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Distribui~io Gratuita Jornal Informativo Alcon Setembro 2006- n O 10
Ocorrencia de amonia, .
em aquanos
I
Desequilibrios nutricionais
em Psitacideos
A Encantadora~:~,~r:iii~
de Passaros
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Amonia T6xica Alcon News 10
(:~j!:, a l l! D I f )Rod ri go Ba rre to
E preciso entender melhor este assunto
Muito lemo s e o uvim os fa la r so bre
a ne ce ssid ad e d e e vita r a o co rre ncia d e
S obras d e a lim ento s, pro duto s d a ad equa do siste ma d e filtra ge m blo lo qlca
excrecao dos pe ixes, restos de plantas e e as ro tinas de rnanutencao, como as
pe ixes m ortos sao desdobrados em sifonagens de fundo e trocas parc iais de
amen ia p or bacter ias heterot rof lcas , num
processo chamado arnonlflcacao. Grande
parte da amenia tarnbern s e o rig in a
d ir etamen te d os p eix es , p rin cip alme nte
e xc re ta da pe la s branquias, Na sequenci a
deste processo, a am enia presente na
agua, por ac;ao de do is grupos de
bacterlas autotroflcas nitri f icantes,
Nitrosomonas e Nitrobacter, e oxidada
agua.
Efeit~,d a a D . i lo n ia sabre~'leixes,
Nive is e levados de amenia na
agua d ificultam a excrecao d e a me nia
pe los peixes, provocam estresse , com
co nse qu en te d lm ln ulc ao d a re slste nd a
a me nia e m aquarlos, d ad o a o se u e fe ito prim eira me nte a nitrito e d epo is a nitra to . irnunoloqlca, danos nas branqulas e
toxlco aos pe ixes. F ala-se m uito sobre os E ste ultim o com posto e finalm ente destru lcso das nadade iras. A am enia
c uid ad os n as r ot in as d e rnanutencao e no
usa de equipamentos adequados e
produtos espedficos para evita r ou
com ba te r 0 s ur gime nto d es te c omp os to
no s aquarlos, Fa lt a, e nt re ta n to , e n ten de r
cla ra m e nte co mo a am enia surg e e qua l
seu efe ito sobre os pe ixes, para que as
tare fa s e providendas s ej am , p rime ir o,
necessa r las e , depoi s, e fe t ivas.
im po rta ncia , po is a ssim po de -se ta nto
e vita r pro ce dim e nto s d esn ec essa rio s,
c omo en fr en ta r c om c la re za s it ua c ;i5 e sderea l r isco .
consum id o co mo nutrie nte pe la s a lga s e inte rfe re na tra nsfe re nd a d e o xig enio d as
plantas aquancas, branqulas para 0 sangue e, a medlo
prazo , causa danos as propriasbranqulas, A s membr an as p ro du to ra s d e
muco p od em se r d estrufd as, re du zin do a
limosidade de cobertura externa e
dan if ic ando a supe r ff ci e in tes tina l.
Pe ixes sofrendo deEm amb ien te s natur ais in ta ct os ha
urn comple to equilfbrio entre os
organism os e os com postos gerados, envenenam ento por am enia gera lm enteo e nte nd ime nto c la ro s ob re 0 qu e
fazendo com que este dclo funclone apresentam -se ofegantes, nadando nae d e fa to amen ia to xlc a e de fundamenta l I, I'
perfe itam ente , Sendo os aquarlos superffc ie e com com portam ento apatlco.
ambientes lim itados, nao se tern, de
fo rm a n atura l e e sp on ta ne a, 0 equil ibrio
dese jado. E p re cis o in te rfe rir e e al qu e
entram 0 mon ito rame nto d as v arla ve ls
r ela cio na da s a q ua lid ad e d a a gu a, c omo a
ame nia , a m on ta gem d o a qu a r io com u rn
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Alcon News 10 AmOnia T6xica
Amonia toxica
Q uim icam ente falando, a am enia no am biente
a qu atlco p od e a pr es en ta r-s e em d ua s fo rm as, io niza da
(NH4+ ) e n ao io niza da ( NH 3)' A s oma d esta s d ua s fra c;5 es
e 0 qu e ch am am os d e Amen ia T otal. 0 b ala nc ;o e ntr e a s
duas form as e determ inado principa l m ente pe lo pH , e
e m m en or g ra u p ela te mp eratura. C om a e le va c;a o d o p H
e da temperatura, este ba lanc;o muda no sentido da
forma NH3I aumentando exponencialmente sua
proporcao.
