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Aterramento Temporário
Departamento de Segurança e Higiene Industrial - DSH.G
Divisão de Segurança e Higiene Industrial - DSHI.G
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO
NO SISTEMA ELÉTRICO
DE POTÊNCIA
Aterramento Temporário
ATERRAMENTO.
E interligação entre um ponto condutor de energia elétrica a outro ponto de terra, evitando a possibilidade de uma energização e tem como objetivo fornecer a máxima segurança ao pessoal envolvido em manutenção.
Aterramento Temporário
Possibilidade de Energização.
Energização Acidental. Energização inadvertida do equipamento ou linha originada tanto pelo religamento quanto por contatos acidentais com linhas energizadas próximas ( queda de condutor energizado por exemplo ).
Descargas Atmosféricas.Boas condições atmosféricas na área de trabalho eliminam a possibilidade de uma descarga elétrica atmosférica vir atingir o sistema num outro local distante, enegizando-oOs aterramentos normalmente fornecem proteção suficiente contra surtos de tensão devido a estas descargas.
Tensão Estática.Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em condições de ambiente seco, as linhas sofrem uma contínua indução que se soma às demais tensões
Presentes . As tenções estáticas crescem continuamente e após longos períodos de tempo, podem ser relativamente elevadas.
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Possibilidade de Energização
Tensões Induzidas Capacitivas.Dois condutores separados por um dielétrico e com potenciais diferentes,
haverá entre ambos o efeito capacitivo. Este fenômeno ocorre, por exemplo, quando a existência de linha ou equipamento energizado na vizinhança de linha ou equipamento desenergizado.
Em linhas paralelas, a proximidade aumenta a tensão induzida e a corrente a ela associada. Esta corrente pode ser suficientemente grande para se tornar perigosa e fatal ao homem de manutenção.
O aterramento evita o perigo de tais correntes descarregando-as para a terra.
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Possibilidade de Energização
Tensões Induzidas Eletromagnéticas.
Ao se aterrar uma linha, as correntes devido às tensões induzidas capacitivas e às tensões estáticas, são drenadas imediatamente. Todavia, ainda existirá uma tensão induzida eletromagneticamente.
Essa tensão é induzida por linha ou linhas energizadas que cruzem ou são paralelas à linha ou equipamento desenergizado no qual se trabalhe.
Em função da distância entre as linhas, da corrente de carga das linhas energizadas, do comprimento do trecho onde há paralelismo ou cruzamento e da existência ou não de transposição nas linhas.
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Sistema de Aterramento
Conjunto de cabos e conectores adequados e dimensionados para as suportar altas correntes elétricas
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Características Básicas do conjunto de aterramento
Capacidade para conduzir a máxima corrente de curto pelo tempo necessário à atuação do sistema de proteção, garantindo a segurança do homem de manutenção, no caso de energização inadvertida da linha ou equipamento, além de conduzir correntes induzidas de estado permanente.
Capacidade para suportar três energizações consecutivas.Os cabos, grampos e conectores deverão suportar os esforços mecânicos criados pelas correntes de curto, sem se desprenderem mas conexões e nem se romperem.
Deve ser adequado e funcional ao serviço de manutenção.
Manter, por ocasião da corrente de curto-circuito, uma queda de tensão através do conjunto de aterramento não prejudicial à pessoa em paralelo com o mesmo.
Capacidade para suportar os surtos devidos à descargas atmosféricas que ocorrem em pontos distantes do local de trabalho.
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Cabos Condutores de aterramento.
Devem ser em cobre, do tipo extra-flexível, com isolamento em para 600 V.
Capa externa de CPV transparente.
A bitola dos cabos de aterramento bem como a espessura de isolamento, variam de acordo com as necessidades referentes à capacidade de condução de corrente e a resistência do jamper de aterramento e conseqüente queda de tensão no local de trabalho.
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Grampos e Conectores de Aterramento
Dimensionados também pela máxima corrente de falta, devendo ainda suportar os esforços mecânicos devidos a essa corrente. Dependem ainda da bitola do condutor ou outras características do local onde serão colocados, tais como: barramento, estruturas, etc.
