curso emergencia clinicas - avc 2015 med cel

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  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

    1/15

    Graduado em Medicina pela Escola Paul ista de Medicina-

    UNIFESP. Residência Médica Clínica Médica pela UNIFESP.

    Residência Médica em Neurologia no Hosp i ta l das Cl ín icas

    da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

    Membro t i tu lar da Academia Brasi le i ra de Neurologia.

    Professor de Neurologia do Curso de Medicina do Centro

    Universi tár io São Cami lo. Médico do Am bulatór io de Neuro-

    Sono da UNIFESP. Médico do corpo cl ín ico do Hospi ta l

    Sír io-L ibanês.

    Dr. Victor Fior in i

    ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

    Dr. Victor Fior in i

    Nomencla tura Epidemio log ia e Impacto

     

    Ico

    42%

    AVC

    58%

    Mortalidade Mulheres ‐ 2012

    Ico

    51%

    AVC

    49%

    Mortalidade Homens ‐ 2012

    Ico

    47%AVC

    53%

    Mortalidade Total ‐ 2012

    Epidemio logia e Imp acto Epidemio logia e Imp acto

  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

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    “ Instalação súbita de

    déficit neurológico

    focal relacionado a

    um território arterial”

    Definição

    Def in ição

    “ Insta lação súb i ta de

    déf ic i t neuro lóg ico

    foca l re lac ionado a

    um terr i tó r io ar ter ia l ”

    “ Insta lação súb i ta de

    déf ic i t neuro lóg ico

    foca l re lac ionado a

    um terr i tó r io ar ter ial ”

    Def in ição

    “ Insta lação súb i ta de

    déf ic i t neuro lóg ico

    foca l re lac ionado a

    um terr i tó r io ar ter ia l ”

    Def in ição

    AVC isqu êmico

    AVC hemo rrág ico

    Ataque isquêmico t ransi tór io

    Classi f icação

    AVCi e AIT

    Fatores de risco modificáveis:

    üIdade: Risco dob ra a cada década após 55 anos

    ü Sexo: Risco 24 a 30% maior em hom ens

    ü Etnia: Risco 2,4 vezes maior em afro-americanos

    e 2 vezes maior em hispânicos e asiáticos

    ü Hereditariedade: Risco 1,9 vez maior se parentes

    de primeiro gr au com AVC

  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

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    Hemorragia Subaracnóidea (HSA)

    Fatores de risco:

    ü Tabagismo

    üHipertensão arterial

    üIdade (6ª década)

    üHistória famili ar de aneurism a cerebral (risco 4x >)

    üPresença de aneurisma cerebral*:

    ü < 10 mm = 0,05% / ano

    ü > 10 mm = 0,5% / ano

    üOutros: sexo, raça, ingestão excessiva de álcool, esforço

    físico (?)

    Fis iopatolog ia (HSA)

    Ruptura de Aneur isma Cerebra l

    Circulação Encefálica

    Circulação anterior

     versus

     circulação posterior

    SISTEMA

    CAROTÍDEO

    SISTEMA

    VÉRTEBRO-BASILAR

    Tron cos Supra-Aór t ico s

    Tronc os Supra-Aór t icos

    Pol ígo no de Wi l l is

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    Pol ígo no de Wi ll is Pol ígo no de Wil l is

    Terr i tór ios Arter ia is

    Ir r igação do Ho m únculo de Penf ield

    Quadro Cl ín ico

    Heminegl igência: d is túrb io v isuoespacia l

    Quadro Cl ín ico

    Heminegl igência: d is túrb io v isuoespacia l

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    Afasia: d is túrb io de l inguagem

    Quadro Cl ín ico

    Afasia: d is túrb io de l inguagem

    Quadro Cl ín ico

    A. Cerebral Média Dire i ta:

    Hemipares ia esquerda pred braquio- fac ia l + hemin egl igência

    Quadro Cl ín ico

    A. Cerebral Méd iaEsquerda :

    Hemipares ia dire i ta pred braquio- fac ia l + afas ia

    Quadro Cl ín ico

    A. Cerebral Anter ior :

    Hemipares ia contra lateralp red crural

    Quadro Cl ín ico

    A. Cerebral Poster ior :

    Hemianops iahomôn imacon t ra la te ra l

    Quadro Cl ín ico

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    Ataque Isquêmico Transitório (AIT)

    “Déficit neurológico focal de instalação

    súbita, com duração inferior a 24

    horas e presumidamente de origem

    vascular, limitado a um território

    cerebral ou do olho e nutrido por uma

    artéria específica.”

