Download - 22.09 BURITI
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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO “DEP. EST. RENE BARBOUR”
DEP. DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
LARISSA MENDES E MORO
EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO DE BURITI E
APROVEITAMENTO DA TORTA RESIDUAL
Barra do Bugres- MT
2012
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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO “DEP. EST. RENE BARBOUR”
DEP. DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO DE BURITI E
APROVEITAMENTO DA TORTA RESIDUAL
Projeto de Pesquisa submetido ao Departamento de Engenharia de Alimentos em /
/2012, como um dos pré-requisitos para matrícula na disciplina Monografia I.
Aluno(a): Larissa Mendes e Moro. Assinatura:
Matrícula: 08.2.52.07
Telefone e e-mail: 65 99579792 e-mail: [email protected]
Orientador (a): Ellen Godinho Pinto.
De acordo:
Co-orientador: Etney Neves
Área de Pesquisa: Tecnologia de Alimentos
Palavras-chaves: 1. Buriti
2.
3.
Barra do Bugres-MT
2012
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SUMÁRIO
1 TEMA......................................................................................................................................4
2 DELIMITAÇÃO DE TEMA...................................................................................................4
3 PROBLEMA DE PESQUISA.................................................................................................4
4 HIPÓTESE...............................................................................................................................4
5 OBJETIVOS............................................................................................................................4
5.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................................4
5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO....................................................................................................4
6 JUSTIFICATIVA....................................................................................................................5
7 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................................5
7.1 BURITI.................................................................................................................................5
7.1.1 FUNÇÃO DOS NUTRIENTES PRESENTES NO BURITI............................................7
8 METODOLOGIA..................................................................................................................12
8.1 ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA...........................................................................................12
8.1.1 ANÁLISE DA POLPA DO BURITI IN NATURA..........................................................13
8.1.2 SECAGEM DA POLPA DO BURITI.............................................................................14
8.2 ANÁLISE DO PRODUTO.................................................................................................14
8.3 ANÁLISE SENSORIAL....................................................................................................14
8.4 ANALISE ESTATÍSTICA.................................................................................................15
9 CRONOGRAMA...................................................................................................................15
REFERÊNCIAS (FALTA ORGANIZAR E FORMATAR)....................................................16
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PROJETO DE PESQUISA
1 TEMA
Extração do óleo do buriti e aproveitamento da torta residual na elaboração de um
produto.
2 DELIMITAÇÃO DE TEMA
Obtenção do óleo de buriti rico em carotenoide, estudar uma faixa ótima de
estabilidade para sua utilização em diferentes solventes e temperatura. Utilizar a torta residual
para compor nutricionalmente um produto.
3 PROBLEMA DE PESQUISA
O buriti é um fruto típico do cerrado rico em nutrientes e pouco explorado. Com o
estudo pretende-se extrair o óleo, realizar as analises para verificar a qualidade e a
composição do mesmo. A partir do resíduo obtido, que será submetido a analises físico
químicas e posteriormente, aplicado no enriquecimento de um produto. Deverá ser verificada
a qualidade e a composição dos nutrientes no resíduo, elaborando um produto de qualidade
nutricional para a população e consequentemente, popularizar o fruto.
4 HIPÓTESE
A polpa e o óleo são aplicados na culinária regional bem como na elaboração de
cosméticos, porem o resíduo obtido após a extração do óleo, até então, não possui uma
aplicação. Então, será possível a aplicação do resíduo na indústria de alimentos visando o
aproveitamento total do fruto?
5 OBJETIVOS
Este tópico abordará a finalidade do projeto, explicitando o propósito do estudo.
5.1 OBJETIVO GERAL
Utilização da técnica de extração, no intuído de obter o óleo rico em carotenoides do
buriti, para aplicação da torta residual na elaboração de alimento que contribuirá para
indústria alimentícia.
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5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Destacar a importância dos nutrientes no fruto.
Determinar a melhor solução para extração, e caracterização do óleo.
