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CUIDE BEM DE SEUS OLHOS Eles merecem todo o carinho Caderno elaborado com base no livro: Why Eyeglasses Are Harmful For Children And Young People by Joseph J. Kennebeck, O.D. 3 a Edição 2010 1

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CUIDE BEM DESEUS OLHOS

Eles merecem todo o carinho

Caderno elaborado com base no livro:Why Eyeglasses Are Harmful For Children And Young People

by Joseph J. Kennebeck, O.D.

3a Edição

2010

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Cuide Bem de Seus OlhosEles merecem todo o carinho

♦ Texto Informativo distribuído entre os participantes dos eventos sobre: Plantas Medicinais, Homeopatia, Agricultura Or-gânica, Agroecologia, Trabalhos Comunitários, Família Agríco-la, Educação Rural, Terapêuticas Tradicionais e Terapias Natu-rais, promovidos pela Universidade Federal de Viçosa – UFV.

♦ Texto distribuído a Escolas Rurais, Escolas Família Agrícola e a Voluntárias das Pastorais que acessam pessoas de baixa renda.

♦ Programa de Extensão da Universidade Federal de Viço-sa – “Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produção de Alimentos Orgânicos”.

♦ Projeto de Extensão – Partilha de conhecimentos sobre plantas medicinais e terapêuticas tradicionais.

♦ Patrocínio – Fundação Arthur Bernardes/FUNARBE – Convênio 1713.

♦ Caderno elaborado com base no livro:“Why Eyeglasses Are Harmful For Children And Young People”por Joseph J. Kennebeck, O.D.

♦ DISTRIBUIÇÃO GRATUITAPedidos:

● Departamento de Fitotecnia/Vicente W. D. Casali Campus da Universidade Federal de Viçosa Viçosa – MG CEP: 36570-000● Tel: (31)38991131 – Fax: (31)38992614● [email protected]● Favor enviar endereço postal completo

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OS ÓCULOS PODEM SERVIR DE ESCONDERIJO!

Deteste estas janelas de vidro. A pessoa que usa óculos “mesmo que não necessite”, necessita deles. Ela se esconde atrás dos óculos de muitas maneiras. Os óculos fazem a pessoa se sen-tir intelectual, ou fazem manchas circulares escuras ou rugas su-mirem – ou podem mostrar exatamente o limite de separação que necessita de seu próximo companheiro. – Ann Landers.

“O homem com nova ideia é excêntrico até que sua ideia tenha sucesso”. – Mark Twain.

É fácil ser enganado pelas boas e marcantes feições faciais do homem quando tudo que ele realmente tem é aquela grande armação de óculos bem escura. – The Cristian, 06 de agosto de 1967.

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OS ÓCULOS SÃO PREJUDICIAIS

Introdução

Pratiquei atendimento optométrico do olho por mais de cinquenta anos. Durante os dez primeiros anos de prática, tal como me foi ensinado a fazer, prescrevi óculos a todas crianças e jovens que me procuravam.

Há cerca de quarenta anos descobri a chave, ou o segredo, do que chamo de minha teoria e método de ajudar os olhos. De-veríamos ter tido isto uma centena de anos atrás. Estudei durante cerca de um ano, e usei apenas nos meus próprios olhos até estar seguro da eficácia, e comprovei que a velha teoria de usar óculos estava errada. Tive de trocar o preconceito a favor dos óculos pelo preconceito contra os óculos. Fiquei triste com o que me foi ensinado, e lamentei os dez anos que perdi prescrevendo óculos (não científicos) a crianças e jovens inocentes e ingênuos. Se ti-vesse apenas usado minha lógica, teria descoberto a causa de seus incômodos refrativos oculares mais cedo, e como preveni-los, melhorá-los ou curá-los sem óculos. Mas por causa da lava-gem cerebral e da velha tradição de usar óculos levei muito tem-po até ser convencido contra a velha tradição. Agora é até mes-mo mais difícil convencer o povo contra os óculos.

Verifiquei que o povo quer acreditar nos óculos, como su-posta panaceia dos incômodos refrativos dos olhos de crianças e jovens, exatamente como acreditam em Deus. Aquele que levan-ta a voz contra os óculos é olhado com desconfiança, dúvida, in-diferença e desdém. Foi como se alguns dos usuários de óculos soubessem mais sobre os olhos e óculos do que eu. Na sua leal-dade à velha tradição dos óculos, seriam capazes de lutar até a última trincheira e até não ser comprovado que estão errados.

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Diante de tanta oposição, permaneci sozinho na minha prá-tica individual, com sucesso, apesar de tal oposição. Enquanto não havia como convencer o povo contra o uso de óculos pelas crianças e jovens, eu era capaz de convencer praticamente cada caso individual. Entretanto, não ficarei satisfeito enquanto não encontrar algum modo de convencer o mundo.

Este caderno pretende beneficiar principalmente as crian-ças que são vítimas dos óculos. É destinado aos irmãos mais ve-lhos, pais, professores, babás, assistentes escolares, oculistas, es-colas de atendimento aos olhos e todos que estão relacionados com crianças. Eles deverão lê-lo, entender e fazer algo a respei-to. Enquanto isto não for feito, não há esperança de bem-estar futuro dos olhos das gerações, presente e futuras, de crianças e jovens, que serão forçados a recorrer a óculos.

O que escrevi está baseado nos meus próprios estudos e experiência de cinquenta anos, envolvendo milhares de casos, sem referências bibliográficas ou documentação. Se alguém ob-serva casos como eu, durante longo período, sabe o que os olhos podem fazer sem óculos. Nunca estive interessado nem fui influ-enciado por artigos escritos por outros, com muitas citações, com muitas referências bibliográficas ou documentação. Já li a maioria deles e não vejo razão de ler muitas vezes os artigos es-critos por outros que têm pouco ou nada a acrescentar. Deixe-mos para estudantes fazerem teses. Estou somente interessado em ajudar os olhos, como deveria ser feito há muitos anos.

Não sou seguidor de nenhum dos métodos. Tenho minha própria teoria e método, que não devem ser confundidos com quaisquer outros. Acredito em outro método que, antes do meu, declarou que os óculos estavam arruinando olhos. Ao mesmo tempo que concordo que isso seja verdade, estou mais preocupa-do com os olhos de crianças e jovens abaixo dos trinta e cinco

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anos. Pessoas mais velhas terão que recorrer a óculos, pois é muito tarde para corresponderem a medidas corretivas. Mas nun-ca é tarde para fazer algo pelos olhos de crianças e jovens usan-do minha teoria e método.

Este caderno visa argumentar e colocar em evidência as causas dos incômodos musculares e de refração do olho, afli-ções, tensões e dores de cabeça, em crianças e jovens, e por que os óculos e lentes de contato não são cientificamente corretos. Todas as escolas de atendimento aos olhos, todos os oculistas, inclusive eu mesmo, e milhões de usuários de óculos estão erra-dos no que fizeram e acreditaram durante muitos anos. Fui cul-pado durante dez anos.

Problemas básicos do olho

Os olhos humanos estão indo tão mal com óculos que não poderiam estar piores sem eles. Pode parecer que é justamente o outro caminho, mas nada na arte de curar pode parecer tão certo e estar tão errado quanto os óculos, como o remédio dos incômo-dos refrativos do olho.

A maioria dos olhos pelo menos até a idade dos quarenta anos, passam sem óculos, desde que os olhos sejam usados cor-retamente desde o berço. Se não o fazem, usam seus olhos erra-damente, e óculos não serão o remédio, independente de que tipo de incômodo muscular ou de refração os olhos possam ter.