A forma NH: nao apresenta efe ito texico aos
p eixe s. S om en te a fo rm a N H3e im porta nte e m term os d e
toxicidade. 0 r is co de i nt ox ic aC ;a o po r ameni a, po rt an to ,
e bem maior em aquarlos marinhos e de C iclideos
Africanos, ja que estes apresentam pH
ca ra ct er is ti cament e e le v ado .
Para que se tenha uma no~o mais clara da I
im portancia do pH sabre a toxicidade da am enia , va le a
p en a o bs er va r o s s eg uin te s n ume ro s:
9 A um a tem peratura de 25°C, para que tenhamos I
niveis seguros de amenia toxlca , a concentrad io de :
am enia to ta l em pH 9 precisa ser cerca de 1200 vezes I
m enor do que em pH 6.
9 Mesmo para pontos de pH nao tao d istantes, I
tam bem a 25°C , a concentracso de am enia total em pH I
8 precisa ser cerca de 10 vezes m enor do que em pH 7, I
p ara g ara ntir o s m esmo s n ive is s eg uro s d e NH3.A le itura apenas de am enia total nao e param etro :
para sabermos se temos ou nao problema com este I
composto . E impres ci nd iv el d e te rm ina r a c oncen tr ac ao I
de NH3. A publlcacao da OFI - Ornamental Fish I
Intemational, d e 20 06, "Water Quality in the Oma- :
mental Aquatic Industry" assinada pa r Roberto R. Hensen, I
e nfa tiz a: "A m aio ria d os te ste s m ed em ame nia to ta l m as I
n ao fa zem re fe re ncia a d ife re nc;a e fa z-se n ece ssaria :
uma tabe la para calcular a frac;ao de amenia nao I
ionizada da amenia to ta l, com relaC ;ao ao pH e a
temperatura."
O s n ov as Labcon Test Amonia Toxica - agua I
doce e Labcon Test Amonia Toxica - agua salgada, I
alem de apresentarem leitura precisa dos niveis de I
amenia tota l, apresentam tabelas comple tas com os :
n iv ei s d e amen ia t ex ic a ja c alc ula do s, em r ela c; ao a o pH e I
a te mp era tu ra , co mo mostra 0m odelo ao lado. A raplda :
relacao do resultado do teste de am enia total com as I
cond ic;5es de pH e tem peratura dos aquarlos, indica a I
I
situa c;a o d a am en ia to xlca e m ruim eros e e m co lo ra ca o I
ind icativa d e "niveis adequados", "aten~o" e I
"necessarias providencias".
~Li \bcON T E S1
AIp~nlia
T'DXI'YIlm"~"
~U-~(jI-tT:.
~LAbooNlbl
AmoniaTo.iea
Tab ela d e le itu ra d o te or d e NH, ( am an ia t6 xic a)
pHTemp. Concen tr al ,;i io de Aman ia Tot al em ppm .DC 0.25 0,50 1 ,00 2,00 3,50 6,50
22 0,001 0,001 0,002 0,004 0,006 0,012
6,6 25 0,001 0,001 0,002 0,005 0,008 0,014
28 0,001 0,001 0,003 0,006 0,011 0,020
22 0,001 0,001 0,003 0,006 0,011 0,020
6,8 25 0,001 0,002 0,004 0,007 0,013 0,023
28 0,001 0,002 0,005 0,009 0,016 0,029
22 0,001 0,002 0,005 0,009 0,016 0,029
7,0 25 0,001 0,003 0,006 0,011 0,020 0,037
28 0,002 0,003 0,007 0,014 0,025 0,044
22 0,002 0,004 0,007 0,014 0,025 0,047
7,2 25 0,002 0,004 0,009 0,018 0,032 0,059
28 0,003 0,006 0,011 0,022 0,039 0,073
22 0,003 0,006 0,011 0,023 0,040 0,074
7,4 25 0,004 0,007 0,014 0,028 0,049 0,092
28 0,004 0,009 0,017 0,034 0,060 0 ,112
22 0,004 0,009 0,018 0,036 0,062 0,116
7,6 25 0,006 0,011 0,022 0,045 0,078 0,145
28 0,007 0,014 0,027 0,054 0,095 0,176
22 0,009 0,018 0,036 0,072 0,127 0,234
7,9 25 0,011 0,022 0,044 0,090 0,156 0,289
28 0,014 0,028 0,055 0,109 0,191 0,353
22 0,014 0,028 0,056 0,111 0,194 0,362
8,1 25 0,017 0,034 0,068 0,136 0,238 0,44128 0,021 0,042 0,083 0,166 0,289 0,538
22 0,022 0,043 0,085 0,170 0,298 0,552
8,3 25 0,026 0,052 0,104 0,208 0,363 0,674
28 0,032 0,063 0,126 0,252 0,440 0,817
22 0,032 0,064 0,128 0,256 0,448 0,830
8,5 25 0,039 0,077 0,155 0,309 0,540 1.005
28 0,047 0,092 0,185 0,370 0,647 1 ,201
22 0,047 0,094 0,187 0,374 0,654 1,213
8,7 25 0,056 0,110 0,222 0,439 0,769 1 ,440
28 0,066 0,129 0,260 0,520 0,909 1.688
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AmOnia T6xica Alcon News 10
Em aquarlos recem-lnstalados,
principalmente quando ja habitados, a
medi~o dos nfveis de amenia deve
ocorrer diariamente, ja que nao se tem
plenamente desenvolvida a populacao de
bacterias nitrificantes responsavels pela
filtragem blolcqlca. Quando ja
estabilizados, a agua deve ser testada
semanalmente.