A partir do resíduo, desenvolver um produto para o aproveitamento total do fruto.
Realizar uma avaliação sensorial, de aceitação do produto.
6 JUSTIFICATIVA
O fruto buriti é vasto na região amazônica e no cerrado. Possui um alto poder
antioxidante, devido a presença de β-caroteno, percursor da vitamina A. É rico em vitaminas
A, B, C, E, em fibras, óleos insaturados e minerais.
A polpa é utilizada na fabricação de sorvetes, picolés e vinhos, o óleo é utilizado na
elaboração de hidratantes, loções, sabão e na cozinha. Apesar de estar presente na culinária
regional, há raros trabalhos para elaboração de produtos alimentícios para a indústria.
O resíduo obtido após a extração do óleo na maioria das vezes é descartado, sendo
assim, uma oportunidade para desenvolver um produto utilizando os nutrientes existentes na
torta residual, aproveitando por completo o fruto, destacando o potencial do mesmo para a
área de pesquisa.
7 REFERENCIAL TEÓRICO
7.1 BURITI
O buriti, também conhecido como: miriti, palmeira-do-brejo ou carandai-guaçú, é
uma das palmeiras mais interessantes do território brasileiro. Existem duas espécies do buriti
a Mauritia flexuosa nativa do Peru e a Mauritia vinífera nativa no Brasil. Se encontra nas
regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002;
RIBEIRO, 2008).
O buriti é uma espécie dióica, ou seja, existem buritis machos e buritis fêmeas. Os
machos florescem nos mesmos meses que as fêmeas, porém nunca produzem frutos. O
buritizeiro pode medir 40 m de altura e possui um caule de 13 a 55 cm de diâmetro, com
ramos de 20 a 30 folhas com 5 a 6 m de comprimento, gerando de 1 a 10 cachos porem a
média são de 4 cachos em safra boa, produzindo de 450 a 2000 frutos por cacho, sendo estes
variando entre 5 a 7 cm de diâmetro e de 15 a75 g cada (SAMPAIO, 2011).
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A palmeira buriti é encontrada isolada ou em grupos, sempre em terrenos úmidos ou
pantanosos, sua existência esta relacionada com a água (GOMES, 2007).
Figura 1- Palmeira buriti
FONTE: CARIOCADARIO, 2010
O fruto do buriti é coberto por uma casca com o formato de escamas, possui cor
marrom-avermelhadas, protegendo o fruto de ataque de animais e evitando também a entrada
de água. A massa, ou polpa do fruto, é alaranjada e comestível. A bucha que tem aparência de
isopor fica debaixo das escamas e da polpa do fruto. A bucha envolve o caroço, ou semente,
sendo importante para que os frutos boiem e sejam carregados pela água até um local para
germinação. Geralmente, existe apenas um caroço em cada fruto, porém, é possível encontrar
frutos sem caroço e frutos com dois caroços (SAMPAIO, 2011).
Figura 2- Frutos do buriti
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FONTE: AGÊNCIA NOTÍCIAS DO ACRE
Os frutos são ricos em vitaminas A, B, C, E, em fibras, óleos insaturados e ferro. É
uma das frutas que mais contém vitamina A ou caroteno no mundo. O buriti possui 20 vezes
mais vitamina A que a cenoura (SAMPAIO, 2011).
7.1.1 Função dos Nutrientes presentes no buriti
De acordo com Ribeiro (2008), o buriti é um alimento regulador, devido sua rica
composição, em nutrientes como vitaminas, minerais e fibras. Serão destacadas as funções
dos nutrientes, determinando sua eficiência reguladora do organismo. Seguindo as
informações contidas abaixo, na tabela 1.
Tabela 1- Composição nutricional do buriti, considerando 100 g do produto.