Os músculos circulares ciliares são os músculos de acomo-dação do olho humano. Acomodação é a focalização dos olhos a todas as distâncias de longe até perto. Em qualquer incômodo re-frativo do olho, há somente duas falhas do músculo circular cili-ar. São muito fracas ou muito fortes.

Todos nascem com os músculos circulares ciliares dos olhos fracos e não desenvolvidos. Significa que os olhos nascem

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com hipermetropia. Oticamente falando esta fraqueza está situa-da entre 2 e 8 dioptrias positivas. Isto é natural. Os olhos se de-senvolvem e atingem a normalidade pelo uso natural com o de-correr dos anos. Os óculos impedem o desenvolvimento natural. Seria melhor aos olhos serem mais ou menos hipermétropes do que ter até 1 dioptria de miopia. A hipermetropia não é tão ruim quanto a miopia. Alguns nascem com estrabismo, em um olho ou ambos, mais comumente em ambos. As crianças e jovens po-dem adquirir até trinta dioptrias de miopia depois de nascerem.

As lentes usadas no exame do olho, e que fazem enxergar artificialmente, são somente a medida do incômodo refrativo do olho, não o remédio. Sem óculos, os músculos circulares ciliares se desenvolverão normalmente, quando usados corretamente, e não haverá miopia. Se usados incorretamente, poderão superde-senvolver passando pelo normal até o campo da miopia. Sem óculos e com disciplina os olhos voltam ao normal.

À medida que a criança se desenvolve, os músculos circu-lares ciliares dos olhos se desenvolverão normalmente com o passar do tempo, o que é natural e esperado.

Vamos ignorar o astigmatismo, pois também tenderá a de-saparecer, se deixado naturalmente. Todos podem enxergar de sua maneira própria apesar do astigmatismo durante certo tem-po, à medida que seus músculos circulares ciliares se desenvol-vem pelo uso natural dos olhos.

Muitos oculistas sabem que quando dizem ao paciente que tem astigmatismo não haverá questionamento. O paciente usará os óculos sem questionar. A exemplo do Dr. W., que, após exa-minar os olhos, invariavelmente em sussurro, dizia, “Você tem astigmatismo”, independentemente do paciente ter ou não. As-sim acontecia. Nenhuma questão era feita e encerrava a venda e o uso de óculos.

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Sem dúvida os pacientes ficavam temerosos, pensando que o astigmatismo era doença ou torção do globo ocular, e que os óculos eram o remédio. A maioria absolutamente não tinha as-tigmatismo. Há cinquenta anos, poucos usavam óculos, e a mai-oria era por hipermetropia. Havia poucos casos de miopia. Atu-almente a maioria dos casos é miopia e poucos hipermetropia, com ou sem algum grau de astigmatismo.

O astigmatismo é a pequena fora de forma do globo ocular. Se usar óculos tornar-se-á permanente.

Algumas crianças e pessoas analfabetas, não podem fazer o teste subjetivo e devem ser deixadas naturalmente. Entretanto, as crianças usarão qualquer coisa que seja prescrita, independente de os óculos estarem certos ou errados. Elas gostam da novidade dos óculos, até mesmo querem dormir com eles. Por causa disto, parece que os óculos estão perfeitamente ajustados, que o oculis-ta fez ótimo trabalho, e tudo parece bem. Os olhos se acostumam às lentes erradas. Os olhos se tornam o que os óculos fizeram com eles, e isto é qualquer coisa menos coisa boa. Seria melhor serem deixados naturalmente enquanto seus olhos estão em pro-cesso de se desenvolverem até a normalidade.

Os olhos irão se adaptar praticamente a qualquer lente, ou óculos, que forem colocados ante eles. Se os olhos podem se adap-tar a qualquer lente, eles podem também se adaptar ao normal. Isto é o que a natureza planejou para eles.

Antes todos os sintomas terminavam com aquele par de lentes como suposta panaceia aos olhos.

Vamos analisar os sintomas, expor a causa, e então verifi-car por que os óculos não são cientificamente corretos. As pes-soas adquirem seus próprios sintomas pelo mau uso e abuso dos olhos no trabalho de perto, tal como ler muito. Muitas vezes as

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pessoas colocam a cabeça entre as mãos, apoiadas nos cotovelos. Outras vezes de bruços no chão, ou lendo livros de orações como fazem na igreja, escrevendo, desenhando, fazendo esbo-ços, colorindo, lendo histórias em quadrinhos, fazendo crochê, costurando, cortando papéis para bonecas, meninos fazendo mo-delos de aviões, carros, barcos, colecionando figuras e moedas, manuseando com os dedos etc. Tudo isto é feito de maneira erra-da, da maneira difícil – muito difícil, muito de perto, permane-cendo muito tempo sem olhar acima e longe. Em resumo, as pes-soas causam seus próprios sintomas. Se não tivessem feito ne-nhuma destas coisas mencionadas, não haveria incômodos dos olhos e, portanto, não haveria óculos. Os incômodos oculares se devem muito ao que foi exposto.

Por causa do que fazem, deverão pagar por isto se tornando piores com óculos, ou se tornando melhores sem os óculos. As pessoas precisam de DISCIPLINA no uso dos olhos, em qual-quer trabalho de perto. Muitas pessoas melhorarão por si própri-as sem os óculos. As pessoas poderão se tornar normais. Não há casos excepcionais onde óculos poderiam ser o remédio.

O sistema “venda no olho”, usado em alguns casos de olhos cruzados e também de ambliopia*, é pequeno esforço que pode melhorar pouco ou nada. É razoável, que a venda colocada sobre o olho bom, não seja incentivo aos olhos. Na realidade, a venda retarda o endireitamento. Descartei o uso de venda há quarenta anos como verdadeiramente não científica. Segundo a velha teoria uma lente poderosa positiva sobre o olho bom será melhor que a venda. A venda é usada por necessidade de proce-dimento melhor. Qualquer outro método seria melhor que lentes ou a venda no olho.

* Ambliopia, olho vago ou olho preguiçoso é uma disfunção oftálmica caracte-rizada pela redução ou perda da visão num dos olhos, ou mais raramente em am-bos, sem que o olho afetado mostre qualquer anomalia estrutural.

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As crianças e jovens terão que se esforçar o máximo que puderem e corrigir os maus hábitos, sem nunca recorrer a óculos em primeiro lugar, e descartá-los quando já estão usando.

Os óculos podem somente ocasionar dano e nenhum bem, não obstante todos os argumentos em contrário. Se todos os ócu-los fossem retirados, todos começariam a melhorar. De qualquer modo deve ser – óculos fora. Se alguém usa óculos parte do tem-po, ele se torna pior. Se alguém não quer piorar, deve ficar sem óculos o tempo todo.

As crianças e jovens podem viver sem óculos de miopia e seus olhos gradualmente voltam ao normal, como meus olhos voltaram, depois de ter adquirido miopia na idade de doze anos, desde que sejam disciplinadas no uso dos olhos.

Quem usa óculos se precavendo de olhar com os olhos par-cialmente fechados logo adquirem este hábito usando óculos.

Todos os óculos são receitados por todos oculistas, em to-dos os casos, a seis metros ou seu equivalente. Seis metros é apenas um ponto onde os olhos olham, de perto para longe, em todas as direções. Particularmente na miopia, não há lente que pode ser feita e cientificamente ajustar os olhos a todas as dis-tâncias. Ninguém usa os olhos à distância de exatamente seis metros o tempo todo.