Conforme indica a publlcacao da
O F! "Water Quality Criteria" ou Criterios
de Qualidade de Agua, os nfveis de
amenia toxlca nao devem exceder 0,02
ppm. Teores da forma NH3 inferiores a
0,02 ppm sao, portanto, considerados
seguros para os peixes, enquanto teores
superiores a 0,04 ppm exigem
provldendas, Valores de NH3 na zona
verde da tabela sao considerados
adequados. Os pontos localizados na
zona amarela (entre 0,02 e 0,04
ppm) merecem atencao,
enquanto osvalores na
zona vermelhaindicam risco e
p e d e m
provldendas.
Ao se constatar valores de NH3
acima de 0,04 ppm (zona vermelha)
deve-se imediatamente realizar
sifonagem de fundo com troca
parcial de agua. Deve-se,
nestes casos, tomar 0
cuidado de analisar e, se
necessano, corrigir 0 pH
da agua a ser adicionada
ao aquario. Esta nao deve
apresentar pH superior ao da
agua que ja esta no aquano,
para nao potencializar a amenia
toxlca, aoelevar0pHdamistura.
Em seguida deve-se verificar 0
funcionamento do sistema de filtragem e
diminuir a allrnentacao habitual por
alguns dias.
Algumas medidas importantes para preven~o de niveis altos de amonia:
• Aguardar a maturacao de aquartos novos antes de povoa-lo , ou seja, esperar alguns
d la spa ra q ue o co rra a co lo nlza ca o d as b acte ria s nitrifica nte s;
Nao exceder a populacao de peixes recomendada para 0 aquarlo, levando em
con~iderac;ao 0tama nh o que os e xempla re s po de ra o alcanc;a r a po s algum tempo;
• Cuidar com a quantidade de alimento fornecido, evitando sobras. Adquirir sempre
a llrqe nto s embala do s e d e qua lid ad e;
Monitorar 0 funcionam ento e fazer a rnanutencao do sistem a de filtragem , que deve
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Lagos de Jardimlcon News 10
Rod ri go Ba rre to
Nish ' ik i of- - - - - - g -Beleza e ternura nos lagos de jardim
adulto. E n ecessaria a u tiliza~ o de urn bo rn
sistem a de filtragem , que deve associar
filtragem bio l6gica e rnecanlca , para
m an te r b oa s c on dlco es d e a gu a.
p as sa r p ela lnddende d e lu z u lt ra vi ole ta ,
que destr6 i as algas em suspensao,
evitando 0a sp ecto ve rd e d a a gu a.
T ro ca s p arc ia is d e a gu a e c olo ca ca o
d e p la nta s flu tu antes, co mo alfa ce d 'ag ua
o u a qu ape , sao p ro ce dim entos a dicio nais
que tam bern a judam a evita r a form al;ao
de a lg a s.
A a limenta l;ao de qualidade e
fun da men ta l pa ra a rn anu te nca o sa ud ave l
e d urad oura d os N ish ik ig oi. O s alim en to s
alcon Garden fo ra m d ese nvo lvid os p ara
p ro po rc io na r n ut ril ;§ o r ic a e e qu il ib ra da a os
h abitantes dos lagos de jard im . G ra l;as as
s ua s fo rmu la l; oe s e sp ec ia is , e nr iq ue ci da s
com vitam inas e m inera is, a lem da
qualidade de com poslcao, os sticks sao
especia l m ente apreciados pelos peixes.
F lu tu am p or rn a is te mpo , p erm itin do d osa r
as quantidades na medida exata , sem
p re ju dica r a q ua lid ad e da a gu a. P or serem
o btid as p or p ro ce ss o d e e xtr us ao , f ac ili tam
mu it o a d ig e st ao .
