compartilhar jesus

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Tradução Valdemar Kroker e Haroldo Janzen Cook Comunications Ministries, 4050 Lee Vance View, Colorado Springs, Colorado 80918 U.S.A. Impressão e acabamento: Reproset Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte. Diagramação Manoel Menezes Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados pela: Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Edição e Distribuição:

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Copyright�2007 by Bill Bright

Cook Comunications Ministries,

4050 Lee Vance View, Colorado Springs,

Colorado 80918 U.S.A.

Publicado no Brasil com a devidaautorização e com todos os direitosreservados pela:

A. D. SANTOS EDITORA

Al. Júlia da Costa, 21580410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil+55(41)[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

BRIGHT, Bill.A ALEGRIA DE COMPARTILHAR JESUS / Bill Bright – Curitiba: A. D. SAN-TOS EDITORA, 2007. 144 p. Título original em inglês: THE JOY OFSHARING JESUS.ISBN – 97885-7459-130-81.

CDD – 250

1ª Edição em Português: Julho / 2007

Proibida a reprodução total ou parcial,

por quaisquer meios a não ser em citações breves,

com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

TraduçãoValdemar Kroker e

Haroldo Janzen

CapaDesign: Cover Design

Adaptação: PROC Design

DiagramaçãoManoel Menezes

Impressão e acabamento:Reproset

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“Bill estimulou a cada um de nós a nunca desistir de

compartilhar as boas novas de Jesus Cristo”.

Do prefácio de PAT ROBERTSON

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A SÉRIE

“A ALEGRIA DE CONHECER A DEUS”,DE BILL BRIGHT

1. A ALEGRIA DE CONFIAR EM DEUS

2. A ALEGRIA DE ENCONTRAR A JESUS

3. A ALEGRIA DE UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO

4. A ALEGRIA DA INTIMIDADE COM DEUS

5. A ALEGRIA DO PERDÃO COMPLETO

6. A ALEGRIA DA ORAÇÃO ATIVA

7. A ALEGRIA DA OBEDIÊNCIA FIEL

8. A ALEGRIA DE PENSAR SOBRENATURALMENTE

9. A ALEGRIA DAS CONTRIBUIÇÕES DINÂMICAS

10. A ALEGRIA DE COMPARTILHAR JESUS

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Dedicatória

Parceiros fundadores globais

A Fundação de Mídia Bright continua os

ministérios multifacetados de Bill e Vonette Bright

para as gerações ainda por nascer. Deus tem

tocado e inspirado os Brigths por meio do

ministério de autores ao longo dos anos. Semelhan-

temente, eles desejam passar adiante a mensagem

de Deus em Jesus Cristo como a experimentaram,

buscando inspirar, treinar e transformar vidas, e

ajudar dessa forma a cumprir a Grande Comissão

todos os anos até a volta de nosso Senhor.

Muitos amigos generosos oraram e se sacrifica-

ram para apoiar as obras criativas e culturalmente

relevantes da Fundação de Mídia Bright, em forma

impressa e eletrônica. As seguintes pessoas ajuda-

ram de maneira específica a estabelecer a funda-

ção. Esses amigos especiais sempre serão

conhecidos como Parceiros fundadores globais da

Fundação de Mídia Bright.

Bill e Christie Heavener e família

Stuart e Debra Sue Irby e família

Edward E. Haddock Jr., Edye Murphy-Haddock e

a família Haddock

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Agradecimentos

Foi meu privilégio desfrutar por cinqüenta e quatro anos,seis meses e vinte dias de uma vida de casados com umhomem que amava a Jesus apaixonadamente e o servia fiel-mente. Seis meses antes de falecer, Bill iniciou uma obra queficou conhecida como a série “A alegria de conhecer a Deus”.Era seu desejo passar para gerações futuras as percepções queDeus lhe tinha dado, para que elas também pudessem desco-brir a grandeza de Deus e experimentar o maravilhoso planoque ele tem para suas vidas.

A série “A alegria de conhecer a Deus” é uma coleção dasdez principais mensagens transformadoras de vida de BillBright. Milhões de pessoas ao redor do mundo já foram bene-ficiadas grandemente com essas verdades espirituais e estãoagora vivendo a aventura cristã emocionante que Deus intentapara cada um de nós.

