Download - Xaropes, Melitos e Elixires
Universidade Federal de Alagoas ESENFAR Farmacotcnica I
Solues Medicamentosas(II)
CAMILA BRAGA DORNELAS
2009/2
Sacarleos OU XAROPES Definio = So preparaes farmacuticas aquosas, lmpidas, que contm acar, como a sacarose, em concentrao prxima a saturao. VantagensConfere valor energtico Desempenha funo edulcorante e conservante (leva desidratao de moos, os quais sofrem plasmlise) Elevada viscosidade, impedindo turvaes ou precipitaes
DesvantagensNo pode ser utilizado por diabticos Aporte calrico Cariognico
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Classificao Simples: constitudo de acar + gua Caractersticas do xarope simples Incolor, lmpido e densidade = 1,33
Compostos (ou medicamentosos): so preparados em sua maioria usando o xarope simples como veculo.
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Principal componente: Sacarose Sacarose = dissacardeo = glicose + frutose
Solubilidade na gua: 1 g 1g gua Destilada ou deionizada
0,5mL a frio 0,2mL a quente
Isenta de clcio e livre de dixido de carbono
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Preparao dos xaropes: So dois processos: A QUENTE
A sacarose aquecida em soluo aquosa sofre hidrlise parcial sendo esta Solues Medicamentosas (II) do acar invertido. -5acompanhada da precipitao
Frmula para o xarope simples: Sacarose...........................................850g gua destilada.............qsp.............1000ml Tcnica: Aquecer (~ 80C) at solubilizar o acar e imediatamente suspender o aquecimento para evitar a inverso da sacarose. Agitao constante Uso de agitadores mecnicos Aquecimento Em demasia - hidrlise da sacarose, com precipitao de acar invertido e perda de gua pela evaporao Na indstria - aquecimento por vapor d'gua Clarificao Filtrao: filtro de papel de poro largo. Emprego de adsorventes: carvo ativado (descorar), talco, carbonato de Mg (tinturas resinosas ou balsmicas).Solues Medicamentosas (II) -6-
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A FRIO
A sacarose aquecida em soluo aquosa sofre hidrlise parcial sendo esta Solues Medicamentosas (II) do acar invertido. -8acompanhada da precipitao
ACRSCIMO DE SACAROSE A UMA DETERMINADA SOLUO MEDICAMENTOSA
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PERCOLAO
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Aditivao dos xaropes i) Incorporao do ativo no momento do preparo do xarope
ii) Incorporao do ativo no xarope pronto: - slidos - lquidos - associaes
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Alterao dos xaropes Fatores que podem desencadear a alterao dos xaropes: Agentes atmosfricos (oxignio e anidrido carbnico) Aquecimento (facilita hidrlise e a caramelizao da sacarose, e alterao do frmaco) Acar invertido = 1 mol glicose + 1 mol frutose Exposio luz (alterao dos frmacos, catlise). Interaes dos componentes do xarope (reao entre os frmacos, adjuvantes e sacarose) Proliferao microbiana (adio de conservantes: metil e propilparabenos)
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Controle de qualidade Caractersticas organolpticas - lquido lmpido, viscoso e de sabor agradvel Caractersticas qumicas - teor de sacarose, acar invertido e dosagem do princpio ativo. Caractersticas fsicas: Viscosidade: 190cP - 20C (Brookfield ou Copo Ford)
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Polarimetria Densidade (usar densmetros ou picnmetros) 1,30 - 1,33, a 25C
Se tiver excesso de gua (d < 1,30) - contaminao por moo Se tiver excesso de acar (d > 1,33) - cristalizao
Acondicionamento Frascos de vidro ou plstico Tampas de material plstico
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*D R A G E A M E N T O
camada isolante 1 Fase camada elstica camada alisante adio de xarope simples
2 Fase
3 Fase
polimento
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MELITOS Definio: So preparaes lquidas apresentando uma consistncia xaroposa, que devida grande percentagem de mel que contm, o qual se encontra dissolvido num veculo aquoso. Preparao: Dissoluo do mel em gua melito simples ou numa soluo aquosa Clarificao. Densidade: 1,32 a 15C
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Alcoleos aucarados OU ELIXIRES Definio Solues hidro-alcolicas transparentes e edulcoradas ( geralmente com acar) podendo ser flavorizadas para melhorar a palatabilidade.
Caracterstica
Menos doces e menos viscosos que um xarope tradicional de sacarose. O(s) solvente(s) podem ser composto(s) por glicerina, sorbitol, propilenoglicol, polietilenoglicol 400. O teor alcolico varia bastante (15 a 50 GL) conforme o ativo incorporado.*Os elixires que contm mais de 10 a 12% de lcool => so autoconservantes e no necessitam adio de um antimicrobiano para sua conservao.
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Vantagens: - Permite a dissoluo de ativos tanto hidrossolveis quanto solveis em lcool. - O processo de dissoluo facilitado em relao a solubilizao em xarope por exemplo. - Dependendo do teor alcolico de sua frmula pode se tornar autoconservante. Desvantagens: - O poder de mascaramento do sabor em relao ao xarope inferior - No so indicados a crianas ou adultos que no podem ingerir lcool (informar ao paciente). - Existem restries na legislao brasileira sobre o uso de etanol em vrias preparaes lquidas.
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USO DE ETANOL EM PREPARAES LQUIDAS ORAIS................................ Resoluo RE n 543, de 19 de abril de 2001Determinar a imediata proibio da presena do etanol na composio de produtos estimulantes de apetite e crescimento, fortificantes, tnicos, complementos de ferro e fsforo.
Resoluo - RE n 1, de 25 janeiro de 2002Anvisa mantm a proibio da presena de etanol em todos as substncias fortificantes, estimulantes de apetite e crescimento, e complementos de ferro conforme disposto na Resoluo RE n 543/01. E determinar que as substncias polivitamnicas destinados crianas com idade inferior a 12 anos ou de USO PEDITRICO, apresentem uma concentrao mxima de etanol no superior a 0.5% em suas formulaes e que as substncias que se enquadrem no artigo supracitado devem, obrigatoriamente, apresentar em destaque em suas rotulagens a seguinte advertncia com dimenses de fcil leitura: "Contm 0.5% de etanol". Determina tambm que as substncias polivitamnicas destinados ao USO ADULTO apresentem uma concentrao de etanol no superior a 2,0% em suas formulaes e que as substncias que se enquadrem no artigo supracitado devem, obrigatoriamente, apresentar em destaque em suas rotulagens, bulas, impressos em etiquetas e prospectos a seguinte advertncia com dimenses de fcil leitura: "Produto de uso exclusivo em adultos. O uso em crianas representa risco sade"
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Tcnica:
1) Pesar/medir cada princpio ativo e adjuvantes separadamente com auxlio de esptula, vidro de relgio e balana ou clice, conforme o caso. 2) Solubilizar os ativos hidrossolveis em gua e os solveis em lcool no lcool, j nas quantidades de cada solvente que ser utilizado. 3) Transfira a fase alcolica para o balo volumtrico. 4) Verta a fase aquosa sobre a alcolica e homogeinize bem e complete o volume, se necessrio. 5) Se a soluo ficar turva, deixe descansar por algumas horas e filtre. 6) Embalar em vidro mbar e rotular adequadamente. 7) Armazenar em temperatura ambiente ou em geladeira, de acordo com a estabilidade dos ativos incorporados.
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