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Canalizaes Elctricas 43
Bibliografia
MATIAS, J.V.C. - Tecnologias da Electricidade, 10. Ano, Lisboa, Didctica Editora. PINTO, A. e ALVES, V. - Prticas Oficinais e Laboratoriais, 10. Ano, Porto, Porto
Editora.
ROLDAN, J. - Manual do Montador Electricista, Lisboa, Pltano Editora. RSIUEE - Regulamento de Segurana de Instalaes de Utilizao de Energia Elctrica,
Lisboa, INCM.
Sites Recomendados:
http://www.generalcablecelcat.com http://www.legrand.pt http://www.schneiderelectric.pt http://www.siemens.pt
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TIPO DE LOCAL QUANTO AO AMBIENTE
TIPOS DE CANALIZAES FIXAS SRE
THU
HUM
MOL
E P T
SUB
POE
ACO
AT P
BT P
AM I
R I N
RE X
1. Canalizaes vista constitudas por condutores nus rgidos, estabelecidos sobre isoladores.
2. Canalizaes vista constitudas por condutores isolados rgidos, estabelecidos sobre isoladores.
3. Canalizaes vista constitudas por condutores isolados ou cabos rgidos, protegidos por tubos.
4. Canalizaes vista constitudas por cabos rgidos, com um bainha ligeira.
5. Canalizaes vista constitudas por cabos rgidos, com duas bainhas ou por uma bainha reforada.
6. Canalizaes vista constitudas por cabos, com armadura.
7. Canalizaes vista constitudas por cabos rgidos, com isolamento mineral.
8. Canalizaes vista constitudas por cabos flexveis. 9. Canalizaes vista constitudas por condutores nus
protegidos por condutas.
10. Canalizaes vista constitudas por condutores isolados ou cabos protegidos por condutas.
11. Canalizaes pr-fabricadas com condutores nus.
12. Canalizaes pr-fabricadas com condutores isolados ou
cabos.
13. Canalizaes embebidas constitudas por condutores isolados ou cabos rgidos, protegidos por tubos.
14. Canalizaes embebidas constitudas por cabos rgidos, com isolamento mineral.
15. Canalizaes estabelecidas nos espaos ocos das construes.
16. Canalizaes ocultas constitudas por condutores isolados ou cabos protegidos por condutas.
17. Canalizaes ocultas pr-fabricadas com condutores isolados ou cabos.
18. Canalizaes estabelecidas em galerias acessveis (caleiras).
19. Canalizaes estabelecidas em galerias inacessveis.
20. Canalizaes enterradas.
21. Canalizaes subaquticas.
Notas: O sinal indica PROIBIO de montagem. O sinal indica PERMISSO. Na coluna referente aos locais AMI a parte superior refere-se s aces mecnica devidas a choques e a parte inferior a aces mecnicas devidas a vibraes.
Fig. 29 - Escolha da canalizao consoante o local.
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Fig. 28 - Vista em perspectiva da colocao de uma canalizao tipo 'teia'.
Escolha das canalizaes consoante as caractersticas dos locais
Na tabela da figura 29 esto indicados os diversos tipos de canalizaes fixas, bem como
os locais em que elas podem ser montadas. O sinal indica proibio de montagem no local; o sinal indica permisso de montagem no local.
De salientar desde j que, por consulta do RSIUEE, se pode verificar igualmente quais so
os locais onde permitida ou proibida a instalao de uma dada canalizao, sendo a tabela
aqui apresentada apenas uma processo de sistematizao da consulta do Regulamento.
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Fig. 27 - Canalizao pr-fabricada, tipo 'Canalis' com tomadas de corrente deslizantes.
Canalizao 'tipo teia'.
Este mtodo de implantao de canalizaes tem-se revelado o melhor adaptado
evoluo das tcnicas de construo, com grande aplicao em grandes edifcios, como hotis,
centros comerciais, etc.
Consiste essencialmente em pr-montar em estaleiro a instalao elctrica completa com
os condutores introduzidos. Cada circuito montado separadamente e comporta uma ou mais
caixas de onde irradiam os tubos em forma de 'teia'.
O conjunto, transportado para a obra, fixado antes da betonagem ficando directamente
incorporado no seio das lajes de beto, sobre o tecto.
A mo-de-obra de instalao torna-se mais barata, evitando abrir e fechar roos como na
chamada instalao embebida nas paredes.
A canalizao tipo 'teia' tambm utilizada em locais com 'tectos falsos' ou em
construes pr-fabricadas, sendo representada na figura seguinte.
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Canalizaes Elctricas 39
O material obviamente mais caro, mas poupa-se, por outro lado, em mo de obra e
rapidez, o que se traduz em custos menores. Outra possvel vantagem deste tipo de canalizao
residir no plano esttico. As figuras seguintes representam alguns tipos de pr-fabricados.
Fig. 24 - Canalizao pr-fabricada 'Canalis'.
Fig. 25 - Calha DPL.
Fig. 26 - Canalizao pr-fabricada 'Canalume'.
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Canalizaes Elctricas 38
Os condutores s devem ser enfiados nos tubos depois de os roos estarem tapados e de
a argamassa de cobertura ter feito presa, isto , ter fixado o tubo.
Em virtude de esta canalizao ficar oculta, convm que ela seja feita em trajectos
horizontais e verticais, previamente definidos, de forma a conhecer-se a sua localizao e entre
outras finalidades, evitar a sua danificao por perfurao posterior da parede com pregos,
cavilhas, mquina perfuradora, etc.
Tal como na canalizao vista, a escolha do dimetro do tubo feita em funo do
nmero de condutores e suas seces, de acordo com a tabela da figura 22.
Na figura 23 representa-se, em perspectiva, uma caixa de derivao com vrios
acessrios de ligao.
Fig. 23 - Ligao de trs tubos VD a uma caixa, com respectivas boquilhas e batente.
Canalizaes pr-fabricadas
A canalizao pr-fabricada uma canalizao cujo invlucro, metlico ou de material
isolante e os condutores formam um conjunto montado de fbrica.
Com efeito, este tipo de canalizao, contrariamente aos restantes, vem j na sua
globalidade montado de fbrica. A sua instalao, vista, torna-se por isso muito fcil e rpida,
permitindo tambm a sua colocao em locais que permitem uma maior eficincia da instalao
elctrica, ao mesmo tempo que todo o material pode ser recuperado em caso de modificao
na instalao.
Existem diversos tipos de canalizaes pr-fabricadas, consoante o fabricante. Uma com
mais qualidade que outras, certamente, mas de uma forma geral permitem sempre uma grande
mobilidade nos receptores a elas ligados sem ter que se recorrer destruio parcial da
canalizao existente, no caso de modificao da mesma.
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Canalizaes Elctricas 37
Dimetro nominal de tubos VD para enfiamento de condutores tipo V
CANALIZAES VISTA CANALIZAES EMBEBIDAS Seco dos
condutores NMERO DE CONDUTORES NMERO DE CONDUTORES mm2 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70 95 120 150 185 240 300 400 500
12 12 12 12 16 16 20 25 25 32 32 40 40 50 50 63 63 75
12 12 16 16 20 25 32 32 40 40 50 50 63 63 75 75 90 110
16 16 16 20 25 32 32 40 50 50 63 63 75 75 90 110 110
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16 16 20 20 32 32 40 40 50 63 63 75 75 90 90 110 110
-
16 20 20 25 32 32 40 50 50 63 75 75 90 90 110 110
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12 12 12 12 16 20 25 25 32 32 40 40 50 50 63 63 75 75
12 16 16 16 25 25 32 40 40 50 50 63 63 75 75 90 110 110
16 16 20 20 25 32 40 40 50 63 63 75 75 90 90 110
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16 20 20 25 32 32 40 50 50 63 75 75 90 90 110 110
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20 20 25 25 32 40 50 50 63 63 75 90 90 110 110
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Nota: Para condutores de seco nominal > 10 mm2 os valores dos dimetros para 4 e 5 condutores j consideram que, respectivamente, um ou dois dos condutores so de seco reduzida; isto , mesmo que a seco em dois deles seja inferior, tudo se passa como se tivessem todos a seco mais elevada.