Os olhos não podem compensar, através dos óculos de seis metros, todas as outras distâncias SEM SEREM PREJUDICA-DOS. Isto é por que e onde os óculos falham. É a compensação, por meio dos óculos de miopia, de seis metros, que traz a miopia progressiva, atrelando o meio refrativo dos olhos a superconve-xidade cada vez maior, que poderia ser prevenida se os óculos nunca tivessem sido usados.

As lentes de miopia, ajustadas aos seis metros, são muito fortes no trabalho de perto. Há ainda outros cinco metros, dentro

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dos seis metros, onde as lentes de miopia são muito erradas. Existem aqueles que sabem deste fato e prescrevem bifocais, que é esforço fraco que pode fazer pouco ou nenhum bem. Crianças e jovens não gostam de bifocais, e não se preocuparão de olhar através da parte bifocal, olhando por cima da bifocal a maioria do tempo. Os casos de miopia continuam a progredir, apesar das bifocais.

Os pais deveriam observar e esperar que a miopia melhore ou se cure durante certo tempo.

Há outra razão científica por que os óculos de miopia, em particular, são errados. Os olhos normais se acomodam três di-optrias* de potência para ler a trinta e três centímetros, relaxando até o estado de repouso quando olhando acima e longe, não com olhos míopes e óculos. Olhos míopes devem se superacomodar com óculos de miopia a trinta e três centímetros. Sua superaco-modação se soma ao poder da lente de miopia que usam para a distância, como por exemplo três dioptrias negativas, mais as três dioptrias dos olhos normais a trinta e três centímetros. São seis dioptrias de acomodação dos olhos míopes com óculos de miopia. Em casos de olhos de seis dioptrias de miopia, serão nove dioptrias, e assim por diante, enquanto os olhos normais usam somente três dioptrias. Raciocínio parecido se aplica a to-das as distâncias dentro de seis metros.

Por que usar óculos?

Ninguém é cego sem óculos. É modo de falar “estou cego sem óculos”. Qualquer pessoa que pode ver com óculos pode também ver sem óculos, até pelo menos seus olhos melhorarem o suficiente. Somente os cegos SÃO cegos, e não podem ver,

* Dioptria é uma unidade de refração e se refere ao poder refrativo de lentes à distância focal de 1 metro; por isto, ler a 33 cm de distância gera três dioptrias ao realizar a leitura.

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mesmo com óculos. Muitos deles estão cegos por terem usado óculos. Os míopes não veem placas de avisos distantes sem ócu-los, mas por outro lado podem enxergar o suficiente e se movi-mentarem, até melhorarem e começarem a enxergar melhor. Que fique claro que olhos míopes podem fazer trabalhos de perto fa-cilmente sem óculos.

Não há meio-termo em casos de miopia. Se usar os óculos de miopia o tempo todo, ou mesmo parcialmente, devem piorar. Se algumas coisas não podem ser feitas sem os óculos de mio-pia, não podem fazê-las até melhorarem o suficiente. Deve-se perseverar e fazer o melhor que puderem sem os óculos. Se al-guém deixa os óculos de miopia por um dia, uma semana, um mês ou um ano, e então os coloca novamente, até mesmo por um minuto, poderia arruinar todo o bem que foi feito sem o uso dos óculos. Os olhos rapidamente são moldados pelos óculos de mi-opia. Os olhos são o que os óculos de miopia fazem com eles.

Muitos míopes estudam sem os óculos. Nem todos míopes usam óculos. Alguns pais se recusam a deixar os filhos e jovens usarem os óculos. Eles acharam modos e maneiras de mantê-los sem uso. As crianças e jovens podem estudar e salvar os olhos ao mesmo tempo, usando-os da maneira correta. Se o fizerem, mais cedo ou mais tarde os olhos melhorarão e acharão as coisas mais fáceis e melhores. Arruinar os olhos e serem instruídos não é bom. Com a própria cooperação dos professores e assistentes escolares, todos os estudantes podem frequentar a escola sem os óculos de miopia. Um estudante recentemente graduado na Uni-versidade de Chicago com as maiores honrarias era totalmente cego.

A fidelidade à velha tradição dos óculos é muito difundida, e praticamente universal. Se todos fossem fiéis e confiantes em seus olhos como eles são nos óculos, todos estariam em melhor situação no final das contas. Mas todos têm mais confiança nos

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óculos, e menos confiança em seus olhos; é lamentável. Quem usa óculos pensa ser mais erudito. Por que ser leal aos óculos, quando os óculos não são leais aos olhos?

Com lentes positivas ou negativas, os músculos circulares ciliares tenderão a se afastar cada vez mais do normal. As lentes positivas são sedativas dos músculos circulares ciliares de olhos hipermétropes que necessitam estimulante, ou desenvolvimento. As lentes negativas são estimulantes dos músculos circulares ci-liares de olhos míopes que necessitam de sedativo, de relaxa-mento, ou de subdesenvolvimento. Em outras palavras, os mús-culos circulares ciliares de olhos hipermétropes necessitam se fortalecer, enquanto os músculos circulares ciliares de míopes necessitam se enfraquecer. Um ou outro ou ambos farão isto, du-rante certo período, se deixados naturalmente. O uso de óculos, por um ou outro ou ambos, fará exatamente o oposto.

Um dos sinais precursores de miopia é a pupila dilatada. Pupila grande, aflições, tensões e dores de cabeça são os princi-pais sinais. Assim atualmente, isto acontece em cerca de dez en-tre cem crianças e jovens. Vinte e cinco anos atrás eram apenas poucos por mil. Isto porque as crianças e jovens de hoje usam os olhos mais duramente, em muito mais trabalho de perto, do que faziam há vinte e cinco anos. Da maneira como acontece hoje, se algo não parar este fato o número será acima de cinquenta ou mais em cada cem se tornando míopes, nos anos vindouros. Aqueles que desenvolvem miopia apesar de todas as precauções, deveriam fazer o melhor que puderem com os olhos, sem óculos, independente da dioptria ou grau de miopia. Recorrer aos óculos vai multiplicar progressivamente a miopia.

Somente crianças e jovens são afetados pela miopia. Uma vez que são acometidos com até um quarto de dioptria, eles fi-cam submetidos por algum tempo futuro consequentemente. En-tretanto, a maioria dos casos são afetados com uma ou até três

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dioptrias antes de ser descoberta. Todos irão aumentar progressi-vamente se os maus hábitos não forem combatidos, e recorrerem aos óculos, ou ambos. Não há fim a este aumento, até ou depois de quarenta anos, em dez, vinte, ou até mesmo trinta dioptrias de miopia.

A hipermetropia não é má nem boa, comparada com a mio-pia. A miopia é sórdida, perigosa e traiçoeira. É o pior incômodo refrativo do olho que pode acontecer às crianças e aos jovens, a pior condição que os oculistas têm que cuidar e que o paciente possa ter. Como dito antes, são os músculos circulares ciliares superdesenvolvidos, supercontraídos. No globo ocular com mio-pia, há forte tendência dos músculos circulares ciliares prende-rem cada vez mais firmemente.

Há pais que têm olhos normais cujos filhos devem ser mío-pes, e existem pais míopes cujos filhos têm olhos normais ou hi-permétropes. Pode-se herdar características que causam miopia, mas não a própria miopia. Somente a hipermetropia, ou múscu-los circulares ciliares fracos, são hereditários.