A lin ha alcon Garden e compost a
po r alcon Garden Basic Sticks, alimento
completo para a rnanutencao, alcon
Garden Koi Colours, c uj a fo rmu la l; ao
rea lca sensive lm ente as cores e 0 brilho
dos peixes, e alcon Garden Koi
Cresci mento, c ompos to p or in gr ed ie nte s
ativos especia lmente dosados para 0
pe ri od o de c re s cimen to .
o t e r m ,6
N ish ikigo i ,e
usa d 0 P a- r a
designar 'as
C ar pa s c olo rid as
criadas para fins
ornamentais. Os
b elo s e xe in pla re s
d e s t e . peixe
~"":.-II __ ---- parecem vestir"II! r ou pa d e b ro ca do ,
da i a origem de s,eu nome,
composto por Nishiki (brocade) e Goi
(Carpa), A s carpas (Cypr inus carp io)ou Koi
sa o orlqtnartas d a an tiga P ~rsia (A tua l Ira)
e na antiguidade foram .levadas para 0
Japao, passando pela China e Corela, Os
primeiros N ish ikigo j' surg iram nas
m on ta nh as d o J ap ao h a ce rca d e 18 0 an os,
a partir de algum as m uta l;oes das C arpas
com un s. criad as p ara a lim ental;§ o. E stes
exernplares .cQmel;aram a passar por
c ru zame nto s e m 'e lh or am en to g en etico a te
a definil;ao dos m agnificos pad r oes h oje
estabelecidos.
O s N ish ik ig oi fa zem p arte d a cu ltu ra
japonesa, onde, alem da esplend lda
be leza, sao adm irados por seu corpo
imponente , cores brilhantes e nado
gracioso. A cred itam os orienta is que eles
tr az em s or te e b on s f lu id os .
sa o c ria do s em la go s o rn am en ta is,
onde atingem ate 70 cm de
com prim ento , a partir dos 10 anos
de idade. V ivem em m edia 70 anos,
m as h a registro de exem plares que
viveram mais de 200 anos. De
comportamento extrema mente
d6cil, acostumam-se com as
pessoas e facilm ente de ixam -se
acariciar e aprendem a comer na
mao do t ratador. Sao peixes
muito re siste nte s, p rin cip alm en te a
te mp era tu ra . D evem viver e m a gua s
com temperatura entre 8 e 30 oC , mas
podem sobreviver em aguas que atingem 2
°C . A dureza da agua deve ser baixa (a te 3
OdH) e 0p H id ea l esta e ntre 7 ,2 e 7 ,4 .
Os lagos onde sao mantidos os
N ish ik ig oi d evem te r uma p ar te s ombr ea da
e profund idade entre 80 e 120 cm . Q uanto
as dlrnensoes, deve-se considerar pelo
menos 1 m2d e sup erffcie p ara ca da p eixe
O s lagos de jard im estao suje itos a
formal;§o excessiva de algas, ja que
apresentam as condlcoes basicas para a
pro life ra l;§o de ste s orga nism o s, o u se ja ,
presenca de agua e materia organica e
lnddencla lum inosa intensa. A lgumas
provldendas sa o n ece ssa rie s p ara e vita r
esta formal;ao excessiva de a lgas que,
a lem de desequilibrarem as condlcoes doa mbien te , p ode m p re ju dica r se ria me nte a
tra ns pa re nc e d a a gu a, to rn an do in via ve l 0
principa l prop6sito do lago, que e a
adrnlracao dos belos exem plares que 0
habitam . A lem de urn adequado
sistem a de filtragem que m antenha boas
c on dlco es a os p eix es, d eve s er u tiliz ad o u rn
filtro especia l, em que a agua e forcada a
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Especial Alcon News 10
(i,~ a l e O l f )
Equipe Alcon
Caros Leitores,
Apresentamos a seguir trabalho cientffico que destaca a importancia da allmentacao balanceada para as
aves. A s alteracoes nas plumagens decorrentes de desequilfbrios nutricionais sao sintomas que permitem
diagnosticar erros de manejo e embasar orlentacoes no sentido de uma retina alimentar correta.
Alem de seu proprio corpo tecnlco atuando constantemente em pesquisa e desenvolvimento, 0 apoio a
estas a<,;oesde desenvolvimento cientffico vern retorcar ainda mais a busca por predutos de qualidade e que
efetivamente atendam as necessidades das especles anima is.