Em nome de Bill, quero agradecer à seguinte equipe queajudou a pesquisar, compilar e editar os manuscritos dessasérie: Jim Bramlett, Rebecca Cotton, Eric Metaxas, SherylMoon, Cecil Price, Michael Richardson, Eric Stanford e RobSuggs.

Também quero agradecer aos antigos amigos de Bill eassociados da Cruzada Estudantil, Bailey Marks e Ted Martin,que revisaram cuidadosamente esses manuscritos.

Bill era profundamente grato a Bob Angelotti e Don Still-man do Allegiant Marketing Group pelo encorajamento deles

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em produzir essa série e pela sua sagacidade em facilitar a dis-tribuição a tantas pessoas.

Um agradecimento especial à Cook Communications e suaequipe de profissionais dedicados que foram parceiros juntocom a Fundação de Mídia Bright nesse empreendimento, bemcomo a Steve Laube, que nos uniu.

Por último, mas não menos importante, quero expressarmeu reconhecimento a Helmut Teichert, que trabalhou demaneira fiel e diligente na supervisão dessa equipe para que avisão de Bill pudesse ser concretizada e a John Nill, CEO daMídia Bright, que me ajudou a navegar pelos muitos desafiosao longo da jornada.

Como resultado do trabalho dedicado de tantas pessoas eespecialmente da maravilhosa graça do Senhor, acredito quemultidões ao redor do mundo experimentarão uma alegriamaior ao conhecer Deus e seus caminhos de maneira maiscompleta.

Com um coração agradecidoSRA. BILL BRIGHT (VONETTE)

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Sumário

Prefácio de Pat Robertson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ix

1. O bem-sucedido, mas tímido, empreendedor . . . . . . . . 1

2. Falando ao meu pai a respeito de Jesus. . . . . . . . . . . . 11

3. Por que compartilhar Jesus faz sentido . . . . . . . . . . . . 23

4. Por que alguns cristãos hesitam em falar . . . . . . . . . . . 29

5. Vencendo o medo do fracasso . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

6. Conduzindo uma conversa para Jesus . . . . . . . . . . . . . 45

7. Compartilhando Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

8. Lidando com oposição, hostilidade, perguntas eresistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

9. Agora ponha em prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

Guia do leitor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109

Apêndice A:A carta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

Apêndice B:A Palavra de Deus acerca de compartilhar Jesus . . . . . . 130

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Prefácio

A Bíblia diz que Deus deu a Salomão grandeza de coração.Deus também deu a Bill Bright grandeza de coração.

O coração de Bill era amplo em relação ao amor por Jesus.Para ele, compartilhar o grande amor de Deus era algo natural.Isso simplesmente borbulhava no seu coração. Ele não conse-guia tolerar a idéia de deixar passar uma oportunidade parafalar a alguém a respeito de nosso Salvador, que morreu portodos, para que pudéssemos viver. Bill queria que todos naterra ouvissem essas boas novas, e ele gastou a sua vida nessatarefa.

Como alguém que também está à frente de um ministériode evangelização, posso honestamente dizer que o ministérioque Bill fundou, liderou e inspirou é provavelmente o maissignificativo de todos que surgiram no século vinte. Eu o vejocomo um grande homem de fé e um homem que amava aJesus de todo o coração.

Bill e eu estivemos juntos em 1980 como diretores de umprograma chamado Washington for Jesus, onde quinhentas milpessoas se reuniram numa área verde em Washington, D.C. eoraram das 6:00h da manhã até as 5:00h da tarde. Eles orarampela nossa nação, que foi fundada na Bíblia e que Deus tinhalevantado como a nação que mais enviou missionários na his-tória da igreja, mas que estava se voltando contra Deus. Bill eeu estávamos convencidos de que foram as orações daquelaspessoas que mais tarde abriram muitas portas para a evangeli-

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zação e o compartilhamento do amor de Jesus na antiga UniãoSoviética e em outros lugares.