Componente Quantidade
Calorias 144,00 kcal
Proteínas 2,60g
Lipídeos 11,00g
Glicídios 13,10g
Fibras 7,60g
Cálcio 156,00 mcg
Fósforo 54,00mg
Ferro 5,00mg
Retinol 6.000 mg
Vitamina B1 0,03mg
Vitamina B2 0,23mg
Niacina 0,70mg
Vitamina C 26,00mg
FONTE: IBGE, 1999
7.1.1.1 Carotenoide
Carotenoides é um dos principais grupos de pigmentos naturais devido a ampla
distribuição, diversidade estrutural e inúmeras funções. São pigmentos lipossolúveis, com
uma variação entre as cores: amarelo, laranja e vermelho. Estão presentes em várias frutas e
vegetais (RIBEIRO; SERAVALLI, 2004).
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Ao ingerir alimentos fonte deste componente, principalmente α e β-caroteno, o
intestino e o fígado os transformam em vitamina A (RIGUEIRA, 2003).
A vitamina A é um termo utilizado para descrever os compostos com atividade
biológica do retinol. Exerce funções importantes no organismo como ação protetora da pele,
das mucosas, no bom funcionamento da visão e da estrutura do olho (RIGUEIRA, 2003 apud
SANO et al. 1998).
Estudos comprovam que dietas ricas em carotenoides estão associadas à redução dos
riscos de incidência de câncer e doenças cardiovasculares, bem como na proteção de
membranas celulares lipoproteínas contra danos oxidativos por oferecer uma mistura
adequada de fitoquimicos (MONTEIRO, 2008; COSTA; VIEIRA, 2004).
De acordo com a tabela 1, o buriti possui 6000mg de retinol (β-caroteno), sendo um
fruto rico em vitamina A.
7.1.1.2 Vitamina C
O ácido ascórbico é um carboidrato que pode ser sintetizado a partir do D-glicose ou
D-galactose por diversos animais. O ácido ascórbico pode ser oxidado em ácido
dehidroascórbico na presença de íons metálicos, calor, luz ou em condições levemente
alcalinas, com pH acima de 6, perdendo a atividade da vitamina C (RIBEIRO; SERAVALLI,
2007).
É um sólido branco, cristalino com ponto de fusão entre 190 e 192ºC, é solúvel em
água e etanol absoluto, é insolúvel em solventes orgânicos comuns como clorofórmio benzeno
e éter. No estado sólido é estável, em solução sofre oxidação facilmente, de reação de
equilíbrio para o ácido L-desidroascórbico (BOBBIO; BOBBIO, 2003).
A causa da degradação da vitamina C é a oxidação, tanto aeróbica como anaeróbica,
levando a formação de pigmentos escuros. Com a ação da luz é rapidamente destruída. A
estabilidade da vitamina C aumenta em temperaturas baixas, e se degrada durante o
aquecimento de alimentos, mais existe degradação durante o congelamento e no
armazenamento de alimentos em baixas temperaturas (BOBBIO; BOBBIO, 2003).
A vitamina C é encontrada em varias plantas, em diversas concentrações. Frutas
cítricas e vegetais verdes frescos são as maiores fontes desta vitamina. O buriti não é fonte da
vitamina C mais apresenta uma quantidade relativa, cerca de 26mg/100g, a goiaba possui
200mg/100g, o limão 80mg/100g, o morango 60mg/100g, a laranja 50mg/100g e tangerinas
30mg/100g. (BOBBIO; BOBBIO, 2003).
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7.1.1.3 Vitamina B1 – tiamina
A vitamina B1 conhecida também por tiamina, aneurina e orizanina, é encontrada em
diversos animais e vegetal bem como em leveduras e gérmen de cereais. É essencial para o
funcionamento do sistema nervoso, em uma dieta deficiente de tiamina pode causar beribéri e
polineurite, são doenças causadas por perturbações no sistema nervoso, hipertrofia do
coração, podendo causar a morte por falha cardíaca (BOBBIO; BOBBIO, 2003).
Essa vitamina sofre perdas por lixiviação, destruída pela luz ultravioleta e por ação
de dióxido de enxofre ou sulfitos, é estável nas temperaturas de processamento de alimentos.