Autora: Medica Veterinaria Erica Couto ([email protected]); Orientadores: Ms. Marcelo Gomes
(www.faunaespecialidades.com.br) eMs. Katia Stracieri. Colaboradores Medicos Veterinarios: Viviane Cozzolino
(Traducoes de alguns trabalhos) e Jose H. Fontenelie (Fotos)
Existem no mundo
aproximadamente 344 especles de
psitaddeos, sendo 0 Brasil 0 primeiro
pais em numero de especles, contandoatualmente com 72. Entre todas as aves
de estlrnacao, os psitaddeos tern sido os
rnais populares, com maior numero de
especles criadas pelo homem (BROWN,
2000). No Brasil, apesar de nao haver
dados oficiais e de ser legalmente
proibido a criar;ao de animais da fauna
silvestre, sem permissao expressa do
IBAMA (Institute Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovavels), estima-se que grande
ruirnero de papagaios, periquitos,
jandaias e araras sejam criados em casa
como animais de estimar;ao. Destes
animais a quase totalidade vern da
natureza e, em boa parte dos casos, sao
mantidos precariamente pelos
proprietarios(CARCIOFI,1996b).
Como co n s e q uen cl a do
desconhecimento das necessidades
nutricionais dos psltacldeos (em
cativeiro) e da deslntormacao dos
proprletarlos quanto aos prindpios
baslcos que os orientem na allrnentacao
de suas aves, as doenr;as nutr icionais
sao uns dos problemas mais prevalentes
na clinica de aves (KOLLIAS, 1995;
ULLREY e t a I, 1 99 1).
Os proprletarlos
acreditam que as
aves estao saudavels
quando apresentam-
se com apetite e
possuem peso
normal, embora a
rigor nao saibam 0 que
a ave esta ingerindo. Assim
se 0 animal esta consumindo
sementes ricas em gorduras, ou
alimentos ricos em calorias, podera
apresentar 0 peso normal, porern estar
desnutrido, uma vez que nem todas as
necessidades serao supridas (KOLUAS,
1995). Urn animal desnutrido apresenta
diminuir;ao de sua capacidade
lrnunoloqlca, estando rnais susceptivel
as infecr;oes e doenr;as slstemicas
(MACWHIRTER,2000).
Urn dos problemas que podemos
encontrar na clinica de aves e a
anormalidade de plumagem
associada aos desequil ibrios
nutricionais. A seguir algumas
delas:
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Alcon News 10 Especial
F lav ismo ou
xantocroismo
A s marcas de estresse (chamadas
linhade stresS), que saodefeitos lineares
(Iinhas escuras) horizontais no sentido
da largura da pena, estao associadas alibera~o de cortisona durante a epoca
de formacao, podendo ser causadas por
esquemas de allmentacso irregulares e
d e f l c l e n c l a s nutricionais,
particularmente do arnlnoacldo
metionina (MACWHIRTER, 2000).
Ja a coloracao apagada das penas
pode ser causada por deficiencia de
carotenoldes e xantofila (pigmento
carotenolde llpossohivel, classificado
como pigmento lipocromo (JONES et ai ,
2000», que sao provenientes dos
vegetais. Nas penas estes pigmentos sao
encontrados em globulos de gordura, e
dao origem as cores vermelha, laranja e
amarela (MACWHIRTER, 2000). Este
fenomeno e denominado de
xantocrolsmo ou flavismo (elimina«;ao
parcial da melanina) como 0 luteinismo
(elirninacao total da melanina), ocorre
tanto em natureza como em cativeiros. A
cor verde de varlos Psitacfdeos
brasileiros e produzida, na pena, atravesda lnddencla da luz na melanina (negra)
que reflete uma cor estrutural azul que
sobreposta ao lipocromo amarelo, da a
tmpressao da pena possuir coloraceo
verde (SICK, 2001).
Uma vez que 0 azul e uma cor
estrutural, ou seja, depende da refra«;ao
da luz na camada esponjosa dos ramos
das penas, e nao da ocorrencia de
pigmentos, a carenda de arnlnoaddos,
que afeta a estrutura da queratina das
penas, pode levar a altera~o desta cor
nas penas. Todavia a natureza exata
dessa deflclencla ainda nao foi
esclarecida. Uma vez que 0 verde
geralmente e uma cornblnacao de
pigmentos amarelos (Iipocromo) sobre 0
azul estrutural, a rnudanca de cor do
verde para0
amareloeuma ocorrencia
comum nas aves, e provavelmente se
deve a perda do azul estrutural
(MACWHIRTER,2000).
