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8/12/2019 Friedman e o Monetarismo
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I ISSN 0102 9924
F
a c u l d a d e
d e
i n c i a s
E
c o n m i c a s
d a U F R G S
A
c o n o m i c a
MACROECONOMIA DO BRASIL PS-1994
LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA
DESENVO LVIMENTO ECO N MIC O PREFERNCIA PELA
LIQUIDEZ
ACESSO BANCRIO: UM ESTUDO DE CASO
DAS MESORREGIE5 DE MINA S GERAIS
MAR CO CROCCO. CLUDIO BARRA DE CASTRO,
ANDERSON CAVALCANTE VANESSA DA COSTA VAL
FRIEDMAN O MONETARISMO: A VELHA TEORIA
QUANTITATIVA DA MOED A A MODERNA ESCOLA
MONETARISTA
GENTIL CORAZZAE RODRIGO L. KREMER
BOLHAS RA CIONA IS CICLO DE PREOS DE ATIVOS
RA
CIONAL IDADE L IM ITADA: UMA AVAL IAO CRT ICA DOS
MOD ELO S NEOCL SSICOS DE BOLHAS ESPECULATIVAS
JOS LUiS OREIRO
VULNERABILITY INDICATORS OF THE TWIN CRISES: THE
EAST ASIAN EPISODE
TITO BELCHIOR SILVA MO REIRA
IMPACTOS POTENCIAIS DA NEGOCIAO DA ALCA
SOBRE OS INVESTIMENTOS EXTERNOS EM SERVIOS
PROFISSIONAIS NO BRASIL
MICHEL ALEXANDRE, OTAV IANO CAN UTO E GILBERTO
TADEU LlAflA
TEORIA MARXISTA DO VALOR: UMA INTRODU O
ALFREDO SAAD FILHO
UM ESTUDO EMPRICO DOS CICLOS POLTICO-
ECONMICOS NO BRASIL
ATHOS PRATES DA SILVEIRA PREUSSLER E MARCELO
SAVINO PORTUGAL
RELENDO CHANDLER WILLIAMSON NORTH PARA
ENTENDER O PROCESSO DE FORMAO DAS ESTRADAS
DE FERRO NO BRASIL
JEFFERSON ANO RO NIO R AM UN DO STADUTO,
WE IMA R FREIRE DA ROC HA JR. E CLAILTO N ATADES
DE FREITAS
MATRIZ DE INSUM O-PRO DUTO PARA A EC ONOM IA
TURSTICA BRASILEIRA: CONSTRUO
ANLISE DAS
RELAES INTERSETORIAIS
FRANCISCO CAS IMIRO F ILHO JOAQUIM JOS
WWRTINS CUILHOTO
SEO ESPECIAL: AVALIAES INICIAIS DA POLTICA
ECONMICA DO GOVERNO LULA
n o
2 1
4 0
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S e t e m b r o , 2 0 0 3
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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L
DO RIO
G R A N D E
DO SUL
Reforo: Prof . Wro na Maria Panizzi
F A C U L D A D E
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Diretora: Prof Pedro Csar Dutra Fonseca
C E N T R O
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Cardim de Carvalho (FRJ), Fernando Ferrari Filho (UFRGS), Fernando de Holanda
Barbosa (FGV
R
.I), FIvio Vasconcellos Comim (UFRGS), Gentil Corazza (UFRGS),
Gi c om o Balb inot to Ne tto (UFRGS), Gustavo Franco (PUC/RJ), .lan A. Kregel
(UNCTAD), .Joo Rogrio Sanson (UFSC), Joaquim Pinto de Andrade (UnB), Jorge
Paulo Arajo (UFRGS), Marcelo S, Portugal (UFRGS), Maria Alice Lahorgue (UFRGS),
Paul Davidson (University of Tennessee), Paulo D. Waquil (UFRGS), Pedro C. D.
Fonseca (UFRGS), Philip Arestis (Levy Economics Institut of Bard College), Roberto C.
de Moraes (UFRGS), Ronald Otto Hillbrecht (UFRGS), Sabino da Silva Porto Jr.
(UFRGS), Stefano Florissi (UFRGS) e Werner Baer (University of Illinois at Urbana-
Champaign).
C O M I S S O E D I T O R I A L :
Eduardo Augusto Maldonado Filho, Fernando Ferrari Filho, Gentil Corazza, Marcelo
Savino Portugal, Paulo Dabdab Waquil e Roberto Camps Moraes.
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Prof. Fernando Ferrari Filho
E D I T O R A D J U N T O
: Prof. Gentil Corazza
SECRETRIA
: Clarissa Roncoto Baldim
REVISO
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T E X T O S
: Vanete Ricacheski
E D I T O R A O E L E T R N I C A
: Vanessa Hoffmann de Quadros
F U N D A D O R
: Prof An tonio Carlos Santos Rosa
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cao (vide normas na terceira capa), assinaturas e permutas devem ser dingidos ao seguinte
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PROF FERNANDO FERRARI FILHO
Revista Anlise Econmica Av, Joo Pessoa, 52
CEP 90 040-000 PORTO ALEGRE - RS, BRASIL
Telefones: (051) 31 6- 35 13 ~ Fax: (051) 3 16 -3 99 0
, ,, , E-mail: [email protected]
Analise tconom/co
Ano 2 1 , n 39, maro, 2003 - Porto Alegre
Faculdade de Cincias Econmicas, UFRGS, 2003
Penodicidade semestral, maro e setembro.
Tiragem: 500 exemplares
1 Teoria Econmica - Desenvolvimento Regional -
Economia Agrcola - Pesquisa Terica e Aplicada -
Peridicos- I. Brasil
Faculdade de Cincias Econmicas,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
CDD 330 05
CDU 33 (81) (05)
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Friedman e o monetarismo: A Velha Teoria Quantitativa
da Moeda e a Moderna Escola Monetarista
Gen t i l Co r a z za
Rod r i go L . K r emer ^
O que precisamos no um hbil condutor monetr io do veculo
econmico tentando compensar , com golpes de direo , as
irregularidades imprevistas da estrada, mas uma forma de evitar
que o passageiro monetr io , que se senta no banco t raseiro como
um lastro, se incline para frente e se agarre ao volante,
ameaando lanar o carro para fora da es trada .
Milton Friedman
A b s t r a c t :
The paper aims to present the evolution of the Quantitative
Theory of Money
from
its initial formulation to Friedm an's
final
proposal. It
aims also to analyze the p rinciples of Econ om ic Policy resulting from this
reinterpretation of Quantitative Theory elaborated by Friedman and other
monetarist economists.
Key Words:Monetarism. Quantitative Theory of M oney Friedman
JEL Classification: 6.03.03.01-8
1 Int roduo
M i l t o n F r i e d m a n , d e s t a c a d o e c o n o m i s t a n o r t e - a m e r i c a n o ,
c o n s i d e r a d o n a h i s t r i a d o p e n s a m e n t o e c o n m i c o c o m o s e n d o o
fundador e pr incipal expoente da Escola Monetar is ta . As razes do
monetar ismo es to na Teoria Quant i tat iva da Moeda, que o esque
le to ter ico da Economia Monetr ia do sculo XVII I . Os economis
tas vinculad os a es ta esco la de pen sam ento qu e tem co m o figuras
e m i n e n t e s , a l m d o p r p r i o F r i e d m a n , n o m e s c o m o o s d e K a r l
Brunner, Allan Meitzer e Phil ip Cagan nos Estados Unidos e David
Lai dl e r n a Gr- Bre tan h a , advo g am o s p r i n c p i o s de p o l t i ca e co n
mica or iundos da moderna interpretao da Teoria Qt iant i tat iva da
M o e d a p r o p o s t o s p o r F r i e d m a n n a c o l e t n e a d e a r d g o s Stud ies in
' Professor adjunto do departamento de Economia da UFRGS.
Aluno do curso de mestrado do Programa de Ps-Graduao em Economia da UFRGS. Bolsista
do CNPQ.
* Os autores agradecem os comentrios do parecerista da Revista Anlise Econmica.
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the Qu antity Theory of M oney
(1 95 6) . O desenrolar deste co rpo ter i
c o a c a b o u p o r p r o p o r r e g r a s d e c r e s c i m e n t o c o n s t a n t e d a o f e r t a
m o n e t r i a e m d e t r i m e n t o d e m e d i d a s d i s c r i c i o n r i a s d e p o l t i c a
m o n e t r i a , c o m o s e n d o a f o r m a m a i s e f i c i e n t e d e a s a u t o r i d a d e s
monetr ias promoverem a es tabi l idade do nve l de preos e o cres
c imento sustentado do produto
per capita.
A Escola de Chicago sempre se caracter izou por enfat izar a im
portncia do contro le da oferta monetr ia . Antes de Fr iedman, Henry
Simons , em 1936, j defendia o contro le da oferta monetr ia como
forma de estabil izar o nvel de preos, e Lloyd Mints , em 1950, esta
be lecia um programa monetr io espec f ico para es tabi l izar os ndi
ce s de p re o s .
