Parada Cardiorrespiratória
Suporte Básico
DocenteProfª Andréa Fontes
Parada Cardiorrespiratória
É a interrupção súbita e brusca da circulação sistêmica e/ou da respiração
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2013
É considerada um grave problema de saúde pública.
Ocorrem cerca de 200.000 PCR/ ano, cerca de 50%
em ambiente extra-hospitalar.
Principais Causas de PCR
5 H
•Hipovolemia
•Hipóxia
•Hipo/Hipercalemia
•Hipotermia
•H+ (Acidose metabólica)
5 T•Tamponamento
Cardíaco
•Tromboembolismo pulmonar
•Trombose coronariana
•Tensão no tórax (Pneumotórax)
•Tóxicos
5 H 5 T
Os sinais e sintomas iniciais de uma PCR são
• SNC: Irritabilidade,ansiedade,desorientação,agitação;
• RESPIRATÓRIOS: Dispneia ,taquipneia,sibilos,palidez,cianose,depressão respiratória;
• CARDIOVASCULARES: Palidez,cianose,estase de jugular,pulsofraco ou irregular ,hipotensão ,sudorese profusa (transpiração abundante);
Sinais Clínicos
• Como identificar uma PCR?
- Inconsciência
- Ausência de
movimentos
respiratórios
- Ausência de pulso
Não responde, não respira e não tem
pulso PCR
AVALIAÇÃO DA CENA SEGURA
Checar responsividade
Não responde
Chame ajuda
Inicia RCP
Não respira
Por que reanimar?
A RCP precoce mantem o fluxo do oxigênio e do
sangue para o coração e o cérebro.
Objetivos:
✓Restaurar a circulação e a ventilação
✓Preservar a vida
✓Minimizar sequelas neurológicas
E quanto tempo temos para começar?
Reanimação Cardiopulmonar
Quanto maior o tempo sem circulação, menor a possibilidade de recuperação cerebral
Diretrizes para RCP
• SBV – Atendimento inicial
Atualizado a cada 5 anos
Ultima atualização em 2015, com novas recomendações em 2017
CADEIAS DE SOBREVIVÊNCIA
Guia de referência Rápida
RCP de alta qualidade
• C – Circulação
• Iniciar compressões
• Frequência: 100 a 120/min.
• Profundidade: 5 a 6 cm
• Minimizar interrupções
• A – Abrir Via aérea
• B – Boa ventilação
• 2 respirações para 30 compressões
• Elevação visível do tórax
Após avaliar a segurança da cena, checar se a vítima responde.
Senhor,
você está
bem?
Inconsciente ????
Ligue para o
SAMU 192 e
solicite um
DEA.
Simultaneamente...Checar Pulso e Respiração
Observar se o tórax se eleva e ...
(não menos que 5 segundos e não mais que 10 segundos)
checar pulso carotídeo
Não respira (ou gasping) e
não tem pulso??
C
COMPRESSÃO
Posição do
SocorristaLocalização das
mãos
INICIAR COMPRESSÕES TORÁCICAS
▪ Posicionar a vítima em superfície firme e plana.
▪ Afastar ou remover as roupas.
▪ Travar os cotovelos.
▪ Deprimir o tórax de 5 a 6 cm.
▪ Comprimir entre 100
a 120 vezes por minuto.
▪ Intercalar compressões com
ventilações (relação de 30:2).
COMPRESSÕES TORÁCICAS
▪ Iniciar as compressões em até 10 segundos, a partir doreconhecimento da PCR.
▪ Permitir que o tórax retorne completamente após cada compressão.
▪ Minimizar as interrupções e os intervalos sem compressões.
▪ Parar compressões apenas para:
✓Realizar ventilações
✓Analisar ritmo cardíaco
✓Aplicar o choque (DEA)
TROQUE DE FUNÇÃO
COM OUTRO
SOCORRISTA A CADA 5
CICLOS 30:2
OU 2 MINUTOS
COMPRESSÕES TORÁCICAS
A
ABERTURA DA VIA AÉREA
Técnica Manual para
elevação da língua
Cânula orofaríngea - Guedel
B
BOA VENTILAÇÃO
▪ Ajustar a máscara (avaliar o tamanho ideal).
▪ Pressionar a máscara com firmeza.
▪ Administrar 2 ventilações observando se há elevaçãodo tórax.
▪ Administrar cada ventilação durante 1 segundo.
▪ Evitar a hiperventilação.
VENTILAÇÕES
Por que não hiperventilar???
Aumento da pressão intratorácicaDiminuição do débito cardíaco
Vasoconstricção cerebralIsquemia cerebral
BOLSA – VÁLVULA – MÁSCARA
1 “C”
e
1 “E”
2 “C”
e
2 “E”
RCP em pediatria (exceto RN)• Não responde
• Não respira/ gasping
• Não tem pulso ou FC menor que 60 bpm
RCP
15 compressões : 2 ventilações (2 socorristas)
30 compressões : 2 ventilações (1 socorrista)
5 ciclos = 2 minutos de RCP
Frequência: 100 a 120 com
Profundidade: 1/3 do diâmetro do tórax
CHECAR PULSO E RESPIRAÇÃO SIMULTANEAMENTE!!