No xantocrolsmo ou flavlsmo, as
aves tern uma coloracao amarelo-
esverdeada, chamada de canela pelos
criadores, sendo que a Iris possui a cor
normal. No luteinismo, a ave possui uma
cor amarelo ouro, 0 tom das penas
vermelhas se intensifica e a Iris evermelha, lembrando 0albinismo. Nao eraro que, depois de alguns anos de
cativeiro, certos psitacfdeos maculem-se
de amarelo, e as penas amarelasporventura existentes em espedmes
cativos podem ser substituldas por
outras normais na muda subsequente,
Este fenorneno esta ligado a uma
allmentacao excessivamente gordurosa,
que favorece a aspira«;ao de maior
quantidade de lipocromos pela pena em
crescimento. Uma vez que a allrnentacao
da ave e balanceada, as penas voltam a
sua coloracao normal verde (SICK,
2001).
Penas de cor escura podem se
tornar rnais claras em aves submetidas a
uma dieta deficiente em tirosina ou
cobre, ja que esses nutrientes sao
essenciais para a forma«;ao de melanina
(MACWHIRTER,2000).
Outra causa que desencadeia
altera~o de cores das plumas, estaassociada a hepatopatias. A rnudanca de
cor do azul ou cinza para 0 preto, pode
ser observada em casos de doencas
hepaticas ou rna nutri«;ao, e acredita-se
que seja causada por uma alteracao na
estrutura da queratina, da camada
esponjosa; 0 que impede a refra«;ao
normal da luz das penas. Dessa forma,
os granulos de melanina (casos estejam
presentes) absorvem a luz de todos os
comprimentos de onda, dando a
l mp r e s s ao visual de preto
(MACWHIRTER,2000).
Ja 0 arrancamento das penaspode ser iniciado devido a presenca de
A lt er a¢ e s d a o o lo ra ~ o
associadas as hepatopat ias .
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Especial Alcon News 10
IHa amca a necessicaoe ae se
realizar novos estudos, pols necessita-se
U fo ae meta c ome rc ai ( ra cao peienzaoa
ou extrusada), que e de facil acesso aos d J
• •• •• r--r-------- ,,------- --------, ----,
ULLREYet at, 1991), ficando a ingestao CARCIOFI,1996b).
de nutrientes condicionada a
apetibilidade particular de cada ave
frente aos alimentos oferecidos
(CARCIOFI, 1996b); alern de poderem
desenvolver 0 monofagismo, hablto deingerir apenas um tipo de alimento
(KOLLIAS, 1995), pratlcas que vao
transformar uma dieta balanceada numa
lnqestao total mente desequilibrada(MACWHIRTER, 2000). Atentando-se .£..._--.....;;~----~--------------
u
BROWN, N .H .H . P sitta cine b ird s. In : TULLY , JR , T .N .; LAWTON , M .P .C ; DORRESTE IN , G .M . . Avian Medicine.
Oxfo rd : Reed Educa tio na l a nd P ro fe ss io na l Pub lis hing L td , c ap .6 , p . 116 -120 ,2000.
CARCIOFI , A .C . Avalia~o de dieta il l base de sementes e frutas para papagaios (Amazona sp).
Determina~oesda seletividade dos alimentos, consumo, composi~o nutricional, digestibilidade e
energia metabolizavel. 1996. D is se rta c;a o (mes tra do em nutr ic ;a o animal) Depa rtamen to d e C ria c;a o d eRuminan te s e A limen ta c;a o Anima l. F aculd ad e de Medic ina vete rma rta e Zoo te cn ia . Un iv er sid ad e de Sao Pau lo -
USp , 1996b .
FORBES,N.A . . Av ian Nutr it ion . The Veterinary Quarterly, A pril; vol 2 0, sup plemen t 1 , pS 64-S 65 , 19 98 .
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6 °e dic ;a o. Sao Pau lo : Edito ra Mano le L td a. Cap .3 , p .66- 72 , 2000.
KOLL IAS, G .V. . D ie ts , fe ed ing p ra ctic es , a nd nutritio na l p ro blems in psitta cine b ird s. VETERINARY
MEDICINE , Jan, va l 90 (1-6), p29-39, 1995.
