12/05/2019
Odair comemora retirada de aguapés da
Represa
Prefeitos das cidades envolvidas não vieram
para reunião
A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura
de Americana promoveu, na manhã de sexta-
feira (10), mais uma reunião de trabalho para
discutir alternativas e soluções para a
revitalização e recuperação da Represa de
Salto Grande.
Segundo o secretário de Meio Ambiente de
Americana, Odair Dias, as discussões sobre a
questão da despoluição da represa de Salto
Grande estão avançando. 'Estamos avançando
cada vez mais nas ações e alternativas para
solucionar a questão da poluição da Represa
de Salto Grande. Com a iniciativa do prefeito
Omar Najar, Americana está fazendo a sua
parte, mas precisamos da união de outros
municípios para atingirmos o objetivo comum.'
Entre os avanços apresentados na reunião,
está o trabalho de remoção de plantas
macrófitas (aguapés) da água. Já foi reduzido
¼ do volume de aguapés na represa. 'De 74
viagens de caminhões de vegetação retiradas
passamos para 81 por dia. Na ultima visita ao
local, em 3 de maio, pudemos perceber que já
se consegue ver o espelho d'água, com a
retirada dos aguapés. Até dezembro de 2019,
serão 25 mil viagens de remoção das plantas',
disse o gerente de meio ambiente da CPFL
Renováveis, Daniel Daibert.
O promotor de Justiça e membro do Gaema
(Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio
Ambiente), doutor Ivan Carneiro Castanheiro,
enalteceu as ações que estão em andamento
em Americana. 'Estamos acompanhando de
perto os trabalhos enquanto Ministério Público,
participando dos grupos de discussões e
contribuindo com soluções viáveis. Americana
está caminhando com ações de tratamento de
esgoto, a execução de retirada mecânica dos
aguapés está sendo executada e esperamos
mobilização das outras cidades para a
despoluição da represa.'
A discussão do tema também contou com a
participação do ex-deputado e representante
da sociedade civil, Chico Sardelli. 'A retirada
dos aguapés é importante, mas é apenas uma
das ações para chegarmos ao objetivo maior
que é a despoluição da represa. Americana
tem avançado na questão da ampliação de
reservatórios, mas é importante cobrarmos as
cidades à montante, que não estão cumprindo
suas obrigações com relação ao tratamento de
esgoto. É uma questão ambiental e de saúde
pública também.'
O vereador Thiago Martins, que representou a
Câmara Municipal, também cobrou os
municípios vizinhos. 'Americana precisa fazer
a sua parte, mas não é só americana que irá
resolver o problema. Precisamos de forças
maiores para cobras ações de outros
municípios.'
A reunião também contou com as
participações do subsecretário da Unidade de
Fiscalização, Licenciamento Ambiental e
Projetos, Cícero Aparecido Moura de Jesus,
engenheiro ambiental do DAE, João Marco
Alves de Oliveira, coordenador de relações
institucionais do grupo CPFL, Sebastião
Arcanjo, do gerente de engenharia da
manutenção da CPFL Renováveis, Bruno
Monte, representantes da Cetesb,
presidente do Comdema, João Braidotti, grupo
G6, OAB, Consórcio PCJ, Barco Escola, Defesa
Civil de Americana, entre outros convidados.
Mais uma vez, prefeitos dos municípios
envolvidos não compareceram.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22612472&e=577
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27
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Data: 11/05/2019
Ações para recuperação da área onde
ficam prédios da Fundação Casa de Ferraz
já se prolongam por 11 anos
Unidade foi construída em cima do antigo lixão
do Cambiri; internos foram transferidos para
outras cidades em abril. Especialista afirma
que contaminantes são cancerígenos e, por
isso, seria importante ter agilidade para a
recuperação.
Prédios da Fundação Casa de Ferraz de Vasconcelos foram interditados em abril — Foto: Débora Carvalho/TV Diário
As ações para estudar a contaminação e
recuperar a área onde foram construídas as
duas unidades da Fundação Casa, em Ferraz
de Vasconcelos, se prolongam por 11 anos e
tiveram mais uma capítulo no último mês: a
transferência de internos e profissionais para
outras cidades.
As unidades foram construídas em cima do
antigo lixão do Cambiri e a contaminação,
segundo relatório da Cetesb, atingiu as águas
subterrâneas.
Para o químico industrial, doutor em
biotecnologia e professor do Instituto Federal
de Suzano, Rodrigo de Oliveira Marcon, a
agilidade do trabalho é importante
principalmente por causa dos tipos de
contaminantes apontados em relatório da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo: metais, solventes aromáticos e PAHs
(hidrocarbonetos aromáticos policíclicos).
“O processo para recuperação da área
depende muito do quanto ela está
contaminada. Onze anos é sim um tempo
longo, porque os componentes que estão
apresentados no laudo são cancerígenos. O
risco não é só para quem está no prédio, mas
também para os vizinhos”, explicou Marcon.
De acordo com os relatório da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb), a Fundação Casa fechou os poços
de abastecimento e adotou uma medida para
remediação: a extração de vapores do solo.
Ainda assim, foi preciso transferir os 103 e
internos e também os funcionários.
Em abril, a fundação informou que tratou-se
de uma medida preventiva “em razão de
alterações em dois dos 29 pontos de
monitoramento instalados na área externa do
prédio”.
Por enquanto, não há prazo definido para a
reabertura das unidades. Novos estudos estão
sendo feitos.
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) disse que “solicitou em abril
uma investigação complementar nos
ambientes internos e aguarda o resultado
desses estudos para avaliação”. A companhia
informou ainda que não “existe prazo definido
para apresentação desses novos relatórios”.
Em nota, a Fundação Casa informou que
“desde que foi constatado o risco de
contaminação no solo, foram adotadas
medidas para garantir a segurança dos
adolescentes e de todos os servidores dos dois
centros socioeducativos, como investigações
confirmatórias do solo, plano de intervenção e
implantação do sistema de extração de
vapores.”
Segundo o químico industrial e doutor em
biotecnologia do Instituto Federal de Suzano,
Rodrigo de Oliveira Marcon, o tempo para
recuperação varia muito de uma área para a
outra, mas por se tratar de uma construção
que estava ativa no local, os trabalhos
deveriam ter andado mais rápido.
“O que dá para perceber é que apenas uma
medida de remediação foi aplicada até agora,
talvez se fosse aliada a uma outra ação, o
tempo para recuperar a área poderia ser
menor. Mas não é possível cravar uma média,
cada caso é um caso”.
O último relatório da área disponibilizado pela
companhia ambiental é de dezembro de 2018.
28
Grupo de Comunicação
De acordo com o documento, o local passou
por sete etapas de gerenciamento.
“A área nunca vai ser recuperada totalmente,
mas ela é considerada pronta para reutilização
quando os poluentes forem esgotados e não
apresenta mais riscos para a população”,
explica Marcon.
Fundação Casa construída no Lixão
De acordo com a Cetesb, tanto a Prefeitura
quando a Fundação Casa foram multadas em
2015.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22592550&e=577
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29
Grupo de Comunicação
Veículo1: G1 Jornal Nacional
Veículo2: Rádio Blog Peão
Data: 11/05/2019
Mortandade de peixes e coloração da
água do Tietê preocupam no interior de
SP
A água de cor estranha e o cheiro forte estão
preocupando quem mora perto do rio.
Pescadores estão voltando para casa com as
redes vazias.
Em parte do interior paulista, o Rio Tietê está
ficando irreconhecível.
Mais de 40 toneladas de peixes mortos. A
produção que fica no Rio Tietê, em Sales, no
interior paulista, estava prontinha para o
abate. Mas, de repente, a água ficou verde e
com cheiro forte, e o trabalho de uma vida
inteira virou prejuízo de mais de R$ 1 milhão.
'É muito triste né, porque é muitos anos de
serviço, de trabalho. Foi tudo embora', diz o
piscicultor Walter Cícere.
Técnicos da Cetesb, Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo, disseram que, além da
produção da piscicultura, mais 30 toneladas
de peixes morreram ao longo do rio. Eles
recolheram amostras da água para descobrir o
que causou a mortandade, mas o resultado
ainda não saiu.
Desde o fim de 2018, a coloração da água do
Tietê vem sendo questionada, no interior
paulista. Especialistas afirmam que microalgas
estão se proliferando além do normal.
'O que você está vendo são os peixes mortos.
Mas não morrem só peixes, morre toda uma
cadeia abaixo dos peixes, que são outros
micro-organismos, pequenos crustáceos,
pequenos moluscos que são alimentos dos
peixes', explica o biólogo Arif Cais.
Nem as aves que costumam ficar às margens
do rio em busca de alimento estão querendo
se molhar. O Tietê, que em grande parte do
interior de São Paulo é limpo e cheio de vida,
está se transformando. A água de cor
estranha e o cheiro forte estão preocupando
quem mora perto do rio.
'Antes, a gente olhava aquela água
branquinha, cristalina. Vinham os peixinhos
nadando. Agora para você vê essa água
avermelhada, lá no fundo do estaleiro está até
mais e você não vê nem os peixinhos, nem
camarão, não tem nada', conta José Aparecido
dos Santos.
O Rio Tietê corta todo o estado de São Paulo.
São 1.150 km de extensão. Na capital, ele é
morto, mas no noroeste paulista sempre
atraiu turistas por causa da beleza. Nessa
época, era para o rio estar cheio, mas os
visitantes desapareceram.
Quem mais está sofrendo com essa situação
são os pescadores profissionais que dependem
do rio para garantir o sustento da família.
Ultimamente, eles estão voltando para casa,
com as redes vazias.
'Essa mortandade que teve, não tem não mais
peixe no rio. Está muito difícil pegar peixe',
conta o pescador Nilson Rosa.
Já faz dias que não entra um cliente na loja do
José Roberto Celoto, que está em uma tristeza
só: 'Muito peixe morrendo, muita tragédia
acontecendo no nosso rio. É lamentável, é de
emocionar, é de, realmente, a gente ficar
muito triste'.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22601676&e=577
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30
Grupo de Comunicação
Veículo: Botucatu onine
Data: 12/05/2019
Câmara de Botucatu lança Programa
Interno de Sustentabilidade
Apagar as luzes quando não estamos na sala,
diminuir o uso de papel, substituir copos e
garrafas plásticas por materiais duráveis? São
atitudes simples como essas que, ao serem
praticadas no local de trabalho, podem fazer a
diferença para o meio ambiente. E, a partir do
mês de maio, a luta por sustentabilidade
ganhou mais uma aliada. Em busca de tornar
a sede do Legislativo um lugar condizente com
práticas recomendadas por órgãos como
Município Verde Azul, ONU e Ministério do
Meio Ambiente, além da Política Nacional de
Resíduos, a Câmara Municipal de Botucatu
lançou neste 7 de maio o Programa Interno de
Sustentabilidade. O novo projeto visa à
adoção de medidas para reduzir a geração de
resíduos e o gasto desnecessário de recursos,
além de conscientizar os servidores,
vereadores e população que frequenta o
prédio sobre o quanto é importante cada um
fazer o seu papel.
'Já vínhamos adotando medidas para tornar o
Legislativo um ambiente mais sustentável, por
exemplo, a implantação do sistema de
captação e reuso da água da chuva em 2017.
Agora oficializamos esse objetivo e ampliamos
nossa área de atuação, honrando nosso
compromisso com a responsabilidade social',
fala a diretora administrativa, Silmara Ferrari
de Barros.
No lançamento do programa, servidores e
vereadores receberam canecas e squeezes
para serem utilizados no lugar dos copos e
garrafas plásticas. Além disso, a partir desta
terça-feira, a Câmara passa a contar com
coleta seletiva de lixo, políticas de reutilização
de materiais como papel, cartazes
informativos e pequenos recados, como
'apague a luz ao sair', que não deixam
ninguém esquecer que o cuidado com o meio
ambiente tem que ser diário.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22617912&e=577
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31
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Região
Data: 12/05/2019
Botânico do Tulipas amanhece com
manchas escuras
Ivan Machado
Os leitores Marco Antônio Silva e Ricardo
Biliato enviaram fotos das águas do Jardim
Botânico do Jardim das Tulipas, em Jundiaí,
que amanheceram escuras neste domingo
(12).
O leitor Ricardo disse que parece ser óleo
despejado nas águas. Já o leitor Marco
comentou que parece esgoto.
A empresa DAE enviou uma equipe ao local
para analisar a água. Nos primeiros
levantamentos apurou-se que a origem é de
galerias de águas das chuvas e não da rede de
esgoto. Algum caminhoneiro pode ter
despejado produto químico na rede da região.
Os leitores pedem também a presença de
pessoal da Cetesb, para verificar o que esta
ocorrendo.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22610919&e=577
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: O Globo online
Data:
Bolsonaro diz que Flávio é vítima de
acusação 'política' e 'maldosa'
Presidente afirmou ainda que o Ministro do
Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, também
pode ser alvo do mesmo tipo de denúncia
Amanda Almeida
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse,
neste domingo, que o filho Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ) é vítima de uma acusação política e
maldosa e que seu ministro Marcelo Álvaro
Antônio (Turismo) também pode ser alvo do
mesmo tipo de denúncia.
Em entrevista à rádio "Bandeirantes",
Bolsonaro foi questionado sobre a
permanência de Marcelo Álvaro no governo.
Ele é acusado de participar de um esquema de
candidaturas laranjas nas últimas eleições, em
Minas Gerais.
- Quando o (Sérgio) Moro (Justiça) era juiz,
perguntou: "Se uma investigação chegar a
ministro, qual vai ser a sua linha de ação? Eu
disse: "Vai para o pau". E o caso do Marcelo
está indo para frente. Se tiver algo robusto, a
gente toma providência. Agora, não pode
pintar denúncias sem materialidade. Ou vou
ter de mandar embora todo mundo -
respondeu.
Ao completar o raciocínio, ele citou o filho.
- Você pode ver. O PSL do Rio tem a acusação
de três mulheres laranjas. Cada uma recebeu
R$ 2,8 mil. Por que recebeu? Para pagar
contador. E a imprensa nos acusa, porque
meu filho era presidente do PSL, em cima
disso. Agora, vai afastar meu filho do Senado
por causa de R$ 2,8 mil para três mulheres?
Uma acusação política, maldosa. Não é o
mesmo que pode estar acontecendo com o
Marcelo? Pode - disse.
Bolsonaro completou que o caso de Marcelo
Álvaro tem de ser investigado:
- Mas tem de ter direito de legítima defesa. E
Marcelo está fazendo bom trabalho no
Turismo.
Segundo reportagem do jornal Folha de
S.Paulo, publicada em fevereiro, dinheiro do
fundo eleitoral entregue a candidatas do PSL
no Rio de Janeiro beneficiou a empresa de
uma ex-assessora de Flávio Bolsonaro na
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e
parentes de outra colaboradora do agora
senador.
Turismo no Brasil
Antes de falar sobre a denúncia contra Marcelo
Álvaro Antônio, o presidente Jair Bolsonaro
defendeu que áreas de reserva ecológica
sejam revogadas para estimular o turismo.
- As pessoas falam em Cancún (no México),
que é uma maravilha. Aqui no Brasil temos a
Baía de Angra dos Reis, uma região
maravilhosa. No meu entender, a única
diferença é que a água não é tão cristalina
quanto Cancún. Mas é cristalina também, com
temperatura amena, não tem onda e tem
centena de ilhas, muitas delas com praias
maravilhosas -, disse Bolsonaro.
Em seguida, ele reclama que "não pode
desenvolver turismo lá".
- Os xiitas ambientalistas demarcaram aquela
área como estação ecológica de Tamoios, e
não pode fazer mais nada lá - comentou.
Segundo Bolsonaro, ele tem conversado com o
ministro Ricardo Salles (Turismo) sobre "abrir
aquela região para iniciativa privada fazer
turismo lá".
- A primeira é revogar o decreto que
demarcou a estação ecológica. Isso não tem
problema nenhum. Na hora certa, tendo o
sinal verde dos ministérios do Meio Ambiente
e do Turismo, vamos fazer isso aí - disse.
Ele cita ainda que pode fazer o mesmo com a
estação ecológica da Jureia, no litoral de
São Paulo.
Em Tamoios, Bolsonaro foi multado por pesca
ilegal em 2012. O ato foi anulado
posteriormente.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22616049&e=577
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Data: 13/05/2019
33
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: Época online
Data: 09/05/2019
Ricardo Salles prepara novas regras
ambientais em favor de ruralistas
Vinicius Sassine e Thiago Herdy
Uma das principais alterações propostas pelo
ministro do Meio Ambiente proibe que fiscais
do Ibama destruam bens de madeireiros
ilegais
Entre os técnicos do Ministério do Meio
Ambiente, é dado como certo que o ministro
Ricardo Salles irá propor a alteração do
decreto que permite a destruição de bens de
madeireiros, como caminhões e tratores,
flagrados em crimes ambientais. É um pleito antigo de políticos da bancada ruralista.
As medidas devem evitar que se repita o que
aconteceu no início de abril, quando fiscais do
Ibama entraram na Floresta Nacional do
Jamari, em Rondônia, para pôr um fim
momentâneo na exploração ilegal de madeira
empreendida por um grupo de produtores da
região. Feito o flagrante, constatada a
necessidade de evitar a retirada de outras
toras da floresta e diante das dificuldades
inerentes a uma mata de difícil acesso, os
agentes fizeram aquilo que a lei determina:
atearam fogo a dois caminhões e a um trator
usados no crime ambiental. Assim é feito há
quase 11 anos, desde julho de 2008, quando
entrou em vigor um decreto presidencial que
ampara a prática de destruir bens usados em
crimes ambientais.
“Em Rondônia, a orientação é para que não
ocorra a destruição. O governador conversou
com o ministro e pediu para que ele repita o
que ocorre aqui. O posicionamento do ministro
é que o decreto seja reformulado. E isso não
significa um incentivo ao desmatamento, mas
ao amplo contraditório”, disse o secretário de
Desenvolvimento Ambiental de Rondônia, Elias Rezende.
Salles também prepara a flexibilização dos
licenciamentos ambientais, que prevê até a
dispensa deles para determinados setores.
Indicado pelo ministro para presidir o Ibama,
Eduardo Bim assinou uma instrução normativa
há menos de um mês estabelecendo os
procedimentos para a delegação de licenças
da União para estados e municípios. Uma
semana depois, o Ibama delegou ao governo
da Paraíba as atribuições de licenciamento
para as atividades econômicas de uma grande
empresa no estado.
Documentos obtidos por ÉPOCA já mostram
um afrouxamento de regras para o descarte
de resíduos decorrentes da perfuração de
poços de petróleo, contrariando
recomendações dos próprios técnicos do
governo. Ofícios também apontam gestos no
sentido de flexibilizar licenciamentos
ambientais. Atos tornaram o controle de
agrotóxicos menos efetivo. Discussões sobre
pagamentos de serviços ambientais e sobre o
Cadastro Ambiental Rural (CAR) foram
paralisadas. O sistema de punição e aplicação
de multas foi afrouxado. E áreas centrais do
ministério seguem acéfalas. Pela visão dos
críticos, a gestão ideológica no Ministério do
Meio Ambiente produz efeitos imediatos. Além
disso, ataques virtuais vindos do presidente e
do ministro a fiscais a serviço do Ibama e do
Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), órgão que cuida das
Unidades de Conservação federais, têm
estimulado produtores a resistir a qualquer
tipo de controle.
https://epoca.globo.com/ricardo-salles-
prepara-novas-regras-ambientais-em-favor-
de-ruralistas-23652071
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Data: 13/05/2019
34
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal Terra - Dino
Data: 10/05/2019
Atitudes simples podem fazer grande
diferença para o meio ambiente
A pesquisa identificou que a atitude ambiental
adequada mais seguida pelos consumidores é
a reutilização ou troca.