Os grampos e conectores de aterramento deverão ter características tais que possibilitem o maior envolvimento possível dos cabos ou barras condutoras do sistema a ser aterrado, assegurando boa conexão elétrica e mecânica. A experiência tem demonstrado a eficiência do tipo MORSA com as superfícies de contato serrilhadas, que permitem adequada pressão de contato e o rompimento do filme de óxido ou outras impurezas que possam existir, diminuindo a resistência de contato.
Deverão ser de material resistente e bom condutor elétrico (bronze, cobre, alumínio).
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Bastão de Aterramento
O Bastão de Aterramento, utilizado para colocação e retirada do conjunto de aterramento deverá possuir isolamento adequado para a classe de tensão da linha ou equipamento em que for utilizado.
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Trado de Aterramento
Os trados, também, deverão ser dimensionados para permitir a condução da máxima corrente de falta, durante o tempo em que esta durar, e permitir a menor queda de tensão possível. O material recomendado deverá ser bom condutor elétrico(cobre), além de possuir boa resistência mecânica.
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Utilização de luvas isolantes para 10 Kvcom protetor de couro sobreposto.
Em serviços de manutenção junto a circuitos energizados e onde a indução atinge níveis elevados, recomenda-se a adoção de um sistema para escoamento da carga capacitiva armazenada pelo corpo do homem de manutenção, sem reações incômodas para o mesmo.
Manter-se, quando possível, afastado dos cabos de aterramento, de maneira a evitar ser atingido com um golpe, em razão de sua oscilação causada por um curto circuito.
Antes do aterramento, considerar todos os cabos inclusive os cabos pára-raios como energizados.
Evitar aproximar-se do ponto em que o conector do cabo de aterramento está preso à estrutura ou malha de terra.
Observar a necessidade de descarregar os capacitores de equipamentos e TAP’s capacitivos das buchas antes de realizar qualquer serviço nos mesmos.
Quando o serviço permitir, o pessoal de manutenção situado no solo, deve manter-se afastado da estrutura para evitar a possibilidade de choque, no caso da torre sob trabalho ter resistência de aterramento elevada, que, aliada às correntes devida a indução , poderá produzir potenciais perigosos.
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Norma para colocação do aterramento
Confirmar o bom estado de conservação do equipamento de aterramento, para a sua utilização, principalmente quando à limpeza da superfície de contato do seu grampo e quanto ao bom estado das conexões.
Em se tratando de serviços em subestações, após o aterramento pelos dispositivos operativos do sistema, o operador deverá entregar, no local, ao encarregado de manutenção os equipamentos e procederem em conjunto a uma inspeção de isolamento e confirmar que os equipamentos estão isolados e liberados para o trabalho. Na seqüência, o encarregado de manutenção deverá delimitar a área de trabalho, utilizando-se de cordas ou redes e bandeirolas.
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Norma para colocação do aterramento
Verificar antes da execução do aterramento, se a linha ou equipamento está desenergizado, utilizando-se dispositivos adequado ( detector de tensão para tenções até 138 kV ou bastão isolante com ponta metálica para ensaio de ruído em tensões acima de 138 kV ) à classe de tensão da linha ou equipamento.
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MANUTENÇÃO DO CONJUNTODE ATERRAMENTO
• INSPECIONAR, LIMPAR E TESTAR OS CABOS
• VERIFICAR O ESTADO DAS CONECÇÕES ELÉTRICAS
• VERIFICAR SE EXISTEM FIOS PARTIDOS OU DETERIORAÇÃO NOS CABOS
• DANOS FISICO NO CABO
• VERIFICAR SE EXISTE SUJEIRA OU DANOS NAS MANDIBULAS DOS GRAMPOS
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Cuidados com o conjunto de Aterramento
Anualmente deve ser feito um ensaio de queda de tensão no cabo de aterramento, incluindo conectores e grampos, de modo a ser comprovado que quando fluem as correntes de curto, a queda de tensão dos mesmos não exceda à especificada.
Antes de cada utilização dos equipamentos, deve-se verificar se existem fios partidos ou danos físicos no cabo, principalmente próximo aos conectores.