    Défic i ts

    neurológicos transi tór ios

    Evolução temporal  

    •  segund os – 5 ’ – 10’ 

    •  75%-85% têm du ração infer ior a 1 hora 

    •  Após 1 hora de déf ic i t neurológico estável , apenas

    14% regredi rão espontaneamente. 

    •  Após 3 horas apenas 2% regredi rão espontaneam ente

    (NINDS). 

    •  Média de duração:

    14 minutos p ara os AITs de terr i tór io carotídeo

    8 minu tos para os AITs de terr i tór io vértebro-basi lar

     

    Johnston SC. NEJM 2002

     

    AIT

    AIT: proposta de nova

    definição

    “Episódio breve de disfunção

    neurológica provocada por isquemia

    cerebral focal ou retiniana, com

    sintomas clínicos durando

     menos de 1

    hora

     e sem evidência de infarto .”

     

    Albers GW et al. NEJM 2002 

    AIT: h is tór ia natura l

    Em 3 0 d ia s : 

     – 4% evoluem para AVCI

    Em 9 0 d ia s : 

     –  10% a 11% evoluem com AVCI, m etade nos

    pr imeiros 2 d ias pós AIT. 

     – 2 ,6% terão evento cardíaco grave 

     – 2 ,6% evolu i rão para óbi to

    Johns ton SC et a l . JAM A 2000

    Denni s M et a l .S t roke1990

    W h i s n an t J P e t a l . M a y o C l i n P r o c 1 9 7 3

    AIT: Escore ABCD2 

    Parâmetro Descrição Pontos

    A (age)  > 60 anos + 1 

    B (blood

     pressure) 

    PAS ≥ 140 mmHgou

    PAD≥ 90 mmHg

    +1 

    C (Clínica)  Hemiparesia

    Alteração da falaisolada

    +2

    +1 

    D (duração)  > 60min

    10‐59min

    + 2

    +1 

    D (diabetes)  Sim +1

    AIT: Escore ABCD2 

    Parâmetro De scrição Pontos Interpretação

    A (age)  > 60 anos + 1 Risco de AVCi 

    B (blood

     pressure) 

    PAS ≥ 140mmHg ou

    PAD≥ 90 mmHg

    +1Risco pontos 2d 7d 90 d Conduta

    Baixo 0‐3 1% 1,2% 3,1% Ambulatório C (Clínica)  Hemiparesia

    Alteração da falaisolada

    +2

    +1

    Moder 4‐5 4,1% 5,9% 9,8% Ambulatório D (duração)  > 60min

    10‐59min

    + 2

    +1 

    Alto 6‐7 8,1% 12% 18% InternaçãoD (diabetes)  Sim +1

  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

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    AIT

    Quando não suspeitar

    §  Ocorrência isolada de sintomas como:

    ü  Vertigem

    ü  Tontura

    ü  Náusea

    ü  Síncope

    ü  Confusão mental

    ü  Amnésia

    ü  Convulsão

    AVCh Intraparenquimatoso:

    ü  Cefaleia

    ü  Náuseas

    ü  Vômitos

    ü  Rebaixamento de nível de consciência

    ü  Pressão arterial bastante elevada

    ü Crises convulsivas

    Quadro Clínico

    AVCi ≠ AVCh:

    Quadro Cl ín ico

    Hemorragia Subaracnóide:

    ü  Cefaleia SÚBITA ou PIOR DA VIDA

    ü  75% Menin gismo

    ü  60% Déficit Neurológico

    ü  60% Cefaleia, Náuseas e Vômi tos

    ü  50% Perda de Consci ência

    ü

      30% Cefaleias Sentinelas (15 dias antes do evento)