Ao longo dos últimos anos, as estruturas de
negócios evoluíram muito e as empresas
passaram a apostar em modelos de gestão
mais sustentáveis. As preocupações de hoje
vão muito além da geração de lucros.
No Brasil o consumidor reconhece que as
atitudes cotidianas ligadas ao consumo são
importantes para a vida em sociedade, mas
nem todos praticam, individualmente, ações
neste sentido, informa Vininha F. Carvalho,
editora da Revista Ecotour News
(www.revistaecotour.news).
Foto: DINO / DINO
O indicador do SPC Brasil avaliou uma série de
questões sobre os hábitos e os
comportamentos que fazem parte da rotina
dos brasileiros e concluiu que somente 69,3%
destas ações são classificadas como
conscientes.
O estudo segmenta os consumidores em três
categorias, de acordo com a intensidade da
prática dos comportamentos considerados
adequados: - consumidores conscientes - que
apresentam frequência de atitudes corretas
acima de 80%; consumidores em transição,
cuja frequência varia entre 60% e 80% de
atitudes adequadas e consumidores nada ou
pouco conscientes, quando a incidência de
comportamentos apropriados não atinge 60%.
A pesquisa conclui, portanto, que o
consumidor brasileiro é, em média, um
consumidor em transição.
Para as ações relacionadas à responsabilidade
ambiental do consumidor, o indicador atingiu
71,7% de atitudes adequadas, enquanto as
práticas financeiras e de engajamento social,
foram um pouco mais baixas, chegando a
68,0% e 68,1% de ações corretas,
respectivamente.•.
Segundo Vininha F. Carvalho, a pesquisa
identificou que a atitude ambiental adequada
mais seguida pelos consumidores é a
reutilização ou troca: 83,5% garantem que
antes de jogar fora um produto que não
querem mais, procuram doá-lo ou mesmo
trocá-lo com alguém. Além disso,
praticamente oito em cada dez consumidores
ouvidos (77,7%) afirmam evitar o uso
indiscriminado da impressora, enquanto
76,4% dizem não utilizar o carro para
pequenos deslocamentos.
Já entre as ações menos adotadas, do ponto
de vista da sustentabilidade, está a reciclagem
do lixo: apenas um pouco mais que a metade
(53,2%) dos consumidores ouvidos separa o
lixo doméstico para a coleta seletiva. Também
é significativamente menor a parcela dos que
atentam para aspectos que envolvem a
idoneidade da empresa: cinco em cada dez
(50,7%) brasileiros disseram analisar as
práticas adotadas pela empresa em relação ao
meio ambiente ou à sociedade antes de fazer
uma compra.•.
Diante do comportamento predominantemente
inconstante do brasileiro, que ora pratica
ações adequadas e ora deixa de agir de modo
consciente, o SPC Brasil procurou entender o
que impede as pessoas de tomarem atitudes
responsáveis com relação ao consumo. A
justificativa mais citada pelos consumidores
entrevistados é a falta de tempo (26,5%),
principalmente entre os homens (30,3%) e os
mais jovens (36,7%). Logo depois vem a
distração ou esquecimento (25,4%), que
também é mais frequente entre a parcela
masculina de entrevistados (29,9%) e pessoas
mais jovens (34%).•.
A nossa lei maior, a Constituição Federal de
1988 no capitulo que tratada ordem
econômica e financeira deixa claro (art. 170,
VI) que a defesa do meio ambiente é um
princípio da ordem econômica, inclusive
mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e
de seus processos de elaboração e prestação.
"O cumprimento da legislação ambiental e
desenvolvimento da atividade econômica
seguindo as regras ambientais devem ser visto
não somente como um custo, mas como um
Data: 13/05/2019
35
Grupo de Comunicação
investimento acima de tudo", salienta Vininha
F. Carvalho. •.
A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos,
logística reversa, valorização dos resíduos e
incentivos para reciclagem, é um movimento
crescente na sociedade para transformar a
questão ambiental numa oportunidade de
negócios. Elementos essenciais para que
possamos trilhar o caminho do crescimento
em harmonia com a proteção do meio
ambiente.
Website: https://www.revistaecotour.news
DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
https://www.terra.com.br/noticias/dino/atitud
es-simples-podem-fazer-grande-diferenca-
para-o-meio-
ambiente,20cddb6ac0183dd32f99ee85ad4b97
78vxdnvbxy.html
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Data: 13/05/2019
36
Grupo de Comunicação
Veículo: Extra – O Globo
Data: 10/05/2019
Ministro do Meio Ambiente posta vídeo de
Bob Marley e menciona protestos
RIO — O ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, usou sua conta no Twitter para postar
um trecho de um clipe de reggae com 16
segundos, em que quatro homens aparecem
em uma mata, e pelo menos dois estão
fumando maconha. Ao final, o cantor
jamaicano Bob Marley fala: "Erva, é uma
planta...". Salles acrescentou a descrição: "e
os protestos continuam...".
Salles foi alvo nesta quarta-feira de um
manifesto inédito de sete ex-ocupantes de sua
pasta, que atuaram nos governos de Itamar
Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz
Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel
Temer.
O protesto repercutiu na imprensa
estrangeira, rendendo reportagens na agência
Reuters e em jornais como o "New York
Times" e o "The Guardian", que o chamou de
"exterminador do futuro".
Em uma carta, eles criticam uma "série de
ações, sem precedentes, que esvaziam a
capacidade de formulação e implementação de
políticas públicas do Ministério", como a
retirada da Agência Nacional de Águas e do
Serviço Florestal Brasileiro de sua alçada.
No mesmo dia, o ministro publicou uma carta,
em que desmente qualquer prejuízo à agenda
ambiental, atribuindo as críticas ao país a uma
"permanente e bem orquestrada campanha de
difamação promovida por ONGs".
Nesta sexta-feira, o Diário Oficial publicou a
exoneração do coordenador-geral do Fórum
Brasileiro de Mudanças Climáticas, Alfredo
Sirkis, pelo presidente Jair Bolsonaro. Em
entrevista ao GLOBO, Sirkis afirmou que Salles
está empenhado em políticas que estimulam o
crime ambiental, como a "desmoralização da
fiscalização, o desmantelamento do Ibama e o
combate do desmatamento".
A assessoria de imprensa do ministro não se
pronunciou até o fechamento desta
reportagem.
https://extra.globo.com/noticias/brasil/ministr
o-do-meio-ambiente-posta-video-de-bob-
marley-menciona-protestos-23657589.html
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Data: 13/05/2019
37
Grupo de Comunicação
Veículo: Página Global
Data: 12/05/2019
Brasil | O ministro do arremedo
Página Global
Como Ricardo Salles adulterou um mapa
ambiental para beneficiar mineradoras
Tatiana Dias, Rosângela Lotfi | The Intercept*
- Brasil
Era uma segunda-feira normal de trabalho na
Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São
Paulo quando Victor Costa recebeu uma
demanda pouco usual. Fernanda Lemes,
coordenadora do Núcleo do Plano de Manejo,
pediu que ele 'alterasse uns mapas'. Ele achou
estranho. Não era dessa forma que esse tipo
de pedido costumava vir.
Então coordenador do setor de
Geoprocessamento e Cartografia da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente e, portanto,
responsável por elaborar mapas para qualquer
tipo de empreendimento e licenciamento
ambiental, ele perguntou o porquê da
alteração. 'Eu pedi para formalizar por e-mail',
lembra. Mapas de zoneamento levam meses
para serem elaborados. São feitos por
pesquisadores, discutidos em audiências
públicas e aprovados pelo conselho ambiental.
'Começaram a me pressionar, falando que era
urgente, pedido do secretário.'
Lemes afirmou que a demanda havia surgido
em uma reunião do então secretário estadual
do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com
'pessoas da Fiesp', a Federação das Indústrias
de São Paulo. Segundo ela, a justificativa foi
que o zoneamento da região não estava
adequado para delimitar a extensão da Área
de Proteção Ambiental.
O mapa em questão era o Plano de Manejo da
Várzea do Rio Tietê, que havia sido elaborado
por pesquisadores da USP sete anos antes.
Salles e a Fiesp queriam rever o zoneamento
de duas regiões específicas às margens do rio
- uma entre as cidades de São Paulo e Suzano
e a outra entre Barueri e Santana de Parnaíba,
todas na grande São Paulo.
Em uma reunião no dia 11 de novembro de
2016, o secretário e os representantes da
Fiesp marcaram no mapa, com anotações e
post-its, as alterações que queriam fazer. O
setor de geoprocessamento recebeu os mapas
com os desejos da indústria sinalizados.
As demandas incluíam a redução de uma zona
de conservação hidrodinâmica da planície
fluvial, um tipo mais restritivo que serve para
preservar o curso do rio, com áreas para
enchentes, por exemplo. A região passaria a
ser uma zona de reordenamento
socioambiental e da paisagem, mais
permissiva, que permite construções. A
intenção era liberar atividade de mineração na
região.
Desconfiado, Victor Costa pediu que a
demanda fosse formalizada por e-mail.
Recebeu todo o histórico: as alterações
propostas diretamente pela Fiesp (mais
especificamente, pela analista ambiental dos
industriais, Maria Cristina Murgel) e o pedido
para que elas fossem feitas rapidamente.
'Queria te pedir para tratar este tema como
prioridade. O Secretário já me cobrou várias
vezes a versão final dos documentos', pediu a
assessora de Salles, Roberta Buendia, à
Fernanda Lemes, que foi a responsável por
encaminhar a demanda ao setor de
geoprocessamento.
Victor Costa respondeu por e-mail. Disse que
atenderia a demanda, mas questionou o
processo. 'Entendemos que os mapas se
referem a uma proposta de alteração do
zoneamento já aprovado pelo referido
Conselho', escreveu Costa em um e-mail com
cópias para os superiores e a Fiesp. 'Temos a
seguinte dúvida: os mapas aqui requisitados
serão objeto de uma nova deliberação do
Conselho Gestor da Unidade?', questionou,
perguntando se as alterações seriam
submetidas à avaliação do órgão formado por
pesquisadores, sociedade civil, população e
setor privado.
Não seriam. Ricardo Salles, à pedido da Fiesp,
quis encurtar o processo.
'Esse pedido veio para que eu alterasse os
mapas sem mostrar. Fraudar. Não colocar
nome, data. Não mudar nada na legenda.
Apenas mudar as cores', diz Victor. Depois de
questionar a alteração, o funcionário conta
que começou a sofrer pressão e ameaças. O
setor de geoprocessamento fez as alterações
possíveis e entregou o mapa dentro do prazo -
uma sexta-feira, 25 de novembro. Mas a
equipe se negou a trocar, por exemplo, o
nome 'Rio Tietê' para 'canal de circunvalação'.
Data: 13/05/2019
38
Grupo de Comunicação
Também marcaram todas as alterações,
explicitando que haviam sido feitas a pedido
da Fiesp, e incluíram os créditos de quem fez
o mapa original e quem o alterou.
A diretoria da secretaria não gostou. O Núcleo
de Planos de Manejo disse que a discussão
sobre a legalidade caberia ao órgão e que não
era necessário 'colocar a fonte' dos dados. Ou
seja: a demanda era esconder que o mapa
havia sido alterado.
Indignado com a pressão e por ter sido
envolvido na fraude, Victor Costa pediu
demissão duas semanas depois e denunciou o
que viu ao Ministério Público de São Paulo.
'Era a única forma de impedir que o novo
mapa fosse aprovado', diz. Foi acusado por
Ricardo Salles de fazer parte de ONGs e de ser
'eco-xiita'. Um de seus ex-colegas foi
perseguido em reuniões e o outro, mudado de
área sem aviso prévio depois que voltou de
férias.
O MP denunciou Salles, a Fiesp e outros
responsáveis. O então secretário justificou, em
depoimento aos promotores, que havia 'erros
crassos' no material e que as alterações foram
discutidas em 'várias reuniões' na secretaria.
Disse que, para 'dar celeridade ao processo' e
'desburocratizar', fazia as convocações para as
reuniões por e-mail - e não apresentou
provas. E disse que, em divergências, 'alguém
tinha que tomar a decisão. E assim foi feito'.
As alterações, para ele, 'foram feitas para dar
segurança jurídica' e não colocar empresas,
pessoas e o Estado 'na ilegalidade'.
Não colou. Salles foi condenado por
improbidade administrativa, com multa de dez
vezes o seu salário na época, e teve seus
direitos políticos suspensos por três anos.
A condenação saiu no dia 18 de dezembro de
2018. Duas semanas depois, ele assumiu o
cargo de ministro do Meio Ambiente na gestão
de Jair Bolsonaro.
Desburocratização, a alma do negócio
Para entender a ascensão na carreira do
advogado Ricardo de Aquino Salles ao mais
alto escalão ambiental do país, é preciso olhar
para sua carreira prévia. Mais
especificamente, para seu trânsito fácil entre o
setor privado e o governo, a começar pela
gestão tucana de Geraldo Alckmin, onde o
fundador do movimento Endireita Brasil
ocupou seu primeiro cargo público.
Como político, Ricardo Salles foi um fiasco. Ele
concorreu a deputado federal pelo PFL em
2006, a deputado estadual em 2010 pelo DEM,
a vereador pelo PSDB em 2012 (renunciou à
candidatura) e a deputado federal em 2018
pelo Novo. Perdeu todas. O máximo que
conseguiu foi a posição de suplente em 2010
na Assembleia Legislativa de São Paulo. Como
advogado, defendeu construtoras e uma das
herdeiras de Hebe Camargo. Também foi
diretor jurídico da Sociedade Rural Brasileira,
associação que representa os interesses do
agronegócio.
Em 2013, abandonou a advocacia e começou a
trabalhar como secretário particular de
Geraldo Alckmin, então governador de São
Paulo. Nessa época, recebia um salário de R$
12 mil e quase foi preso por não pagar pensão
alimentícia de R$ 3 mil aos filhos. No
processo, alegou que não tinha 'condições
financeiras' para pagar os R$ 28 mil que devia
à ex-mulher pelos meses de pensão atrasada.
No começo do ano seguinte, no entanto, ele
deixou o Palácio dos Bandeirantes e voltou
para o setor privado - para a Vila Olímpia, no
escritório da incorporadora Bueno Netto. Ele
seria encarregado de cuidar do imbróglio
judicial que a construtora tinha com um
empreendimento chamado Parque Global, que
seria um conjunto de dezenas de prédios na
marginal Pinheiros, no Morumbi.
O terreno, que antes pertencia à Light,
companhia elétrica de São Paulo, havia sido
abandonado por contaminação por zinco e
manganês. Foi preparado, comprado,
autorizado pela prefeitura em 2010 e lançado
em 2013 - mas a obra acabou embargada no
ano seguinte pelo Ministério Público por
problemas ambientais e urbanísticos. Segundo
o MP, apenas parte do empreendimento havia
sido autorizada pela prefeitura. O órgão
também exigiu que a construtora retirasse a
Data: 13/05/2019
39
Grupo de Comunicação
terra poluída do local - o que, segundo a
Bueno Netto, inviabilizaria o empreendimento.
Defendida por Salles, a construtora fez uma
reclamação formal contra o Ministério Público,
alegando que já tinha cumprido os pré-
requisitos para a obra. A justiça acabou
embargando o Parque Global, mesmo com a
construtora conversando diretamente com o
governo de Geraldo Alckmin.
O prejuízo chegou a R$ 500 milhões, entre
gastos com publicidade, obtenção de licenças
e manutenção do espaço, fora os R$ 800
milhões da compra do terreno e a obrigação
de devolver o dinheiro de 300 clientes que
compraram apartamentos na planta.
Dos processos milionários envolvendo antigas
sociedades desfeitas para o empreendimento,
a Bueno Netto foi condenada a pagar R$ 160
milhões aos antigos sócios, mas só pagou R$
10 milhões - foi o dinheiro encontrado na
justiça no processo de falência. Ainda no alvo
do Ministério Público paulista, Ricardo Salles
foi investigado por atuar na Bueno Netto,
segundo os procuradores, cometendo fraudes
para blindar o grupo que ele defendia. De
acordo com o MP, mesmo atuando para um
grupo privado, ele se apresentava como sendo
'ligado ao governo do estado'.
O período na iniciativa privada rendeu ótimos
frutos a Ricardo Salles. O ex-devedor de
pensão declarou, na eleição de 2018, um
patrimônio de R$ 8,8 milhões - um aumento
de 4.000% desde sua primeira tentativa de
eleição, em 2006.
Ideologia? Só os outros têm
Salles se tornou secretário estadual do Meio
Ambiente pouco depois, em julho de 2016, na
gestão de Alckmin. Então membro do PP, ele
era próximo à ala do PSDB que apoiava a
candidatura de João Doria à prefeitura de São
Paulo, mas sua presença era incômoda para
parte do PSDB. Quando Salles chegou ao
governo como moeda de troca do PP pelo
apoio a Doria, o tucano Alberto Goldman se
disse 'enojado'.
A adulteração nos mapas aconteceu três
meses depois de sua posse como secretário. E
não foi sua única acusação. Foi investigado
por abrir uma chamada pública para vender
34 áreas do Instituto Florestal - sem passar
pelo rito legislativo. Depois, tentou negociar a
sede do Instituto Geológico para obter
recursos para fusão com outros dois institutos
- sem que eles concordassem, ideia
interrompida pela Procuradoria Geral do
Estado. Em 14 de junho de 2017, o Ministério
Público Estadual acusou o secretário de
advocacia administrativa - ou seja, de
favorecer o interesse privado usando a
administração pública. Neste caso, os
interesses da Bueno Netto, a incorporadora
para a qual ele havia trabalhado.
Pouco antes de deixar a secretaria, em um
evento em Cajati, no Vale do Ribeira, em São
Paulo, Salles se indignou com um busto de
Carlos Lamarca, guerrilheiro de esquerda
morto em 1971. Pediu ao prefeito que
funcionários retirassem o busto. A estátua foi
arrancada e levada por viatura da polícia
ambiental até a capital paulista, e o pedestal,
demolido. A passagem dos guerrilheiros da
Vanguarda Popular Revolucionária, em 1969,
era um atrativo histórico na pequena cidade.
O Ministério Público de São Paulo acusou
Salles de improbidade administrativa
ambiental por ordenar a remoção 'à revelia do
devido processo legal administrativo e apenas
imbuído de patente móvel ideológico
incompatível com o exercício da nobre função
pública que ocupava'. Como secretário do Meio
Ambiente, Salles não tinha poder para tomar a
decisão, de acordo com o MP, mas achou
importante remover qualquer vestígio de
esquerda por onde passou. Uma posição
curiosa para quem hoje diz rechaçar a
'perseguição ideológica'.
No dia 28 de agosto de 2017, Salles pediu
demissão. Segundo o G1, a decisão partiu do
PP, descontente com o desempenho do
secretário. Salles disse que saiu com a
'sensação de dever cumprido' e que voltaria
para o setor privado. Deixou o PP, foi para o
Novo e, pouco mais de um ano depois, voltou
para o setor público no alto escalão de Jair
Bolsonaro.
A favor da 'autodeclaração' das empresas
Com a tragédia de Brumadinho, provocada
pela mineradora Vale, o ministério do Meio
Ambiente assumiu uma inesperada posição
central no início do governo Bolsonaro. O
presidente chegou a cogitar a fusão da pasta
com o ministério da Agricultura - o que, na
prática, submeteria órgãos como o Ibama aos
interesses agropecuários -, mas voltou atrás
Data: 13/05/2019
40
Grupo de Comunicação
após uma dura reação da sociedade civil.