Fig. 22 - Dimetro nominal de tubos VD para enfiamento de condutores tipo V.
Canalizao embebida, constituda por condutores isolados protegidos por tubos.
Uma canalizao embebida um caso particular de uma canalizao oculta, em paredes,
tectos ou pavimentos, sendo normalmente protegida por tubos.
O RSIUEE define canalizao oculta como a canalizao que no visvel ou que no
acessvel sem remoo de qualquer elemento do meio em que se encontra ou, ainda, sem
remoo de si prpria.
Nas canalizaes embebidas protegidas por tubos, os tubos so instalados em roos, de
tal forma que no se deteriorem ou amolguem e depois so atacados com massa de cimento.
Os tubos so ligados por unies, curvas e caixas de derivao de forma adequada, em
condies de garantirem a continuidade da proteco, no havendo em caso algum a
possibilidade de entrar argamassa na canalizao.
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As derivaes elctricas, para diferentes tomadas, pontos de luz, interruptores, etc., so
efectuadas atravs de caixas de derivao salientes, colocadas nas paredes.
A juno entre os tubos e as caixas de derivao feita com diversos acessrios de forma
a que a ligao fique bem feita: batentes, unies, boquilhas, etc.
Fig. 21 - Caixa de derivao e acessrios para instalao vista.
A escolha do dimetro do tubo funo do nmero de condutores e respectivas seces,
em cada troo da instalao. A tabela da fig. 22 permite fazer essa escolha, para canalizaes
vista e embebidas.
De notar que numa instalao elctrica o nmero de condutores em cada troo da
canalizao pode ser muito varivel.
Vejamos alguns exemplos:
1. Uma tomada sem terra necessita de apenas dois condutores; com terra precisa de
trs condutores.
2. Uma lmpada simples necessita apenas de trs condutores; com terra precisa de
trs condutores.
3. Um receptor trifsico necessita de pelo menos trs condutores.
4. Um comutador de lustra exige trs condutores, a partir da caixa de derivao; para
as lmpadas vo tambm trs condutores.
5. Um comutador de escada tambm exige trs condutores.
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Canalizao vista, constituda por condutores isolados protegidos por tubos
O RSIUEE define canalizao vista como a canalizao visvel, sem necessidade de
retirar qualquer parte da construo sobre que est estabelecida.
A fixao dos tubos, s paredes, nesta canalizao feita por meio de braadeiras,
conforme a figura 19. A distncia entre braadeiras bem como o raio de curvatura dos tubos
esto regulamentados.
Fig. 19 - Instalao de tubo vista, com braadeiras.
A dobragem dos tubos rgidos de plstico normalmente feita por aquecimento lento,
com a ajuda de uma mola colocada interiormente e rodando o tubo de forma a no quebrar.
O enfiamento dos condutores no tubo feito habitualmente com a ajuda de uma guia de
ao, para puxar os condutores (figura 20). Utiliza-se tambm frequentemente p de talco para
melhor deslizarem.
Fig. 20 - Enfiamento de condutores com guia.
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Condutores em tubos vista
Colocao de cabos em valas
Condutores em tubo embebido
Cabo enterrado
Colocao de cabos em prateleiras
Canalizaes pr-fabricadas
Colocao em caleiras
Colocao sobre isoladores
Condutas
Cabo imerso na gua
Fig. 18 - Diversas formas de colocao das canalizaes fixas.
Nota: caleiras so canais feitos no pavimento, dotados de tampas amovveis.
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TIPOS DE CANALIZAES FIXAS
1. Canalizaes vista constitudas por
condutores nus rgidos, estabelecidos sobre isoladores.
2. Canalizaes vista constitudas por
condutores isolados rgidos, estabelecidos sobre isoladores.
3. Canalizaes vista constitudas por
condutores isolados ou cabos rgidos, protegidos por tubos.
4. Canalizaes vista constitudas por
cabos rgidos, com um bainha ligeira. 5. Canalizaes vista constitudas por
cabos rgidos, com duas bainhas ou por uma bainha reforada.
6. Canalizaes vista constitudas por
cabos, com armadura. 7. Canalizaes vista constitudas por
cabos rgidos, com isolamento mineral. 8. Canalizaes vista constitudas por
cabos flexveis. 9. Canalizaes vista constitudas por
condutores nus protegidos por condutas. 10. Canalizaes vista constitudas por
condutores isolados ou cabos protegidos por condutas.
11. Canalizaes pr-fabricadas com
condutores nus. 12. Canalizaes pr-fabricadas com
condutores isolados ou cabos. 13. Canalizaes embebidas constitudas
por condutores isolados ou cabos rgidos, protegidos por tubos.
14. Canalizaes embebidas constitudas
por cabos rgidos, com isolamento mineral.
15. Canalizaes estabelecidas nos
espaos ocos das construes. 16. Canalizaes ocultas constitudas por
condutores isolados ou cabos protegidos por condutas.
17. Canalizaes ocultas pr-fabricadas
com condutores isolados ou cabos. 18. Canalizaes estabelecidas em
galerias acessveis (caleiras). 19. Canalizaes estabelecidas em
galerias inacessveis. 20. Canalizaes enterradas. 21. Canalizaes subaquticas.
Fig. 17 - Tipos de canalizaes fixas.
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Fabricam-se diversos tubos de ao, com maior ou menor resistncia mecnica, ou maior
ou menor flexibilidade. Exemplos: AF, ARF, ERFF, ARD, etc.
A grande rigidez destes tubos torna-os insubstituveis nas instalaes para mquinas-
ferramenta. Os tubos de ao podem ser montados em caleiras (rasgos no cho), o que torna
segura e eficiente a instalao de utilizao.
Estudo dos principais tipos de canalizaes
Classificao geral
Conforme j foi referido, as canalizaes podem classificar-se, entre outras, em:
canalizaes fixas e amovveis.
Dada a maior importncia e diversidade de tipos, da canalizao fixa, esta que vamos
estudar mais em particular.
A canalizao , por definio, o conjunto constitudo por um ou mais condutores
elctricos e pelos elementos que asseguram o seu isolamento elctrico, as suas proteces
mecnicas, qumicas e a sua fixao, devidamente agrupados e com aparelhos de ligao
comuns.
Podemos concluir, a partir da definio de canalizao, que podemos ter canalizaes
constitudas apenas por condutores dentro de tubos, cabos dentro de tubos, condutores sem
tubos, cabos sem tubos, condutores nus sobre isoladores, etc. Isto , conforme a necessidade
(do ponto de vista tcnico-econmico), conforme o tipo de local (quanto ao ambiente e
utilizao) e de acordo ainda com um certo sentido esttico, assim o tipo de canalizao que
vamos adoptar, caso a caso.
O RSIUEE (art. 89 e seguintes) indica os diferentes tipos de canalizaes fixas possveis.
No quadro da figura 17 resumido esse conjunto.
No quadro da figura 18 representa-se tambm, esquematicamente, algumas das formas
de colocao das canalizaes.
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Os tubos de plstico rgidos so os de maior aplicao em instalaes fixas. No entanto h
situaes em que necessria a utilizao de tubos maleveis e flexveis, nomeadamente em
locais onde necessrio que o tubo efectue muitas curvas.
Algumas das propriedades gerais dos tubos plsticos (PVC) so as seguintes:
So mais leves que os restantes. So de mais fcil instalao, por serem mais leves e necessitarem de menos
ferramenta.
A tenso de isolamento elevada, cerca de 45 KV/m. So resistentes aos cidos, bases, leos, agentes oxidantes, etc., pelo que podem
ser colocados em quaisquer tipos de terrenos.
Tm fraca absoro de humidade, evitando a condensao no seu interior. No so inflamveis.