A conexão entre os cabos e os grampos deve ser rígida e limpa.
As mandíbulas serrilhadas devem ser limpas frequentemente e substituídas quando estiverem danificadas.
Deve proceder-se à limpeza dos bastões isolantes e inspecioná-los quanto à existência de fissuras ou outros danos, além do ensaio periódico de verificação do isolamento.
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Cuidados com o conjunto de aterramento
O conjunto de aterramento deve ser manuseado, armazenado e transportado com o mesmo cuidado que se deve ter com o equipamento para o trabalho em linha energizada.
Os cabos e grampos devem ser depositados sobre uma lona estendida no chão antes da sua conexão ao sistema a ser aterrado, de forma a não sofrerem efeitos de seu contato direto com o solo.
Todo conjunto de aterramento que for submetido a uma corrente de curto-circuito, não deve ser novamente utilizado para fins de aterramento.
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SEQUÊNCIA LÓGICA NA INSTALAÇÃO E REMOÇÃO DE ATERRAMENTOS
COLOCAÇÃO:COLOCAÇÃO:
1.1. Instalar a ligação a terra;Instalar a ligação a terra;2.2. Instalar o grampo que liga o objetO Instalar o grampo que liga o objetO condutor AO ATERRAMENTO TEMPORÁRIOcondutor AO ATERRAMENTO TEMPORÁRIO
RETIRADA:RETIRADA:
1.1. REMOVER o grampo que liga o objeto REMOVER o grampo que liga o objeto condutorcondutor
2.2. REMOVER a ligação a terra;REMOVER a ligação a terra;
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ACIDENTE POR FALTA DE UM SISTEMA REDUNDANTE DE ATERRAMENTO
Usar sempre um mínimo de 2 cabos :
Um só cabo não suporta correntes de curto-circuito ou energização acidental;
Estatisticamente, um só cabo falhacom freqüência.
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Norma para Retirada do aterramento
Somente após a conclusão ou supervisão do trabalho de manutenção deverá ser retirado o aterramento. O Encarregado de serviço providenciará a retirada do pessoal do local de trabalho.Retirar a conexão do cabo de aterramento com o terminal da linha ou equipamento, seguindo a ordem inversa à de colocação.Retirar a conexão do cabo de aterramento com malha de terra da subestação ou com a estrutura.
Verificar se todos os equipamentos foram retirados.
Entregar a linha ou equipamento para a operação, dando baixa no documento hábil ( permissão de trabalho ) , informando à Operação que todos os cabos de aterramento colocados foram retirados.Após a conclusão dos trabalhos em subestações, antes de tomar as providências necessárias a entrega a Operação, o Encarregado de serviço e o Operador devem proceder à Inspeção de liberados para energização segura.
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RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTE GRAVE OCORRIDO NO DIA 28 DE AGOSTO DE 2003 NOS SERVIÇO DE EMENDA DE CABOS CONDUTORES DA LT 500 kV IBIÚNA BATEIAS, MUNICÍPIO DE ITAPERUÇU - PR.
V 8/9
V 8/8
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OBJETIVO:
Transmitir aos profissionais da área de manutenção o relato do acidente ocorrido na substituição de emendas de cabos e considerações básicas no sistema de aterramento, com o objetivo de prevenir, reduzir ou eliminar os riscos e a ocorrência de acidentes do trabalho de mesma características.
Esse objetivo será alcançado na medida em que as causas forem identificadas, analisadas e controladas, preservando-se a integridade física e mental dos trabalhadores envolvidos na manutenção.