Acabou nomeando, então, o ex-colega do PP,
Ricardo Salles, agora filiado ao Novo.
Com uma campanha eleitoral em que prometia
'munição de fuzil' contra o MST, chamou a
atenção de Bolsonaro. 'Vocês gostaram do
ministro do Meio Ambiente agora, né?', disse
Bolsonaro a ruralistas logo após a escolha, em
um vídeo gravado no Clube Militar de Brasília.
Assim como seu chefe e seus colegas, Salles
chegou ao ministério motivado a extirpar a
'ideologia' de esquerda. Disse que
'perseguição ideológica não é saudável para
ninguém' e que sua gestão seria responsável
por 'harmonizar' os interesses. Seguindo a
cartilha de seu chefe - que queria no
ministério alguém 'sem caráter xiita' e
proteger o meio ambiente sem 'criar
dificuldades para o nosso progresso' -, Salles
disse que no Brasil há um 'descontrole na
aplicação da lei e da fiscalização'.
Depois de Brumadinho, o ministro classificou a
atual lei ambiental como 'complexa e
irracional'. 'Recursos humanos que deveriam
estar focados nas questões de médio e alto
risco estão sendo dispersos. Precisamos de
legislação que funcione, licenciamento que
funcione', disse.
A flexibilização e a simplificação das leis
ambientais é uma demanda de setores como a
mineração e a agropecuária, que fazem lobby
para aprovar o licenciamento para o setor. A
proposta de Salles, defendida antes de
Brumadinho, é que a liberação possa ser feita
com uma 'autodeclaração' - ou seja, o
empreendedor diz que a obra está ok, e a
fiscalização vem depois. Na proposta de
Salles, não fica claro, por exemplo, quem
define o grau de impacto ambiental de uma
obra.
Se depender do histórico de defesa dos
interesses corporativos e 'desburocratização' -
uma palavra bonita que ele usou para
justificar não ter cumprido os ritos tradicionais
dos processos ambientais em seu período
como secretário -, não é difícil deduzir a quem
o seu posicionamento vai beneficiar.
Enquanto Salles recorre da condenação, o
Ministério Público paulista entrou com uma
apelação pedindo que ele seja impedido de
exercer o cargo de ministro. Segundo o MP, a
mudança nos mapas ordenada por Salles
poderia provocar 'gravíssimas consequências'.
Os condenados, segundo os promotores,
agiram 'com a clara intenção de beneficiar
setores econômicos, notadamente a
mineração'. Vale lembrar que a justiça paulista
livrou o ex-secretário - e também a Fiesp - de
uma multa milionária pelos possíveis danos
ambientais decorrentes das alterações. Outro
advogado entrou com uma ação para tentar
impedir que Salles assumisse, mas a justiça
paulista negou o pedido. 'Gostando ou não da
escolha, parece que ainda foi feita dentro do
espaço de discricionariedade política próprio
do cargo de Presidente da República', disse o
juiz na decisão.
Em entrevista à Jovem Pan, o ministro atribuiu
a condenação à perseguição 'ideológica', como
de praxe. O ministro disse que 'esse processo
e a decisão são muito mais um combate
político-ideológico contra a postura que eu
adotei na secretaria do que qualquer
ilegalidade formal'. E que Bolsonaro reconhece
isso.
Apesar das denúncias, Salles assumiu
normalmente o ministério. Sua agenda foi
ocupada, principalmente, por encontros com
ruralistas, empresários, banqueiros e
mineradoras - nenhuma reunião com
ambientalistas e pesquisadores da área
aconteceu em seu primeiro mês no ministério.
Na quarta-feira, 23, se encontrou com
representantes da Frente Parlamentar de
Agropecuária e, logo depois, com Luiz Eduardo
Fróes do Amaral Osório, diretor-executivo de
Sustentabilidade e Relações Institucionais da
Vale. Dois dias depois, a lama desceu sobre
Brumadinho.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22611348&e=577
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Data: 13/05/2019
41
Grupo de Comunicação
Veículo:UOL Notícias
Data: 13/05/2019
Privatização e aumento das tarifas: o que
pode mudar com a MP do Saneamento
Caminha em ritmo acelerado no Congresso a
Medida Provisória 868, que altera o Marco
Legal do Saneamento, conjunto de leis e
diretrizes para a implementação do
saneamento básico nas cidades do país.
Tramitando em regime de urgência, a MP foi
um dos últimos atos de ofício do ex-presidente
Michel Temer (MDB) e hoje é apoiada pelo
governo de Jair Bolsonaro (PSL).
O novo marco já obteve sinal positivo na
comissão mista formada no Congresso, que
votou favoravelmente ao parecer do relator
Tasso Jereissati (PSDB) na última quarta-feira
(8). O projeto foi alterado com emendas e
agora está na mesa diretora da Câmara dos
Deputados.
Desde sua apresentação, a MP vem sendo
criticada por instituições do setor, estudiosos e
pesquisadores. Além do governo, empresários
e multinacionais que atuam com saneamento
são defensores da novas regras e argumentam
que o Estado não está dando conta dos
investimentos necessários.
Uma maior abertura para o capital privado
pode, segundo os críticos, acarretar maiores
tarifas para a população, já que as empresas
privadas não desfrutam dos mesmos
privilégios que as públicas na hora de fazer
um empréstimo, por exemplo, e não têm de
atender determinada função social.
Hoje, estão programadas manifestações em
pelo menos sete capitais contra a MP. Os
protestos serão conduzidos pela Associação
Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
(Abes), com o apoio da Associação Brasileira
das Empresas Estaduais de Saneamento
(Aesbe), da Federação Nacional dos
Urbanitários (FNU) e da Frente Nacional pelo
Saneamento Ambiental.
Como funciona o saneamento no Brasil
A implementação de saneamento básico no
país é regida pela Lei 11.445 de 2007. O
artigo 2º estabelece que o saneamento é o
conjunto de serviços operacionais de:
Abastecimento de água potável;
Esgotamento sanitário, envolvendo coleta,
transporte, tratamento e disposição final no
meio ambiente;
Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;
Drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas.
A titularidade do serviço de Saneamento
Básico é dos municípios, e estes têm três
possibilidades para gerir estas atividades:
Administração pública direta, quando o
município se encarrega de prestar os serviços
de saneamento;
Contratos de programa, instrumento utilizado
pelo município para contratar empresas
estatais (Sabesp, por exemplo) para realizar o
serviço de saneamento;
Licitação para contratação de empresas
privadas.
"Para a época, são normas bem avançadas. A
lei traz elementos inovadores, ela enxerga a
necessidade dos mais pobres. Não acho que
seja um modelo perfeito, as companhias
estaduais têm problemas, mas a ideia de uma
solidariedade entre os municípios maiores e
menores não pode ser ignorada", diz ao UOL
Leo Heller, pesquisador da Fiocruz (Fundação
Oswaldo Cruz) e relator especial da ONU
(Organização das Nações Unidas) sobre o
direito à água e ao saneamento.
Dados de 2017 (último ano analisado)
levantados a partir do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS)
mostram que a situação do abastecimento de
água no país é estável: 93,01% dos
municípios são atendidos.
O tratamento de esgoto, no entanto, é um
problema mais extenso. Segundo o Atlas
Esgotos, elaborado pela Secretaria Nacional de
Saneamento Ambiental e pela Agência
Nacional de Águas (ANA) em 2017, 45% da
população do país não possui tratamento de
esgoto adequado.
Outro problema é o volume de perdas. O país
desperdiça, em média, 38,1% da água
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distribuída, conforme dados do Instituto Trata
Brasil.
Um dos motes da MP do Saneamento diz
sobre a universalização do serviço, garantida
na lei de 2007. Em um dos cenários traçados
pelo Plano Nacional de Saneamento Básico
(Plansab), elaborado em 2013, o país deveria
atingir essa universalização daqui a 14 anos,
com cerca de R$ 300 bilhões de investimentos
no setor entre 2014 e 2033.
Estudo da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) mostra, contudo, um investimento
médio bem menor: entre 2010 e 2017, de R$
13,6 bilhões por ano. O pico foi em 2014,
quando houve R$ 15,2 bilhões de
investimentos em saneamento.
Segundo a pesquisa "Saneamento Básico:
Uma Agenda Regulatória e Institucional", o
país precisaria aumentar esse montante em
pelo menos 60% ao ano (média de cerca de
R$ 21,6 bilhões) para alcançar a
universalização em 2033. Hoje, cerca de 80%
do total de investimentos é público, e 20%,
privado.
Dessa forma, a crise fiscal que assola o país
acabou pavimentando um caminho para os
defensores da iniciativa privada no setor,
partindo do princípio de que os estados não
teriam mais recursos para investir.
Atualmente, são 106 prestadores privados
(Organizações Sociais, empresas privadas e
empresas mistas com administração privada)
e 1.429 públicos (autarquias, administração
pública direta, empresa pública e empresa
mista com administração pública) atuando no
saneamento dos municípios.
"Duas facas no pescoço dos prefeitos"
A principal mudança com a MP do Saneamento
diz respeito à forma de gestão da água e
esgoto dos municípios e, consequentemente, à
entrada de capital privado no setor. A nova lei
de saneamento estabelece que os estados
deverão criar "blocos" de municípios para
negociar a prestação dos serviços.
Segundo Heller, a MP "não está sintonizada
com o mundo". "Houve um aumento das
privatizações nos anos 1980 e 1990, mas esse
processo apresentou fissuras. Depois disso
houve um processo de 'remunicipalização', em
que os contratos foram cancelados por vários
motivos. Isso aconteceu em Buenos Aires,
Paris, Berlim, cidades emblemáticas. Hoje, há
uma certa tendência pelo contrário, para não
privatizar", afirma.
Dois artigos são considerados os mais
delicados pelas instituições contrárias à MP. O
artigo 10 acaba com o modelo de contrato de
programa, ou seja, só restarão duas
possibilidades aos municípios: administração
direta ou licitação. Os contratos que estão
vigentes poderão ser cumpridos, mas, após o
término, os municípios não poderão mais
recorrer a esse tipo de parceria.
"Não vai mais existir alternativa para que as
cidades de São Paulo façam parceria com a
Sabesp, por exemplo. O grande problema
disso são os municípios pequenos. Essa
extinção dos contratos de programa pode
desestruturar o saneamento do país", diz
Roberval Tavares de Souza, presidente da
Abes.
O artigo 13, que libera a alienação das ações
das empresas estatais de saneamento,
também causa preocupação. Na prática, é um
dispositivo legal que permite que essas
empresas sejam privatizadas. A nova lei ainda
cita um "apoio técnico e financeiro" da União
para a venda das ações das empresas
estatais.
Caso as empresas sejam privatizadas, os
contratos de programa com os municípios
poderão ser renegociados. Se os municípios
não aceitarem os novos termos, terão de
pagar indenizações para essas empresas pelos
serviços prestados e "ainda não amortizados".
São duas facas no pescoço dos prefeitos. Eles
não terão saída. Ou pagam as indenizações, e
as cidades estão com problemas fiscais, ou
aceitam as condições da empresa privada.
Para deixar claro, nós somos totalmente a
favor da entrada de capital privado. Mas não
desse jeito
Roberval Tavares de Souza, presidente da
Abes
Presidente da Associação Brasileira das
Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe),
Roberto Cavalcanti enxerga como positivo o
artigo das indenizações, mas diz que acabar
com os contratos de programa é o "pior
equívoco". "No fim, o município não terá
dinheiro para fazer a administração direta e só
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Grupo de Comunicação
vai sobrar a licitação com empresas privadas",
diz à reportagem.
O receio com a MP diz também sobre o
aumento das tarifas. "A grande parte dos
recursos das empresas privadas de
saneamento vem das taxas cobradas, e outra
parte vem dos bancos públicos, por meio de
linhas de financiamentos na Caixa e no
BNDES. Existe uma ideia de que a empresa
privada vai trazer recurso para obras, e não é
assim que funciona", diz o pesquisador Leo
Heller.
"As empresas privadas vão escolher os blocos
de municípios mais rentáveis, e os blocos
menos rentáveis vão sobrar. Obviamente as
taxas podem aumentar para compensar esse
desequilíbrio", afirma Cavalcanti.
Souza e outras pessoas ouvidas pela
reportagem afirmam que a MP do governo não
diz respeito ao saneamento básico, mas tem
como objetivo amenizar a dívida fiscal dos
estados. Em um dos documentos elaborados
pelo governo federal para defender a medida,
o texto é claro ao afirmar que a MP colabora
"com a recuperação fiscal dos estados".
"Estimativas apontam que as empresas
estaduais de saneamento básico podem valer
de R$ 130 a R$ 170 bilhões", diz o
documento.
Do Tocantins para o Brasil
Três entrevistados diferentes ressaltaram que
a MP do Saneamento pode exportar para todo
o país o modelo que vigora hoje no Tocantins.
A principal companhia de saneamento do
estado, responsável pela grande maioria dos
municípios, era a Saneatins, privatizada em
1998 após aquisição do Grupo Odebrecht.
Depois, teve seus ativos vendidos novamente
pela construtora e hoje chama-se BRK
Ambiental.
O modelo tornou-se insustentável em 2010,
quando o governo do estado teve de realizar
um acordo com a empresa e criar uma
autarquia (espécie de empresa pública), a
Agência Tocantinense de Saneamento (ATS).
O contrato foi colocado em prática em 2013, e
a estatal assumiu os serviços de saneamento
de 78 dos 139 municípios do estado. A ATS
também tem de cuidar das quase 300 mil
pessoas que vivem na zona rural --área que
demanda mais investimentos. Já a Odebrecht
Ambiental (hoje BRK) ficou responsável por 47
cidades, entre as mais populosas do estado,
incluindo a capital Palmas.
"A iniciativa privada ficou com o filé e o estado
ficou com o osso", diz Roberval Souza,
presidente da Abes. "É o Tocantins expandido
para o Brasil inteiro. Apostar todo o futuro do
saneamento nesse modelo é muito
preocupante", completa Heller.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22630218&e=577
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FOLHA DE S. PAULO PAINEL
Aceno de Bolsonaro a Moro com vaga no STF dá
força à discussão no Congresso para retardar
aposentadoria de ministros
Dobre a aposta A pretensão de indicar o ministro
Sergio Moro (Justiça) para a primeira vaga que
for aberta no Supremo, anunciada por Jair
Bolsonaro neste domingo (12), pode ser
frustrada pelo Congresso. Integrantes do STF
foram avisados de que uma nova revisão da
chamada PEC da Bengala está sendo discutida
por deputados e senadores. A ideia é incluir no
texto da reforma da Previdência uma emenda
que eleva a idade de aposentadoria obrigatória
de ministros da corte de 75 para 80 anos.
Injeção de ânimo A medida está sendo
rascunhada por caciques do Congresso há
algumas semanas. A fala do presidente em
entrevista ao programa do jornalista Milton
Neves, da rádio Bandeirantes, neste domingo,
tende a dar gás ao movimento.
Segue o barco Se aprovada, a medida pode
estender a permanência dos ministros Celso de
Mello e Marco Aurélio Mello na corte. Pela regra
atual, eles teriam de deixar o STF em 2020 e
2021, respectivamente.
Fica, vai ter bolo Na magistratura, a fala de
Bolsonaro foi interpretada como um “sossega
leão” no ministro da Justiça. A avaliação é o que
presidente quis afagar Moro e impedi-lo de,
diante das dificuldades que enfrenta, abandonar
o governo tão cedo.
Esforço concentrado Em meio à imensa pressão
nas redes sociais e ao bombardeio de grupos de
WhatsApp após a retirada Coaf das mãos de
Moro, o Congresso trabalha para acelerar a
instalação da chamada CPMI das Fake News.
Esforço concentrado 2 Líderes do centrão da
Câmara e do Senado fizeram um apelo a suas
bancadas para que assinem o pedido de criação
da comissão, de autoria do deputado Alexandre
Leite (DEM-SP).
Ponta do lápis Na semana passada, mais de 100
deputados e 15 senadores já tinham chancelado
o pedido. Para que a CPMI seja criada, são
necessárias assinaturas de 171 deputados e 27
senadores.
Explique-se O TCU analisa dois pedidos de
investigação da decisão de Jair Bolsonaro de
suspender uma propaganda do Banco do Brasil.
O tribunal vai pedir explicações ao BB, mas já
tende a abrir uma auditoria para apurar o caso,
avaliando o cumprimento do contrato e seu
cronograma.
Reação Depois de o secretário da Receita
Federal, Marcos Cintra, dizer que o Congresso
está colocando uma “mordaça” no órgão, o
presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirma que
“setores jacobinos tentam desinformar e
subverter” o debate sobre a aprovação da
emenda que limita as atividades de auditores.
Reação 2 “Por que um procurador ou um
delegado precisam de autorização judicial para
ter acesso a dados protegidos por sigilo fiscal e
um auditor não?”, ele questiona. “A resposta é
simples e óbvia: a autorização legal se limita à
administração tributária e aduaneira. Auditor que
compartilha dados sigilosos sem aval judicial
comete crime.”
Vai e volta Após instalar um mal-estar com a
declaração de que “até dízimo de igreja” seria
taxado com a criação de um novo imposto,
Marcos Cintra vai se reunir com o deputado
Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), um dos líderes
da bancada evangélica.
Vai e volta 2 A reunião, chamada pelo presidente
Jair Bolsonaro, também terá a participação do
ministro Paulo Guedes (Economia). Eles vão
tratar de instruções normativas para instituições
religiosas.
Além da fronteira Os três tuítes que o ex-
comandante do Exército, general Eduardo Villas
Bôas, fez na semana passada –incluindo o da
foto ao lado do ministro Santos Cruz (Secretaria
de Governo)–, tiveram 1,8 milhão de interações,
calcularam seus aliados.
Calçada da fama Depois de convidar oficialmente
o apresentador José Luiz Datena para se filiar ao
PSL, dirigentes do partido miram novos famosos
com vistas às próximas eleições. Integrantes da
cúpula da sigla sonham em ter seus quadros
Danilo Gentili e até o dono do SBT, Silvio Santos.
TIROTEIO
A garantia de indicação ao STF é um vergonhoso
pagamento pelos serviços que Moro prestou na
última campanha eleitoral
De Rui Falcão (PT-SP), sobre o presidente Jair
Bolsonaro dizer que assumiu o compromisso de
indicar Sergio Moro (Justiça) ao Supremo
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/05/13/a
ceno-de-bolsonaro-a-moro-com-vaga-no-stf-da-
forca-a-discussao-no-congresso-para-retardar-
aposentadoria-de-ministros/ Voltar ao Sumário
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Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: STJ julgará caso de
mulher que quer garantir direito de morar
com a gata
Marcus Leoni/Folhapress
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) vai julgar na
terça (14) o caso de uma mulher que quer
garantir o direito de morar com sua gata, Nina.
As normas do condomínio em que ela vive não
permite a presença de animais nos
apartamentos.
NÃO PODE
Ela já perdeu a ação em instâncias inferiores da
Justiça e por isso recorreu ao tribunal. Segundo
argumento da defesa, “a norma condominial que
proíbe qualquer tipo de animal dentro do
apartamento consiste em excesso normativo que
fere o direito de propriedade”.
SILÊNCIO
Os advogados dizem ainda que a presença do
animal é possível “se não houver interferência ou
perturbação na saúde e no sossego dos demais
moradores.
