G I N A S T
E R A R A C
H M A N I
N O V C O
P L A N D
FORTISSIMO Nº 11 — 2016
ALLEGRO
VIVACE
23/06
24/06
MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DE MINAS GERAIS E CEMIG APRESENTAM
ALLEGRO
VIVACE
23/06
24/06
3
FO
TO
: E
UG
ÊN
IO S
ÁV
IO
Ao dar prosseguimento à celebração
dos 100 anos do compositor argentino
Alberto Ginastera, a Filarmônica
interpreta duas de suas obras mais
famosas – a Abertura para o Fausto
Crioulo e a suíte do balé Estância,
talvez sua obra mais consagrada.
Ambas mostram a identificação
marcante do compositor com a
música folclórica de sua terra,
repleta de energia e virilidade.
Contrastando com a intensidade
oferecida pela música de Ginastera,
apresentaremos pela primeira vez
outra suíte de balé, desta vez do
compositor norte-americano Aaron
Copland, a sua Appalachian Spring.
Aqui vemos também a forte influência
Caros amigos e amigas,
FABIO MECHETTIDiretor Artístico e Regente Titular
da música e das danças folclóricas
norte-americanas, tratadas de forma
sutil, simples e direta por aquele
que veio a dar identidade à música
sinfônica dos Estados Unidos.
Se isso não fosse o suficiente,
um de nossos maiores pianistas, o
querido Arnaldo Cohen, traz mais
brilho a esta noite com uma das
mais instigantes obras do repertório
pianístico: o Quarto Concerto
de Sergei Rachmaninov.
Desejamos a todos um ótimo concerto.
54
FABIO MECHETTIdiretor artístico e regente titular
FO
TO
: R
AF
AE
L M
OT
TA
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável
pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos
no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti
posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional
e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo
Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como
Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se
o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville,
Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi
também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica
de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra
Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos
no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da
Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a
Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras
norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester,
Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais
de verão nos Estados Unidos, entre
eles os de Grant Park em Chicago
e Chautauqua em Nova York.
Realizou diversos concertos no México,
Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu
as orquestras sinfônicas de Tóquio,
Sapporo e Hiroshima. Regeu também a
Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,
a Orquestra da Rádio e TV Espanhola
em Madrid, a Filarmônica de Auckland,
Nova Zelândia, e a Orquestra
Sinfônica de Quebec, Canadá.
Vencedor do Concurso Internacional de
Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,
Mechetti dirige regularmente na
Escandinávia, particularmente a
Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a
de Helsingborg, Suécia. Recentemente
fez sua estreia na Finlândia, dirigindo
a Filarmônica de Tampere, e na Itália,
dirigindo a Orquestra Sinfônica de
Roma. Em 2016 fará sua estreia com a
Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
No Brasil, foi convidado a dirigir a
Sinfônica Brasileira, a Estadual de
São Paulo, as orquestras de Porto
Alegre e Brasília e as municipais de
São Paulo e do Rio de Janeiro.
Trabalhou com artistas como Alicia
de Larrocha, Thomas Hampson,
Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,
Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil
Shaham, Midori, Evelyn Glennie,
Kathleen Battle, entre outros.
Igualmente aclamado como regente
de ópera, estreou nos Estados Unidos
dirigindo a Ópera de Washington.
No seu repertório destacam-se
produções de Tosca, Turandot, Carmem,
Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
Madame Butterfly, O barbeiro de
Sevilha, La Traviata e Otello.
Fabio Mechetti recebeu títulos
de mestrado em Regência e em
Composição pela prestigiosa
Juilliard School de Nova York.
