diário do comércio

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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 5 6 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 12º C. AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 20º C. Mínima 14º C. Ano 87 - Nº 23.456 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 22h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2011 A VIRADA DO TRILHÃO O tri estreia um painel maior no prédio da ACSP (à dir.) e um novo site, inspirado numa cabine de avião. Decole: o plano de voo, pág. 21 Movimento Hora de Agir convoca apitaço para amplificar coro pelo bom uso dos impostos. Pág. 20 De Olho no Imposto: Feirão no Pátio do Colégio mostra quanto de tributo há embutido em cada produto. Pág. 19 O trilhão em notas de 100 dá quase quatro voltas na Terra. Só empilhando coube aqui. Recolhido 35 dias antes do que em 2010, mostra que a receita tributária cresce mais do que a economia. O presidente da ACSP e Facesp, Rogério Amato (à dir.), pede, no dia do trilhão, mais transparência e conscientização. Páginas 19 a 24 Paulo Pampolin/Hype

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13 set 2011

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Page 1: Diário do Comércio

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Page 2: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Edi tor - Ch e fe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann([email protected]), Carlos de Oliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana([email protected]), Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e MarinoMaradei Jr. ([email protected]) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro ([email protected]) Editores: Cintia Shimokomaki([email protected]), Ricardo Ribas ([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Fernanda Pressinott,Kleber Gutierrez, Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Eliana Haberli, Evelyn Schulke, e Sérgio Siscaro Repór teres: An d e r s o nCavalcante ([email protected]), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena deCamargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio LeopoldoRodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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opiniãoA grande questão é: haverá decisão política para a troca de regime previdenciário?

Roberto Fendt

PIRÂMIDES FINANCEIRASE OUTRAS FRAUDES

ROBERTO

FENDTOs sistemasprevidenciáriosfuncionaram bemquando havia maistrabalhadoresativos contribuindodo que assistidos,e quando o tempode vida , depoisda aposentadoria,era curto.

No último dia 7, o go-vernador do Texas,Rick Perry, discur-sando em Newport

Beach, na Califórnia, atacou a pre-vidência social dos EUA, compa-rando-a a um fraudulento esque-ma de pirâmide financeira. "É umesquema Ponzi", afirmou o gover-nador em um debate.

O sistema previdenciário brasi-leiro é similar ao sistema america-no, como o é a grande maioria dossistemas previdenciários. Essessistemas funcionam em regime derepartição, em que as contribui-ções da atual geração de trabalha-dores pagam hoje os benefíciosprevidenciários das gerações quea precederam.

Se o sistema americano é um"esquema Ponzi", isto é, uma frau-de financeira, o mesmo ocorreriacom o nosso? Recordemos o se-nhor Ponzi e seu esquema. O imi-grante italiano Carlo Ponzi iniciouum negócio de compras de selosde resposta de correio internacio-nal cujos preços eram maiores nosEstados Unidos do que no estran-geiro. Para esse efeito, montou umfundo, prometendo pagar um ren-dimento de 50% num investimen-to de apenas 45 dias.

Ponzi, de fato, pagou o que pro-meteu, mas não com o retorno donegócio dos selos, que jamais ope-rou, e sim pagando aos investido-res iniciais com os recursos capta-dos dos investidores seguintes, eassim por diante. Dos US$ 5 mil in-vestidos em fevereiro de 1920, osaldo aplicado já ultrapassava omilhão de dólares em apenas cin-co meses. A captação continuoucrescendo, até que, em agosto de1920, os bancos declararam Ponziem bancarrota, com grande pre-juízo para os investidores.

Ponzi fez seguidores, o mais fa-moso dos quais foi Bernard Ma-doff, cujo "esquema Ponzi" deixou

para os investidores, em 2008, umprejuízo calculado em cerca de 65bilhões de dólares.

Fraudes financeiras não se res-tringem aos esquemas Ponzi. Tal-vez o maior golpe financeiro de to-dos os tempos tenha sido aplicadopor Artur Virgílio Alves Reis.

Em novembro de 1922, AlvesReis fez imprimir na empresa in-glesa Waterlow & Sons Limited,impressora do Banco de Portugal,com um contrato falso em nomedo Banco, 200 mil notas de valorde face de 500 escudos – uma somafabulosa, equivalente na época a1% do PIB de Portugal e a aproxi-madamente o número de cédulaslegítimas em circulação em Portu-gal e suas colônias.

C om a sua parte do apura-do com a fraude, AlvesReis fundou o Banco de

Angola e Metrópole e tentou ain-da obter o controle acionário dopróprio Banco de Portugal paraencobrir a fraude original. Atra-vés de intermediários, chegou aadquirir 25% das ações do banco.

Não era possível distinguir asnotas verdadeiras das falsas, jáque ambas haviam sido fabrica-das pela mesma casa impressora,com as mesmas características. Afraude foi descoberta quando sedetectaram números de série re-petidos, o que eventualmente le-vou à descoberta de toda a trama.

Alves Reis foi preso e julgadoculpado em maio de 1930 e liber-tado em maio de 1945, morrendode ataque cardíaco e pobre em ju-nho de 1955. Quanto a Carlo Pon-zi, passou seus últimos anos napobreza e veio a falecer como indi-gente no Hospital São Franciscode Assis, da Universidade Federaldo Rio de Janeiro, em Janeiro de1949. Bernard Madoff cumpreatualmente pena de 150 anos deprisão nos Estados Unidos.

Um a m i g o c o m e n t o u ,quando emprestei-lhe olivro de Murray Teigh

Bloom (O homem que roubou o Bancode Portugal), de onde extraí a histó-ria de Alves Reis, que, se as notasdo falsário, tão boas como as doBanco de Portugal, constituíam

PAULO

SAABTAREFA É DOGOVERNO TAMBÉM

Nós, brasileirostrabalhadorese pagadoresde impostos,queremos queos governantes,os políticos e osservidores queroubam o eráriosejam punidos.Chega deprivilégios.

uma fraude, o que constituía aemissão das notas "legítimas"?Não seriam as emissões dos ban-cos centrais, sem qualquer lastropara suas notas, também umaimensa fraude oficial?

O governador Perry acusa aprevidência social dos EUA de

pertencer à mesma categoria dosesquemas Ponzi original. O queestá sendo prometido não poderáser cumprido, afirma ele.

Os sistemas previdenciários detodo o mundo funcionaram bemquando havia mais trabalhadoresativos contribuindo do que assis-

tidos, e quando o tempo que resta-va de vida ao trabalhador, após aaposentadoria, era curto. Atual-mente, as pessoas vivem mais emtodo o mundo e o número de tra-balhadores ativos por assistidoscai a cada ano.

Todos os sistemas previden-ciários baseados no regimede repartição estão conde-

nados ao deficit. Uma alternativapara evitar que a Previdência setorne um esquema Ponzi é substi-tuir o sistema de repartição atual

por um regime de capitaliza-ção, com conta individua-

lizada, a exemplo dascontas do Fundo deGarantia. Cada tra-balhador contribui-ria, dentro de suaspossibilidades, pa-ra essa conta, que,aplicada, renderiajuros que seriamre a p l i c a d o s . N aaposentadoria, vi-veria dos juros daaplicação do saldode sua conta indivi-dualizada.

A grande ques-tão é: haverá decisão política pa-ra a troca de regime previdenciá-rio? Talvez seja essa a alternativaque o governador Perry tenhaem mente com suas críticas aosistema atual.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

Apresidente Dilma Rousseffconcedeu entrevistana noite do último

domingo ao Fa n t á s t i co na baseda promoção de seu lado pessoal,para dar à opinião pública umaimagem mais humana da mulherque ocupa o Palácio do Planaltoe também o da Alvorada.

Até aí tudo bem. É direitoda emissora fazer esse tipo depromoção a título de jornalismo,como é direito da presidentetentar suavizar a imagem deseu governo e da sua pessoal.

O que interessa analisaré o fato de, uma vez mais, apresidente ter dado à questão dacorrupção no governo a condiçãode circunstância, que devemerecer atenção relativa enão fazer parte da preocupaçãoprincipal do governo.

É evidente que a assessoriapolítica da presidente devetê-la convencido de que se oclamor nacional pelo combateaos corruptos em seu governofosse acatado como tal, ogoverno ficaria estigmatizadocomo corrupto – enquanto assimela pode apenas dizer que essaendemia faz parte do conjuntode atitudes e prioridadesque um governo deve ter.

Perfeito. Pertinente até, senão fosse um volume tãoelevado de ministros

e de colaboradores afastados emtão pouco tempo de governo.Notadamente quando se sabeque a mentalidade de uso dorecurso público em favor pessoalfoi incrementada no País nasduas gestões anteriores, em que

o presidente da República deu aoassunto atenção desprezível,para não dizer conivente.

A abordagem é praticamenteinformal de Dilma em relação ao

assunto – da mesma maneiracomo diz ser o termo "faxina"inadequado. Em sua opinião,o combate a corrupção não seriaprioridade, é algo dissociadodo grau de indignação que vemcrescendo na população.

Apresidente não querque seu governo fiquemarcado como tendo

como meta apenas combater acorrupção. Pode virar um estigma.Perguntada, todavia, naentrevista, qual a maior realizaçãode seu governo até aqui, citou aentrega de remédios de graçapara a população necessitada.É importante, mas pouco, diantedos desafios que demandam açãourgente, eficiente, do governo.

Combater a corrupção, punirculpados, poderia e deveria, sim,

ser uma meta prioritária dogoverno, para dar o exemplo,para minimizar a sede com queos desonestos têm ido aos cofrespúblicos. Deixaria, sim, para apresidente, a imagem machistade faxina, por ser ela mulher,mas acima disso, atrairia atão desejada alta simpatiapopular por demonstraro desejo de promover amoralização no poder público,tão desprezada em temposrecentes. E priscos também.

Isso se aplica, a partir doexemplo do governo daUnião, a todos os governos

estaduais, municipais, aospoderes Legislativo e Judiciário.

Nós brasileiros, trabalhadorese pagadores de impostos,queremos que os governantes, os

políticos e os servidores públicosem geral, que roubam o erário,sejam julgados e punidos, seculpados, como todo cidadãocomum. Chega de privilégios.

Você concorda com essaideia, leitor? De acabar como foro privilegiado e criar um ritode julgamento sumário paraquem comete crime emcargo público? Ou antes, oudepois? Se concorda, me digapor meio do do e-mailpsaab@instituto cidadania.org.br.

Participação do leitor :o meu e-mail entupiu

com as respostas àcoluna de ontem. Vamos

prosseguir. Darei notícias a todosque estão se interessando.

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

Page 3: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

A proposta de Obama de criarnovos empregos cominvestimentos focados em

infraestrutura e educação, comomodernizar escolas, podem terretorno a curto e longo prazos.

opinião OBAMA OFERECEU UMA PROPOSTA CONSTRUTIVA PARA ACORDO COM OS REPUBLICANOS.

THOMAS L.FRIEDMAN

Esta não é uma época fá-cil para ser presidenteou líder da minoria.Nossa despensa está

vazia, e a única coisa que temos emfartura é veneno político. Aliás, seveneno político pudesse ser trans-formado em combustível paratransporte, hoje seríamos inde-pendentes na questão energética.

Infelizmente, é só veneno e es-tá nos enfraquecendo – além detodo o resto que fizemos paraexaurir nossa vitalidade nacio-nal. Investimos pouco nas fontesde nossa força – infraestrutura,pesquisa científica com fundosgovernamentais, educação eimigração – nas últimas duas dé-cadas, optando por consumir emvez de poupar e investir.

Para fazer a diferença, esco-lhemos estimular nossa econo-mia com empréstimos em massa,que se deram mal em 2008, dei-xando-nos com o desafio da de-salavancagem, milhões de hipo-tecas debaixo d’água e a econo-mia quase paralisada.

Por fim, nosso sistema políticoficou imobilizado pelo partidaris-mo, a tal grau que há muitos cida-dãos e investidores deprimidos ese perguntando se ainda somoscapazes de uma ação coletiva. (E,se não somos, por que se arriscarinvestindo agora?)

Tenho argumentado que oúnico antídoto para estasituação enfraquecedora

é um Grande Acordo entre osdois partidos – um que corte gas-tos com obrigações duradouras eaumente impostos, para quenossa casa fiscal fique em ordem,ao mesmo tempo fazendo inves-timentos imediatos nas fontes denossa força (particularmente emnovas escolas e faculdades nascomunidades, pesquisas cientí-ficas e rodovias, banda larga,transporte de massa e aeropor-t o s ) q u e t a m b é m c o n s i g a mamortecer esta recessão.

O presidente Barack Obamatem falado genericamente sobreum Grande Acordo, mas nuncamostrou uma oferta detalhada aopovo norte-americano nem para oseu próprio partido. Isso foi umafalha de liderança.

PAULO

BRITO

A GUERRAAO TERROR

Livro apontaerros que teriamsido cometidospela CIA e FBI emnome do combateao terror apóso 11 de setembro.

De voltaao Grande

Ac o rd oNa noite de quinta-feira,

em seu discurso no Con-gresso, Obama final-

mente se voltou para esse desafiode forma atenta, plausível e subs-tancial. Embora eu ainda queiraver os cortes de gastos, a reformatributária e a receita proposta parapagar seu plano de US$ 447 bi-lhões – que ele prometeu revelarem 19 de setembro – , o presidenteestá agora claramente delineandosua versão do Grande Acordo deque o país precisa.

Obama fez isso utilizando mui-tas ideias – como cortes nos impos-tos sobre a folha de pagamento –que os republicanos devem apoiar.A proposta do presidente de criarnovos empregos com investimen-tos focados em infraestrutura eeducação – como modernizar 35mil escolas – podem produzir re-torno a curto e longo prazos.

"Após um atraso doloroso e,para muitos, inexplicável, o go-verno está finalmente passando

de uma série de medidas ad hocineficientes para um programaabrangente que visa a superar osobstáculos para a criação de em-pregos", comentou Mohamed El-Erian, o executivo-chefe de umadas maiores administradores detítulos, a Pimco. "A ênfase está,corretamente, nos incentivos aoemprego, nas reformas de merca-do de trabalho, na infraestruturae nas melhorias do funcionamen-to do mercado hipotecário."

Supondo que o presidenteObama vá seguir com os cortes

de gastos e o aumento de impos-tos que garantam nossa saúdefiscal de longo prazo – algo quevai desafiar seu próprio partido– seu plano pede uma respostaséria dos republicanos, a versãodeles de um Grande Acordo euma que também desafie suaprópria base partidária.

O Partido Republicanovai encontrar o presi-dente no meio do cami-

nho? Ele vai se comprometer –aceitando algumas ideias de

Obama e insistindo em algumasdo próprio part ido para umGrande Acordo? Ou vai se agar-rar a nunca aumentar impostossob qualquer circunstância?

Se o Partido Republicano achaque pode apenas obstruir Obamae esperar que a economia afunde –para que os republicanos se bene-ficiem disso nas eleições de 2012 –isso será um grande erro para opaís e para o partido. Eu acreditoque a maioria dos norte-america-nos deseja um Grande Acordo,tanto em substância como em es-tilo. Eles querem ver nossos polí-ticos trabalhando juntos, agindocoletivamente. Nós subestima-mos o quanto o rancor político tó-xico em Washington, hoje, jogauma mortalha sobre toda a econo-mia e faz com que todo mundo seagarre ao que possui.

Republicanos ou democratasque duvidam disso devem ligarpara Howard Schultz, o CEO daStarbucks, que ficou tão irritado

com a política que comprou umanúncio de página inteira no Th eNew York Times conclamando osnorte-americanos a não fazeremdoações a políticos de nenhumdos partidos, até que eles mos-trem uma disposição verdadeiraem se comprometer e arrumarnossa bagunça.

Como resposta, Schultz medisse, "fui inundado commensagens de pessoas

que nunca vi. Todas estão compar-tilhando suas histórias com um te-ma em comum: 'Não nos sentimosrepresentados e não reconhece-mos o país'. Os extremos dos doislados dominaram a maioria silen-ciosa. Não tenho medo de dizeraos dois extremos: a ideologia quevocês representam não é o país.Alguém na Starbucks me mandouum e-mail com a Promessa de Fi-delidade e uma palavra estava su-blinhada: 'indivisível'. As pessoasem Washington deveriam reler aPromessa de Fidelidade e obser-var o indivisível", arrematou.

Obama ofereceu agora umaproposta legítima e construtivapara reacender os esforços demontar um Grande Acordo comos republicanos. Muitos líderes doPartido Republicano já demons-traram que pretendem analisá-loseriamente. Espero de fato que se-ja assim. Com a Europa caminhan-do para despencar, mais do quenunca o mundo precisa que a eco-nomia dos Estados Unidos tenhauma base sólida.

THOMAS L. FRIEDMAN É C O L U N I S TA

DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Os ataques terroristasde 11 de setembro de2001 colocaram o

governo americano em rota decolisão com várias questões,entre elas seus valores, suas leise a legislação internacional.São muitas as acusações deabuso de autoridade, invasão,tortura e outros crimescometidos em nome da guerraao terror, da busca a Osama binLaden e da segurança nacional.

Mais uma delas chega agoracom o livro The Black Banners:The Inside Story of 9/11 and theWar Against Al-Qaeda (emportuguês, "Os flâmulas negras -a história do 11/9 e a guerracontra a Al-Qaeda", editora W. W.Norton, 608 páginas), entregueàs livrarias americanas neste 12de setembro. Ele foi impressocom quase 200 páginas a menos,censuradas pelo pelo FBI apedido da CIA. A censura daCIA é feita sobre os processos deinvestigação, de interrogatório etambém sobre as informaçõesque ela teria negligenciadoantes dos ataques. É mais umarranhão no desgastadoprestígio do governo agoraliderado por Barack Obama.

Oautor, Ali Soufan,nascido no Líbanomas de cidadania norte-

americana, foi agente do FBIe trabalhou em missõesantiterroristas de 1997 a 2005,quando deixou o órgão. Duranteesse período, interrogouvários membros da al-Qaeda eajudou ao desmantelar projetosde atentados e grupos daorganização em todo o mundo.

As informações de Soufan no

livro mostram como terroristaspensam e como eles podem serdetidos. Um mês antes do 11 desetembro, ele chegou a pedir àCIA um relatório que poderiater ajudado a evitar os ataques,mas o documento chegou tardedemais. Acontece que desdejaneiro do ano 2000 a agênciajá tinha uma foto do terroristaKhalid al-Midhar, que morouem San Diego. Soufan pediu àCIA informações sobreele e sobre seu companheiroNawaf Al-Hawzi um mês antesdos atentados.

Essa crítica à CIA não énova, e os dados que detalhamessa informação já foramapresentados em audiênciaspúblicas no Congresso, norelatório da comissão nacional do11/9 e no livro de memórias deGeorge Tenet, ex-diretor da CIA,lançado em 2007. Naturalmenteque a agência não queressa ferida exposta em plenacomemoração dos 10 anosdos ataques e isso pode explicar

a censura.Sua imagem

também ficaprejudic adapelos relatos deSoufan em relaçãoaos métodos deinterrogatório adotados pelosagentes, reconhecidamentebrutais. O autor garante queo método agressivo utilizadosobre o primeiro prisioneirodas investigações sobre osataques, Abu Zubaydah,foram desnecessários econtraproducentes. Ele foitestemunha desse interrogatório,mas no trecho em que abordao assunto, a CIA removeu ospronomes "eu", "me" e "mim".

Numa entrevista em2009, Soufan conta queo prisioneiro chegou

ferido e conversou com ele,dando informações preciosas,até que os homens da CIA

entrassem em ação.A CIA cortou nomes, trechos

inteiros e também expressões– algumas usadas inclusive nocinema –, alegando razõesde segurança nacional. Colegasde Soufan disseram que ele nãoacredita em cortes com essafinalidade mas sim paraimpedi-lo de contar episódiosque poderão ter reflexosnegativos sobre o órgão nummomento de comoção nacional.

O que Soufan viu nointerrogatório de Abu Zubaydahficou em segredo durantesete anos. Ele só tocoupublicamente no assunto depoisque certos documentos deixaramde ser "classificados" e depoisde o ex-vice-presidente DickCheney dizer que as técnicas"reforçadas" de interrogatóriohaviam funcionado.

"Eu estava no meio disso,e não é verdade que essastécnicas foram eficazes", disseele. "Podíamos ter feito tudo daforma correta. Fomos capazes

de obter as informaçõessobre Khalid SheikhMohammed – o mentor dosataques – em poucos dias."

Aprimeira edição deThe Black Banners va ipara as livrarias com os

cortes, mas a advogada deSoufan, Valerie Caproni, continuatentando liberar o que foicortado para que o a próximaedição seja publicada na íntegra.Soufan acha que os funcionáriospúblicos que trabalham nocombate ao terrorismo precisamencarar os fatos nos quaiscometeram erros e permitiramque a população americanaficasse em perigo: "É triste verque alguns se recusam a abordaros erros cometidos", disse ele.

Jennifer Youngblood,porta voz da CIA para esteassunto, assegura que oscortes foram feitos apenas eminformações ainda sigilosas:"Só porque uma coisa está emdomínio público, não quer dizer

que está oficialmente publicadaou deixou de ser classificadapelo governo americano", disseela. Já o FBI não quis fazer

comentários sobre os cortes.Por outro lado, dentro

de poucas semanas, aeditora Threshold

Editions develançar o livro

Hard Measures("Medidas duras"), escritopelo porto-riquenho JoséRodrigues, ex-diretor dasoperações clandestinas daCIA, e cujo testemunho secontrapõe ao de Soufan.

O livro conta a história dacampanha da agência contra aAl-Qaeda, e em especial o esforçona captura dos principais líderes– incluindo Osama bin Laden.Rodriguez afirma que o impactodo interrogatório de líderes, noinício, não deve ser desprezadoe defende abertamente o usodas chamadas "técnicasaperfeiçoadas" de interrogatório.Em outras palavras, tortura.

Soufan atualmente éconsultor em segurança e temuma empresa em sociedade comDaniel Freedman, que o ajudoua escrever o livro. Ele vive emNova York, mas boa parte de seusclientes está no Oriente Médio.

PAU L O BR I TO É J O R N A L I S TA ,G R A D UA D O EM ECONOMIA

E MESTRE EM COMUNICAÇÃO

E SEMIÓTICA

Page 4: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 5: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

DOAÇÃO ESTATALDeputado propõeque estataispossam financiarc ampanhas.

MIX DE FRENTEDeputados criam aFrente Evangélica.Dizem que vão seorientar pela Bíblia.

política

Relator sugere eleiçõescom dinheiro das estatais

A proposta do deputado Henrique Fontana (PT-RS) étão polêmica que até setores do seu partido

criticaram a sugestão de um fundo público parafinanciar campanhas políticas. Mas ele insiste e não

vê problemas, pois a distribuição seria feita pelaJustiça Eleitoral, com critérios "definidos".

Ofinanciamento decampanhas eleito-rais por empresasestatais é a mais

nova bandeira de setores doPT. A ideia é criar um fundoconstituído com recursos go-vernamentais e por doações deempresas privadas e de pes-soas físicas para bancar elei-ções para presidente, governa-dores, prefeitos, senadores,deputados e vereadores.

A criação do Fundo de Fi-nanciamento de CampanhasEleitorais (FFCE), previsto noestudo do deputado HenriqueFontana (PT-RS), relator da re-forma política, é tão polêmicaque despertou reações nospartidos aliados do governo eaté no PT. "Não é por viastransversas, como as estatais,que vamos ter o financiamentopúblico", afirmou o senadorWellington Dias (PT-PI). "Nãodá para por empresa estatal nofundo. Não acredito que o fi-nanciamento público venha aser aprovado no Congresso",reagiu o senador Walter Pi-nheiro (PT-BA).