DE VOLTA
O vice-presidente Hamilton Mourão, que decidiu
dar um tempo de entrevistas para órgãos da
grande imprensa, nacionais e internacionais, já
tem data para quebrar o silêncio: no dia 28 de
junho, ele será entrevistado na Abraji
(Associação Brasileira de Jornalismo
Investigativo).
MODERADO
O general será questionado por jornalistas e
também pela plateia, que poderá fazer perguntas
com moderação da Abraji.
FILA
Há uma fila de órgãos de imprensa querendo
entrevistar o vice-presidente —só até a semana
passada, seu gabinete contabilizava 116 pedidos
ME ESQUECE
Desde que ele e outros militares entraram na
linha de tiro de Olavo de Carvalho dos filhos de
Jair Bolsonaro, no entanto, o general preferiu
adotar o que ele mesmo define, para amigos,
como “perfil baixo”.
SOB NOVA DIREÇÃO
O executivo Nelson de Souza assumiu na sexta-
feira (10) a presidência do Desenvolve SP. Ele já
presidiu a Caixa Econômica Federal e o Banco do
Nordeste.
TRÂMITES
Souza havia sido indicado ao cargo em fevereiro
pelo governador João Dória. A aprovação e a
formalização do nome pelo Banco Central, no
entanto, só ocorreu na semana passada.
LUZ NÉON
As atrizes Bruna Marquezine e Giovanna Ewbank
foram à abertura da exposição “Devaneios”, do
artista Gian Luca Ewbank, na Luis Maluf Art
Gallery, na quinta (9). O galerista Luis Maluf e a
editora Jessica Andra também compareceram.
QUANTO CUSTA
Uma das principais atrações da Virada Cultural
2019, a cantora Anitta receberá R$ 300 mil da
Secretaria Municipal de Cultura por sua
apresentação no evento. Outros artistas de peso
que também estão na programação, como o
rapper Emicida e a cantora Pabllo Vittar,
receberão R$ 140 mil e R$ 100 mil
respectivamente.
BIS
E a cantora Pitty também fará show na Virada
Cultural.
CANETA
O diretor do Balé da Cidade de SP, Ismael Ivo, se
filiou ao PSDB. O convite partiu do governador
João Doria e faz parte de uma iniciativa do
partido para aumentar a diversidade, com mais
presença de negros e mulheres.
DORIA LÁ
Questionado sobre a intenção de concorrer a um
cargo eletivo no futuro, Ismael Ivo nega. “Mas
não descartaria o Ministério da Cultura em 2022”,
diz o dançarino.
TIRA-DÚVIDAS
Analistas e técnicos de finanças críticos à
proposta da reforma da Previdência irão a
Brasília nesta semana para um plantão na
Câmara. A ideia é tirar dúvidas de
parlamentares, assessores e jornalistas.
LISTA
Já estão confirmados no grupo, entre outros,
Paulo Kliass, ex-secretário da Previdência de
Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Fagnani, da
Unicamp, Denise Gentil, da UFRJ, André Calixtre,
da UnB, e Alexandre Ribeiro Mota, da Unicamp.
RÉGUA E COMPASSO
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Grupo de Comunicação
Os artistas Chico César, Céu, Felipe Cordeiro e
Letícia Sabatella apresentam o espetáculo
“Demarcação Urgente!”, a favor da demarcação
de terras indígenas, no dia 5 de junho, na Casa
Natura Musical. As lideranças indígenas Sonia
Guajajara e Ailton Krenak também vão participar
do show.
BOLA E RAQUETE
O ex-atleta Gustavo Kuerten e o chef Claude
Troisgros foram ao jantar de abertura da
temporada 2019 do campeonato de tênis Roland
Garros, na semana passada, no Consulado Geral
da França, em SP. O cônsul-geral da França em
SP, Brieuc Pont, a consulesa, Bergljot Pont, e a
executiva Rachel Maia também compareceram.
CURTO-CIRCUITO
O livro “A Condição do Fanático Religioso”, do
advogado Tiago Pavinatto, será lançado hoje. A
partir das 18h30, na Livraria da Vila da alameda
Lorena.
A exposição “Integra” abre hoje. Às 14h, no
Museu Catavento.
A revista Vogue comemora 44 anos hoje. Às
20h30, no Bar dos Arcos.
Silvia Furmanovich promove almoço da
lançamento de coleção Obi. Amanhã, no Pavilhão
Japonês.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/05/stj-julgara-caso-de-mulher-que-
quer-garantir-direito-de-morar-com-a-gata.shtml
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Data: 13/05/2019
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Grupo de Comunicação
Espécies em perigo
Cerca de 1 milhão de espécies animais e vegetais
se encontram sob risco de extinção, segundo
relatório da ONU
Tatu-bola, típico do cerrado brasileiro, é uma das espécies ameaçadas - Associação Caatinga/Divulgação
Cerca de 1 milhão de espécies animais e vegetais
se encontram hoje sob risco de extinção —e os
principais responsáveis por essa catástrofe
somos nós. Eis as sombrias conclusões de estudo
das Nações Unidas, o mais abrangente já feito
sobre as ameaças à biodiversidade decorrentes
da ação humana.
Esse cenário alarmante veio se configurando nas
últimas décadas sobretudo em razão de
atividades como queima de florestas para a
abertura de áreas para a agricultura, expansão
de estradas e cidades, exploração madeireira,
caça e pesca, poluição da água e do solo e
transporte de espécies invasivas entre diferentes
partes do planeta.
Acrescenta-se a isso a ameaça emergente do
aquecimento global. Hoje, segundo o relatório da
ONU, a mudança climática constitui o grande
propulsor do declínio na vida natural, ao provocar
alterações em ambientes nos quais muitos
mamíferos, aves, insetos, peixes e plantas
evoluíram.
Mais de 500 mil espécies já não possuem habitat
natural suficiente para garantir sua sobrevivência
no longo prazo, acredita-se.
As consequências do empobrecimento da
biodiversidade e da degradação dos solos têm
impacto direto sobre os seres humanos.
A deterioração já prejudica a produtividade
agrícola em 23% da área terrestre do planeta,
aponta o documento. O declínio das abelhas
selvagens e outros insetos que auxiliam na
polinização de frutas e legumes coloca safras em
xeque.
A perda de manguezais e de recifes de coral ao
longo das costas pode expor até 300 milhões de
pessoas a risco adicional de inundação.
Lidar com esse quadro exige dos governos de
todo o mundo um esforço para aliar
desenvolvimento econômico e preservação
ambiental. Isso se aplica especialmente ao Brasil,
que congrega a um só tempo uma produção
agrícola pujante, a maior biodiversidade do
planeta e sua mais extensa floresta tropical.
As matas asseguram a reposição de recursos
naturais, como água para irrigação, energia
hidrelétrica e abastecimento humano. A
cobertura vegetal amazônica tem impacto direto
sobre o clima de regiões próximas, como o
Centro-Oeste, base do agronegócio nacional.
As mentes mais arejadas do ambientalismo e da
produção já atentaram para os interesses em
comum. Que suas vozes sejam ouvidas.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/05/
especies-em-perigo.shtml
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Data: 13/05/2019
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Além de poluição, seu carro produz psicose
e asma
Gases de escapamento estão deixando jovens
mais perturbados e crianças com a angústia de
não respirar direito
Nesta altura do campeonato de poluição do ar
em que a cidade de São Paulo se sai tão bem,
todo mundo sabe que os gases de escapamento
dos carros fazem mal à saúde. Mas quem iria
imaginar que eles também estão deixando os
jovens mais loucos do que seu normal?
O vínculo entre poluição do ar e psicoses
apareceu dia 27 de março num periódico da
Associação Médica Americana, o Jama Psychiatry.
Para chegar a essa conclusão, o estudo pioneiro
do King's College de Londres acompanhou até os
18 anos 2.232 crianças nascidas na Inglaterra e
no País de Gales em 1994 e 1995.
Só 2.063 (92% do total), é verdade, forneceram
dados sobre experiências psicóticas clínicas
(esquizofrenia) e subclínicas (ouvir vozes,
paranoia). No que se refere a poluentes, o
trabalho concentrou-se em quatro tipos: dióxido
de nitrogênio (NO2), outros óxidos do mesmo
elemento (NOx) e material particulado com
diâmetros menores que 2,5 (MP2,5) e 10 (MP10)
milésimos de milímetro.
Pouco mais de 30% dos jovens (623) relataram
ao menos um episódio psicótico entre os 12 e os
18 anos. Ao cotejar seus locais de residência com
dados sobre poluição do ar, o grupo constatou
que as experiências de psicose eram
significativamente mais comuns entre os que
sofriam maior exposição a poluentes, sobretudo
NO2 e NOx.
Esses gases são produzidos por motores de
veículos que queimam óleo diesel, gasolina ou
etanol. Na cidade de São Paulo, o diesel é o
problema principal (ou seja, ônibus e
caminhões), sendo responsável por 75% das
emissões de óxidos de nitrogênio.
Juntas, essas substâncias no ar explicam
estatisticamente 60% da ocorrência de psicoses
em áreas urbanas. Segundo os pesquisadores,
foram excluídos todos os outros fatores que
poderiam contribuir para os distúrbios mentais,
como status socioeconômico, psicose na família,
tabagismo e outras dependências químicas.
Suas suspeitas recaem sobre mecanismos
biológicos (neuroinflamação) e psicossociais
(estresse). Mas fundamentar de forma inequívoca
um vínculo causal entre poluição e doença
mental exigirá mais estudos.
Bem mais estabelecida está a ligação entre
poluentes e doenças respiratórias. De todo modo,
outro estudo pioneiro, da Universidade George
Washington, na capital dos EUA, estimou o peso
da correlação entre NO2 e a ocorrência de asma
em crianças no mundo todo, com dados de 2010
a 2015.
Conclusão: cerca de 4 milhões de crianças
sofrem um primeiro ataque de asma por
exposição ao dióxido de nitrogênio por ano. Isso
representa 13% de todos os casos pediátricos
novos registrados anualmente.
O caso mais extremo se encontra na China, país
que queima muito carvão mineral —poderosa
fonte de óxidos de nitrogênio"“ para produzir
eletricidade: 8 das 10 piores cidades são
chinesas, com 37% a 49% dos casos atribuídos
ao NO2; as outras são Moscou e Seul, ambas
com 40%.
O estudo saiu em 10 de abril noutro periódico
médico importante, The Lancet Planetary Health.
No caso da capital paulista, os autores estimam
que até um quarto dos casos novos de asma
pediátrica podem ser atribuídos, em princípio, às
concentrações de NO2 na região metropolitana.
O título da coluna, na realidade, contém três
imprecisões: 1. Não é só o seu carro que gera
poluição e doença, mas os de todos nós; 2. Eles
também produzem mudança climática
ameaçadora, na medida em que muitos
compostos poluidores são também gases do
efeito estufa ou mediadores de reações químicas
que os produzem (como o ozônio); 3. A exceção,
claro, são os carros elétricos, que não emitem
esses poluentes.
Marcelo Leite
Jornalista especializado em ciência e ambiente,
autor de “Ciência - Use com Cuidado”.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelol
eite/2019/05/alem-de-poluicao-seu-carro-
produz-psicose-e-asma.shtml
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Data: 13/05/2019
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Grupo de Comunicação
Opinião - Nelson de Sá: Raoni chega à
Europa para 'defender seu povo' contra
Bolsonaro
Nelson de Sá Jornalista, foi editor da Ilustrada.
Às vésperas de nova tentativa de viagem de Jair
Bolsonaro aos EUA, o Washington Post, com
análise e vídeo de seu serviço de checagem, Fact
Checker, questionou o presidente e o chanceler
Ernesto Araújo por buscarem “ressuscitar a
alegação zumbi de que o nazismo era de
esquerda”.
Araújo, no fim de semana, tuitou duas vezes
sobre sua viagem à Europa. Uma com foto ao
lado de Matteo Salvini, político em campanha
eleitoral que vem se associando a Mussolini, a
outra diante de uma imagem do rei polonês Jan
Sobieski, que é idolatrado por terroristas de
extrema direita —da Noruega em 2011 à Nova
Zelândia em março.
Falando ao italiano Corriere della Sera, o
chanceler brasileiro justificou a visita aos dois
países e à Hungria, dizendo: “Porque eles
querem preservar nossas raízes cristãs”.
Em contraste, o líder histórico caiapó Raoni
Metuktire chegou na noite de domingo a Paris,
depois de conceder uma longa entrevista a três
jornalistas do Le Monde, para a capa da edição
de fim de semana do diário francês.
Aos 87, nos 30 anos da viagem célebre que
realizou ao lado do músico Sting, “o cacique
começa uma nova turnê na Europa para defender
a causa de seu povo”. Estão programados
encontros com, entre muitos outros, o papa
Francisco e o presidente da França, Emmanuel
Macron.
'UNIÃO SOVIÉTICA SALVOU O MUNDO DE
HITLER'
Colunista de política externa no WP, Ishaan
Tharoor destacou os 70 anos do fim da Segunda
Guerra na Europa sob o título "Não esqueça
como a União Soviética salvou o mundo de
Hitler" (acima). Anotou que foram a Moscou os
chefes de estado da Índia e da China, "mas não
muitos de seus colegas ocidentais".
HUAWEI ENTRE NÓS
Na americana Foreign Affairs, o especialista em
política externa Oliver Stuenkel, professor da
FGV, escreve que por enquanto “a tentativa de
Washington de enquadrar sua campanha
agressiva contra a Huawei como uma defesa do
Estado de Direito não convenceu muitos na
América Latina”. Ressalta que nem Bolsonaro,
cobrado por Trump na visita que prestou, se
movimentou contra a gigante chinesa de
tecnologia.
INVESTIMENTO PÚBLICO DESABA
Extensa reportagem no Financial Times, com
dados do FMI, anuncia que “Investimento público
nos emergentes cai para o mínimo histórico”.
Sublinha que “o declínio foi particularmente
notável no Brasil, onde o investimento líquido
desabou de 3,9% do PIB em 2010 para 1,3% em
2018”.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nelsonde
sa/2019/05/raoni-chega-a-europa-para-
defender-seu-povo-contra-bolsonaro.shtml
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Data: 13/05/2019
50
Grupo de Comunicação
Bolsonaro defende venda direta de etanol
pela usina
Segundo presidente, medida pode diminuir em
20 centavos litro do combustível e aumentar
competitividade em relação à gasolina
Ricardo Della Coletta
BRASÍLIA
O presidente Jair Bolsonaro também defendeu
neste domingo (12) medidas na área de
combustíveis.
Após reafirmar que “não tem ingerência” na
política de preços da Petrobras, ele disse que os
usineiros deveriam vender etanol diretamente
para os postos de gasolina, sem a necessidade
de intermediação de uma distribuidora.
Segundo Bolsonaro, isso pode diminuir o preço
do litro do etanol em 20 centavos, aumentando a
competitividade desse combustível em relação à
gasolina.
"Se agirmos com racionalidade, temos como
buscar soluções para o nossos problemas",
concluiu o presidente.
Bolsonaro defende que usineiros deveriam vender etanol diretamente para os postos de gasolina, sem a necessidade de intermediação de uma distribuidora. - Diego Vara/Reuters
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05
/bolsonaro-defende-venda-direta-de-etanol-pela-
usina.shtml
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Data: 13/05/2019
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Grupo de Comunicação
Grupo brasileiro perde selo mundial de boas
práticas de manejo florestal por fraude
Fabiano Maisonnave
Em decisão inédita para o Brasil, o FSC (Conselho
de Manejo Florestal), principal selo mundial de
boas práticas de manejo florestal, desassociou a
empresa Jari após comprovar fraudes na
extração de madeira e violações aos direitos de
comunidades extrativistas na divisa do Pará com
o Amapá.
Trata-se da primeira vez que uma empresa é
desassociada desde a abertura do escritório do
FSC no Brasil, em 2001. O Grupo Jari pertence
ao empresário Sergio Amoroso, conhecido por
ações sociais. Ele é presidente do conselho do
Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à
Criança com Câncer), que administra o hospital
paulistano Instituto de Oncologia Pediátrica,
referência nacional de câncer infantojuvenil.
“Após analisar todas as evidências, realizar
visitas de campo e entrevistas aprofundadas com
as partes interessadas, o painel de investigação
concluiu que a empresa Jari esteve envolvida na
extração ilegal de madeira e/ou no comércio de
madeira ou produtos florestais ilegais”, justificou
o FSC.
“[A empresa] também errou ao não reconhecer,
formal e consistentemente, a existência de
comunidades tradicionais dentro de sua área de
manejo, levando à violação de direitos
tradicionais e humanos em suas operações
florestais.”
As conclusões do FSC corroboraram uma grande
investigação conjunta feita em 2015 pelo Ibama,
pela Polícia Federal e pelo Ministério Federal. Ali,
comprovou-se que a Jari Florestal, o braço
madeireiro do grupo, comprou ipê e
massaranduba de dois fornecedores que
fraudavam a origem ilegal da madeira.
A fraude, comum na Amazônia, envolvia
superestimar os inventários de madeira dos
planos de manejos. As quantidades declaradas,
bastante superiores às estimadas por pesquisas
científicas, são usadas para lavar madeira ilegal.
“É dever de uma empresa exigir o cumprimento
dos procedimentos corretos ao comprar madeira,
especialmente em áreas de alto risco, como a
Amazônia. O painel encontrou sérias deficiências
na metodologia que levaram ao seu
envolvimento na extração ilegal de madeira ou
no comércio de madeira ilegal ou produtos
florestais”, afirma o FSC.
Em resposta por escrito, o presidente da Jari
Celulose, Patrick Nogueira foi enganada por
fornecedores de madeira, mas que a empresa
respeita a decisão do FSC.
“A empresa exigiu e recebeu toda a
documentação referente a madeira comprada,
tendo a fraude ocorrido antes e durante a
emissão de tais documentos. Considerando que a
empresa não tem poder de polícia nem
capacidade investigativa, a mesma não percebeu,
na ocasião, estar sendo vítima de fraude”,
escreveu o executivo.
“Todo este processo foi declarado e explicado ao
FSC. Entretanto o mesmo decidiu se desassociar
da Jari, como uma medida preventiva, para
resguardar sua reputação. Embora a empresa
lamente que seu longo histórico com o FSC, de
quase duas décadas, não tenha sido considerado,
nós respeitamos e acatamos a decisão tomada.”
Nogueira afirma que a empresa buscará obter
novamente o selo FSC, principalmente para a
principal atividade, produção de celulose solúvel,
que usa eucalipto plantado como matéria-prima.
A Jari Florestal está atualmente inativa e sem
planos de retomar as atividades, diz o executivo.
“Essa decisão não foi tomada em função da
decisão do FSC, mas em função da
impossibilidade de operar tal negócio de forma
economicamente sustentável.”
O Grupo Jari tem origem em um dos projetos
mais mirabolantes já implantados na Amazônia.
Foi idealizado pelo empresário americano Daniel
Ludwig, que em 1978 trouxe rebocada do Japão
uma fábrica de celulose de 17 andares,
abastecida por dezenas de milhares de hectares
de eucalipto plantado no entorno.
O negócio não deu certo, e Ludwig vendeu a
empresa no início dos anos 1980. Amoroso
comprou o empreendimento em 2000, mas
também enfrenta dificuldades. Endividado, o
Grupo Jari atualmente busca um sócio para o
negócio no Pará.
Além de corroborar as investigações de 2015, o
FSC investigou a relação da empresa com a
população local. Concluiu que o Grupo Jari
“deixou de reconhecer a existência de
comunidades tradicionais dentro de sua área de
manejo florestal de uma maneira completa,
consistente e formal.”