6
Alberto GINASTERAAbertura para o Fausto Crioulo, op. 9
Sergei RACHMANINOV Concerto para piano nº 4 em sol menor, op. 40
Allegro vivace (Alla breve)
Largo
Allegro Vivace
Aaron COPLANDAppalachian Spring: Suíte
Alberto GINASTERAEstância: Quatro Danças, op. 8a
Os trabalhadores agrícolas
Dança do trigo
Os peões da fazenda
Dança final: Malambo
FABIO MECHETTI, regente
ARNALDO COHEN, pianoGR
C
PROGRAMA
INTERVALO
GINASTERA100 ANOS
9
Após uma das apresentações de Arnaldo
Cohen em Nova York, Shirley Fleming,
crítica do The New York Post, assinalou:
“[...] A avalanche de notas escrita por
Liszt não chegou, em momento algum,
a ameaçar Cohen. Duvido mesmo
que algo consiga ameaçá-lo”. Sobre a
gravação das Variações sobre um Tema
de Haendel, de Brahms (Vox), Harold
Schonberg, do The New York Times,
escreveu: “não conheço nenhuma
gravação moderna que se aproxime
desta”. Para a Fanfare Magazine, a
interpretação de Cohen se encontrava
“no mesmo nível de Rudolf Serkin”.
Seu CD com obras de Liszt (Naxos)
esteve por quatro meses entre os mais
vendidos na Inglaterra. O jornal inglês
The Times disse sobre o CD Brasiliana –
Três Séculos de Música do Brasil (Bis):
“Cohen é possuidor de uma técnica
extraordinária e capaz de chamuscar
as teclas do piano ou derreter nossos
corações”. A Gramophone incluiu
a gravação de obras de Liszt (Bis)
na seleta lista Escolha do Editor e
justificou: “Sua interpretação não fica
nada a dever à famosa gravação feita
por Horowitz. Sua maturidade musical
e virtuosidade estonteante o colocam
na mesma categoria de Richter”.
A mesma Gramophone não poupou
elogios ao CD de Cohen com a Osesp
e John Neschling: “difícil de superar”.
Arnaldo Cohen foi o único aluno na
história da universidade brasileira
a graduar-se, com grau máximo,
em piano e violino, pela UFRJ. No
Brasil, estudou com Jacques Klein. Em
Viena, com Bruno Seidlhofer e Dieter
Weber. Conquistou, por unanimidade,
o Primeiro Prêmio do Concurso
Internacional de Piano Busoni.
Em 1981 radicou-se em Londres e vem
cumprindo uma carreira internacional
em teatros como o Scala de Milão, o
Concertgebouw, Symphony Hall de
Chicago, Théâtre des Champs-Elysées,
o Gewandhaus, Teatro La Fenice,
Royal Festival Hall, Barbican Center e
Royal Albert Hall. Foi solista em mais
de três mil concertos com orquestras
como a Royal Philharmonic Orchestra,
Philharmonia Orchestra, Filarmônica de
Los Angeles, orquestras de Cleveland e
da Filadélfia. Apresenta-se regularmente
com a Filarmônica de Minas Gerais
desde a primeira temporada. Dentre
outros, colaborou com os regentes
Yehudi Menuhin, Kurt Masur e
Wolgang Sawallish. Sobre ele, Menuhin
disse: “Arnaldo Cohen é um dos mais
extraordinários pianistas que já ouvi”.
Cohen transita com igual desenvoltura
pela música de câmara.
Em 2004, transferiu-se para os Estados
Unidos e assumiu uma cátedra vitalícia
na Escola de Música da Universidade
de Indiana. Na Inglaterra, lecionou na
Royal Academy of Music e no Royal
Northern College of Music. Mantém
uma intensa agenda de masterclasses em
todo o mundo e é Diretor Artístico da
Série Internacional de Piano de Portland.
FO
TO
: D
IVU
LG
AÇ
ÃO
ARNALDOCOHEN
10GINSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, flauta, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes,
3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, cordas.
PARA OUVIRCD Ginastera – Obertura para el Fausto
criollo; Pampeana no. 3; Glosses sobre temes de Pau Casals – Berliner Symphoniker
– Gabriel Castagna, regente – Chandos, CHAN10152 – 2003
Orquestra Sinfônica de Berlim – Gabriel Castagna, regente
Acesse: fil.mg/gfausto
PARA LERDeborah Schwartz-Kates –
Alberto Ginastera: a research and information guide – Routledge – 2010
Argentina, 1916 – Suíça, 1983
Ginastera já gozava de certo reconhecimento como compositor quando
da composição de seu poema sinfônico Abertura para o Fausto Crioulo.