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Atividade Principal:
RETIRADA DE PENDÊNCIAS DE CONSTRUÇÃO DA LINHA DE TRANSMISSÃO 500 KV – BATEIAS/IBIÚNA -CD
Órgão responsável:
DEPARTAMENTO DE TRANSMISSÃO SUL - DTS.TESCRITÓRIO DE CONSTRUÇÃO DE MOGI - ECMO.T
Apoio:
Divisão de Manutenção Eletromecânica de Itaberá – DMEQ.O
DADOS DA AREA:
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DADOS DO ACIDENTE Tipo de acidente: Choque Elétrico por indução Local: Torre V8/9 – Mísula da fase “C” Data: 28 de Agosto de 2003 (Quinta Feira) Horário: 19h30min. Tipo de trabalho: Programado Atividade executada: Atividade executadaNo momento do acidente: Substituição de emenda do cabo condutor. Remoção do sistema de aterramento. Condições climáticas: Chuva fina, vento forte e frio. Período: Noturno (sem iluminação artificial)
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DADOS DO ACIDENTADO Nome: Alexandro Aparecido Rodrigues Matrícula: 18778-1 Data de Nascimento: 28 de Janeiro de 1978 Estado Civil: Casado Data de admissão: 10 de Janeiro de 2002 Função: Eletricista de LT Tempo na Função: 1 Ano e 7 Meses +18 dias Danos Pessoais: Queimadura de 3º Grau - Tecidos desvitalizados, Flictenas, Eritema, Edema, Exposição de Tendões, Ossos e Necroses
Partes do corpo Atingidas: Face, Região Cervical, Mão Direita e Couro Cabeludo.
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DANOS MATERIAIS Não houve
REGISTRO DE DADOS NA INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
Histórico do serviço executado Durante o processo de construção de linha de transmissão, faz-se necessário à execução de emendas dos cabos ao longo da LT. O processo de execução é através da prensagem de luvas de alumínio para garantir continuidade elétrica e resistência a tração dos cabos condutores. Tendo em vista analisar a qualidade da emenda, assim como sua carga de ruptura, Furnas, através de Escritório de Construção de Mogi – ECMO.T, se encarregou de substituir três emendas para serem avaliadas. As emendas a serem substituídas foram escolhidas por não se enquadrarem dentro do processo de qualidade estabelecido pelo órgão de operação e manutenção do sistema.
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REGISTRO DE DADOS NA INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
Para executar essa atividade o Escritório de Construção da Mogi – ECMO.T, solicitou o apoio da Divisão de Manutenção Eletromecânica de Itaberá – DMEQ.O. Os serviços foram programados e a linha liberada para a execução das atividades, a partir da 6h40min do dia 27 (Quarta-feira) até às 16horas do dia 29 (Sexta-feira) de agosto de 2003. Antes do início das atividades, em frente ao hotel de Rio Branco do Sul, foi feito um Diálogo de Segurança – DDS, onde os aspectos relacionados com a segurança do trabalho foram enfocados, principalmente sobre os aterramentos temporários a serem instalados, assim como dos riscos decorrentes da indução eletromagnética originada do circuito 2 que permaneceria energizado. Os trabalhos tiveram início na manhã do dia 27 de agosto conforme previsto, e seguindo os procedimentos de segurança recomendados com a instalação de cabos de aterramentos temporários nas torres adjacentes ao vão onde seriam executadas as atividades de substituição das emendas.
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REGISTRO DE DADOS NA INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
Neste desligamento a substituição estava prevista para as fases “A” e “B” do circuito I da LT Ibiúna/Bateias, sendo que o circuito II da referida LT permaneceria energizado. Durante o primeiro dia de trabalho somente foi preparada a plataforma de trabalho e içados os materiais e acessórios imprescindíveis à atividade, assim como a retirada dos espaçadores, houve uma perda de tempo, após a instalação dos aterramentos temporários na torre V 8/9, pois o proprietário do local da torre embargou temporariamente os trabalhos. No dia 28 de agosto foi realizada com êxito a substituição da primeira emenda na fase “A“ do circuito I. Após a execução da primeira emenda, a plataforma de trabalho foi posicionada na fase “B“, para realização da substituição da segunda emenda.
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REGISTRO DE DADOS NA INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
As 16: horas daquele dia, as condições climáticas eram desfavoráveis à continuidade dos trabalhos, pois ventava muito, fazia frio, escurecia rapidamente em função da formação de nuvens carregadas. Naquele momento houve posicionamento do Técnico de Segurança da DSHI.G, argumentando que não havia tempo hábil para retirada do material utilizado para substituição da emenda. A Supervisão dos serviços manteve contato com a coordenação dos trabalhos, visando informar o andamento das atividades e ponderar a respeito da conclusão dos trabalhos, visto que as condições climáticas e do tempo que ainda restava para realização da segunda emenda era insuficiente, naquele dia. Após as 16 horas foi decidido que os serviços seriam suspensos e todo material deveria ser retirado das fases condutoras, os espaçadores instalados e a linha desaterrada para que pudesse ficar a disposição do Operador Nacional do Sistema – ONS para ser energizada.