Data: 13/05/2019
52
Grupo de Comunicação
O FSC diz que a empresa reconhece a existência
de 98 comunidades tradicionais, mas que sua
área de influência abriga 150. Além disso, o
Grupo Jari não permite direitos como o acesso
dessas populações à floresta para prática do
extrativismo, como a coleta de castanha.
“O painel conclui que o acesso limitado dessas
comunidades a esses recursos naturais (aos
quais historicamente tinham acesso) impostos
pela empresa impacta negativamente o bem-
estar e a subsistência dessas comunidades”, diz o
FSC.
A prática foi negada com veemência por
Nogueira: “A empresa jamais vetou acesso de
qualquer comunidade a qualquer recurso natural.
Prova disso pode ser obtida através de uma
simples visita a localidade e entrevistas locais. Ao
contrário, a empresa estimula o desenvolvimento
e a sustentabilidade de comunidades locais,
tendo atuado através da Fundação Jari em
inúmeros projetos de grande interesse destas
comunidades.”
Em anexo à entrevista por escrito, o executivo
enviou um vídeo institucional com depoimentos
de moradores da região.
Sobre a divergência com relação ao número de
comunidades tradicionais, afirmou: “O número de
98 comunidades reconhecidas pela companhia
data do ano de 2000, quando a empresa
comprou o controle da Jari Celulose e executou
um minucioso levantamento sócio ambiental,
inclusive com fotos de satélite que comprovam
que, na ocasião, este era o número de
comunidades do local.”
“Entretanto a empresa nunca se negou a
reconhecer novas comunidades, apenas não
concorda que as mesmas sejam classificadas de
‘tradicionais’, uma vez que não estavam
presentes em 2000 no local”, escreveu Nogueira.
Cronologia do Projeto Jari
1967. O empresário americano Daniel Ludwig
adquire cerca de 1,4 milhão de hectares entre o
PA e o AP. O objetivo principal era plantar
árvores para alimentar uma fábrica de papel.
1978. Construída no Japão, fábrica de 17 andares
de altura é rebocada até o rio Jari, um percurso
de cerca de 27 mil km. Cerca de 100 mil hectares
haviam sido desmatados pela empresa, que
também construiu uma grande vila a seus
funcionários, Monte Dourado (PA).
1982. Após vários problemas, Ludwig vende o
projeto a um grupo de empresários brasileiros,
com participação do Banco do Brasil.
1983. Para proteger reservas minerais de
empresas estrangeiras, ditadura militar cria a
Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados),
o que inclui parte das terras do Projeto Jari.
1987. Com a atração populacional promovida
pela empresa, é criado o município de Laranjal do
Jari. Primo pobre de Monte Dourado, separados
pelo rio Jari, é a terceira cidade do Amapá, com
47 mil habitantes.
2000. O Grupo Orsa, do empresário paulista
Sergio Amoroso, compra o empreendimento.
Paga apenas R$ 1, mas assume dívida de US$
415 milhões.
2004. O Grupo Jari recebe seu primeiro
certificado do FSC (Conselho de Manejo
Florestal), selo que chancela boas práticas de
manejo florestal, para exploração de madeira, via
empresa Jari Florestal.
2013 e 2014. Fábrica da Jari Celulose paralisa
produção e passa por reformas de modernização.
2015. Investigação conjunta do Ibama, do MPF e
da PF aponta que a Jari Florestal participava de
um esquema de lavagem de madeira. A fraude
envolvia ipê e massaranduba, duas madeiras
nobres.
2017. Cerca de 500 trabalhadores de uma
empresa terceirizada da Jari Celulose são
demitidos. Atualmente, o empreendimento tem
cerca de 3.000 funcionários diretos e indiretos.
Certificação do FSC é suspensa como medida
preventiva.
2019. Após investigação própria, FSC desassocia
o Grupo Jari por causa de fraudes no comércio de
madeira e violações em direitos humanos. É a
primeira empresa do país a receber essa sanção.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
5/grupo-brasileiro-perde-selo-mundial-de-boas-
praticas-de-manejo-florestal-por-fraude.shtml
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Data: 13/05/2019
53
Grupo de Comunicação
ESTADÃO ELIANE CANTANHÊDE – Tsunami
Está cada vez mais claro que os alvos do
presidente Jair Bolsonaro são ditados por
ideologia, numa guerra santa contra
"esquerdopatas", reais ou imaginários, em áreas
estratégicas do País. De um lado, escancara a
posse e o porte de armas. De outro, atira em
universidades, pesquisas, área de Humanas,
ambiente, ONGs e conselhos.
Ao reagir ao tal Olavo de Carvalho, o ex-
comandante do Exército Eduardo Villas Bôas
disse que, "substituindo uma ideologia pela
outra, (ele) não contribui para (...) a solução
concreta dos problemas brasileiros". Perfeito.
Nota mil.
Pois o presidente Bolsonaro governa como se não
houvesse nada além de direita versus esquerda.
Depois de tantos anos sujeito aos erros da
esquerda, o Brasil está à mercê dos erros da
direita.
Depois de partir para cima das universidades,
onde jovens continuam sendo jovens, aqui e em
toda a parte, o governo desloca suas
metralhadoras, fuzis, revólveres e todos os
cartuchos contra o Meio Ambiente, uma das
áreas do Brasil com maior prestígio no mundo,
pela biodiversidade invejável, pelo rigor das leis,
pela credibilidade de especialistas e técnicos.
Desde a campanha, Bolsonaro já demonstra, no
mínimo, um desconhecimento e um desdém pela
preservação e a sustentabilidade. Seu chanceler,
Ernesto Araujo, foi além ao falar ironicamente
em "ambientalismo", que seria uma militância a
serviço das esquerdas internacionais, junto com
Direitos Humanos, por exemplo, para destruir os
valores cristãos do Ocidente.
Depois, Bolsonaro pensou até em extinguir o
ministério. Desistiu, mas escolhendo um ministro
praticamente alheio à problemática ambiental, o
advogado e administrador Ricardo Salles. E, ao
assumir a Presidência, passou a usar o cargo
para uma revanche.
Em janeiro, o Ibama anulou a multa aplicada ao
cidadão Jair Bolsonaro por pescar na Estação
Ecológica de Tamoios, em Angra dos Reis (RJ), o
que é proibido por lei. Em março, o fiscal que
cumpriu a lei foi exonerado. Na semana passada,
a retaliação foi ampliada para a própria Estação
de Tamoios, quando o agora presidente, numa
"visão progressista", disse que ela "não preserva
nada" e defendeu transformá-la na "Cancún
brasileira", trazendo bilhões de reais para o
turismo.
Essas investidas combinam à perfeição com
todos os passos do Ministério do Meio Ambiente,
que pretende, por exemplo, liberar leilões de
exploração de petróleo no Parque Nacional de
Abrolhos (BA), um santuário ecológico admirado
em todo o mundo.
Além de trocar especialistas e técnicos do Ibama
e do Instituto Chico Mendes por militares, o
ministro também anuncia, como vem noticiando
o Estado, que vai promover uma revisão geral
das 334 áreas de proteção ambiental do País e
abrir a concessão de paraísos como os Lençóis
Maranhenses (MA), a Chapada dos Guimarães
(MT) e o Parque Nacional de Jericoacoara (CE) à
iniciativa privada. Nada contra a iniciativa
privada, mas é preciso saber exatamente como e
com que objetivos esses tesouros nacionais serão
usados.
Oito ex-ministros do Meio Ambiente, de
diferentes partidos e tendências, estão
estupefatos e preocupados. Eles defendem o
diálogo e focam no governo, não em Salles.
Acham que ele não sabe nada da agenda
ambiental federal, estadual e internacional e "age
como o ministro da agricultura, da exploração e
da mineração na área ambiental".
Bolsonaro previu "um tsunami" nesta semana.
Não se sabe o que será. O fato é que ele atrai a
ira de professores, estudantes, artistas,
ambientalistas, a área de direitos humanos e a
comunidade internacional. Mas isso é política. O
principal é que o meio ambiente não comporta
arrependimento. Depois de destruir, é impossível
recompor.
Ao mirar o Meio Ambiente, Bolsonaro assusta e
alimenta a oposição a ele na sociedade
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0
&n=22602699&e=577
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Data: 13/05/2019
54
Grupo de Comunicação
Indo à forra - Política - Estadão
Vera Magalhães, O Estado de S.Paulo
A vitória de Jair Bolsonaro, contra o
establishment e todas as previsões, e quebrando
um ciclo de alternância de poder no campo da
centro-esquerda, levou ao poder um presidente e
um entorno imbuídos do sentimento de
revanche. “Agora chegou a nossa vez”, parecem
pensar, ou mesmo dizer, a cada anúncio de
casuísmos travestidos de políticas públicas.
Depois de anos acusando a esquerda de
vitimização e de fazer mimimi identitário, o que
mais se vê são os filhos do presidente, ministros
e assessores colocados em cargos para aparelhar
o Estado com uma conversinha jeca de que a
direita passou anos sufocada, lendo Olavo de
Carvalho quase como sinal de resistência heroica,
e agora foi finalmente reconhecida pelo povo
oprimido pela sua superioridade ideológica e,
portanto, está legitimada para empurrar essa
agenda goela abaixo da sociedade, do Congresso,
do Judiciário e de quem mais ousar reclamar.
Bolsonaro foi multado praticando pesca
submarina em local proibido? Revogue-se a
multa! Libere-se a pesca! Vamos transformar a
região de Angra dos Reis na Cancún brasileira.
Estudo de impacto ambiental e de viabilidade
turística da região? Para quê, ora bolas? O
presidente curte esse esporte, um dos poucos
que poderá praticar agora, depois do atentado
que sofreu. Vamos liberar logo, de preferência
por decreto.
O “capitão” adora armas, paixão que passou para
os filhos 01, 02 e 03. Passou a vida como
parlamentar do baixo clero defendendo essa
pauta, que levou à campanha eleitoral e aos
discursos de posse. Então vamos tratar de liberar
a posse e o porte de armas, sempre por decreto.
Ao voluntarismo e aos caprichos de um
presidente ansioso em transformar o Brasil na
extensão de seu condomínio na Barra da Tijuca
somam-se a legião de fanatizados e os lobbies
interessados na liberação das armas.
Diante de tal conluio, às favas com escrúpulos
mínimos, como verificar a constitucionalidade de
se mudar a legislação por decreto quando o
próprio ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
tem projeto de lei a respeito e deu inúmeras
entrevistas admitindo que, diferentemente da
posse, o governo sabia que não poderia mexer
no porte sem que isso passasse pelo Congresso.
O mesmo espírito de “agora é a nossa turma que
está no poder” perpassa políticas ambientais,
educacionais e culturais. Bolsonaro sempre foi
criticado nos meios universitários, intelectuais e
artísticos? A hora é de implodir isso aí, talquei? Ir
à forra, jogar o peso do Estado sobre os antigos
detratores, nem que seja ao custo de provocar a
paralisação de pesquisas, estigmatizar toda uma
indústria que gera emprego e renda, como a da
cultura, e condenar alunos de Humanas à asfixia
de seus cursos. O que vale é a narrativa, é
esmagar o inimigo, nem que seja imaginário.
Tudo isso anabolizado por postagens delirantes
do filho estrategista e que mostram um fascínio
indisfarçado pela perversão: assim como o vídeo
do golden shower brotou primeiro nas redes
militantes e foi alçado à expressão do carnaval
brasileiro, cenas de pessoas peladas ou de sexo
grupal são postadas e enviadas por WhatsApp
como se representassem o dia a dia das
universidades públicas. É ridículo e acintoso que
autoridades adotem esse tipo de mentira de
forma deliberada.
Mas a cantilena está cansando e não cola para
além dos convertidos e defensores da revanche.
Bolsonaro deve enfrentar protestos robustos
nesta quarta-feira contra o desmonte da
Educação. Seria de bom alvitre entender que
governar não é decorar a casa com as
bugigangas cafonas de que gosta, mas propor
políticas baseadas em necessidades, dados e
evidências e que atendam à maioria da
população, independentemente de sua ideologia
ou de em quem tenha votado.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ind
o-a-forra,70002825232
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Data: 13/05/2019
55
Grupo de Comunicação
O licenciamento ambiental - Opinião -
Estadão
A Constituição de 1988 assegurou, em seu art.
225, que “todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações”. Para assegurar a
efetividade desse direito, a Carta Magna impôs
ao Estado alguns deveres, como, por exemplo, o
de “exigir, na forma da lei, para instalação de
obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade”. Ou seja, onde houver risco de
significativa degradação deve-se antes realizar
um estudo de impacto ambiental.
Sendo absolutamente razoável, essa exigência
constitucional de estudo prévio foi sendo
desvirtuada no correr do tempo, com a criação
de inúmeras regras burocráticas. Em muitos
casos, essa complexidade normativa guarda
pouca relação com a preservação efetiva do meio
ambiente, sendo, a rigor, apenas um elemento
de entrave à atividade econômica, mesmo
quando ela não representa riscos para um
ambiente ecologicamente equilibrado.
Diante dessa situação de muitas normas e pouca
efetividade, é urgente regulamentar
adequadamente o dispositivo constitucional sobre
o licenciamento ambiental. Há no Congresso
vários projetos de lei sobre o tema, mas ainda
não se aprovou uma Lei Geral do Licenciamento
Ambiental. A principal iniciativa da Câmara dos
Deputados para regulamentar o art. 225 da
Constituição é o Projeto de Lei (PL) 3.729/2004,
que tramita há 15 anos. Recentemente, o
deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) assumiu a
relatoria do projeto, com a missão de submetê-lo
à votação pelo plenário da Câmara em regime de
urgência. Junto ao PL 3.729/2004, foram
reunidas outras iniciativas sobre o tema.
A proteção do meio ambiente é um assunto que
envolve muitos interesses. Bastou a notícia de
que o Congresso voltava a dar andamento ao PL
3.729/2004 para que 80 organizações não
governamentais divulgassem nota de repúdio ao
projeto. Questionado sobre essa reação contrária
à proposta de Lei Geral do Licenciamento
Ambiental, o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez um
chamado ao bom senso: “Como eles (as ONGs)
podem ficar contra algo que não conhecem?”.
Ainda não se chegou à redação final do projeto a
ser votado. “Vamos trabalhar a construção do
texto ouvindo a todos”, disse Rodrigo Maia. A
ideia é que o PL 3.729/2004 traga mais equilíbrio
ao tema. A versão a que o Estado teve acesso
isenta, por exemplo, os produtores rurais da
necessidade de pedir licenciamento ambiental
para o cultivo agrícola ou criação de gado em
suas propriedades. O projeto libera também a
silvicultura - as plantações de florestas de
eucalipto - da exigência de licenciamento.
“Não faz sentido o produtor começar o
licenciamento ambiental do zero porque plantava
algodão em um ano e, no outro, vai usar a área,
já desmatada, para plantar milho”, disse o
relator. Pela atual legislação, o agricultor é
obrigado a obter uma nova licença mesmo
quando o solo é de uso alternativo.
Uma Lei Geral do Licenciamento Ambiental deve
trazer maior segurança jurídica, o que
certamente reduzirá custos. Atualmente, os
gastos com licenciamento ambiental podem
chegar a até 27% do valor do empreendimento.
O objetivo, segundo o relator, é alcançar “um
equilíbrio entre o setor produtivo e os
ambientalistas, para que o licenciamento
ambiental deixe de ser uma mera burocracia, um
fator que atrapalha, para ser parte do
planejamento estratégico do empreendimento e
auxilie no desenvolvimento”.
Do mesmo modo que o Congresso conseguiu
encontrar uma solução equilibrada com o Código
Florestal de 2012, é hora de repensar o
licenciamento ambiental. Ele tem uma finalidade
constitucional precisa, que não pode ser
abandonada. O cidadão tem direito a um meio
ambiente ecologicamente equilibrado.
Data: 13/05/2019
56
Grupo de Comunicação
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,o-licenciamento-
ambiental,70002824248
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Data: 13/05/2019
57
Grupo de Comunicação
Governo quer conceder 20 parques
nacionais à iniciativa privada este ano –
Sustentabilidade - Estadão
BRASÍLIA - O governo planeja repassar ainda
este ano para a iniciativa privada, em um modelo
de concessão, pelo menos 20 unidades de
conservação. O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, disse ao Estado que Jericoacoara
(CE), Lençóis Maranhenses (MA), Chapada dos
Guimarães (MT) e Aparados da Serra (RS) estão
entre as prioridades que serão ofertadas para
administração de empresas privadas interessadas
em explorar as regiões, com oferta de serviços e
turismo. O ministro define o modelo como “toma
que o filho é teu”.
Os 20 parques que vão entrar no pacote de
concessão até o fim deste ano são hoje
controlados pelo Instituto Chico Mendes de
Biodiversidade (ICMBio) e incluem algumas das
regiões de belezas naturais mais conhecidas do
País. As quatro unidades que serão ofertadas
inicialmente são visitadas hoje por 450 mil
pessoas por ano.
O ministro explicou o objetivo do governo com as
concessões. “A gente tem de dar uma destinação
econômica para as unidades de conservação,
para diminuir a dependência do orçamento
público. Senão, essas áreas não terão saída”,
disse Salles. “Você pode fazer o discurso mais
bonito do mundo sobre o meio ambiente, mas, se
não dermos uma mais-valia econômica para as
unidades de conservação, estaremos sempre a
reboque do orçamento federal.”
Questionado sobre o modelo de concessão, o
ministro disse que a ordem é repassar às
empresas tudo o que for possível, mantendo o
mínimo sob a alçada do governo. “A concessão
do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
por exemplo, feita no fim do ano passado, foi
péssima. Fizeram uma concessão meia-boca, de
alguns serviços, dizendo que 80% tinha de
continuar sob o comando do ICMBio” declarou
Salles. “O resultado é uma concessão em que o
empreendedor não tem quase nenhuma
liberdade de atuação. Vamos inverter a lógica
dessas concessões. Vamos estabelecer um
mínimo de restrições. De resto, toma que o filho
é teu”, complementou.
No caso de Aparados da Serra, segundo o
ministro, o governo pretende fazer “oferta em
bloco”, reunindo em um mesmo pacote as
unidades de Aparados da Serra, Serra Geral, São
Francisco de Paula e Canela.
Revisão
O plano de concessões de florestas protegidas faz
parte de uma política preparada para as unidades
de conservação do País. Nesta sexta-feira, 10, o
Estado revelou que a administração federal
pretende revisar a criação de todas as 334
unidades administradas pelo ICMBio.
A ideia do governo é alterar a categoria das
unidades para permitir a exploração comercial
das áreas e, em algumas situações, alterar o
perímetro. A iniciativa surpreendeu organizações
socioambientais, que criticaram o plano do
governo. O coordenador de políticas públicas do
Greenpeace, Marcio Astrini, classificou a medida
como “um retrocesso sem precedentes”. As
alterações só podem ser feitas por meio de
projeto de lei, o que significa que precisam ser
analisadas e aprovadas pelo Congresso Nacional.
Segundo Ricardo Salles, as revisões são
necessárias porque teriam sido criadas sem
critérios técnicos. “Nós não somos contra as
unidades de conservação, mas, de 2006 para cá,
várias unidades foram criadas sem critério, na
base do voluntarismo, sem cuidados para evitar
conflitos. Não estudaram o nível de restrição que
teria em cada área”, comentou. “Essa falta de
planejamento é a prova do açodamento e da falta
de critério, não só da categoria dada à unidade,
mas também do perímetro que foi definido.”