    ü  25% Convu lsõ es

    Quadro Clínico

    Quadro Cl ín ico

    Hemorrag ia Subaracnóide: Paral is ia do III nervo

    Quadro Cl ín ico

    Hemorrag ia Subaracnóide: Paral is ia do III nervo

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    •L ibman RB e t a l

    411 pacientes com diagnóst ico de AVC

    78 (19%) não se c onfirm aram 

    •Diferenc ia is :

     

    •Crises epi l épticas 13 (16.7%)

     

    •Infecções s i s têmic as 13 (16.7%)

     

    •Tumo res 12 (15.4%) 

    •Distúrbio s tóx ico-m etaból icos 10 (12.8%)

    Diagnóst icos Di ferenciais

    ü  Hemograma (Hb/ Ht e plaquetas)

    ü  Glicemia/ dextro

    ü  Na+, K+

    ü  Uréia, creatinina

    ü  TP, TTPA

    ü  Eletrocardiograma

    ü  TC de crânio sem contraste

    Exames necessários na fase aguda

    Tomog raf ia de Crânio

     

    • Di ferencia os t ipos de AVC ( isquêmico x h emorrágico) 

    • Est imat iva da extensão anatômica da lesão

    Tomog raf ia de Crânio

    Sinais Precoces de Lesão Isquêm ica

    Tom ograf ia de Crân io

    Pr inc ipais Loc ais de AVCh Int raparenquimato so

    Lobar

    Ponte Cerebelo

    Putaminal Talâmico

    Tomog raf ia de Crânio

    HSA – Class i f icação de Fisher

    Grau

    Risco de

    Vasoespasmo

    1 21 %

    2 25 %

    3 37 %

    4 31 %

  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

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    Arter iograf ia

    HSA – Padrão-Ouro para Aneur isma

    Ressonânc ia Magnét ica co m Di fusão

    Padrão-Ouro para d iagnóst ico de AVCi

    Tratamento do AVCI – Medidas Gerais

    Venti lação adequada

    üO suplementar em casos de hipóxia (Stroke 1994; 25:1901-14)

    Hidratação

    üUsar preferencialmente soluções salinas isotôni cas

    üEvitar infusão de solu ções hipotônicas e glicosadas

    Glicemia e outros aspectos metabólicos e eletrolíticos

    üDetermi nardextro/ glicemia mediatamente

    üHipoglicemia: “bolus” de solução gli cosada a 50%

    üHiperglicemia (Neurology 1992; 32: 1239-1246. ArchNeuro l 1985; 42: 661-663)

    qTratar com insulina se  200 mg%

    qÉ frequentementesub-tratada (Neurology 2002; 59:67-71)

    Temperatura

    üHipertermia(Stroke 2000; 31: 404-414. Stroke  1998; 29: 529-534. Lancet 1996; 347:

    422-425 )

    qTratar rigorosamente com antitérmicos

    Alimentação

    Profilaxia de TVP e outras complicações não neurológicas

    Fisioterapia motora e respiratória

    Tratamento do AVCI – Medidas Gerais

    Tromból ise Tromból ise

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    Tromból ise Tromból ise

    Trombólise no AVCI

    Resultados após 3 meses – NINDS-trial  (NEJM, 1995)

    ü chance de pouca ou nenhuma sequela: 30% maior

    ü não mudou a mortalidade

    ü r-TPA EV em até 180 minutos

    Sangramento in t racran iano s in tom át ico no

    NINDS 

    •6.4% de sangram ento

    intracraniano sintomático

    no gru po tratado (0,6% no

    grupo c ontro le)