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RESULTADO NA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DO ACIDENTE.
Tendo em vista a investigação e análise do acidente ocorrido no dia 28 de Agosto de 2003, entendemos que o acidente ocorreu motivado pela falta de iluminação, aliado as condições ambientais inadequadas para execução da atividade, uma vez que estava muito frio, com ventos fortes e chuva.
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DESCRIÇÃO DO ACIDENTE
Após a instalação dos espaçadores nas fases condutoras, o próximo procedimento era a retirada dos cabos de aterramento temporários. Dois eletricistas posicionaram na torre V8/9, aguardando a chegada de outros técnicos do ECMO.T que estavam desaterrando a torre V8/8 e que aguardavam o bastão isolante para que pudessem proceder à retirada dos aterramentos da torre citada. Inicialmente o eletricista de LT Paulo Melo removeu o cabo de aterramento da fase “A”, para depois remover o aterramento da fase “B”. Neste momento o eletricista Alexandro em meio à escuridão retirou o conector tipo morsa da fase “C” que ainda estava aterrada. Com a manobra errada o eletricista sofreu descarga elétrica que causou queimadura de 3º grau em sua mão direita, vindo a ficar sustentado na estrutura pelos ganchos de ancoragem do talabarte de segurança.
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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
A distância percorrida entre a torre V8/9 (Local do acidente) até o Hospital de Rio Branco do Sul, foi de 19 km em estrada de terra sendo este trecho percorrido em 34 minutos, onde o acidentado foi imediatamente transferido para o Hospital Universitário Evangélico de Curitiba sem nenhum procedimento médico. Neste trajeto foram gastos aproximadamente 40 minutos. À distância percorrida entre as torres V8/8 e V8/9, para transportar o bastão isolante para proceder a retirada dos cabos de aterramento temporário, foi de 2.600 m, em um tempo de 7 minutos, pois somente foi levado para a frente de serviço um único bastão isolante. A DSHI.G, através de seu representante argumentou, quanto ao término das atividades, pois o tempo para retirada do sistema de aterramento das estruturas V8/8 e V8/9, e ainda a descida da gaiola e outros materiais. Instalação dos espaçadores, era insuficiente dado o volume de procedimentos a serem seguidos.
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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Os serviços de retirada de aterramento da torre V8/9, deram inicio as 19:00h, sendo retirado o primeiro terra na seqüência de cima para baixo, ou seja, fase “A”, e seqüencialmente as demais fases. Como já era noite e não havia iluminação artificial, o eletricista Paulo Melo desceu da mísula superior até a fase condutora “A” para instalar manualmente o terminal do bastão isolante no elo do conector de aterramento para posteriormente desenroscar o parafuso que estabelece a conexão da garra com o cabo. Após a retirada deste cabo de aterramento, foi executado o procedimento normal de descida do material até o solo. Em seguida o Eletricista Paulo Melo, deslocou-se para a mísula da fase “B”, onde desceu na cadeia fazendo o mesmo procedimento feito anteriormente, pois a escuridão impossibilitava de visualizar e instalar o terminal no elo do conector para retirada do cabo de aterramento. Após a instalação do bastão isolante no conector, o eletricista Alexandro, que já se encontrava na mísula inferior e de posse do bastão isolante, aguardava a saída do eletricista Paulo Melo, da fase intermediária “B” para remoção do aterramento.