Vejamos ento alguns tubos mais utilizados:
Tubo plstico VD (cdigo 5101100)
um tubo feito de policloreto de vinilo (PVC) com constituio rgida.
dos tubos mais utilizados, em instalaes fixas seja embebidas ou vista, dadas as
boas caractersticas j referidas. Devido sua rigidez, quando necessrio efectuar qualquer
curvatura deve utilizar-se uma mola especial para curv-lo sem quebrar.
fabricado normalmente em varas de 3 metros de comprimento, com dimetros nominais
desde 12 at 110 mm.
Tubo plstico VFE (Jotaflex)
um tubo tambm de plstico, mas com a particularidade de ser malevel e estanque a
lquidos. normalmente utilizado em instalaes interiores vista ou embebidas. Dada a sua
grande maleabilidade, de fcil montagem e substituio, portanto de instalao barata.
um tubo do tipo "canelado". Tem grandes aplicaes em habitaes, fbricas, etc.
Tubos de ao
So os mais utilizados nos casos em que se requer uma instalao com grande proteco
mecnica dos condutores. So tambm bastante utilizados em locais de ambiente corrosivo
(pelos agentes atmosfricos ou especficos) e ainda em locais sujeitos a perigos de exploso,
em instalao vista.
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Exemplos:
1. Indique o nmero de cdigo de um tubo com resistncia normal s aces
mecnicas, estanque, rgido, isolante, resistente humidade, sem blindagem
elctrica e preparados para suportar temperaturas ambientes normais.
Aces Mec. (M)
Estanquidade (E)
Flexibilidade(F)
R. Elctrica(R)
Corroso(C)
Blindagem (B)
T. Ambiente(T)
M5 E1 F0 R1 C1 B0 T0
Cdigo do tubo: 5101100
2. Indique o nmero de cdigo de um tubo com resistncia reforada especial s
aces mecnicas, condutor, resistente corroso pela humidade, no estanque,
com blindagem elctrica, flexvel e sem limites definidos de temperatura ambiente.
Aces Mec. (M)
Estanquidade (E)
Flexibilidade(F)
R. Elctrica(R)
Corroso(C)
Blindagem (B)
T. Ambiente(T)
M9 E0 F2 R0 C1 B1 T3
Cdigo do tubo: 9020113
Nota: o art. 112 do RSIUEE, estabelece a relao entre os cdigos e as respectivas
designaes simblicas, facilitando assim a tarefa de escolha dos tubos, para cada caso.
Tubos mais vulgares
O primeiro tubo a ser utilizado em instalaes elctricas foi o chamado tubo Bergman, o
qual era constitudo por papel impregnado, revestido por uma bainha de lato ou ferro e
protegido por uma camada de chumbo ou alumnio. Devido ao seu complicado fabrico acabou
por ser substitudo sucessivamente por outros tubos, entre os quais se destacam os fabricados
a partir de matrias termoplsticas.
Alm dos tubos de plstico flexveis, maleveis ou rgidos, existem ainda tubos de ao,
utilizados apenas em locais sujeitos potencialmente a aces mecnicas intensas.
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Canalizaes Elctricas 29
A codificao dos tubos, regulamentada pela norma NP-945 ou pelo art. 112 do RSIUEE,
tambm ser feita a partir de uma expresso, em que cada letra ter um ndice que representa
o grau de cada uma das 7 caractersticas:
M E F R C B T
Cada uma das sete caractersticas classificada com os seguintes graus:
M - Resistncia s aces mecnicas Tubos e condutas com resistncia normal s aces mecnicas. Tubos e condutas com resistncia reforada s aces mecnicas. Tubos e condutas com resistncia reforada especial s aces mecnicas.
M5
M7
M9
E - Estanquidade a lquidos Tubos e condutas no estanques. Tubos e condutas estanques.
E0 E1
F - Flexibilidade Tubos e condutas rgidos. Tubos e condutas maleveis. Tubos flexveis.
F0 F1 F2
R - Resistncia elctrica Tubos e condutas condutores. Tubos e condutas isoladores.
R0 R1
C - Resistncia corroso Tubos e condutas resistentes corroso pela humidade. Tubos e condutas resistentes corroso pelos agentes atmosfricos. Tubos e condutas resistentes corroso por agentes qumicos especficos.
C1
C2
C3
B - Blindagem elctrica Tubos e condutas sem blindagem elctrica. Tubos e condutas com blindagem elctrica.
B0 B1
T - Temperatura ambiente Tubos e condutas para temperaturas ambientes (compreendidas entre -5C e +40C). Tubos e condutas para temperaturas ambientes baixas (inferiores a -5C). Tubos e condutas para temperaturas ambientes altas (superiores a +40C). Tubos e condutas sem limites definidos de temperaturas ambientes, cobrindo uma larga gama de temperaturas que incluem altas e baixas temperaturas.
T0
T1
T2
T3
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Canalizaes Elctricas 28
Exemplos:
1. Indique a designao simblica de um tubo com uma composio de policloreto de
vinilo, rgido e de dimetro nominal de 20 mm.
Material (a)
Ac. Mecnicas (b)
Flexibilidade(c)
R. corroso (d)
Estanquidade(e)
Diversos (f)
Dimetro(g)
V -- D -- -- -- 20
Resposta: tubo VD 20
2. Indique a designao simblica de um tubo de ao de resistncia mecnica
reforada, flexvel e de dimetro nominal 25 mm.
Material (a)
Ac. Mecnicas (b)
Flexibilidade(c)
R. corroso (d)
Estanquidade(e)
Diversos (f)
Dimetro(g)
A R FF -- -- -- 25
Resposta: tubo ARFF 25
Codificao dos tubos
Alm da designao simblica os tubos so tambm codificados, isto , representados por
um cdigo que tem em conta o grau de um conjunto de caractersticas que os iro definir,
tendo em vista a utilizao que lhes vai ser dada. Atravs do cdigo do tubo ser depois
possvel, mais facilmente, verificar se um dado tubo pode ser ou no utilizado num dado local a
desempenhar determinada funo.
As caractersticas a ter em conta na codificao dos tubos so:
Resistncia s aces mecnicas (M) Estanquidade a lquidos (E) Flexibilidade (F) Resistncia elctrica (R) Resistncia corroso (C) Blindagem elctrica (B) Temperatura ambiente (T)
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Vejamos ento como se obtm a designao simblica dos tubos. A designao de cada
tubo formada a partir da seguinte expresso:
a b c d e f g
Cada uma das letras da expresso representa uma caracterstica do tubo, de acordo com
a seguinte tabela:
a - Material Ao Liga de alumnio Composies de PVC Composies de polietileno
A L V E
b - Resistncia s aces mecnicas Tubos e condutas metlicas Resistncia normal (classe M7) Resistncia reforada (classe M9) Tubos e condutas isolantes Resistncia normal (classe M5) Resistncia reforada (classe M9)
Sem letra R
Sem letra R
c - Flexibilidade Rgido Malevel Flexvel
D F FF
d - Resistncia corroso Tubos e condutas metlicas Resistncia humidade ou aos agentes atmosfricos Resistncia a agentes qumicos especficos Tubos e condutas isolantes Resistncia humidade Resistncia a agentes atmosfricos Resistncia a agentes qumicos especficos
Sem letra
Q
Sem letra C
Q
e - Estanquidade a lquidos No estanque a lquidos Estanque a lquidos
Sem letra E
f - Qualquer outra indicao completa identificao do tubo ou conduta
g - Dimetro nominal do tubo ou da conduta
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Canalizaes Elctricas 26
Designao simblica dos tubos
Tal como para os condutores isolados e cabos, tambm nos tubos houve necessidade de
os referenciar atravs de uma designao simblica que os distinga, atendendo s suas
diferentes caractersticas.