Muitos oculistas podem ficar com medo de perder o paci-ente, pensando que não prescrevendo os óculos desnecessários outro oculista o faria. Seria mais honesto o oculista prescrever lentes planas, e não lentes brandas negativas. O paciente não iria saber a diferença, considerando maior interesse na armação. Poucos oculistas fariam isto com medo de serem descobertos. Mas as lentes planas não iriam prejudicar os olhos. Os olhos ra-pidamente se adaptam, e se transformam. A miopia se instala porque as lentes negativas provocam miopia progressiva. Se usassem lentes planas, estariam em melhor situação. É difícil en-tender por que alguém que supostamente não necessita de óculos gostaria de usá-los.

Por causa do uso comum e frequente, torna-se impossível provar que os óculos não são científicos. Os usuários têm des-

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culpas e razões no seu primeiro par de lentes, e por que não po-dem ficar sem óculos. Nunca admitirão que gostam de usar óculos.

Os pacientes consultam oculista com receio das condições oculares. Poderiam conviver com essas condições (miopia, hi-permetropia), desde que usem corretamente os olhos. Consultam o oculista porque usam os olhos erradamente. O oculista verifica a miopia ou hipermetropia, e a responsabiliza pelas queixas. Os oculistas deveriam dizer que é necessário DISCIPLINA no uso dos olhos. O oculista e o paciente pensam que o caso exige e tem de ser remediado com óculos. Os distúrbios são agravados pelos óculos que então devem ser mudados frequentemente, sempre com lentes cada vez mais fortes e aproximadamente a cada ano. Se, em alguns casos, não mudar as lentes é porque os óculos fo-ram prescritos muito fortes na consulta anterior. Nada poderia ser pior do que o oculista prescrever lentes muito fortes em qual-quer caso, mas é particularmente ruim no caso da miopia. É ruim o suficiente na hipermetropia ou astigmatismo de qualquer tipo.

As crianças e jovens não têm de ter visão 20/20, ou para salvar os olhos. É belo ter visão 20/20, mas não é saudável quan-do se usa óculos. Acautele-se de visão clara com óculos. O uso de óculos pode enganar o usuário, mas não podem enganar os olhos. Os olhos se tornarão exatamente o que os óculos fazem com eles. Os olhos querem ser livres e perambular no campo de visão sem óculos. Querem a relação íntima entre focar e fundir em toda e qualquer distância. O uso de lentes positivas ou nega-tivas quebra esta relação, portanto, não devemos lidar com a vi-são com óculos somente; devemos lidar com o bem-estar futuro do olho. Ninguém pode ter bem-estar futuro do olho com óculos. Portanto, prescrever lentes positivas ou negativas em casos de crianças e jovens é pior do que não fazer nada.

A velha tradição dos olhos e óculos está arraigada profun-damente nos corações e mentes das massas. A maioria das pes-

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soas ficam perplexas quando descobrem a verdade sobre os olhos e óculos; é como se fosse o fim do mundo. Elas acreditam nos óculos como acreditam em Deus. Poder-se-ia tentar dizer-lhes que Deus não lhes dirá que os óculos não salvam os olhos; que os olhos nunca melhoram com óculos; que os olhos nem permanecem os mesmos com os óculos; que todos os olhos fi-cam piores com óculos. Os óculos parecem tão adequados e cer-tos que é difícil acreditar que possam ser tão impróprios e erra-dos. Especialmente crianças e jovens podem não saber, mas os adultos deveriam saber melhor.

Os óculos de sol são ruins porque dilatam as pupilas dos olhos, quando os olhos necessitam dos raios solares e da luz para contrair as pupilas. As pupilas dilatadas são um dos primeiros si-nais precursores da miopia.

Até mesmo óculos coloridos ou de sol não podem ser usa-dos sem causarem dependência, e prejudicando os olhos. Os olhos necessitam dos raios solares e de toda luz para fazer e manter as pupilas dos olhos menores. Quanto menores as pupi-las, melhor enxergam e o futuro é mais seguro. É necessário grande quantidade de luz e de raios solares para diminuir e man-ter as pupilas pequenas. Óculos de sol podem ser usados no polo norte ou sul prevenindo a cegueira da neve. Devem ser usados sob as mais extremas condições nos outros lugares, mas o pro-blema é que são usados quando não há condições extremas. De-veríamos proteger nossos olhos do sol direto, e usar visor solar ao dirigir. O uso de óculos coloridos ou de sol hoje exigirá ócu-los regularmente amanhã. Eu, por minha parte, nunca os usaria. Não se deve temer os raios solares ultravioletas ou infraverme-lhos, exceto sob as condições as mais incomuns e extremas. O raciocínio acima também se aplica a lentes ligeiramente colori-das.

Praticamente todos os oculistas podem prever como os

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olhos se comportarão depois dos primeiros óculos começarem a ser usados. Em consequência sabem acerca das trocas de lentes que deverão ser feitas a cada um ou dois anos. Em alguns casos, onde tal mudança não ocorre é porque as lentes prescritas esta-vam muito fortes quando receitadas. Os oculistas não imaginam, e os pacientes não sabem que há o “fim da linha” com os óculos na meia-idade ou mais tarde. É muito tarde então fazer pelos olhos o que deveria ter sido feito numa idade mais jovem.

A ninguém é dito como os olhos estarão depois de usar os primeiros óculos. Ninguém nasce com os incômodos graves do olho que têm mais tarde durante a vida devido ao uso dos ócu-los. A verdadeira natureza dos óculos especialmente em crianças e jovens, é somente aliviar ou fazer enxergar artificial e tempo-rariamente, com quaisquer lentes que use na época do exame – nunca prevenir, melhorar ou curar a condição muscular ou refra-tiva do olho.

É muito fácil a criança ou jovem usar óculos. Havendo queixa sobre os olhos os pais entram em pânico e correm ao ocu-lista, que não tem absolutamente nenhum escrúpulo de prescre-ver alguma espécie de óculos. Então todos os envolvidos ficam satisfeitos que os óculos resolveram o problema, e assim tudo está correto. Se não fosse tão trágico, seria muito cômico a to-dos; mas é tudo muito lastimável. As crianças e jovens são as ví-timas inocentes, que devem pagar pelo erro do que foi feito. Pe-diram ajuda, e foram dados os óculos prejudiciais.

A falha não está somente nas crianças e jovens neste negó-cio de óculos. A falha também está com os pais, professores, as-sistentes escolares, escolas de atendimento ao olho (50.000 ocu-listas somente nos Estados Unidos), e certas organizações, patro-cinadas pelos oculistas e indústria ótica de milhões de dólares por ano. Muitas organizações promovem a venda e uso de ócu-los recomendando com insistência em suas propagandas de ad-

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vertência de se ter os olhos examinados numa idade muito jovem e muitas vezes depois disso, pretendendo que o remédio invariá-vel seja os óculos, e mudanças de óculos. Os pais não pensam duas vezes antes de adquirir os óculos dos filhos. Professores e assistentes estudantis não deveriam ter pressa e pedir que os es-tudantes usem óculos, a menos que assumissem a responsabili-dade do que os óculos irão fazer aos olhos. As escolas de atendi-mento aos olhos ensinam somente como prescrever óculos. Onde as escolas de atendimento terminam é onde eu começaria.

História pessoal do autor

Se não fosse pelo que aconteceu com meus próprios olhos na idade de doze anos e desde então, eu não estaria tão seguro do que tenho a dizer contra os óculos, especialmente nos olhos das crianças.