A redefinição de áreas, na avaliação do MMA, é
necessária para resolver passivos financeiros
porque, em muitos casos, famílias que viviam em
áreas que foram delimitadas não receberam as
indenizações previstas. “Criaram restrições para
famílias que viviam nos locais sem o mínimo
planejamento financeiro. É um calote
premeditado. Você inviabiliza a vida das pessoas
no local, já sabendo que não vai poder pagar as
indenizações. Só no Parque Nacional de Campos
Gerais, a dívida está estimada em R$ 2 bilhões
para retirar e indenizar as famílias”, disse Ricardo
Salles.
O ministro tem sido alvo de críticas constantes de
ambientalistas e servidores públicos que atuam
na pasta. Ele é acusado de patrocinar um
Data: 13/05/2019
58
Grupo de Comunicação
“desmonte” de compromissos e políticas
ambientais assumidas há décadas pelo País.
Sem dinheiro
A falta de recursos de órgãos como o ICMBio e o
Ibama, vinculados ao Ministério do Meio
Ambiente, passa pelos cortes que atingiram
todas as pastas do governo federal. No mês
passado, o MMA recebeu a ordem de cortar
100% das emendas parlamentares que estavam
previstas para os dois órgãos. O corte sobre o
orçamento geral da pasta previsto no início do
ano ficou em 24%.
No ICMBio, as ações de criação e gestão das
unidades de conservação tiveram corte de 26%,
chegando a R$ 45 milhões. Os recursos que
seriam usados na administração da unidade sede
também perderam 22%, redução de R$ 15,1
milhões.
O Ibama teve seu orçamento reduzido de R$
368,3 milhões, conforme constava na Lei
Orçamentária, para R$ 279,4 milhões. O governo
diz que contingenciamento não é corte e, quando
a reforma da Previdência for aprovada, o valor
será recomposto.
FICHA TÉCNICA
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
>> Criado em 1981
>> Área total de 155 mil hectares, sendo 90 mil
de dunas livres e lagoas
>> Abrange os municípios de Barreirinhas, Santo
Amaro e Primeira Cruz (MA)
>> Recebe mais de 100 mil pessoas por ano
Parque Nacional Chapada dos Guimarães
>> Criado em 1989
>> Área total de 32.630 hectares
>> Abrange os municípios de Chapada dos
Guimarães e Cuiabá (MT)
>> Recebe mais de 100 mil pessoas por ano
Parque Nacional de Jericoacoara
>> Criado em 2002
>> Área total de 8.416 hectares
>> Abrange os municípios de Jijoca de
Jericoacoara, Cruz e Camocim (CE)
>> Recebe cerca de 150 mil pessoas por ano
Parque Nacional de Aparados da Serra
>> Criado em 1959
>> Área total de 30.400 hectares, incluindo
Serra Geral
>> Abrange os municípios de Cambará do Sul e
Praia Grande (RS)
>> Recebe cerca de 100 mil pessoas por ano
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,governo-quer-conceder-20-parques-
nacionais-a-iniciativa-privada-este-
ano,70002824450
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Data: 13/05/2019
59
Grupo de Comunicação
Seu forno a gás faz mal ao meio ambiente -
e à sua saúde
Internacional - Estadão
Temos uma boa notícia que pode parecer uma
má notícia: você vai ter de se livrar de seu forno
a gás.
Sabemos como você vai se sentir ao ler essas
palavras. Nós também adorávamos cozinhar
usando o gás. Mas se nossa sociedade pretende
resolver a crise climática, uma das coisas que
precisamos fazer é parar de queimar gás em
nossos edifícios.
Ninguém vai chorar se for obrigado a trocar o
modelo do aquecimento doméstico por uma
alternativa mais eficiente. Mas os fornos a gás
despertam uma resposta emocional, e a indústria
do gás sabe disso. Vendo essa luta no horizonte,
a indústria já está preparando a propaganda com
fotos idílicas de chamas azuis. O que as
empresas de gás não dizem é que seu forno é
um perigo não apenas para o clima global, mas
para a saúde da sua própria família. Tudo será
explicado em breve.
Precisamos 'eletrizar tudo' para uma rede elétrica mais limpa. Foto: Angie Wang
Primeiro, um pouco de contexto global: a
necessidade de enfrentar a mudança climática é
mais do que urgente. Nosso tempo está se
esgotando. Nos próximos dez anos, apenas nos
Estados Unidos, será preciso cortar pela metade
poluição para que o país faça sua parte na
preservação de um planeta habitável.
Apesar do governo Trump, os EUA estão
progredindo em algumas áreas. O país está
aposentando as usinas de carvão em um ritmo
recorde, e metade delas já foi desativada. Uma
nova onda de ambição para combater a mudança
climática está varrendo as assembleias
legislativas estaduais este ano conforme um
número cada vez maior delas se compromete
com a geração de energia 100% limpa ou debate
como fazê-lo. Mas, independentemente desse
progresso, o Rhodium Group estima que as
emissões de gases-estufa nos EUA tenham
aumentado 3,4% no ano passado em relação ao
ano anterior, um dos maiores saltos observados
nas últimas décadas.
A queima do gás é, agora, uma fonte dessa
poluição maior do que a queima do carvão, e
quase um terço desse gás é queimado nos lares
e edifícios comerciais. Mas, apesar de um
crescente refrão de promessas climáticas feitas
por governos estaduais e locais, nenhuma delas
enfrentou de fato a questão do gás nos edifícios.
Na verdade, as empresas de gás ainda têm
permissão para gastar bilhões com a extensão de
novas linhas, uma infraestrutura que terá de ser
restringida muito antes do fim de sua vida útil se
quisermos atingir nossas metas climáticas.
Tirar o gás dos edifícios existentes é um processo
que claramente levará algum tempo e, com isso,
os novos edifícios são o lugar certo para
começarmos a superar esse vício. E a Califórnia
deve ser a primeira.
Em Berkeley, a vereadora Kate Harrison propõe
uma proibição às instalações de gás em novas
construções, parte de uma iniciativa para
garantir que a cidade cumpra o estabelecido em
sua declaração de "emergência climática" de
2018. Outras cidades estudam o tema, e Los
Angeles anunciou recentemente um plano
ambicioso. Depois que as cidades da Califórnia
mostrarem como isso pode ser feito, esperamos
que o restante dos EUA aja de acordo.
O objetivo final dessa substituição é fazer com
que uma parcela cada vez maior da economia
seja movida a eletricidade, estratégia conhecida
como "eletrizar tudo". Isso faz sentido, pois,
conforme a eletricidade renovável substitui os
combustíveis fósseis, a rede elétrica vai se tornar
cada vez mais limpa.
Talvez os leitores mais velhos estejam pensando:
espere aí. Os lares elétricos "medalha de ouro"
eram promovidos meio século atrás, em uma
época em que os preços da eletricidade estavam
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Grupo de Comunicação
em queda. Lares desse tipo foram muito
alardeados pela indústria elétrica e por Ronald
Reagan, representante dos interesses da General
Electric. Mas eles se tornaram um problema para
seus proprietários quando os preços da
eletricidade aumentaram.
Por que os lares totalmente elétricos fazem
sentido agora? Porque a tecnologia foi
aprimorada, sob a forma de dispositivos
chamados bombas de calor. Elas funcionam com
eletricidade, mas de maneira muito mais
eficiente do que os eletrodomésticos da geração
de nossos pais. Assim, se começarmos a instalá-
las agora, quando a rede elétrica se tornar mais
limpa, nossos edifícios passarão a contribuir cada
vez menos para a mudança climática.
Talvez você nunca tenha ouvido falar em bombas
de calor, mas já há uma delas na sua casa. A
bomba de calor é a tecnologia central da sua
geladeira. Trata-se de um circuito envolvendo
uma bomba e um compressor que absorvem o
calor do ar interior e o expelem na cozinha, e
isso ocorre mesmo quando o interior da geladeira
é mais frio que o ambiente externo.
Uma bomba de calor pode substituir tanto o
aquecedor quanto o ar-condicionado. No inverno,
ela absorve o calor do lado de fora, mesmo
quando o clima estiver frio, soprando o calor
dentro de casa. No verão, a bomba de calor
funciona ao contrário, resfriando o lar.
Construir um novo lar totalmente elétrico usando
um sistema de bombas de calor já é mais barato
do que construir um lar para o uso do gás porque
se evita o custo do terminal de gás e da
ventilação. Para os lares mais antigos, os
números variam; um estudo do Rocky Mountain
Institute revelou que o custo de instalação e
operação de uma bomba de calor o longo da sua
vida útil pode ser mais barato ou mais caro do
que um sistema de gás (a variação é de
aproximadamente 10%). E, conforme as bombas
de calor se tornarem equipamento-padrão nas
novas construções, o mercado vai produzi-las em
maior escala, derrubando o custo para todos os
lares.
Os fornos usam pouca energia, mas, enquanto as
pessoas não se convencerem de que há
alternativas superiores ao forno a gás, não
conseguiremos nos livrar dos terminais de gás
nos edifícios - o que nos ajudaria a poupar muito
dinheiro com o fechamento do sistema de
distribuição do gás.
Mais uma vez, a tecnologia ofereceu uma
resposta. Os cooktops de indução, que funcionam
com eletricidade, são superiores aos fornos a
gás. Esses dispositivos usam ondas magnéticas
para aquecer panelas, e os cozinheiros que os
experimentam logo ficam apaixonados. A suposta
vantagem dos fornos a gás é controlar com
precisão o calor, mas os cooktops de indução são
mais exatos, e mais rápidos. Por enquanto, os
cooktops ainda são mais caros do que os fornos a
gás.
Uma mudança coletiva para a cozinha por
indução faria sentido mesmo se o clima não fosse
nossa preocupação, pois os fornos a gás estão
poluindo nossos lares. Nos dez anos mais
recentes, um crescente número de evidências
científicas mostrou que os fornos a gás produzem
poluentes como dióxido de nitrogênio e monóxido
de carbono. Quando cozinhamos, esses poluentes
invisíveis podem facilmente alcançar níveis que
seriam considerados ilegais no ambiente externo,
mas as leis americanas para a limpeza do ar, por
exemplo, não vigoram dentro de casa.
Os cientistas associam os fornos a gás a ataques
de asma e hospitalizações. Em 2008, cientistas
da Universidade Johns Hopkins, em Maryland,
insistiram para que os médicos aconselhassem
pais de crianças asmáticas a se livrarem dos
fornos a gás, ou ao menos instalarem poderosas
coifas de exaustão. A asma é uma doença
descontrolada e discriminatória, que afeta
principalmente as crianças e as comunidades de
negros e hispânicos.
Por questões climáticas e de saúde, acreditamos
que as pessoas que podem arcar com o custo
dessa mudança no momento não devem
aguardar uma queda nos preços. Contrate um
bom empreiteiro, substitua os eletrodomésticos a
gás por bombas de calor e feche o terminal de
gás. Ao mesmo tempo, programas estaduais de
incentivo devem ser anunciados para garantir
que todas as famílias possam fazer essa
transição o mais rápido possível,
independentemente de sua renda.
O quanto antes fizermos a mudança, mais cedo
poderemos mostrar aos vizinhos nosso novo
cooktop de indução, ensinando a eles que os
lares totalmente elétricos estão de volta, e no
momento certo.
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Grupo de Comunicação
Bruce Nilles é diretor administrativo do Rocky
Mountain Institute, onde deu início a um
programa de eletrização de edifícios. Justin Gillis
foi repórter do Times cobrindo o setor ambiental.
Tradução de Augusto Calil
https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt
iw,seu-forno-a-gas-faz-mal-ao-meio-ambiente-e-
a-sua-saude,70002822046
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Data: 13/05/2019
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Grupo de Comunicação
CIDA DAMASCO: Sinal de alerta
Não é mais questão de paciência. Passou o
"período de experiência" de 100 dias e não há
sinais claros do que virá pela frente. Pode até
parecer, à primeira vista, que o governo está
parado. Mas, na verdade, o presidente e pelo
menos parte de sua equipe - incluindo o guru
Olavo de Carvalho - movem-se alucinadamente,
ora para um lado ora para outro, e só fazem
ampliar o buraco em que se afundou o País.
Parada mesmo está a economia, que deve fechar
o terceiro ano consecutivo com um "pibinho"
próximo de 1%.
São exatos 133 dias de uma desastrada
articulação política, de retrocessos e desmontes
nas áreas sociais e de metas comprometidas ou
abandonadas. Mais um pouco e chegamos ao fim
do semestre. Com vários índices de crescimento,
todos indesejáveis: mais desemprego, mais
desalento, mais desigualdade. Quem examina
apenas os números de desempenho dos
mercados, pode até imaginar que estamos
falando de um outro País. E de uma outra
economia.
A Bolsa de Valores de São Paulo opera na faixa
dos 95 mil pontos, o número de investidores
ativos já supera 1 milhão. E o dólar, apesar dos
sustos constantes com Trump, mantém-se abaixo
dos R$ 4. Mais: pesquisa recente do BTG
Pactual/FSB mostra que o governo Bolsonaro
ainda tem um razoável crédito de confiança entre
o público preferencial formado por empresários e
executivos, com 59% de aprovação 17 pontos
abaixo da registrada pela CNI/Ibope, que mede a
avaliação do governo pela população em geral.
Especialmente nos mercados, os observadores
parecem mirar diretamente um futuro quase
utópico. Como se fosse possível ignorar a dura
realidade do presente.
À vista dessas contradições, a pergunta que
surge é uma só. Faz sentido imaginar que a
economia é uma ilha isolada e pode escapar de
um tsunami? Antes de mais nada, a agenda da
economia depende do aval do Congresso - e é
justamente nessa agenda que investidores,
empresários e executivos põem fé, como se ela
fosse capaz de, rapidamente, resgatar a
economia dessa paradeira.
Desmonte em áreas sociais, como educação,
ameaça o futuro da economia É difícil aceitar que
analistas qualificados fechem os olhos para a
surra que o governo está levando no Congresso,
como aconteceu com o projeto de enxugamento
e remodelação dos ministérios, e se iludam com
uma trajetória tranquila da reforma da
Previdência. Mesmo que, no final das
negociações o resultado seja ajustado, é inegável
que o Congresso tenderá a "cobrar" um preço
mais elevado para não impor uma derrota do
governo. A disposição do governo de fazer
concessões, além de "envergonhada", não parece
acompanhada de uma ação eficiente de suas
lideranças.
É preciso considerar ainda que as barreiras ao
bom desempenho da economia não estão
erguidas apenas nesse terreno específico.
Abrangem os desmandos na educação, no meio
ambiente e nas relações exteriores, só para citar
os casos mais agudos. Se há uma unanimidade
em termos de prioridade, essa sem dúvida é a
educação. Com alunos que saem do ensino
fundamental sem noções de português e
matemática, jovens que abandonam o ensino
médio para engrossar a legião dos "nem nem"
(nem estudam, nem trabalham) e completam o
ensino universitário sem preparo para o novo
mundo do trabalho, a educação brasileira
inegavelmente precisa de recursos. E de gestão
correta da aplicação desse dinheiro. Mas, sob
impacto da crise fiscal, o governo corta um terço
das verbas de universidades e até da educação
básica, ameaça as instituições que formam
"militantes" e as ciências humanas.
No meio ambiente, conseguiu-se praticamente
uma unanimidade: todos os ex-ministros contra
o atual comando da pasta, ao qual acusam de
desmontar o que foi feito até agora. Que, por
sinal, já era insuficiente. Estão em andamento a
flexibilização do licenciamento ambiental, a
extinção de praticamente toda a verba destinada
a enfrentar as mudanças climáticas e a "revisão"
das 334 unidades de conservação espalhadas
pelo País. Nas relações exteriores, um perigo
parecido: ideologia acima de tudo, contrariando a
tradição de pragmatismo e não-intervenção da
política externa brasileira.
Junte-se tudo isso e o resultado pode ser
dramático, inclusive para a economia. Mão de
obra sem qualificação, produtos e empresas sem
inserção nos mercados internacionais e planos de
investimento na gaveta completam o quadro de
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uma nova década perdida. Não há reforma da
Previdência que aguente o tranco de tirar a
economia brasileira da rota de um tsunami.
CIDA DAMASCO É JORNALISTA
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=
0&n=22624861&e=577
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Data: 13/05/2019
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Grupo de Comunicação
Artigo Eventos climáticos ficarão mais
severos
Ainda não aprendemos as novas regras naturais,
mas o que valia até poucos anos atrás não serve
mais; o que houve no rio de janeiro pode ocorrer
em qualquer outra cidade
Antonio Penteado Mendonça
As chuvas torrenciais que caíram sobre o Rio de
Janeiro no começo de abril mostram três coisas:
os eventos climáticos estão mudando a
frequência, estão aumentando a severidade e o
Brasil não tem qualquer política mais séria para
tratar o assunto.
No caso, o Rio de Janeiro ter ou não ter equipes
de socorro seria absolutamente indiferente. Em
qualquer outra cidade do planeta a água causaria
danos e pessoas seriam arrastadas exatamente
como aconteceu na capital fluminense. Não há
como enfrentar a natureza quando ela decide
mostrar quem manda - e como manda. As cenas
mostradas pelas televisões e redes sociais foram
impressionantes. Não havia nada que alguém
pudesse fazer para conter a violência dos rios
que se formaram pelas ruas e morros da cidade.
Carros arrastados, desmoronamento de imóveis,
pessoas levadas pela correnteza, danos e
destruição de toda sorte são cenas que estão se
tornando cada vez mais comuns e sua frequência
deve aumentar rapidamente.
Nós ainda não aprendemos as novas regras
naturais, mas o que valia até poucos anos atrás
simplesmente não serve mais para muita coisa. A
experiência climática, as chuvas de verão, as
tempestades que sempre varreram o Brasil entre
dezembro e março aumentaram o período de
risco. Agora podem acontecer em abril e, mais do
que isso, podem acontecer em qualquer lugar do
território nacional.
O que aconteceu no Rio de Janeiro pode
acontecer em São Paulo, Salvador ou em
qualquer outra cidade, com danos tão graves
quanto os mostrados pelas televisões, sem muito
aviso prévio, pelo menos no que diz respeito à
violência da tempestade.
É ver que nos mesmos dias choveu
incessantemente em São Paulo, apenas numa
escala menor. E, se choveu em São Paulo, pode
chover na Serra do Mar, em cima dos bairros-
cota, na beira da Via Anchieta. Uma quantidade
de água como a que caiu no Rio de Janeiro teria
capacidade para fazer a serra desmoronar e
arrastar parte das moradias morro abaixo,
causando uma tragédia de enormes proporções.
Os bairros-cota são um exemplo entre centenas
de outros espalhados pelo Brasil. Seja na serra
fluminense, seja em Santa Catarina, Minas Gerais
ou Bahia, a ocupação desordenada do solo ao
longo de décadas de irresponsabilidade do Poder
Público - que permitiu que áreas sabidamente
inadequadas à ocupação humana fossem
invadidas, loteadas e vendidas - coloca em risco
a vida de milhares de pessoas, hoje, morando
em terrenos sujeitos a eventos climáticos
capazes de causar danos inimagináveis.
É hora de o Brasil mudar sua política de
ocupação do solo. Não é mais possível permitir a
ocupação alucinada de regiões inteiras
sabidamente sujeitas a danos decorrentes de
eventos de origem climática ou deslizamentos
que são capazes de levar de arrasto um morro
inteiro.
Exemplos como o sul de Santa Catarina,
Blumenau, a serra fluminense, Rio de Janeiro,
São Paulo, Belo Horizonte, etc, são mais do que
suficientes para deixar claro que é hora de se
criar políticas regionais e urbanas mais rigorosas
para impedir que milhares de pessoas se
instalem em áreas de risco.
