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Fundamentos da
Samir Souza Reis
Fundamentos da Cor
Florianópolis, 2003
ÍndiceIntrodução ............................................................................................... 5
Disco das cores-pigmento opaco ............................................................................................... 6
Disco das cores-pigmento transparente ............................................................................................... 8
Disco das cores-pigmento transparente CMYK ............................................................................................ 10
Escala de valores ............................................................................................ 12
Escala de saturação ............................................................................................ 13
Escala de matizes ............................................................................................ 14
Contraste simultâneo de cores ............................................................................................ 15
Composições cromáticas ............................................................................................ 17
Releitura em tinta ............................................................................................ 25
Referências ............................................................................................ 27
5Fundamentosda Cor
IntroduçãoA cor pode ser deinida como a sensibilização dos cones
e bastonetes pelos diferentes comprimentos de onda da
luz. Segundo Israel Pedrosa (1999, p. 17), “a cor não tem
existência material: é apenas sensação produzida por certas
organizações nervosas sob a ação da luz”. Devemos lembrar
que a percepção da cor não está condicionada apenas ao
órgão da visão, mas também a história emocional e cultural
do indivíduo, o que faz a cor ter um caráter extremante sub-
jetivo. “Os olhos, portanto, são nossa máquina fotográica,
com a objetiva sempre pronta para impressionar um ilme
invisível em nosso cérebro” (FARINA, 1990, p. 21) .
Os estímulos luminosos podem ser divididos em dois grupos.
O primeiro corresponde à cor-luz, que é “a radiação lumi-
nosa visível que tem como síntese aditiva a luz branca” (PE-
DROSA, 1999, p. 17). Ao decompor a luz branca do sol em
suas várias faixas de freqüência temos as luzes cromáticas.
Aqui temos o vermelho, o verde e o azul-violetado como
cores primárias. Este modelo – conhecido como modelo RGB
– serve de principio para o funcionamento dos monitores
coloridos, por exemplo.
O segundo grupo corresponde a cor-pigmento que se dá
pela característica que dada substância tem de reletir, re-
fratar ou absorver os raios luminosos que incidem sobre ela.
Assim, uma substância que se apresenta azul absorve todas
as outras cores e relete os raios luminosos azuis.
6Fundamentosda CorDisco das cores-
pigmento opacoNo modelo cor-pigmento opaco as cores são formadas
através da mistura dos pigmentos coloridos. Neste modelo
as cores primárias são o vermelho, o amarelo e o azul e te-
mos como síntese subtrativa o preto.
7Fundamentosda Cor
Ao lado está representado o disco de 12 cores-pigmento opaco. As pontas dos dois triângulos indicam as cores primárias e secundárias, as outras cores correspondem as terciárias. As setas indicam as cores comple-mentares, ao girarmos a seta temos os outros pares de complementares.
gênero frio
gênero quente
primárias
secundárias
complementares
8Fundamentosda CorDisco das cores-
pigmento transparenteNo modelo cor-pigmento transparente as cores são forma-
das através da sobreposição das películas coloridas translú-
cidas, assim a luz pode atravessar a película superior – que
permite apenas os raios luminosos correspondentes a sua
cor atravessarem – e atingir a película inferior. Neste mode-
lo as cores primárias são o ciano, o magenta e o amarelo. O
preto também corresponde à síntese subtrativa das cores.
9Fundamentosda Cor
Ao lado está representado o disco de 12 cores-pigmento transparente. As pontas dos dois triângulos indicam as cores primárias e secundárias, as outras cores correspondem as terciárias. As setas indicam as cores comple-mentares, ao girarmos a seta temos os outros pares de complementares.
gêne
ro fr
io
gêne
ro q
uent
e
primárias
secundárias
complementares
10Fundamentosda CorDisco das cores-
pigmento transparente CMYKNo disco a seguir as amostras são impressas em modo CMYK
pelo processo de impressão offset.
11Fundamentosda Cor
Ao lado está representado o disco de 12 cores-pigmento transparente. As pontas dos dois triângulos indicam as cores primárias e secundárias, as outras cores correspondem as terciárias. As setas indicam as cores comple-mentares, ao girarmos a seta temos os outros pares de complementares.
gêne
ro fr
io
gêne
ro q
uent
e
primárias
secundárias
complementares
12Fundamentosda Cor 12Fundamentosda CorEscala de valores
Valor (ou brilho) é um dos parâmetros básicos da cor. No
modelo cor-pigmento opaco – aqui demonstrado – o valor
é determinado pela adição de branco ou preto a cor pura.
“A organização racional de vários índices de luminosidade
das imagens coloridas ou incolores denomina-se escala de
valores” (PEDROSA, 1999, p. 145).
13Fundamentosda Cor 13Fundamentosda CorEscala de saturação
Outro parâmetro da cor é a saturação que caracteriza a
pureza da cor. Ao adicionarmos uma cor a outra estamos
dessaturando a segunda, já ao retirarmos uma cor de outra
estamos saturando-a – tornando-a mais pura. No exemplo
dado a cor esta sendo dessaturada com a adição de cinza.
14Fundamentosda Cor 14Fundamentosda CorEscala de matizes
Matiz é a característica que diferencia uma cor de outra, é a
identidade da cor. A matiz é determinada pelo comprimen-
to de onda da cor.
15Fundamentosda CorContraste simultâneo de
coresOs primeiros estudos realizados sobre o contraste simultâ-
neo de cores foram feitos por Leonardo da Vinci. Ele
mostrou como as cores são inluenciadas pela aproxima-
ção de outras cores, por exemplo, como as cores claras, ao
serem aproximadas de cores escuras, se tornam mais claras,
e visse versa. Tomando os estudos de Leonardo, o químico
francês Michel-Eugène Chevreul explicou cientiicamente o
fenômeno em sua obra Da Lei do Contraste Simultâneo das
16Fundamentosda Cor
Cores. Segundo Chevreul existem três tipos de contraste: o
simultâneo, o sucessivo e o misto. A partir destes fenômenos
Chevreul demonstra que duas superfícies coloridas justapos-
tas exibirão duas modiicações: de valor e de tom.
No primeiro exemplo é explorado o contraste de matiz entre
duas cores quentes. Já no segundo o contraste entre quente
e fria faz com que as duas cores realcem uma a outra. Nota-
se como o laranja se torna mais claro em combinação com o
vermelho mais escuro.
17Fundamentosda CorComposições cromáticas
A seguir são apresentados alguns estudos cromáticos que
exploram os conceitos de contraste e harmonia. No primei-
ro estudo é explorado o contraste de complementares que
cria uma vibração entre o verde e o magenta dando a im-
pressão de que as formas estão constantemente trocando
de plano.
19Fundamentosda Cor
No estudo a seguir o contraste quente/frio ressalta a sensa-
ção de profundidade dada pelo azul.
21Fundamentosda Cor
No estudo a seguir os tons quentes justapostos criam a
ilusão de profundidade.
23Fundamentosda Cor
No último estudo a harmonia das cores frias mostra equilí-
brio.
25Fundamentosda CorReleitura em tinta
A seguir é apresentado um estudo da obra Terrasse du café
le soir de Vincent Van Gohg. O objetivo e expeimentar a
maneira como o artista sobrepõe as pinceladas de cores
para criar os movimentos e texturas.
27Fundamentosda CorReferências
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunica-
ção. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1990.
GONÇALVES, Berenice. Fundamentos para o estudo da cor.
[Florianópolis]: [s.n.], [199-].
PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. 7. ed. Rio de Ja-
neiro: Léo Christiano, 1999.