diferentemente iguais e igualmente diferentes
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Universidade Federal do Pará
Instituto de Letras e Comunicação
Faculdade de Comunicação
Comunicação Social - Jornalismo
Amanda Torres Pinho
Orientação: Alda Costa
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- Discutir a articulação das tensões identitárias
durante o intercâmbio;
- Identificar as diferenças culturais brasileiras
presentes no relato qualitativo sobre as interações
entre esses estudantes;
- Possibilitar estudos e pesquisas futuras sobre o
programa Ciência sem Fronteiras.
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- Perspectivas comunicacionais: partilha x difusão;
- O outro na construção do sujeito e o elo inicial;
- Entre a incomunicação e a coabitação;
- Comunicação intercultural: a conversa entre as culturas.
“O eu só existe a partir das
relações interpessoais”
(FRANÇA, 2006, p. 10).
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- A comunicação enquanto mediadora cultural;
- O terceiro elemento: eu + outro + cultura;
- Para além do diálogo multicultural: conhecendo o (duplo) outro;
- Tradição e tradução;
- As ilhas-Brasil: iguais, diferentes e brasileiros.
“O fim das distâncias físicas revela a
incrível extensão das distâncias culturais”
(WOLTON, 2006, p. 19).
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- O programa Ciência sem Fronteiras;
- O outro brasileiro: uma ruptura e uma âncora;
- O intercâmbio: a vida em constante transição;
“Na situação da diáspora as
identidades se tornam múltiplas”
(HALL, 2013, p. 29).
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- O processo metodológico:
- Questionário subjetivo online;
- Entrevista online;
- Autoetnografia.
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Participante Gênero Idade Localidade de origem Área de estudo BR? #BR
Q01 M 23 São Paulo, São Paulo Arquitetura S 1
Q02 M 22 Fortaleza, Ceará Biologia S 2
Q03 M 26 Canoas, Rio Grande do Sul Arquitetura N 0
Q04 M 23 Jataizinho, Paraná Engenharia S 5
Q05 M 24 Belo Horizonte, Minas Gerais Engenharia S 1
Q06 M 24 Belo Horizonte, Minas Gerais Engenharia S 4
Q07 F 27 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro Engenharia N 0
Q08 M 20 Belo Horizonte, Minas Gerais Biologia S 5
Q09 F 23 Ribeirão Preto, São Paulo Engenharia S 5
Q10 M 29 Recife, Pernambuco Educação Física S 5
Q11 F 24 Curitiba, Paraná Arquitetura N 0
Q12 M 23 Belo Horizonte, Minas Gerais Engenharia N 0
Q13 M 22 Curitiba, Paraná Medicina S 5
Q14 M 21 Montes Claros, Minas Gerais Medicina S 5
Q15 M 23 Niteroi, Rio de Janeiro Engenharia S 4
Q16 F 21 Montes Claros, Minas Gerais Medicina S 5
Entrevistada A F 23 Goiânia, Goiás Arquitetura S 7
Entrevistada B F 25 Divinópolis, Minas Gerais Biologia S 7
Quadro - Participantes
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- Brasil: um país multicultural; - Conhecimento superficial da diversidade cultural;
“Acredito que o Brasil é multicultural e o CsF me comprovou
isso, pois conheci pessoas de quase todos os Estados e cada
um tem o seu vocabulário, sua comida ou bebida típica,
danças, músicas” (Participante Q09).
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- A fuga aos estereótipos; - O reforço dos estereótipos.
“Sempre rola o estereótipo. E eu acho que de fato existem, sim,
as pessoas estereótipo, mesmo porque se não, não existiriam
estereótipos – eles vêm de algum lugar, né? (...) E quando não
tinha os estereótipos, eu achava estranho, como uma menina que
morou comigo, ela era de Goiânia e ela não gostava de
sertanejo?! Eu achava aquilo estranho” (Entrevistada B).
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- Apropriação, abandono e reforço; - “Uai”, “trem” e “égua”; - O outro australiano x o outro mineiro;
- “De onde você é?”;
- Eu sou da Amazônia.
“Não havia necessidade de falar
que eu era do Brasil para um
brasileiro” (Participante Q05).
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- Distância geográfica x distância cultural;
- A percepção do outro estrangeiro: o exemplo russo;
“Não sei, mas eu sinto que os brasileiros dos
mesmos lugares, ou de lugares mais
próximos, são mais parecidos, sim”
(Entrevistada A)
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- A língua: o algo em comum que diferencia; - O outro brasileiro não é o outro estrangeiro; - As semelhanças culturais: mais fortes que as diferenças.
“Apesar da regionalidade forte, a identidade
brasileiro prevalece nas relações. Aspectos
de comportamento geral e relacionamento
interpessoal são parecidos”
(Participante Q12).
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- As semelhanças culturais não foram suficientes;
- A criação de laços e subgrupos;
- E se o contexto fosse outro?
“As diferenças culturais não dificultaram o
convívio. Eram, inclusive, interessantes. O
que poderia ter dificultado o convívio seriam
diferenças pessoais” (Participante Q16).
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- O encontro com o outro;
- A expansão da identidade.
“A gente só passa a conhecer as
peculiaridades de cada região quando a gente
se dá a oportunidade de visitar as outras
regiões ou conviver com pessoas de outras
regiões. Foi maravilhoso conhecer as
diferentes culturas que se tem dentro de um
mesmo país (Participante Q07).
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“A gente se abre muito e a gente evolui
muito. Eu acho que as relações pessoais, as
experiências que eu tive de conhecer pessoas
[foram as mais marcantes no intercâmbio]”
(Entrevistada B).
- A abertura ao outro;
- O olhar para dentro.
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- O outro nos desafia e nos modela;
- A igualdade não garante o sucesso da comunicação;
- A diversidade atrai;
- Nossas experiências nos (re)constroem;
- Superação de fronteiras acadêmicas e também culturais.
- Esse não é o fim.
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“A comunicação não é o fim das
barreiras, tampouco o
estabelecimento dos fluxos, mas a
organização das relações entre as
barreiras culturais”
(WOLTON, 2006, p. 137)