Se não há como evitar os eventos naturais, nem
como limitar seus estragos, há como impedir que
as pessoas se instalem em regiões sujeitas a
riscos mais graves ou constantes, como as
enchentes em bairros como a Vila Pantanal, em
São Paulo. Não há como não acontecer. Como as
casas foram construída num nível mais baixo do
que a calha do Tietê, as águas não têm para
onde escoar.
A regra vale para os morros espalhados por todo
o País. As chances que o terreno encharcado
deslize, arrastando o que estiver no seu caminho,
são enormes. Então, não se pode permitir a
construção de moradias em suas encostas.
De outro lado, é necessário que o governo e o
setor de seguros comecem a discutir um
programa de coberturas capaz de minimizar os
prejuízos acontecidos em locais seguráveis. Sem
isso, os próximos anos cobrarão um preço
absurdamente alto. Ou agimos imediatamente ou
as mudanças climáticas, no Brasil, serão ainda
mais dramáticas do que no resto do mundo.
Data: 13/05/2019
65
Grupo de Comunicação
Se não há como evitar eventos naturais, há como
impedir que as pessoas se instalem em regiões
sujeitas a riscos graves
Antonio Penteado Mendonça é sócio da Penteado
Mendonça e Char Advocacia e Secretário-Geral
da Academia Paulista De Letras
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=
0&n=22626090&e=577
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Data: 13/05/2019
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Ação retira lixo e protege espécies em
águas costeiras de Ilhabela
José Tomazela
13 de maio de 2019 | 09h30
Uma parceria entre a iniciativa privada e o poder
público vem garantindo a preservação de
importantes espécies marinhas, como tartarugas,
golfinhos e aves, no litoral de Ilhabela. Nos
últimos três meses, a ação Lixo Marinho já
retirou duas toneladas de lixo flutuante ou
submerso, que representam riscos para esses
animais, em 31 costeiras da ilha.
Em 17 pontos, foi necessária a ação de
mergulhadores para limpar o fundo do mar,
poluído por latas, garrafas e resíduos de
plásticos. Foram abordadas 239 embarcações
para a entrega de sacolas ecológicas e folders
educativos.
Quatro comunidades tradicionais – Castelhanos,
Bonetes, Ilha de Búzios e Ilha da Vitória –
tiveram palestras sobre os impactos da poluição
e o descarte correto do lixo.
Conforme o engenheiro ambiental Kelvin
Teixeira, que atua no projeto, os mergulhadores
têm papel importante no trabalho de limpeza,
pois conseguem retirar plásticos, linhas e outros
objetos depositados no fundo do mar e que
podem afetar a vida marinha.
Tartarugas, peixes e golfinhos podem morrer
após ingerir pedaços de plástico que se
assemelham a águas-vivas, que fazem parte de
sua dieta. Esses animais também são vítimas de
redes ou linhas de pesca abandonadas no mar.
“Recolhemos uma quantidade absurda de lixo,
inclusive material de grande impacto na
natureza, como pneus, colchões e isopor”, disse.
A ação Lixo Marinho, realizada pela empresa
Operação Praia Limpa, é contrata pela prefeitura
de Ilhabela com apoio institucional de empresas
do setor privado e institutos ambientais.
Mergulhador retira pneu lançado no mar. Foto
OPL/Divulgação
https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/pelo-
interior/acao-retira-lixo-e-protege-especies-em-
aguas-costeiras-de-ilhabela/
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Data: 13/05/2019
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VALOR ECONÔMICO Sistema alerta e identifica desmatadores em
tempo real
Por Daniela Chiaretti | De Cambridge (EUA)
O auditório de 120 pessoas interessadas em
Amazônia quebra o silêncio quando a tela mostra
a dinâmica do desmatamento no entorno da
bacia do Xingu em 1985, em 2000 e em 2017. A
intensidade do espanto cresce enquanto o
vermelho invade o verde no mapa de perda de
cobertura vegetal na região de Sinop, na
transição mato-grossense entre Amazônia e
Cerrado. O movimento de derrubada de
vegetação natural foi mostrado pelo engenheiro
florestal Tasso Azevedo a uma plateia de
pesquisadores e empresários brasileiros e
americanos reunidos na Universidade de Harvard
na semana passada. Há uma boa notícia: se o
governo brasileiro quiser, a partir do início de
junho poderá punir desmatadores em tempo
recorde.
Em menos de um mês será lançado um
instrumento revolucionário, o MapBiomas Alerta,
que consegue produzir em segundos relatórios
para técnicos do Ibama, indicando áreas de
desmatamento com a localização precisa, a data
da ação e o CNPJ do proprietário. Comparando
com imagens anteriores da região, a plataforma
digital identifica se a área aberta é ilegal. "Fiscais
não precisam gastar tempo para fazer laudos,
que saem em tempo real. Podem concentrar
esforços para agir", diz Azevedo, que coordena a
iniciativa.
O MapBiomas Alerta foi pré-lançado durante o
congresso "Amazônia and our Planetary Futures:
a Conference on Climate Change", organizado
pela Universidade de Harvard na semana
passada, com apoio do Instituto Arapyaú e do
Instituto SocioAmbiental (ISA).
"Este é o 25º aniversário do David Rockefeller
Center para Estudos de América Latina da
Universidade de Harvard, e achamos que era o
momento de fazer um seminário para discutir a
Amazônia, o futuro e a mudança do clima", diz
Brian Farrell, diretor do centro.
O evento foi aberto pelo biólogo Edward Wilson,
89 anos, um dos maiores especialistas em
formigas do mundo e conhecido por cunhar o
termo "biodiversidade", em publicação de 1988.
Ícone das ciências naturais, Wilson lembrou os
presentes da gigantesca diversidade biológica
que existe em qualquer pedaço de Amazônia. "A
região é talvez o maior centro de biodiversidade
do mundo. E é crucial para o futuro do planeta e
da humanidade."
Agir na mudança do clima, lembra Farrell, foi
apontado como tema prioritário para 82% dos
eleitores democratas nos EUA, segundo pesquisa
da CNN. Foi a primeira vez que uma pesquisa
nacional apontou o clima como maior
preocupação dos democratas, superando temas
de saúde (75%) ou medidas para controle rígido
de armas (65%).
O MapBiomas cruza várias informações. Estão ali
os dados fornecidos pelos proprietários rurais no
Cadastro Ambiental Rural (CAR) cruzados com a
localização das Áreas de Preservação Permanente
(APP), Terras Indígenas e unidades de
conservação. Equipes de fiscalização do Ibama,
agentes do Ministério Público, funcionários da
Funai podem ter o laudo do desmate em 30
segundos.
O novo instrumento é uma iniciativa de várias
instituições, de empresas de tecnologia a
organizações não-governamentais e
universidades. O Instituto Arapyaú, fundado pelo
empresário Guilherme Leal, é o principal
investidor.
Conferência em Harvard reuniu especialistas para
discutir riscos e perspectivas para o futuro da
Amazônia
O Brasil tem hoje 11 sistemas de alerta de
desmatamento que são disparados por órgãos
federais, como o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) ou centros de pesquisa e ONGs
como o Instituto do Homem e do Meio Ambiente
da Amazônia (Imazon) e o Instituto
SocioAmbiental (ISA). Cada um tem sua
resolução e método. O MapBiomas Alerta
uniformiza, simplifica e customiza dados de
acordo com o usuário.
O instrumento é um sistema de validação e
refinamento de alertas de desmatamento,
degradação e regeneração de vegetação nativa
de todos os biomas, com imagens do território
em alta resolução.
Data: 13/05/2019
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A título de comparação, em 2018 os técnicos do
Ibama receberam 150 mil alertas de
desmatamento, mas conseguiram produzir só mil
relatórios, menos de 1% do total. O MapBiomas
Alerta, em apenas um mês de teste, produziu
dois mil laudos com o desmatamento ocorrido em
2019 - o dobro de todo o ano passado.
O objetivo do MapBiomas, base pública de dados
que mapeou as alterações na cobertura vegetal
no país nos últimos 35 anos, é entender as
transformações do uso do solo. A ideia do novo
instrumento, o Alerta, "é gerar inputs para
melhor gerir recursos naturais e produção
sustentável", diz Azevedo.
Os mapas de Azevedo, indicando o avanço do
desmatamento não só pelas bordas, mas
entrando cada vez mais pela floresta, foram o
início do congresso em Harvard. Hoje 68% da
cobertura do Brasil é floresta, o que não é pouco,
mas 30% a 40% do território foi modificado em
apenas 33 anos.
"Vocês aqui, de longe, talvez olhem a floresta e
achem que está tudo bem. Mas para quem está
aqui dentro as coisas não estão boas. Chegou um
novo presidente que não está dizendo coisas
muito boas", disse o líder ianomâmi Davi
Kopenawa referindo-se às falas do presidente Jair
Bolsonaro, que têm seu povo indígena como
alvo.
O xamã alertou para a intenção de Bolsonaro e
parte do Congresso de reduzir terras indígenas e
abri-las para mineração. Os territórios indígenas
são da União, com usufruto dos índios. "Temos
que garantir a grande alma da floresta. Sem a
terra, sem a floresta, sem água limpa, não tem
vida", seguiu Kopenawa, lembrando que os não-
indígenas no Brasil tem terra suficiente e não
precisam das indígenas, disse, em língua
ianomâmi. Foi aplaudido de pé.
A cientista Marina Hirota, da Universidade
Federal de Santa Catarina, estuda os "tipping
points" da floresta (os pontos de inflexão onde os
impactos podem ser de tal ordem a ponto de
mudar sua dinâmica) e resiliência. Em um mundo
aquecido em 3º e 4º C "as secas serão mais
intensas e frequentes, com mais eventos de El
Niño", disse. "Como a vegetação irá responder?",
questionou, lembrando do risco da floresta virar
savana.
O físico Paulo Artaxo, importante climatologista
brasileiro, lembrou que "a Amazônia é chave
para o sistema terrestre". Ele observou, por
exemplo, que os períodos de chuva começam
mais tarde, atrasando uma semana. "Isso
significa que podemos ter mais episódios de fogo
o que também tem impacto na biodiversidade."
Artaxo alertou para uma observação científica
grave. A floresta, disse, ficou impactada com a
grande seca de 2010. Houve alta mortandade de
árvores e o equilíbrio de carbono da Amazônia
está virtualmente próximo do zero. "As secas de
2005 e 2010 trouxeram muito estresse à
floresta."
"O Brasil tem uma história bem-sucedida de
conter o desmatamento, mas a tendência
reverteu e podemos esperar alta em 2019",
seguiu Artaxo. "Só tem um jeito de remover CO2
da atmosfera, e que a natureza faz com
eficiência: chama-se fotossíntese". Seguiu: "A
Amazônia é chave para a sustentabilidade
global.". E fez um apelo: "Temos que reduzir as
emissões de combustíveis fósseis.".
A professora de demografia Marcia Castro, chefe
do departamento de Saúde Global e População
na Universidade de Saúde Pública de Harvard,
lembrou que os casos de malária eram 36.900
em 1961, proporção que aumentou dez vezes
entre 1970 e 1985. O cenário está relacionado ao
desmatamento e ocupação da Amazônia.
"Desmatamento é fator de risco para a malária.
O corte de árvores favorece a proliferação do
mosquito", seguiu, lembrando que a cada 1 km2
de desmate surgem, em média, 27 novos casos
de malária.
"Gostaria de dizer umas palavras sobre por que
estou me movendo deste lugar onde sou um
cientista climático para algo não conhecido",
começou Carlos Nobre, um dos maiores
climatologistas brasileiros, e que está à frente de
projeto ambicioso para a floresta amazônica, o
Amazônia 4.0. "Depois de 45 anos de trabalho,
parte na Amazônia, só trabalhando em termos de
ameaças e riscos, percebi que não é suficiente",
disse Nobre.
Ele lembrou que a Amazônia já tem entre 20% a
25% de sua área total desmatada. "Precisamos,
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na Amazônia reduzir as taxas de desmatamento
para zero. Como podemos chegar a isso?",
perguntou. "Podemos parar o desmatamento?
Países da Europa e outros têm demonstrado que
é possível fazer um descolamento da queima de
combustíveis fósseis e do crescimento
econômico, citou.
"[Por] Qual caminho iremos?", perguntou o
cientista, lembrando os antigos eixos e modelos
de desenvolvimento que só estimularam o
desmatamento. "Se olharmos para o plano de
desenvolvimento de agora, é o velho estilo.
Mineração, desmatamento, infraestrutura
antiga", seguiu Nobre. "Se for isso, esqueçam. A
Amazônia irá desaparecer", sentenciou. "É o
setor conservador da agricultura, velho, que não
quer mudança, mas minoritário diante da
agricultura brasileira", colocou. "Esse pequeno
grupo vê que o tipo de agricultura que faz vai
logo deixar de existir. É um movimento
desesperado para o modelo deles continuar, um
modelo que talvez suma em 20 anos."
Nobre é um grande defensor do desenvolvimento
da bioeconomia na Amazônia, que chama de
"Escandinávia tropical". "Por que sempre
pensamos pequeno nos tópicos? Podemos pensar
grande." Ele estrutura para a plateia um novo
caminho, que leva em conta tecnologia e
inovação, produtos a partir de cogumelos,
cupuaçu, açaí, óleos, cacau, castanhas e muitos
outros combinados a conhecimentos ancestrais
dos povos indígenas e das comunidades
tradicionais.
Seu novo modelo imagina pequenos laboratórios
portáteis com tecnologia de ponta e
administrados de modo a que o novo seja
desenvolvido pelos povos da floresta. Observa
que é imperativo dar os direitos de propriedade
intelectual dos novos produtos para as
comunidades que os desenvolverem. "Isso é
muito disruptivo. Vamos fazer", seguiu Nobre.
"Precisamos de um novo desenvolvimento
sustentável, um novo paradigma para as
florestas tropicais. Que beneficie mais as pessoas
da Amazônia", seguiu Nobre. "A Amazônia 4.0",
como ele chama seu modelo, "é possível e é
barata. Acho que este não é o único caminho,
mas é um dos caminhos", apontou ele.
"A Amazônia vive um momento de tempestade
perfeita", resumiu o pesquisador Adalberto
Veríssimo, cofundador do Imazon. "Já
desmatamos 20%, o desmatamento e
degradação em alta, assim como os incêndios
florestais", seguiu. "Estamos ainda na Amazônia
2.0. Um caminho de encruzilhadas, de ameaças
emergentes mas também de oportunidades de
conservação", afirmou ele. "Temos todos os
maus indicadores sociais, de saneamento,
educação, renda e saúde", seguiu. Segundo ele,
segurança é tema fundamental. "A Amazônia
começa a ser ocupada mais e mais por atividades
ilegais."
Ele lembrou que está se chegando à estação
seca, com tendência de mais desmatamento,
mais incêndios florestais e mais eventos de El
Niño. Lembrou o tamanho das áreas ainda não
destinadas pelo governo e sob grande pressão. E
com fortes ameaças no Congresso de
desmantelar o Código Florestal.
"Estamos em um momento de urgência", disse
Veríssimo. "E claro que com este governo, há
potencial para todos os indicadores piorarem",
seguiu. "Se o desmatamento aumentar, a
economia não irá bem, porque o risco para a
imagem do investidor é muito grande. Sem esta
proteção vamos alcançar os 'tipping points' logo",
disse. "Não vamos ao 4.0 sem ação agora, no
2.0."
"Precisamos de apoio global, para parar o
desmatamento. O Pagamento por Serviços
Ambientais é miragem ou realidade?". Para
Veríssimo, o desenvolvimento da bioeconomia
proposta por Nobre é a oportunidade de a
Amazônia saltar etapas. "Temos que manter a
conservação da floresta em 40%".
O Fundo Amazônia captou US$ 1,3 bilhão e já
apoiou 103 projetos na Amazônia, informou
Daniela Baccas, do BNDES, instituição que
administra os recursos que vêm principalmente
da Noruega e também em menor parte, da
Alemanha. A estrutura do Fundo é uma
compensação pelo desmatamento que foi evitado
na região. Os projetos capacitaram 24 mil
pessoas em atividades de produção sustentáveis.
Resultou em US$ 36 milhões na venda de
produtos e manejou 22 milhões de hectares de
florestas.
Data: 13/05/2019
70
Grupo de Comunicação
Do total de projetos, 38 são de atividades
produtivas sustentáveis que vão de manejo de
madeira a açaí, processamento de óleos ou
farinha de mandioca, beneficiando 162 mil
pessoas. "A capilaridade é ainda maior", disse
ela, lembrando que o universo inicial de
instituições apoiadas faz parcerias com grupos
locais, o que significa 338 instituições
patrocinadas indiretamente.
"Quanto tempo ainda a floresta tem para se
manter integra, é difícil dizer", seguiu Veríssimo,
do Imazon. "Mas as novas tendências não são
boas e estão se movendo muito rápido."
A jornalista viajou a Harvard a convite do
Instituto Arapuyaú
https://www.valor.com.br/brasil/6251341/sistem
a-alerta-e-identifica-desmatadores-em-tempo-
real
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Data: 13/05/2019
71
Grupo de Comunicação
O divisor de águas
Por José Graziano da Silva
A visão da natureza como um anexo externo à
civilização, conectado a esta por um balcão de
suprimento inesgotável de recursos já não se
sustenta mais. A errática e decrescente
disponibilidade de água no mundo é o melhor
exemplo disso.
Enfrentamos, sem dúvida, um divisor de águas
imperativo. Vistas do alto, as águas dominam
75% do planeta, e isso semeou a ilusão de uma
infinitude. A inércia dessa ilusão pulsa cada vez
mais frágil, porém, à medida em que a espiral do
aquecimento climático nos empurra para a
exatidão de uma aritmética estreita.
Cerca de 97% da água visível no planeta está
nos oceanos e é salgada; dos 3% restantes,
2,2% estão na forma de gelo; 0,6%, embaixo da
terra; 0,1% na atmosfera, e somente 0,1% nos
rios e lagos imediatamente ao alcance da mão.
Temperaturas mais elevadas vem acelerando a
evaporação dessa reserva para tornar áreas
secas mais secas, enquanto as estiagens
provocam prejuízos recordes e os lençóis
freáticos se tornam mais rebaixados.
O fenômeno sempre existiu, mas o impacto da
mudança do clima, associado ao crescimento
populacional, à demanda agrícola e à
urbanização acelerada, alterou os dados da
equação.
Secas e estiagens intermitentes afetaram
duramente mais de um bilhão de pessoas na
última década. Dados reunidos pelo "World Water
Development Report" (um esforço de
mapeamento global do suprimento de água feito
por agências da ONU) indicam que o regime de
alto estresse hídrico já comanda a vida de mais
de dois bilhões de pessoas no planeta.
Em 2018, ondas de calor, secas e incêndios
fustigaram duramente a Europa, os Estados
Unidos e até geografias do Círculo Polar Ártico.
Anomalias igualmente graves atingiram a
paisagem do Nordeste do Brasil. De 2012 a 2018,
a região viveu uma das mais longas secas da sua
história. Quase 80% das cidades do semi-árido
nordestino decretaram estado de emergência
nesse período. Na Argentina, a maior seca em
100 anos desidratou a planície fértil da pampa
úmida, fazendo com que as colheitas do terceiro
maior produtor de soja do mundo registrassem
quebras de 30% a 50%, onerando o custo da
alimentação com desdobramentos sociais e
políticos sensíveis.