Bill era um grande patriota, mas como sempre, seu motivoprincipal era o cumprimento da Grande Comissão. Ele estavamuito preocupado com a nossa liberdade nos Estados Unidospara continuar a compartilhar Cristo com a mesma liberdadeexperimentada no passado.

Minha vida foi tocada por Bill Bright. Ele era como ohomem da Bíblia chamado Barnabé, o filho da consolação.Bill encorajou a mim e a todos nós a nunca desistirmos ou nosfatigarmos na obra de compartilhar as boas novas do nossoSenhor Jesus Cristo.

Não conheço um amigo mais fiel e servo do Senhor maisnotável do que Bill.

— PAT ROBERTSON

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O bem-sucedido, mas tímido,empreendedor

Se você é um cristão, mas tem a tendência de evitar falaraos outros a respeito de Jesus Cristo, você não está sozi-nho!

Testemunhar a favor de nosso Senhor é algo que a maioriade nós sabe que deveria fazer, mas hesita em fazê-lo. Introme-ter-se na vida de alguém não parece apenas ameaçador mastambém presunçoso. Tememos ser repulsivos e ser rejeitados.Tememos falar alguma coisa inconveniente ou ser considera-dos fanáticos.

Por isso, permanecemos em silêncio — e esperamos queDeus use outra pessoa para transmitir sua mensagem àquelesque estão ao nosso redor e que ainda não o conhecem. Creiaou não, mesmo que tenha fundado um ministério evangelís-tico mundial crescente, testemunhar não ocorre naturalmenteou facilmente para mim. Por natureza, sou uma pessoa tímidae reservada, e iniciar uma conversa com estranhos é algo difícilpara mim. Mesmo compartilhar as maiores notícias já anuncia-das — que “Deus tanto amou o mundo que deu o seu FilhoUnigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas

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tenha a vida eterna” (Jo 3.16) — nem sempre é tão fácil paramim quanto você possa imaginar.

Assim pode parecer incongruente que Deus chamasse umjovem tímido há cerca de 60 anos para iniciar um ministérioevangelístico que ficou conhecido como Cruzada Estudantilpara Cristo Internacional. Nosso chamado principal é falar aosnão cristãos a respeito de Jesus e treinar leigos cristãos a tam-bém fazerem o mesmo. Mas, ainda assim, não posso dizer queevangelizar é meu dom espiritual.

O que eu sei é que Deus deixou muito claro em sua Pala-vra que cada cristão deve ir e fazer “discípulos de todas asnações” (Mt 28.19). Tenho buscado ser obediente a essaordem e Deus tem honrado a minha obediência. Ele transfor-mou meu testemunho pessoal hesitante e tímido em um teste-munho confiante e ousado. E ele pode fazer o mesmo comvocê também!

Se você prestar atençãonos princípios desse livro, des-cobrirá que nunca mais preci-sará estar com medo de ficarembaraçado quando estiver

testemunhando. Esses princípios mostrarão a você os textosbíblicos essenciais e pensamentos-chave para compartilharcom um ouvinte interessado e, ao aplicá-los, você achará cadavez mais natural iniciar uma conversa a respeito de Jesus elevar um amigo a ter um relacionamento de confiança com oSenhor.

DA TIMIDEZ À SEGURANÇA

Aessa altura você pode estar pensando: “Isso pode funcio-

nar para outra pessoa, mas não para mim”. Não é bem

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BILL BRIGHT

Você pode estar pensando: “Isso

pode funcionar para outra pes-

soa, mas não para mim”.

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assim! Temos visto milhares de cristãos que estavam, inicial-mente, totalmente convencidos de que aprender a comparti-lhar Jesus com os outros não era algo que deveriam fazer. Erasimples demais, eles eram tímidos demais ou “nós não conhe-cíamos a situação deles”. Mas esses cristãos emergiram do trei-namento que você receberá neste livro com seu espíritoregozijando pelo fato de Deus também ter transformado o tes-temunho deles — da complacência ou timidez para uma inici-ativa confiante. Creia-me, Deus fará o mesmo com você.