Observar se o tórax se eleva e checar pulso
INICIAR COMPRESSÕES
TORÁCICAS
TROCAR DE FUNÇÃO A
CADA 5 CICLOS OU 2
MINUTOS
Socorrista único deve fornecer 5 ciclos antes de acionar o SAMU
PARADA NÃO PRESENCIADA
EM CRIANÇAS
RCP em pediatria (exceto RN)
Criança até 1 ano
Criança maior de 1 ano
Desfibrilador Automático Externo
DEA
O DEA chegou!!!
Desfibrilador Externo Automático
DEA• Aparelho capaz de aplicar uma corrente elétrica no
coração, com o objetivo de cessar o ritmo anormal e
reestabelecer as funções normais (elétricas e
mecânicas).
Manuseio do DEA
4 etapas
1. LIGAR
O DEA
2. CONECTAR
OS
ELETRODOS
Manuseio do DEA
4 etapas
Instalação das pás adesivas do DEA
•Eletrodo do lado direito do paciente: precisaser colado abaixo da clavícula, na linhahemiclavicular.
• Eletrodo do lado esquerdo do paciente:deve ser posicionado nas últimas costelas, na linhahemiaxilar (abaixo do mamilo esquerdo).
3. ANALISAR O
RITMO
Manuseio do DEA
4 etapas
4. SE
RECOMENDADO,
APERTE O BOTÃO
DE CHOQUE
Manuseio do DEA
4 etapas
O QUE FAZER SE O
DEA NÃO
RECOMENDAR O
CHOQUE??
Existem 4 ritmos cardíacos na PCR
• Fibrilação Ventricular (FV)
• Taquicardia Ventricular (TV)
• Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP)
• Assistolia
Chocável
Não
Chocável
SUCESSO SEM DEA
2 – 5%
SUCESSO COM DEA
50 – 70%
X
Conhecendo os ritmos
de parada
Ritmos chocáveis – FV e TV
Fibrilação Ventricular
Taquicardia Ventricular
Ritmos Não chocáveis AESP e Assistolia
Atividade Elétrica Sem Pulso
Assistolia
Assistolia
Protocolo da linha reta:
• Checar Cabos
• Aumentar Ganho
• Trocar as Derivações
Quantos Joules aplicar na PCR?
Desfibrilador monofásico – 360 J
Desfibrilador bifásico – 120 a 200 J
Cuidados durante a após desfibrilação
• Usar material condutivo: pás adesivas ou gel
• Anuncie o choque e verifique visualmente
• Reinicie as compressões após o choque
• Reavalie o ritmo após 2 minutos de RCP
• Se ritmo organizado, cheque o pulso
Manter o ciclo de RCP
Retorno da Circulação Espontânea
• O paciente voltou!
Tem pulso ou começou a se mexer
Quem tem pulso tem
pressão
Quem pressão tem pulmão
Quem tem pulmão tem
respiração
• Monitorização M
• OxigênioO
• VenócliseV
• ExamesE
• RegulaçãoR
• Oxigênio - corrige hipoxemia;
• Bicarbonato de sódio- corrige a acidose metabólica
• Adrenalina – vasoconstritor periférico - ajuda na contração do músculo cardíaco ;
• (A dose recomendada é de 1 mg IV repetida a cada 3 ou 5min);
• Diluir em SF,09% 10ml
• Se não for possível a infusão IV, utilizar o dobrado das doses por via endotraqueal, seguida de um bolus de 10 ml de SF09%
• Atropina aumenta a frequência cardíaca;
A dose recomendada é de 0,5 a 1 mg IV em intervalos de 3 a 5 min.
• Lidocaína – corrige arritmias cardíacas (TV, FV);
• A dose recomendada é de 1 a 1,5 mg/kg iv em bolus, podendo ser repetida metade dessa dose a cada 5 ou 10 min;
Tratamento
Quando interromper a RCP no SBV?
• Paciente reanimou
• Exaustão da equipe
• Chegada do Suporte Avançado de Vida
• Ambiente de Risco
• Mudança de prioridade
Quando não começar a RCP
• Carbonização
• Decapitação
• Decomposição
• Evisceração extensa
do cérebro ou coração
Cuidados pós Ressuscitação
• Monitorização do paciente
• Otimizar ventilação e oxigenação
• Realizar ECG
• Tratar hipotensão
• Manter antiarritmico, se indicado
• Tratar causas reversíveis da PCR
• Considerar hipotermia induzida – 32 a 36ºC, no mínimo por 24 hr.
• Atentar para recorrência de nova PCR
Principais falhas na RCP
• Não reconhecer a situação de PCR
• Resposta inadequada do resgatista
• Compressões lentas, superficiais
• Ventilações ineficazes/ hiperventilações
• Demora na desfibrilação
• Troca tardia de posições
• Comunicação inadequada
DÚVIDAS?
REFERÊNCIAS• American Heart Association. Destaques da American Heart Association 2015.
Atualização da Diretrizes de RCP a ACE. [on line]. Edição em português: HélioPenna Guimarães, FAHA, Equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes da AHA,2015.
• Hospital Sírio Libanês. Protocolo de Atendimento à Parada Cardiorrespiratória.(PCR), 2016.
• GONZALEZ, Maria Margarita et al. I Diretriz de ressuscitação cardiopulmonar ecuidados cardiovasculares de emergência da Sociedade Brasileira deCardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 101, n. 2, p. 1-221, 2013.
• Instituto Nacional de Emergência Médica; Departamento de Formação emEmergência Médica. Manual de Suporte Básico de Vida – Adulto, 2 ed, 2017.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos deIntervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.Brasília: Ministério da Saúde, 2a edição, 2016.