A norma NP-1070 (de 1975) a norma original de regulamentao da designao
simblica dos tubos. Tal como tem acontecido a muito outro material elctrico, tambm aqui a
entrada na Unio Europeia tem vindo a provocar transformaes na forma de designar os
tubos. Deste modo, saiu a norma NP-1070 (reformulada) com o objectivo de substituir a
anterior.
TUBOS Designao segundo
a norma original NP-1070 (1975)
Designao segundo a
nova norma
Isolantes
ERFE
VD VDCE VFFE VFF VFE UF
VRDE VRDCE VRFE
ERE ERM VD VDC VF VFS VM VMS VRD VRDC VRE VRM
Mistos
- - - -
MES MRD MRF
MRFQ
Metlicos
FF AFFQE AFFQ AF
ARDE ARD ARFF ARF LEQE IFQ LF
AFS AFQ
AFQ(S) MAS ARD ARDS ARFS ARMS LMQ
LMQ(S) LMS
Fig. 16 - Correspondncia entre as designaes das duas normas para tubos.
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Canalizaes Elctricas 25
5. Em nenhum caso sero permitidas ligaes de condutores dentro dos tubos, como
no exemplo da figura 14.
Fig. 14 - No permitida a emenda interior indicada.
6. O nmero de condutores permitido por tubo, com um dado dimetro, para
instalaes vista ou embebidas, funo da seco dos condutores e consta de
quadros perfeitamente regulamentados.
7. O raio do curvatura r dos tubos deve ser tal que permita o fcil enfiamento e
desenfiamento dos condutores. Segundo o regulamento o raio de curvatura mnimo
dos tubos deve ser maior ou igual a seis vezes o dimetro d exterior do tubo, para
instalaes vista ou embebidas, conforme se exemplifica na figura 15.
Fig. 15 - O raio de curvatura deve ser maior que seis vezes o dimetro.
8. Nas instalaes vista, os tubos devem ser fixados s superfcies de apoio por
braadeiras apropriadas. As distncias D entre braadeiras tambm esto
regulamentadas:
a) D 1 m para tubos com resistncia s aces mecnicas da classe M5. b) D 2 m para tubos com resistncia s aces mecnicas da classe M9.
Nos troos verticais, as distncias podem ser superiores.
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Canalizaes Elctricas 24
Tubos
Consideraes gerais
Segundo o RSIUEE, define-se tubo como o invlucro de seco recta contnua, circular ou
no, destinado em regra, proteco dos condutores isolados e cabos.
Ainda segundo o regulamento, os tubos a empregar nas instalaes devem ser de
material isolante, de material condutor ou simultaneamente de materiais isolante e condutor
(mistos), desde que possuam caractersticas elctricas e mecnicas adequadas.
Os tubos so utilizados em instalaes vista ou em instalaes ocultas. Na figura 13
representa-se um troo de tubo instalado vista, fixo por braadeiras, com dois condutores no
seu interior.
Fig. 13 - Tubo vista com braadeiras.
Relativamente aos tubos, devem verificar-se alguns dos seguintes preceitos e definies,
impostos pelo regulamento.
1. Designa-se dimetro nominal de um tubo como o valor do seu dimetro interior,
expresso em milmetros.
2. Os tubos devem ter dimetros tais que permitam o fcil enfiamento e desenfiamento
dos condutores isolados ou cabos.
3. A superfcie interior dos tubos no dever apresentar arestas vivas, asperezas ou
fissuras.
4. Os tubos podem ser estabelecidos embebidos (no interior) nas paredes, em roos
previamente abertos, ou vista, fixados por meio de braadeiras.
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Para a escolha do cabo, de acordo com as caractersticas indicadas, deve previamente
formar-se um cdigo das caractersticas do cabo. O cdigo constitudo por seis algarismos,
um algarismo por cada uma das seis caractersticas, correspondentes s classes indicadas.
Exemplos:
1. Estabelea a codificao do seguinte cabo: cabo para tenso nominal de 0,8/1,2 KV,
rgido, dotado de duas bainhas, resistentes corroso pela humidade, com
blindagem elctrica e destinado a ser instalado em locais com temperaturas
ambientes habituais.
Resoluo:
Isolamento (I)
Flexibilidade (F)
Ac. Mecnicas (M)
Corroso (C)
Blindagem (B)
Temperatura(T)
I3 F0 M5 C1 B1 T0
Juntando os algarismos de cada classe, obtm-se o cdigo do cabo: 305110.
Por consulta do art. 107 do RSIUEE podemos verificar que a este cdigo correspondem
dois cabos: VHV e BCV. Qualquer destes cabos tem uma constituio que satisfaz as
caractersticas exigidas no enunciado do problema.
2. Estabelea o cdigo para: cabo com tenso nominal de 4.8/7,2 KV, rgido, com duas
bainhas, resistente corroso pelos agentes atmosfricos, com blindagem elctrica e
sujeito a temperaturas ambientes habituais.
Resoluo:
Isolamento (I)
Flexibilidade (F)
Ac. Mecnicas (M)
Corroso (C)
Blindagem (B)
Temperatura(T)
I4 F0 M5 C2 B1 T0
Obtm-se o cdigo do cabo: 405210, segundo o art. 107, a este cdigo correspondem
vrios cabos: VHIV, LVHIV, PCV, LPCV, PHCV e LPHCV. No entanto, nem todos eles tm as
duas bainhas, pois podem ter apenas uma bainha desde que reforada.
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Codificao dos condutores
As caractersticas que definem os condutores quanto ao seu emprego so:
Isolamento elctrico. Flexibilidade. Resistncia aces mecnicas. Resistncia corroso. Blindagem elctrica. Temperatura ambiente.
A escolha dos condutores para cada local e de acordo com a utilizao que lhe vai ser
dada, feita em funo do conjunto de caractersticas acima indicadas.
Estas caractersticas so garantidas pelos fabricantes, atravs de ensaios laboratoriais
efectuados, para perodos de tempo normalizados e considerados suficientes para traduzir com
alguma preciso as condies reais de desgaste a que iro ser submetidos na sua utilizao.
A tabela seguinte, retirada da norma NP-889 ou do art. 106 do RSIUEE, apresenta-nos
as classes correspondentes a cada uma das seis caractersticas apresentadas.
Natureza especfica das caractersticas Classes Caractersticas dos condutores isolados e cabos
Quanto ao isolamento (I)
I1 I2 I3 I4
Tenso nominal 100/100 V. Tenso nominal 300/500 V. Tenso nominal 450/750 ou 0,8/1,2 KV. Tenso nominal superior a 0,8/1,2 KV.
Quanto flexibilidade (F)
F0 F1 F2
Rgidos. Flexveis. Extraflexveis.
Quanto resistncia s aces mecnicas (M)
M1 M3
M5
M7
Sem resistncia particular s aces mecnicas. Com resistncia ligeira s aces mecnicas, conferida por uma bainha. Com resistncia normal s aces mecnicas, conferida por duas bainhas ou por uma bainha reforada. Com resistncia reforada s aces mecnicas, conferida por uma armadura.
Quanto resistncia corroso
(C)
C0 C1 C2 C3
Sem resistncia particular corroso. Resistentes corroso pela humidade. Resistentes corroso pelos agentes qumicos. Resistentes corroso por agentes qumicos especficos.
Quanto blindagem elctrica (B)
B0 B1
Sem blindagem elctrica. Com blindagem elctrica.
Quanto temperatura ambiente
(T)
T0 T1 T2 T3
Para temperaturas ambientes habituais (-5C a +40C) Para temperaturas ambientes baixas (inferiores a -5C) Para temperaturas ambientes altas (superiores a +40C) Sem limite definido de temperaturas ambientes, cobrindo larga gama de temperaturas incluindo altas e baixas.
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Condutores de cobre macio, isolamento e bainha de PVC.
VVD (H07VVH2-U) 2 ou 3 1,5 a 4
0,8/1,2 (0,45/0,75)
Instalaes fixas vista.
Condutores flexveis de cobre, isolamento e bainha de PVC.