À medida que ler este livro A alegria de compartilhar Jesus:

Você tem uma história para contar, peça a Deus que lhe mos-tre como aplicar esses princípios em sua própria vida. Prati-que-os com um amigo cristão, então comece a aplicar o queestá aprendendo de maneira regular. Acredito que você ficaráanimado com os resultados. Logo, apesar das falhas ou dificul-dade no falar do passado,você será uma testemunhamuito mais eficaz para onosso Senhor.

Mas, antes de iniciarmos onosso treinamento, acho que servirá de estímulo você ouvir arespeito da minha jornada pessoal em descobrir como com-partilhar Jesus com os outros.

UM EMPREENDEDOR AMBICIOSO... AINDA ASSIM TÍMIDO

“Por que você não vem para a igreja conosco?”, os donosdo lugar onde eu morava me perguntavam pratica-

mente todos às vezes que me viam.Por muitas semanas eu sorri e agradeci esse casal idoso o

convite e então encontrava uma desculpa. Quase nunca tinhaido à igreja desde que saí de casa para estudar na faculdade.

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A ALEGRIA DE COMPARTILHAR JESUS

Cresci acreditando que o cristia-

nismo era para mulheres e

crianças.

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Preferia passar os meus domingos diante de um rádio amadorou montar cavalo nas colinas de Hollywood.

Eu tinha iniciado meu próprio negócio em Hollywood, naCalifórnia, nos anos 40. E esse casal piedoso, que deveria terperto de 80 anos, buscava me alcançar provavelmente daúnica maneira que conhecia.

Eles não sabiam que os seus esforços um dia resultariam naminha conversão.

Durante a minha infância e adolescência, em Coweta,Oklahoma, minha mãe tinha sido uma cristã devota, mas meupai não. Assim, na minha forma machista de pensar, de acordocom o meu pai e avô, achava que o cristianismo era paramulheres e crianças, não para homens. Eu estava determinadoque, apesar de minha natureza tímida, eu me tornaria forte eautoconfiante e realizaria tudo aquilo que me havia proposto arealizar.

Assim, na faculdade fiz o máximo para tornar-me o presi-dente do grêmio estudantil, editor do anuário da faculdade,citado no prestigiado Who´s who in American Colleges and

Universities (Quem é quem nas faculdades e universidadesamericanas) e me formei como o “melhor aluno” do curso. Euera agnóstico, não sabendo se Deus existia e não me impor-tando muito com isso. Eu acreditava que “um homem podefazer tudo que quer, com suas próprias forças”. Meu pai e avôserviram de modelo em relação a essa filosofia e eu queria

provar para mim mesmo queisso era possível.

Mas minhas ambições nãopararam com na formatura.Depois de terminar a facul-

dade, fui convidado para trabalhar em um departamento naUniversidade Estadual de Oklahoma. Uma vez que tinha sido

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BILL BRIGHT

Como jovem muito materialista,

querendo evidenciar-se, eu que-

ria mais.

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criado na fazenda, fui designado para servir como membro dodepartamento de extensão, onde trocava idéias com fazendei-ros e rancheiros a respeito de diversos projetos de agriculturae gado. Recebia muito mais do que merecia, mas isso não erasuficiente. Como jovem muito materialista, querendo evidenci-ar-se, eu queria mais.

Havia diversas opções de carreiras abertas para mim, mas amais atraente foi mudar-me para Los Angeles onde, por meiode uma série de acontecimentos, acabei abrindo o meu pró-prio negócio em Hollywood. Foi lá que encontrei esse graci-oso casal idoso, que eram os donos do imóvel onde eumorava.

“Por que você não vem para a igreja conosco?”, eles insis-tiam. Morávamos perto da Igreja Presbiteriana de Hollywood,e esse carinhoso casal de cabelos brancos parecia deleitar-seem participar dos cultos.

“Temos um ótimo pastor chamado Louie Evans”, eles insis-tiam. “Você irá gostar do dr. Evans”.