Sofre oxidação em compostos colorido tiocromo. Quimicamente é uma base hidrogenada,
encontrada na maioria das vezes, na forma de cloreto-hidrocloreto (RIBEIRO; SERAVALLI,
2007).
O buriti possui 0,03mg em 100g de polpa não é fonte de vitamina B1. Os cereais
possuem maior quantidade de vitamina como o farelo de arroz 2,50mg/100g, o arroz integral
0,50mg/100g, a farinha de trigo integral 0,45mg/100g e o centeio 0,40mg/100g (BOBBIO;
BOBBIO, 2003).
7.1.1.4 Vitamina B2- riboflavina
A vitamina B2, também denominada riboflavina ou lactoflavina. É um cofator de
reações enzimáticas e sua deficiência causa doenças como inflamação da língua e da boca,
perturbações do aparelho digestivo, dermatite seborreica e distúrbios oculares. É importante
para o crescimento (BOBBIO; BOBBIO, 2003; RIBEIRO; SERAVALLI, 2007).
Riboflavina pertence ao grupo de pigmentos fluorescentes amarelos denominados
flavinas. É encontrada pura na forma de cristais amarelos. É estável ao calor, oxidação e a
ácidos, solúvel em água e instável em meio alcalino. Sofre clivagem da molécula de ribitol em
presença de luz, formando a lumilactoflavina (RIBEIRO; SERAVALLI, 2007).
Por ser estável ao calor e a hidrossolubilidade, pouca quantidade de vitamina B2 é
perdida no cozimento e no processamento de alimentos. Porem devido sua sensibilidade a
álcalis, a adição de bicarbonato de sódio em alguns produtos alimentícios destrói grande parte
da vitamina. Quando é ingerida isoladamente cerca de 15% são absorvido pelo organismo,
mas se ingerida junto com alimentos a quantidade absorvida pelo organismo chega até 60%
(RIBEIRO; SERAVALLI, 2007).
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Existem várias fontes naturais de riboflavina, mais em pequenas quantidades
principalmente na forma de nucleotídeos (BOBBIO; BOBBIO, 2003).
O buriti possui 0,23mg em 100 gramas, possuindo maior quantidade de vitamina B2
que encontrada em carne de carneiro, farinha de trigo integral e leite de vaca 0,2mg/100g
(BOBBIO; BOBBIO, 2003).
7.1.1.5 Niacina
Niacina ou ácido nicotídico é um material esbranquiçado cristalino, estável quando
seco. Possui melhor estabilidade que a tiamina e a riboflavina. É resistente ao calor, luz,
oxigênio, ácidos e álcalis. Uma parte desta vitamina é perdida na agua durante o cozimento.
A função da niacina no organismo é agir como um componente das coenzimas
nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato
(NADP). São coenzimas relacionadas ao metabolismo dos açúcares, respiração celular e
síntese de gordura. A síntese da niacina pode acontecer parte pelas bactérias na flora intestinal
como também pode ocorrer a partir do triptofano (RIBEIRO; SERAVALLI, 2007).
A deficiência da niacina é caracterizada pela fraqueza muscular, anorexia, indigestão
e erupção cutânea. Se a deficiência for grave, o individuo pode ter pelagra caracterizada por
dermatite, demência, diarreia, tremores e língua amarga (RIBEIRO; SERAVALLI, 2007).
As principais fontes desta vitamina são principalmente carnes, cereais e fígado. Em
alguns grãos de cereais o ácido nitínico é encontrado ligado a carboidratos, fenóis e peptídeos,
sendo assim, não possui atividade da niacina, somente se passar por uma hidrolise (BOBBIO;
BOBBIO, 2003).
