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INÍCIO
Sumá rio
Os pro ximos pássos dos BCs 2
A Horá dá Verdáde Chegou 4
Rentábilidáde e Atribuiçá o de Performánce 6
Contáto, Locálizáçá o e Discláimer 8
12 de Setembro de 2016
A HORA DA VERDADE
INÍCIO
Os Próximos Passos dos BCs
CENÁRIO GLOBAL
• O discurso dos membros do Fed, inclusive o nu cleo máis relevánte, está se álinhándo em umá
posturá máis háwkish novámente, sinálizándo umá áltá de juros áindá em 2016. Contudo, o
cená rio defendido pelos membros do FOMC sugere umá diverge nciá entre á tende nciá dá táxá
de juro curtá e dá longá. Em termos de dádos econo micos e polí ticá monetá riá de curto prázo,
ácreditámos que ás surpresás negátivás dos ISMs e Páyroll sejám suficientes párá diminuir á
possibilidáde de umá áltá em setembro.
• No Reino Unido, ás surpresás positivás nos dádos divulgádos nás u ltimás semánás colocárám
em cheque o cená rio pessimistá do Bánk of Englánd párá á átividáde. Márk Cárney reiterou á
posturá dovish em um discurso recente. Ná Zoná do Euro, o Europeán Centrál Bánk decidiu
mánter seus instrumentos de polí ticá monetá riá inálterádos ná suá u ltimá reuniá o, frustrándo
á expectátivá de párte do mercádo.
• Por fim, no Jápá o, o Bánk of Jápán irá reálizár umá reáváliáçá o de seus instrumentos ná reuniá o
de setembro. As expectátivás sá o áltás, colocándo o evento no centro dás discusso es sobre á
efetividáde dos Báncos Centráis e o futuro dá polí ticá monetá riá globál.
Nás u ltimás tre s semánás, verificámos um
álinhámento do discurso dos membros do Fed
no sentido de sinálizár umá áltá ná táxá de juros
áindá em 2016. Ale m do grupo máis háwk, que
vem defendendo esse discurso há álgum tempo,
támbe m ficou evidente á mudánçá ná posturá do
nu cleo máis importánte, composto por Yellen,
Fischer e Dudley. Essá mudánçá vái ná direçá o
dá nossá projeçá o de máis umá eleváçá o ná táxá
de juros ná reuniá o de dezembro.
Contudo, o cená rio defendido pelos membros do
FOMC sugere umá diverge nciá entre á táxá de
juros curtá e á longá. Apesár desse discurso
háwkish párá o curto prázo, á discussá o em
torno dá quedá no juro reál de equilí brio (r*),
devido á quedá ná produtividáde, possibilitá que
á táxá longá permáneçá relátivámente áncorádá.
Utilizándo á modelágem dá regrá de Táylor,
chegámos á umá conclusá o similár á expostá por
Jánet Yellen em seu discurso no Jáckson Hole.
Cáso á táxá de juro reál sejá 0% (áo inve s de 1%,
como previsto ánteriormente), á táxá nominál
de equilí brio, que seriá o ponto finál do processo
de normálizáçá o que o Fed vem tentándo
conduzir, seriá máis báixá, pro ximá de 2%
(grá fico 1).
Em termos de dádos econo micos e polí ticá
monetá riá de curto prázo, ácreditámos que ás
surpresás negátivás nos dádos de átividáde nás
u ltimás duás semánás sejám suficientes párá
reduzir substánciálmente ás probábilidádes de
umá áltá de juros ná reuniá o de setembro. O
reláto rio de mercádo de trábálho trouxe umá
geráçá o lí quidá de 151 mil vágás em ágosto, com
o desemprego e á táxá de párticipáçá o está veis,
levándo o indicádor ágregádo de mercádo de
trábálho do Fed á cáir novámente (grá fico 2).
Adicionálmente, verificámos quedás nos ISMs de
ágosto, sinálizándo umá desáceleráçá o dos
dádos de átividáde ná segundá metáde do
terceiro trimestre (grá fico 3).
No Reino Unido, verificámos umá rodádá de
dádos fortes de átividáde nás u ltimás tre s
semánás. Destáque positivo áqui párá á áltá forte
do PMI Mánufácturing (grá fico 4), que sáltou 5
pontos em ágosto, máis do que devolvendo á
quedá observádá em julho. Essás surpresás
positivás está o colocándo em cheque o cená rio
pessimistá exposto pelo BoE em suá u ltimá
reuniá o de polí ticá monetá riá, que serviu como
principál árgumento párá á implementáçá o do
pácote de áfrouxámento ápo s o referendo. Em
2
INÍCIO
um discurso recente, o presidente do BoE, Márk
Cárney, reiterou o tom dovish, defendendo que á
diminuiçá o dos riscos de recessá o se deveu á
áçá o proátivá do Bánco Centrál. A pro ximá
decisá o será no diá 15 de setembro
Ná Zoná do Euro, á melhorá nos dádos de
átividáde, mercádo de trábálho e concessá o de
cre dito sugerem um impácto positivo dos
estí mulos monetá rios implementádos áte áqui,
ápesár do cená rio de infláçá o áindá deprimidá.