Bem, eu não conseguia me ver gostando de nenhum pas-tor, mas Deus estava usando esse casal, junto com as oraçõesda minha mãe, para lançar uma semente em meu coração.Certo domingo à noitinha, eu voltava de uma cavalgada, chei-rando cavalo, e decidi parar e participar do culto da noite.Cheguei depois do início do culto, sentei sozinho no últimobanco e saí antes que o culto terminasse para que ninguém mevisse — ou me cheirasse.

Meu compromisso com a igreja terminava ali.Pelo menos era o que eu pensava.

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A ALEGRIA DE COMPARTILHAR JESUS

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UMA CRENÇA FORTEMENTE ABALADA

Claramente, esse casal idoso tinha dado meu nome parauma pessoa do departamento universitário da igreja.

Alguns dias mais tarde, recebi um telefonema de uma jovemcom um convite atraente: “Bill, estamos preparando umagrande festa na fazenda de [ela mencionou o nome de umfamosa estrela do cinema] e ficaríamos muito felizes em vê-loparticipar conosco. O que você me diz?”.

Não consegui pensar em uma desculpa convincente e aca-bei participando da festa. E o que eu vi me surpreendeu. Reu-nidos em um grande celeiro havia 300 dos universitários maisespertos e inteligentes que já havia visto. Eles eram felizes, sedivertiam e obviamente amavam o Senhor. Nessa noite, minhanoção de que o cristianismo era uma proposta apenas paramulheres e crianças foi fortemente abalada. Eu nunca haviaencontrado pessoas como aquelas antes.

Embora estivesse ocupado desenvolvendo o meu negócio(um empreendimento de comida refinada e cara chamado“Bright´s Califórnia Confections”), comecei a participar dasreuniões dos universitários na igreja, bem como dos cultosregulares. A timidez me impediu de envolver-me mais, e sem-pre sentava no último banco. Mas eu prestava atenção no quediziam e, finalmente, achei uma Bíblia velha não usada haviamuito tempo em uma caixa de livros e comecei a ler e estu-dá-la por conta própria.

Havia uma série de homens de negócios bem-sucedidos naigreja, incluindo um construtor famoso que convidava grupospequenos de jovens para sua casa para piqueniques e o uso desua piscina. Durante um desses eventos populares, pergunta-

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BILL BRIGHT

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mos a respeito do seu negócio e o que significava para ele sertão bem-sucedido.

Sua resposta me surpreendeu. “Vocês não encontrarão afelicidade no sucesso material”, ele afirmou com firmeza.“Existem pessoas ricas por toda parte nessa cidade, mas quesão as pessoas mais miseráveis que você poderá encontrar. Oque importa mesmo é conhecer e servir a Jesus Cristo. Ele é oúnico caminho para a verdadeira felicidade”.

Esse mesmo princípio tinha sido exemplificado pela minhapiedosa mãe. Mas, de alguma forma, ela não tinha verbalizadoisso de uma forma que chamasse a minha atenção, para queeu percebesse a necessidade de receber a Cristo como meuSalvador e Senhor. Mas ela vivia isso na prática — e agora euestava me encontrando com jovens universitários dinâmicos ehomens e mulheres bem-sucedidos que estavam vivendo oque minha mãe vivia e que tinham sido ensinados a verbalizara sua fé.

ACENOS DE INTEGRIDADE INTELECTUAL

Ao longo de alguns meses, fiquei grandemente impressio-nado com a eloqüência e personalidade do dr. Louis

Evans. Ele apresentava Jesus Cristo e a vida cristã de umaforma atraente como nunca tinha ouvido antes. Assim, poruma questão de integridade intelectual, fui forçado a iniciarum estudo aprofundado da vida de Jesus — e quanto mais liae estudava, tanto mais ficava convencido de que ele era maisdo que apenas uma grande figura histórica. Ele era verdadeira-mente o Filho de Deus.

Certo domingo em 1945, a dra. Henrietta C. Mears, diretorado departamento de educação cristã da igreja, falou ao nossogrupo de universitários e jovens adultos a respeito da experiên-

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A ALEGRIA DE COMPARTILHAR JESUS

Page 21: Compartilhar Jesus

cia de conversão de Paulo acaminho de Damasco. Eu jáhavia lido esse relato, mas adra. Mears tornou vivo esse

acontecimento naquela noite à medida que descrevia essehomem ambicioso que estava comprometido em libertar omundo dessa nova heresia chamada cristianismo. Ela contoucomo Paulo (na época Saulo) tinha sido cegado por uma luzbrilhante. Saulo então perguntou: “Quem é o Senhor [...] e oque o Senhor deseja que eu faça?”