Devido ao sucesso do balé Panambí, op. 1, e da suíte Estancia, op. 8a,
e à positiva recepção de sua obra pianística e camerística, principalmente
Malambo e Cinco Canciones Populares Argentinas, Ginastera despontava
como um dos mais criativos, tecnicamente competentes e ousados
compositores nacionalistas argentinos. Paralelamente, destacava-se
como professor de música do Conservatório Nacional e da Academia
Militar Nacional San Martín.
Sua produção musical compreendida entre os anos de 1930 e o final
dos anos de 1960 foi classificada pelo próprio compositor em três
fases. Seu “nacionalismo objetivo” (1934-1947) faz referências diretas
ao folclore argentino, dentro de um contexto harmônico e formal
tradicional. Seu “nacionalismo subjetivo” (1947-1957) reelabora e
sintetiza elementos folclóricos num estilo ainda argentino, porém
original e inovador. Seu “neoexpressionismo” (a partir de 1958)
combina procedimentos experimentais de vanguarda e inspirações
surrealistas para, finalmente, dar forma a uma linguagem totalmente
autônoma e pessoal. Estudiosos de sua obra identificam ainda um
quarto período, o das “sínteses finais” (1976-1983), no qual inovações
radicais são articuladas com processos e temáticas tradicionais.
Exemplo de sua primeira fase, o Fausto Crioulo é livremente inspirado
no poema Fausto: Impresiones del gaucho Anastasio el Pollo en la
representación de la Ópera, de Estanislao del Campo. De acordo
com Borges e Bioy Casares, em Poesía gauchesca, del Campo teria
assistido a uma apresentação da ópera Fausto de Charles Gounod no
Teatro Colón de Buenos Aires e teria passado toda a récita a comentar
irônica e bem-humoradamente com sua mulher a respeito das possíveis
estranhas reações que uma obra do gênero provocaria num camponês
ingênuo. Naquela mesma noite de
agosto de 1866, del Campo escreveria
o poema que o consagraria, no qual
o gaúcho Anastasio “el Pollo”, ao ir à
ópera e não sabendo tratar-se de uma
representação, relata ao amigo Laguna
como verídica a história de um tal
doutor que vende a alma ao diabo.
Estreada em 12 de maio de 1944 pela
Orquestra Sinfónica de Chile regida por
Juan José Castro, a Abertura para o Fausto
Crioulo combina engenhosamente
elementos folclóricos estilizados com
alguns dos motivos musicais da ópera
Fausto de Gounod. A obra é um exemplo
de narrativa em abismo, isto é, o Fausto
de Ginastera é uma alusão ao Fausto
de Anastasio “el Pollo” que, por sua
vez, refere-se ao Fausto de Gounod
inspirado no Fausto de Goethe a que del
Campo assiste. Vibrante e envolvente,
a Abertura para o Fausto Crioulo
arrebatou o público da época e inscreveu
definitivamente o nome do então
jovem compositor Alberto Ginastera na
história da música argentina. Mas, mais
que isso, ao dar tonalidades crioulas e
campesinas à famosa história de Fausto,
Ginastera redime através da música o
homem que vendera a alma ao diabo.
Alberto
GINASTERA
11
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3.
ABERTURA PARA O FAUSTO CRIOULO, OP. 9 (1943/1944) 9 min
12 R13
INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas,
2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.