Mas o rece i tur io monetar is ta no es tava res tr i to Escola de
Ch i cag o . J am e s An g e l , da Un i ve rs i dade de Co l u m bi a , j e m 1933 ,
de f e n di a u m cre s c i m e n to co n s tan te da o f e r ta m o n e tr i a , e , n o p s -
S e g u n d a G u e r r a , K a r l B r u n n e r e A l l a n M e l t z e r f o r a m i n f l u e n t e s
divulgadores do Monetar ismo. Brunner & Meltzer fundaram, nos anos
1 9 7 0 , o Shadow Open Market Comittee p a r a d i v u l g a r o i d e r i o
m o n e t a r i s t a d e c o m o o F E D ( B a n c o C e n t r a l d o s E s t a d o s U n i d o s )
deveria conduzir a pol dca monetr ia .
O p e r o do de o u ro do Mo n e tar i s m o de u - s e n a d cada de 1970 .
Tanto em termos acadmicos quanto em nve l de medidas de pol d
ca e co n m i ca , e s te s an o s re p re s e n taram o ap o g e u de s ta e s co l a . Ne s ta
p o c a , n o s e r m o n e t a r i s t a r e p r e s e n t a v a e s t a r m a r g e m d o
mainstream d o p e n s a m e n t o e c o n m i c o . O s e c o n o m i s t a s a d v in d o s
da Univers idade de Chicago , for temente ident i f icados com o ider io
monetar is ta , apl icaram seu rece i tur io em vr ios pases , dentre os
q u ai s o s cas o s do Ch i l e e da Bo l v i a i l u s t ram be m a e x p e r i n c i a
m o n e t a r i s t a n a g e s t o d e p o l t i c a e c o n m i c a n a A m r i c a L a t i n a .
Alguns anal is tas cons ideram que a ges to Volcker f rente do FED
foi fortemente inf luenciada pe lo rece i tur io monetar is ta .
A perspectiva monetarista tem tido grande influncia ao longo dos ltimos
tempos. De Outubro de 1979 ao Outono de 1982, teve lugar nos Estados
Unidos uma exp erincia mo netarista em escala am pliada. A Reserva Federa l
deixou de influenciar as taxas de juros no sentido da baixa e con cen trou -se
totalmente na manuteno do crescimento m onetrio, de acordo com d e
terminados parmetros (Samuelson & Nordhaus, 198 8, pg. 40 3 ).
Co m a re vo l u o do s e co n o m i s tas n o vo s - c l s s i co s e a as ce n
s o d a T e o r i a d a s E x p e c t a t i v a s R a c i o n a i s , p r o g r e s s i v a m e n t e o
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M o n e t a r i s m o f o i p e r d e n d o i m p o r t n c i a d e n t r o d a M a c r o e c o n o m i a
c o n t e m p o r n e a ^
O p r i m e i r o e s t u d o e m p r i c o a d a r s u p o r t e i n t e r p r e t a o
monetar is ta da causa dos c ic los econmicos reais fo i a sr ie de es tu
d os ,
b a s e a d o s e m d a d o s d a e c o n o m i a n o r t e - a m e r i c a n a , p r o m o v i d o
p o r Cl ark Warbu r to n , e m 1946 . P o s te r i o rm e n te , F r i e dm an & An n a
S ch wartz co m p i l aram n o vo s dado s do National Bu reau of Econom ic
Research
e m p ro s s e g u i m e n to ao s e s tu do s de W arbu r to n . Em 1 96 2 ,
os re fer id os auto res de m on stra ram qu e flutuaes n o cre sci m en to
da oferta monetr ia precederam tanto p icos quanto vales nos c ic los
de negcios da economia dos Estados Unidos desde a Guerra Civi l
daquele pas no sculo XIX.
O o b j e t i vo de s te t raba l h o ap re s e n tar a e vo l u o da T e o r i a
Quantitat iva da Moeda desde sua verso iniciaP at sua forma f inal
proposta por Fr iedman, bem como, anal isar os pr incp ios de pol -
ca e co n m i ca o r i u n do s de s ta re i n te rp re tao da T e o r i a Qu an t i ta -
v a e f e t u a d a p e l o r e f e r i d o a u t o r e p e l o s d e m a i s e c o n o m i s t a s
m o n e t a r i s t a s .
2 A Te oria Q ua nt itat iva da M oe da e seus Postulados Bsicos
Essencialmente , a Teoria Quant i tat iva da Moeda a h iptese
sobre a causa pr incipal das var iaes no valor da moeda. Es tabele
ce qu e o es toqu e de m oed a, M , o pr incipal determ inante do n
ve l geral de pre os , P . Os econ om istas c lss icos /neoclss icos^ ch e
garam a esta concluso, a part ir da hiptese de que o produto real a
3 Em parte, esta perda de importncia deu-se pelas experincias de politica econmica
implementadas com pouco xito, em vrios paises na dcada de 1970, embasadas no iderio
monetarista. Alm disto, economistas novos-clssicos, como Robert Lucas Jr., Robert Barro,
Thomas Sargent, Edward Prescott, Robert Townsend e Neil Wallace, ao definirem seu modelo
de expectativas como racionais, no concordavam que, mesmo no curto prazo, a politica
monetria pudesse ter um impacto positivo sobre o nvel de renda real da economia. Deste
modo,
tais autores consideram a curva de ofena agregada como sendo vertical, inclusive no
curto prazo, contrariando a concepo monetarista de existncia de
trade-off
ainda que tempo
rrio, entre crescimento e inflao.
Como o objetivo principal deste trabalho analisar a reinterpretao da Teoria Quantitativa da
Moeda proposta por Friedman, como tambm as implicaes de poltica econmica advindas
da mesma, no ser aqui analisada a contribuio desenvolvida por Knut Wicksell Teoria
Quantitativa da Moeda. Uma boa exposio sobre a abordagem wiclcselliana encontrada em
Simonsen (1983, cap, 1).
Ao utilizar-se a expresso economistas clssicos, est-se fazendo referncia a Smith, Ricardo e
Mill. J a expresso economistas neoclssicos refere-se a Marshall, Fisher e Pigou.
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p r e o s c o n s t a n t e s d e q u a l q u e r e c o n o m i a d e p e n d e e x c l u s i v a m e n t e
de var i ve i s re a i s ( f a to re s de p ro du o e f i i n o de p r di t ag re
g ada) e q u e a ve l o c i dade de c i r cu l ao da m o e da var i a de f o rm a
lenta e previs ve l a longo prazo (dependendo de fatores como o grau
de de s e n vo l v i m e n to do s e to r ban cr i o , f re q n c i a de p ag am e n to s e
re ce b i m e n to s , rap i de z de t ran s p o r te e co m u n i ca e s ) , p o de n do s e r
co n s i de rada u m a co n s tan te n o cu r to p razo . A co n c l u s o de q u e o
produto real a preos constantes depende somente de fatores reais
obtida a part ir da hiptese de f lexibi l idade de preos, tanto no
m e r c a d o d e b e n s e s e r v i o s q u a n t o n o m e r c a d o d e t r a b a l h o , t o r
na nd o-se con he cid a na l i terat tj ra co m o equi l br io c lss ico de p le
n o e m p r e g o ( Ackl ey 197 8 , ca p . VI ) . Co m o af irm a Gare g n an i : We
have seen that the 'Classical' proposition criticised by Keyn es concerned
the existence of forces leading to the fiill emp loyment of labour (Garegnan i
( 1 9 7 8 ,
p . 341) .
Uma descr io precisa e detalhada desta questo encontrada
e m S wae l e n ( 1982) , e s p e c i a l m e n te cap tu l o 3 , s e o 3 .2 .
A p r i m e i ra ve rs o da T e o r i a Qu an dtat i va da Mo e da ap are ce u
n a l i t e r a t u r a e c o n m i c a c o m o E q u a o Q u a n d t a t i v a n a f o r m a d e
t r a n s a e s , s e n d o f o r m u l a d a p o r S i m o n N e w c o m b , e m 1 8 8 5
(Spiegel , 1992, p . 617) mas quem popularizou esta verso foi Irving
Fisher , em 1911, em The
Purchasing Pow er of M oney
( F r i e dm an , 1990
, p . 04) . Porm, a noo de que a o fer ta monetr ia afe ta o n ve l geral
de preos se fazia presente h alguns sculos na his tr ia do pensa
m e n to e co n m i co . J n o s cu l o XVI , J e an Bo di n arg u m e n tava a M.
de Malestroit (Simonsen 1983, p . 21) que o aumento no nvel geral
de p re o s q u e e n to s e o bs e rvava n a F ran a n o s e e x p l i cava s o
m e n te p e l a ave rs o ao p adro m e t l i co da u n i dade m o n e tr i a , m as
principalmente pe la maior disponibi l idade de ouro no pas . David
H um e e m seu en saio Of Money, de 1752 , fo i o pr imeiro pen sad or a
anal isar de modo mais r igoroso a re lao entre var iveis monetr i
as e variveis reais .