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Alcon News 10 Passaros
Rodri 0Barreto
A Encantadora de PassarosCuidando dos animais, ensinando as pessoas
Dificilmente encontramos alquem Amigos, vizinhos e ate lojstas de pet voluntariamente em minhas maos,"
que nao goste de animais, principal mente shops trazem ate elas passeres que E comum chegar a elas filhotes
cnencas e jovens. 0 convfvio com os precisam de um atendimento especial. No caldos dos ninhos. Eles requerem
amigos Pet, sejam caes, gatos, aves ou pequeno apartamento em que moram, cuidados especiais com acomodacao e
mesmo alguns animais exotlcos, costuma elas conduzem 0 "S.O.S. Passaro Cafdo allmentacao, demandando mais tempo
alegrar muito a vida destas pessoas. do Ninho". Os comodos receberam de "interna<;§o". A ellrnentacao manual
Tambem e comum pessoas dedicarem algumas adaptacoes para os hospedes, destes filhotes com a papa especial acaba
boa parte do seu tempo aos cuidados
requeridos pelos anima is. 0 que mais
impressiona, porern, em Dandara
Culetto, uma adolescente de 15 anos,
Cablde virou poleiro, varal transformou-
se em brinquedo e movels receberam
"bercos" para os passaros,
A simpatia de Dandara ja a torna
por delxa-los ainda mais proxlrnos de
Dandara e Silvana.
Dandara, que sonha ser pediatra,
diz que, alem de gratificante, a atividade
moradora de Brasilia, alem de seu sorriso natural mente encantadora, mas devido a de ajuda aos animais Ihe ensina muita
cativante, e 0 impressionante dom que sua afinidade e a<;aojunto aos animais, coisa. "Percebo que 0 relacionamento
demonstra em seu convfvio com passeres recebeu 0 apelido de "Encantadora de que tenho com a minha mae e especial,
e outros anima is. passaros". A capacidade da jovem em diferente do relacionamento que vejo
Desde que ganhou um passaro do recuperar passeres chegou a despertar a entre algumas amigas e suas maes, A
pai, aos 3 anos de idade, ela demonstra atencao de um hospital veterinario da doa<;ao a estes pequenos necessitados
uma especial sintonia, a ponto de regiao, que passou a Ihe encaminhar nos aproxima muito, assim como de
comunicar-se facilmente com eles. "Este algumas aves que necessitavam de algo outras pessoas de bem". Dandarapassaro que ganhei do meu paichegava a alem de alimento e remedlos, 0 carinho e acrescenta que algumas meninas fazem
adormecer em minha cama, enquanto eu a aten<;ao que ela dedica aos seus brincadeiras sobre seu maior interesse.
segurava suas patas e acariciava sua "pacientes" mostram-se 0 diferencial no "Nao ligo para isso. Enquanto elas estao
cabeca'; lembra. Os passaros, mesmo os tratamento e operam verdadeiros amadurecendo precocemente eu estou
de gaiola, que costumam ser arredios a milagres. aprendendo com meus pequenos
apr 0 x i m a <;a 0 hum a n a , A menina possui uma percepcao amigos'~ ensina.
surpreendentemente mostram plena apurada para notar que existem passeres
contianca com a aproxlrnacao da jovem.
A mae de Dandara, Silvana
Culetto, desde a adolescenda tarnbern ja
demonstrava este dom de interagir com
os passaros, Ela sempre procurou passar
para a filha a importancia da preocupacao
com 0meio ambiente. "Sempre lutei pela
preservacao da natureza. E muito
importante para mim ter a minha filha ao
em apuros. "Consigo perceber 0 canto
chorado deles, que e bem diferente
do canto alegre normal, e you I
procurando ate encontra-los,
Antes de peqa-los eu
converso com eles,
faco perceberem que
sou amiga e que
estou ali para
lado nessa causa, ja que vivemos em um ajudar. Assim eu
mundo onde poucos se preocupam com 0 con qui s t 0 a
futuro da fauna e flora'; salienta. conflanca deles,
o trabalho desenvolvido por mae e fa<;ocarinho e logo
filha ja e bastante conhecido na regiao. e I e s est a 0
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Passaros Alcon N ews 10
o carinho que tem pelos seus
"amigos" pode ser medido ate mesmo
pelos nomescom que ela os batiza. Uma
Sabiarecebeu0 nome de"Do Fundo do
Corac;aoBiquinho Doce'~enquanto um
Beija-flor que teve suavida salva por ela
passoua se chamar "Todo Azul do Mar
Todo Azul do ceu". Um Pardal que
tarnbem passoupelos seus cuidados fol
batizado de "My BabyTamisia Todas as
CoisasLindasdoMundo'~
Dandara e seus hospedes
comunicam-se facilmente por gestos.
"Eles atendem aos meus chamados e
quando querem comida ou agua dao
bicadinhas em minha boca ou na ponta
da orelha. Se pousam no meu ombro e
ficam secoc;andoseique querem banho.
Quandoquerem apenascarinho pousam
em meu peito e enfiam a cabec;aem
minha
roupa', explica.