FVVD (H03VVH2-F)
2 a 12 2 a 4
0,75 1 a 6 0,3/0,5
Instalaes fixas e amovveis no interior. Sinalizao e comando.
Condutores flexveis de cobre, isolamento e bainha de PVC.
FVV (H05VV-F) 2 a 5 2,5 a 25
0,3/0,5 0,8/1,2
Instalaes fixas e amovveis no interior. Sinalizao e comando. Ligao de mquinas.
Condutores de cobre macio, isolamento, bainha(s) de PVC e armadura fitas de ao.
VAV XAV 1 a 4 1,5 a 500
At 4,8/7,2
Distribuio de energia. Instalaes industriais. Pode ser montado ao ar, enterrado, em caleiras ou condutas (cabos armados).
Condutores de alumnio sectorial macio, isolamento, bainha(s) de PVC e armadura fitas de ao.
LSVAV LSXAV 1 a 4 1,5 a 500
At 4,8/7,2
Distribuio de energia. Instalaes industriais. Pode ser montado ao ar, enterrado, em caleiras ou condutas (cabos armados).
Condutores de cobre ou alumnio, isolamento de PVC resistente intemprie ou polietileno reticulado.
VS LVS 2 a 4
6 a 10 16 a 70 0,8/1,2
Redes de distribuio e utilizao de energia, instalados ao ar, sobre braadeiras ou auto-suportados.
Condutores de alumnio sectorial macio, isolamento e bainha de PVC.
LSVV LSXV 1 a 4 1,5 a 500
At 4,8/7,2
Redes de distribuio e utilizao de energia, instalados ao ar, sobre braadeiras.
Condutor de alumnio, isolamento e bainha de PVC.
LVV LXV 16 a 630 0,6/1,2
Transporte e distribuio de energia em edifcios e instalaes industriais.
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Principais condutores isolados e cabos
Dada a grande variedade de condutores e cabos existentes, obviamente no possvel
apresent-los todos, mas apenas aqueles mais importantes, de acordo com as designaes
mais vulgares.
Para cada cabo, apresentado a sua designao segundo a norma NP-665 e tambm
segundo a norma NP-2361 (esta entre parnteses) para alguns deles.
De referir ainda que:
At 20 KV utilizam-se normalmente cabos tripolares (trs condutores) com blindagem metlica comum.
De 20 a 30 KV utilizam-se cabos tripolares com blindagem individual. De 30 a 60 KV utilizam-se cabos unipolares, por ser difcil o manuseamento dos
tripolares e porque os unipolares admitem cargas mais elevadas.
Para tenses superiores, geralmente utilizam-se linhas areas (cobre, alumnio, alumnio-ao, almelec, alumoweld, anticorodal). Em casos especiais usam-se cabos
em banho de leo e a gs comprimido.
Caractersticas de condutores e cabos
Condutor ou Cabo Designao N. de Cond.
Seces Nominais
(mm2)
Tenses Nominais
(KV) Utilizao
Condutor de cobre macio, isolamento de PVC.
V (H05V-U)
ou (H07V-U) (H07V-R)
1 a 6 (unifilar) 10 a 500
(multifilar)
0,8/1,2 (0,45/0,75)
Instalaes fixas, vista ou embebidas; montagem de quadros e aparelhagem diversa.
Condutor flexvel de cobre, isolamento de PVC.
FV (H05V-K) 0,5 a 10 0,3/0,5
Instalaes fixas ou mveis no interior, embebidas ou vista.
Condutores extraflexveis de cobre, isolamento de PVC.
FFVD (H03VH-H) 2 0,5 a 10 0,3/0,5
Instalaes fixas ou mveis no interior, embebidas ou vista.
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NP-2361
Tipo
Harmonizado Tipo nacional reconhecido Tipo nacional no reconhecido
H A
PT-N
Ten
so
< 100 / 100 V 100 / 100; < 300 / 300 V 300 / 300 V 300 / 500 V 450 / 750 V 0,6 / 1 KV
00 01 03 05 07 1
Isol
amen
to Borracha de etileno-propileno
Etileno acetato de vinilo Borracha Borracha silicone Policloreto de vinilo (PVC) Polietileno reticulado
B G R S V X
Arm
adu
ra Bainha da alumnio extrudido ou soldado
Condutor concntrico em alumnio Blindagem de alumnio Armadura em fita de ao galvanizado ou no Armadura em fita de alumnio
A2 A A7 Z4 Y3
Con
stit
uin
tes
Bai
nh
a
Etileno acetato de vinilo Trana de fibra de vidro Policloropreno Borracha Trana txtil Policloreto de vinilo (PVC)
G J N R T V
Form
a Cabo circular Cabo plano:
- Condutores separveis - Condutores no separveis
Sem letra
H H2
Natureza: Cobre Alumnio
Sem letra
- A
Con
stru
o
Con
duto
r Flexibilidade: Condutor flexvel classe 5 Condutor flexvel classe 6 Condutor ou cabo flexvel para instalao fixaCondutor rgido circular cableado Condutor rgido sectorial cableado Condutor rgido macio circular Condutor rgido macio sectorial
- F - H - K - R - S - U - W
Nmero de condutores Ausncia do condutor verde/amarelo Existncia do condutor verde/amarelo
x G
Seco do condutor (mm2)
Com
posi
o
Identificao por colorao Identificao por algarismo
Sem letra N
A tabela anterior apresenta a nova designao dos elementos constituintes dos
condutores e cabos, segundo a norma NP-2361 (de acordo com as normas europeias -
CENELEC), permitindo assim mais facilmente fazer a equivalncia entre as duas designaes
simblicas.
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f - Material de acabamento e reforo mecnico (armadura) Juta (quando aplicada como cama da armadura) Juta exterior Trana txtil Trana de cobre Trana de ferro galvanizado Armadura de duas fitas de ao Armadura de fios de ao Armadura de barrinhas de ao Armadura no magntica Armadura dupla
Nenhuma letra J T Q 1Q A R M
1A, 1R, 1M AA, RR, MM
g - Forma de agrupamento dos condutores Condutores cableados ou torcidos Condutores dispostos paralelamente
Nenhuma letra D
h - Indicaes diversas Cabos auto-suportados S
i - Seces dos condutores
1 x 2 + 3 Algarismo 1 - Numero de condutores com a mesma seco. Algarismo 2 - Seco nominal dos condutores. Algarismo 3 - Seco nominal do condutor de proteco, se existir, precedida pela
letra T e separada dos elementos anteriores com o sinal +. O conjunto (1 x 2) repete-se tantas vezes quantas as diferentes seces, separando cada conjunto pelo sinal +. O algarismo 1 pode ser suprimido se indicar apenas 1 condutor
j - Tenso nominal
4/5 Algarismo 4 - Tenso admissvel entre um condutor qualquer e a terra
(valor mais baixo). Algarismo 5 - Tenso admissvel entre dois quaisquer condutores (valor mais baixo).
Exemplo:
Suponhamos um cabo com condutores de cobre macio, isolados a papel impregnado, com
bainha comum de chumbo, com reforo mecnico efectuado por fios de ao e bainha exterior
de PVC. O cabo tem 3 condutores de 50 mm2 e dois de 25 mm2, sendo um deles de proteco.
O isolamento est previsto para 0,8/1,2 KV.