A FAO e o Programa de Alimentos das Nações
Unidas (PMA) trabalham em regime de
emergência neste momento para obter junto à
comunidade internacional recursos da ordem de
US$ 72 milhões, que permitam levar ajuda
alimentar a mais de 700 mil pessoas - famílias de
pequenos agricultores em sua maioria- flagelados
por secas e chuvas torrenciais que vêm
castigando sucessivamente os sistemas
agroalimentares de Guatemala, Honduras e El
Salvador.
Organismos internacionais preveem que até 2050
a demanda global de água aumentará de 20 a
30% e, se nada for feito, a oferta diminuirá de
forma alarmante. De fato, projeções científicas
trabalham com um aumento de até 60% na
ocorrência de secas nos próximos anos.
Partimos de um princípio tão simples quanto
desassombrado: a convivência com as
adversidades climáticas será cada vez mais
necessária. Soluções devem ser articuladas
porque não existe vida sem água e, portanto, a
água deve ser gerida como um bem comum
A rota de colisão já dispõe de prefigurações
pedagógicas. Um dos alarmes mais estridentes
ecoa da região do Sahel, na África. A faixa de
terra que corta o coração da África estende-se
como um corredor horizontal de 5 mil km2 que
vai do Oceano Atlântico, a oeste, ao Mar
Vermelho, a leste; da savana do Sudão, ao sul,
até deserto do Saara, ao norte. Sahel significa
fronteira, hoje na verdade um mosaico de
fronteiras geográficas, étnicas, geopolíticas,
ecológicas e humanitárias.
Trata-se de diversos países fustigados por secas,
guerras e conflitos étnicos, sob o pano de fundo
de uma crônica falta de alimentos, compõem
esse corredor que reúne quase 500 milhões de
habitantes distribuídos por realidades
extremadas, entre as quais o podium da pobreza
mundial.
Data: 13/05/2019
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Grupo de Comunicação
Alterações climáticas tem afetado diretamente
esse cinturão explosivo para agravar a duração e
a intensidade de secas, os surtos de fome e tudo
o que isso adiciona ao abismo da insegurança e
do sofrimento.
Para que o Sahel não se transforme em um
ponto de não retorno da crise ambiental
planetária é preciso agir já. Nesse contexto, a
Organização das Nações Unidas para Alimentação
e Agricultura (FAO) lançou projetos piloto no
Senegal e Niger para a implementação de 1
milhão de cisternas no Sahel. O programa foi
inspirado na bem-sucedida experiência
implantada no semiárido brasileiro nos últimos
quinze anos. Na seca virulenta de 2012 a 2018,
graças ao armazenamento hídrico e à
capilaridade das políticas sociais que o
acompanham, como o Bolsa Família, o crédito
rural, o seguro safra e a aposentadoria rural, não
houve êxodo na região, não ocorreram saques, e
a fome não semeou cemitérios de crianças.
O que a FAO quer levar para o Sahel é
justamente a experiência de convívio com a
escassez de água, sem renunciar aos sistemas
produtivos locais, nem permitir que populações
pobres sejam reduzidas à condição de flagelados.
Partimos de um princípio tão simples quanto
desassombrado: a convivência com as
adversidades climáticas será cada vez mais
necessária; as populações pobres formarão a
linha de frente desse aprendizado; ele exigirá
uma associação de inovações técnicas e sociais
articuladas pelo princípio de que não existe vida
sem água e que, portanto, a água deve ser
gerida como um bem comum.
Em recente troca de correspondências com o
Papa Francisco a respeito do Dia Mundial da Água
(cujo lema em 2018 era "Não deixar ninguém
para trás"), convergimos em torno desse chão
firme. Para salvar vidas em ambiente de
dignidade, temos também que salvar os meios de
subsistência, sobretudo dos mais vulneráveis. A
água é um elo mais forte dessa interação. Sua
disponibilidade e acesso remetem
inelutavelmente ao passo seguinte da relação da
humanidade com a natureza e com ela mesma,
sob o primado do bem comum.
José Graziano da Silva é diretor-geral da
Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação (FAO).
https://www.valor.com.br/opiniao/6251303/o-
divisor-de-aguas
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Data: 13/05/2019
73
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GS Inima compra segmento industrial da
BRK
Por Ana Paula Machado | De São Paulo
A empresa privada de saneamento GS Inima
fechou a compra do braço industrial da BRK
Ambiental, que pertence a Brookfield. O negócio
foi da ordem de R$ 780 milhões e segundo o
presidente da GS Inima, Paulo Roberto de
Oliveira, com essa aquisição o faturamento da
empresa neste ano deverá alcançar R$ 750
milhões. No ano passado, a receita da companhia
foi de R$ 300 milhões.
A engenharia financeira, de acordo com Oliveira,
será feita com caixa próprio e o restante
financiamento no mercado brasileiro. "50% desse
valor virá da nossa matriz, o grupo coreano GS.
O restantes vamos estruturar aqui no Brasil. Já
temos propostas de cinco bancos que estamos
avaliando. É um negócio que vai nos ajudar a
ganhar participação no mercado brasileiro", disse
Oliveira ao Valor.
A área industrial comprada pela GS Inima inclui
três empresas que são a Aquapolo Ambiental, em
Mauá (SP), que atende o polo petroquímico; BRK
Ambiental Jeceaba, em Jaceaba (MG); e a
Distribuidora de Água Triunfo na cidade de
Triunfo, no Rio Grande do Sul.
Segundo comunicado da BRK, a venda da
participação nos ativos industriais é parte da sua
estratégia de se consolidar no mercado de
saneamento no Brasil. "Os recursos oriundos da
transação irão ampliar a liquidez da BRK
Ambiental e suportar o seu crescimento",
informou.
O BTG Pactual e o BMA Advogados atuaram como
assessores financeiro e jurídico exclusivos da
BRK na transação. A concretização da operação
está sujeita à implementação de condições
suspensivas, dentre elas a aprovação do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade).
Oliveira da GS Inima disse que a negociação
ocorreu em 18 meses e havia duas empresas
interessadas nos ativos, uma chinesa e uma
outra da Arábia Saudita. "Vamos em busca de
novas oportunidades nessa área no Brasil. Há
projetos na prateleira que vamos tocar, como
duas licitações uma no Espírito Santo e outra no
Ceará. Vamos participar dessas concorrências
que devem acontecer ainda neste ano."
Segundo ele, caso a empresa ganhe o
fornecimento de água para uso industrial nessas
companhias, a GS Inima terá que investir cerca
de R$ 200 milhões em cada projeto. "Temos um
plano de investimentos de R$ 430 milhões para
2019 a 2023. São recursos que temos que aplicar
nas nove concessões que operamos no Brasil.
Esse valor não contempla a operação industrial."
Hoje, a CS Inima tem as concessões nas cidades
de Araçatuba, Mogi Mirim, Ribeirão Preto,
Paraibuna, Santa Rita do Passa Quatro,
Catanduva, todas no Estado de São Paulo, e em
Maceió (AL). Além de duas operações conjuntas
com a Sabesp em Campos de Jordão e São Jose
dos Campos, também em São Paulo. "Atendemos
1,8 milhão de habitantes com tratamento de
água e esgoto e, nessa divisão de serviços de
saneamento, também estamos atentos a
oportunidades."
Oliveira contou que a empresa participou do
chamamento público feito pela Companhia de
Água e Esgoto do Ceará (Cagece) para participar
dos estudos para dessalinização da água do mar
em Fortaleza. Segundo ele, será necessário um
aporte de cerca de R$ 500 milhões para o
abastecimento de 500 mil habitantes.
"Somente duas empresas se habilitaram para
realizar os estudos de viabilidade, nós e a
Acciona. O nosso projeto foi considerado, pela
Cagece, o melhor. Já ocorreram as audiências
públicas e agora, aguardamos, a licitação.
Estamos aguardando para o segundo semestre o
processo", disse Oliveira. Se vencer, a GS Inima
vai ter que desembolsar o montante de R$ 500
milhões em cinco anos.
https://www.valor.com.br/empresas/6251269/gs
-inima-compra-segmento-industrial-da-brk
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Data: 13/05/2019
74
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SBM estuda ter geração eólica no mar no
país
Por André Ramalho | Do Rio
De volta às licitações da Petrobras, a SBM
Offshore espera conseguir novos contratos no
país a partir deste ano, após fechar em 2018 um
acordo de leniência para encerrar as
investigações sobre o envolvimento da
companhia num esquema de corrupção no país.
Ao mesmo tempo, de olho nas transformações do
setor de energia, a tradicional fornecedora
holandesa de plataformas de óleo e gás se
prepara também para estrear na área de energia
eólica e mira oportunidades nesse setor, no
Brasil.
O mercado brasileiro responde por 42% das
receitas globais da empresa. Em 2018, o aluguel
de plataformas no país rendeu US$ 723 milhões
em receitas para a holandesa. O presidente da
SBM no Brasil, Eduardo Chamusca, conta, no
entanto, que a companhia tem um time dedicado
a prospectar novos negócios, no país, também
nos mercados de eólica e gás.
Segundo o executivo, a estratégia da SBM é
aproveitar sua expertise em plataformas
flutuantes para desenvolver soluções
tecnológicas para projetos de eólica offshore (no
mar). A companhia holandesa foi contratada pela
EDF para desenvolver um sistema flutuante para
turbinas eólicas na costa francesa, o primeiro
projeto eólico da SBM, no mundo.
"Será uma transição paulatina e não
necessariamente vai mudar nosso 'business' do
dia para a noite. É um primeiro passo rumo à
diversificação, mas que pode no futuro, em dez,
quinze anos, vir a ser o 'business' principal da
empresa. O fiel da balança é como a indústria de
óleo e gás se comportará", afirma.
Segundo ele, a SBM monitora os primeiros sinais
de desenvolvimento da energia eólica offshore no
Brasil. No ano passado, por exemplo, a Petrobras
e a norueguesa Equinor assinaram um
memorando de entendimento para estudos
conjuntos sobre um potencial projeto na costa
brasileira.
Já no gás natural, a SBM vê potencial para navios
de liquefação (FLNG, sigla em inglês para gás
natural liquefeito flutuante). Chamusca destaca
que a tecnologia vem se tornando mais barata,
em escala mundial, e que pode se tornar, no
futuro, uma solução para o gás do pré-sal
brasileiro.
No curto prazo, porém, o principal interesse está
nas novas licitações da Petrobras. Após assinar
em 2018 acordo de leniência de R$ 1,2 bilhão
com a estatal, o Ministério de Transparência e
Controladoria-Geral da União (CGU) e a
Advocacia-Geral da União (AGU), a SBM está
autorizada a fechar novos contatos com a
petroleira.
Desde 2014 a empresa estava impedida de
contratar com a Petrobras, devido ao
envolvimento da holandesa num esquema de
corrupção no Brasil. De acordo com o Ministério
Público Federal (MPF), US$ 42 milhões foram
pagos em propina, entre 1997 e 2012, por meio
de agentes comerciais, como Julio Faerman, para
obtenção de informações privilegiadas nas
licitações da estatal. Segundo Chamusca, a
multinacional passou por uma "mudança
genuína", afastou todos as pessoas ligadas ao
esquema de corrupção e aposta, hoje, em
treinamentos contínuos sobre compliance com
seus empregados.
O executivo afirma que o foco da SBM está no
fornecimento de plataformas de maior
complexidade, voltadas sobretudo para o pré-sal.
E as perspectivas são boas. Segundo ele, o
mercado brasileiro deve contratar, nos próximos
cinco anos, entre quatro ou cinco unidades por
ano.
Hoje, a SBM possui contrato para aluguel de sete
plataformas no Brasil, sendo uma para a Shell e
seis para a Petrobras. Desde que entregou as
embarcações Cidade de Maricá e Cidade de
Saquarema à estatal, em 2016, a SBM não
possui novos projetos para o Brasil.
Recentemente, a SBM fechou o Estaleiro Brasa,
joint venture com o grupo Synergy, em Niterói
(RJ), devido às incertezas sobre a demanda, após
a flexibilização do conteúdo local. A SBM
reconheceu, no balanço de 2018, uma baixa
contábil de US$ 19 milhões por perdas por
redução ao valor recuperável do ativo
("impairment").
https://www.valor.com.br/empresas/6251287/sb
m-estuda-ter-geracao-eolica-no-mar-no-pais
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Data: 13/05/2019
75
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Inferno astral da Bayer está longe de chegar
ao fim
Por Kauanna Navarro | De São Paulo
O inferno astral da multinacional alemã Bayer
parece que não terminará tão cedo. Após mais da
metade dos acionistas (55%) terem se recusado
a ratificar as decisões da diretoria no ano
passado, que levaram à efetivação da compra da
americana Monsanto, um casal de idosos da
Califórnia pediu indenização de US$ 1 bilhão à
empresa.
Em mais um caso envolvendo o glifosato -
herbicida criado pela Monsanto -, Alva e Alberta
Pilliod pediram a indenização como punição à
companhia por encobrir os riscos à saúde
associados ao uso do produto, segundo
informações da agência Bloomberg. Eles, a
exemplo de muitos outros casos, alegam ter
desenvolvido linfoma não-Hodgkin após décadas
de uso do Roundup -marca do glifosato que era
comercializado pela americana.
O caso impressiona pelo elevado montante
pedido, mas é mais um dentre os mais de 13 mil
processos do gênero que já são registrados nos
Estados Unidos.
Os processos começaram a aumentar
expressivamente após o veredicto da juíza
Suzanne Bolanos do tribunal Superior de San
Francisco, na Califórnia, em agosto. Na ocasião,
ela considerou que o Roundup causou câncer ao
ex-jardineiro Dewayne Johnson. No caso, a múlti
foi condenada a pagar US$ 289,2 milhões, mas o
valor foi reduzido para US$ 78,5 milhões após
um primeiro recurso. Atualmente, a Bayer refuta
à decisão de que o herbicida seria o responsável
pela doença e recorre, mais uma vez, da decisão.
Depois do caso de Johnson, o número de
processos envolvendo o herbicida, que era de 5,2
mil, saltou para 13,4 mil ao fim do primeiro
trimestre. Em março deste ano, a Bayer perdeu
em mais um processo em San Francisco, no qual
foi condenada a pagar indenização de US$ 80
milhões. Há outros quatro julgamentos esperados
em Missouri e Montana ainda em 2019.
Durante teleconferência realizada em abril,
Werner Baumann, CEO da Bayer, reafirmou que
a múlti continua "convencida da segurança do
portfólio glifosato".
Mas os acionistas da empresa não estão muito
convencidos. Há duas semanas, em reunião
anual realizada na Alemanha, 55% dos acionistas
da multinacional alemã se recusaram a apoiar
decisões da gestão tomadas em 2018 - como a
aquisição da Monsanto -, indicando uma falta de
confiança na forma pela qual a companhia tem
sido administrada.
Os acionistas alertaram que a aquisição colocou o
futuro da Bayer em risco. Na prática, a votação
não tem nenhum efeito sobre a administração da
Bayer ou sobre a compra da Monsanto. Contudo,
a reprovação é um feito raro e pode abalar a
relação da diretoria com os investidores. Na
reunião anual realizada em 2018, 97% dos
acionistas haviam aprovado as ações da
diretoria.
"Apesar de levarmos muito a sério o resultado da
votação na assembleia anual de acionistas, o
conselho de supervisão da Bayer apoia
unanimemente o conselho de administração",
disse, em nota, Werner Wenning, presidente do
conselho de supervisão, que teve as ações
aprovadas por 66,4% dos acionistas presentes na
assembleia. Segundo ele, a administração da
Bayer cumpriu todas as obrigações legais em
todos os aspectos, tanto quando o contrato de
aquisição foi assinado como quando a transação
foi fechada.
Ainda de acordo com nota divulgada após a
assembleia, Wenning afirmou que é prioridade do
conselho de supervisão defender a empresa nos
próximos processos de recursos e nos testes
relacionados ao glifosato.
No primeiro trimestre deste ano, as vendas da
divisão agrícola da Bayer renderam € 6,4 bilhões,
mais que o dobro das vendas do mesmo período
do ano passado (€ 2,9 bilhões). Os ativos que
faziam parte da Monsanto geraram uma receita
de € 4,3 bilhões para a Bayer no período, quase
70% do total.
https://www.valor.com.br/agro/6251185/inferno
-astral-da-bayer-esta-longe-de-chegar-ao-fim
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Data: 13/05/2019
76
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BB e investidor divergem sobre valor da
Neoenergia
Por Flávia Furlan e Maria Luíza Filgueiras | De
São Paulo
A Neoenergia iniciou as conversas com
investidores para sua oferta pública inicial de
ações (IPO), mas deve esbarrar em breve em um
obstáculo, segundo o Valor apurou. Um dos
acionistas vendedores, o Banco do Brasil, iniciou
o processo com uma expectativa mais alta de
preço do que o mercado parece disposto a pagar.
Isso já tinha acontecido na tentativa de IPO de
2017 - mas o banco pode ser mais flexível no
processo desta vez, segundo uma fonte. Outra
fonte de preocupação é que a oferta concorre,
em interesse, com uma operação grande do setor
prestes a sair, a da CPFL.
No balanço do primeiro trimestre, o BB
contabilizou a Neoenergia pelo valor patrimonial
de R$ 19,4 bilhões. O banco, conforme uma
fonte, considera ainda um ágio que elevaria o
valor em R$ 2 bilhões. Os primeiros investidores
que participaram das rodadas de conversas
ponderam que, na última tentativa de IPO da
empresa, os acionistas falavam em um valor de
R$ 18 bilhões. "Naquela época já foi um número
alto. Hoje, entendo que esse seria o patamar
razoável. Acima de R$ 20 bilhões é fora de
cogitação", diz um gestor.
Além do BB, a Previ, fundo de pensão dos
funcionários do banco, e a Iberdrola são os
acionistas vendedores na oferta secundária. O BB
tem 9,34% da empresa, a Previ tem 38,21% e a
Iberdrola detém 52,45%. Nessa conta ideal do
BB, a sua fatia e a do fundo de pensão valeriam
quase R$ 11 bilhões.
Os acionistas querem levantar entre R$ 3 bilhões
e R$ 3,5 bilhões na oferta, conforme apurado
pelo Valor, ajustando o número de ações
vendidas ao preço que conseguirem. Os
coordenadores são Bank of America, J.P. Morgan,
Credit Suisse, Citigroup e HSBC.
Um gestor pondera ainda que há expectativa no
mercado sobre a venda de ações da CPFL. A
companhia, comprada pela chinesa State Grid,
comunicou em abril sua intenção de um "re-IPO"
e, em maio, pediu à reguladora americana SEC
autorização para uma possível oferta nos EUA.
Questionadas sobre preço, duas pessoas que
participam da oferta dizem que bancos e
acionistas ainda não estão falando sobre valores.
"Há uma receptividade maior dos investidores do
que havia na tentativa anterior de IPO da
empresa", diz um executivo. "A empresa está na
fase de 'pilot fishing' e não está falando no
momento de precificação. É cedo para comentar
expectativa dos acionistas", diz a fonte.
Rubem Novaes, presidente do BB, disse na
semana passada que o IPO da Neoenergia é o
primeiro passo na política de desinvestimento do
banco, parte da estratégia de focar nos ativos
"core business". O prazo da operação, segundo
ele, é o fim deste semestre.
A Neoenergia tentou um IPO em 2017, mas
desistiu diante de baixa demanda. Um banqueiro
pondera que, desde então, os múltiplos do setor
melhoraram, o que ajuda no comparativo de
preço.
https://www.valor.com.br/financas/6251051/bb-
e-investidor-divergem-sobre-valor-da-neoenergia
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