O ponto de part ida para se obter a Equao Quant i tat iva ob
servar a ident idade exis tente entre o to tal de pagamentos em moeda
e o to tal de bens e servios t ransacionados . Note-se que , em cada
ato de co m p ra e ve n da de u m be m o u s e rv i o q u al q u e r , o s p ag a
mentos em moeda e o valor monetr io dos bens e servios t rocados
so iguais. Logo, o total de moeda paga nas transaes igual ao valor
monetrio total dos bens e servios comprados. Ento, tem-se que:
M V = P T ( I )
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o n d e :
M = es toque m one tr io / o fer ia mo netr ia ;
V = ve l o c i dade de c i r cu l ao da m o e da ;
P = nvel geral de pr eo s;
T = qu antid ad e total de tran sa es f s icas de be ns e servios;
PT = total das transfe rncia s de be ns e servio s ent re os age n
t e s e c o n m i c o s ;
MV = to tal das t ransferncias de moeda entre os agentes para
p a g a m e n t o d o s b e n s c o m p r a d o s .
ou ainda,
M V 1 M ' V = P T 2 )
o n d e :
M = to tal do papel m oe d a em poder do pbl ico ;
M' = total dos depsitos vista do pblico nos bancos comerciais;
V = ve l o c i dad e de c i r cu l a o do p ap e l m o e da e m p o de r do
p b l i c o ;
V = ve locid ade de c i rcula o dos depsi tos vis ta do pb l ico
n o s b a n c o s c o m e r c i a i s ;
P = nivel geral de pr eo s;
T = qua ntida de total de tra nsa es fsicas de be ns e servios;
PT = total das transferncias de bens e servios entre os agentes
e c o n m i c o s .
A vantagem em ut i l izar a equao ( 2 ) , e m r e l a o e q u a o
1 ) , a m aio r faci l idad e de calc ular V via dad os dos ba nc os co-^
merciais , ao invs de calcular V na equao ( 1) . im porta nte nota r
q u e n a e q u a o ( 1 ) M u m a var i ve l de e s to q u e , e n q u an to o
produto PT corre spo nd e a um a var ivel de f luxo .
James Angel , da Univers idade de Columbia, em 1 9 3 6 , de s e n
volveu a forma renda da Teoria Quant i tat iva da Moeda. Tal forma
co n s i s te bas i cam e n te e m e x p re s s ar a Eq u ao Qu an t i ta t i va e m te r
mos da renda nominal ao invs das t ransaes . Sabe-se das Contas
N a c i o n a i s q u e :
V = PNy = Py' 3 )
o n d e :
V = renda nominal ;
N = nmero de habi tantes de certo pas ;
P = nvel geral de preos;
y = renda
per capita
a pre os constantes ;
y '= re n da n ac i o n al a p re o s co n s tan te s ;
L o g o M V = P T ( 1 )
-
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D e ( 3 ) e m ( 1 )
M V = P N y = F y ( 4 )
D e ( 2 ) e m ( 4 )
M V + M ' V - P N y = P y '
A Equ a o Quant i tativa na form a de t ransaes , ( 1 ) , ap resenta
V
co m o a ve l o c i d ade de c i r c t i lao da m o e da . As s im , V p o r
vezes def in ida como a taxa qual a moeda c i rcula dentro da econo
mia. Ela pode ser obtda pelo quociente entre o total das transfern
cias de ben s e servios entre os agen tes eco n m ico s , PT , e a o fer ta
m onet r ia , M , logo : V = PT / M.
J a Eq ua o Quant i tat iva na forma renda , ( 4 ) , V denom i
n ada ve l o c i dade re n da da m o e da e re p re s e n ta o n t i m e ro de ve ze s
q u e u m a n o ta de u n i dade m o n e tr i a e n t ra n a re n da de u m ag e n te
e co n m i co e m u m dado p e r o do . As s i m , p o de - s e o bte r a ve l o c i da
de re n da da m o e d a co m o o q u o c i e n te e n tre a re n da n o m i n al , P y ' ,
e a o fer ta m onet r ia , M .
C o n t u d o , c o m o o s e c o n o m i s t a s c l s s i c o s n o f a z e m d i s d n o
entre curto e longo prazo, isto , preos e salrios so flexveis tanto
no curto quanto no longo prazo e a le i de Say sempre se ver i f ica ,
e n to o p ro du to per capita es t sem pre em seu nve l de p len o em
p re g o . Co m o o s e co n o m i s tas c l s s i co s s u p e m s e r a ve l o c i dade de
circulao da moeda constante a curto prazo , da surge que al tera
es no nve l geral de preo s , P , oco rrem d evido s m ud an as na
oferta m onet r ia , M . Em sum a, a Teoria Quant itativa da M oed a diz
q u e ,
co m o V e y ' s o co n s tan te s , u m au m e n to n a o f e rta m o n e t
r ia faz com que o n ve l geral de preos aumente exatamente na mes
m a p r o p o r o d o a u m e n t o v e r i f i c a d o n a m e s m a . E s t e o
e m b a s a m e n t o t e r i c o d a
dicotom a clssica:
var iveis reais n o so
afe tadas por var iveis monetr ias . Logo, um aumento na oferta mo
n e tr i a n o a f e ta o p ro du to re a l
per capita
n e m m e s m o n o c u r t o
prazo, pois preos e salrios so f lexveis a curto prazo ( is to , au
m e n to s de de m an da ag re g ada o r i u n do s do au m e n to n a o f e r ta m o
netr ia somente aumentam o nve l geral de preos , pois a economia
s e m p r e o p e r a a p l e n o e m p r e g o ) . H u m p h r e y f az u m a i n t e r e ss a n t e
colocao a es te respei to , ao af i rmar que :
Enq uanto a anlise de Cantillon-Hum e enfatizou os efeitos da inflao sob re
o produto e o emprego, analistas clssicos virtualmente os ignoraram, ou
trataram como insignificantes esses efeitos reais. Na viso hegemnica, a
posio dos mais influentes entre os economistas clssicos, esp ecialmen te
David Ricardo, era que estes efeitos desequilibradores eram efmeros e
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desimportantes, me ras qualificaes da anlise de equilbrio de longo prazo.
Esta opinio pode ter sido condicion ada pela propenso de R icardo para a
abstrao via teoria esttico-comparativa. Ou talvez, revela seu desejo de
um a teoria descom plicada e co nvin cente para suportar sua avaliao que a
inflao na Gr-Bretanha era som ente o resultado da irresponsabilidade do
Banco
da
Inglaterra, sobre-emitindo meio circulante (Humphrey 1992 ,p.38-9).
A moeda, ao separar o a to de compra do a to de venda, faz com
q u e o s a g e n t e s e c o n m i c o s m a n t e n h a m s e u p o d e r d e c o m p r a v i a
r e te n o d a me s ma . O s e c o n o mi s ta s n e o c l s s i c o s d e r a m u ma n o va
interpretao Teor ia Quanti ta t iva da Moeda, na verso dos sa ldos
m o n e t r i o s
(cash-balanc)
de Cam bridge . Na t i ca dos sa ldos m on e
t ri o s, a m o e d a s e r ve c o m o u m a mo r a d i a te m p o r r i a p a r a o p o
der de compra gera l , no intervalo de tempo entre a venda e a com
pra de um bem ou servio qualquer Ass im, f i ca c laro que a moeda
tem a propr iedade de transpor tar poder de compra do presente para
uma data f ia tura qualquer importante ter em mente que o ponto
e m q u e o s e c o n o mi s ta s n e o c l s s i c o s f o c a m s u a a n f i s e n o p a p e l
de poder de compra temporr io que a moeda possui . Nas anl i ses
d o s n e o c l s s i c o s , a mo e d a c o n t i n u a s e n d o u m v u , c u j a p r i n c i p a l
funo a de facil i tadora das trocas. No est em discusso neste pon
to a questo da demanda especulativa por moeda proposta por Keynes.
Pelo fa to de a moeda representar o poder de compra gera l , qual
a q u a n t i d a d e d e mo e d a q u e o s a g e n te s e c o n mi c o s q u e r e m ma n te r
e m m d i a ? I s to d e p e n d e d o mo n ta n te d e r e n d a d e c a d a a g e n te e c o
n m i c o . A s s i m , a q u a n t i d a d e d e m o e d a r e t i d a ( p a r a a e c o n o m i a
c o mo u m to d o ) p e l o s a g e n te s e c o n mi c o s f u n o d a r e n d a . P o d e -
s e e s c r e ve r :
M = kPNy = kPy' ( 5 )
o n d e :
k = razo da ofer ta monetr ia em re lao renda nominal (k =
l / V ; 0 < k < 1 ) .
O p a r m e t r o k c o n h e c i d o c o m o c o n s t a n t e
ma rshalliana, e
seu va lor nu m r ico igual ao inverso de V . O bs erv e-s e qu e ( 5 )
der ivado de ( 4 ) . Es tabelecendo a condio de equi l i l j r io , na qual a
q u a n t i d a d e d e ma n d a d a d e va i g u a l a r - s e q u a n t i d a d e o f e r ta d a , a o
mercado monetr io , i s to , equao ( 6 ) , tem-se :
M = M o f er ta d a = M d e m a n d a d a . ( 6 )
D e ( 6 ) e m ( 5 ) :
M d e m a n d a d a = k Py ' = k N Py ( 7 )
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L o g o , a ve r s o d e C a mbr i d g e e xp r e s s a a d e ma n d a p o r mo e d a
c o m o u r na p r o p o r o k d a r e n d a n o m i n a r ( P y ' ) . F i c a e v i d e n te
q u e a r e l a o d e c a u s a l i d a d e e n tr e o f e r ta mo n e ta r i a e p r e o s d e
p e n d e d a e s ta b i l i d a d e d a ve l o c i d a d e r e n d a d a mo e d a , e , p o r c o n s e
gu inte, de k .