PARA OUVIRCD Rachmaninoff plays Rachmaninoff –
The 4 piano concertos – Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy e Leopold Stokowski, regentes – RCA Victor – 1994
PARA ASSISTIROrquestra Filarmônica de Moscou –
Dimitris Botinis, regente – Yuri Favorin, piano Acesse: fil.mg/rpiano4
PARA LERSergei Bertensson e Jay Leyda –
Sergei Rachmaninoff: a lifetime in music – Indiana University Press – 2009
Sergei Rachmaninoff – Rachmaninoff’s recollections told to Oskar von
Riesemann – Macmillan – 1934
Rússia, 1873 – Estados Unidos, 1943
Dois meses após a Revolução de Outubro de 1917, Sergei Rachmaninov
fugia da Rússia com a esposa e as duas filhas, para não mais voltar.
Com a Revolução, vieram as mudanças drásticas em seu modo de
vida e a dissolução do seu mundo. Chegava ao fim a Rússia que ele
tanto amava. Em 1930 diria, em uma entrevista: “Há um peso que eu
sempre suportei em meus ombros e que está ficando cada vez mais
difícil com a idade. Maior que qualquer outro, era-me desconhecido
quando jovem: é o fato de que não tenho pátria. Tive de deixar o
país onde nasci, onde passei a minha juventude. O mundo todo está
aberto para mim, e o sucesso me aguarda em toda parte. Apenas
um lugar me está fechado, e este lugar é o meu país: a Rússia”.
Para sobreviver no exílio com a família, Rachmaninov teve de
abandonar uma promissora carreira de compositor, iniciada sob os
auspícios de Tchaikovsky, para se dedicar inteiramente aos concertos.
Grande pianista, passou a década seguinte construindo uma reputação
de concertista sem precedentes, na época; comparável apenas à de
Liszt, no século anterior. Com uma agenda exaustiva de concertos nos
quatro cantos do mundo, Rachmaninov acreditava que a inspiração
para compor chegara ao fim. Apenas em 1925 retomaria as anotações
trazidas da Rússia para estruturar seu Concerto para piano nº 4.
Enquanto seus concertos do período russo se inseriam claramente na
tradição pós-romântica do fim do século XIX, a grande precisão técnica,
a busca por simplicidade, a economia de meios na escrita para o piano
e um maior interesse pelo colorido orquestral garantem ao Concerto
para piano nº 4 uma sonoridade indiscutivelmente mais moderna.
No início do século XX, as principais correntes modernistas europeias
lançavam suas bases estéticas. Enquanto, na Áustria, Schoenberg,
Webern e Berg rompiam com a tonalidade, na França, Stravinsky,
Ravel, Satie e os compositores do Grupo dos Seis buscavam, cada
um a seu modo, novos caminhos.
Rachmaninov simplesmente
ignorava as tendências vanguardistas
que surgiam ao seu redor: “eu
sou organicamente incapaz de
compreender a música moderna, por
isso não posso amá-la; assim como não
posso amar uma língua cuja estrutura
e significados são estranhos para
mim”. Porém, a partir dos anos 1920,
muitas das violentas manifestações
modernistas dariam lugar a uma
tendência que levaria o nome genérico
de neoclassicismo e que abarcaria a
obra de compositores das mais diversas
tendências, tais como Stravinsky,
Ravel, Prokofiev, Milhaud, Poulenc,
Falla e Villa-Lobos. Embora nunca
se houvesse sugerido a inserção de
Rachmaninov nessa corrente, é de
se admitir que o seu Concerto para
piano nº 4 se mantém muito mais
próximo do neoclassicismo dos anos
1920-1930 do que da música do século
XIX. O Concerto nº 4 foi estreado na
Filadélfia, em 18 de março de 1927,
pelo próprio Rachmaninov, junto à
Orquestra da Filadélfia e sob a regência
de Leopold Stokowski, mas sofreria
ainda várias revisões até chegar à versão
desejada pelo compositor, em 1941.
Sergei
RACHMANINOVCONCERTO PARA PIANO Nº 4 EM SOL MENOR, OP. 40 (1926, revisada em 1941) 24 min
GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
1514 CINSTRUMENTAÇÃO
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 2 trombones,
tímpanos, percussão harpa, piano, cordas.