No buriti a quantidade de niacina é de 0,70mg em 100g de fruto, possui uma
quantidade boa se comparada com ovos (0,05mg/100g) e leite de vaca (0,10mg/100g). O atum
é fonte de niacina por conter 13mg/100g, na sardinha a quantidade disponível é a mesma
encontrada na carne de frango, cerca de 8mg/100g (BOBBIO; BOBBIO, 2003).
7.1.1.6 Cálcio, fósforo e ferro
O cálcio é um elemento fundamental ao organismo, e sua importância está
relacionada às funções que o mineral desempenha, principalmente na saúde óssea, desde a
formação e manutenção da estrutura como também na mineralização óssea (SIGULEM;
TADDEI, 2004).
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O cálcio e o fósforo são importantes para a mineralização óssea fetal e pós-natal. O
período de maior desenvolvimento esquelético e de mineralização óssea (TRINDADE, 2005).
O fósforo é importante para os tecidos de todas as células vegetais e animais. No
organismo humano, aproximadamente 4/5 do fósforo encontram-se na estrutura dos ossos e
dentes. Atuando em equilíbrio com o cálcio no organismo. Auxilia o corpo na utilização das
vitaminas e armazena a energia obtida do metabolismo de macronutrientes. Participa da
formação do DNA e das membranas celulares. Mantem a estabilidade do pH. Fontes de
fósforo: carnes, aves, peixes, ovos, leite e seus derivados, nozes, cereais, grãos integrais e
legumes (ALVARENGA, 2001).
O ferro é um componente fundamental da hemoglobina e de algumas enzimas do
sistema respiratório. A ausência de ferro resulta em anemia. Para que a absorção deste mineral
no organismo seja maior, deve acompanhar a refeição de vitamina C. As fontes de ferro são as
carnes: bovina, porco e frango (Ministério da Saúde, 2008).
O buriti contem 156 mg de cálcio, 54mg de fósforo e 5mg de ferro, é fonte de
minerais porem necessita de complementos.
7.1.1.7 Sólidos solúveis, açúcares totais e acidez
Sólidos solúveis indica a quantidade em grama de sólidos dissolvidos na polpa da
fruta ou no suco. Quanto mais madura a fruta está, maior será o seu grau brix (RIGUEIRA,
2003).
O brix e a acidez são parâmetros que a indústria utiliza para determinar a qualidade
de fruta. O grau brix fornece informações como o amadurecimento mínimo das frutas frescas
e define um padrão para o processamento de frutas, mantendo um padrão de qualidade. Com
a maturação, há uma diminuição da acidez, aumentando a relação brix/acidez (RIGUEIRA,
2003).
O teor de açúcar é importante ser analisado para verificar o grau de doçura da fruta.
O teor de açúcares totais corresponde de 65% a 85% do teor de sólidos totais, sendo uma
medida direta do flavor (RIGUEIRA, 2003).
O buriti contem 13,10g de açúcares totais, portanto, não é uma fruta doce.
7.1.1.8 Ácidos graxos
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Os ácidos graxos pertencem a uma classe de compostos orgânicos que originam os
lipídeos, os quais são de vital importância na construção da membrana celular, presentes na
epiderme e protegem e fazem parte da barreira da pele evitando assim sua desidratação na
perda de água através da pele. O organismo não produz estes ácidos graxos, sendo importante
sua ingestão. (PEREIRA FILHO, 2010)
Na tabela 2, de acordo com Bicalho (2006), contem a composição do óleo de buriti
em ácidos graxos, vale ressaltar a quantidade de ácido oleico 79,2%, um tipo de acido graxo
mono insaturado presente no azeite de oliva e está associado à prevenção de doenças
cardiovasculares.
Tabela 2- Composição do óleo de buriti em ácidos graxos
Ácido palmítico 16,3%
Ácido Palmitoleico 0,4 %
Ácido Esteárico 1,3 %
Ácido Oleico 79,2 %
Ácido Linoleico 1,4 %
Ácido Ninolênico 1,3 %
Total 99,9%
FONTE: BICALHO,2006
8 METODOLOGIA
O presente trabalho será realizado na Universidade do Estado de Mato Grosso,
Campus Universitário Deputado Estadual Renê Barbour, localizado na cidade de Barra do
Bugres. As análises físico-químicas serão realizadas no laboratório de Química, e as análises
sensoriais serão realizadas no laboratório de Tecnologia de Alimentos.