A demanda por moeda, impl c i ta , na abordagem dos sa ldos de
c a i x a , m a i s c o m p l e x a q u e a d e m a n d a marshalliana p o r u m b e m
o u s e r v i o q u a l q u e r q u e n o a p o r mo e d a . A e q u a o ( 7 ) p o d e s e r
r e l a c i o n a d a c o m a f u n o d e m a n d a p o r m o e d a , o n d e :
M de m an da da = / (P N , y, k)
O s e c o n o mi s ta s n e o c l s s i c o s c o r r o bo r a m a c o n c l u s o d o s c l s
s i c o s d e q u e , n o l o n g o p r a z o , h u ma p r o p o r c i o n a l i d a d e e n tr e e x
panso na ofer ta monetr ia e expanso no nivel de preos . Par t indo
da equao de sa ldos de ca ixa de Cambridge , onde M = kPy ' , com
k e y ' constantes , te m -se um a re la o proporc ion al consta nte a
l o n g o p r a z o e n tr e n i ve l d e p r e o s e e s to q u e mo n e t r i o . A p r o va
disto trivial . C om o k e y ' so con stan tes no long o prazo, po d e
se rees crev er a eq ua o de Cam bridge da seguinte forma: M = kPy
; logo , se P = M ( 1 / y 'k) , fazend o c = I / y 'k, on de c um a con stan
te ,
te mo s q u e P = c M . O bs e r ve - s e q u e s e te m u ma r e l a o p r o p o r e i
on al con stan te entre o n vel de preo s , P , e a o fer ta m on et r ia
M , no longo prazo . A impl icao em termos de pol dca econmi
c a d a f o r mu l a o n e o c l s s i c a c l a r a : a p o l t i c a mo n e t r i a e xe r c e
uma poderosa e previs ta inf luncia sobre os preos .
N o e n t a n t o , n o c u r t o p r a z o , o s e c o n o m i s t a s n e o c l s s i c o s
enfat izam a no-neutra l idade dos e fe i tos de uma expanso da ofer ta
monetr ia . Acredi tam que no cur to prazo poss ve l haver um au
me n to n o p r o d u to r e a l e m d e c o r r n c i a d a e xp a n s o mo n e t r i a . M a s ,
a l o n g o p r a z o , c o n c o r d a m c o m o s c l s s i c o s q u e a f i r ma m q u e to d o
aumento na ofer ta monetr ia ac ima do cresc imento do produto rea l
se re f le t i r em aumento do nvel de preos .
O s n e o c l s s i c o s i n t e g r a r a m a s c o n c l u s e s a c e r c a d a T e o r i a
Quanti ta t iva da Moeda, na verso dos sa ldos de ca ixa , em suas an
l i s e s d o s c i c l o s d e n e g c i o s , mo s tr a n d o c o mo va r i a e s n a o f e r ta
monetr ia so as causas dos
booms
e das rec ess es . Enfatizam qu e a
regulao do nvel gera l de preos , v ia pol t i ca monetr ia , um pr-
requis i to para a es tabi l izao da a t ividade econmica .
Por fim, cab e ressa l tar outra importante contr ibu io neo c lss ica :
a f o r m a l i z a o , e l a b o r a o e e x t e n s o d a s i d i a s s o b r e
c o n t r o l a b i l i d a d e d a o f e r t a m o n e t r i a . F i s h e r , P i g o u e o u t r o s
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n e o c l s s i c o s d e m o n s t r a r a m q u e o c o n t r o l e m o n e t r i o p o d e r i a s e r
executado a par t i r de uma reserva f rac ionr ia do s i s tema bancr io
v i a c o n t r o l e d e u m e x o g e n a m e n t e d e t e r m i n a d o e s t o q u e d a b a s e
m o n e t r i a (high-powered money), B (Hum phrey, 19 92 , p . 54 ) . Argu
me n ta r a m q u e o e s to q u e mo n e t r i o e o s d e p s i to s ba n c r i o s s e r i a m
um mltiplo constante da base monetria (Phi l l ips 1926) . Como afir
ma Foley ,
Fisher posits the existence of a given amou nt of mo ney,
exogenously determined in the system
(Foley (1990 , p . 256) .
C o m ba s e n e s te a r g u me n to d a c o n tr o l a b i l i d a d e d a o f e r ta mo
netr ia , os monetar i s tas desenvolveram o concei to de mul t ip l i cador
m on etr io , a (Fr iedm an 1 95 6) . O m esm o obr ido a par t ir da se
guinte igualdade:
M = B
( M / B ) =
PMPP + DV =
PMPP + RB
PMPP/ D V + 1
P M P P / D V - f R B / D V
o n d e :
M = ofer ta m onet r ia ;
B = bas e m onet r ia ;
PMPP = papel moeda em poder do pbl i co ;
DV = depsi tos vis ta nos ba nc os com erc ia i s ;
RB = reservas dos ba nc os com erc ia i s .
Observe-se que a o fer ta monetr ia funo da base monetr ia ,
B , c o m o t a m b m d o s d e t e r m i n a n t e s, P M P P /D V e R B / D V , d o
m u l t ip l i c a d o r m o n e t r i o , . O s m o n e t a r i s t a s , a o s u p o r e m o
mu l t i p l i c a d o r mo n e t r i o c o mo u m p a r me tr o c o n s ta n te , a c r e d i ta m
que as autor idades monetr ias podem determinar o n vel da ofer ta
monetr ia via contro le e fe t ivo da base monetr ia . Tanto ass im, que :
F or
secular movem ents. Cagan finds that high-powered money is the
major source of changes in the stock of money. During most of the period
studied, increases in prices w ould be expected to have redu ced the quantity
of high-powered money by discouraging gold output and encouraging
gold exports (Fr iedman 1964 , p . 8 ) .
D e s ta f o r ma , p o d e - s e a f i r ma r q u e a T e o r i a Q u a n r i ta t i va d a
M o e d a c o n s i s te e m u m c o n j u n to d e p r o p o s i e s n te r - r e l a c i o n a d a s ,
o u p o s tu l a d o s , q u e e mba s a m a c o n c l u s o p r i n c i p a l , d e q u e :
P = / ( M ) . Tais postulad os so :
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i) P R O P O R C I O N A L I D A D E : E s t a b e l e c e q u e P v a r ia r e x a ta -
me r i te n a me s m a p r o p o r o q u e va r i a r M . E s ta h i p te s e i mp l i c a
q u e o s s a l d o s r e a i s d e ma n d a d o s p e l o s a g e n te s , ( M / P ) , be m c o mo
V so estveis . Se (M / P) ou V forem instveis , n o se po de dizer
q u e M e P va r i e m n a m e s m a p r o p o r o . P o r ta n to , d i sto s e g u e
que a Teor ia Quanti ta t iva da Moeda assume estabi l idade completa
na de m an da po r saldos reais , M / P, se for para prog nos ticar qu e a
ofer ta monetr ia e o n ve l gera l de preos var iaro nas mesmas pro
p o r e s .
ii) CAU SALIDA DE: Var iaes na ofer ta m one tr ia pre ced em e
causam var iaes no nvel de preos . A moeda considerada a va
r i ve l a t i va e n q u a n to o n ve l d e p r e o s c o n s i d e r a d o a va r i ve l
pass iva . Os economistas c lss icos advogam que o processo de a jus
tamento se d de forma instantnea , enquanto os neoc lss icos acre
d i tam qu e , em bo ra ha ja um a re la o de causa l idade entre P e M ,
P = / ( M ) , a propo rc ional idad e re fe re-s e a um a co nd i o de equi
l br io es tab elec id o via um processo de a justam ento d inm ico , e n o
a uma ident idade que se ver i f i ca em todos os pontos do tempo. O
processo de a juste defasado. In ic ia lmente , uma mudana na ofer
ta m on etr ia cr ia um deseq ui l br io nos sa ldos de m an da do s , M / P.
Este desequi l br io invoca foras que causam var iaes no nvel de
preos. O processo de a juste se d por dois canais :
1 ) d i re to : O impacto da var iao monetr ia canal izado para o
nvel de preos via demanda por bens e servios . Se h um aumen
to na oferta monetria , ento os saldos reais possudos pelos agentes
so maiores que os sa ldos rea is dese jados . Dessa forma, os agentes
g a s ta r o o e xc e s s o d e mo e d a a d q u i r i n d o be n s e s e r v i o s . C o mo a
e c o n o mi a e n c o n tr a - s e a p l e n o e mp r e g o d o s f a to r e s d e p r o d u o , o
excesso de gasto implica aumento do nvel de preos. Assim, gastos,
n ve l d e p r e o s e r e n d a n o mi n a l c o n t i n u a r o c r e s c e n d o a t q u e o
saldo real efetivo se ja igual ao saldo real desejado.