PARA OUVIRCD Copland – Appalachian Spring suite;
Fanfare for the common man; El salón México; Danzón Cubano – New York
Philharmonic Orchestra – Leonard Bernstein, regente – Sonny Classical – 1988
PARA ASSISTIROrquestra Sinfônica de Detroit – Leonard
Slatkin, regente | Acesse: fil.mg/cappalachian
PARA LERAaron Copland – Como ouvir e entender
música – É Realizações – 2013
Aaron Copland – Music and imagination – Harvard University Press – 1980
Howard Pollack – Aaron Copland: the life and work of an uncommon man –
Henry Holt and Co. – 1999
Estados Unidos, 1900 – 1990
Copland nasceu e viveu no Brooklyn até os vinte e um anos de
idade, quando se mudou para Paris. Na capital francesa ele estudou
composição com Nadia Boulanger e piano com Ricardo Viñes, e
travou contato com alguns dos maiores compositores da época: Ravel,
Stravinsky, Poulenc e Milhaud. Em 1924 voltou para Nova York,
decidido a ganhar a vida com a música. Se já não era fácil para um
jovem artista viver de música em Paris, na Nova York do início do século
isso era praticamente impossível. Com o crash da Bolsa, em 1929,
a situação ficou ainda mais grave. Mas ele conseguiu sobreviver com
algumas apresentações, alguns alunos particulares e a ajuda de amigos.
Afinal, se era difícil viver de música, ao menos ele era jovem e solteiro.
Tudo o que precisava era de uma cama, um piano, uma escrivaninha e
uma estante para os livros e discos. Nos anos 1930, o sucesso de sua
peça orquestral El Salón México (1936), do balé Billy the Kid (1939)
e das trilhas sonoras para os filmes de Hollywood Carícia Fatal
(Of mice and men, 1939) e Nossa Cidade (Our town, 1940) ajudaram
a estabelecer sua reputação de “o mais americano dos compositores”.
Na década seguinte, Copland alcançaria o reconhecimento internacional
com seus balés Rodeo (1942) e Appalachian Spring (1944).
Composto entre 1943 e 1944, o balé Appalachian Spring foi
encomendado pela Fundação Coolidge e estreado no Coolidge
Auditorium, da Biblioteca do Congresso, em Washington, no dia
30 de outubro de 1944. Como a concepção do balé partiu de
Martha Graham, que coreografou e dançou a estreia, Copland
compôs a música de acordo com suas ideias: “algo que tivesse a ver
com o espírito pioneiro americano, com juventude e primavera, com
otimismo e esperança”. Sem um título, Copland passou a chamá-lo,
simplesmente, de “Balé para Martha”. Quando faltavam apenas alguns
dias para a estreia, Martha Graham sugeriu o título Appalachian Spring,
a partir do poema The dance, de Hart Crane. A palavra spring, no
poema, tem o sentido de nascente, fonte
de água, manancial, e não primavera,
como muito se pensou. O título da obra,
em português, seria, aproximadamente,
Manancial dos Apalaches.
Como o Coolidge Auditorium é uma
pequena sala de concertos planejada
para música de câmara, o balé foi
escrito para treze instrumentos.
A estreia teve grande sucesso e, no ano
seguinte, Copland fez alguns cortes
na música, criando a suíte orquestral,
dividida em oito seções, executadas
sem intervalos. A primeira apresentação
se deu no dia 04 de outubro de 1945
pela Orquestra Filarmônica de
Nova York, sob a regência de Artur
Rodzinski. A suíte rendeu ao compositor
o Prêmio Pulitzer no mesmo ano.
Appalachian Spring foi considerada,
da noite para o dia, o retrato musical
mais fiel dos Estados Unidos. Exceto
por uma citação da canção tradicional
Simple gifts, de Joseph Brackett, o
restante da música é original, embora
inspirada no folclore norte-americano.
Nas palavras do próprio compositor, ele
apenas utilizou “ritmos e melodias que
sugeriam certa ambiência americana”.