Fontana justificou dizendoque as empresas privadas te-rão, ao fazer doação para o fun-do, "a oportunidade de provarque estão dispostas a contri-buir para a democracia, quenão haverá vínculo entre con-tribuição e retorno em favoresparlamentares". Quanto a par-ticipação das estatais, Fontanaalegou que também poderiamdoar porque o "dinheiro che-garia sem endereço partidá-rio". Além disso, a distribuiçãoseria feita pela Justiça Eleito-ral, "com critérios previamen-te definidos".

Para o líder do PSol na Câ-mara, deputado Chico Alen-car (RJ), seria "pouco saudá-vel" a permissão para estataisdoarem dinheiro para campa-

nha eleitoral. "As estatais sãoempresas que já têm compro-missos com programas sociaisde diferentes governos", afir-mou Alencar. Na visão do de-putado Ricardo Berzoini (SP),ex-presidente do PT, "a pro-posta tem pouca eficácia, jáque nenhum empresário vaiquerer doar sem saber paraquem vai o dinheiro". SegundoAlencar, até empresas que hojesão forte doadoras "vão ficarmenos generosas quando o di-nheiro for para um fundo".

Em discussão – A reformapolítica também foi o tema doencontro de ontem, em SãoPaulo, do ex-presidente LuizInácio Lula da Silva com líde-res do PT. O anteprojeto de leideverá ser votado na comissãoespecial que discute o tema nopróximo dia 21.

De acordo com a assessoriade Fontana, na reunião Lularessaltou que o financiamentopúblico exclusivo de campa-nha é fundamental para oaperfeiçoamento da democra-cia. Lula também teria consi-derado um avanço a propostado relator de adotar o sistemaeleitoral proporcional misto.

Segundo o ex-presidente, amedida seria importante por-que fortaleceria os partidos equalificaria a democracia aomanter a possibilidade de oeleitor votar em seu candidato,além de escolher a lista de umpartido. Lula já agendou parasexta-feira, a partir das 9h30,no Hotel Sofitel, um novo en-contro. Desta vez com a dire-ção do PDT, PSB e PCdoB. OPMDB ficará para uma próxi-ma rodada.

Conciliação – O ministro daJustiça, José Eduardo Cardo-zo, defendeu ontem um esfor-ço de conciliação entre as di-versas alas do PT no processode escolha de um candidato

para disputar a prefeitura deSão Paulo, em 2012. Cardozodisse que trabalha para que ha-ja um acordo interno e pediudesprendimento dos petistaspara evitar que a disputa pre-cise ser decidida com a realiza-ção de prévias.

Cardozo disse que tem umgrande carinho pela senadoraMarta Suplicy (PT-SP), masdeixou claro que estará ao ladodo ministro da Educação, Fer-nando Haddad, na disputa en-tre os pré-candidatos. "Antesde buscar favoritos, estou em-penhado em verificar se faze-mos a conciliação. Mas, se hou-ver prévias, cada um se aliaráao seu candidato". (Agências)

Deputados criam a FrenteParlamentar Evangélica

Para fiéis e descontentescom a Marcha da Maco-nha, com o reconheci-

mento da união homoafetivapelo Supremo Tribunal Fede-ral (STF) e os argumentos pró-aborto, deputados estaduaiscriaram a Frente ParlamentarEvangélica na Assembleia Es-tadual de São Paulo (Alesp).

Com 23 integrantes, 25% dodos 94 parlamentares da Casa,a frente não pretender causarpolêmica, apenas quer ser avoz da parcela evangélica dapopulação do Estado, infor-mou ao Diário do Comércio , oseu coordenador, deputado epastor da Igreja do EvangelhoQuadrangular, Carlos Cézar(PSC). O deputado rebate a li-mitação de assuntos à uniãohomoafetiva, à legalização damaconha e ao aborto. "Todosos temas que tenham relevân-cia e encontrem convergêncianos pilares de nossa fé, na nos-sa crença serão extremamenteimportantes para a Frente".

Gay s – Segundo Cézar, aFrente se opõe à homossexua-lidade e não ao homossexual."A Bíblia é clara referente a essetipo de conduta, mas não con-dena a pessoa". E conta quemuitos transsexuais já fre-quentaram sua igreja e foram"tratados com muito respeito".O deputado disse ainda que to-das as discussões da Frente se-rão pautadas pela Bíblia.

Para Julian Rodrigues, coor-denador-adjunto do grupoCorsa, defensor dos direitoshomossexuais, todas as banca-das cristãs no Congresso e nasAssembleias Legislativas e deVereadores são homofóbicas evão contra o Estado laico. "Emum Estado como o nosso, a re-ligião não pode interferir nasleis ou na política. Vamos dar onome certo para isso (criaçãoda Frente Parlamentar): ho-mofobia ". Para Julian, em en-trevista ao Diário do Comér-cio , a frente está "pregando oódio e usando a religião para ti-rar o direitos dos outros".

Citando o caso do "Kit semHomofobia" distribuído pelogoverno federal no início des-se ano, o deputado Carlos Cé-zar reiteirou que a Frente não

pretende gerar conflitos, comoocorreu na época entre religio-sos e associações homosse-xuais. "Nós condenamos essetipo de posicionamento."

Abor to– Sobre este tema,Cézar foi objetivo: "Falar emaborto pra mim é deliberar umassassinato a uma vida indefe-sa." Segundo a Bíblia, a vida édada a partir da concepção. Énisto que nos pautamos".

Marchas e Parada – Em ju-nho deste ano na avenida Pau-lista, foram à Marcha para Je-sus cerca de 5 milhões de pes-

soas, segundo os organizado-res. A Parada do Orgulho Gay,no mesmo mês e local, reuniu 3milhões. Já 1,5 mil defensorespela legalização da maconhaestiveram na Paulista.

No Brasil– No País, a popu-lação evangélica representa20,2%, segundo Novo Mapadas Religiões divulgado peloCentro de Políticas Sociais daFundação Getúlio Vargas.Aqueles que se declaram ho-mossexuais representam 10%dos brasileiros, segundo censode 2010 do IBGE.

Os 23 integrantes querem ser a voz dos evangélicos na Assembleia de São Paulo

Victória Brotto

Marcha para Jesus reuniu, em junho, 5 milhões de fiéis na Paulista.

Manuela D'Ávila: na frente na segunda tentativa pela prefeitura.

Manuela lidera pesquisa para aprefeitura de Porto Alegre

Adeputada federal Ma-nuela D'Ávila (PC-doB) lidera uma pes-

quisa de intenção de votos pa-ra a prefeitura de Porto Alegre,em 2012, feita pelo Ibope e di-vulgada neste final de semana.Manuela já foi candidata à pre-feitura, em 2008, quando ter-

minou o primeiro turno atrásde José Fogaça (PMDB) e Má-ria do Rosário (PT).

Nos cinco cenários em que oseu nome aparece, a deputadatem de 27% a 35% da preferên-cia atual dos eleitores. Nasmesmas situações, o atual pre-feito José Fortunati (PDT), can-

didato à reeleição, fica em se-gundo lugar, com índices quevariam de 25% a 29%. A menordistância é de dois pontos per-centuais (27% a 25%) em umcenário em que também apare-ce a ministra dos Direitos Hu-manos, Maria do Rosário (PT),com 18%. A maior distância éde seis pontos percentuais(35% a 29%) em cenário sem acandidata do PT.

Apesar da liderança, todasas situações configuram em-pate técnico, porque a margemde erro de cada índice são dequatro pontos percentuais pa-ra mais ou para menos. Em ou-tros dois cenários sem Manue-la, o atual prefeito lidera com32% e quando o candidato doPT é o deputado estadual RaulPont, que fica com 13%. Masempata com Maria do Rosário,com índice de 28%.

Av a l i a ç õ e s – Fortunati tam-bém é o primeiro colocado namodalidade espontânea, com11% da preferência no atualmomento. Neste quesito, Ma-nuela fica em segundo lugar,com 9% das intenções de voto.A pesquisa foi feita entre os dia2 e 5 de setembro, com 602 en-trevistados. Nesta pesquisa, oIbope aproveitou e tambémpediu que os eleitores de PortoAlegre dessem notas, de zero adez, para as atuais gestões mu-nicipal, estadual e federal. Oresultado mostrou que o For-tunati ficou com a média 6, ogovernador do Rio Grande doSul, Tarso Genro (PT), com 6,4,e a presidente Dilma Rousseff(PT) com a média 6,8. (AE)

A deputada federal pelo PCdoB tem a preferência do eleitor em cinco cenários

Beto Oliveira/Ag. Câmara - 23.08.11

André Dusek/AE - 24/08/11

Henrique Fontana: em defesa da participação de empresas privadas no fundo público para evitar "vínculos" e "favores parlamentares".

Márcio Fernandes/AE - 23.6.11

Page 6: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÕESEncontram-se abertos no Gabinete:PREGÃO ELETRÔNICO 282/2011-SMS.G, processo 2011-0.232.165-2, destinado aoregistro de preços para o FORNECIMENTO de MEDICAMENTOS ESSENCIAIS XIII,para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/ÁreaTécnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessãopública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 3 de outubro de 2011, a cargoda 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.RETIRADA DE EDITALO edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da SecretariaMunicipal de Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque -São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aoscustos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadaçãodo Município de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

SECRETARIA DA SAÚDE

3ª Vara da Fazenda PúblicaEDITAl DE CITAÇÃO PRAZO DE 20 DIASPROCESSO N° 0012753-30.2000.8.26.0053O(A) Doutor(a) Luis Manuel Fonseca Pires. MM. Juiz(a) de Direito da 3a Vara deFazenda Pública, do Foro Foro Central -Fazenda Pública/Acidentes, da Comarcade de São Paulo, do Estado de São Paulo, na forma da Lei, etc.FAZ SABER a(o) João Dourado de Souza, nascido em 28/01/1950, Brasileiro,natural de Brotas de Macaubas-BA, pai JOAQUIM DOURADO DE SOUZA, mãeMARIA FRANCISCA DE SOUZA. Manoel Dourado de Souza, Brasileiro, JoséBarbosa Dourado de Souza. Brasileiro que lhe foi proposta uma ação deDesapropriação por parte de Municipalidade de São Paulo, alegando em síntese:expropriação da área de 9,50 m2 do imóvel sito à Rua Aramaça n° 88 Capital SãoPaulo, contribuinte municipal n° 133.185.0023 1.Encontrando -se o réu em lugar incerto e não sabido, foi determinada a suaCITAÇÃO, por EDITAL, para es atos e termos da ação proposta e para que, noprazo de 15 (quinze) dias, que fluirá após o decurso do prazo do presente edital,apresente resposta. Não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos, peío(a)(s) ré(u)(s), como verdadeiros, os fatos articulados peio(a)(s) autor(a)(es). Seré opresente editai, por extraio, afixado e publicado na forma da lei, sendo este Fórumlocalizado ia Viaduto Dona Paulina, 80, 5º Andar. Centro - CEP 01501-020. Fone:32422333R2106, São Paulo-SP. São

SECRETARIA DOSNEGÓCIOS JURÍDICOS

Este ano não temos a menor condição de ter aumento de salário para as categoria s.José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça.política

Cardozo: Polícia Federal não terá reajusteAgravamento da crise econômica internacional levou o governo a vetar qualquer aumento salarial para o funcionalismo público este ano, explicou o ministro.

Oministro da Justiça,José Eduardo Car-dozo, avisou on-tem que o governo

federal não tem condições dereajustar os salários dos poli-ciais federais que discutem apossibilidade da decretação deuma paralisação dos serviços.De acordo com ele, o agrava-mento da crise econômicamundial fez com que o gover-no decidisse vetar aumento aofuncionalismo público.

"Este ano não temos a menorcondição de ter aumento de sa-lário para as categorias. A criseeconômica exige do Brasil pru-dência e cuidado", justificou oministro, após participar deevento sobre segurança públi-ca para a Copa e a Olimpíada,promovido pela Federaçãodas Indústrias do Estado deSão Paulo (Fiesp).

O ministro ressaltou que ofuncionalismo federal é peça-chave da administração públi-ca e que o governo tem ciênciadisso. Mas, "tudo tem que serfeito dentro das possibilida-des". Cardozo disse que o Mi-nistério da Justiça tem manti-do conversas com as entidadessindicais para dissuadi-los da

paralisação e para discutir apossibilidade de reajustes alongo prazo. "O diálogo com asentidades sindicais terá de serfeito na perspectiva de um fu-turo", reiterou.

No evento, o ministro garan-tiu que o País estará bem pre-parado para receber os doiseventos, embora tenha comodesafio os grandes índices de

Comissão da Verdade – Oministro também afirmou queo projeto que cria a ComissãoNacional da Verdade, em dis-cussão no Congresso, temgrande chance de ser aprova-do respeitando-se o texto ori-ginal apresentado pelo gover-no, ou seja, com a previsão denomeação de sete membrospela Presidência da República,e não de nove, com a indicaçãode dois deles pelo Congresso.

"Sinto hoje que há uma aco-modação nos termos do proje-to original. Se isso acontecer, aindicação será da presidenteda República", disse.

O ministro acredita que asdiscussões sobre a instalaçãoda Comissão já estão amadure-cidas o suficiente para seremchanceladas pelos parlamen-tares. "A meu ver, o projeto estábem maduro para ser aprova-do", afirmou.

Cardozo ressaltou que o go-verno tem pressa na aprovaçãodo projeto – a comissão vai ten-tar esclarecer denúncias detorturas, mortes e desapareci-mentos no período do regimemilitar, mas não terá caráterpunitivo. "Se puder aprovaraté o dia 21, ótimo". (AE)

Tudo tem que serfeito dentro daspossibilidades. Odiálogo com ossindicatos seráfeito na perspectivade futuro.

JOSÉ ED UA R D O CA R D O ZO

Cardozo: "A crise econômica exige do Brasil prudência e cuidado", justificou, ontem.

Anderson Timóteo/News Free/AE

Enem: Dilma gostou do resultado

Ap re s i d e n t e D i l m aRousseff e seus minis-tros avaliaram que o

resultado do Enem (ExameNacional do Ensino Médio) de2010 pode não ter sido excelen-te, mas pelo menos está dentroda meta estabelecida pelo go-verno, de acordo com o líderdo governo na Câmara, Cândi-do Vaccarezza.

"A meta do governo é alcan-çar 100 pontos em dez anos ealcançamos 10 pontos nesteano, então a meta foi atingida.Houve melhora significativado ensino no País, dentro doesperado. Não é uma euforiaporque temos ainda muito queandar, mas estamos dando ospassos na medida certa", justi-ficou Vaccarezza, após a reu-

Dilma: avaliação está dentro da meta estabelecida pelo governo

nião de coordenação políticarealizada ontem no Planalto-com a presidente.

Perguntado se ela ficou sa-

tisfeita com os resultados, res-pondeu. "Não tem como estarinsatisfeita. A meta foi atingi-da". ( Fo l h a p re s s )

Governo vai liberar R$ 43 milhões para SC

Diante das fortes chu-vas que atingem mu-nicípios de Santa Ca-

tarina, o governo anunciou on-tem a liberação de R$ 43 mi-l h õ e s p a r a a t e n d e r à snecessidades do estado.

Esses recursos já estavamprevistos em medida provisó-ria editada em julho deste ano,que abriu crédito extraordiná-rio de R$ 500 milhões para osministérios da Defesa e da In-tegração Nacional em ações deDefesa Civil.

Hoje, o estado e os 19 muni-cípios em situação mais críti-ca receberão o cartão de paga-mento de defesa civil, quepermite a gestores públicossacar e utilizar recursos do go-verno federal para compra demedicamentos, alimentos e

Rasante básico: aves ocupam vias superiores do centro de decisões políticas.

mado para explicar a inusitadaconduta das aves, como tam-bém não ocorreu a ninguémenxotá-las dali, já que não pa-reciam tão ameaçadoras.

A reunião de coordenaçãopolítica do governo, que se de-senvolvia ali mesmo no prédionaquele momento, prosseguiuentão normalmente. Assim co-

mo os urubus, que algum tem-po depois resolveram retomara rota aérea, aparentementedesinteressados no conteúdodaquelas conversas. (DC)

Oplácido céu da ca-pital federal – sócongestionado nosfins de semana por

conta da pressa dos parlamen-tares em voltar às suas baseseleitorais na quinta-feira pararetornar apenas na segunda –ainda exibia, ontem, um tomde azul intenso, mas a paisa-gem aérea mudou por algunsinstantes durante o dia. Mu-dou estranhamente.

Não se sabe por que razão,um grupo de urubus decidiuabandonar o límpido firma-mento para fazer uma escalaaérea não programada justa-mente no Palácio Planalto.Não apareceram nos radares,não alarmaram os responsá-veis pela defesa nacional nemchamaram a atenção dos segu-ranças locais.

Simplesmente rondaram oimprovisado campo de pousoe aterrissaram de mansinhonas vigas que dão sustentação,balanço e beleza à obra de Os-car Niemeyer.

Nenhum ornitólogo foi cha-

Algo a mais no ar de BrasíliaAtraídos não se sabe por quê, urubus fizeram uma escala técnica de voo no Palácio do Planalto, ontem.

aluguel social, por exemplo.O ministro Fernando Bezer-

ra (Integração Nacional) viajapara Santa Catarina para parti-cipar do evento.

"O presidente do Banco doBrasil me deu garantia de queos cartões estarão sendo expe-didos amanhã (hoje)", afirmouo ministro. ( Fo l h a p re s s )

Ajuda plástica: ministro mostra cartão de pagamento

Alan Marques/Folhapress

Beto Barata/AE

MPF monitora mudançade Buratti para Itália

OMinistério Público Fe-deral vai monitorar amudança do advoga-

do Rogério Buratti para a Itáliapara saber se alguma pendên-cia o impedia de deixar o País.

A decisão foi tomada após aFolha de S. Paulo no último dia

28, anunciar que o ex-secretá-rio de governo da primeiragestão de Antonio Palocci Fi-lho na Prefeitura de RibeirãoPreto (1993-1996) e membro da"República de Ribeirão" emBrasília foi para a Europa.

Parentes do advogado, que

vivem em Belo Horizonte, e desua mulher, Carla Lara Lemos,confirmaram a mudança. Noedifício onde Buratti mantinhaescritório na capital mineira, ainformação era a de que a salaestava desocupada. Não haviainformações sobre o destino naItália. Agora, no Facebook, Bu-ratti diz viver em Milão.

O ex-assessor de Palocci foium dos pivôs da "máfia do li-xo" de Ribeirão e, em 2005, acu-sou Palocci de receber propinamensal de R$ 50 mil de umaempreiteira. Mas é em outrocaso que ele será acompanha-do pela Procuradoria da Repú-blica no Distrito Federal.

Desde janeiro, Buratti e maissete são réus por supostas irre-gularidades na renovação decontrato, em 2003, entre a Cai-xa Econômica Federal e a GTe-ch para a gestão do sistema deloterias. A denúncia envolveBuratti em esquema de co-brança de propina para a GTe-ch renovar o contrato com aCaixa. O MPF diz que vai"acompanhar" a situação deBuratti para saber se houve al-guma irregularidade na saídadele do País. ( Fo l h a p re s s )

Apesar de envolvido em esquema de cobrança de propina, Buratti sai do País

violência. Para o ministro, a in-tegração das políticas de segu-rança entre Estados, municí-pios e União é fundamentalpara acabar com os problemasque impedem uma política emcomum.

"A integração é peça funda-mental, mas eu sei que há obs-táculos", admitiu.

Ed Ferreira/AE

Buratti, réu emdenúncia decobrança depropina entreGTech e Caixa, éacompanhadopelo MPF, quequer saber sehouveirregularidadena sua saída.

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Page 7: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

O dinheiro (da Universal) era obtido por meio de oferecimento de falsas prome s s a s.Sílvio Luís Martins de Oliveira, procurador da República.política

Edir Macedo: quadrilha teria sido montada para prática de estelionato, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, diz MPF.

Rafael Andrade/Folhapress - 07.09.07

Bispo é acusado delavar dízimo dos fiéis

Procuradoria denuncia Edir Macedo e mais três da Igreja Universal por crimes como formação de quadrilha

OMinistério PúblicoF e d e r a l e m S ã oPaulo denunciou obispo Edir Mace-

do, fundador e líder da Uni-versal do Reino de Deus, e ou-tros três dirigentes da igrejapelos crimes de quadrilha paraa prática de estelionato, falsi-dade ideológica, evasão de di-visas e lavagem de dinheiro.

Segundo a Procuradoria,Macedo, o ex-deputado fede-ral João Batista Ramos da Sil-va, o bispo Paulo Roberto Go-mes da Conceição e a diretorafinanceira Alba Maria Silva daCosta montaram uma quadri-lha para lavar dinheiro da igre-ja, remetido ilegalmente doBrasil para os Estados Unidospor meio de uma casa de câm-bio paulista, entre 1999 e 2005.

De acordo com a denúnciado procurador da RepúblicaSílvio Luís Martins de Olivei-ra, o dinheiro era obtido pormeio de "oferecimento de fal-sas promessas e ameaças deque o socorro espiritual e eco-nômico somente alcançariaaqueles que se sacrificassemeconomicamente pela igreja".

Os quatro também são acu-sados pelos crimes de falsida-de ideológica por terem supos-tamente inserido nos contra-tos sociais de empresas do gru-po da igreja composiçõessocietárias diferentes das ver-dadeiras. O objetivo seria ocul-tar a real proprietária de diver-sos empreendimentos.

Segundo a denúncia, a Uni-versal só declara ao Fisco partedo que arrecada, embora tenhaimunidade tributária.

Só de 2003 a 2006, conformea Procuradoria, a Universaldeclarou ter recebido poucomais de R$ 5 bilhões em doa-ções. Segundo testemunhas, ovalor pode ser bem maior.

Oliveira encaminhou cópiada denúncia à área Cível daProcuradoria da República emSão Paulo, solicitando queanalise a possibilidade de cas-

sação da imunidade tributáriada igreja. A denúncia foi ofere-cida à 2ª Vara Federal de SP.

E n d e m o n i ad o s – No mes-mo dia em que foi denunciado,o bispo Edir Macedo se envol-veu em outra polêmica ao ata-car as bandas gospel. Macedodisse que "99% desse pessoal(gospel) que canta por aí sãoendemoniados, é tudo (sic)perturbado".

Macedo e a Universal tam-bém têm uma gravadora demúsica gospel, a Line Records,cujo selo New Music lançou ar-tistas como Banda Audiolife,Jessyca e Robinson Monteiro, o"Anjo" (lançado por Raul Gilna Record).

Os bispos da Universal cita-ram especificamente a cantoraAna Paula Valadão, da bandagospel Diante do Trono – que

não pertence à Line Records."Outro dia um pastor botou

a mão na cabeça dela e ela caiuno chão", provocou o bispoMárcio, da Universal, duranteprograma ao lado de Macedo.

O bispo se referia ao encon-tro da banda e da vocalista comum pastor, no qual a cantoradesmaiou após ter sua cabeçatocada pelo religioso. Coman-dada por Romualdo Panceiro,

considerado por Macedo co-mo seu herdeiro espiritual,Ana Paula virou alvo de chaco-ta nos programas da IurdTV.

"Interessante ser criticadapor me render (de) corpo e al-ma em adoração na presençade Deus... até me regozijo porisso; não me deixarei intimi-dar", rebateu Ana Paula notwitter. Mais tarde ela postoupara que os fãs "não se preocu-

passem" com os ataques queela vinha sofrendo. Os fãs dabanda, no entanto, se mobili-zaram e passaram a atacar Ma-cedo, Panceiro e a Iurd em re-des sociais e até no site da pró-pria igreja.