2) indireto: Aqui , gastos e nvel de preos so afetados pela va
r i a o mo n e t r i a i n d i r e ta me n te , v i a s e u e f e i to a n te c e d e n te s o br e a
taxa de juros . Uma expanso na ofer ta monetr ia impl ica uma que
da na taxa de juros. Se a taxa de juros cair a um patamar que este ja
abaixo da taxa de lucro mdio sobre o investimento em capital f ixo,
ento haver um est mulo ao aumento da taxa de invest imento agre
gado na economia . Este aumento na taxa de invest imento agregado
n a e c o n o mi a i mp l i c a r a u me n to n o n ve l g e r a l d e p r e o s , p o i s a
e c o n o m i a e n c o n t r a - s e e m p l e n o e m p r e g o .
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i ii) NEU TRA LIDA DE: Ex ceto para per od os transitrios de ajus
tam e n to ( p o n to de s tacado p e l o s n e o c l s s i co s ) , var i ve i s m o n e tr i as
no afe tam variveis reais . No longo prazo a moeda um vu que
n o a f e ta a o p e rao das f o ras e co n m i cas re a i s . Obs e rve q u e n o
curto prazo var iveis monetr ias podem afe tar var iveis reais . Mas ,
ta l e fe i to s se ver i f ica no per odo trans i tr io de a jus te . No longo
prazo a
dicotom ia clssica
se faz pre sen te .
i v ) T E O R I A M O N E T R I A D O N V E L D E P R E O S : E s t a b e l e c e
que o n ve l de preos tende a ser inf luenciado predominantemente
pela oferta monetria. Assim, a instabil idade no nvel de preos de
r iva-se , pr incipalmente , dos dis trbios monetr ios em vez dos no-
m o n e t r i o s . L o g o , a i n f l a o / d e f l a o s u r g e d o c o m p o r t a m e n t o
errt ico da oferta monetr ia ao invs de causas no-monetr ias or i
g i n adas n o se to r re a l da e co n o m i a . Obs e rve - s e q u e a h i p te s e ( i v )
m u i to i m p o r tan te p ara a co n s t ru o do f e r ram e n ta l an a l r i co da
Teoria Quant itativa da M oed a. A hiptese ( i v ) surge por que a h ip
te s e ( i i i ) u m a co n di o n e ce s s r i a m as n o s u f i c i e n te p ara a de
terminao do nve l de preos . A hiptese ( i i i ) no af i rma que so
mente var iveis monetr ias afe tem o nve l de preos , abr indo espa
o para que var iveis no-monetr ias afe tem o nve l de preos . Com
a incluso da hiptese ( iv ) , o nvel de preos variar, se e s se
houver uma var iao na oferta monetr ia . importante ter em mente
que a hiptese ( iv ) se refere nica e exclusivamente ao nvel geral
de preos , e no aos movimentos de preos re lat ivos . Os monetar is tas
a c e i t a m q u e v a r i v e i s r e a i s , c o m o q u e b r a d e s a f r a e p r o g r e s s o
te cn o l g i co , a f e te m o s p re o s re l a t i vo s . Mas s u s te n tam q u e e s te
um jogo de soma zero , que pode al terar os preos re lat ivos na eco
nomia mas mantm o nve l geral de preos constante . Es ta h iptese
permite aos monetar is tas conclurem que so os choques monetr i
o s e n o o s d i s t rb i o s n o s e to r re a l da e co n o m i a q u e e x e rce m o
efe i to dominante sobre o n ve l geral de preos .
v ) E X O G E N I D A D E D O E S T O Q U E N O M I N A L D E M O E D A : E s te
o coro l r io qu e sustenta a con clus o monetar is ta de que P = / ( M ) .
S e a q u an t i dade o f e r tada de m o e da n o f o r i n de p e n de n te da q u an
t i dade de m an dada , e n to n o s e p o de r i a a l e g ar q u e a o f e r ta m o n e
tr ia tem papel at ivo na de term ina o do nve l de preo s . A viso
d e q u e a s a u t o r i d a d e s m o n e t r i a s c o n t r o l a m a o f e r t a m o n e t r i a
ad vm da suposio de que o mult ip licador m one tr io , , cons
tante (M = B) . Como as autor idades monetr ias contro lam a base
m on etr ia , B , e o mult ip licador m one tr io , , con stante , ento
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a o f e r ta m o n e tr i a de te rm i n ada e x o g e n am e n te p e l as au to r i dade s
m one tr ia s . Ob srve-se qu e a h iptes e ( v ) diz respei to exogen idade
do e s to q u e n o m i n al de m o e da , e n o do e s to q u e re a l de m o e da . O
e s t o q u e r e a l d e m o e d a e n d g e n o e d e t e r m i n a d o p e l a d e m a n d a
d o p t b l i c o p o r s a l d o s r e a i s . A l g u n s s i m p a t i z a n t e s d o i d e r i o
m o n e t a r i s t a t e n t a m s u a v i z a r e s t a h i p t e s e , a f i r m a n d o q u e
e x o g e n i dade e co n t ro l ab i l i dade da o f e r ta m o n e tr i a s o co n ce i to s
dist intos . Para estes analistas , as autoridades monetrias tm, s im, o
c o n t r o l e d a o f e r t a m o n e t r i a , m a s a r g u m e n t a m q u e n o s m o d e l o s
m o n e tar i s tas a m o e da p o de s e r u m a var i ve l e n d g e n a* .
A p e rg u n ta q u e f i ca ap s e s ta l o n g a e x p l an ao : co m o o s
m o n e t a r i s t a s d e f i n e m m o e d a p a r a f i n s d e p o l t i c a m o n e t r i a ? S e
gundo os mesmos , i s to depende de dois fatores . Pr imeiro , depende
da habi l idade das autor idades monetr ias em contro lar sua quant i
d a d e , e , e m s e g u n d o l u g a r , d e p e n d e d a e s t a b i l i d a d e e m p r i c a d a
ft ino de m an da por m oe da . Fr iedm an & Schw artz , em seu c lss ico
estudo A
M onetary History of the United States, 1867-1960,
utilizam a
def in io de M2 como a melhor proxy para a moeda. Na def in io
do FED, M2 igual a Ml acrescentado dos depsi tos em caderneta
d e p o u p a n a .
Os monetar is tas supem que a quase-moeda^ tem l igaes es
tveis com a moeda. A Teoria Quant i tat iva da Moeda nunca negou
que a quase-moeda possa inf luenciar gas tos e preos como a moe
da o faz . Mas a Teoria Quant i tat iva da Moeda nega que o volume de
q u as e - m o e da p o s s a e x p an di r - s e o u co n t ra i r - s e i n de p e n de n te m e n te
do vo l u m e de m o e da e e n to a tu ar co m o u m a i n f l u n c i a au t n o m a
sobre o n ve l de preos .
A segvinda hiptese da viso monetarista d o processo inflacionrio afirma que o estoq ue de
moeda controlvel pelas autoridades monetrias. Esta proposio no significa dizer que o
controle seja efetivamente exercido, ou que a quantidade de moeda seja uma varivel exgena
no modelo monetarista. O sentido da hiptese de que as autoridades monetrias dispem de
instrumentos capazes de afetar com preciso, obviamente no no dia-a-dia, o volume de
moeda. importante assinalar que inexiste qualquer empecilho para que a oferta de moeda
seja uma varivel endgena em um modelo monetarista. Nem sempre bem compreendido
por analistas do processo inflacionrio brasileiro o fato de que endogenidade e controlabilidade
no significam a mesma coisa (Barbosa, 1 983, p. 70 ).
' o
con ceit o de quase -moed a corr espo nde ao s depsitos banc rios a prazo e aos ttulos, piiblicos
e privados, de curto prazo que podem ser rapidamente convertidos em moeda sem perda
significativa de valor para seus possuidores.
' o con ceito de quase-moeda corresponde aos depsitos bancrios a prazo e aos ttulos, piiblicos
e privados, de curto prazo que podem ser rapidamente convertidos em moeda sem perda
significativa de valor para seus possuidores.
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3 A No va Apresen tao da Teor ia Q ua n t i t a t i va da M oed a
por Fr iedman
A re- interpretao que Fr iedman faz da Teoria Quant i tat iva da
Moeda consiste , basicamente, em extrair desta uma teoria da demanda
por moeda, mais do que uma teoria da determinao do nvel de pre
os e da renda nominal .
Na viso de Friedman, a Teoria Quantitativa da Moeda estabelece
q u e :
1) a quantidade real de moeda (M/ P) , mais do que a quantidade
nominal de moeda, ( M ) , que realmente importa para os agentes eco
n m i c o s .
2) em qualquer s i tuao, os agentes querem reter uma bem-defi-
nida quantidade real de moeda.
Aspessoas tendem a ser extraordinariamente obstinadas a respeito da quanti
dade real de dinheiro que desejam ter em seu poder e pouco dispostasaaceitar
uma quantidade diferente, a menos que tenham real incentivo para faz-lo.
Isso
verdade no s no tempo quanto no espao .(...)
Mas,
ainda que conside
remos os nmeros com o se apresentam, so reveladores de marcante unifor
midade. Temosa pasescom todasasformas de sistema eco nm ico, com ren
das reais que variam numa prop oro de 15 ou 20 para 1, e, con tudo,
os
saldos
monetrios retidos
pelapopulao,
expressos em
termos de
semanas
de
renda,
variam numa proporo de menos de 2 para
(Friedman, 1969, p. 36).