Aaron
COPLAND
15
GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
APPALACHIAN SPRING: SUÍTE (1943/1944, balé – 1945, suíte) 25 min
17GINSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, tímpanos, percussão, piano, cordas.
PARA OUVIRCD Fiesta – Bernstein; Carreño; Castellanos;
Estévez; Ginastera; Márquez; Revueltas; Romero – Simón Bolívar Youth Orchestra
of Venezuela – Gustavo Dudamel, regente – Deutsche Grammophon,
DDD 0289 477 7457 0 GH – 2008
CD Ginastera – Panambí; Estancia, Complete Ballets – London Symphony Orchestra – Gisèle Ben-Dor, regente – Conifer Classics, 1998 – Naxos, 2007
PARA ASSISTIROrquestra Sinfônica Simón Bolívar – Gustavo
Dudamel, regente | Acesse: fil.mg/gestancia
PARA LERJosé Hernández – O Gaúcho Martín Fierro –
Ciro Correia França, tradução – Travessa dos Editores – 2013
Deborah Schwartz-Kates – Alberto Ginastera: a research and
information guide – Routledge – 2010
1941 foi, sem dúvidas, um ano marcante para Alberto Ginastera.
Naquele ano, casou-se com Mercedes Toro, com quem teve dois
filhos, assumiu o cargo de professor de Composição do Conservatório
Nacional e de professor titular do Liceo Militar General Saint Martín
e compôs Estancia, sua música mais conhecida. Como reação ao
sucesso de seu primeiro balé, Panambí, composto entre 1934 e
1937 e estreado em 1940, o coreógrafo Lincoln Kirstein, um dos
fundadores e diretores da American Ballet Caravan, encomendou a
Ginastera um balé que retratasse a vida nas estâncias argentinas, isto
é, nas fazendas de gado dos pampas, tradicional reduto do gaúcho.
Ginastera, que sempre nutriu uma admiração especial pelo campo,
resolveu inspirar seu balé no poema de José Hernández, El Gaucho
Martín Fierro, publicado em 1872. A obra de Hernández é ainda
hoje considerada por muitos como o livro nacional dos argentinos e
figura como um dos mais icônicos exemplares da literatura gauchesca.
Para além da exaltação da figura do gaúcho como sofrido, corajoso e
honrado, a obra é um libelo contra a política de Estado da época, que
incentivava gaúchos na luta assassina contra indígenas. Do poema
de Hernández, Ginastera tomou de empréstimo principalmente a
estrutura temporal, de modo que o balé descreve o ciclo de um dia
inteiro passado numa estância, numa estrutura amanhecer-dia-tarde-
noite-amanhecer. Ademais, versos do poema são cantados e recitados
no balé. Seu enredo, no entanto, difere do poema ao narrar a história
de um jovem da cidade que se mudara para uma estância e ali se
apaixonara por uma jovem do campo, que o desprezaria até o momento
em que o jovem fosse capaz de provar ser um verdadeiro gaúcho.
Apesar da encomenda, Kirstein viu sua companhia de dança
desmembrar-se antes mesmo que tivesse a oportunidade de montar o
balé de Ginastera, que optou então
por reunir numa suíte para orquestra
quatro das mais expressivas seções
da obra original. A mais executada
dentre as obras sinfônicas argentinas
e uma das mais emblemáticas obras
do nacionalismo objetivo de Ginastera,
a suíte Estancia conta com três
movimentos extraídos da segunda
cena do balé, La mañana, e com
um movimento final isolado de
El amanecer, quinta e última cena
do balé. De estilo stravinskiano,
Los trabajadores agrícolas sugere,
através de uma dança vigorosa e
impetuosa, o esforço dos trabalhadores
na colheita do trigo. Danza del trigo
é um interlúdio lírico que evoca o
cenário bucólico de uma estância
pela manhã. Los peones de hacienda
é um curto scherzo inspirado na
figura do vaqueiro. E a Danza final
retrata o começo de um novo dia
através da estilização do tradicional
malambo, dança masculina argentina
na qual o dançarino executa uma
série de movimentos com os pés e
que, no século XIX, era tida como
a principal forma de um gaúcho
demonstrar destreza e vigor.