Resoluo:
a b c d e f g h (e) i j
_ _ P _ C R _ _ V 3x50+25+T25 0,8/1,2 KV
o cabo PCRV 3x50+25+T25 - 0,8/1,2 KV
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a - Grau de flexibilidade do condutor ou cabo Condutores ou cabos rgidos Condutores ou cabos flexveis Condutores ou cabos extraflexveis Condutores ou cabos flexveis com ncleo central destinado a aumentar a sua flexibilidade ou resistncia mecnica
Nenhuma letra F FF
FG
b - Material dos condutores Cobre macio Cobre duro Liga de cobre Condutor bimetlico Alumnio Alumnio sectorial macio Liga de alumnio
Nenhuma letra K 1K W L LS 1L
c - Material do isolamento Papel Elastmeros: No especificados Borracha butlica Polietileno clorossulfonado Borracha silicone Eliteno-propileno Policloropreno (ou Neopreno) Plastmeros: Policloreto de vinilo (PVC) Polietileno Polietileno reticulado (cabos de energia) ou celular (cabos de telecomunicaes) Isolante mineral
P B 1B 2B 3B 4B N V E
1E Z
d - Blindagem ou condutores envolventes Blindagem individual (excepto cabos de papel de campo radial) Blindagem comum e blindagem individual em cabos de papel de campo radial Condutor envolvendo os restantes condutores isolados do cabo Condutor de alumnio, concntrico em relao ao cabo, envolvendo os restantes condutores isolados
HI
H O
OL
e - Material da bainha Chumbo Chumbo individual Alumnio Liga de alumnio Elastmeros: No especificados Polietileno clorossulfonado Policloropreno (ou Neopreno) Plastmeros: Policloreto de vinilo (PVC) Polietileno Polietileno reticulado (cabos de energia) ou celular (cabos de telecomunicaes) Cobre
C CI L 1L B 2B N V E
1E K
Nota - Os cabos podem ter duas bainhas (uma interior e outra exterior). Neste caso a
letra correspondente vem indicada duas vezes.
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Canalizaes Elctricas 16
Designao simblica de condutores isolados e cabos
Dada a grande variedade de cabos existentes no mercado e dada ainda a diversidade de
materiais que protegem a alma condutora, houve necessidade de criar normas que definissem
de uma forma clara o processo de estabelecimento do nome adequado a cada tipo de condutor
ou cabo.
Desta forma nasceu a norma NP-665 que regula a formao da designao simblica de
cada condutor ou cabo (nome do condutor ou cabo).
Muito recentemente com a entrada de Portugal no Unio Europeia, tem vindo a sair nova
legislao cujo objectivo uniformizar as caractersticas e nomenclaturas do material elctrico
(e no s) fabricado pelos pases que integram esta comunidade.
Assim, a norma NP-2361 tem como objectivo uniformizar, a nvel europeu, a designao
simblica dos condutores e cabos, ficando esta de acordo com o Documento de Harmonizao
HD 361 do Comit Europeu de Normalizao Electrotcnica (CENELEC).
Obviamente que estes processos de adaptao, envolvendo industriais, armazenistas,
retalhistas e tcnicos, levam alguns anos a ser implementados, levando a que se utilizam as
duas normas por algum tempo.
De seguida apresentada a formao da designao vulgarmente conhecida (NP-665).
A designao simblica da cada condutor isolado ou cabo feita por um conjunto de
letras maisculas e algarismos que, lidos da esquerda para a direita, representam o nome do
condutor isolado ou cabo, bem como o nmero dos condutores, sua seco e tenso nominais.
A designao simblica obtm-se a partir da seguinte expresso:
a b c d e f g h (e) 1 x 2 + 3 4/5
i j
A cada uma das letras vai corresponder determinada caracterstica que, pela ordem em
que esto indicadas (da esquerda para a direita).
A cada um dos nmeros ir corresponder um valor numrico.
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Canalizaes Elctricas 15
Nos cabos elctricos a seco do condutor neutro, assim como a do condutor de
proteco, quando existe, nem sempre igual do condutor de fase. Com efeito, a intensidade
do condutor de proteco ou nula, quando no h defeitos na instalao, ou pequena,
atendendo a que no caso de defeito h rgos de proteco que limitam o valor da intensidade
de defeito, actuando. Por estes motivos, a sua seco no precisa de ser to elevada como a
dos condutores de fase.
Quanto ao condutor neutro, nas instalaes trifsicas de distribuio a corrente no neutro
geralmente inferior das fases. Com efeito, se as fases estiverem equilibradas (mesma
corrente) demonstra-se que a corrente no neutro ser nula. Na prtica h sempre alguma
corrente no neutro na distribuio trifsica, pelo que a seco dos neutro tambm poder ser
inferior das fases.
Pelas razes apontadas e por outras, o RSIUEE impe que a seco do condutor neutro e
a do condutor de proteco s so iguais s dos condutores de fase at ao valor de 10 mm2
(exemplos: 1,5; 2,5; 4; 6 e 10 mm2). Para seces de fase superiores a 10 mm2 a seco do
condutor neutro e a seco do condutor de proteco so inferiores seco das fases e dadas
pela tabela da fig. 12.
Seco dos condutores de
fase (mm2)
Seco dos condutores neutro
e de proteco (mm2)
16 25 35 50 70 95 120 150 185 240 300 400 500 630 800 1000
10 16 16 25 35 50 70 70 95 120 150 185 240 300 400 500
Fig. 12 - Tabela das seces normalizadas para os condutores
de fase, neutro e de proteco.
-
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Canalizaes Elctricas 14
Para mais de 3 condutores no mesmo tubo, os valores do quadro anterior devem ser
multiplicados pelos factores de correco do quadro da fig. 10.
Condutores enfiados no mesmo tubo
Factor de correco
4 a 6 7 a 9
0,8 0,9
Fig. 10 - Factores de correco para mais de 3 condutores enfiados no mesmo tubo.
Para temperaturas ambientes diferentes de 20 C, os valores do quadro da fig. 9 devem
ser multiplicados pelos factores de correco indicados no quadro da fig. 11.
Temperatura ambiente
(C)
Factor de correco
5 10 15 20 25 30 35 40
1,15 1,10 1,05 1,00 0,94 0,88 0,82 0,75
Fig. 11 - Factores de correco para temperaturas ambientes diferentes de 20 C.
Exemplificando:
Um condutor de 1,5 mm2, em tubo, suporta 17 A, temperatura ambiente. Se lhe
juntarmos mais trs condutores, com temperatura ambiente de 30 C, a intensidade mxima
admissvel por cada condutor : Imx = 17 x 0,8 x 0,88 = 12 A, valor bastante inferior ao inicial.
De referir ainda que nas instalaes de utilizao de energia elctrica no podem ser
utilizados condutores com seces inferiores s seguintes:
Em circuito de tomadas, fora-motriz ou climatizao 2,5 mm2 Em circuitos para iluminao ou outros usos 1,5 mm2
excepo a estas duas regras a seco utilizada nos condutores flexveis utilizados na
ligao de candeeiros, de pequenos aparelhos de utilizao, mveis ou portteis, que poder
ser de 0,75 mm2 ou mesmo de 0,5 mm2 no caso de condutores extraflexveis.
-
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Canalizaes Elctricas 13
Como se sabe, cada condutor deve suportar uma da intensidade de corrente nominal, a
qual resulta de clculos efectuados para a instalao, tendo em conta os receptores instalados
ou a instalar.
Sabemos tambm que quanto maior for a seco do condutor maior ser a intensidade de
corrente que ele suporta. O cobre melhor condutor que o alumnio, isto , para a mesma
seco, o cobre suporta uma intensidade de corrente mais elevada.
Deste modo, para a escolha da seco adequada para cada instalao h necessidade de
conhecer a relao entre seces e intensidades mximas admissveis. Esta relao -nos
fornecida pelos fabricantes atravs de tabelas.
No entanto, as normas portuguesas regulamentam tambm este assunto, impondo
valores mximos de intensidades admissveis para cada seco dos condutores de cobre e de
alumnio. Assim, a norma NP-918 impe valores mximos admissveis de intensidades para
condutores tipo V (H07V-U), instalados em tubos ou ao ar.