Co m o p o de - s e o bs e rvar a p ar r das c i ta e s ac i m a, F r i e dm an
chega mesma concluso de seus colegas neoclssicos : a de que mu
danas substanciais no nvel de preos e na renda nominal so quase
sempre resultado de mudanas na oferta monetria nominal .
O argumento de Fr iedman s imi lar ao dos c lss icos . Parte -se
de uma situao de equil brio , no qual os saldos nominais mantidos
pelos agentes so iguais aos saldos reais dese jados. Assim, uma ex
panso da oferta monetr ia impl ica aumento do gasto agregado, pois
os agentes gas tam para se desfazerem do excesso de moeda, e , des ta
forma, retomarem o equil brio de seus saldos reais . Is to pode funci
onar para um agente individual mas no funciona para a economia
como um todo, pois o gas to de um agente a rece i ta de outro . Um
agente s pode diminuir seu saldo monetr io nominal se persuadir
a l g u m o u t r o a a u m e n t a r s e u s a l d o m o n e t r i o n o m i n a P . L o g o , a
* N o difcil encontrar razes para a grande popularidade dessas teorias. So duas, creio eu.
A primeira a tendncia natural de confimdir o que verdadeiro para o indivduo com que o
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co m u n i dade co m o u m to do n o p o de g as tar m ai s q u e s u as re ce i tas .
C o n s e q e n t e m e n t e , u m a e x p a n s o n a o f e r t a m o n e t r i a s a f e t a o
nve l de preos .
Fr iedman segue sua anl ise ressal tando que as muitas verses
da Teoria Quant i tat iva da Moeda tem-se preocupado em termos dos
nveis das variveis envolvidas. Para a anlise das alteraes na oferta
monetr ia mais t i l expressar ta is mudanas em termos das taxas
de var iao . Ass im, sabe-se que : MV = PT
onde, T = Ny - y ' , logo
MV = Py'
I n ( M V ) = I n ( P y ' )
In ( M ) + In ( V ) = In ( P ) + In ( y )
D i f e r e n c i a n d o a m b o s o s l a d o s d a e q u a o a c i m a e m r e l a o
ao te m p o , t e m - s e :
J ^ M + J _ a V = X P - F _ L d y : ( 8 )
M t V f P t y t
Re e s cre ve n do ( 8 ) t e m - s e :
Gm + Gv = Gp + Gy ' ( 9 )
on de G a taxa de m ud an a perce ntua l .
U m a m u d a n a n a t a x a d e c r e s c i m e n t o d a o f e r t a m o n e t r i a ,
Gm , de aco rdo co m ( 8 ) e ( 9 ) t e n de a s e r aco m p an h ada p o r u m a
m ud an a na taxa de inf lao , Gp , send o que um airmento na taxa
de i n f l ao au m e n ta o cu s to de o p o r tu n i dade de re te r m o e da , e ,
por conseguinte , diminui a demanda por saldos monetr ios reais .
O b s e r v e q u e u m a m u d a n a n a d e m a n d a p o r s a l d o s m o n e t r i
os reais afeta variveis reais co m o V e y ' , b em co m o a taxa de
juros nominal e real .
Os f a to re s de te rm i n an te s da o f e r ta m o n e tr i a de p e n de m , bas i
camente , do s is tema monetr io , a saber : a base monetr ia , e os va
l o r e s d e D V / R B e D V / P M P P ( q u e d e t e r m i n a m o v a l o r d o
m u l t i p l i c a d o r m o n e t r i o ) . F r i e d m a n d e s t a c a q u e a q u a n d a d e n o
minal de moeda determinada, pr imariamente , pe la o fer ta e que a
q u an t i dade re a l de m o e da de te rm i n ada , p r i m ar i am e n te , p e l a de
m an da . S e g u n d o F r i e dm an , a o f e r ta m o n e t r i a , M s , f u n o de
variveis como taxa de inf lao ( p ) , renda nominal ( Y ) , taxa de
que verdadeiro para a sociedade, como um todo. O fato mais importante e interessante a
respeito das cincias econmicas , exatamente, que quase toda regra que se aplica aos
indivduos no vlida para a sociedade e quase tudo que vlido para a sociedade no o
para o indivduo (Friedman, 1969 , p. 28 ).
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juros ( R, onde R um vetor das taxas de juros) e outras . Pode-se
e s cre ve r a o f e r ta m o n e tr i a co m o :
M S = / ( R ; ;Y;.. . .) ( 1 0 )
Ao e x p o r a s u a t e o r i a da de m an da p o r m o e da , F r i e dm an de s ta
ca que a verso dos saldos de caixa de Cambridge , da Teoria Quan
t i tat iva da Moeda, ressalta o papel da moeda como um ativo, suge
r i n d o t r a t a r a d e m a n d a p o r m o e d a c o m o p a r t e d o c a p i t a l o u d a
te o r i a da r i q u e za ( de s tacan do a co m p o s i o do
portfolio
de ativos
do s ag e n te s ) .
Para os consumidores , a moeda a manifes tao l t ima de sua
riqueza, e , para as f irmas, a moeda um insumo como outro qual
quer ut i l izado no seu processo de produo . Para os detentores de
riqueza f inal , a demanda por saldos reais funo de algumas vari
v e i s c o m o :
- Riqueza Total : tem o mesmo papel da res tr io oramentr ia
na teor ia da esco lha do consumidor A r iqueza to tal do agente pode
s e r a l o c a d a e m d i v e r s a s f o r m a s d e a t i v o s , m o n e t r i o s o u n o .
F r i e dm an arg u m e n ta q u e o co n ce i to de re n da p e rm an e n te p o de s e r
uma boa aproximao da r iqueza to tal do agente .
- Diviso da Riqueza na Forma Humana e No Humana: o mai
or at ivo que muitos agentes possuem sua capacidade de aprendi
zad o . Os agentes podem usar o seu conhecimento pessoal para ad
quirir r iqueza no-humana, mas esta converso sujeita a estreitos
l imites devido a restries inst i tucionais . Da mesma forma, os agen
te s p o de m u t i l i zar r i q u e za n o - h u m an a p ara f i n an c i are m a aq u i s i
o de co n h e c i m e n to . D e vi do a e s te s e n t rave s i n s t i tu c i o n ai s , a r i
queza humana muito mais i l quida do que a r iqueza no-humana.
Assim, determinado o estoque de riqueza do indivduo, quanto mai
or for a part ic ipao da r iqueza humana noportfolio do ag ente , ma ior
s e r a de m an da p o r m o e da de s te ag e n te de m o do a co m p e n s ar a
i l iquidez da r iqueza humana.
- Taxa Es per ad a de Reto rno da M oed a e outros Ativos: a taxa
nominal de re torno da moeda normalmente igual a zero . Aqui no
est sendo levado em cons iderao o caso de taxas de re torno pos i -
d v a s ( c a s o d a s c o n t a s - c o r r e n t e s r e m u n e r a d a s ) o u n e g a t i v a s ( c a s o
de pagamento de servios bancr ios ) . J a taxa nominal de re torno
dos outros at ivos depende:
1.
Das taxas de juros que estes at ivos pagam;
2 . Da mudana do preo destes at ivos , de especial importncia
em perodos de inf lao e /ou def lao .
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- Preferncia pela Liquidez: neste ponto, Friedman uti l iza a ter
minologia mas no o conce i to keynes iano . Para Fr iedman, os agen
tes tm certa nece ss idad e de re ter m oe da , pois , con form e sua ren
da co rre n te au m e n ta , o s e u co n s u m o tam b m au m e n ta , m as n o n a
m e s m a p r o p o r o d o a u m e n t o e m s u a r e n d a c o r r e n t e . L o g o , o s
agentes mantm este excesso de renda no gasta na forma de moeda.
- G r a u d e E s t a b i l i d a d e E c o n m i c a E s p e r a d a a O c o r r e r : a m b i
e n te s o n de p re val e ce a i n s tab i l i dade au m e n tam a i m p o r tn c i a do
motivo preferncia pe la l iquidez (novamente , se es t t ratando aqui
da n o m e n cl a tu ra de F r i e dm an e n o de Lo rd K e y n e s ) . Es te s am bi
e n t e s d e i n s t a b i l i d a d e s o d i f c e i s d e s e r e m o b s e r v a d o s
quant i tat vmente , embora qual i tat ivamente se ja poss ve l prever suas
di re e s , v i a au m e n to o u d i m i n u i o da p re f e r n c i a p e l a l i q u i de z .
Um exemplo de ambiente de ins tabi l idade o ato de declarao de
g u e r r a . A e m i n n c i a d e u m c o n f l i t o a r m a d o e n t r e p a s e s n o r m a l
m e n te f az co m q u e h a j a u m au m e n to n a de m an da p o r s a l do s re a i s
do s ag e n te s re s i de n te s n e s te s p a s e s , e , a co n s e q e n te d i m i n u i o
da ve locidade de c i rculao da moeda que acompanha tais eventos .
- Taxa de Inf lao : o aumento na taxa de inf lao , p , aumenta o
custo de oportunidade de re ter moeda e o pr incipal e lemento que
afeta a uti l idade de sua reteno.