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3.
Argentina, 1916 – Suíça, 1983
Alberto
GINASTERAESTÂNCIA: QUATRO DANÇAS, OP. 8A (1941/1943) 12 min
16
1918
Anuncio Cemig.indd 1 14/04/2016 17:46:21
FO
TO
: R
AF
AE
L M
OT
TA
2120
FO
TO
: A
ND
RÉ
FO
SS
AT
I
23
Conselho Administrativo
PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman
PRESIDENTE Roberto Mário Soares
CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de AlmeidaÍtalo GaetaniMarco Antônio PepinoMauricio FreireMauro BorgesOctávio ElísioPaulo BrantSérgio Pena
Diretoria Executiva
DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira
DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIROEstêvão Fiuza
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira
DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé
DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers
DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL Kiko Ferreira
Equipe Técnica
GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado
GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães
PRODUTORES Luis Otávio RezendeNarren Felipe
ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia)Renata GibsonRenata Romeiro (Design gráfico)
ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Mônica Moreira
ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOSItamara KellyMariana Theodorica
ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Eularino Pereira
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez
Equipe Administrativa
GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho
GERENTE DE RECURSOS HUMANOSQuézia Macedo Silva
ANALISTAS ADMINISTRATIVOS João Paulo de OliveiraPaulo Baraldi
ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho
SECRETÁRIA EXECUTIVAFlaviana Mendes
ASSISTENTE ADMINISTRATIVACristiane Reis
ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOSVivian Figueiredo
RECEPCIONISTA Lizonete Prates Siqueira
AUXILIAR ADMINISTRATIVO Pedro Almeida
AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS Ailda ConceiçãoMárcia Barbosa
MENSAGEIROSBruno RodriguesDouglas Conrado
MENOR APRENDIZMirian Cibelle
Sala Minas Gerais
GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas
GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia
TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃOMauro Rodrigues
TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO Rafael Franca
ASSISTENTE OPERACIONALRodrigo Brandão
Ilustrações: Mariana Simões
GINASTERARepresentante exclusivo: Boosey & Hawkes
COPLANDRepresentante exclusivo: Boosey & Hawkes
FORTISSIMO junho nº 11 / 2016 ISSN 2357-7258
EDITORA Merrina Godinho Delgado
EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale
Instituto Cultural Filarmônica
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISFernando Damata Pimentel
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISAntônio Andrade
(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISAngelo Oswaldo de Araújo Santos
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISJoão Batista Miguel
* principal ** principal associado *** principal assistente
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti
REGENTE ASSOCIADO
Marcos Arakaki
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Spalla AssistenteAna ZivkovicArthur Vieira TertoBojana PantovicDante BertolinoHyu-Kyung JungJoanna BelloMatheus BragaRoberta ArrudaRodrigo BustamanteRodrigo M. BragaRodrigo de Oliveira
SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *Leonidas Cáceres ***Gideôni LoamirJovana TrifunovicLuka MilanovicMartha de Moura PacíficoRadmila BocevRodolfo ToffoloTiago EllwangerValentina Gostilovitch
VIOLASJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi ***Flávia MottaGerry VaronaGilberto Paganini Juan DíazKatarzyna DruzdLuciano GatelliMarcelo NébiasNathan Medina
VIOLONCELOSPhilip Hansen *Felix Drake ***Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEmilia NevesEneko Aizpurua PabloLina RadovanovicRobson Fonseca
CONTRABAIXOSNilson Bellotto *Marcelo CunhaMarcos LemesPablo GuiñezRossini ParucciWalace Mariano
FLAUTASCássia Lima *Renata Xavier ***Alexandre BragaElena Suchkova
OBOÉSAlexandre Barros *Ravi Shankar ***Israel MunizMoisés Pena
CLARINETESMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ***Ney FrancoAlexandre Silva
FAGOTESCatherine Carignan *Victor Morais ***Andrew HuntrissFrancisco Silva
TROMPASAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov ***Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos SantosLucas Filho Fabio Ogata
TROMPETESMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal ***Tássio Furtado TROMBONESMark John Mulley *Diego Ribeiro **Wagner Mayer ***Renato Lisboa
TUBAEleilton Cruz *
TÍMPANOSPatricio Hernández Pradenas *
PERCUSSÃO Rafael Alberto *Daniel Lemos ***Sérgio AluottoWerner Silveira
HARPAGiselle Boeters *
TECLADOSAyumi Shigeta *
GERENTE Jussan Fernandes
INSPETORAKarolina Lima
ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira
ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi
ASSISTENTESClaudio StarlinoJônatas Reis
SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro
MONTADORESAndré BarbosaHélio SardinhaJeferson SilvaKlênio CarvalhoRisbleiz Aguiar
25
PARA APRECIAR UM CONCERTO
CONCERTOS COMENTADOSAgora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.