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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
No momento do acidente ventava forte e caia uma chuva fina. Não existia sistema de iluminação artificial (Refletores). Altura aproximada de 25 metros do solo, em relação ao da ocorrência do acidente. Causou nos estranheza, pela pressa em retirar o material e desaterrar a linha, visto que a programação de desligamento do 1º circuito sentido Ibiúna/Bateias, estava confirmado entre as 06:40h do dia 27/08 até às 16:00h do 29/08/03 e a PT Permissão para o Trabalho foi dado baixa às 12h27 minutos do dia 29.08.2003. Os eletricista e fiscais não utilizavam dispositivos antiquedas tipo guiado ou trava quedas retrátil para descerem nas cadeias de isoladores, contrariando os procedimentos implantados pela empresa para eliminar o risco de queda, principalmente com os isoladores molhados.
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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Falta de equipamentos de proteção individual básico, tais como; Luva, calçado condutivo e trava quedas para os técnicos do ECMO.T O peso do bastão isolante mais o cabo de aterramento temporário era de aproximadamente 13 kg; O eletricista acidentado participou de 3 (três) palestra proferida por profissionais da DLTR.O, sobre sistema de aterramento temporário utilizado na manutenção de LT, com aproveitamento acima da média histórica de Furnas.
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Integrantes das equipes ECMO.T: Engº Eduardo Barros Maia. Fiscais: Daivaldo,
José Carlos, Eurico,Aécio,Luigi, Wallace.
Operação Supervisor: Luciano. Eletricistas de LT: Paulo Melo,
Alexandro. DSHI.G TST: Valmir.
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CONCLUSÃO Diante do exposto acima, concluímos que o acidente ocorreu pela falta de iluminação natural e artificial, aliado a utilização de um procedimento perigoso na disposição dos conectores de aterramento na torre, as condições ambientais, frio, chuva, e ainda, a falta de um planejamento antecipado e detalhado das ações em função dos riscos, onde ferramental, materiais, equipamentos, EPI’s, métodos e procedimentos deveriam ser descritos e seguidos durante o desenvolvimento das atividades de campo.
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RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA. Tendo em vista o acima exposto e visando eliminar a possibilidade de novas ocorrências e infortúnios semelhantes, recomendamos: Estabelecer um planejamento antecipado e detalhado das atividades, contemplando, as áreas de apoio, produção e de segurança do pessoal e de terceiros, assim como, um sistema de iluminação artificial eficiente caso haja necessidade de trabalho extraordinário; Adotar procedimentos e métodos seguros de trabalho para estabelecer o aterramento, ou seja, aterrar as fases correspondentes a suas mísulas, respeitando a seqüência de instalação e remoção, conforme procedimento; Providenciar a identificação dos conectores instalados nas extremidades dos cabos de aterramento de forma que as cores (azul, vermelha e branca) sejam contempladas e as instalações dos cabos devam ser correspondentes com as fases condutoras previamente convencionadas em Furnas.
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RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA. Utilização de um sistema eficiente de comunicação (rádios) entre as equipes;
Manter nas frentes de serviços um kit para resgate e atendimento a acidentados. Utilizar dispositivo antiquedas, trava-quedas tipo guiado ou trava-quedas retrátil para acessar os cabos condutores. Utilizar plataforma de trabalho com material condutor em seu assoalho e com os rodízios que deslizam sobre os cabos condutores de alumínio, para que fique estabelecida uma área equipotencial, evitando com isso diferença de potencial, causador de choque elétrico nos técnico que ali desempenham suas atividades. Antes do processo de seccionamento do cabo condutor para efetuar a emenda, instalar um cabo de aterramento temporário nas extremidades para equalização de potencial elétrico.
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Foto 03 – Vista do separador de cabos retirado temporariamente para possibilitar a manobra durante a emenda
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Foto 08 – Detalhe da instalação da plataforma de trabalho (gaiola) para substituição da emenda.
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Foto 10 – Detalhe da execução da emenda (prensagem da luva de alumínio no cabo condutor).
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Foto 12 – Reinstalação dos espaçadores, para posteriormente ser retirados os cabos de aterramento temporários.
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Foto 13 – Remoção do cabo de aterramento temporário na fase “B” da torre V8/8 (Detalhe do tempo fechado e escurecendo).
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Foto 14 – Remoção do cabo de aterramento temporário na fase “C” da torre V8/8 (Detalhe do escuro da noite que chegava).