O que aconteceu com meus olhos na idade de doze anos está acontecendo aos olhos de milhões de crianças hoje. Isto foi há cerca de sessenta anos, mas me lembro como se fosse ontem. Não tinha incômodo de olhos antes. Morando em fazenda em Carroll, Iowa, as únicas histórias em quadrinhos que tínhamos naquele tempo, eram aquelas no jornal Chicago Sunday Exami-ner. Não tínhamos pilhas de revistas de “histórias em quadri-nhos” como atualmente as crianças e jovens têm. Com minha ca-beça entre as mãos, apoiadas nos cotovelos e de bruços, lia as histórias em quadrinhos, deitado no chão. Quando terminava e levantava, minha visão estava embaçada e míope. Eu tinha ideia do que causava esta diminuição de visão, mas não contei a meus pais. Naquele tempo, os pais não iriam prestar atenção nisso. Uns poucos o fariam, consultando o oculista que prescreveria óculos. Lembro-me de alguns que fizeram isto. Todos ficaram piores e tendo lentes cada vez mais espessas. Mas renunciei à causa deste incômodo, e sem ajuda dos pais, oculista, gotas me-

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dicinais, ou óculos, minha vista voltou. Próximo dos vinte anos, quando iniciei na ótica e estudava oftalmologia, na qualidade de estudante testando e examinando os olhos uns dos outros, verifi-quei que meus olhos estavam perfeitos.

Sei agora que, se meus pais me tivessem levado ao oculis-ta, me seria prescrito lentes de miopia, e se isso tivesse aconteci-do, hoje sem dúvida meus olhos teriam miopia de alta dioptria, possivelmente acima de vinte e cinco dioptrias, tudo porque uma vez usei meus olhos erradamente lendo histórias em quadrinhos no chão. Sei agora que são necessários apenas poucos minutos do uso de maneira errada dos olhos e acontecer a primeira mio-pia, e que conservando tais maus hábitos dos olhos, com ou sem óculos, a miopia será progressiva. A miopia piora mais rapida-mente e em maior extensão com óculos do que sem óculos.

Enquanto tenho gozado de visão perfeita em cada olho, e conforto sem óculos nos últimos quarenta anos, na idade de se-tenta e cinco anos tenho de ficar atento a meus olhos e evitar a miopia. Leio muito, e há ocasiões, quando olho para cima e lon-ge, que minha visão de longe fica embaçada, significando que estive lendo muito com dificuldade, de muito perto, e durante longo tempo, sem olhar para cima e longe o número de vezes su-ficiente. Quando isto acontece paro de ler até que a visão à dis-tância se torne clara novamente. Ajudo-a a clarear piscando e comprimindo os olhos. Frequentemente, faço experiência em meus próprios olhos e ver quanto tempo devo ler até isso aconte-cer. Então paro de ler o tempo suficiente e verifico quanto tempo leva até voltar ao normal. Se recorresse aos óculos de miopia por causa da miopia temporária, a miopia teria se instalado e tornado permanente, e se tornado progressiva.

A idade e o tempo ajudarão os olhos do adulto voltar ao normal, se os maus hábitos do olho forem parados o tempo sufi-ciente. Com o objetivo de impedir que aconteça novamente, os

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adultos deveriam manter seu trabalho de perto mais longe, com boa iluminação incandescente direta, e olhar para cima e para longe frequentemente. Deveriam piscar e comprimir os olhos frequentemente com as pálpebras. Se os adultos fizerem como eu faço, poderiam controlar seus olhos como controlo os meus.

A contribuição dos professores

Os estudantes míopes deveriam obter a cooperação dos professores e assistentes escolares, sentar perto ou na primeira fileira da sala de aula, e em casos graves obter permissão de ir até o quadro-negro, se for necessário enxergar. Não deixar ne-nhum professor ou assistente escolar exigir que o estudante use óculos por qualquer razão.

Os professores não devem sobrecarregar os estudantes com excesso de trabalho de casa. Os olhos dos estudantes se tornam cansados e embaçados com muito trabalho de casa, com ou sem óculos de miopia. Os assistentes escolares podem fazer testes de acuidade visual dos estudantes, mas não sugerir ou insistir que usem óculos. A supereducação apressada e violenta é a causa de muitos estudantes estarem se tornando míopes. Seria melhor ser o mais fraco estudante com os melhores olhos do que o melhor estudante com os piores olhos. Os olhos deveriam estar em pri-meiro lugar.

Os professores deveriam gastar pelo menos uns poucos mi-nutos cada dia em todas as salas até o nível universitário, ensi-nando os estudantes como usar os olhos corretamente, fazer to-dos os trabalhos de perto corretamente, e olhar para cima e para longe frequentemente, além de não usar os olhos erroneamente.

Os professores deveriam escrever letras grandes no qua-dro-negro, mantê-lo limpo com melhor contraste, e verificar se não há reflexo luminoso. O reflexo não prejudica os olhos, mas

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os estudantes não podem ver. Os estudantes então dizem aos pais que não puderam enxergar no quadro-negro naquele dia, mas os estudantes não sabiam que havia reflexo, ou que o qua-dro não era negro, ou que o professor não escreveu bem ou gran-de o suficiente.

A natureza nunca pretendeu que crianças e jovens usem óculos. É ruim o suficiente que adultos da geração passada e pre-sente tenham que recorrer a óculos. É muito tarde para fazer o que deveriam ter feito na idade mais jovem, de modo a ter me-lhores olhos na idade mais velha. Entretanto, as gerações futuras de adultos poderiam ter melhores olhos do que as de ontem ou de hoje, se usarem os olhos corretamente e não recorrerem aos óculos na idade jovem.

Outras considerações

A dilatação das pupilas é ruim e totalmente desnecessária. Qualquer pessoa treinada no atendimento aos olhos pode exami-nar o interior da maioria dos olhos sem dilatar as pupilas. So-mente poucos onde uma condição interna do olho pode ser sus-peitada, necessitam exame interno do olho.

Sem dúvida, no futuro haverá no mundo, mais do que an-tes, de maneira sem precedentes, casos graves de incômodo dos olhos e cegueira, por causa do que está sendo feito aos olhos da presente geração. Os fatores que causam esta condição são o descolamento da retina, cataratas míopes, córneas cônicas e glaucoma; estes vêm principalmente a olhos com óculos, especi-almente da variedade míope.

Se alguém está ficando cego, ficará mais rapidamente cego com os óculos do que sem eles. Os óculos não previnem a ce-gueira.

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No mundo social e dos negócios muitos recorrem aos ócu-los, nem tanto por incômodo dos olhos, mas para se sentirem im-portantes ou imitar os importantes, para causar impressão, para dignificar sua pessoa, para encobrir falhas e defeitos faciais.

Imagino que alguns casos de miopia de jovens acima dos treze anos, já usando óculos, não quererão fazer o que peço, que é deixar os óculos todo o tempo. Mas podem tirar os óculos ao menos em parte do tempo, quando não estiverem trabalhando, ou dirigindo etc. Isto somente iria fazer os óculos permanecerem por mais tempo, sem a troca por lentes mais fortes. Mas muito poucos deles irão sequer fazer esta parte por si próprios.

Assim como os óculos, as lentes de contato prescritas usu-almente a seis metros, são erradas em qualquer outra distância. Os oculistas que dão grande importância ao astigmatismo nos óculos de precisão prescritos, fazem pouco caso dele, não se in-comodando de corrigi-lo nas lentes de contato, prescrevendo so-mente lentes de contato de poder esférico na maioria dos casos. Antes disso, eles me acharam faltoso por ignorar ou dar pouca importância ao astigmatismo, com minha teoria e método. As lentes de contato são a maneira paliativa pobre de tentar ficar li-vre dos óculos. Os que prescrevem lentes de contato tentam dar a impressão de que as lentes de contato são o aperfeiçoamento ideal dos óculos, o que elas não são. Os óculos são ruins o sufi-ciente aos olhos humanos, as lentes de contato são piores.