“Essa é uma das perguntas mais importantes que vocêspossivelmente podem fazer a Deus — ainda hoje”, disse a Dra.Mears. “As pessoas mais felizes do mundo são aquelas queestão bem no centro da vontade de Deus. As pessoas maismiseráveis são aquelas que não estão fazendo a vontade deDeus”.

Ela continuou: “Paulo enganava-se a si mesmo ao pensarque estava fazendo a vontade de Deus ao perseguir os cris-tãos. Na verdade, ele estava indo atrás das suas próprias ambi-ções. Assim, Deus corrigiu-o por meio dessa experiênciadramática na estrada a Damasco”.

À medida que a dra. Mears falava, percebi a sua sabedoria,ousadia e amor. Ela era mais uma prova de que o meu estereó-tipo do cristianismo estava completamente errado. Ela falavacom autoridade, no entanto eu podia notar que tinha um amorgenuíno por todos aqueles homens e mulheres naquele audi-tório.

“Bem, nem todos experimentam uma conversão tão dra-mática e emocionante como a de Paulo”, ela ressaltou. “Mas ascircunstâncias realmente não importam. O que importa é a suaresposta à mesma pergunta: “Quem é o Senhor? E o que oSenhor deseja que eu faça?”

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BILL BRIGHT

“Quem é o Senhor [...] e o que o

Senhor deseja que eu faça?”

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Ela desafiou cada um de nós a ir para casa, colocar-se dejoelhos, e fazer a Deus essa importante pergunta.

“O QUE O SENHOR DESEJA QUE EU FAÇA?”

Quando voltei para o meu apartamento naquela noite, per-cebi que estava pronto para dar a minha vida a Deus. Eu

não estava realmente ciente de que estava perdido, porquetinha uma vida moral e ética relativamente boa. Não sentia quetivesse uma necessidade não preenchida. (Eu estava, de fato,perdido e necessitado, mas não estava ciente disso na época).O que mais me atraiu foi o amor de Deus, que ficou mais evi-dente por meio do meu estudo da Bíblia e na vida de pessoasque tinha encontrado na Igreja Presbiteriana de Hollywood.

Ajoelhei ao lado da cama naquela noite e fiz a perguntacom a qual a dra. Mears noshavia desafiado: “Quem é oSenhor e o que o Senhordeseja que eu faça?”. Em certosentido, essa foi minha oração de salvação. Ela não foi muitoprofunda teologicamente, mas o Senhor conhecia o meu cora-ção e interpretou o que estava ocorrendo em meu interior. Euagora cria que Jesus Cristo era o Filho de Deus, que havia mor-rido pelo meu pecado, e que, como a dra. Mears compartilhouconosco, se eu o convidasse para entrar na minha vida comoSalvador e Senhor, ele entraria (Ap 3.20).

Embora nada dramático ou emocional tenha ocorridoquando orei, eu não tinha a menor dúvida de que Jesus tinhaentrado na minha vida, exatamente como prometera que faria.Fazer aquela pergunta não parecia muito dinâmico num pri-meiro instante, mas à medida que crescia no meu compro-misso e amor ao Senhor, fiquei cada vez mais consciente do

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A ALEGRIA DE COMPARTILHAR JESUS

Nada dramático ou emocional

ocorreu quando orei.

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pecador que era e do Salvador maravilhoso e perdoador queele era.

Após certo tempo, fui eleito presidente da classe de escoladominical e me encontrava regularmente com a dra. Mears,junto com os outros professores, para orarmos e discutirmosas verdades profundas da Palavra de Deus. Embora não perce-besse esse aspecto na época, Deus estava cultivando em mimum desejo de compartilhar com outros a nova vida que tinhadescoberto em Cristo.

Mas ele nunca chegou a tirar a minha timidez.

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