Intensidade de corrente mxima admissvel (A)
Condutores instalados ao ar Seco Nominal (mm2)
Condutores enfiados no mesmo tubo
Com uma distncia entre si inferior ao seu
dimetro exterior
Com uma distncia entre si igual ou superior ao seu
dimetro exterior 1
1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70 95 120 150 185 240 300 400 500
13 17 22 29 37 50 70 95 120 140 185 225 265 320 350 415 480 580 600
17 22 30 40 50 70 95 125 150 180 230 275 315 360 410 480 550 650 810
21 27 36 48 60 85 110 145 180 210 275 330 390 440 505 595 685 820 935
Fig. 9 - Intensidades de corrente mximas admissveis (condutores tipo V (H07V-U)).
Nota - Os valores de intensidade, para condutores em tubo, so os indicados na tabela
desde que o seu nmero no ultrapasse 3 condutores (no se incluem neste nmero o
'condutor de proteco' e o 'condutor neutro das instalaes trifsicas'.
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Canalizaes Elctricas 12
A tabela da fig. 7, segundo a norma NP-666, d-nos o dimetro mximo de cada fio de
cobre constituinte de uma dada seco S, para condutores flexveis e extraflexveis.
Suponhamos por exemplo a seco de 1,5 mm2: um condutor flexvel com esta seco
deve ter fios com um dimetro mximo de 0,26 mm. Quantos fios sero necessrios para
perfazer a seco de 1,5 mm2 ?
Ora, calculando a seco de um fio, vem:
O nmero mnimo de fios ser:
A tenso nominal de um condutor ou de um cabo sempre indicada atravs de dois
valores U0 / U, em que o primeiro representa o valor da tenso mais elevada admissvel entre
qualquer condutor e a terra ou a blindagem; o segundo representa o valor da tenso mais
elevada admissvel entre dois quaisquer condutores. Em corrente alternada, estes valores so
sempre eficazes. Na fig. 8 esto representadas algumas das tenses nominais normalizadas.
U0 / U
100 / 100 V 300 / 500 V 450 / 750 V 0,8 / 1,2 KV 2,4 / 3,6 KV 4,8 / 7,2 KV 7,2 / 12 KV 12 / 17,5 KV 17,5 / 24 KV 24 / 36 KV 36 / 52 KV
52 / 72,5 KV
Fig. 8 - Tenses nominais normalizadas dos cabos.
222
11 053,04
26,014,34
mmdS ===
fiosSSN 28
053,05,1
1
===
-
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Canalizaes Elctricas 11
As almas dos condutores rgidos no tm obrigatoriamente s um fio. Assim, a norma NP-
918 estabelece o nmero de fios para cada seco dos condutores rgidos, tipo V e LV.
Nmero de fios para
condutores circulares Seco
Nominal (mm2) COBRE ALUMNIO
1 1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70 95 120 150 185 240 300 400 500 630 800 1000
1 1 1 1 1 7 7 7 19 19 19 19 37 37 37 61 61 61 61 127 127 127
1 1 1 1 1 1 7 7 7 19 19 19 37 37 37 61 61 61 61 127 127 127
Fig. 6 - Nmero de fios constituintes das almas condutoras rgidas (Cu e Al).
Quanto aos condutores flexveis e extraflexveis, o nmero de fios por seco
obviamente maior, conforme j foi referido anteriormente.
Dimetro mximo dos fios de cobre Seco Nominal
(mm2) FLEXVEIS (mm)
EXTRAFLEXVEIS (mm)
0,5 0,75
1 1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50
0,21 0,21 0,21 0,26 0,26 0,31 0,31 0,41 0,41 0,41 0,41 0,41
0,16 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16 0,21 0,21 0,21 0,21 0,21 0,31
Fig. 7 - Dimetro mximo dos fios de cobre para condutores flexveis e extraflexveis.
-
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Canalizaes Elctricas 10
Seces normalizadas das almas condutoras. Tenses nominais.
Os materiais utilizados na construo das almas condutoras so, como sabido, o cobre e
o alumnio. O cobre utilizado o cobre macio recozido que deve apresentar as seguintes
caractersticas:
Resistividade - = 0,0172 .mm2/m (a 20 C). Apresentar-se limpo, sem oxidao, isento de produtos e defeitos nocivos sua
finalidade.
O cobre, quando isolado a borracha, deve ser estanhado para evitar a corroso provocada
pela borracha vulcanizada, devido aco do enxofre nele existente.
O alumnio utilizado como alma condutora deve apresentar as seguintes caractersticas:
Resistividade - = 0,0282 .mm2/m (a 20 C). Apresentar-se limpo, sem oxidao, isento de produtos e defeitos nocivos sua
finalidade.
As seces normalizadas das almas condutoras so as seguintes, expressas em milmetros
quadrados (mm2).
Seces das almas condutoras (mm2)
0,6 0,75 1,5 2,5
4 6 10 16
25 35 50 70
95 120 150 185
240 300 400 500
630 800 1000
Fig. 5 - Seces normalizadas das almas condutoras.
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Canalizaes Elctricas 9
Na tabela da fig. 4 indicam-se os materiais mais utilizados no isolamento, bainha,
blindagem e armadura.
Materiais mais utilizados nos cabos
Isolamento Bainha Blindagem Armadura
Policloreto de vinilo (PVC) Polietileno (PET) Borracha silicone Papel seco Papel impregnado (em leo) Neopreno
Policloreto de vinilo Chumbo Polietileno Borracha Ligas de chumbo
Fita de alumnio Fita de cobre
Fitas de ao Fios de ao Barrinhas de ao Trana txtil Juta
Fig. 4 - Materiais mais utilizados no revestimento dos condutores e cabos.
Identificao dos condutores
Como se sabe, as instalaes elctricas de corrente alternada podem ser monofsicas ou
trifsicas. Para permitir maior eficincia na colocao ou na reparao de uma instalao
elctrica, h necessidade de arranjar um processo de identificar facilmente cada condutor.
A instalao monofsica e constituda por uma fase, o condutor neutro e o condutor de
proteco (nos troos em que exista); a instalao trifsica constituda por trs fases
distintas, o condutor neutro e o condutor de proteco.
A identificao de cada condutor feita pela cor do isolamento do condutor, ou por meio
de pintura ou enfitamento, quando condutores nus.
As cores de identificao dos condutores so as seguintes:
Condutores de fases
Preto - preto - castanho (trs fases) ou preto - castanho - castanho (trs fases)
Se s existir uma fase, tanto pode ser em preto como em castanho.
Condutor neutro - azul claro
Condutor de proteco - verde(amarelo
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Bainha
Revestimento contnuo que, envolvendo completamente o condutor isolado ou o conjunto
cableado ou torcido de condutores isolados, contribui para a proteco dos cabos. Quando for
metlica pode tambm desempenhar a funo de blindagem.
Trana
Revestimento constitudo por fios entranados, txteis ou metlicos.
Armadura
Revestimento metlico que tem como principal finalidade proteger o cabo contra aces
mecnicas exteriores, para alm de funes de natureza elctrica que possa desempenhar.
De referir que cada condutor ou cabo ter apenas um, alguns ou a totalidade destes
revestimentos. O condutor mais simples (condutor isolado) ser aquele que possui apenas o
isolamento. Seguidamente e em grau crescente de complexidade, teramos um cabo com
isolamento e bainha exterior, podendo ter ou no material de enchimento entre os dois
revestimentos. Depois viriam sucessivamente blindagem, trana e armadura. De referir ainda
podemos ter cabos com duas bainhas: a bainha normal sobre o isolamento e ainda uma bainha
exterior, sobre a primeira ou sobre a armadura.
A fig. 3 representa um cabo com todos os revestimentos referidos.
Fig. 3 - Cabo elctrico com diversos revestimentos.
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Caracterizao de um cabo
Conforme as exigncias dos locais e condies de funcionamento, assim a necessidade de
instalar cabos mais ou menos protegidos.
Os principais factores condicionantes da escolha de um dado cabo para uma instalao
so:
Potncia, tenso e intensidade nominais. Temperatura ambiente do local onde vai ser instalado. Localizao do cabo ( vista, enterrado, subaqutico, etc.). Efeitos corrosivos ou mecnicos do local onde vai ser instalado. Existncia ou no de outros cabos no local ou proximidade (particularmente de
telecomunicaes), ou de outras canalizaes (gua, gs, esgotos, etc.).