Ao escrever o que tenho a dizer como a causa dos incômo-dos refrativos e musculares do olho, as aflições, tensões e dores de cabeça de crianças e jovens, e por que os óculos são não cien-tíficos, provavelmente tenho deixado de lado algumas coisas que deveria ter escrito, e escrito algumas coisas que poderia ter dei-xado. Entretanto, acho que escrevi bastante às pessoas de mente aberta. Deus ajude as mentes abertas que estão a favor dos ócu-los. Desejo-lhes sorte e precisarão dela. Mas desafio provar que

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os óculos são científicos e corretos. Ninguém nunca provou isso, e ninguém pode provar. Quanto mais alguém tenta provar, mais verificará que não pode, provando assim que estou certo.

Nenhuma criança ou jovem pode desafiar a lei da ótica e usar óculos. São as crianças e jovens que irão pagar pelas perdas e pelo equívoco dos mais velhos. As crianças podem não saber algo mais, mas se não escrevi o suficiente para os seus pais en-tenderem, compreenderem melhor, e fazerem algo a respeito, en-tão não há esperança para o bem-estar futuro dos olhos de nossas gerações presente e futuras de crianças e jovens.

Apenas abordei superficialmente mostrando as possibilida-des sem óculos que são ilimitadas, se comparadas com as possi-bilidades com óculos. Os resultados não são melhores do que o dano que fazem aos olhos.

Se todos os oculistas fizessem como tenho feito, sem som-bra de dúvida teriam realizado muito mais do que tenho feito so-zinho. Muitas cabeças podem realizar mais do que uma sozinha.

Se tiver escrito o suficiente aos mais velhos entenderem, ficarão longe dos óculos em primeiro lugar, e deliberadamente tirarão os óculos já em uso. Se se disciplinarem no uso dos olhos em todo trabalho de perto e esperarem os olhos melhorarem du-rante certo tempo, então as gerações presente e futuras terão fu-turo melhor.

A miopia é a superconvexidade atrelada ao meio refrativo do olho. A hipermetropia é um meio refrativo subdesenvolvido do olho. Todos os olhos míopes eram normais ou hipermétropes.

A maioria dos casos de miopia pode ser relacionada ao mau uso e abuso dos olhos, como já descrito detalhadamente. Alguns casos podem ser adquiridos assistindo televisão de pe-quena distância.

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As aflições, tensões ou dores de cabeça na maioria dos ca-sos são causadas pelos mesmos maus hábitos dos olhos, em qualquer e todo trabalho de perto. Frequentemente são o precur-sor da miopia, se persistirem nos maus hábitos do olho. Existem ainda outras causas, tais como exposição a vapores de tinta fres-ca, vernizes, escapamentos de gases ou sistêmicos, para os quais os óculos não são o remédio. Aqueles que usam óculos por causa destes incômodos logo os terão com os óculos.

Os olhos míopes melhoram ou se curam sem óculos em um ano ou mais, dependendo do caso. Mas a melhora começará ime-diatamente, no minuto em que se parar todos os hábitos prejudi-ciais ao olho. Não há possibilidade de cura rápida em casos gra-ves. A miopia é muito parecida com a diabetes. Quando se é dia-bético, sempre se tem a tendência para ela a menos que viva cor-retamente. Uma vez afetado com a miopia, sempre se tem uma tendência para ela depois, a menos que se viva corretamente. Isto se aplica até mesmo nos casos mais simples. A idade e o tempo ajudam a melhorar a miopia, mas somente se abrandarem nos hábitos ruins do olho, e nunca usarem óculos de miopia. An-tes de se estressar com o que pode ou não pode ser feito para ca-sos já afetados de miopia, é mais importante prevenir novos ca-sos de adquirirem miopia. Assim não teríamos tais casos graves avançados. Ao contrário, os casos simples de ontem e de hoje se tornarão os casos graves progressivos de amanhã.

Os óculos deveriam ser permitidos aos adultos, não para crianças e jovens. Exatamente porque os adultos devem recorrer aos óculos não há razão de pensar e acreditar que as crianças e jovens devem fazê-lo. Não há comparação. Enquanto os olhos dos adultos são mais ou menos fixados em seu incômodo refrati-vo do olho, como dito antes, os olhos das crianças e jovens são flexíveis e em processo de desenvolvimento. Os olhos de crian-

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ças e jovens responderão à disciplina, com ou sem medidas cor-retivas, enquanto os adultos não.

Nos casos já adiantados de miopia existe outra maneira de ajudá-los a não piorar. Em primeiro lugar ter o mínimo de uso dos óculos, apenas nas emergências, tais como dirigir ou algo importante. Usar os óculos o menos possível. Evite todo trabalho de perto e que deveria ser feito sem óculos, sob boa iluminação incandescente, olhando frequentemente acima e longe. Se for muito difícil deveria ter óculos especiais de metade da potência destinado a trabalho de perto. A partir de então, não troque os óculos, a menos que a potência das lentes possa ser reduzida. Verifique isto a cada um ou dois anos.

Na maioria dos casos fazendo o que foi dito aqui haverá melhora e cura. Entretanto, há alguns casos de exceção. Por cau-sa da lealdade à velha tradição e salvar as aparências e não se convencerem de estar errados por terem usado óculos, insistirão que não observaram nenhuma melhora em ver ou sensação de melhora. Gostam de seus óculos e do que pensam que os óculos simbolizam. Esta oposição torna difícil mostrar ao mundo que os óculos não salvam os olhos; que os olhos nunca ficam melhores com os óculos, que todos os olhos ficam piores com óculos. Tal é a lei da ótica e dos olhos, quer gostemos ou não. O tempo pro-vará que ela é verdadeira. Ninguém pode desafiar e fugir da lei da ótica e dos olhos.

Palavra aos adultos

Estou preocupado principalmente com os olhos de crianças e jovens abaixo dos trinta e cinco anos, porém são dadas a seguir algumas palavras sobre os olhos dos adultos.

Que seja entendido que as condições de olhos de adultos não estão incluídas no que está explicado. É tarde na maioria dos

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adultos. Seus olhos estão mais ou menos fixados no seu incômo-do refrativo do olho. Os óculos deveriam ser prescritos com as lentes mais fracas possíveis, e usar o estritamente necessário. Os óculos nunca deveriam estar em uso quando poderiam não estar. Quanto mais tempo permanecerem sem usar os óculos, seus olhos mais rapidamente poderão ter lentes de menor potência.

A maioria dos adultos usam bifocais. Poucos usam óculos de leitura (não bifocais). Os bifocais são mais seguros por causa da distância ser mais nítida quando olham acima e longe. Os óculos de leitura ficam muito embaçados quando olham acima e longe, o que não é bom. Os usuários dos óculos de leitura dirão que retiram quando olham acima e longe. Não devem fazer isto rápida e frequentemente o suficiente pelo bem de seus olhos. Como resultado, irão criar mais presbiopia para perto e hiperme-tropia para longe do que se usassem as bifocais.

Ter bifocais não significa que deveriam ser usados o tempo todo. Significa somente que quando usam podem ver quando olham para cima e para longe. Usando o tempo todo significa que quando não estão fazendo trabalho de perto, tal como andan-do, muito frequentemente olham para baixo através dos segmen-tos bifocais, além da distância de leitura, que é quase tão preju-dicial como os óculos de leitura.