Ass im, pode-se representar a demanda por saldos reais , Md, de
u m a g e n t e r e p r e se n t a ti v o c o m o s e n d o f u n o d e v a r i v e is c o m o
n ve l g e ra l de p re o s ( P ) ; o f e r ta m o n e tr i a ( M) ; re n da n ac i o n al a
p re o s co n s tan te s ( y ) ; t ax a de re to rn o n o m i n al e s p e rada da m o e da
( R * ) ;
taxa de re tor no nom inal espera da dos t tu los
( R * * ) ;
taxa de
retomo nominal esperada dos at ivos f ixos ( R * * * ) ; f rao da r iqueza
do ag e n te e m f o rm a h u m an a e m re l ao f o rm a n o - h u m an a ( w) ;
o u t ras var i ve i s q u e a f e tam a u dl i dade de re te r m o e da ( p i ) . A ssim,
t e m - s e :
Md = P / ( y ' ;
W ;
R* ; R* * ; R* * *
; / L t
( 1 1 )
T an to R * * q u an to R * * * i n c l u e m as e x p e ctadvas de m u dan
a nos preos dos ttulos e dos ativos fixos. Embora a taxa de inflao
n o es te ja explc ita em ( 1 1 ) , a m esm a est implc ita na referida equ a
o p o rq u e a f e ta o re to rn o n o m i n al e s p e rado de vr i as c l as s e s de
at ivos e s vezes usado como uma
proxy
p a ra R * * * . i m p o r tan
t e o b s e r v a r q u e a e q u a o a c i m a d e d e m a n d a p o r m o e d a d e u m
a g e n t e r e p r e s e n t a t i v o i n d e p e n d e d a u n i d a d e m o n e t r i a u d l i z a d a
para medir as variveis monetrias . Logo, se a unidade monetria na
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qual so expressos os preos e a renda monetria for alterada, a quan
tidade de moeda demandada ser alterada na mesma proporo.
No processo de agregao da equao ( 11 ) de um agente re
presentativo para a equao de demanda por saldos reais da eco
nomia como um todo, preciso ter certos cuidados. Caso se faa
este processo de agregao mecanicamente, se est supondo que
tanto y ( y' = Ny, logo y = yV N ) quanto w esto distribudos
uniformemente entre todos os agentes. Um modo de suavizar esta
hiptese agregar y e w pelos seus valores mdios. Aplicando-
se estes valores mdios na equao ( 11 ), tem-se y como a renda
per capita real e w como o valor social mdio da frao da riqueza
agregada na forma humana em relao forma no-humana.
O tratamento da demanda por saldos reais das empresas difere
um pouco do mtodo utilizado para obter-se a demanda por saldos
reais dos detentores de riqueza ltima, os consumidores. As empre
sas no esto sujeitas, como os consumidores esto, s restries
impostas pela riqueza total. Elas podem determinar o montante de
capital incorporado em ativos produtivos, incluindo moeda, para
maximizarem seus lucros, desde que tenham acesso a capital adici
onal nos mercados de capitais. Alguns indicadores que podem ser
utilizados para obter-se a demanda por moeda das empresas so:
transaes totais efetuadas pelas empresas; valor adicionado lqui
do gerado; receitas lquidas; capital total na forma no-monetria;
taxas de retorno da moeda e de outros ativos monetrios (estas taxas
determinam o custo de reter saldos monetrios). Para as empresas, a
taxa mais importante a taxa de custo de captao de emprstimos
nos mercados financeiros. Assim, pode-se representar a demanda
por moeda das empresas como sendo:
Md = P / ( y ; R* ; R** ;R***; i
No caso das empresas, a varivel w pode ser desprezada.
Para Friedman, um dos pontos fundamentais da Teoria Quanti
tativa da Moeda ressaltar que o nvel de preos e o nvel de renda
nominal so resultantes da interao entre oferta e demanda por
moeda.
Multiplicando a equao ( 11 ) por N , para converter-se a de
manda por moeda da forma per capita para a forma agregada, e
igualando oferta e demanda por moeda para obter-se a condio
de equilbrio no mercado monetrio, tem-se:
Ms = M s ( R ; Y ; p ; . . . ) =
P N / ( y ; R
; G p ;
/ x
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Na e q u a o ac i m a, R co rre s p o n de a u m ve to r de tax as e s p e
radas de juros .
Obs e rve - s e q u e a e q u ao ac i m a n ada m ai s do q u e a e q u a
o d e s a l d o s d e c a i x a d e C a m b r i d g e e x p a n d i d a . F r i e d m a n c h e g a
b a s i c a m e n t e m e s m a c o n c l u s o d o s n e o c l s s i c o s d e C a m b r i d g e :
q u e a d e m a n d a p o r m o e d a , s a l d o s r e a i s n a t e r m i n o l o g i a
friedmaniana, uma funo estvel do nvel de renda real ' ' . O que
F r i e dm an f az u m a an l i s e m ai s e l e g an te da de m an da p o r s a l do s
reais ,
ao acrescentar a lgumas var iveis que os neoclss icos no ut i
l i zavam , e acre s ce n tar a re n da p e rm an e n te co m o u m a bo a ap ro x i
mao da r iqueza do agente , no caso da demanda por saldos reais
de u m ag e n te i n di v i du al . Co m o j f o i m e n ci o n ado an te r i o rm e n te ,
o s m o n e tar i s tas co n co rdam co m o s e co n o m i s tas n e o c l s s i co s q u e o
p ro ce s s o de a j u s tam e n to t e m p o ra l da e co n o m i a a u m a e x p an s o da
oferta monetr ia dinmico , e no es tt ico (como propem os c ls
s i cos ) . Ai n da q u e n o cu r to p razo o au m e n to da o f e r ta m o n e tr i a
p o s s a au m e n tar o p ro du to ag re g ado re a l , n o l o n g o p razo e s te au
mento se ref let ir em igual aumento no nvel geral de preos.
4 Princpios de Po l tica Econm ica Prop ostos pelos
Monetar i s tas a Par t i r da Re in terpre tao da Teor ia Quant i
ta t i va da Moeda
Mesmo que os monetar is tas discordem dos economistas c lss i
co s n o q u e tan g e ao ax i o m a da p ro p o rc i o n al i dade , am bas as e s co
las advogam o mesmo princp io de pol t ica monetr ia . A de que a
expanso na oferta monetr ia deva ser igual taxa de crescimento
do produto real , para evi tar aumento no nve l geral de preos . A
d i s c o r d n c i a s o b r e o a x i o m a d a p r o p o r c i o n a l i d a d e s u r g e , p o i s a
Escola Clss ica supe exisdr uma es tabi l idade perfe i ta da demanda
p o r s a l do s re a i s , i s to , q u al q u e r e x p an s o n a o f e r ta m o n e tr i a
imediatamente repassada para o n ve l geral de preos . J a Escola
Mo n e tar i s ta ace i ta o f a to de q u e a de m an da p o r s a l do s re a i s n o
seja perfeitamente estvel no curto prazo - ainda que sua varincia
s e j a m u i to p e q u e n a , e , e m co n s e q n ci a d i s to , o p ro ce s s o de a j u s
tamento temporal no se ja imediato , e s im dinmico .
' Entende-se, neste caso, que a funo demanda por moeda seja estvel
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E m l t i m a i n s t n c i a , a s c o n c l u s e s m o n e t a r i s t a s s o u m
contraponto teor ia keynes iana, ao negar a tese de que a pol t ica
f iscal se ja a mais e f ic iente ferramenta de es tabi l izao da demanda
ag re g ada , e ao de f e n de r , a u t i l i zao da p o l t i ca m o n e tr i a co m o
i n s t ru m e n to m ai s ap ro p r i ado p ara e s te f i m . Al m di s to , p ara o s
monetar is tas , a pol t ica monetr ia possui um poderoso impacto de
longo prazo sobre a renda nominal , ao ser o determinante do nve l
de p re o s .
E m A Program for M onetary Stability ( 1 9 6 0 ) , F r i e d m a n p r o p e
que as autor idades monetr ias adotem uma pol t ica de crescimento
constante da oferta monetr ia como forma mais s imples e e f ic iente
p ara e s tab i l i zar a e co n o m i a . Na t i ca m o n e tar i s ta , as au to r i dade s
monetr ias devem ut i l izar as mdias h is tr icas das taxas de cresci
mento do produto real como guia para aumentos na oferta monetria.
Es te re ce i tu r i o p ro p o s to p o r F r i e dm an adv m da cre n a do s
monetar is tas de que a pol t ica monetr ia tem um
lag
de seis meses a
dois anos para surt ir efeito . Assim, a adoo de uma pol t ica mone
tr i a co n t ra - c c l i ca p e l as au to r i dade s m o n e tr i as p o de acabar e x a
cerbando as f lutuaes econmicas ao invs de estabil izar a at ivida
d e e c o n m i c a . D e s t e m o d o , n a t i c a m o n e t a r i s t a , a s a u t o r i d a d e s
monetr ias , ao adotarem uma pol t ica de crescimento constante da
o f e r t a m o n e t r i a , e l i m i n a m a s f o n t e s d e d is t rb i o s e c o n m i c o s e
aproximam-se de um nve l de preos constante ao longo do tempo.
Ao ag i re m de s ta f o rm a, as au to r i dade s m o n e tr i as re m o ve m as i n
ce r te zas do s i n ve s ddo re s advi n das de e f e i to s i n e s p e rado s de u m a
p o l r i ca m o n e tr i a d i s cr i c i o n r i a .