Como fcil de concluir, estes factores vo exigir maior ou menor proteco nos cabos,
bem como substncias protectoras diferenciadas, conforme veremos mais frente.
Vejamos ento os principais revestimentos elctricos, mecnicos e qumicos dos cabos.
Isolamento
Camada de material isolante que, envolvendo a alma condutora, assegura o seu
isolamento elctrico.
Enchimento
Material destinado a regularizar a forma do cabo, preenchendo os espaos vazios entre os
condutores isolados, de forma a que no haja descontinuidades nem pontos fracos.
Blindagem (bainha metlica)
Revestimento metlico que envolve cada um dos condutores isolados ou o seu conjunto,
com o fim de assegurar determinadas caractersticas elctricas, como: equalizao de
potenciais elctricos, reduo dos campos electrostticos, reduo das correntes de fuga, evitar
interferncias de campos electromagnticos com outros cabos de energia ou de
telecomunicaes.
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Condutor isolado
Define-se como condutor isolado como o conjunto constitudo por alma condutora
revestida de uma ou mais camadas de material isolante que asseguram o seu isolamento
elctrico.
Cabo isolado ou Cabo
Define-se cabo isolado, ou simplesmente cabo, como o condutor isolado dotado de uma
bainha ou conjunto de condutores isolados devidamente agrupados, providos de bainha, trana
ou outra envolvente comum.
Conforme j foi sugerido, os condutores podem ser rgidos, flexveis ou ainda
extraflexveis.
Os condutores rgidos mantm a sua forma rgida se nenhuma fora razovel actuar sobre
eles. Quanto aos flexveis, basta o prprio peso e a presso do isolamento para lhes modificar a
sua forma. Os extraflexveis tm um grau de flexibilidade ainda maior.
Normalmente os condutores flexveis e extraflexveis so de cobre macio e multifilares
(bastantes fios de pequeno dimetro).
Os condutores rgidos so normalmente unifilares, podendo tambm ser multifilares, mas
tm sempre bastante menos fios que os flexveis.
A norma NP-666 indica o nmero de fios necessrios para os condutores flexveis e
extraflexveis.
Seco nominal
o valor normalizado, correspondente rea (aproximada) da seco transversal do
condutor. expressa em milmetros quadrados (mm2).
Tenso nominal
A tenso nominal de um condutor ou cabo a tenso que serviu de base ao seu projecto,
de acordo com um nvel de isolamento exigido. O condutor ou cabo suporta este valor
permanentemente sem deteriorao. expressa em volts (V) ou kilovolts (KV).
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Condutores e cabos
Condutor ou cabo nu
Define-se condutor/cabo nu como o condutor/cabo que no possui qualquer isolamento
elctrico contnuo. Os condutores/cabos nus podem ter a seco circular, a forma de barras, de
tubos, de varetas ou outros perfis adequados.
Fig. 1 - Diversos tipos de cabos nus.
Alma condutora
Define-se alma condutora como o elemento destinado conduo da corrente elctrica,
podendo ser constituda por um nico fio, um conjunto de fios devidamente reunidos, ou por
perfis adequados ao fim a que se destina.
A alma condutora, quanto ao nmero de fios, pode por isso, ser unifilar (um s fio) ou
multifilar (vrios fios). Pode ainda ser sectorial macia (sectores no circulares), multissectorial
(vrios sectores independentes) e circular, quanto forma.
Fig. 2 - Diversos tipos de almas condutoras.
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Canalizaes Elctricas 4
CANALIZAES ELCTRICAS
Constituio
Segundo o RSIUEE, define-se canalizao elctrica ao conjunto constitudo por um ou
mais condutores elctricos e pelos elementos que asseguram o seu isolamento elctrico, as
suas proteces mecnicas, qumicas, elctricas e a sua fixao, devidamente agrupados e com
aparelhos de ligao comuns.
Em termos gerais a canalizao elctrica ser constituda pelos condutores, seus
isolamentos, isoladores de apoio ou aparelhagem de fixao e tubos quando existam. Os
restantes elementos de uma instalao sero distintos da canalizao propriamente dita.
Diremos que uma instalao elctrica ser constituda pela canalizao e pela
aparelhagem de proteco, corte, manobra, medida e de ligao.
De referir ainda que existem dois tipos de canalizao: a canalizao elctrica de
distribuio de energia e a canalizao de sinalizao e telefones.
Tipos de canalizaes
Segundo o RSIUEE, as canalizaes podem classificar-se em:
Canalizao fixa - canalizao estabelecida de forma inamovvel, sem recurso a meios especiais. Ex. canalizaes estabelecidas nas paredes, vista ou ocultas.
Canalizao amovvel - canalizao, no fixa, destinada a alimentar, em regra, aparelhos mveis ou portteis. Ex. cabos de alimentao de TV, rdio, etc.
Canalizao vista - canalizao visvel, sem necessidade de retirar qualquer parte da construo sobre que est estabelecida.
Canalizao oculta - canalizao que no visvel ou que no acessvel sem remoo de qualquer elemento do meio em que se encontra ou ainda sem remoo
de si prpria. Ex. canalizaes embebidas nas paredes, tectos, pavimentos,
canalizaes enterradas, canalizaes subaquticas, etc.
Canalizao pr-fabricada - canalizao cujo invlucro, metlico ou de material isolante e condutores formam um conjunto montado em fbrica.
Conduta - invlucro de seco recta descontnua, destinado proteco dos condutores nus (apoiados em isoladores), condutores isolados ou cabos, podendo
ser fechado por suporte amovvel.
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Canalizaes Elctricas 3
Introduo
O presente manual tem como principal objectivo, servir como apoio e ser mais um
elemento de estudo e de consulta dos alunos do 10. ano do Curso Tecnolgico de
Electrotecnia/Electrnica, na disciplina de POL - Prticas Oficinais e Laboratoriais.
Os contedos deste manual visam essencialmente as canalizaes elctricas, suas
caractersticas principais e elementos constituintes, sendo parte integrante do estudo da
Unidade II - Instalaes Elctricas.
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NDICE
Introduo ...........................................................................................................................3
Constituio .........................................................................................................................4
Tipos de canalizaes ...........................................................................................................4
Condutores e cabos ..............................................................................................................5
Caracterizao de um cabo ................................................................................................7
Identificao dos condutores..............................................................................................9
Seces normalizadas das almas condutoras. Tenses nominais......................................... 10
Designao simblica de condutores isolados e cabos........................................................ 16
Principais condutores isolados e cabos.............................................................................. 20
Codificao dos condutores.............................................................................................. 22
Tubos ................................................................................................................................ 24
Consideraes gerais ....................................................................................................... 24
Designao simblica dos tubos ....................................................................................... 26
Codificao dos tubos ...................................................................................................... 28
Tubos mais vulgares........................................................................................................ 30
Estudo dos principais tipos de canalizaes .......................................................................... 32
Classificao geral ........................................................................................................... 32
Canalizao vista, constituda por condutores isolados protegidos por tubos..................... 35
Canalizao embebida, constituda por condutores isolados protegidos por tubos. ............... 37
Canalizaes pr-fabricadas ............................................................................................. 38
Canalizao 'tipo teia'. ..................................................................................................... 40
Escolha das canalizaes consoante as caractersticas dos locais ........................................ 41
Bibliografia......................................................................................................................... 43
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ESCOLA SECUNDRIA/3 DE CARREGAL DO SAL
MANUAL DE APOIO
CANALIZAES ELCTRICAS
Curso: Tecnolgico de Electrotecnia/Electrnica
Disciplina: POL - Prticas Oficinais e Laboratoriais
Ano: 10.
Professor: Drio Manuel Soares Baptista
Maio' 2002.