    Maior chance de

    compl icações:

    re lacionadas a q uebras de

    protocolo

    Critérios de Inclusão

    ü Idade acima de 18 anos

    ü Diagnós tico cl ínico de AVCI

    ü Déficit neurológi co de intensidade significativa

    ü Tomografia de crânio sem evidên cia de hemorragia

    ü Até 4,5h (EV) ou 6h (IA) de evolu ção antes do início da in fusão do

    trombolítico *

    Critérios para trombólise - AVCI

    *Extensão para 4,5 horas - Ressalvas:

    q Idade > 80 anos

    qAVC prévio e diabetes

    q NIHSS > 25

    Critérios de Exclusão

    ü Hemorragia int racraniana na TC

    ü hip odensi dade precoce à TC (isqu êmica aguda?) maior do que um

    terço do terri tório da artéria cerebral média

    üSintomas mínimos ou com rápida melhora

    üGrande suspei ta clínica de HSA apesar da TC

    ü Sangramento interno ativo

    ü Diátese hemorrágica

    ü Neuroci rurgia, TCE grave ou AVC < 3 m

    ü Cirur gia de grande porte ou trau ma < 14 d

    ü Punção arterial não-compressível recente

    ü Punção lombar n os últimos 7 dias

    ü HIC, malformação ou aneuri sma cerebral

    ü Convulsão testemunhada no início do AVC

    ü IAM recente

    ü PAS >185 mm Hg ou PAD >110 mmHg

    Critérios para trombólise - AVCI

  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

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    CURVA DE AUTO-REGULAÇÃ O CEREBRAL

     

    Pressão Arterial no AVCI  : 

    Conduta Anti-Hipertensiva

    Área de Infarto

    X

    Área de Penumbra

    Pressão Arter ia l n o AVCI

     

    Broderick J et al. Ann Emerg Med. 1993;22:1438

     

    AVCI – Cond uta Ant i-Hipertens iva  

    4,5horas 

    Arq Neuropsiquiatr 2002; 60 3A):675-680

    NEJM 1995; 333:1581-7

     

    Tratamento d a Hipertensão no

    Paciente Cand idato a Trom ból ise

    AVCI: Causas de Piora Neurológica

    1.Distúrbio metabólico

    2.Infecção

    3.Progressão do AVC

    üPrimeiras 24 horas nos AVCs carotídeos

    üAté 72 horas nos AVCs vértebro-basilares

    4.Novo AVC

    5.Edema Citotóxico

    6.Transformação hemorrágica

    AVCI: Craniectom ia Descom pressiva

  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

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    AVCI: Craniectom ia Descom pressiva

    AVCH intraparenquimatoso

    4 Medidas gerais

    4 Tratamento da hipertensão arter ial s istêmica

    ØPA sistó l ica entre 150 e 220 mmHg => ALVO:PAS = 140mm Hg

    4 Tra tamento das comp l i cações neuro lóg icas :

    1.Hipertensão intracraniana

    Osmoterapia

    Hiperventi lação

    Sedação e re laxantes m usculares

    T ra tamento c i rú rg ico

    Cort icosteróides

    2.Cr ises con vulsivas

    AVCH in t raparenquimatoso :

    Tratamento

    AVCH intraparenquimatoso:

    Tratamento Cirúrgico

    HemorragiaSupratentorial: 

    • Cirurgi a em até 8h do i nício dos sintomas  • Volume do hem atoma de 20-50 ml 

    • Escala de Coma de Glasgow 9-12 

    • Idade entre 50-69 anos • Hematoma lobar sem inundação ventricular

    Hemorr agia Cerebelar:  

    • Hematoma cerebelar > 3 cm 

    • Escala de Coma de Glasgow < 13

    Hemorrag ia Subaracnóide:

    Tratamento Cirúrgico

    Hemorrag ia Subaracnóide:

    Tratamento Endovascular

  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

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  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - AVC 2015 Med Cel

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    Hemorragia Subaracnóidea:

    Prognóstico (Hunt-Hess)

    Grau Quadro Clínico Mortalidade  

    I  Assi ntomático , cefaleia ou rigi dez de nuca mínima 1,4%

     

    II Cefaleia moderada a intens a, rigi dez de nuca, sem

    déficit neurológico (exceto par craniano)

    5,4% 

    III  Sonolên cia, confu são, défici t focal leve 18,8% 

    IV Coma, hemiparesia moderada ou intensa, distúrbios

    vegetativos,descerebração

    41,9% 

    V  Coma profu ndo, descerebração, moribun do 76,9%

    DÚVIDAS

    Na área restrita do aluno

    no item Dúvidas