Em outro programa, Mace-do atacou a música como umtodo, a qual disse que "embria-ga (os fiéis) de emoção". No en-tanto, o bispo e dono da Recordacabou admitindo que tam-bém "admira" um cantor gos-pel, Paulo Cezar, do grupo Lo-gos. Macedo já havia criticadoa música gospel em sua biogra-fia, lançada em 2007.

Diante do Trono é uma dasbandas mais conhecidas e to-cadas no meio evangélico bra-sileiro. Ela foi formada cerca de14 anos atrás e já vendeu porvolta de 15 milhões de CD's eDVD's.

Esta não é a primeira vez queEdir e seu grupo atacam pasto-res concorrentes – que têm"roubado" fiéis da Universal.

Os ataques de agora cha-mam a atenção pela sua viru-lência e pregação nitidamentepreconceituosa em relação aosritos com matrizes africanas,como ocorria nos primórdiosda Universal.

Aos que deixaram a Univer-sal, aos ex-dizimistas, o bispoMacedo reservou palavras deressentimento como: "Só estú-pido é que acredita que o Espí-rito Santo faz (a pessoa) cair, sóquem é burro." (Agências)

99% desse pessoalque canta (gospel)por aí sãoendemoniados,é tudo (sic)perturbado.

EDIR MAC E D O, QUE TEM UMA

GR AVADOR A DE MÚSIC A GOSPEL

Deborah Guerner: de volta à Justiça com pedido de restituição.

Ed Ferreira/AE - 21.97.11

Deborah quer de volta osR$ 280 mil apreendidos pela PF

Promotora envolvida no mensalão do DF diz que quer reaver dinheiro para custear tratamento psiquiátrico

Deborah Guerner, a pro-motora que responde por

envolvimento no suposto es-quema chamado de mensalãodo DEM de Brasília, pediu aoTribunal Regional Federal da1ª Região (TRF-1) restituiçãode R$ 280 mil apreendidos emsua casa pela Polícia Federaldurante as investigações daOperação Caixa de Pandora.Essas informações foram da-das pelo advogado Paulo Sér-gio Leite Fernandes.

Segundo Fernandes, os va-lores foram apreendidos emreais, dólares e euros. O di-nheiro tem origem lícita, com-provada por meio de extratosbancários e da declaração deimposto de renda.

O pedido foiprot oco la dono TRF-1 nofim da semanapassada.

D e b o r a hG u e r n e r e oe x - p ro c u r a-dor de JustiçaL e o n a r d oBandarra sãoacusados deenvolvimentono suposto es-quema de pagamento de pro-pina, descoberto pela PF e queculminou com a saída do ex-governador do DF José Rober-to Arruda do cargo.

De acordo com as denúnciasdo delator do suposto esque-

m a , D u r v a lB a r b o s a , o sdois acusadosteriam cobra-d o R $ 2 m i-lhões do ex-g ov e rn a do rpara não di-vulgarem o ví-d e o e m q u eArruda apare-ce recebendod i n h e i ro d eBarbosa.

O ex-procurador-geral doMinistério Público e a promo-tora negam as acusações.

Segundo o criminalista Pau-lo Sérgio Leite Fernandes, o di-nheiro apreendido pela PF ser-viria para custear o tratamento

da promotora. De acordo coma família e os advogados, De-borah está fazendo tratamentopsiquiátrico devido a transtor-no bipolar que teria pioradoapós as denúncias de envolvi-mento no mensalão do DEM.

"O dinheiro tem suporte nasdeclarações de imposto de ren-da. Não é crime manter dinhei-ro vivo em casa", disse Fernan-des. Segundo ele, "apreensõesdesse tipo são muito delicadasporque às vezes o dinheiroapreendido pertence legitima-mente ao investigado".

Em agosto, a promotora pas-sou a não mais receber o saláriodo MP. Em maio, o CNMP pe-diu a demissão de Deborah ede Bandarra. (Agências)

Apreensões dessetipo são delicadasporque o dinheiroapreendido podepertencerlegitimamente aoinvestigado.

PAU LO SÉR GIO LEITE FERNANDES

Prefeita do PT é presa por assassinatoSânia Teresa, em Anadia (AL), vai para a cadeia por denúncia de mandar matar vereador a tiros

OPT de Alagoas decidiuafastar ontemprovisoriamente dos

seus quadros a prefeita deAnadia, Sânia Teresa. Ela éacusada de ser a mandante damorte do médico e vereadorLuiz Ferreira de Souza (PPS),assassinado a tiros em 3 desetembro. A prefeita foi presano início da manhã, com omarido Alessander FerreiraLeal e o policial militar ClaudioMagalhães da Silva, primo esegurança de Sânia.

"Nós decidimos peloafastamento provisório, atéque sejam concluídas ainvestigações sobre o crime.Até porque temos querespeitar a presunção dainocência", afirmou JoaquimBrito, presidente do DiretórioEstadual do PT em Alagoas.

"Por enquanto, a prefeitavem sendo apontada apenascomo acusada. Caso aacusação seja confirmada, aexpulsão será definitiva, masse ela for inocentada,deverá voltar a fazer partedo partido".

I nve s t i g a ç õ e s – Brito aindaafirmou que o PT vaiacompanhar as investigaçõespor meio de seu corpojurídico. Segundo ele, otrabalho da Polícia Civil deAlagoas, de prender osacusados pela morte dovereador uma semana após ocrime, é positivo.

No entanto, para Brito, "essaceleridade deveria ser usadatambém para desvendarmais de 4 mil processossem autoria material eintelectual que estão

amontoados nas delegaciasde polícia do estado".

"A celeridade é correta, masé preciso que seja uma regra –e não a exceção. Por que atéagora a Polícia Civil deAlagoas não teve a coragemde apontar os mandantes doassassinato do estudanteFábio Acioly, que foiespancado, torturado equeimado vivo?", questionouo presidente do DiretórioEstadual do PT.

Segundo ele, o partidoacredita na prefeita, mas sesentiu mais à vontade com oafastamento dela, até que aacusação seja confirmada.

Os mandados de prisãotemporária foram expedidospelos juízes da 17ª VaraEspecial Criminal, a pedido dacomissão de delegados que

investigam o crime.O vice-prefeito, José

Augusto (PPS) – primo dovereador assassinado – deveassumir o cargo de Sânia.

Recentemente, o filho e omarido da prefeita foramacusados de espancar omédico ClaudemilnistonQueiroz, de 53 anos, dentrodo Hospital Municipal deAnadia. Ambos estãorespondendo ao processo.

Segundo José Augusto, seuprimo morreu porque decidiudeixar a bancada da prefeita esair candidato a prefeito.Na semana passada, ementrevista à imprensa, o viceafirmou que o rompimento deFerreira com Sânia trariaconsequências, como apossível cassação do mandatoda prefeita. ( Ag ê n c i a s )

Page 8: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

A DRU, vigente desde 2000, é instrumento de racionalização da gestão orçamentár ia.Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado.política

DRU: governo quer mexerno caixa sem empecilhos

Planalto considera essencial ampliar o prazo da desvinculação das receitas da União até 2015

Olíder do governono Senado, Rome-ro Jucá (PMDB-RR), apresentou

ontem Proposta de Emenda àConstituição (PEC) a fim deprorrogar a vigência da Des-vinculação das Receitas daUnião (DRU) até dezembro de2015, permitindo ao governomovimentar livremente 20%das receitas. A proposta de Ju-cá vai tramitar simultanea-mente à PEC do Executivo, quese encontra na Câmara, e servi-rá como um atalho para apro-vação final da matéria.

A iniciativa de Jucá tambématende a um pedido da minis-tra das Relações Institucionais,Ideli Salvatti, preocupada coma tramitação lenta da questãona Câmara. A prorrogação daDRU é considerada prioritáriapelo Planalto como ferramen-

ta indispensável ao controledo equilíbrio fiscal.

A avaliação no governo é deque o projeto do Executivo foienviado pela Casa Civil aoCongresso com muito atraso,no início de agosto, e que podenão haver tempo hábil para asua aprovação. Em 2007, aprorrogação da DRU foi envia-da em março e aprovada peloSenado em cima da hora, so-mente em dezembro. Se a DRUnão for prorrogada até final dedezembro, será extinta.

Na justificativa da proposta,Jucá afirma que a DRU, vigen-te desde 2000, "foi instrumentode racionalização da gestão or-çamentária", que ampliou aatuação dos gestores públicose possibilitou atender diversasdemandas "sem comprometero equilíbrio fiscal das contaspúblicas". Ele apela para a

atual conjuntura brasileira,que demanda investimentosurgentes para adequar a in-fraestrutura do País às exigên-cias internacionais, como a Co-pa do Mundo, em 2014, e aOlimpíada de 2016.

Na Câmara, a proposta en-gatinha na Comissão de Cons-tituição e Justiça (CCJ) há qua-se um mês, sendo que lideran-ças da base aliada tentarão vo-tá-la ainda nesta semana.

Sigilo eterno – O líder dogoverno no Senado disse tam-bém que o Palácio do Planaltonão vai orientar a base aliadapara a análise na Comissão deRelações Exteriores do projetode lei de acesso a informaçõesoficiais. O relator do texto é osenador Fernando Collor(PTB-AL) e deve ser votado naquinta-feira.

Segundo Jucá, se o relatório

de Collor for aprovado na co-missão, ele vai apresentar umrecurso para que o plenárioreavalie a matéria. Jucá defen-de que seja mantida a propostada Câmara, que estabeleceuum prazo de 25 anos, prorro-gáveis por mais 25, para o sigi-lo de documentos oficiais clas-sificados como ultrassecretos.

Collor apresentou um pare-cer que retoma o sigilo eternodesses documentos, como de-fendido no projeto original en-caminhado pelo Executivo aoCongresso Nacional, em 2009."A tendência é que seja reto-mado o texto da Câmara", dis-se Jucá. Em discurso na tribunado Senado, no mês passado,Collor comparou a possibili-dade de prorrogar sucessiva-mente o sigilo dos documentosa um "mecanismo mínimo desalvaguarda". ( Fo l h a p re s s )

Felipe Barra/Ag. Senado - 03.06.11

Romero Jucá: iniciativa do líder do governo é para acelerar a votação.

Paulo Bernardo: "Esperamos que nos próximos dias o projeto passe a vigorar".

Ed Ferreira/AE - 31.08.11

Bernardo fecha com Fazendadesoneração para redes

Oministro das Comuni-cações, Paulo Bernar-do, disse ontem que

encaminhou para o Ministérioda Fazenda o projeto de deso-neração para investimentosem infraestrutura de rede paratransmissão de dados, queagora deve seguir para apre-ciação da presidente DilmaR o u s s e ff .

"Fechamos com a Fazenda, ea presidente viaja na semanaque vem. Então, esperamosque nos próximos dias o proje-to passe a vigorar", disse Ber-nardo, que não descarta a pos-sibilidade de uma medida pro-visória, sem dar mais detalhes,pois ressaltou que essa decisãocabe à Casa Civil.

A d e s o n e r a ç ã o s e r á d ePIS/Cofins para equipamen-tos de rede, fibra ótica e cons-trução civil, resultando numa

renúncia fiscal de cerca deR$ 4 bilhões até 2014.

Só em PIS/Cofins a possibi-lidade de redução do custo é de10%, e há ainda categorias emque os equipamentos podemser beneficiados por conteúdonacional, como explicou o mi-nistro. O que ficou acertadocom a Fazenda foi a homologa-ção do projeto, mas as propos-tas seriam analisadas pelo Mi-nistério das Comunicações.

A contrapartida por partedos investidores é a abrangên-cia geográfica, de maneira aatender regiões com baixacompetitividade hoje nos ser-viços de banda larga.

"Temos muita necessidadede investimento em fibra óticapara formar o backhaul (espi-nha dorsal da rede), e sabemosque a tendência é as empresasinvestirem em regiões metro-

politanas, mais competitivas.Daí a exigência de contemplarregiões com menos densidadehabitacional", disse Bernardo.Também estarão excluídasempresas que façam investi-mento em rede para uso exclu-sivamente próprio, como umbanco, por exemplo.

O ministro ainda deixou cla-ro que as empresas podem in-vestir onde tiverem interesse,mas para terem acesso ao be-nefício da desoneração, elas te-rão de apresentar essas contra-partidas. O investimento totalem infraestrutura de rede pre-visto pelo Ministério das Co-municações é de R$ 70 bilhõesnos próximos quatro anos,sendo que com essa desonera-ção há uma possibilidade de seantecipar o montante em R$ 20bilhões, de acordo com cálcu-los do ministro. (AE)

Projeto encaminhado revê renúncia fiscal de R$ 4 bilhões até 2014

Lula recusa participarde evento com Dilma e Alckmin

Osegundo encontro emmenos de um mêsentre a presidente

Dilma Rousseff e ogovernador de São Paulo,Geraldo Alckmin, não terá abênção do ex-presidente LuizInácio Lula da Silva.Convidado pelo Palácio dosBandeirantes para participarhoje da assinatura do termoaditivo para construção dotrecho norte do Rodoanel, elerecusou o convite. Quando foipresidente, Lula autorizou orepasse de recursos para oprojeto tucano.

Em um claro sinal deaproximação, Dilma eAlckmin firmaram acordo deunificação dos programas detransferência de rendapaulista e federal no dia 18 deagosto. A troca de elogiosentre Dilma e Alckminincomodou petistas e tucanos.Dilma dividiu o palco com oex-presidente FernandoHenrique Cardoso e almoçouem companhia dos tucanos.

O evento de hoje devereafirmar a boa relação entre ogovernador e a presidente.Além da assinatura do

contrato para a construção doRodoanel, Dilma e Alckminestarão juntos em Araçatuba(no interior do estado) paralançar a pedra fundamentaldo Estaleiro Rio Tietê.

L i b e ra ç ã o – O Ministériodos Transportes liberouR$ 371 milhões para aconstrução do trecho norte doRodoanel, em São Paulo. Adecisão foi publicada ontemno Diário Oficial da União.A verba será encaminhadapara o Dnit – DepartamentoNacional de Infraestruturade Transportes.

O custo total estimado dotrecho norte do Rodoanel é deR$ 6,1 bilhões. A via terá 44km de extensão, 7 túneis, 20viadutos e deve passar porSão Paulo, Guarulhos e Arujá.A previsão é que a obra estejapronta em dezembro de 2014.

O trecho vai interligar oaeroporto de Guarulhos àrodovia Fernão Dias, nazona norte de São Paulo,para diminuir o trânsitode passagem, que contribuipara os congestionamentosda cidade.

Após reivindicações demoradores, parlamentares eda Prefeitura de Guarulhos(Grande SP), a Dersa,empresa responsável pelaobra, mudou o traçado dotrecho norte do Rodoanel,no início deste mês.

Com isso, 340 imóveis nãoserão mais desapropriados nobairro da Vila União. (AE)

Presidente e governador vão assinar contrato para a construção do Rodoanel

Lula: repassede recursospara o projetotucano,quandopresidente.Hoje, ele nãoparticipa daassinatura dotermo aditivopara construiro trecho nortedo Rodoanel.

Leo Fontes/O Tempo/Folhapress - 18.08.11

Page 9: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

PA R I SPolícia interrogaD ominiqueStrauss-Kahn sobrecaso de assédio

IÊMENPresidente Salehautoriza diálogopara transferênciade podernternacional

Ener gianuclear

em xequena França

Explosão com vítimalevanta polêmica sobresegurança de usinas

Uma explosãoo c o r r i d a e muma central detratamento de

resíduos nuclea-res na França, ainda

em circunstâncias pouco claras,deixou uma pessoa morta e ou-tras quatro feridas ontem. Auto-ridades francesas descartaram ahipótese de vazamento radioa-tivo, mas o acidente renovou apolêmica sobre a segurança nu-clear no país – onde atualmente75% da energia elétrica é geradaem usinas nucleares.

O acidente foi na cidade deCordolet, sul da França, emuma usina da Centraco – de pro-priedade dac o m p a n h i aelétrica france-sa EDF, espe-cializada emd e sc o n ta m i-nação de usi-nas nuclearesdesativadas.

Bo mbei roscontrolaram ofogo e empre-gados da usinanão chegarama ser retiradosdo local.

A EDF disseque a explosãose limitou a umforno usadopara derreteraparas metáli-cas vindas deusinas nuclea-res, e que hou-ve uma emis-são apenas debaixos níveisde radiação.

Um executivo da Socodei,subsidiária da EDF que opera ausina, disse que se tratou de"um clássico acidente indus-trial", que provavelmente seráclassificado no nível 1 na escalainternacional de incidentes nu-cleares (que vai até 7).

Reação - A ministra da Eco-logia, Nathalie Kosciuscko-Morizet, prometeu uma "ava-liação precisa dos impactos ra-dioativos do acidente".

A agência reguladora france-sa do setor nuclear, ASN, decla-rou o incidente encerrado, masiniciou um inquérito. Já a Agên-cia Internacional de EnergiaAtômica solicitou informaçõese acionou o seu centro de inci-dentes e emergências.

Críticas - Com o mundo sobo impacto do acidente de marçoem Fukushima, no Japão, o casodeve reforçar os argumentosdos adversários do uso da ener-gia atômica na França.

O país é o maior produtor econsumidor de energia nu-clear na Europa, com 58 reato-res em atividade, mas a segu-rança de suas usinas atômicas

Helicóptero resgata ferido em explosão de central na França. Autoridades descartam vazamento nuclear.

Brasileiro liderainquérito sobreviolência na Síria

Obrasileiro Paulo SérgioPinheiro foi escolhido

ontem pela Organização dasNações Unidas (ONU) para li-derar uma comissão que in-vestigará abusos de direitoshumanos cometidos pelo go-verno de Bashar al-Assad, epromete que fará um inquérito"independente e não politiza-do" da situação.

Crítico, Pinheiro alerta queaté agora a Primavera Árabenão transformou em realidade amaior defesa pelos direitos hu-manos no Oriente Médio e quemesmo os governos de transi-ção que conseguiram derrubarditaduras ainda estão "apenasna promessa" no que se refere agarantir maiores liberdades.

A ONU estimou ontem que2,6 mil pessoas haviam morridodesde o início da repressão.

A comissão terá até novem-bro para apresentar conclusõese ainda será formada pelo turcoYakin Erturk e a norte-america-na Karen Abu Zeid. (AE)

Chirac se afundaem buracocada vez maior

Oex-presidente da FrançaJacques Chirac é alvo de

novas acusações, desta vez en-volvendo seu primeiro-minis-tro Dominique de Villepin. Umex-conselheiro afirmou que osdois políticos receberam cercade US$ 20 milhões de donativosilegais feitos por líderes africa-nos entre 1995 e 2005. Chirac eVillepin negaram as acusações.

O advogado Robert Bourgi,ex-assessor para assuntos rela-cionados à África, disse ontem àemissora Europe 1 ter levado odinheiro armazenado em malasou escondido em vários reci-pientes – de tambores africanosa pôsteres de propaganda. "Euvi Chirac e Villepin contarem odinheiro", afirmou Bourgi.

A notícia surge no momentoem que Chirac é julgado por ou-tra acusação de corrupção, refe-rente ao período em que foi pre-feito de Paris. (Agências)

ISLÃ, A LEI DA NOVA LÍBIA.

Em seu primeiro dis-curso público em Trí-poli, o chefe do Con-selho Nacional de

Transição (CNT), Mustafa Ab-del Jalil, disse ontem que o Islãserá a principal fonte da legis-lação da nova Líbia. Mas eleadvertiu: o extremismo estádescartado no novo governo.

"Não aceitamos nenhumaideologia extremista de direitaou de esquerda. Somos um po-vo muçulmano, com um Islãmoderado, e vamos preservaressa via", afirmou Abdel Jalil,diante de uma multidão de 10mil pessoas.

O presidente do CNT pediuaos combatentes do movimen-to que não façam represáliascontra remanescentes do regi-me de Muamar Kadafi, quepassou 42 anos no poder e ago-ra está foragido.

"Precisamos abrir os tribu-nais a quem tiver feito mal aopovo líbio de alguma maneira.O Judiciário irá decidir", disseele aos simpatizantes. "Busca-mos o Estado de direito, a pros-peridade, e que a sharia (lei is-lâmica) seja a principal fontepara a legislação, e isso exigemuitas coisas e condições."

Abdel Jalil chegou a Trípolino sábado pela primeira vezdesde que seus aliados expul-saram Kadafi da cidade. Ana-listas dizem que a ida dele à ca-pital líbia é crucial para a suacredibilidade e a do CNT.

O líder do CNT vinha gover-nando a partir da cidade deBenghazi, berço da revolução,no leste do país. Parte da hesita-ção para a chegada de Abdel Ja-lil a Trípoli se deve a antigas ri-

validades regionais e à sensaçãode que Trípoli poderia não serum lugar seguro para todos osfuncionários do novo governo.

O CNT tem um cronogramaestabelecendo planos para umanova Constituição e a realiza-ção de eleições dentro de 20 me-ses, mas ele só começará a serexecutado quando o CNT de-clarar que toda a Líbia está "li-berada". Não está claro, no en-tanto, o que os grupos dísparesenvolvidos no combate a Kada-fi entendem por "liberação".

Forças leais a Kadafi ainda

controlam várias partes do suldo país e três cidades relevan-tes – Bani Walid, Sirte e Sabha."Estamos apostando que nos-sos irmãos nessas cidades irãocumprir as expectativas, e osveremos fazê-lo logo", disseAbdel Jalil.

Em nova mensagem, Kadafiacusou as forças revolucioná-rias de entregar o país à in-fluência estrangeira e prome-teu manter sua luta. A curtadeclaração atribuída ao dita-dor foi lida ontem na emissorade televisão síria Al-Rai.

Fuga - O paradeiro de Kadafié desconhecido, mas seus segui-dores afirmam que ele ainda es-tá na Líbia. Ontem, o Níger con-firmou aos Estados Unidos queSaadi, filho do ditador que foijogador de futebol e era chefemilitar líbio, cruzou a fronteiracom o país, e que já o interceptoue "pretende prendê-lo". Até a úl-tima semana, especulava-seque Saadi estava escondidocom o pai, o que alimentou ru-mores de que o líder pode tam-bém ter escolhido o país vizinhocomo opção de fuga. (Agências)

Irã atômico a todo vaporApós anos de atrasos, primeira usina começa a operar com a ajuda dos russos.

A primeira usi-na nuclear do Irã,a de Bushehr, co-meçou a gerar

eletricidade on-tem, após uma cerimô-

nia oficial que contou com a par-ticipação de representantes daRússia, país responsável porsua construção, informou a redede televisão estatal iraniana.

A central, localizada no suldo país, começou a gerar milmegawatts de potência, ou40% da capacidade total doreator, revelou a agência esta-tal de notícias Irna.

Teerã começou a construir ausina na década de 1970 comajuda alemã, mas o projeto foiinterrompido pelo triunfo daRevolução Islâmica, que em1979 depôs o último xá da Pér-sia, Mohammed Reza Pahlevi.

A construção foi retomadadepois que Teerã e Moscou assi-naram em 1995 um convênio so-bre a usina, que deveria serinaugurada em 1999, mas aabertura foi adiada por anos.

Os EUA e aliados acusam oIrã de usar seu programa nu-clear civil como maneira de en-cobrir a busca por armas nuclea-res. Teerã nega, afirmando terapenas fins pacíficos. (Agências)

Usina iniciou os trabalhos com 40% da capacidade total do reator

Amizade: chanceler iraniano (à dir.) conversa com ministro russo.