A rece i ta monetar is ta s imples : a adoo de uma regra c lara e
objet iva de pol t ica monetria mais ef iciente do que o uso de pr-
r icas discr ic ionrias por parte das autor idades monetr ias .
Tal r ig idez ter ica desta esco la de pensamento advm da nega
o , p o r p a r t e d o s m o n e t a r i s t a s , d e a l g u m a s f e r r a m e n t a s
m a c r o e c o n m i c a s d e s e n v o l v i d a s a p a r t i r d a d c a d a d e 1 9 5 0 .
Os monetaristas negam exist ir um
trade-off
entr e inf lao e nvel
de e m p re g o , co m o af i rm a a p r i m e i ra ve rs o da cu rva de P h i l l i p s
co m e x p e cta t i vas e s t t i cas . Al e g am q u e e s te
trade-off
d e p e n d e d o
grau de rigidez salarial existente na economia. Mas, no longo prazo,
dizem os monetaristas, a curva de Phillips vertical - no existindo
q u al q u e r p o s s i b i l i dade de t ro ca e n t re tax a de i n f l ao e au m e n to
n o s n ve i s de e m p re g o . P ara co m p ro var s u a t e s e e s te s e co n o m i s tas
ci tam o caso dos Estados Unidos na dcada de 1970, quando al tas
-
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taxas de inf lao e em constante crescimento conviviam com baixos
n ve i s de e m p re g o .
F r i e dm an arg u m e n ta q u e a e co n o m i a g ravi ta e m to rn o de s u a
tax a n atu ra l de de s e m p re g o , a q u al , n o l o n g o p razo , i n de p e n
de n te d tax a de i n f l ao , p o r tan to n o p o de n do s e r a f e tada p e l a
pol dca monetr ia . Ainda, segundo os monetar is tas , qualquer tenta
t iva de manter a taxa de desemprego abaixo de sua taxa natural s
s e r e f i c i e n te s e as au to r i dade s m o n e tr i as co n s e g u i re m s u rp re e n
der os agentes , fazendo com que a taxa e fe t iva de inf lao se ja mai
or que a taxa esperada de inf lao . Mas , para que a taxa de desem
p re g o s e m an te n h a aba i x o de s u a tax a n atu ra l i n de f i n i dam e n te ,
necessr io que a inf lao se ace lere , para que as expectat ivas inf la
c ionrias dos agentes se jam consta ntem ente fmstradas . Es te pr inc
p io da ace lerao , ou curva de Phi l l ips ace leracionis ta na termino
l o g i a m acro e co n m i ca , co m p ro va q u e n o e x i s te u m trade~off es t
ve l entre inf lao e n ve l de emprego, fazendo com que , no longo
prazo, a curva de Phillips seja vertical, isto , uma poltica monetria
expansiva somente aumenta o n ve l de preos sem afe tar o n ve l de
e m p r e g o .
A exis tncia da taxa natural de des em preg o impl ica qu e a es
tab i l i dade de p re o s n o g u i a a e co n o m i a a o p e rar co m u m a a l ta
tax a de de s e m p re g o n o l o n g o p razo . Cas o o g o ve rn o n o i m p o n h a
u m a l e g i s l ao t raba l h i s ta q u e i m p e a o f u n c i o n am e n to do s m e ca
nismos de mercado, no longo prazo no exis t i r desemprego es tm-
tural - som ente o dese m preg o f ricc ionai (ou a taxa natural de de
s e m p re g o n a t e rm i n o lo g i a m o n e tar i s ta ) .
Outro fator a ser destacado na anlise monetarista a de que as
autor idades monetr ias devem enfat izar o contro le da oferta mone
tria em detrimento da taxa de juros. Muitos bancos centrais tentam
controlar as taxas de juros, e , ao agirem desta forma, acabam inter
vindo nas condies de crdi to da economia. Na viso de Fr iedman,
o p re o do d i n h e i ro a q u an t i dade de be n s e s e rv i o s q u e u m a
unidade monetr ia pode adquir i r . Logo, o preo do dinheiro var ia
inversamente com o nve l de preos . J o preo do crdi to a taxa
de juros . A taxa de juros re laciona es toques a f luxos . O valor do
servio de uma unidade monetr ia , var ivel de f luxo , em re lao ao
preo do dinheiro , var ivel de es toque . Ass im, tanto as pessoas como
o s
police makers
t e n de m a co n f u n dir m o e d a co m cr di to .
E m A M onetary History of the United States, 1860-1960, F r i e dm an
& S ch wartz a f i rm am a i m p o r tn c i a q u e a o f e r ta m o n e tr i a p o s s u i
-
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para afe tar os c ic los econmicos . Os autores argumentam que a es
p e t a c u l a r c o n t r a o d a a t i v i d a d e e c o n m i c a , o b s e r v a d a n o p e r o
d o d e 1 9 2 9 a 1 9 3 3 , f o i c a u s a d a p o r u m a i n c o m u m c o n t r a o d a
oferta monetar ia . O FED, ao permit i r que a ofer ta monetr ia se con
tra sse em aproximadamente 33% (ao preocupar-se em monitorar as
c on d i e s d e c r d i to - t ax as d e juros - d a e c on om ia n or te - am e r ic a
na em detr imento do controle da ofer ta monetr ia) , fo i o pr inc ipal
re s pon s v e l , n a t i c a m on e tar i s ta , pe la gran d e d e pre s s o .
importante ressal tar que os monetar is tas foram os pr imeiros
crt icos da teoria keynesiana da armadilha da l iquidez. Negam a hi
pte s e d e q ue h a ja um a a l ta e las r i c id ad e d a d e m an d a por m oe d a
em re lao s a l teraes de curto prazo nas taxas de juros de outros
at ivos l quidos . Es tudos empr icos reve laram que no caso da econo
m ia n or te - am e r ic an a a e las r i c id ad e d a d e m an d a por m oe d a e m re
lao taxa de juros prxima de zero , fa to es te que corrobora a
tese monetar is ta de que a demanda por sa ldos reais depende bas i
camente da riqueza total dos agentes .
A s s im , a po l t i c a m on e tr ia t im a aq ue la q ue garan ta um a
taxa de inf lao muito prxima de zero, para que as taxas de juros
real e nominal tendam a convergir para um valor comum.
E n f i m , s o e s t a s p r e m i s s a s e c o n c l u s e s d o c o r p o t e r i c o
m o n e t a r i s t a q u e l e v a r a m F r i e d m a n a c o n c l u i r q u e . .. in f la t io n is
alwcVi/s and everywhere a monetary phenomenon - in the sense that it is
and can be produced only by a more rapid increase in the quantity of
money than in output (Fr iedman, 1970 , p . 25) .
5 Concluso
A principal concluso deste ardgo a de que a Teoria Quanrita
t iva da Moeda foi re in terpre tada por Fr iedman como urna teor ia da
d e m an d a por m oe d a , m ais d o q ue um a te or ia d a d e te rm in a o d o
nve l de preos e da renda nominal .
Fr iedman, ao observar que no longo prazo a in f lao era cau
s ad a por um gran d e c re s c im e n to d a o f e r ta m on e tr ia e m re la o ao
prod uto re a l agre gad o , e s tab e le c e u q ue a in f la o s e m pre e e m
tod o lugar um f e n m e n o m on e tr io . T an to q ue , c on s tan te m e n te , c i ta
e m s e u s papers os caso s das h iper in f laes euro pia s (Alem anh a e
us t r ia n o ps - Pr im e i ra Gue rra e Hun gr ia e Gr c ia n o ps - S e gun -
d a G u e r r a ) , c o m o e x e m p l o s d e q u e f o r a m o s e x c e s s i v o s a u m e n t o s
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n a o f e r t a m o n e t r i a q u e c a u s a r a m o s c r n i c o s p r o c e s s o s i n f l a c i o
nr ios nes tes pases .
Os monetaristas f ixain sua anlise no longo prazo. Aceitam que
uma expanso da ofer ta monetr ia pode , no curto prazo, te r a lgum
efe i to sobre o produto agregado real , mas enfat izam que , no longo
prazo, ta l pol t ica somente ter impacto sobre o n ve l geral de pre
o s . Alm dis to , re je i tam as pol t icas econmicas que no longo pra
zo v i s am aum e n tar os n v e i s d e e m pre go , e , por c on s e guin te , d e
r e n d a r e a l a g r e g a d a v i a e x p a n s o d a o f e r t a m o n e t r i a . N a r i c a
m on e tar i s ta , e s te c om por tam e n to d e c ur to prazo d a po l t i c a m on e
tr ia pode ser conf l i tante com ob je t ivos de longo prazo, como es ta
b i l izao do n ve l geral de preos e a obteno do mximo cresc i -
rr iento econmico, ob je t ivo es te que es t a lm do a lcance da pol t i
c a m o n e t r i a .
Para encerrar , lembra-se as palavras de Cagan (1990, p . 203)
q u e r e s u m e m b e m o t e m a d e s t e a r t i g o : M onetarists believe that
econom ic activity, apart from mon etary disturbances, is inherently stable.
M uch of their disagreement with Keyn esians can be traced to this issue
(Fr iedma n, 19 70 , p . 2 5 ) .
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