Se alguém usa óculos bifocais para longe o tempo todo, se-ria interessante fazer algo que muito poucos farão, que é ter ócu-los somente para longe, sem a bifocal. Assim poderia andar me-lhor, descer e subir escadas e meios-fios. Muitos tiveram aciden-tes, exatamente por usarem bifocais. Naturalmente, melhor é usar bifocais de leitura, usando-os quando necessário. Deve ser mais ou menos incômodo fazer, mas seria mais seguro e melhor.

De toda maneira, adultos míopes deveriam ter bifocais bem antes da aparente necessidade. Se são muito míopes, deveriam fazer leitura sem óculos tanto quanto possível, até mesmo se ti-

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verem bifocais, ou se precisarem fazer a leitura de mais perto. Mais cedo ou mais tarde alcançarão distância maior. Melhor ain-da, seria bom se pudessem usar cada vez menos os óculos de mi-opia à medida que avançarem na idade, e terem a potência da lente reduzida tão frequentemente quanto possível. Desta manei-ra poderão se tornar normais com o passar do tempo.

Teste nas escolas

O teste de acuidade visual das crianças nas escolas está correto se feito com paciência e compreensão. Muito frequente-mente, “com falha visual” é a classificação das crianças tímidas e os pais correm com ela ao oculista que invariavelmente pres-creve (erradamente) óculos. Então tudo é suposto estar bem. No próximo ano a criança falha no teste do olho, desta vez com ócu-los e a mudança de lentes é feita. Isto acontece a cada um ou dois anos depois de cada troca.

A criança deve ser capaz de ver o que está escrito no qua-dro-negro. Tantas crianças estão ficando míopes que seria me-lhor que o quadro-negro fosse abolido. As crianças míopes po-dem fazer trabalho de perto sem óculos. Os óculos de quadro-ne-gro são vinte vezes piores no trabalho de perto. Esta é a razão por que ficam progressivamente piores com óculos.

O que as crianças necessitam, quando falham no teste de olhos, é disciplina no uso dos olhos e não óculos. Alguns profes-sores premiam os estudantes que leem o maior número de livros. Isto não deveria ser feito até mesmo com as crianças de olhos bons, a menos que os professores observem que a leitura tenha sido feita na distância correta, sob boa iluminação incandescen-te, olhando acima e longe frequentemente. A maioria dos incô-modos de refração de crianças e jovens estudantes pode ser atri-buída ao trabalho escolar ser feito de maneira errada. Se fazem

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corretamente, haveria nenhum ou poucos incômodos refrativos dos olhos.

Portanto os testes de olhos nas escolas, para verificar aque-les que estão mostrando incômodos incipientes refrativos dos olhos, estão todos certos, mas deveriam ser orientados no uso correto dos olhos e não apressados em colocar óculos. Nos casos graves o oculista pode aplicar medidas corretivas.

Dirigir na adolescência; teste para carteira de motorista

Há o grande dia com o qual praticamente todos os meni-nos, e a maioria das meninas, sonham desde idade muito jovem. É quando eles podem dirigir carro.

Realizar este sonho implica em passar no teste do olho. Se usaram erradamente os olhos na idade mais nova, não podem passar no teste. Alguns não podem passar no teste até mesmo com óculos. Se os óculos não são novos, então obtêm novos óculos e passam no teste e usam com medo de serem pegos. É o “adeus aos olhos”.

Não estejamos tão convencidos de que o uso de óculos tor-na o dirigir mais seguro, mas os óculos devem ser usados con-forme a lei. Existem tantos ou mais acidentes com motoristas usando óculos do que com os que não os usam. Entretanto, a lei apela a restrições e uso de óculos, fazendo parecer que a lei está certa e eu estou errado. Não há diferença em que condições os óculos estão – novos ou velhos, tortos, sujos, com lentes arra-nhadas, bem ou mal prescritas, desde que porte ou use óculos. Como pode os óculos serem seguros?

Você deve saber ou lembrar que as lentes em todos os ócu-los têm somente um ponto de visão melhor – o centro ótico. Fora de centro, os olhos olham através de prismas, olhando à direita,

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esquerda, acima ou embaixo. Então há as bordas das armações dos óculos que impedem a visão. Fora das bordas não há lentes. Como estabelecido, todos os óculos são feitos considerando seis metros. Estão errados além e quando menos de seis metros.

Os óculos têm muitos defeitos. Uma das falhas mais im-portantes é que justamente quando alguém tem de enxergar bem, as lentes ficam embaçadas. Entretanto, com todas as falhas, os óculos, são usados com confiança, como se absolutamente não tivessem defeitos. O melhor que pode ser dito dos óculos, é que são paliativo, causando mais, do mesmo incômodo!

Os olhos nus também têm defeitos, mas nada é tão ruim quanto no início alguém tenha que aceitar os óculos e usá-los constantemente, pelo resto da vida. A maioria dos usuários de óculos não tiveram outra escolha. Entretanto, poderiam ter rejei-tado os óculos. Aceitaram os óculos sem questionar. Se tivessem apenas melhor conhecimento, como este caderno explica, pode-riam ter continuado e melhorado os olhos. Bons olhos, sem ócu-los, fazem os melhores motoristas, que estão sujeitos aos moto-ristas perigosos usuários de óculos.

Exercícios dos olhos

O autor fala em medidas corretivas e não dá exemplos. As-sim são acrescentados alguns exercícios que poderão ajudar na manutenção da boa visão ou até mesmo na recuperação.

Quer ter boa visão? Pisque frequentemente, para massa-gear, lubrificar e descansar os olhos, focalize um detalhe espe-cífico na paisagem visual e mude constantemente o objeto de focalização. Por exemplo, durante a leitura, deve-se piscar pelo menos duas vezes a cada linha, uma vez que o objeto focalizado (cada letra ou cada palavra) está mudando continuamente.

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Nada pode ser mais evidente do que os olhos serem forta-lecidos pelo exercício, assim como o exercício de qualquer ór-gão do corpo fortificará o próprio órgão.

Exercícios de qualquer grupo de músculos não somente tendem a fortificar diretamente estes músculos, mas também me-lhoram a circulação como ainda melhoram a condição das partes adjacentes. Se qualquer parte do corpo está fraca, frouxa, inefici-ente, exercícios que envolvem o uso dos músculos nesta região terão efeito de fortalecimento e de tonificação. Isto se aplica com ênfase especial aos exercícios dos músculos do olho.

A maioria das pessoas ficará surpresa, talvez mesmo es-pantada, com a melhora na condição dos olhos, resultante de duas ou três semanas de exercício adequado dos músculos dos olhos. Isto não significa que este trabalho deve ser feito somente por duas ou três semanas. Se você praticar diariamente terá olhos fortes e boa visão até o fim da vida.

Você pensará que estes exercícios são muito simples na verdade. Você pode praticá-los não uma vez ao dia, mas muitas vezes cada dia. Você pode praticá-los enquanto se veste de ma-nhã, ao se despir à noite, enquanto fora de casa passeando, en-quanto está dentro do carro, ou mesmo durante suas refeições.

Mas você deve reservar seu tempo especial com este fim, seja de manhã ou de noite. Do contrário, não serão praticados por causa dos diversos afazeres diários.

Exercício 1 – Gire e force os olhos à di-reita. Então gire e force os olhos à es-querda, continuando o movimento de vai e volta da esquerda à direita dez vezes ou mais.

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Exercício 2 – Gire os olhos para cima, isto é, olhe o mais acima possível sem le-vantar a cabeça. Então, sem mover a ca-beça, abaixe os olhos, olhando o mais baixo possível. Continue levantando e abaixando os olhos dez vezes ou mais.