O líder do CNT, Mustafa Abdel Jalil, aparece em Trípoli, em sinal de crescente confiança dos rebeldes.

é sempre alvo de polêmica.Segundo o presidente do

Observatório Nuclear, Stépha-ne Lhomme, a explosão emCentraco mostra que as usinasnucleares francesas não são se-guras. "As instalações do país,que datam dos anos 1970 e1980, estão cada vez mais ve-lhas e não podemos descartar,cedo ou tarde, um acidente co-mo o de Fukushima, no Japão",alertou ele. (Agências)

Usina de Centraco não tinha reator nuclear no local

Reuters

Reuters - 08/07/09

AFP

- 25/

02/0

9

Behrouz Mehri/AFP

Mahmud Turkia/AFP

Page 10: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

À PROCURA DE VAGASA falta de vagas mensais em estacionamentos próximos à estação

força usuários do metrô a deixar seus carros na rua, o que não é seguro.Outra alternativa é pagar por dia, o que sai caro demais ou ir de carro ao

Centro, o que contribui para aumentar os congestionamentos.cidades

Estacionar perto do metrô,só com lista de espera

Fotos de L.C.Leite/Luz

Usuários da estaçãoButantã da Linha 4 do

Metrô travam uma batalhadiária para encontrar um

lugar para seus carros. Osestacionamentos da

região estão lotados epoucos têm vagas para

mensalistas. A alternativaé entrar numa lista de

espera por uma vaga.Enquanto ela não vem, asolução é encontrar uma

vaga na rua ou pagar peloestacionamento avulso,

que sai caro demais.

Ainauguração da es-tação Butantã, daLinha 4 - Amarelado Metrô, em mar-

ço, aumentou a procura por es-tacionamentos nas imediaçõesda avenida Vital Brazil, na zo-na oeste da cidade. Nos últi-mos seis meses, as vagas paramensalistas foram sendo pre-enchidas por clientes que de-sejam chegar, principalmente,à região da avenida Paulista e aoutros pontos centrais de SãoPaulo utilizando o metrô e dei-xando o carro longe do Centro.O crescimento da demanda es-gotou as vagas para mensalis-tas nos sete estacionamentosmais próximos à estação, ondejá há até lista de espera.

O valor da mensalidade va-ria entre R$ 200 e R$ 250 e, mes-mo reclamando, os clientes pa-gam o preço pedido. O UltraPark Estacionamento, na ruaPirajussara, tem 65 vagas. Des-se total, disponibiliza 25 vagasp a r a m e n s a l i s t a s p o r R $250/mês. Para avulsos cobraR$ 20 por uma diária de 12 ho-ras. Depois das 10h, os carrosfazem fila esperando por umavaga. Na mesma rua, os fun-cionários da Ampark Estacio-namento já estão cansados deresponder várias vezes por diaà mesma pergunta: "Tem vagapara mensalista?".

"Não adianta. Quanto maisestacionamentos, mais clien-tes. E como a procura está in-tensa, não vai demorar muitopara que os preços subam",opinou Agnaldo Cardoso daSilva, 36 anos, manobrista do

estabelecimento, estimandoque, após a inauguração daLinha 4, a procura por vagasaumentou cerca de 30%.

Na rua Dráusio, dois empre-sários aproveitaram a oportu-nidade para faturar. Inaugura-dos em data próxima à abertu-ra da estação, o Estacionamen-to Central Park esgotou suasdoze vagas para mensalistasem menos de um mês, por R$250 mensais. Além dessas, tra-balha com outras treze parauso avulso e diário.

Já o estacionamento CelPark optou por não abrir vagaspara mensalistas e, ainda as-sim, tem 90% de suas vagasocupadas durante todo o dia.No entanto, a clientela estádescontente com o sistema.

"O pessoal pede todos osdias por vagas para mensalis-tas, mas o proprietário nãoquer liberar. Assim, 70% dosusuários do estacionamentopagam pelo preço de uma diá-ria, ou seja, R$ 15. O restantedas vagas é ocupado por clien-tes que ficam por tempo infe-rior a uma diária", disse Ednal-do Lima dos Santos, 41 anos,funcionário do local.

Segundo Santos, nas primei-ras horas da manhã a disputapor uma vaga na rua é acirra-da, já que a região, residencial,não tem Zona Azul. Ele tam-bém afirmou que grande partedos clientes do estacionamen-to é de Cotia e da região de Pi-nheiros, todos com destino àestação Paulista.

Quem também vem da re-gião oeste da Capital e está hámeses procurando uma vagade mensalista é a universitáriaMaria Fernanda Martins, de 20anos. Moradora no JardimBonfiglioli, ela trabalha na re-gião da Paulista e todos os diasdeixa o carro na rua para em-barcar na estação Butantã.

"Além de não ser seguro dei-xar o carro na rua, nem sempreencontro vaga e acabo pagan-do pela diária, que acaba sain-do quase o dobro do valor demensalista. Na avenida Pau-lista, uma vaga mensal está emtorno de R$ 400 ou R$ 500. Émuito caro e para chegar lá de-moro o triplo do tempo", dissea universitária, que à noite ain-da paga R$ 90 para deixar seucarro em um estacionamentopróximo à PUC, em Perdizes.

Em função de tanta procura,João Antônio Naufal Neto,proprietário do estacionamen-to Metrô Park, na avenida VitalBrazil, resolveu criar uma listade espera para os interessados."Disponibilizei doze das mi-nhas trinta vagas para o públi-co mensalista. Se eu aumentaresse número, me prejudicoporque essa ocupação limita ofluxo do rotativo, que é o maislucrativo", disse. Ao lado doMetrô Park está o estaciona-mento Alvarenga, onde o pro-prietário já nem aguenta maisouvir a palavra mensalista.

"Eu respondo a essa per-gunta de minuto em minuto.Quem insiste muito eu colocona lista de espera. Mas não te-nho condições para atender, oestacionamento já está comsuperlotação", concluiu o co-m e rc i a n t e .

Mariana Missiaggia

Maria Fernanda: estacionamento permite deixar o carro longe do Centro, mas é difícil conseguir vaga

Sem ofertade vagas,proprietáriosdecidiramcriar listasde esperapara clientesmensalistas.Mesmo assim,movimentomaior elucrativo écom diaristas.

Andrei Bonamin/Luz - 11/12/2008

Luiz Guarnieri/AE Hélio Torchi/AE

Mario Ângelo/Sigmapress/AE Patrícia Cruz/Luz

Paulo Garcia: valores calculados não correspondem à realidade

Rua Santa Ifigênia: pontos comerciais afetados pela Nova Luz

TRÊS TRAGÉDIAS

Santa Ifigênia: valordo ponto é avaliadoem R$ 188 o metro

Ivan Ventura

Os lojistas do maiorcentro de comérciode eletrônicos da ci-

dade, a região da Rua SantaIfigênia, sabem há pelo me-nos três meses quanto vale oseu ponto comercial (conhe-cido também por fundo deco m é rc i o ) .

O valor, que não agradou al-guns comerciantes, está nomais recente estudo de viabili-dade econômica, desenvolvi-do pela Fundação Getúlio Var-gas (FGV) e que integra o pro-jeto da Nova Luz.

Pelos cálculos, cada lojista(seja dono ou locatário) rece-beria hoje o equivalente a R$188 o metro quadrado do seuestabelecimento, em caso devenda ou desapropriação pa-ra as obras da Nova Luz. Essevalor refere-se apenas ao cál-culo do ponto comercial, enão leva em consideração oestado do imóvel.

O estudo indica os gastos elucros sobre praticamente tu-do o que se refere ao ProjetoNova Luz. Responsável pelacoleta dos dados, a FGV inte-gra o grupo concessionáriovencedor responsável pelodesenvolvimento do projetode revitalização da área de500 mil m² da região.

Com a conclusão do projeto,a Prefeitura deve escolher embreve a concessionária respon-sável pelas obras, que devemdurar 15 anos. Nessa segundaversão do trabalho da GV, a no-vidade é a inclusão do fundode comércio, uma informaçãoque foi suprimida na primeiraversão desse levantamento,feita no ano passado.

Fat u ra m e nto – O fundo decomércio teve como base decálculo o valor ganho pelos co-merciantes da região, entre ou-tros dados. No ano passado, ofaturamento bruto das ativida-des empresariais dentro daárea de 500 mil m² do ProjetoNova Luz foi de pouco mais deR$ 804 milhões de reais. Os nú-meros estão baseados na arre-

cadação do Imposto sobre Ser-viços (ISS) e o Imposto sobreCirculação de Mercadorias eServiços (ICMS) na região.

Com base nessa arrecada-ção, os especialistas da FGVconcluíram que o percentualmédio de lucro na região foi depouco mais de 18 % e que oideal seria pagar por cada pon-to cerca de R$ 188, o metroquadrado. Por exemplo: se oimóvel comercial possui 70 m²,o dono do imóvel receberá R$13.160 pelo fundo de comér-cio no ano. O valor não seria pa-go no ato, mas após um ano.

No total, o estudo da FGVaponta um final do futuroconcessionário com os paga-mentos do fundo de comér-cio na região da Nova Luz. Sefosse escolhido até julho des-te ano, o concessionário ven-cedor da licitação gastariacerca de R$ 270 milhões e quenão seriam pagos apenas umano depois da compra doimóvel no bairro.

Desse modo, o futuro con-cessionário gastaria R$ 812 mi-lhões com a compra e o paga-mento do fundo de comérciona região. Esse total deve au-mentar até a escolha do con-cessionário vencedor, mas jáserve como base do possívelgasto com o fundo de comér-cio na região. Os números de-vem subir até a escolha do con-cessionário responsável pelasobras na região e que devemdurar até 15 anos.

O presidente da Associa-ção dos Comerciantes da San-ta Ifigênia, Paulo Garcia criti-cou o valor citado no estudo."O problema é o pequeno lo-jista na região. Querem dar R$10 mil por um ponto que valeR$ 300 mil", disse.

Referencial – Em nota, aSecretaria de Desenvolvi-mento Urbano informou queo valor é referencial. A Prefei-tura espera que as partes en-volvidas realizem um acordoamigável com relação ao fun-do de comércio. Caso isso nãoocorra, os valores poderão serdiscutidos em juízo e apura-dos caso a caso.

O incêndio ocorrido namadrugada de ontem,

na Favela Fernão Dias, emGuarulhos, Grande São Paulo

(acima, à esq.), deixou doismortos: uma adolescente de16 anos e seu filho, um bebê

de um mês.*

O estudante PatrickBraukirer Fajer, de 20 anos,

que morreu em um acidentecom seu Mercedes Benz

(acima) na marginal Pinheiros,foi sepultado ontem. Segundoa namorada, que saiu ilesa docapotamento, Fajer dirigia em

alta velocidade.*

Uma pessoa morreu e trêsficaram gravemente feridas

em uma colisão (à esq.)ocorrida na rua Gustavo

Adolfo, na Vila Gustavo, zonanorte de São Paulo, no fim da

manhã de ontem.

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terça-feira, 13 de setembro de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 13 de setembro de 201112 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

T ECNOLOGIA

PCs, rumo à aposentadoria

C HINA

Menina caminha entre estátuas de cavalos, umahomenagem a Gengis Khan na cidade de Ordos, MongóliaInterior. A cidade vem sendo chamada de "Dubai da China".

A VENTURA

TRAILER ANFÍBIONão é um daqueles trailers que quase substituem

uma casa, mas este compacto modelo desenhado peloalemão Daniel Staub substitui um barco. O Sealandermede 3,89m de comprimento, 1,60m de largura, 1,85mde altura, pesa 380 quilos e tem capacidade para levar afamília toda para um passeio em um rio ou lagoa.Quando opera no modo "barco", é movido por motorelétrico. Quando está em solo, tem espaço para fogão,pia, mesa e bancos. O melhor é que a disposição dositens internos pode ser alterada de acordo com o uso etodas as peças internas são modulares, encaixando-seperfeitamente e possibilitando o melhoraproveitamento do espaço. Janelas e teto sãoremovíveis. Mas quem quiser um precisará esperar. Oproduto ainda está em desenvolvimento e olançamento comercial deve acontecer em 2012.

w w w. s e a l a n d e r. d e

M EMÓRIA

Peças da vida cotidiana ganharão novo significado no NationalSeptember 11 Memorial & Museum, em Nova York. Os curadores do

museu não querem peças monumentais em exposição, apenasobjetos capazes de contar histórias de vida, como os das fotos acima.

O memorial foi inagurado no domingo. O museu será aberto aopúblico em 2012, no 11º aniversário dos atentados.

w w w. 9 1 1 m e m o r i a l . o r g

FOTOMostra 'Acervo Vivo -

Diálogos Transversais –Anos 70 e 80' traz obras

de fotógrafos comoCristiano Mascaro. MIS.

Avenida Europa, 158,tel.: 2117-4777. Grátis.

H ISTÓRIA

Ao ladode Kennedy

Foto de dezembro de 1961 mostra aentão primeira-dama dos EUA,

Jacqueline Kennedy, relaxando emuma cadeira algumas semanas após

seu marido, John F. Kennedy, vencer aseleições presidenciais no país. Umrelatório divulgado ontem diz que

Jackie Kennedy pediu ao marido paraque ela e os filhos ficassem a seu lado

no caso de um atentado nuclear. Naépoca, os norte-americanos temiam

um ataque de mísseis a partir de Cuba.

F UTEBOL

Ricardo Gomesdeixa a UTI

O treinador do Vasco daGama Ricardo Gomes deixouontem a Unidade de TerapiaIntensiva (UTI) onde estavainternado há 15 dias em funçãode um derrame cerebral. Otécnico, de 46 anos, foitransferido para um quarto dohospital Pasteur, no Rio deJaneiro, e está lúcido. Otreinador já respira sem a ajudade aparelhos e seu estado éestável do ponto de vista clínicoe neurológico. Os médicosinformaram que não háprevisão de alta e apenas afamília pode visitá-lo. O técnicosofreu um AVC em 28 de agosto,durante o jogo entre Vasco eFlamengo, pelo CampeonatoBrasileiro. Na ocasião, RicardoGomes deixou o campo emuma ambulância. (EFE)

T ELEVISÃO

Adeus, jovem guerreiroOator Andy Whit-

field, ex-protago-nista do seriado deTV Spar tac us, mor-

reu de um linfoma no domin-go, em Sydney, Austrália, aos39 anos, informaram seus re-presentantes ontem.

Whitfield interpretou o he-rói Spartacus no seriado darede Starz, lançado no anopassado. Ele também fez par-te do filme The Clinic (2010) ede Gabr iel (2007), mas teveque se afastar do trabalho aoser diagnosticada a doença,um linfoma não-Hodgkin.

"Em uma bonita manhã en-solarada em Sydney, rodeadopor sua família, nos braços desua amada esposa, nosso belojovem guerreiro Andy Whit-field perdeu sua batalha de 18meses contra o linfoma", dis-se a esposa Vashti Whitfield,em comunicado.

"Tivemos a felicidade de tra-balhar com Andy em Spartacus.O homem que interpretou umcampeão na tela também eraum campeão na vida pessoal",disse o presidente da Starz, Ch-ris Albrecht. "Andy foi uma ins-piração para todos nós ao en-

frentar sua batalha pessoal comcoragem, força e graça."

Whitfield nasceu em Gales eposteriormente se mudou pa-ra a Austrália. Devido à doen-ça, ele foi substituído no seria-do pelo ator australiano LiamMcIntyre. (Reuters)

A TÉ LOGO

Seleção inicia treinamento na Argentina abrindo espaço para dez 'novatos'

Presidente do Palmeiras decide bancar a permanência de Felipão até 2012

Jamaicano Usain Bolt volta a correr os 100 metros após fracasso no Mundial

Uma pesquisa divulgada ontempela IDC mostra que o acesso àinternet por computadorespessoais está em queda e deve sersuperada pelo acesso viaaparelhos móveis como iPad,iPhone, smartphones e tabletsAndroid em 2015. O uso dessesaparelhos para acessar a webdevem registrar um crescimentomédio de 16% ao ano nospróximos quatro anos e o uso de

computadores deve ser cada vezmais reduzido. Outro estudodivulgado ontem pelo IbopeNielsen Online mostra que onúmero de pessoas com acesso àinternet no Brasil cresceu 5,5% nosegundo trimestre em relação aomesmo período do ano passado,atingindo 77,8 milhões dehabitantes. Na comparação com osegundo trimestre de 2009, osalto foi de 20%.

L OTERIAS

Devido a problemas técnicos,houve atraso na realização dossorteios dos concursos 669 da

LOTOFÁCIL e 2694 da QUINA,realizados na cidade de Alegrete

(RS). Até o fechamento destaedição, os resultados não haviam

sido divulgados. Confira osnúmeros no site da Caixa

Econômica Federal.w w w. c e f . g o v. b r

O traileranfíbioSealanderainda é umprotótipo.Deve chegarao mercadopor cerca deUS$ 20 mil.

L o goL o gowww.dcomercio.com.brE spelho

meuMo delos

d e s f i l a ra mc ri a ç õ e s

da estilistaPamella Roland

ontem nasemana

de moda deNova York.Cientistas da

Mayo Clinic, nosEUA, criaram umaalteração genética

em gatos que ostorna resistentesao vírus da aids

felina. O gatogenetic amente

modificado brilhano escuro. O

estudo pode ajudarnas pesquisas

sobre aids humana.

Gato verde

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Mark Ralston/AFP

11 de setembro no museu

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terça-feira, 13 de setembro de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

FOCUSProjeção de altado PIB nesteano caiupara 3,56%

TV ASSINATURASancionada pelapresidente Dilma alei regulamentandoo setor

Grécia próxima do caloteGoverno afirma ter recursos somente até o próximo mês, e aguarda nova parcela do pacote de ajuda financeira. Brasil já está monitorando a situação.

Louisa Gouliamaki/AFP

Para obter mais 4 bilhões de euros nos dois próximos anos, o governo grego anunciou ontem a criação de um novo imposto sobre imóveis.

Todos oseuropeus pedemao governo gregoque cumpra seuscompromissoscompletamente

JEAN-CL AUDE TR I C H E T,PRESIDENTE DO BCE

AGrécia tem dinhei-ro para pagar salá-rios e pensões ape-nas até outubro, e

por isso o país espera a libera-ção rápida da sexta parcela deajuda externa para evitar o ca-lote de sua dívida. Os rumoressobre a sua possível quebra fi-zeram com que as bolsas des-pencassem ontem (leia abaixo).

Também contribuiu para es-se quadro a divulgação, peloMinistério de Finanças da Gré-cia, de que o déficit do governocentral cresceu 22% em termosanuais nos pri-meiros oito me-ses do ano. Se-gundo o governodo país, o total te-ria ficado dentroda meta.

O buraco noorçamento gre-go entre janeiro eagosto cresceupara 18,101 bi-lhões de euros,ante 14,813 bilhões em igualperíodo do ano passado. Noentanto, o rombo foi menorque a meta revisada de 18,974bilhões de euros para os pri-meiros oito meses do ano, se-gundo o ministério.

O ministro das Finanças daGrécia, Vangelis Venizelos,anunciou a criação de um im-posto extraordinário sobre osimóveis para arrecadar umadicional de 4 bilhões de eurosnos próximos dois anos. Em2011, ele pretende cobrir umadívida de 2 bilhões de eurospara cumprir com as metas es-tipuladas com os parceiros eu-ropeus e o Fundo MonetárioInternacional (FMI).

O primeiro-ministro grego,o socialista Giorgos Papan-dreou, comunicou que o pre-sidente e ocupantes de outroscargos importantes, como go-vernadores regionais e pre-feitos, deverão contribuircom um salário mensal paraquitar essa dívida.

Ajuda – Em 21 de julho, osparceiros europeus e o FMIconcordaram em conceder àGrécia um segundo resgate de160 bilhões de euros. Comocontrapartida, o país precisacumprir um programa de re-formas e privatizações paraarrecadar cerca de 78 bilhõesde euros até 2015.

A Comissão Europeia (CE)afirmou que uma delegaçãodo FMI, do Banco Central Eu-ropeu (BCE) e da União Euro-peia (UE) deve retornar a Ate-nas em meados de setembro

para terminarsua inspeção. Avisita estava pro-gramada para oiníc io do mês ,mas foi adiadapara que as refor-mas estipuladasem julho tives-sem tempo de seraplicadas. A en-trega da sextaparcela de ajuda

de 8 bilhões de euros, corres-pondentes ao primeiro resgatede 110 bilhões de euros apro-vados à Grécia em maio de2010, depende da inspeção trí-plice do FMI, do BCE e da UE.

Os orçamentos estatais de2012, que estão sendo elabora-dos pela oposição grega com aajuda de organizações finan-ceiras, preveem uma reduçãodos gastos públicos e um au-mento da renda com o objeti-vo de garantir que o estipula-do pelos credores se cumpranos próximos anos.

A CE negou ontem que este-ja trabalhando sobre um cená-rio de possível moratória. "Aresposta é não", respondeu oporta-voz de Assuntos Econô-micos da CE, Amadeu Altafaj,ao ser questionado se o órgãoexecutivo da UE estaria con-templando essa possibilida-de. "Nossa posição é a mesma,não mudou", acrescentou Al-tafaj em relação à Grécia.

O porta-voz da CE lembrou

ainda que as novas medidasde ajuste anunciadas pelo paísbalcânico "reafirmam o com-promisso das autoridadesgregas de alcançar todos osacordos estipulados".

B ra s i l – O País considera asituação financeira da Grécia"muito perigosa", e acreditaque um possível default gre-go poderia arrastar outraseconomias europeias, segun-do o líder do governo na Câ-mara dos Deputados, Cândi-do Vaccarezza (PT-SP).

A avaliação foi feita ontempelo ministro da Fazenda,Guido Mantega, durante areunião de coordenação polí-tica do governo. Uma fonte doPalácio do Planalto, que pediupara não ter seu nome revela-do, afirmou que a área econô-mica recebeu determinaçãopara acompanhar bem de per-to os desdobramentos das fi-nanças da Grécia.

Tri ch et – O presidente doBCE, Jean-Claude Trichet, ex-pressou estar convencido quea Grécia vai cumprir os com-promissos firmados de ajustefiscal e reformas estruturais.Em entrevista concedida apósa reunião dos bancos centraisdo G20 na sede do Banco paraPagamentos Internacionais(BIS), ele afirmou que traba-lha assumindo que "vai serpossível observar algo satisfa-tório em resposta às fortesmensagens que foram envia-das ao governo grego".

Na reunião, os BCs descar-taram uma recessão. "Obser-vamos um desaquecimentoda economia global. Incorpo-ramos esse elemento à nossaanálise, apesar de não termosuma perspectiva de recessãoem absoluto", disse Trichet.

Ele garantiu que as autori-dades monetárias do G20 es-tão preparados para propor-

cionar às instituições finan-ceiras toda a liquidez que ne-cessitem – algo que o BCE faza uma taxa de juros fixa há trêsanos, desde a quebra de Leh-man Brothers, em meados desetembro de 2008.

Segundo ele, os BCs estãode acordo sobre a necessidadede atenção nas circunstânciasatuais, observando qualquermudança na situação. Trichetacrescentou ainda considerarque a "troika" integrada pelaCE, o BCE e o FMI estaria sa-tisfeita com os progressos ob-servados na Grécia.

Alemanha – O governo ale-mão declarou que está con-vencido de que a Grécia cum-prirá os compromissos, eacrescentou que esperará o re-latório conclusivo da "troika"para avaliar a situação. No en-tanto, a revista Der Spiegel p u-blicou que o Executivo alemãoespera uma moratória da Gré-

cia e prepara um plano paraenfrentá-la com o fim de redu-zir o perigo de contágio paraoutros países com problemas.