CUMPRIMENTOSApós o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.
ESTACIONAMENTOPara seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.
PONTUALIDADE Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
APARELHOS CELULARESConfira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEONão são permitidas durante os concertos.
APLAUSOSAplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.
CONVERSAA experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.
CRIANÇASCaso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
COMIDAS E BEBIDASSeu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.
TOSSEPerturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
0 PROGRAMA DE CONCERTOS
O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo.
O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso sitewww.filarmonica.art.br.
VISITE A CASA VIRTUAL DA NOSSA ORQUESTRA
www.filarmonica.art.brFILARMÔNICA ONLINE
FORA DE SÉRIE
ALLEGRO VIVACE
CONCERTOS jul
Veja detalhes em filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos.
3 / jul, 11hForma Sonata
7 e 8 / jul, 20h30Santoro, Szymanowski, Brahms
14 e 15 / jul, 20h30Liszt, Bruckner
16 / jul, 20hSabará
23 / jul, 18hMozart — Rivais e contemporâneos
28 e 29 / jul, 20h30Guarnieri, Nobre
JUVENTUDE
Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso no restaurante Haus München e, na compra de um prato principal, ganhe outro de igual ou menor valor.
Rua Juiz de Fora, 1.257, pertinho da Sala Minas Gerais.
PRESTOVELOCE
PRESTOVELOCE
• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série• Concertos para a Juventude• Clássicos na Praça• Concertos Didáticos• Festival Tinta Fresca• Laboratório de Regência• Turnês estaduais• Turnês nacionais e internacionais• Concertos de Câmara
Visite filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.
CONHEÇA AS APRESENTAÇÕES DA FILARMÔNICA
Ópera
Último capítulo
FORA DE SÉRIEMOZART EM DOSE DUPLA
Uma boa notícia para os amantes de Mozart.
Dois concertos da série Fora de Série serão repetidos. Em agosto, a ópera semiencenada Così fan tutte acontecerá nos dias 20 e 21. E em dezembro, o último concerto da série, com grandes obras, entre elas o Requiem, acontecerá nos dias 9 e 10.
Como em todas as apresentações da série, os ingressos começarão a ser vendidos um mês antes da data do concerto.
sábado, 18hdomingo, 17h
sexta, 20h30 sábado, 18h
20 AGO21 AGO
09 DEZ10 DEZ
Fique de olho em filarmonica.art.br/ingressos.
TURNÊ ESTADUAL
apresentação extra
apresentação extra
SALA MINAS GERAIS
Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG
(31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030
WWW.FILARMONICA.ART.BR
DIVULGAÇÃO
PATROCÍNIO MÁSTER
PATROCÍNIO
APOIO INSTITUCIONAL
MANTENEDOR
REALIZAÇÃO
/filarmonicamg @filarmonicamg /filarmonicamg/filarmonicamg