Exercício 3 – Levante os olhos obliqua-mente à esquerda. Então abaixe os olhos obliquamente à direita. Repita dez vezes ou mais.

Exercício 4 – Levante os olhos obliqua-mente à direita. Então abaixe os olhos obliquamente à esquerda. Repita dez ve-zes ou mais.

Exercício 5 – Gire os olhos ao redor em círculo, no sentido horário, repetindo al-gumas vezes. Então repita girando no sentido contrário. Continue até começar a se sentir cansado.

Exercício 6 – Feche bem e vigorosamente os olhos, compri-mindo as pálpebras o mais firmemente possível. Abra os olhos e repita dez vezes ou mais.

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Exercício 7 – Trace com o olhar, várias vezes, o desenho de um oito em pé num sentido e depois no outro. Repita o exer-cício traçando um oito deitado e depois inclinando o oito obliquamente de 45o no sentido horário e depois no sentido anti-horário.

Exercício 8 – A partir do centro de seu campo visual, trace uma espiral no senti-do horário até atingir toda a circunferên-cia do campo visual. Desenrole a espiral de volta ao centro. Trace novamente a es-piral no sentido anti-horário.

Exercício 9 – Este exercício deveria ser realizado sem tensão, e a princípio so-mente com duas a quatro repetições a cada vez. Simplesmente olhe com os olhos cruzados tentando ver a ponte do nariz com ambos os olhos de uma vez. Constitui um dos mais vigorosos exercícios do olho e extremamente efetivo para obter controle voluntário dos músculos dos olhos. Grande número de pessoas recuarão ante o pensamento de tal exercício por causa do medo de que produza a condição permanente de estrabismo. No entanto é um dos melho-res exercícios visando corrigir a vesguice ou estrabismo.

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Exercício 10 – Encoste uma vareta no nariz horizontalmente. Em seguida encoste um lápis na vareta perpendicularmente e movimente-o lentamente, de uma extremidade a outra da vare-ta, observando sempre o ponto de intersecção e o movimento executado. Você terá a ilusão do X quando o lápis estiver no meio da vareta e do V em cada extremidade.

Exercício 11 – Segure uma vareta a cerca de 12 centímetros do nariz em posição vertical e um lápis também na posição vertical na outra mão com o braço esticado. Focalize a visão no lápis e venha trazendo-o até mais perto bem devagar. Você terá a ilu-são de duas varetas, mas não olhe elas. Agora focalize a vareta e você terá a ilusão de dois lápis.

Exercício 12 – Segure uma bola de cerca de 5 centímetros de diâmetro em cada mão. Jogue para cima a da mão direita en-quanto passa a da mão esquerda para a direita e apanha com a esquerda. Continue a jogar, passar e apanhar as bolas quantas vezes quiser, sempre seguindo o seu trajeto com os olhos. É im-portante que os olhos sigam a trajetória completa das bolas.

Exercício 13 – Leitura de baixo para cima. Segure o livro de cabeça para baixo e comece do canto direito inferior. Leia da direita para a esquerda, leia cada palavra individualmente e, as palavras extensas que não possam ser lidas de um relance, leia-as sílaba por sílaba. Cada palavra deve ser lida com os olhos e não adivinhada pelo sentido. Tal exercício poderia ser feito du-rante semanas ou meses até a leitura de baixo para cima ser tão fácil como a leitura no processo comum.

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Outro exercício dos olhos será seguir as linhas desenhadas dentro de um quadrado. Suponha que o quadrado represente a parede à sua frente. Faça um ziguezague com três retas na for-ma de Z ou N abrangendo todo o quadrado e retorne ao pon-to inicial percorrendo o caminho inverso. Pisque comprimin-do fortemente as pálpebras após cada reta traçada. Pratique-o du-rante alguns momentos com um olho primeiro, então depois com o outro, finalmente com ambos juntamente. Então repita o mes-mo exercício invertendo o N ou o Z.

Exercício da Hatha Yoga: o trataka, que significa olhar fi-xamente. Olhe fixamente, sem piscar, algum objeto pequeno, até que as lágrimas comecem a correr. Praticando este exercício cer-tamente todos os males da visão são destruídos e a clarividência é produzida. Com trataka todas as doenças dos olhos são curadas (Hatha Yoga Gerandha Samhita e Hatha Yoga Pradipika).

Exercícios de Focalização dos Olhos

Os exercícios de focalização são destinados sobretudo a fortalecer o poder de acomodação, isto é, o poder de mudar o foco dos olhos durante a visão a distâncias diferentes, e serão particularmente valiosos a quem for de visão defeituosa do perto ou do longe.

Olhe a ponta do lápis mantido a quinze ou vinte centíme-tros na frente dos olhos. Agora, olhe pela janela a algum ponto no horizonte ou qualquer objeto distante. Depois de olhar este ponto distante por dois ou três segundos, foque os olhos nova-mente na ponta do lápis. Se seus olhos são normais você será ca-paz de mudar de foco sem qualquer esforço consciente, mas de outra maneira você poderá experimentar muito claramente a sen-sação de esforço muscular no globo ocular. A ação muscular, consciente ou não dela, acompanha todas as mudanças de foco

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do olho. O poder destas mudanças deve obviamente ser melhora-do pela prática diária de alguns exercícios tais como este.

Os exercícios devem ser praticados com ambos os olhos si-multaneamente, a menos que um seja mais fraco do que o outro, neste caso será necessário praticar o mais fraco separadamente. A princípio você não será capaz de ver coisas muito próximas dos olhos, mas gradualmente você será capaz de diminuir a dis-tância. Comece segurando o lápis no ponto em que você possa vê-lo mais claramente, foque os olhos no lápis por um momento, e então olhe algum objeto distante, nuvem, árvore, casa ou cha-miné. Você pode variar o exercício, se quiser, olhando distâncias intermediárias entre alguns metros, vinte metros, trinta metros, ou cem metros etc. Então você pode começar a manter a ponta do lápis, um dedal, uma agulha, cartão impresso, ou o que quiser usar, cada vez mais perto do olho. Você verificará, no devido tempo, que poderá facilmente deslocar sua visão do objeto dis-tante ao lápis ou ao dedal colocado talvez dez ou quinze centí-metros na frente do olho, e ver clara e distintamente em cada distância.

Outro exercício é, com cada olho separadamente ou am-bos, olhar a ponta do nariz, depois olhar longe e então voltar à ponta do nariz. Este exercício, quando praticado com ambos os olhos simultaneamente, tem a vantagem de combinar o olhar com os olhos cruzados com o olhar de rapidamente mudar de foco.

Outro bom exercício quando se está lendo é, por exemplo, ao final de cada parágrafo, levantar os olhos, focalizar objetos distantes, piscar e continuar a leitura voltando ao início do pará-grafo seguinte.

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Aos que necessitam ainda utilizar óculos há uma alternati-va viável: óculos terapêuticos. Estes óculos não possuem lentes refrativas, mas uma película de plástico preto contendo furinhos que permitem a passagem da luz. Com eles é possível fazer exer-cícios da musculatura dos olhos, permitindo melhorar tanto a vi-são do perto como a visão do longe. Caso queiram, estes podem ser adquiridos no Brasil. Um dos contatos em São Paulo é Ro-berto Inácio, pelo telefone: (11)3063-1115.

Caderno elaborado com base no livro:Why Eyeglasses Are Harmful For Children And Young People

by Joseph J. Kennebeck, O.D.Originally published in 1969 by Vantage Press, New York

Copyright © 1969 Joseph J. Kennebeck (1890-1971).

http://www.i-see.org/eyeglasses_harmful/

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