O presidente da autoridademonetária se recusou a comen-tar a opinião do governo ale-mão. "Todos os europeus, in-cluindo os líderes executivosda Alemanha e todas as insti-tuições, pedem ao governogrego que cumpra seus com-promissos completamente."

Itália – O jornal britânico Fi-nancial Times informou ontemque a China estuda comprar tí-tulos da Itália, ajudando assimo endividado país europeu.

De acordo com o texto – que,por sua vez, baseou-se em rela-tos de autoridades italianas –Lou Jiwei, chairman da ChinaInvestment Corp, visitou Ro-ma na semana passada e man-teve conversas com o ministroitaliano das Finanças, GiulioTremonti . (Agências)

Quedas tiveram início na Ásia, e se espalharam pela Europa – onde os bancos franceses lideram perdas.

Yoshikazu Tsuno/AFP

Dólar sobe, bolsas caem.

As incer tezas globaiscom relação a um possí-vel calote da Grécia le-

varam o dólar a registrar suamaior alta no ano. A divisa ne-gociada no balcão atingiu on-tem a maior cotação desde 17de dezembro de 2010. A moe-da encerrou em alta de 2,02%,cotada a R$ 1,715.

A BM&FBovespa seguiu onervosismo dos mercados,mas se recuperou no final dasessão, com baixa de 0,17%,aos 55.685,47 pontos. No mês,acumula queda de 1,43%, e, noano, de 19,65%. O giro financei-ro foi de R$ 5,307 bilhões.

As bolsas norte-americanas,que até então vinham caindoem reação aos temores do de-fault grego e também de rebai-xamento dos bancos franceses,reagiram. O Dow Jones teve al-ta de 0,63%, o S&P subiu 0,7%, eo Nasdaq avançou 1,1%.

Europa – Todos os principaisíndices de ações fecharam embaixa. Os bancos da França li-deraram as perdas, em meio àespeculação de que eles pos-sam ser rebaixados pela Moo-dy's por sua exposição ao paísda zona do euro em dificulda-des. Várias fontes disseram nosábado que BNP Paribas, Socié-té Générale e Crédit Agricoleesperam uma decisão "iminen-te" da agência, que as colocoue m r e v i s ã o p a r a p o s s í v e l"downgrade" em 15 de junho.

O índice Stoxx Europe 600caiu 2,5%. Na bolsa de Paris, oCAC-40 recuou 4,03%, e emLondres, o FTSE 100 teve per-das de 1,6%. O Dax de Frankfurtrecuou 2,27%, e o FTSE MIB, deMilão, caiu 3,89%. Na Espanha,o Ibex 35 declinou 3,41%.

"Os investidores avaliam osbancos europeus em níveis vis-tos pela última vez quando o

Lehman Brothers faliu", com-parou Stephen Pope, gerenteda Spotlight Ideas. O índice l daBolsa de Atenas caiu 4,43%,com perdas de quase 8% noBanco Nacional da Grécia.

Ásia – As bolsas asiáticas ce-deram ontem, diante das preo-cupações sobre a deterioraçãoda crise de débito europeia. Osentimento dos investidores éde retração na economia glo-bal. Não houve negociações naChina, Taiwan e Coreia do Sulpor ser feriado.

Na bolsa de Hong Kong, o ín-dice Hang Seng fechou no piornível em mais de 15 meses. OHSI recuou 4,2% e teve a piorpontuação desde 25 de maiode 2010. O indicador Straits Ti-mes, de Cingapura, cedeu2,9%, ao passo que o índicecomposto da bolsa de Jacarta,na Indonésia, teve perdas de2,6%. (Ag ê n c i a s )

CE pede mais contenção de gastos EUA poderão aumentar impostos

AComissão Europeia(CE) recomendou on-tem à França e à Ale-

manha que continuem seusprogramas de contenção dasdespesas, a fim de reduzirseus níveis de dívida pública,apesar de ambos os países so-frerem um severo corte nocrescimento econômico, e dorisco de que a Europa entreem recessão.

O órgão publicou ontem

um relatório sobre a situaçãodas finanças públicas na eu-rozona, no qual fez recomen-dações aos Estados. Não fo-ram incluídos os casos dospaíses que receberam ajuda(Grécia, Irlanda e Portugal), jáque esses seguem programasespecíficos para sanear suascontas públicas.

Bruxelas pediu à Alema-nha que "garanta um esforçode ajuste estrutural adequa-

do" para cumprir "o objetivo amédio prazo" de 0,5% de dé-ficit em 2012. Para isso, deve-rá "completar a implementa-ção das regras orçamentárias"e "fortalecer o mecanismo decontrole e sanção" dos gover-nos regionais.

No caso da França, a CE pe-diu que a correção do déficitantes de 2013 para reduzir adívida e cumprir os requisitosestabelecidos pela UE. (EFE)

Opresidente norte-americano, BarackObama, está

propondo uma série deaumentos de impostos,sobretudo sobre oscontribuintes mais ricos,para ajudar a cobrir o custodo pacote de estímuloeconômico de US$ 447bilhões, disse ontem o chefede Orçamento, Jack Lew.

Ele acrescentou que o

plano de Obama levantaráUS$ 400 bilhões nospróximos dez anos aocolocar novos limites sobrededuções para pessoa físicacom renda superior aUS$ 200 mil por ano e parafamílias com renda de maisde US$ 250 mil. O restantevirá de outros impostos,incluindo taxas sobre donosde jatos corporativos e sobrea indústria de gás e petróleo.

Ontem Obama ressaltouque os legisladores devemaprovar sua proposta paracriação de empregosimediatamente. "Esse planocolocará as pessoas paratrabalhar novamente emtodo o país", declarou.

A Casa Branca iráapresentar ideias maisprecisas sobre comofinanciar o plano no próximodia 19. (Agências)

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terça-feira, 13 de setembro de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

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COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA.

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O Brasil é um dos maiores protagonistas no cenário econômico internacional.Marcial Portela, presidente do Santander Brasileconomia

O deputado Cândido Vaccarezza depois de reunião no Planalto: não há novo tributo agora, mas "lá no futuro" ideia pode ser discutida com sociedade.

Beto Barata/AE

Governo congelaideia de criar CSS

Líder de Dilma na Câmara garante quenenhum imposto para financiar a Saúde será

adotado neste ano. Mas nada falou de 2012.

Não haverá nenhumainiciativa do governoneste ano em relação aimposto para a Saúde.Nenhuma iniciativa.

CÂNDIDO VACC AREZZA,LÍDER DO GOVERNO NA CÂMAR A

DOS DE P U TA D O S

Ogoverno federal não to-mará "nenhuma inicia-tiva" em 2011 para criarum imposto voltado ao

financiamento da área de Saúde,afirmou ontem o líder do governona Câmara, deputado CândidoVaccarezza (PT-SP), após partici-par da reunião de coordenação po-lítica no Palácio do Planalto. "Nãohaverá nenhuma iniciativa do go-verno neste ano em relação a im-posto (para a Saúde)", disse ele. "Oque o governo está fazendo bem édestinando recursos para a Saúde,e nisso já cumpre o que exige aEmenda Constitucional 29. O go-verno federal já está arcando com asua responsabilidade", afirmou.

A votação da regulamentação daEmenda Constitucional 29, que fi-xa percentuais para serem investi-dos pela União, pelos Estados emunicípios, está marcada para opróximo dia 28 na Câmara dos De-putados. A regulamentação daemenda deve aumentar as despe-sas na área de Saúde. Segundo Vac-carezza, o governo liberou o votoda bancada. "É preciso tomar umasérie de ações para melhorar a ges-tão, e nós estamos tomando. Aprincipal será o Cartão da Saúde,que vai melhorar bastante. Depois

de tudo isso, lá no futuro, vamosdiscutir com a sociedade se isso ésuficiente para dar atendimento dequalidade", completou.

Pe tról eo – O presidente da Câ-mara, Marco Maia (PT-RS), refor-çou ontem que "não há clima noPaís para aumento de imposto ecarga tributária", para captar re-cursos direcio-nados à área daSaúde. SegundoMaia, estão sen-do discut idasoutras fontes pa-r a e s s e f i m , aexemplo de so-l u ç õ e s e n v o l-vendo os royal-ties do petróleo eo seguro obriga-tório dos veícu-l o s . E l e d i s s eque, até o dia 28,deve ser encontrada uma solução."Técnicos estão discutindo sobreessa questão para encontrar algummecanismo", disse o deputado.

De acordo com Marco Maia, nodia 20 será realizada audiênciapública com o ministro da Saúde eespecialistas da área e no dia 21 elese reunirá com governadores du-rante almoço para discutir o as-

sunto e encontrar "uma contribui-ção que não seja um novo impos-to". Entre as alternativas, a quetem uma "simpatia maior", segun-do Maia, é a que faz a distribuiçãode forma equânime dos royaltiesdo petróleo entre Estados produ-tores e não produtores.

Lista de tarefas – O novo líderdo governo noCongresso, se-nador José Pi-m e n t e l ( P T -CE) , a f i rmouontem que a de-fesa da criaçãode um novo im-posto para f i-nanciar a Saúdenão faz parte desua lista de atri-buições.

Cabe ao líderdo governo no

Congresso, principalmente, costu-rar os acordos relativos à votaçãodo Orçamento da União e do PlanoPlurianual (PPA) 2012-2015, queprevê os investimentos de longoprazo do governo federal. Pimen-tel sucede ao deputado Mendes Ri-beiro Filho (PMDB-RS), que dei-xou a liderança do governo paraassumir o Ministério da Agricultu-

ra. A sua vaga era reivindicada pe-la bancada do PMDB na Câmara.

Imposto do cheque – Pimenteldisse ser contrário à criação de no-va taxa para financiar as despesasda área de saúde.

No governo, se discute a possi-bilidade de lançar a ContribuiçãoSocial para a Saúde (CCS), taxaque ressuscita a extinta Contribui-ção Provisória sobre Movimenta-ção Financeira (CPMF), conhecidacomo imposto do cheque.

Pimentel disse que a presidenteDilma Rousseff também não é fa-vorável ao novo tributo. O petistaadmite, entretanto, que faltam re-cursos para a área de Saúde por-que a extinção da CPMF causouum rombo de R$ 40 bilhões.

Mas, para ele, a solução seriaobrigar os 17 Estados que não re-passam o percentual mínimo àSaúde a fazê-lo. "É preciso tambémque os Estados que não cumpremos 12% da sua obrigação constitu-cional passem a fazer isso", defen-deu o novo líder do governo.

Pimentel negou que sua no-meação seja um "prêmio de con-solação" para deixar que MartaSuplicy fique na cadeira de pri-meira vice-presidente do Senadopor dois anos. (AE)

Juros jásão menores

Oconsumidor está pagando jurosmenores sobre as operações decrédito desde agosto, mas a redução

ainda não embute o impacto do corte de 0,5ponto percentual da taxa básica de juros, aSelic, no último dia 31, de 12,5% para 12% aoano. A constatação é de uma pesquisadivulgada ontem pela Associação Nacionalde Executivos de Finanças, Administração eContabilidade (Anefac).

A taxa média de juros nas linhas definanciamento da pessoa física caiu de 6,84%ao mês (121,21% ao ano) em julho para 6,75%ao mês (118,99% ao ano) em agosto,voltando ao nível de agosto de 2010. Para apessoa jurídica, a taxa média mensal fechouagosto em 3,99% ao mês (59,92% ao ano),ante 4,05% ao mês (61,03% ao ano) em julhoe 3,82% ao mês (56,81% ao ano) em agostodo ano passado.

De acordo com o presidente da Anefac,Miguel de Oliveira, a diminuição foiinfluenciada pela redução da taxa de jurofuturo, que incorporava a expectativa domercado de que o Comitê de PolíticaMonetária (Copom) do Banco Central (BC) iriaparar de elevar juros em sua reunião deagosto e os cortes começariam só emoutubro. Para ele, a redução ocorreu mesmoapós as medidas restritivas implementadaspelo BC para combater a inflação.

De acordo com a pesquisa, de junho parajulho as operações de crédito cresceram1,1%. De maio para junho, o crescimentotinha sido de 1,67%. De abril para maio, aexpansão havia sido de 1,72% e, de marçopara abril, de 1,83%. De fevereiro para março,o aumento havia sido menor, de 1,26%.

IPC-Fip e – As taxas de juros para a pessoafísica em agosto, de acordo com a pesquisada Anefac, caminharam na contramão dainflação medida no período pelo Índice dePreços ao Consumidor (IPC) da FundaçãoInstituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).Enquanto a inflação subiu 0,09 pontopercentual, de 0,3% para 0,39%, os juros docomércio, por exemplo, caíram 0,1 ponto, de5,7% ao mês em julho para 5,6% em agosto. Ataxa do cheque especial caiu 0,02 pontopercentual, de 8,27% ao mês para 8,25%.

Na mesma comparação, a taxa incidentesobre as operações de Crédito Direto aoConsumidor (CDC) nos bancos caiu de 2,37%para 2,29%. O empréstimo pessoal caiu de4,63% para 4,58% e o empréstimo pessoaldas financeiras caiu de 9,34% em julho para9,11%. A única taxa que se manteve foi a docartão de crédito: 10,69% ao mês.

Para a pessoa física, a taxa de juro sobrecapital de giro fechou agosto em 2,95%, ante3,07% em julho. O juro cobrado sobre asoperações de descontos de duplicatas caiu0,05 ponto percentual, de 3,18% em julhopara 3,13% em agosto, enquanto a taxacheque especial recuou 0,02 ponto, de 5,9%para 5,88%. (AE)

Fipe: inflação na cidade deSão Paulo tem leve alta.

OÍndice de Preços aoConsumidor (IPC),apurado pela Funda-

ção Instituto de PesquisasEconômicas (Fipe) e que me-de a inflação da cidade de SãoPaulo, apresentou variaçãode 0,36% na primeira qua-drissemana de setembro, de-pois de ter encerrado agostocom alta de 0,39%. Houve,contudo, aceleração em rela-ção à primeira prévia de agos-to, que foi de 0,33%.

Os preços do grupo Habita-ção iniciaram setembro emdesaceleração. Passaram para0,25%, ante 0,33% no fecha-mento de agosto. Já no grupoAlimentação, os preços regis-traram leve recuo para 0,89%,de 0,92% no último levanta-mento de agosto – foi o itemque mais contribuiu para a in-flação no mês passado. O gru-po Transportes, que registrarainflação de 0,12% em agosto,seguiu com ligeira alta para0,14% na primeira quadrisse-mana de setembro.

No grupo Despesas Pes-soais, os preços seguiram emdeflação, mas passaram do ní-vel negativo de 0,29% no en-cerramento do mês passadopara uma deflação de 0,2%.Saúde, que encerrou agostocom 0,66%, desacelerou para0,5% na primeira prévia de se-tembro. Em Vestuário, os pre-ços saíram de 0,83% no mêspassado e desaceleraram para0,74% neste levantamento. Em

Educação, os preços subiramde 0,01% para 0,03%.

Para o economista da Fun-dação Getúlio Vargas (FGV)André Braz, as elevações depreços em agosto atingiramprincipalmente alimentosconsiderados de difícil substi-tuição nas refeições das famí-lias de baixa renda. É o casodas altas em arroz branco(3,14%); feijão carioca (1,8%);e bovinos (1,33%). (AE)

Santander vê arrefecimentona expansão do crédito

OSantander Brasil já no-tou uma desacelera-ção na expansão do

crédito no País com o recentearrefecimento da atividadeeconômica. No primeiro se-mestre deste ano, o crescimen-to estava em cerca de 20%.

O presidente do banco noPaís, Marcial Portela, acreditaque até o fim do ano a taxa fi-que em torno de 18%, encer-rando o ano com R$ 200 bilhõesno segmento. Para o ano quevem, a projeção é de alta de15% a 16%. "Já temos indicado-res de uma queda na taxa decrescimento do crédito. A ten-dência esta aí, ainda que nãoseja muito explícita", afirmou.

Enquanto boa parte do mer-cado criticou a decisão do Ban-co Central (BC) de cortar a taxabásica de juros da economia de12,5% para 12% na última reu-nião do Comitê de Política Mo-netária (Copom), Portela con-siderou como "muito positiva"a medida. Segundo ele, o corteajudará o Brasil a compensar

os efeitos da crise sobre o País.Portela afirmou que, no de-

bate sobre os juros, o banco seinsere na ala mais preocupadacom o crescimento, e que eramelhor não esperar os efeitosde uma crise forte para reagir."Acredito que aquilo que o BC-fez foi o melhor para o País."

Sobre o risco de alta dos pre-ços por conta da queda de ju-ros, Portela considerou que otema não é fácil e que mereceatenção. A projeção do bancopara 2012 é que a inflação fi-que entre 5% e 5,5%, acima,portanto do centro do centroda meta do BC (4,5%), masdentro do teto. O banco nãofaz projeção para juros.

D es e mp e nh o – O Santan-der acredita que a filial brasi-leira pode aumentar a sua par-ticipação no grupo mundialpara algo em torno de 30% nospróximos anos, contra os 25%de representatividade atuais.Esse incremento não incluium cenário com possíveisaquisições em outros países,

de acordo com Portela. "De-pende do perímetro, se hou-ver aquisições novas em ou-tros países. Não sabemos oque vamos passar de doisanos para frente", disse.

O banco aposta no cresci-mento sólido da economiabrasileira, mesmo em um ce-nário de turbulência externa.A expansão no Brasil seriauma forma de o grupo espa-nhol compensar o cenário ne-gativo para o sistema bancáriona Europa. A projeção do ban-co para o Produto Interno Bru-to (PIB) brasileiro é de alta en-tre 3,5% a 4% em 2012 e 2013.

O banco anunciou investi-mentos, apenas no Rio de Ja-neiro, de cerca de R$ 300 mi-lhões nos próximos três a qua-tro anos. "O PIB do Rio é supe-rior ao do Chile, que é a quartamaior economia da região(América Latina)", disse Porte-la. "Hoje, o Brasil é um dosmaiores protagonistas no ce-nário econômico internacio-nal", complementou. (AE)

Os alimentos foram os itens que mais contribuíram para o IPC

Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress

Page 16: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CONTRATO POR PRAZO DETERMINADOContrato por prazo determinado pode ter tempo de experiência? Se aempresa quiser dispensar o funcionário que contratou por prazo determi-nado antes do prazo acordado,como deve ser feita a rescisão? Saiba maisacessando a íntegra no site:[www.empresario.com.br/legislacao].

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O BC já mostrou que está atento e que saberá adotar as medidas necessárias, caso a crise se agrave.Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facespeconomia

Grandes negócios para os pequenosA Copa do Mundo de Futebol de 2014 pode ser uma boa oportunidade para a economia das micro e pequenas companhias

ACopa do Mundo deFutebol de 2014promete para o Bra-sil – pelo menos no

que se refere a negócios para asmicro e pequenas empresas. Apesquisa Mapa de Oportunidadesde Negócios para Micro e PequenasEmpresas nas Cidades-Sede, ela-borada pela Fundação GetúlioVargas (FGV) e encomendadapelo Serviço Brasileiro deApoio a Micro e Pequenas Em-presas (Sebrae), mostra queexistem 456 oportunidades pa-ra os empreendedores.

O levantamento, apresenta-do ontem na Praça Charles Mil-ler, no Estádio do Pacaembu,indica que, a partir da Copa,podem ser gerados negócios de

R$ 180 bilhões; 10% do montan-te estão vinculados aos micro epequenos empreendimentos.

Durante o evento, o prefeitode São Paulo, Gilberto Kassab,destacou as expectativas de ex-pansão da microempresa naregião de Itaquera, bairro quereceberá o estádio candidato asediar a abertura da Copa.Com apenas 1% da área do mu-nicípio, a região já está sentin-do as mudanças por causa domundial de futebol. A maioriadas micro e pequenas empre-sas de Itaquera está no setor docomércio, que representa 49%dos empreendimentos.

A cidade deverá receber, se-gundo o Ministério do Turismo,258 mil turistas estrangeiros e1,2 milhão de turistas do País."O evento trará para São Paulo ageração de empregos, o que sig-

nifica aumento com responsa-bilidade o que beneficiará a to-dos", disse Kassab. "As áreasque se destacam são construçãocivil, turismo e tecnologia da in-formação. Para uma grandeobra, por exemplo, é preciso en-comendar uniformes para osoperários, de alimentação paraser levada ao canteiro de obras, eaumenta a demanda no comér-cio local", afirmou o presidentedo Sebrae, Luiz Barreto.

A pesquisa destaca que asmicro e pequenas companhiastêm que se adequar à burocra-cia, melhorar a gestão do negó-

cio e oferecer novos produtos eserviços. "Além da atualizaçãocom as tendências mundiais,que são muito dinâmicas, tam-bém a documentação – não sóburocrática, mas técnica. Osturistas estrangeiros chegamaqui ávidos por serviços e pro-dutos com nossa identidade",disse o consultor de negóciosdo Sebrae, José Bento Desie.

O empreendedor interessa-do em investir na Copa podeprocurar o Sebrae. "Nossamissão é propiciar competiti-vidade às empresas. As microe pequenas podem continuar

no tamanho em que estão, sen-do boas no que fazem – não háa necessidade de crescer."

O presidente do ConselhoDeliberativo do Sebrae-SP,Alencar Burti, afirmou que aCopa do Mundo tem curta du-ração, mas a preparação é lon-ga. "Nossa função é despertaro enorme contingente de pe-quenos empresários para essarealidade." O vice-governa-dor do Estado de São Paulo,Guilherme Afif Domingos, e osuperintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano tambémparticiparam do evento.

Consumidorestá entre ootimismo ea cautela

Otimista, o consumi-dor mantém a con-fiança no emprego,

mas está mais cauteloso emrelação aos gastos no futuro.A constatação é da pesquisaÍndice Nacional de Con-fiança (INC) da AssociaçãoComercial de São Paulo(ACSP)/Ipsos, que ouviumil pessoas em todo o Paísno final de agosto. A con-fiança foi para 150 pontos,ante 147 em julho e 155 emigual mês de 2010.

Embora tenha apresenta-do recuo no ano, o índice éconsiderado otimista e foipuxado pela confiança noemprego, segundo o econo-mista da ACSP, Emílio Al-fieri. Tanto que o número depessoas que disseram co-nhecer alguém que perdeuo emprego diminuiu para3,1%, ante os 3,5% em agos-to de 2010. O percentual dosque disseram sentir segu-rança em seus empregosatuais ficou em 38%.

Segundo Alfieri, houveredução da confiança doconsumidor em relação aofuturo. O percentual dos en-trevistados que disseramestar dispostos a efetuarcompras a prazo foi de 43%em agosto, abaixo dos 47%em igual período do anopassado. Em 2010, o am-biente estava mais favorá-vel para o consumo e o cré-dito por causa da Copa doMundo, das eleições e daausência de restrições peloBanco Central (BC).

Neste ano, o temor dosefeitos da crise internacio-nal no Brasil puxou a quedadas expectativas em relaçãoaos próximos meses. Segun-do a pesquisa, em agosto,39% disseram acreditar quea situação econômica ficarámais fortalecida. Em agostodo ano passado, 43% ti-nham essa percepção.

A parcela dos que achamque a economia vai ficarmais fraca subiu de 10% pa-ra 13% nos mesmos perío-dos. Em agosto de 2010, 54%acreditavam que a condiçãofinanceira pessoal melhora-ria nos próximos seis meses.Hoje, eles são 50%.