O buriti in natura será adquirido ....
Para preparação das amostras será retirada partes comestíveis em quantidade
suficiente para análise em triplicata e eventuais repetições do ensaio. Deverá ser conservada
ao abrigo de umidade, da luz e de contaminações. É necessário manter em temperatura mais
baixa que a do ambiente. Caso precise, a amostra deve ser homogeneizada em liquidificador
ou multiprocessador (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008).
8.1 ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA
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As análises físico-químicas serão realizadas em triplicata, e estão de acordo com o
Instituto Adolfo Lutz, 2004.
8.1.1 Análise da polpa do buriti in natura
As análises na polpa do buriti serão realizadas para obter os valores biológicos da
fruta sem tratamento e acompanhar as variações durante todos os processos de transformação.
Serão realizadas as seguintes analises: umidade, acidez, ºBrix, pH, cinzas, vitamina C e
betacaroteno, que serão descritas abaixo.
8.1.1.1 Umidade
A umidade será determinada pelo método 012/IV por secagem direta em estufa a
105ºC até peso constante.
8.1.1.2 Acidez
De acordo com o método 016/IV, a acidez é determinada através da titulação de
hidróxido de sódio (NaOH) a 0,1M.
8.1.1.3 ºBrix
A determinação de sólidos solúveis por refratometria, para frutas e produtos de
frutas, está descrito no método 315/IV.
8.1.1.4 pH
O pH é determinado por pHmetro de bancada, através do contato direto na amostra,
conforme o método 017/IV.
8.1.1.5 Cinzas
Cinzas são os resíduos obtidos por aquecimento do produto em temperatura entre
550-570°C. O resíduo representa a substância inorgânica presente na amostra proposto pelo
método 018/IV.
8.1.1.6 Vitamina C
A determinação da vitamina C ou ácido L-ascórbico, em alimentos in natura ou
enriquecidos, é realizado de acordo com o método 364/IV através da solução de 0,02M de
iodato de potássio.
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8.1.1.7 Identificação de Betacaroteno
Segundo o método 122/IV, a identificação de betacaroteno é realizada pelo
espectrofotômetro UV/VIS.
8.1.2 Secagem da Polpa do Buriti
A polpa terá como pré-tratamento a secagem, para que se possa facilitar a extração
do óleo do buriti. Será desidratada na estufa para comparar a relação tempo/temperatura, e a
influência na qualidade e no rendimento do óleo que será obtido posteriormente na extração.
O tempo e a temperatura serão definidos por testes preliminares. Posteriormente serão
realizadas as análises: acidez, pH, umidade e identificação de betacaroteno descritas no tópico
8.1.1.
8.1.2.1 Extração Lipídeos
Os lipídios serão determinados pelo método 032/IV e 035/IV por extração
direta em Soxhlet, modificado pelo autor, usando como pré-tratamento a secagem.
8.2 ANÁLISE DO PRODUTO
As análises do produto serão realizadas com o objetivo de avaliar os nutrientes
existentes no produto final, verificar se o produto contem nutrientes benéficos para saúde e
que possa contribuir para uma dieta saudável.
O produto passará por diversas analises, assim como a polpa in natura e o óleo.
8.3 ANÁLISE SENSORIAL
O teste escolhido foi o afetivo, em que o julgador expressa seu estado emocional ou
reação afetiva ao escolher um produto. É utilizado para verificar a preferencia do consumidor
por um determinado produto. Será aplicado em escala laboratorial com 50 julgadores não
treinados.