As aves livres que sao recolhidas
para recuperac;i!jo,sao libertadas assim
que estejam totalmente curadas, mas 0
reconhecimento e tanto que muitas
voltam e passam a freqiientar
rotineiramente a casa, visitando as
amigas. "Ha um Beija-flor que sempre
aparece por aqui. Quando nao estou no
apartamento, mas saindo do predlo, ele
vem ate mim, me da um oi batendo as
asas bem pertinho e vai ernbora'; conta
Dandara.
Mae e filha aprenderam muito
sobre os cuidados com os passaros
durante todos estes anos. Elas h~em
bastante e sempre rnanterncontato com
especialistas, com quem trocam
informac;i5essobre suas experiendas,
Hoje elas tem muito a ensinar.
Silvana alerta para 0 erro muito comum
de usc de acucar comum nas
soluc;i5es de bebedouros
para Beija-flor. "As
pessoas procuram
fazer 0 bem, mas
acabam
colocando em
risco a vida
destes
visitantes
ao utilizar
ac;ucar
comum nos bebedouros. Este
procedimento e condenavel, pois a
solucao com acucar fermenta
rapidamente, podendo contaminar os
passaros com fungos que causam uma
micose na boca e podem leva-los a
morte", alerta. Silvana complementa
dizendo: "Alem de umaboa higienizac;i!jo
dos bebedouros a cada troca, deve-se
usar apenas 0 nectar industrializado,
produzidoespecialmente para este fim e
que garante estabilidade da soluc;aopor
vartos dias."
Com toda sua expertencta,Dandara demonstra ter aprendido a
lrnportancla da allmentacao de
qualidade na saudedos passaros:"Alem
de muita atenc;ao e carinho, que nao
poupamos, a recuperacao de nossos
amiguinhos depende dos alimentos e
suplementos corretos que fornecemos,
tanto para os filhotes como para os
passarosadultos."
A nobreatividade daencantadora
Dandara e sua mae Silvana deve servir
deexemplo paratodos, tanto noque diz
respeito as vidas animais salvas, como
nos ensinamentos como pessoas que
nos passam. 0 trabalho "5.0.5 Passaro
Caldo do Ninho" e hoje amplamente
apoiado pela Alcon, que fornece varlos
produtos de sua linha, usados na
recuperacaoe rnanutencaodasavesque
chegam ate elas. Entre os produtos
utilizados por Dandara e Silvana
destacam-se os alimentos extrusados
balanceados, as farinhadas, as papas
para alimentac;i!jode filhotes e 0 nectar
para Beija-flor (l lnha Alcon Club),
alerndossuplementosda linha Labcon
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Alcon News 10 Passaros
A c e s s e n o s s o s i t e p a r a c o n h e c e r
t o d a s a s edi~oesd o A lc o n N e w s .
V o c e p o d e r c i a in d a c a d a s t r a r- s e e
p a s s a r a r e c e b e r g ra tu it a m e n te t o d a s
a s n o v a s edi~oesd e s te i n f o r m a t i v o .
w w w . l a b c o n . c o m . b r
Alcon Club Beija-Flor Nectar
e formulado com uma mistura ideal de
ac;ucares, muito atrativa e similar ao
nectar encontrado na natureza.Apresenta raptda asslmllacao e
transforrnacao em energia.
Trata-se de um produto estavel
cuja solucao preparada no
bebedouro pode permanecer
disponivel para os passaros por
ate 5 dias, sem risco de
fermentacao ou contarnlnacao
por fungos e bacterias, Fornece
tarnbern vitaminas necessariesaboa saude dos passeres e a
reslstenda asdoenc;as.
Nome: _
Endereee: _
N' Compl. Bairro _
Cidade: UF CEP _
~ Ind . e C om. de Alimenlos Desid ralados Alcon lld a.
e x . POS IlI2 4 - 8 8 34 0- 00 0 - C amborili - SC
( t < ~ a le D I f )
Alcon Club Papa para Filhotes
e umalimento completo,cientificamente
desenvolvido para altrnentacao de
filhotes do nascimento ao "desmame".
Tarnbern recomendado para a
al imentacao
de passeres
doentesou
convalescentes. Apresenta excelente
digestibilidade, pela presenc;a de
enzimas digestivas, perfeito
balanceamento de nutrientes e
uniformidade na textura. Alem de
vitaminas e minerais, 0 alimento e
enriquecido com Prebi6tico e Probi6tico
que favorecem a lnstalacao da flora
intestinal benefica aos filhotes,
responsavel pela melhoria na absorcso
de nutrientes e maior resistencia as
doenc;as.
A I .. • e._,,,,.,,,.