"Embora haja algumacautela por parte do consu-midor em relação ao noti-ciário internacional, o Ban-co Central já mostrou queestá atento e que saberá ado-tar as medidas necessárias atempo, caso a crise se agra-ve", afirmou Rogério Ama-to, presidente da ACSP e daFederação das AssociaçõesComerciais do Estado deSão Paulo (Facesp).

Divisão da arrecadação em pauta

Adivisão da arreca-dação entre União,estados e municí-pios foi o principal

tema do debate Aspectos das fi-nanças estaduais e municipais: ar-recadação própria, fundos de par-ticipação e royalties, realizadoontem pelo Conselho de AltosEstudos de Finanças e Tributa-ção (Caeft) na Associação Co-mercial de São Paulo (ACSP).

Marcel Solimeo, economistada ACSP, ressaltou a impor-tância do tema em razão doconflito entre os poderes Exe-cutivo, Legislativo e Judiciá-rio, com ações do primeiro pa-ra legislar sobre o assunto.

Ele lembrou que existem es-tados com arrecadação supe-rior à da média nacional. "Dototal arrecadado no País ,69,5% vão para o governo fe-deral. Os estados ficam com26% e os municípios, com4,5%", afirmou.

Ele explicou que, além des-sas distorções, o crescimentoda arrecadação em estados emunicípios elevou o índice deindependência de algumas re-giões brasileiras em 2005 e em2010 com relação à União. Foi ocaso da Norte, cujo índice pas-sou de 51,7% para 53,3%, e daSudeste, de 85% para 87,6%. Omesmo não ocorreu na Centro-Oeste, onde o índice caiu de77,2% para 76,7% e na Sul, querecuou de 80,2% para 78%.

Para o economista, isso mos-

tra a fragilidade do nível de de-pendência de alguns estados."Apesar do desempenho posi-tivo da economia da regiãoNordeste, ela ainda carece deinfraestrutura básica – comosaneamento e mais verbas pa-ra a saúde e a educação."

Le gi sl açã o – A reunião foimediada pelo coordenador doCaeft, Luís Eduardo Schoueri.Segundo ele, que também é vi-ce-presidente da ACSP, é im-portante discutir as diferentesinterpretações das leis nos últi-mos anos e seu impacto sobre aarrecadação e seu destino.

Para Solimeo, a afirmaçãode integrantes do governo eanalistas de que o pré-sal é a so-lução para essas disparidadesé precipitada, dadas as dúvi-das com relação ao seu poten-cial. Segundo ele, as discus-sões sobre a destinação dessesrecursos para a Saúde serãoinúteis se a Constituição nãoincluir a iniciativa.

Distorções – O professor deDireito Financeiro da Univer-sidade de São Paulo (USP), Jo-sé Maurício Conti, ressaltouque as distorções no sistema dearrecadação são consequên-cia, também, de suas caracte-rísticas diferenciadas – res-ponsáveis pela guerra fiscalentre os estados. Para compen-sar, metade da arrecadação doImposto sobre Propriedade deVeículos Automotores (IPVA)fica com os municípios.

Também se d i scut iu osroyalties da exploração de pe-tróleo a que o Rio de Janeiro eEspírito Santo têm direito.Everardo Maciel, ex-secretárioda Receita Federal, disse que,no caso do Rio, o tema remontaao tempo em que deixou de sera capital do País. Ele afirmouque a destinação dos recursosobtidos com o pré-sal para des-pesas correntes, que são as queo Estado faz em bens consumí-veis, não é uma boa solução.

Afif (da esq. para dir.), Burti, Caetano, Kassab e Desie:Sebrae e governo juntos para a competitividade na Copa.

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

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Paula Cunha

Solimeo, Schoueri e Conti abordaram distorções tributárias.

Neide Martingo

Rejane Tamoto

Page 17: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

Welded Participações S.A.(em constituição)

Ata da Assembléia Geral de Constituição Realizada em 20 de Janeiro de 2009Aos vinte dias do mês de janeiro do ano de 2009, às 10 horas, na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, nº 1564, 3º piso, sala 4, Conjunto 13,Bairro Bela Vista, CEP 01318-002, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, reuniram-se os subscritores da totalidade do capitalsocial da Welded Participações S.A., conforme se constatou pelas assinaturas na Lista de Presença e no Boletim de Subscrição.Escolhido por unanimidade, assumiu a Presidência dos trabalhos o Sr. Valdison Amorim dos Santos, brasileiro, casado, empresário,residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 1564,3º piso, sala 4, Bela Vista, CEP 01318-002, portador da cédula de identidade RG nº 17.467.888-5, SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob onº 084.933.198-64; que convidou a mim, Ivan dos Santos Freire, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado na Cidade de SãoPaulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 1564, 3º piso, sala 4, Bela Vista, CEP 01318-002,portador da cédula de identidade RG nº 26.670.699-X, SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 267.241.188-32, para Secretaria-lo. Assimcomposta a mesa, o Sr. Presidente declarou instalada a Assembléia e, iniciando os trabalhos, informou que seu objetivo era constituir aWelded Participações S.A., cujo projeto de Estatuto Social e Boletim de Subscrição, devidamente assinados em duplicata por todos ossubscritores, encontravam-se sobre a mesa. Declarou, ainda, O Sr. Presidente, que, de conformidade com o Boletim de Subscrição,o capital social subscrito é de R$ 100,00 (cem reais) em moeda corrente nacional, dividido em 100 (cem) ações, sendo todas ordináriasnominativas e sem valor nominal. A seguir, foi colocado em discussão o Projeto do Estatuto Social, o qual foi aprovado por unanimidade,declarando o Sr. Presidente constituída a Companhia, a reger-se segundo o Estatuto Social. Welded Participações S.A. - Estatuto Social- Capítulo I - Da Denominação, Sede, Objeto e Duração - Artigo Primeiro - A Welded Participações S.A. é uma sociedade anônimaque rege-se por este Estatuto Social e pelas demais disposições legais que lhe forem aplicáveis. Artigo Segundo - A Companhia tem sedee foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, n° 1564, 3º piso, sala 4, Conjunto 13, Bairro BelaVista, CEP 01318-002, podendo abrir filiais, representações ou escritórios, em qualquer localidade do país ou do exterior, por deliberaçãoda diretoria. Artigo Terceiro - A Companhia tem por objeto social a participação em outras Sociedades, como sócia, acionista ou quotista,no país ou no exterior (“holding”). Parágrafo Primeiro - A Companhia poderá utilizar seus recursos para, direta ou indiretamente, sem queesta enumeração seja exaustiva: (i) adquirir, organizar, administrar, valorizar e liquidar toda ou parte de sua carteira de investimentoscomposta por qualquer tipo de valores mobiliários, (ii) participar na constituição, desenvolvimento e controle de qualquer sociedade,(iii) adquirir por meio de contribuição de capital, subscrição, integralização, exercício de opção, ou por outros meios, qualquer tipo devalores mobiliários, (iv) vender, transferir, permutar, ou por outros meios, alienar qualquer tipo de valores mobiliários, (vi) prover assistênciafinanceira ou de qualquer outra natureza, incluindo, sem limitação, a outorga de empréstimos, avanços ou garantias àquelas sociedadesnas quais tenha participação direta ou indireta. Parágrafo Segundo - A Companhia poderá conseguir recursos para financiar suasatividades através de empréstimos, notas promissórias, bônus, debêntures ou outros instrumentos de capital ou dívida, em qualquermoeda, e poderá ainda dar em garantia todo ou parte de seus bens. Artigo Quarto - A Companhia terá prazo indeterminado de duração.Capítulo II - Do Capital - Artigo Quinto - O capital social é de R$ 100,00 (cem reais), representado por 100 (cem) ações, sendo todasordinárias nominativas, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Cada ação corresponde a um voto nas deliberações sociais. ParágrafoSegundo - As ações provenientes de aumento de capital serão distribuídas entre os acionistas, na forma da lei, no prazo que for fixadopela Assembléia que deliberar sobre o aumento de capital. Parágrafo Terceiro - Mediante aprovação de acionistas representando amaioria do capital social, a Companhia poderá adquirir as próprias ações para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria, semdiminuição do capital social, para posteriormente aliená-las, observadas as normas legais e regulamentares em vigor. Parágrafo Quarto- A propriedade das ações será comprovada pela inserção do nome do acionista no livro de “Registro de Ações Nominativas”. Mediantesolicitação de qualquer acionista, a Companhia emitirá certificados de ações. Os certificados de ações serão assinados por dois diretoresda Companhia. Capítulo III - Da Assembléia Geral - Artigo Sexto - A Assembléia Geral reunir-se-á, ordinariamente, nos 4 (quatro)primeiros meses após o encerramento do exercício social, e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais o exigirem. ParágrafoPrimeiro - A Assembléia Geral será presidida por acionistas ou diretor eleito no ato, que convidará, dentre os diretores ou acionistaspresentes, o secretário dos trabalhos. Parágrafo Segundo - As deliberações das Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias,ressalvadas as exceções previstas em lei e sem prejuízo do disposto neste Estatuto Social, serão tomadas por maioria absoluta de voto,não computando os votos em branco. Capítulo IV - Da Administração - Artigo Sétimo - A administração da Companhia será exercidapor uma diretoria, composta por 2 (dois) ou mais membros, todos com a designação de diretores, podendo ser acionistas ou não,residentes no país, eleitos anualmente pela Assembléia Geral, permitida a reeleição. Vencido o mandato, os diretores continuarão noexercício de seus cargos, até a posse dos novos eleitos. Parágrafo Primeiro - Os diretores ficam dispensados de caução e seus honoráriosserão fixados pela Assembléia Geral que os eleger. Parágrafo Segundo - A investidura dos diretores nos cargos far-se-á por termo lavradono livro próprio. Artigo Oitavo - No caso de impedimento ocasional de um diretor, suas funções serão exercidas por qualquer outro diretor,indicado pelos demais. No caso de vaga, o indicado deverá permanecer no cargo até a eleição e posse do substituto pela Assembléia Geral.Artigo Nono - A diretoria tem amplos poderes de administração e gestão dos negócios sociais, podendo praticar todos os atos necessáriospara gerenciar a Companhia e representá-la perante terceiros, em juízo ou fora dele, e perante qualquer autoridade pública e órgãosgovernamentais federais, estaduais ou municipais, incluindo suas dependências e repartições de qualquer espécie, autarquias,comunidades autônomas ou descentralizadas, empresas do Estado e sociedades de economia mista, e entidades reguladas e entesreguladores; exercer os poderes normais de gerência; assinar documentos, escrituras, contratos e instrumentos de crédito; emitir eendossar cheques; abrir, operar e encerrar contas bancárias; contratar empréstimos, concedendo garantias, adquirir, vender, onerar ouceder, no todo ou em parte, bens móveis ou imóveis; representar a Companhia em todas as assembléias de acionistas ou reuniões desócios de outras Sociedades nas quais a Companhia tenha participação como sócia, acionista ou quotista, no país ou no exterior; assinarescrituras de qualquer natureza, contratos e, em geral, quaisquer outros documentos ou atos que importem em responsabilidade ouobrigação para a Companhia ou que exonerem a Companhia de obrigações para com terceiros. Artigo Décimo - A representação daCompanhia em juízo ou fora dele, assim como a prática de todos os atos referidos no artigo nono competem e serão obrigatoriamentepraticados (i) por quaisquer dois diretores, agindo conjuntamente, (ii) por qualquer diretor, agindo em conjunto com um procurador compoderes específicos, (iii) por dois procuradores com poderes específicos, agindo sempre em conjunto, ou (iv) por um procurador compoderes específicos, agindo isoladamente, exclusivamente para o fim de representação da Companhia: (a) em juízo, ou (b) peranteautoridades públicas e órgãos governamentais federais, estaduais ou municipais, incluindo suas dependências e repartições de qualquerespécie, autarquias, comunidades autônomas ou descentralizadas, empresas do Estado e sociedades de economia mista, e entidadesreguladas, ou (c) em assembléias de acionistas ou reuniões de sócios de outras Sociedades nas quais a Companhia tenha participaçãocomo sócia, acionista ou quotista, no país ou no exterior, em cada caso, conforme o especificado nos respectivos instrumentos de mandato.A nomeação de procurador(es) dar-se-á necessariamente pela assinatura conjunta de quaisquer dois diretores, devendo os instrumentosde mandato especificarem os poderes conferidos aos mandatários e serem outorgados com prazo de validade não superior a um ano,exceto em relação às procurações “ad judicia”, as quais poderão ser outorgadas por prazo indeterminado. Parágrafo Único - Dependerãoda aprovação de acionistas representando a maioria do capital social a prestação de avais, fianças e outras garantias em favor de terceiros.Artigo Décimo Primeiro - Compete à diretoria superintender o andamento dos negócios da Companhia, praticando os atos necessáriosao seu regular funcionamento. Capítulo V - Conselho Fiscal - Artigo Décimo Segundo - A Companhia terá um Conselho Fiscal, defuncionamento não permanente que, quando instalado, deverá ser composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membrosefetivos e igual número de suplentes, acionistas ou não. Parágrafo Único - Os membros do Conselho Fiscal serão eleitos pela AssembléiaGeral Ordinária para um mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição. Capítulo VI - Disposições Gerais - Artigo Décimo Terceiro -O exercício social da Companhia coincide com o ano civil, encerrando-se em 31 de dezembro de cada ano. Quando do encerramento doexercício social, a Companhia preparará um balanço patrimonial e as demais demonstrações financeiras exigidas por Lei. Artigo DécimoQuarto - Os lucros apurados em cada exercício terão o destino que a Assembléia Geral lhes der, conforme recomendação da diretoria,depois de ouvido o Conselho Fiscal, quando em funcionamento, e depois de feitas as deduções determinadas em Lei. Artigo DécimoQuinto - Mediante decisão de acionistas representando a maioria do capital social, a Companhia poderá preparar balanços intercalares aqualquer momento, a fim de determinar os resultados e distribuir lucros em períodos menores. Artigo Décimo Sexto - A Companhiadistribuirá, como dividendo obrigatório em cada exercício social, o percentual mínimo previsto e ajustado nos termos da legislaçãoaplicável. Artigo Décimo Sétimo - A Companhia entrará em liquidação nos casos previstos em lei ou por deliberação da Assembléia Geral,com o quorum de acionistas representando a maioria do capital social, a qual determinará a forma de sua liquidação, elegerá os liquidantese fixará a sua remuneração. Artigo Décimo Oitavo - Qualquer ação entre os acionistas ou deles contra a Companhia, baseado nesteestatuto social, será proposta no foro da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo. Em seguida, o Sr. Presidente procedeu à eleiçãodos membros da diretoria da Companhia, com mandato até a realização da primeira Assembléia Geral Ordinária, passando a Companhiaa ter os seguintes Diretores: 1) Valdison Amorim dos Santos, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado na Cidade de SãoPaulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 1564, 3º piso, sala 4, Bela Vista, CEP 01318-002,portador da cédula de identidade RG nº 17.467.888-5, SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 084.933.198-64; 2) Ivan dos Santos Freire,brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na AvenidaBrigadeiro Luís Antônio, 1564, 3º piso, sala 4, Bela Vista, CEP 01318-002, portador da cédula de identidade RG n° 26.670.699-X, SSP/SP,inscrito no CPF/MF sob o nº 267.241.188-32. Os diretores declaram, sob as penas da Lei, que não há nada que os impeçam de exercer aatividade mercantil. Com referência à remuneração, os administradores não farão jus. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidentedeclarou encerrados os trabalhos e suspendeu a Assembléia pelo tempo necessário à lavratura da presente ata que, depois de lida eachada conforme, foi aprovada e assinada pelos presentes. (Ass.) Ivan dos Santos Frei; Valdison Amorim dos Santos. São Paulo,20 de janeiro de 2009. Valdison Amorim dos Santos - Presidente; Ivan dos Santos Freire - Secretário. Visto do Advogado: Bruno MuffoRangel Pereira - OAB/SP 256.841. JUCESP/NIRE 35300365691 em 03/02/2009. Ana Cristina de S. F. Calandra - Secretária Geral.

Bradespar S.A.CNPJ no 03.847.461/0001-92 - NIRE 35.300.178.360

Companhia AbertaAta da Reunião Ordinária no 24, do Conselho de Administração,

realizada em 27.7.2011Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - JuntaComercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 351.165/11-3, em31.8.2011. a) Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SPSERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SeMAEAVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO – TOMADA DE PREÇOS 12/2011 – PROC. 106/2011

Entrega dos envelopes: até 04.10.2011, às 08h45. Abertura da licitação: 04.10.2011, a partirdas 09h00. Objeto: Contratação de empresa para construção de alambrado e travas de segurançano entorno de 6 (seis) poços no loteamento Residencial Nova Esperança; em 1(um) poço no distritoindustrial Ulisses Guimarães e em 1 (um) poço no bairro Jardim Yolanda, em São José do Rio Preto/SP, incluindo fornecimento de todos os materiais, mão de obra, máquinas e equipamentosnecessários à execução da obra. Custo global estimado: R$137.581,32 – Prazo de execução:03 meses. Demais informações e retirada do edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2.181,Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h00 e 13h30 às 17h00, de segunda a sexta, fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAE na internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br.

S. J. Rio Preto, 12.09.2011 – Sonia Maria Franco da Silva Gomes – Presidente da C. L.AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO – TOMADA DE PREÇOS 13/2011 – PROC. 109/2011

Entrega dos envelopes: até 30.09.2011, às 08h45. Abertura da licitação: 30.09.2011, a partirdas 09h00. Objeto: Contratação de Projetos Básicos de rede de água, rede de esgoto ereservatórios em loteamentos a serem regularizados no município de São José do Rio Preto. Custoglobal estimado: R$134.080,58 – Prazo de execução: 04 meses. Demais informações e retiradado edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2.181, Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30às 12h00 e 13h30 às 17h00 de segunda a sexta, fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAE nainternet: www.semae.riopreto.sp.gov.br.

S. J. Rio Preto, 12.09.2011 – Sonia Maria Franco da Silva Gomes – Presidente da C. L.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 12 de setembro de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 067/2011 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1860/2011Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico nº 067/2011, tendo como objeto o REGISTRO DOS PREÇOS DE MATERIAL DE CONSUMO DE HIGIENE E LIMPEZA, conformedescrição, especificações e quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites:www.licitacoes-e.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ão até às 8 horas do dia 23 de setembro de 2011, e o início da sessão de disputa de preços será às 9 horas do dia23 de setembro de 2011. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 12 de setembro de 2011.Chayana Antonio de Moura - Pregoeira

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 069/2011 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2426/2011Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico nº 069/2011, tendo como objeto o REGISTRO DOS PREÇOS DE MATERIAL DE CONSUMO (CAFÉ E AÇÚCAR), conformedescrição, especificações e quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites:www.licitacoes-e.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ão até às 8 horas do dia 26 de setembro de 2011, e o início da sessão de disputa de preços será às 9 horas e 30 minutosdo dia 26 de setembro de 2011. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 12 de setembro de 2011.Chayana Antonio de Moura - Pregoeira

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00623/11/05

OBJETO: Aquisição de Refrigerador 04 Portas - RF-01 e 02 Portas -RF-03A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para Aquisição de Refrigerador 04 Portas - RF-01 e 02 Portas - RF-03.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 13/09/2011, no endereçoeletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República -CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o editalna íntegra, através da Internet, no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 28/09/2011, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serãoencaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamentode seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de13/09/2011, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

Requerente: Fabio de Moura Fe. Requerido: Força e Ação ValenteSegurança Ltda. Rua Manuel Garcia, 375 – Casa Verde - 2ª V. de Falências.Requerente: Antonio Carlos Donini. Requerido: 5 a SEC do BrasilFranchising Ltda. Rua Jaguaré Mirim, 250 - Térreo – Vila Leopoldina - 1ªVara de Falências.

Recuperação Judicial

Requerente: Union Terceirização de Mão Ltda. Requerido:UnionTerceirização de Mão Ltda. Rua Leandro Dupre, 626 – Vila Clementino -1ª Vara de Falências.

Os investimentos não são retomados porque não há garantias de retorno.Marcos Jank, presidente da Unicaeconomia

Etanol não acompanha demandaInvestimentos em novas usinas caíram depois da crise internacional de 2008, e investidor está inseguro diante da política de preços da gasolina.

Renato Carbonari Ibelli

OBrasil tem poten-cial para dobrar aprodução de eta-nol nos próximos

seis anos. Mas, para atingir es-sa meta, o setor cobra do go-verno políticas públicas maisabrangentes. Entre as priori-dades, apontadas por MarcosJank, presidente da União daIndústria da Cana-de-açúcar(Unica), estão a desoneraçãotributária para quem produzetanol e uma maior clareza naformação de preços da gasoli-na. Jank debateu sobre o temaontem, durante reunião plená-ria da Associação Comercialde São Paulo (ACSP).

Defasagem – A previsão daUnica é que a safra de cana des-se ano atinja 600 milhões de to-neladas. Pelos cálculos do pre-sidente da entidade, hoje o Paísjá poderia estar produzindocerca de 950 milhões de tonela-das. A defasagem ocorre por-que desde a crise internacionalde 2008 cessaram os investi-mentos consistentes em novasplantas – defasagem estimadaem 200 milhões de toneladas –e na recuperação de áreas deplantio degradadas – mais 150milhões de toneladas em po-tencial. Como exemplo dessecenário, para este ano são pre-vistas apenas duas novas usi-nas. Em 2008 o País recebeu 30."Os investimentos não são re-tomados porque não há garan-tias de retorno. O investidor sócolocará dinheiro em um pro-jeto se tiver certeza de como vaivariar o preço da gasolina nomédio e longo prazo, o que nãoocorre hoje", disse Jank.

O custo da produção de eta-

País deve produzir 600 milhões de toneladas de cana neste ano, mas poderiam ser 950 milhões.

Sergio Moraes/ Reuters

nol está diretamente atreladoao preço da gasolina, uma vezque é o preço desta nos postosde serviço que vai influenciar aescolha do consumidor finalpor um ou outro combustível.Além da clareza na formaçãodos preços, a Unica cobra re-dução da carga tributária parao setor como meio de estimulara produção. "É uma políticaviável. Já temos em São Paulopara o Imposto sobre Circula-ção de Mercadorias e Presta-ção de Serviços (ICMS) do se-tor. Mas precisaríamos tê-la es-tendida para outros estados epara os impostos federais, co-mo a Cide-combustível e oPIS/Cofins", comentou o pre-sidente da Unica.

Em São Paulo, o ICMS para oetanol tem alíquota de 12,5%.Já para a gasolina a alíquota éde 25%. Há poucos outros esta-dos que praticam política se-melhante, a maioria aplica aalíquota cheia para ambos oscombustíveis.

A safra de 600 milhões de to-neladas previstas para esseano não será suficiente paraabastecer o mercado interno ehonrar compromissos já fir-mados com o mercado exter-no. Isso levará o País a impor-tar cerca de 1,1 bilhão de litrosde etanol, principalmente dosEstados Unidos. A produçãodo setor não tem acompanha-do a demanda. A frota de veí-culos Flex deve chegar ao finaldesse mês a 50% da frota totaldo País. Hoje eles são cerca de27 milhões, que consomem 40bilhões de litros de etanol. Pe-las projeções da Unica, em2020 serão 52 milhões de veí-culos Flex consumindo 85 bi-lhões de litros de etanol.

Para dar conta dessa deman-

da, Jank estima que nesse pe-ríodo seriam necessários in-vestimentos próximos deR$ 100 bilhões em mais de 130novas usinas. "Somente compolíticas públicas eficientesatingiremos essa meta", disse orepresentante do setor.