O teste afetivo de aceitação por escala hedônica. o indivíduo expressa o grau de
gostar ou de desgostar de um determinado produto, de forma globalizada ou em relação a um
atributo específico. As escalas mais utilizadas são as de 7 e 9 pontos, que contêm os termos
definidos entre “gostei muitíssimo” e “desgostei muitíssimo” contendo um ponto
intermediário com o termo “nem gostei nem desgostei”. A figura 3 é o modelo de ficha que
será utilizada na analise sensorial com 9 pontos (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008).
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Figura 3: Modelo para teste de aceitação por escala hedônica.
FONTE: ABNT, NBR 14141,1998 .
8.4 ANALISE ESTATÍSTICA
O delineamento experimental utilizado será totalmente casualizado no esquema ....
em triplicata. Os resultados obtidos serão submetidos a análises de variância (ANOVA).
9 CRONOGRAMA
Período
Atividades
ago. set. out. nov. dez. fev. mar. abr. maio
jun. jul.
Estudo preliminar XRevisão literária X X X XAnálises X XRedação final X X X XCorreção XEntrega XDefesa X
REFERÊNCIAS
Agência notícias do Acre. Disponível em < http://www.agencia.ac.gov.br/> Acesso 21 set
2012.
ALVARENGA, G. A importância dos nutrientes para uma vida saudável. CRN 2001-1-
00210-1 RJ.
BICALHO, F.S. Propriedades Físicas do Poliestireno e Poli (Metacrilato de metila)
modificados com Óleo de Buriti (Mauritia flexuosa). Dissertação de Mestrado,
Universidade Federal do Pará, Belém/PA, 2006.
BOBBIO, P.A.; BOBBIO, F.O. Química do processamento de alimentos. 3. ed. , São
Paulo: Varela, 2001.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia alimentar para a
população brasileira: promovendo a alimentação. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 210
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COSTA, T. A., VIEIRA, R. F. Frutas nativas do cerrado: qualidade nutricional e sabor
peculiar. 2004. Disponível em: <http://www.cenargen.embrapa.br> Acesso em: 22 set. 2012.
GOMES, R.P. Fruticultura brasileira. São Paulo: Nobel 1900-1976 reimpressão 2007.
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INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de
alimentos/coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea. São Paulo:
Instituto Adolfo Lutz, 2008.
MONTEIRO, C. S. Desenvolvimento de molho de tomate Lycopersicon esculentum Mill
formulado com cogumelo Agaricus brasiliensis. Curitiba, 2008. 176p. Tese de Doutorado –
Faculdade de Tecnologia de Alimentos - Universidade Federal do Paraná.
PEREIRA FILHO, D.P. Espectroscopia Raman aplicado ao beta-caroteno. Pará, 2010.
Dissertação de Mestrado- Instituto de Ciências Exatas e Naturais- Universidade Federal do
Pará, Belém/PA, 2010.
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RIBEIRO, B. D. Aplicação de tecnologia enzimática na obtenção de β-caroteno a partir
de óleo de buriti (Mauritia vinifera). Dissertação Mestrado em Tecnologia de Processos
Químicos e Bioquímicos – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Química, 2008
Rio de Janeiro, 2008.
RIBEIRO, E.P.; SERAVALLI, E.A.G. Química de Alimentos. Instituto Mauá de
Tecnologia. Editora Edgard Blücher Ltda, 1ª edição, São Paulo, 2004.
RIGUEIRA, J.A. Pequi cultivo, caracterização físico-química e processamento.
Universidade de Brasil Centro de Excelência de Turismo, Brasília- DF, 2003.
SAMPAIO, M. B. Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do buriti.
Brasília: Instituto Sociedade, População e Natureza, 2011.
SIGULEM; TADDEI, 2004 Cálcio: Seu Papel na Nutrição e Saúde
Tabelas de composição dos alimentos/ IBGE 5.ed.Rio de Janeiro: IBGE, 1999.137p.
TRINDADE, C.E. Importância dos minerais na alimentação do pré-termo extremo.
Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, 2005, 81(1Supl):S43-S51.