C a r g a – Rogério Amato,presidente da ACSP e da Fede-ração das Associações Comer-ciais do Estado de São Paulo(Facesp), lembrou durante aplenária da importância deagregar setores estratégicoscomo o sucroalcooleiro para odebate sobre a carga tributáriado País. "Devemos nos orgu-lhar de ter o nosso etanol comosolução para problemas comoo da sustentabilidade. E ter-mos a possibilidade de trazer opresidente da Unica para nos-sa reunião só a engrandece",disse Amato.

Lavoura de cana perde produtividadeOvolume de cana-de-açú-

car processado pelasunidades produtoras da

região Centro-Sul do Brasil na sa-fra 2011/12, do início de abril até1 de setembro, ficou em 338,14milhões de toneladas, uma que-da de 11,05% em relação às380,14 milhões de toneladas ob-tidas em igual período da safraanterior. Na segunda quinzenade agosto, a moagem ficou em40,49 milhões de toneladas,queda de 3,76% comparativa-mente a igual período da safra2010/2011. As informações fo-ram divulgadas ontem pelaUnião da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Diante de um resultado sema-nal de moagem em torno de 40

milhões de toneladas registradonas últimas cinco semanas, a ex-pectativa da entidade é de que asafra 2011/12 seja encerrada jáem novembro. De acordo comdados apurados pelo Centro deTecnologia Canavieira (CTC), aprodutividade agrícola do cana-vial colhido no Centro-Sul emagosto foi de 66,6 toneladas decana por hectare, redução signi-ficativa em relação ao valor ob-servado em data igual de 2010(79,4 toneladas por hectare). Noacumulado desde o início destasafra, a produtividade ficou em72,4 toneladas por hectare ante89,4 atingidas no último ano –queda de 19%.

Na última quinzena de agosto,a quantidade de Açúcares Totais

Recuperáveis (ATR) por toneladade cana-de-açúcar at ingiu149,97 kg, recuperação signifi-cativa em relação aos 143,6 kgverificados nos primeiros 15 diasdaquele mês, e queda de 5,8%em relação ao valor observadoem igual período de 2010. Noacumulado desde o início da sa-fra até 1 de setembro, a concen-tração de açúcares por toneladade matéria-prima atingiu 132,64kg, retração de 3,59% compara-tivamente ao índice verificadoe m i g u a l p e r í o d o d a s a f r a2010/2011.

Açúcar – Do volume total decana processado na segundaquinzena de agosto, 51,19% foiutilizado para a fabricação deaçúcar. Nesse período, a produ-

ção de açúcar somou 2,96 mi-lhões de toneladas, praticamen-te idêntica àquela observada emigual período da safra passada.Já a produção de etanol totali-zou 1,74 bilhão de litros nos úl-timos 15 dias de agosto, sendo737,03 milhões de litros de eta-nol anidro e 999,04 milhões de li-tros de hidratado.

No acumulado desde o inícioda safra desta temporada, a pro-dução de etanol atingiu 13,77 bi-lhões de litros, sendo 8,54 bi-lhões de litros de hidratado e5,23 bilhões de litros de etanolanidro. No mesmo período, aprodução de açúcar alcançou20,38 milhões de toneladas,com queda de 9,4% em relação àsafra 2010/2011. (AE)

Setembro já tem saldo deR$ 1,3 bilhão na balança

Com apenas seis diasúteis, a balançacomercial brasileira

acumula superávit deUS$ 1,319 bilhão emsetembro, segundo dadosdivulgados ontem peloMinistério doDesenvolvimento, Indústria eComércio Exterior (MDIC).Na média diária, o saldo está78,6% superior ao registradoem igual período do anopassado. O superávitcomercial acumulado em2011, até o momento, é deUS$ 21,279 bilhões, superioraos US$ 20,157 bilhõesregistrados em todo oano de 2010.

As exportações totalizaramUS$ 6,832 bilhões nas duassemanas de setembro. Namédia diária, foram US$ 1,13bilhões, um volume 27%superior ao de igual períododo ano passado e 0,1% maiordo que o de agosto. No ano, asvendas ao exterior chegam aUS$ 173,546 bilhões. Asimportações somaramUS$ 5,513 bilhões, ouUS$ 918 milhões ao dia, umvolume 8,7% superior ao de

setembro do ano passado e5,2% inferior ao de agosto. Noano, as compras de produtosdo exterior somaUS$ 152,267 bilhões.

De acordo com os dados doMDIC, no período estudadohouve aumento nas vendasde produtos manufaturados(5,3%) e semimanufaturados(1,6%), enquanto asvendas de produtos básicostiveram queda (2,8%).Nos semimanufaturadostiveram destaque óleo de sojaem bruto, produtos deferro e aço, ouro em formasemimanufaturada,alumínio em bruto, borrachaem bruto, couros e peles,celulose e açúcar em bruto.As exportações demanufaturados cresceram20,3%, com destaquepara polímeros plásticos,tratores, máquinase aparelhos deterraplenagem, veículosde carga, motores egeradores, partes de motorespara veículos, autopeças,açúcar refinadoe automóveis depassageiros. (AE)

Desoneração para redes

Oministro das Comuni-cações, Paulo Bernar-do, disse ontem que

encaminhou para o Ministérioda Fazenda o projeto de deso-neração para investimentosem infraestrutura das redes detransmissão de dados, queagora deverá seguir para apre-ciação da presidente DilmaRousseff. "Fechamos com a Fa-zenda. Esperamos que nospróximos dias o projeto passe avigorar", afirmou Bernardo,que não descarta a possibilida-de de uma medida provisória.

A d e s o n e r a ç ã o s e r á d ePIS/Cofins para equipamen-tos de rede, fibra ótica e cons-trução civil, resultando em re-

núncia f i sca l de cerca deR$ 4 bilhões até 2014. Somenteem PIS/Cofins, a possibilida-de de redução do custo é de10% e há ainda categorias emque os equipamentos podemser beneficiados por conteúdonacional, como explicou Ber-nardo. O que ficou acertadocom a Fazenda foi a homologa-ção do projeto, mas as propos-tas seriam analisadas pelo Mi-nistério das Comunicações.

Regiões menores –A con-trapartida por parte dos inves-tidores é a abrangência geo-gráfica, de maneira a atenderregiões com baixa competitivi-dade hoje nos serviços de ban-da larga. (AE)

Page 18: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

Sergio [email protected] guerra dos portáteis

A feira alemã de eletrônicos IFA mostrou tablets, ultrabooks e smartphones com Windows Phone

Div

ulga

ção

Da Samsung, o destaque foi o Galaxy Tab, mais fino que as versões anteriores. Já aHTC exibiu o smartphone Titan, que roda o Windows Phone Mango.

BARBARA OLIVEIRA

Aedição de 2011 da feirade eletrônicos IFA, rea-lizada em Berlim na se-mana passada, teve no-

vidades em tablets de diferentestamanhos e marcas, o sistema ope-racional móvel Windows PhoneMango embarcados em smart-phones, notebooks super finos(ultrabooks), entre outros gadgetsque prometem chegar até o finaldo ano.

A HTC e a Acer foram duas dastradicionais marcas a mostraremseus celulares inteligentes com aplataforma Windows Phone Man-go, cujas janelas mostradas em

quadradinhos abrem programas emostram informações. Enquantoos tablets diminuem de tamanho,as telas dos smartphones estãocrescendo. Um dos destaques daHTC é o modelo Titan, com tela de4,7 polegadas, já rodando o siste-ma operacional da MicrosoftMango, espaço de 16 GB e câmeratraseira de 8 MPixels. O Acer W4,com 3,6 polegadas e espaço de 8GB, também traz o sistema opera-cional Windows Phone.

Além do celular com cara debloco de notas, Galaxy Note, cujatela tem 5,3 polegadas, a Samsunglançou um novo Galaxy Tab com

display de 7,7 polegadas e tecno-logia Super Amoled Plus. Ele émais fino que as versões anterio-res e mais leve (335 gramas), alémde rodar Android 3.2. Só que oaparelho precisou ser retirado dafeira e proibido de ser vendido naAlemanha por decisão do tribunalde Dusseldorf, a pedido da Apple.A empresa da maçã alega que asul-coreana Samsung viola suaspatentes na linha de smartphonese tablets copiando design e modode operar do iPhone e iPad. A ba-talha jurídica começou em abril enão tem data para acabar.

A Sony também lançou dois ta-

blets Android de diferentes tama-nhos. O modelo P, tem duas telasde 5,5 polegadas e que pode serdobrado como um Nintendo DS, eo tablet S, de 9,4 polegadas, reso-lução de HD com Wi-Fi e 3G. A Le-novo demonstrou os ultrabooks(mais finos do que os notebooks)IdeaPad U400 e U300s, de 14,9 mmde espessura. O primeiro de 14 po-legadas, até 8 GB de RAM e comunidade de DVD embutida, ape-sar de sua espessura. O segundotem display menor, de 13 polega-das, em cores laranja e grafite.Ambos trazem o processador Intelde segunda geração.

Varejo em estudo

OWalmart vive um dilemanos EUA. Segundo umareportagem da Adverti-

sing Age, a estratégia da empresade oferecer os preços mais baixos écada vez mais ameaçada pelosconcorrentes, que se especializa-ram para igualar e até superar asofertas da gigante do varejo. A em-presa usa há anos o sistema de da-dos de vendas Retail Link para ana-lisar o conteúdo dos carrinhos decompras dos clientes e identificartendências – que são transforma-das em ofertas. Porém, os concor-rentes também aprenderam a usaresse tipo de análise.

Ao entrar no terceiro ano segui-do de quedas nas vendas, o Wal-mart decidiu investir mais em tec-nologia, criando o @Walmartlabs.No primeiro semestre deste ano, oWalmart gastou US$ 300 milhõespara comprar a firma de tecnologiaKosmix, que ficou conhecida porcriar um aplicativo que personalizao conteúdo do Twitter. O aplicati-vo, chamado Tweetbeat, não estámais em funcionamento, mas oWalmart justifica seu alto investi-mento em pesquisa e desenvolvi-mento em varejo, marketing e mí-dias sociais. Os fundadores do Kos-mix, Venky Harinarayan e AnandRajaraman, se tornaram os direto-res do @Wallmartlabs, que contacom uma equipe de 70 pessoas, etambém são vice-presidentes de e-commerce do Walmart.

Antes da compra do Kosmix peloWalmart, Harinarayan e Rajaramantiveram uma história de sucessocom a Amazon.com. Eles criaram o

sistema Junglee e o venderam parao varejista online em 1998, quandoele se tornou o Amazon Marketpla-ce, que reúne os vendedores ter-ceirizados da empresa e gera 30%das vendas atuais da Amazon. Oscientistas também criaram o Ama-zon Mechanical Turk, um site de"crowdsourcing" no qual as pes-soas se inscrevem para fazer pe-quenos serviços em troca de pe-quenos pagamentos.

Novo foco – Com o @Walmar-tlabs, os dois devem trilhar um ca-minho mais ambicioso. Mídias so-ciais e aparelhos móveis (smartpho-nes e tablets) devem receber amaior atenção do laboratório. Raja-maran disse que essas tecnologiasdevem ter um impacto muito pro-fundo no varejo do século 21, com-parável à importância do transpor-te por rodovias no século 20.

No momento, o laboratório doWalmart está se dedicando a criaruma série de soluções voltadas es-pecificamente para o comércioeletrônico, uma área onde a Ama-zon vende seis vezes mais. Não se-ria a solução para reduzir essa dife-rença, mas aumentariam as vendasem pelo menos 5%.

O @Walmartlabs pode ter seumaior trunfo ao ajudar o Walmart acriar um programa de fidelidadeeficiente. Há tempos, a rede aban-donou os tradicionais cartões de fi-delidade, mas é possível que o la-boratório crie agora um programamais sintonizado com as tecnolo-gias móveis, para criar um progra-ma de descontos e ofertas, em par-ceria com os fabricantes e marcas.

A HTC e a Acer, duas tradicionais marcas, apresentaram celularesinteligentes com a plataforma Windows Phone Mango

Page 19: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 2011 ECONOMIA - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

E S P ECI A L

Hora da ViradaLeão devora R$ 1 trilhão

em tempo recordeImpostômetro da ACSP, que mostra o avanço dos impostos em tempo real, aponta que arrecadação cresce mais que a economia.

Amarca deR$ 1 trilhão emtributosarrecadados pela

União, estados e municípios,registrada no Impostômetrohoje por volta das 11 horas,será alcançada neste anocom 35 dias de antecedênciaem relação a 2010. Esseavanço mostra que a receitatributária cresce emvelocidade mais aceleradado que a economiabrasileira.

Dados do InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatística (IBGE)comprovam isso. O ProdutoInterno Bruto (PIB) dosegundo trimestre deste anocresceu 3,1% em relação aigual período de 2010. Masem valor adicionado, ouseja, sem considerar osimpostos, a expansão foi de2,7%. Já os impostos tiveramexpansão de 6%, ou seja,mais do que o dobro nomesmo período.

o Programa da IntegraçãoSocial (PIS), que não sãorepartidas entre estados emunicípios. "Aconcentração da receita coma União lhe confere poderespolíticos e de decisão quenão são saudáveis", dizeconomista.

A representatividade dosimpostos indiretos, queestão embutidos nos preços,tem incomodado muito asociedade. Dados da ReceitaFederal de 2008 mostramque essa categoria detributo representa 48,7%dos impostos recolhidospelos brasileiros, um valoracima da média encontradanos países integrantes daOrganização paraCooperação eDesenvolvimentoEconômico (OCDE), que é de31,5%. Quanto maior aincidência deles, maior afalta de transparência paraquem está pagando a conta.Isso sem falar que osimpostos indiretos têm umcaráter regressivo, levandoos contribuintes commenores ganhos acomprometerem mais arenda com o pagamento deimpostos do que outros,proporcionalmente.

Segundo o diretor deEstudos e Políticas Sociais doInstituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea),Jorge Abrahão de Castro,houve uma redução daregressividade do sistematributário entre 2003 e 2009,mas ela ainda é muita alta."O ICMS é o grande vilão",completa.

Participante de palestrasobre o assunto realizadarecentemente em São Paulo,o pesquisador apresentoudados sobre os gastos dogoverno federal em áreascomo Saúde e Previdência.Em 2009, o chamado GastoSocial Federal (GSF)representava 15,8% do PIB.No ano passado, caiu15,41%, para R$ 566,21bilhões. O Ministério daEducação foi o que maiselevou seu orçamentoexecutado, em 2010,passando de R$ 43,9 bilhões,em 2009, para R$ 54,2bilhões no ano seguinte.

De fato, o montante éexpressivo. Mas não traduz aqualidade dos serviçosprestados nessas áreas. Emoutras palavras, paga-semuito imposto no Brasil e acontrapartida do governo éduvidosa em termos dequalidade. "Há uma forteestrutura de controle dessesgastos. E a sociedade podefiscalizar. Aliás, compete àsociedade lutar pormelhorias no controle e naqualidade do gastopúblico", afirmou o diretor.

Receita de tributos registra R$ 1 trilhão hoje por volta das 11 horas, com antecedência de 35 dias em relação ao ano passado.

Paulo Pampolin/Hype

Ocorre que controlar otrajeto do dinheiroarrecadado com impostosaté o seu destino é tarefaquase impossível no Brasil.Embora União, estados emunicípios sejam obrigadosa mostrar suas contas emnome da transparência, nãoé fácil compreender essesdados. As informações sãodispersas e os relatórioscontábeis de difícilcompreensão. Assim, ficacomplicado saber serealmente o dinheiro está

indo para o lugar certo.Para o economista Amir

Khair, a Constituição Federaldetermina que os estados eos municípios destinem 25%da receita com os impostospara a educação. Já a Uniãoé obrigada a separar 18%para essa área. "É umaobrigação constitucionalque deve ser cumprida e éfiscalizada pelos tribunais decontas", diz o economista.

No caso da saúde, aEmenda 29, em discussão noCongresso Nacional, obriga

os municípios a aplicarem15% da arrecadação comtributos na área, os estados12% e a União o mesmopercentual de crescimentodo PIB. Como a emenda nãofoi regulamentada, as regrasnão são cumpridas. "É umaárea importante, quemerece ter uma garantia devalores. Sem dúvida,evitaria-se que a União, osestados e os municípiosusassem esses recursosbaseados em interessespolíticos", analisa.

Cifra alcançadacada vez mais cedoexpõe a voracidade

fiscal e o retornoq u e s t i o n á ve l

na prestação deserviços como saúde

e educação

Em 2010, a situação foiparecida. O PIB realaumentou 6,7%, enquantoos impostos cresceram12,5%. "É uma brutaltransferência de recursos,via arrecadação deimpostos, do setor privadopara o público. Ou seja, deum setor mais eficiente paraum menos eficiente", diz oeconomista da AssociaçãoComercial de São Paulo(ACSP) Marcel Solimeo. Noatual ritmo, o InstitutoBrasileiro de PlanejamentoTributário (IBPT), quedesenvolveu oImpostômetro a pedido daACSP, calcula que a receitatributária deverá alcançarR$ 1,5 trilhão em 2011.

Além do tamanho dacarga tributária e davelocidade da transferênciade recursos privados para oscofres públicos, a divisão dobolo tributário é alvo decríticas. Sozinha, a União ficacom quase 70% do arrecado,uma concentraçãomotivada, sobretudo, pelascontribuições sociais, como aContribuição para oFinanciamento daSeguridade Social (Cofins) e

Sílvia Pimentel

Em abril, o Impostômetro começa amostrar a arrecadação e se transformaem instrumento para manifestaçõespela cidadania. O ator Paulo Goulart(foto) participou da inauguração dopainel – que, ao final do ano,apontava que um total de R$ 731bilhões entrou nos cofres do governoao longo daquele ano.

Luiz Prado/LUZ

2005Tiradentes, o herói.No tempo do Brasil Colônia, o governojá criava impostos. No século 18, aeconomia mineradora enfraqueceu ePortugal, que já cobrava 20% de todo oouro extraído, lançou a derrama –arrecadada por meio do confisco debens e propriedades. Contra elalevantaram-se os inconfidentes, entreos quais Tiradentes.

Século 18: a derrama

Cidadania

P ro g ra m e - s eA grande mordida do Leão

acontece hoje, por volta das 11horas, na sede da Associação

Comercial de São Paulo (ACSP),à Rua Boa Vista, 51 Centro.

Venha manifestar suaindignação, com o apitaço, e

participar do Feirão do Imposto,para saber a real incidênciasobre produtos e serviços.

Leia mais emwww. i m p o sto m et ro . c o m . b r

Page 20: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 201120 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

Hora da Viradaeconomia

Hora de Agir dá voz à população

Renato Carbonari Ibelli população com a ajudadas redes sociais e outrosmeios de comunicaçãoda internet. Cada grito deprotesto, realizado porintermédio do Twitter,Facebook, e demaiscanais, poderá serdirecionado para o portaldo movimento(www.horadeagir.com.br).O portal também permiteque o internauta postevídeos revelando o queacha da crescentearrecadação de tributospor parte dos governos.

De acordo com MarcelSolimeo, economista-chefeda ACSP, o movimentoHora de Agir será um

desdobramento damanifestação programadapara hoje, quando oImpostômetro – paineleletrônico que mostra aarrecadação das trêsesferas de governo – atingea marca de R$ 1 trilhão."Os protestos não podemparar nesse dia, têm queser levados à diante.Somente assim é possíveldespertar na população aconsciência de que ogoverno tem arrecadadocada vez mais e realizadocada vez menos", afirmaSolimeo.

O portal do movimentotambém traz informações arespeito da carga tributária

e agenda de manifestações.Ele ainda permite opreenchimento de umabaixo-assinado virtual,direcionado aosdeputados federais,pedindo a aprovação daLei 1.472, de 2007, quedetermina que as notasfiscais tragam impresso opercentual de impostosembutidos no preço decada produto e serviçoadquirido. A leiencontra-se parada naCâmara dos Deputados.

No site do movimentoainda é possível baixararquivos com imagens eslogans da campanha.As imagens já estão nos

formados adequadospara serem usadas emcartazes, adesivos ebottons, entre outrasferramentas demobilização. "Omovimento tem suaforça na possibilidade deinteração entre osparticipantes, que podemmobilizar amigos pormeio das redes sociais",diz Solimeo.

O movimento Hora deAgir já está a pleno vapor ea cada dia recebe maisadeptos. Ele já tem mais de2.100 apoiadores noFacebook e diariamenterecebe centenas demensagens via Twitter.

Paulo Pampolin/Hype

Édo bolso de cada umdos brasileiros queparte o dinheiro queabastece os cofres

dos governos. Logo, nadamais justo do que ocontribuinte cobrar ocorreto uso dos recursospúblicos. Para amplificar ocoro pelo bom uso dostributos, a AssociaçãoComercial de São Paulo(ACSP) e a Federação dasAssociações Comerciais doEstado de São Paulo(Facesp) lançaram omovimento Hora de Agir.

A proposta é dar voz à

ProjetoDe Olho

no Impostoestá no

Congressodesde2007

Desde 2007 tramita noCongresso Nacionalum projeto de lei queexige a discriminação

da carga tributária embutida nospreços dos produtos e serviços nasnotas fiscais. Dessa forma, o con-sumidor teria a noção exata dequanto vai para os cofres públicostoda vez que compra uma merca-doria ou contrata um serviço. OProjeto de Lei nº 1.472, conhecidocomo De Olho no Imposto, entroupelas portas do Senado, onde foiaprovado rapidamente, chegou àCâmara dos Deputados, foi anali-sado por diversas comissões e estápronto para entrar na pauta do ple-nário. Só neste ano, foram proto-colados cinco pedidos de inclusãopara a ordem do dia.

Como se vê, existe um movi-mento de deputados para colocar amatéria em discussão. Mas faltavontade política das liderançaspara aprová-la. O diagnóstico é dodeputado Guilherme de Campos(DEM-SP), que foi relator da ma-téria quando o texto passou pelaComissão de Justiça. "O PL nú-mero 1.472 é muito importantepara que o cidadão perceba e sintano bolso o quanto ele contribui pa-ra os cofres públicos."

De Olho no Imposto foi tambémo nome escolhido para a campa-nha de consciência tributária lide-rada pela Associação Comercialde São Paulo (ACSP), que, no ní-cio de 2006, percorreu cerca de500 municípios em São Paulo eoutros Estados e colheu assinatu-ras para o projeto de iniciativa po-pular. A proposta foi avalizada por1,564 milhão de pagadores de im-postos que querem a regulamenta-ção do artigo 150, parágrafo 5º daConstituição Federal. O dispositi-vo estabelece que os consumido-res devem ser esclarecidos sobreos impostos embutidos no preçofinal das mercadorias e serviços.

As assinaturas colhidas durantetoda a campanha foram levadas aocongresso em 35 caixas pelo entãopresidente da ACSP, GuilhermeAfif Domingos, e representantesde centenas de entidades queapoiaram um dos maiores movi-mentos populares pela transpa-rência tributária. O material foientregue em 31 de maio de 2006ao então presidente do Senado,Renan Calheiros.

Sílvia Pimentel

Paulo Pampolin/Hype

2007O mês de agosto marca a mudança do site doImpostômetro. Ele recebe novas ferramentas quepermitem ao contribuinte fazer projeções daarrecadação e averiguar como o governo poderiainvestir os valores, entre outras.

2006Em 10 de novembro, o Impostômetro atingeR$ 700 bilhões – praticamente a mesma cifra de2005. Com isso, deixou claro ao contribuinte quea arrecadação só acelerava. Ao final do ano, eleapontou R$ 810 bilhões nos caixas dos governos.

2007Quando o ano de 2007 chegou ao fim,o Impostômetro já mostrava que o Leão haviaaumentado seu apetite. Ele abocanhou ummontante de R$ 920 bilhões dos bolsosdos contribuintes brasileiros.

Para amplificaro coro pelo bomuso dos tributos,

a AssociaçãoComercial deSão Paulo e aFederação dasAs s o c i a ç õ e sC o m e rc i a i s

do Estado deSão Paulolançam o

m ov i m e n toHora de Agir.

www. h o ra d e a g i r. c o m . b r

Newton Santos/Hype Paulo Pampolin/Hype

Ac e l e ra ç ã o

M o n i to ra m e n to

Mordida maior

Page 21: Diário do Comércio

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8Wallpapers: papéisde paredes para

serem utilizados emcomputadores dosu s u á ri o s

7Painel Físico: todas asempresas que

desejarem ter um PainelFísico poderão solicitar econfigurar através de umaárea específica

2No t í c i a s :capturadas e

c adastradasautomatic amenteatravés dos feeds doGoogle News, asmais interessantesserão selecionadas ecolocadas emdestaque com umafoto na página inicial

3O objetivo dosblogs do

Impostômetro éexibir informaçõesexclusivas do portal,para que os usuáriospossam comentar edebatê-las. Destaforma, vão gerarmaior interação ef i d e l i z a ç ã o.

10 RedesSociais: o

Imp ostômetropossibilita a cadausuário participar,colaborar ecompartilhar suasinformações como portal. Umprofissional deMídias Sociais estaráinteragindo com osusuários, fazendo-osretribuírem com suaso p i n i õ e s.

4Cu ri o s i d a d e s :através dos

dados do próprioImpostômetro, asaquisições serãoilustradas parafortalecer aco n s c i e nt i z a ç ã odos cidadãos daaplicação dodinheiro público

5Todos os artigosdo portal

estarão abertospara os usuárioscomentarem edebaterem assuntospolêmicos escritospelos colunistas doImp ostômetro.

11 O calendáriotributário irá

exibir as principaisatividades, quepodem ser eventos,curiosidades, datasco m e m o rat i va s,entre outros. Ou seja,qualquer assuntorelacionado a tributo.

9A calculadoraTribuloso mostra

quantos dias por ano equantos dias em sua vidao contribuinte trabalhapara pagar impostos

6A calculadora do Tirano Tax faz parte deuma campanha de esclarecimento que

tem como objetivo conscientizar osbrasileiros da carga de impostos que incidesobre cada cidadão, mobilizando asociedade na luta por uma maiortransparência tributária

12 Em Opções,a

comparação doImpostômetro ficoubem mais completa.Utilizandoilustrações, gráficosvariados einfográficos, oimpacto e acompreensão setornam mais clarospara os usuários.Nesta novaarquitetura serápossível compararaté três tipos dearrecadações, comopor exemplo: Brasilvs União vs Estado;Brasil vs Estado vsTributo; entreo u t ro s.

1O Infotário éuma coluna

criada para mostraros absurdos datributação. Ogoverno diz, porexemplo, que otributo sobre a cestabásica é baixo (18%em média), e otributarista rebateque ninguém comearroz e feijão crus;sobre esses itens,c alculam-setambém luz, gás,óleo, sal e suasrespectivas taxas.

O impostômetroestá no ar!

Arte

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bre

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ão d

o si

te

O v i s u a l d oportal do Impostômetro aban-

donou a figura do radar de impostos, no for-mato antigo do taxímetro, e agregou a figura de uma

cabine de avião, com seus instrumentos, imagens, botões ecom a ideia de segurança. O novo Impostômetro passará a ser uma

ferramenta social, de pesquisa e estudo; de educação. Além da consulta, osusuários poderão contribuir e compartilhar informações para conscientizar

mais pessoas e cobrar dos seus governantes a melhor utilização do dinheiro público.Para esse objetivo, investiu-se em ampliação operacional e técnica. As ferramentas são

notícias, blogs, microblogging, wiki, feeds, fotos, vídeos, áudios, calculadoras, comparti-lhamento de informações e redes sociais. Assim, aumenta-se a participação, a colaboração e

o compartilhamento de informações. Faça agora um curso rápido de pilotagem:

Page 22: Diário do Comércio

MOMENTOS MARCANTES DO IMPOSTÔMETRO

Novo portaldecola com

mais recursos

Na gestão de Afif Domingos, em 2005, o primeiro Impostômetro Em 2008, Alencar Burti organizou um Feirão dos Impostos de Natal Junho de 2011: cerimônia da virada dos R$ 700 bilhões

Marcos Fernandes / LUZ Paulo Pampolin / Hype Newton Santos / Hype

Gilberto Amaral: "Estamos oferecendo vários recursos multimídia."

Leandro Moraes / LUZ

BARBARA OLIVEIRA

Hoje, 13 de setembro de2011, a arrecadaçãodos governos federal,estaduais e municipais

atinge a marca de R$ 1 trilhão. Pa-ra lembrar esse incômodo recordea Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP) inaugura um portalrepaginado do impostômetro,com layout totalmente interativo epleno de informações. O radar tri-butário – Impostômetro – sofreuvárias mudanças desde que foi cria-do em abril de 2005, quando conti-nha informações apenas sobre a ar-recadação federal na época.

O Impostômetro 2.0, que entrano ar hoje, contempla todas essaspropostas e vai além. O advogadotributarista, Gilberto Luiz Ama-ral, coordenador de estudos doInstituto Brasileiro de Planeja-mento Tributário (IBPT), respon-sável por alimentar o radar desdesua criação, diz que tanto o serviçoonline como o painel físico terãocomo principal objetivo provocara reflexão do contribuinte ofere-

cendo mais informações sobre acadeia de tributos. "Estamos ofe-recendo vários recursos multimí-dia no portal, ampliamos as com-parações de arrecadações entreUnião, estados e municípios.Agora é possível fazer diversasprojeções com maior velocidadede processamento e visualizar oportal em múltiplas plataformas,computadores, tablets e celula-res", observa Amaral.

O portal passa a ser uma ferra-menta social, para pesquisas e es-tudos. Os usuários poderão con-tribuir e compartilhar as informa-ções, e com isso, refletirem sobreelas para cobrar dos governantes amelhor utilização do dinheiro pú-blico. O gestor do projeto, Giullia-no Soares, explica que o portal estátotalmente integrado com a lingua-gem da Web 2.0, mais rápida e in-terativa, utilizando canais de notí-cias, blogs, vídeos, wikis, áudios,novas calculadoras e colunas e per-mitindo a integração com as redessociais para aproveitar ao máximo a

audiência de milhões de usuáriosdo Facebook, Orkut, YouTube,Twitter, LinkedIn e Flickr.

Será possível aos desenvolve-dores de TI criar aplicativos doserviço para a web e para disposi-tivos móveis (smartphones e ta-blets). Além disso, qualquer em-presa, entidade de classe, profis-sional liberal, blogueiro que tiverinteresse em divulgar o impostô-metro no seu site poderá dispor debanners com resoluções variadasmostrando a arrecadação em tem-po real aos seus leitores e clientes.O mesmo ocorre com a divulga-ção da arrecadação tributária emtempo real em telas de LCD, plas-ma ou LED nas dependências daassociação ou empresas, desdeque esteja conectada ao portal.

Cabine de avião – O visual doportal abandona a figura do conta-dor de impostos, no formato anti-

go do taxímetro, e agrega a figurade uma cabine de avião, com seusinstrumentos, botões e com a ideiade segurança, diz Amaral. Cabeao usuário fazer cálculos e compa-rações a partir da aba Opções dacabine. Elas ficaram mais com-pletas em relação ao site anterior.

Outros tipos de cálculos do por-tal incluem as aquisições pessoais(bens e serviços) e as públicas(compra de ambulâncias por umaprefeitura, contratação de profes-sores, etc.), e o quanto de tributosse paga sobre cada item e o que ocontribuinte poderia fazer com es-se valor. Por exemplo, o total deimpostos pagos poderia pagaruma escola particular para o filho,abater prestações da casa própria,ser usado para a compra de umcarro. A partir dessas projeções, ousuário obtém infográficos e faci-lita ao economista, advogado, em-

presário, estudante, professorilustrar uma apresentação.

A navegação foi facilitada e oportal é personalizável em funçãode alguma data comemorativa –dia das Mães, da Criança etc. OImpostômetro.com.br ganha se-ções com linguagem simples e ex-plora a interatividade. "Queremosaumentar a participação e chamara atenção dos vários tipos de pú-blicos: advogados, profissionaisliberais, acadêmicos, estudantes,donas-de-casa e até crianças", res-salta o tributarista Amaral.

Calculadoras – Como impostoé um assunto árido para o cidadãocomum, os desenvolvedores doportal criaram seções e calculado-ras cujos nomes brincam com aspalavras formando trocadilhosbem-humorados. É o caso da cal-culadora Tirano Tax, que faz alu-são ao supercomputador da Re-ceita Federal, conhecido como T-Rex (Tiranossauro Rex, o mais te-mido dos dinossauros), e, ao mes-mo tempo, une as palavras tirano etaxa. Nessa seção, criada em2005, foram ampliados os recur-sos. Ali, o contribuinte calcula suacarga tributária sobre a renda (IR,contribuições previdenciárias),sobre o patrimônio (IPTU, IPVA eoutros) e sobre o consumo. Preen-chendo os campos da calculadoracom essas informações, ele saberáo quanto paga de seu salário men-sal sobre luz, telefone, educação,saúde, supermercado, etc.

Outra seção é o Tribuloso, a cal-

culadora do tributo guloso, quemostra quantos dias a pessoa tra-balha por ano para pagar tributos equantos anos ainda vai trabalhar(ou já trabalhou) para ficar quitescom o governo. O cálculo é feitocom base na expectativa de vidado cidadão. "Queremos, com isso,levar a pessoa a raciocinar, e o queela faria se pudesse empregar essedinheiro na vida pessoal ou emações coletivas e públicas."

O Infotário é uma coluna criadapara mostrar os absurdos da tribu-tação. "Um trocadilho que deveganhar força nas redes sociais",observa Amaral. Alguns dos ab-surdos abordados: a tributação so-bre medicamento humano é pró-xima de 34% enquanto a dos me-dicamentos para animais é, emmédia, de 16%. "Outra: o governofala que existe um déficit da Pre-vidência, mas como, se estão so-brando R$ 50 bilhões entre o quese arrecada e o que se aplica na Se-guridade Social?", indaga.

O site será de livre acesso, masalgumas informações detalhadase gráficos pesados, que exijammuito do banco de dados, necessi-tarão de um cadastramento préviopara evitar riscos de queda do por-tal por excesso de demanda. "Issopermite que identifiquemos a fon-te do pedido, se é de uma pessoa enão de um robô querendo derrubaro site", observa Giulliano Soares.A previsão é de que o portal tenha300 mil page views (acessos) diá-rios nesta fase de lançamento.

O despertarda consciência

Presidente daACSP pede

mobilizaçãode todos em

defesa dat ra n s p a r ê n c i a

Repr

oduç

ão

Vamostrabalhar por

umatributação

maissimples emais justa

ROGÉRIO AM ATO

Barbara Oliveira

Opresidente daAssociaçãoComercial deSão Paulo

(ACSP) e da Federaçãodas AssociaçõesComerciais do Estado deSão Paulo (Facesp),Rogério Amato,destacou que o novoImpostômetro não selimita à mudança daapresentação visual, comuma tela mais moderna,mas cria um portal maisinterativo com "todas asinformações sobre

matéria tributária,permitindo que aimprensa, professores ouestudiosos possambuscar dados sobre atributação e os cidadãosenviem suas mensagensa respeito do assunto".

Para o empresário,"além de ser um marcona cidade de São Paulo, eter contribuído parachamar a atenção dapopulação sobre aexpressiva arrecadaçãodos três níveis dogoverno, oImpostômetro objetivadespertar a consciênciados cidadãos, de que eles

são contribuintes e, porisso, têm o direito deexigir do Estado acontrapartida emserviços e de que cabe aeles, os pagadores deimpostos, a obrigação defiscalizar como sãoutilizados os recursosarrecadados".O serviço online e ocontador físicoinaugurados hojeservirão de fórum para asociedade se manifestar.

O valor de R$ 1 trilhãoalcançado hoje deve ser,na opinião do presidenteda ACSP, o início de"uma ampla

mobilização na defesada transparência datributação, correção dedistorções mais gritantesdo sistemae, mesmo quegradativamente, dareforma tributária". NoEstado de São Paulo, as420 AssociaçõesComerciais que integrama FACESP estarãodivulgando em suascidades a virada dotrilhão, assim comooutras entidades daConfederação dasAssociações Comerciais eEmpresariais do Brasil(CACB) estão sendo

convidadas aparticiparem dessacampanha.

O primeiro passo parao combate ao abuso nacobrança dos impostos,segundo Amato, é amaior transparência. Elacomeça com a aprovaçãodo projeto-de-lei1472/2007, que tramitana Câmara dosDeputados, depois de játer passado pelo Senado.O PL determina que sedestaque na nota fiscal opercentual de impostosembutidos nos preçosdos produtos e serviços.A partir de agora, diz o

empresário, "asAssociações Comerciaisdevem começar umacampanha para aredução do percentualdas multas e aumentodos prazos derecolhimento dostributos que sofreramalterações em função dainflação elevada, masque foram mantidosapós a estabilização daeconomia". Além disso,completa, "vamostrabalhar pelasimplificação daburocracia fiscal e poruma tributação maissimples e mais justa".

Page 23: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 2011 ECONOMIA - 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Novo painel, mais informações.Será inaugurado hoje o novo formato do Impostômetro, que ganha espaço para notícias e campanhas contra a alta carga tributária.

Paulo Pampolim/Hype

O Impostômetro tem localização privilegiada: fixado na fachada do prédio da ACSP, na Rua Boa Vista, número 51, o painel está de frente para o Pátio do Colégio, cenário de fundação da cidade de São Paulo.

Barbara Oliveira

Avirada daarrecadação deR$ 1 trilhãomotivou a

inauguração de novo paineldo Impostômetro, localizadona fachada do prédio daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP), no Centro daCapital paulista. Com umformato digital inovador, opainel terá mais espaço paranotícias e atualizações decampanhas promovidas pelaACSP e pela Federação dasAssociações Comerciais doEstado de São Paulo (Facesp).

Segundo o presidente daACSP e da Facesp, RogérioAmato, "ninguém é contraa cobrança de impostos",mas ele defende atransparência para que ocontribuinte saiba paraonde esses impostos estãosendo direcionados."Chegamos a R$ 1 trilhãoum mês antes de 2010. Osimpostos crescem mais doque o País", afirmou oempresário no vídeo quelança o movimento Hora deAgir (www.horadeagir.com.br), no ar a partir destasemana e uma dasbandeiras encampadaspela entidade paraconscientizar cada cidadãosobre a elevada carga

Hora da Virada

Marcos Mendes/LUZ

O novo placar tem 1,53 metros de altura e 4,10 metros de comprimento. A moderna tecnologia garante melhor visibilidade aos números.

2009É o auge da crise global. Em 17 de julho,pela primeira vez o painel registra queda naarrecadação. Na data, o Impostômetro marcavaR$ 550 bilhões, tema que inspira o pintorEduardo Marques a produzir um quadro (foto).

2008O ano foi marcado pela extinção da CPMF. Masarrecadação tributária acelerou e o painelregistrou, pela primeira vez, R$ 1 trilhão (em 15de dezembro), virando atração turística. Ao finalde 2008, o Impostômetro apontava R$ 1,05 trilhão.

Andrei Bonamin/LUZ

2008No ano seguinte, o crescente apetite do Leão exigiumudanças no Impostômetro. Em maio o painel ésubstituído por um mais moderno, que passa atrazer a casa do trilhão, na expectativa de mais umrecorde de arrecadação.

Avançoconstante

de umaideia

Ain a u gu r a çã ode hoje marcaa s e g u n d aatualização do

Impos tômet ro desde2005, quando o painel foicriado. Em 2008, houvenecessidade de acrescen-tar mais casas para aco-modar todos os dígitos re-ferentes ao trilhão, arreca-dado pela primeira vez na-quele ano. O objetivo daACSP e da Eletromídia éespalhar em outras cida-des do País painéis seme-lhantes, chamar a atençãopara os impostos e convi-dar a população para cam-panhas pela maior trans-parência da tributação esimplificação da burocra-cia fiscal. (BO)

tributária no País.O painel físico tem 1,53

metros de altura e 4,10metros de comprimento efoi concebido pelaEletromídia, empresaespecializada em mídia

outdoor e indoor cujastelas de alta resolução (LEDe LCD) estão nas ruas de 17capitais e em 9 shoppingsde São Paulo e Rio deJaneiro. Paulo Badra Filho,sócio-diretor da empresa,

disse que o novoImpostômetro foi ampliadopara contemplar asmudanças de layout. Naparte inferior correm osnúmeros referentes àarrecadação de impostos

diários, enquanto na telasuperior do painel foiaberto um espaço parainformações úteis àpopulação, semprereferentes aos tributos e àscampanhas da ACSP.

Newton Santos/Hype Leonardo Rodrigues/e-SIM

Mudanças Efeitos da crise

Um trilhão

Page 24: Diário do Comércio

terça-feira, 13 de setembro de 201124 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

Hora da Viradaeconomia

Neide Martingo

Célia testemunhou a criação

Iracemainforma os

turistas

Andréia: "É revoltante".

Fotos: Newton Santos/ Hype

Paineli n s p i ro u

Rui

Mais um recorde

2011Em 27 de junho, já eram

registrados R$ 700bilhões, um mês antes deigual valor ser alcançado

em 2010 – e quase ototal de 2005. Em 18 deagosto o painel registra

R$ 900 bilhões. No mêsseguinte, ganhou

novo visual e maisfuncionalidades.

O Impostômetro já faz parte do cenário paulistano. No centro da cidade, na Rua Boa Vista, o painel informaininterruptamente a soma total de quanto a população paga de impostos. Os números despertam vários

sentimentos: indignação, frustração, pânico, tristeza e até impunidade. Mas o conhecimento é importante,destacam os que prestam atenção constante nos dados. Os consumidores estão sendo conscientizados sobre

os valores dos tributos embutidos nos preços. Com informação, é possível cob ra r.

Fora do ar

2009Em outubro, oImpostômetroganha um novoaliado, oMuseu daCorrupção (Muco), que apontadistorções que impedem o avanço doPaís. Mesmo com desonerações adotadaspelo governo federal para enfrentar acrise, o ano fecha com a marca recordede R$ 1,09 trilhão.

2010Boicote ou falha? O Impostômetro sai do ar quandobateria R$ 800 bilhões, em 31 de agosto. O ritmo da

arrecadação acelera como nunca. Em 27 de outubro jámarcava R$ 1 trilhão. No Pateo do Colégio é reeditado o

Feirão do Imposto. O ano termina em R$ 1,27 trilhão.

Novo painelMassao Goto Filho/e-SIM

Marcos Mendes/LUZ Patrícia Cruz/LUZ

O Impostômetro fazp e n s a r . E a c a b o udando inspiração pa-

ra que o estudante de Direi-to, Rui José Leite Santana,escolhesse a área da profis-são na qual se especializa-r i a : d i r e i t o t r i b u t á r i o ."Certamente é a que dámais retorno financeiro",diz ele. Para o universitárioSantana, o Brasil é um dospaíses que mais cobram im-p o s t o s e m t o d o o m u n-do."Qualquer coisa que secompre hoje – produtos ouserviços – tem cobrança detributos", questiona.

A incidência não deveriaocorrer em vários deles, co-mo remédios, livros, e pro-dutos eletrônicos. Isso faci-litaria a vida de muita gen-te", avalia.

Diariamente, quando fazsua caminhada diante dopainel do Impostômetro,Santana reforça suas con-vicções sobre o equilíbriotributário: "Eu não me im-portaria de contribuir comtanto, se o retorno do di-nheiro fosse comprovado.

Na verdade, eu pago o valorda faculdade duas vezes –uma para a instituição, ou-tra em forma de impostos.

Como muitos outros con-tribuintes, o estudante de

Direito chega à conclusãode que a carga dos brasilei-ros deveria ser aliviada. "Oensino e o atendimento nasaúde deveriam ser gratui-tos", finaliza.

Banca de jornal ou pon-to de informação? Asduas coisas. O Impos-

tômetro duplicou a ativida-de comercial da Banca dasApostilas, que fica no Pátiodo Colégio. Quem comprajornais ou revistas no localsempre dá uma olhada novalor que a população brasi-leira paga em impostos. E osturistas, principalmente osque vêm do interior, ficamcuriosos: tiram fotos e que-rem saber os detalhes sobreo montante arrecadado."Todos os dias eu tiro váriasdúvidas sobre o assunto.Quem visita o centro de SãoPaulo recebe a indicação dealguém, e não vai emborasem fazer pose em frente aosnúmeros para mostrar aosamigos depois. Mas as pes-soas também se sentem in-dignadas com um valor cadavez mais alto", afirma a donada banca, Iracema Valadão.

Para ela, o Impostômetro ébem vindo porque informa.Mas sente não poder fazernada para ver o dinheiro ar-recadado sendo usado de

uma forma melhor. "A exis-tência do Impostômetro éuma forma de cobrar as au-toridades, para que a popu-lação veja a aplicação destesrecursos. Mas eu entro empânico quando o observo".Para Iracema, nos dias de ho-je, não existe a personifica-ção da tirania, como aconte-

cia antigamente – por isso,não se sabe direito de quemcobrar as atitudes. "A per-gunta que fica é quem é o ti-rano dos tempos modernos.Dizem que é o sistema. Mascomo será possível combatero sistema? É preciso promo-ver o conhecimento com aconscientização."

Aadvogada CéliaSuzuki trabalha naregião central de

São Paulo há 40 anos.Portanto, ela foi uma das"testemunhas" dainstalação doImpostômetro, em abrilde 2005. Na época, Céliaficou muito satisfeita, jáque saberia exatamentecom quanto contribui,todos os dias. Mas, logodepois, sentiu-se muitotriste. "É frustrante

saber que pagamostanto em impostos e nãotemos o retorno dissonos serviços básicos. Osvalores sãoextremamente altos",afirmou.

"Infelizmente nãoexistem informaçõessobre esse assunto. Apopulação merece eprecisa terconhecimento de quantopaga de impostos. Muitagente nem imagina que

a incidência na conta deluz chega a 50%",observou. "A iniciativada Associação Comercial,de criar o Impostômetro,é admirável."

Mas Célia afirma que omais importante seriareceber um serviço dequalidade nas áreas desaúde e educação – paraela, os mais necessários,os que mais fazem faltapara o bem estar dasfamílias.

O Impostômetrodesperta irritaçãona analista de

sistemas Andréia Barrem.Ela não sabe exatamentequanto paga de tributosem cada um dos produtose serviços que compra ouconsome. Mas tem acerteza de que é muitomais do que deveria. Oprimeiro exemplo quevem à cabeça de Andréiasão os automóveis."Dentro do valor cobrado

por um veículo, tem quase50% de impostos. Isso éinaceitável. Por conta decasos como este é que oImpostômetro não para. Opior é que o dinheiro nãovolta para a comunidade.É uma quantia muito maldistribuída. E as pessoasnão se dão conta disso".

Andréia afirma quepaga R$ 250 para oconvênio médico eodontológico todos osmeses. Além disso, usa

ônibus e Metrô parachegar ao local detrabalho. "Não dá para virao centro, da zona Leste,de carro todos os dias. Asdespesas comestacionamento sãoinviáveis. É revoltantepagar pelo atendimentomédico duas vezes – comos impostos. Além disso,os ônibus e o Metrô estãosempre lotados. Osserviços deixam adesejar."