Adicionálmente, ápesár de reviso es
márginálmente negátivás párá infláçá o e
crescimento, o ECB decidiu ná o álterár seus
párá metros de polí ticá monetá riá ná reuniá o de
setembro, frustrándo ás expectátivás de párte do
mercádo. Especificámente, o presidente Mário
Drághi foi máis háwkish do que o esperádo áo
áfirmár que os membros do comite do ECB ná o
discutirám á extensá o do prográmá de comprá
de átivos (que ácábá oficiálmente em márço de
2017), más somente á composiçá o dás comprás
mensáis.
Por fim, o BoJ irá reálizár umá reáváliáçá o de
seus instrumentos ná reuniá o de setembro, no
mesmo diá dá reuniá o do FOMC. A deterioráçá o
dos dádos de infláçá o (grá fico 5) colocou áindá
máis pressá o sobre Kurodá (presidente do BC
jápone s), que voltou á reiterár que irá fázer o
que for preciso párá átingir á metá de 2% de
infláçá o. As expectátivás sá o áltás, colocándo o
evento no centro dás discusso es sobre á
efetividáde dos Báncos Centráis e o futuro dá
polí ticá monetá riá globál.
Em sumá, o cená rio internácionál segue benigno
com liquidez ámplá e crescimento está vel.
Contudo, ádicionámos á nossá listá de riscos
globáis, o ácompánhámento dos pro ximos
pássos dos grándes Báncos Centráis, com o BoJ
ássumindo um pápel centrál.
Gráfico 1: Regra de Taylor para diferentes taxas reais de
equilíbrio.
Gráfico 2: Fed LMCI voltou a cair em agosto.
Gráfico 3: Queda no ISM de serviços sugerindo desaceleração do
consumo.
Gráfico 4: PMI do Reino Unido devolvendo a queda de julho.
Gráfico 5: Deterioração dos dados de inflação no Japão.
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INÍCIO
A Horá dá Verdáde Chegou
CENÁRIO DOMÉSTICO
• Apo s á concretizáçá o do impeáchment, á horá dá verdáde chegá párá o novo governo e ás átenço es
se voltám párá o ándámento dás medidás fiscáis. Dádá á estruturá dos gástos primá rios, reverter á
trájeto riá insustentá vel dás despesás do governo dessá vez terá de ser feitá viá reformás e ná o ná
“ bocá do cáixá”. A ágendá e desáfiádorá e o cáminho e longo e difí cil.
• O Bánco Centrál moderou seu discurso áo retirár de suá comunicáçá o oficiál o segmento que
áfirmává “ná o háver espáço párá flexibilizáçá o monetá riá”. Aindá ássim, o BC condicionou que o
iní cio do ciclo de corte de juros dependerá de fátores que permitám máior confiánçá ná
converge nciá dá infláçá o párá 4,5% em 2017.
• Por fim, ná átividáde reforçámos nossá expectátivá de recuperáçá o no segundo semestre á despeito
dá decepçá o com á divulgáçá o do PIB do segundo trimestre. Em reláçá o áo setor externo, tivemos
poucás mudánçás e mántemos á visá o que mesmo com á estábilizáçá o do ájuste dá contá corrente, o
fluxo cámbiál deverá ser melhor no finál deste áno.
Apo s o te rmino do processo de impeáchment, á
horá dá verdáde chegá párá o governo do
presidente Temer e ás átenço es se voltám párá o
ándámento dás medidás fiscáis, que terá o de ser
áprovádás no Congresso Nácionál. A
importá nciá e á urge nciá dessás medidás
derivám dá trájeto riá dos resultádos primá rios
projetádá párá os pro ximos ános, com destáque
párá á diná micá insustentá vel de crescimento
dos gástos. No grá fico 1, dividimos os gástos do
governo federál entre obrigáto rios e
discricioná rios, sendo que representám cercá de
80% e 20%, respectivámente. E possí vel ver que
ápesár do ájuste feito nás despesás
discricioná riás desde 2015, esse ájuste ná “bocá
do cáixá” ná o e máis suficiente e deve-se,
portánto, controlár ás despesás obrigáto riás.
Párá tánto, sá o necessá riás reformás estruturáis
que exigem um cáminho máis trábálhoso no
Congresso
Nesse áspecto, á PEC do teto de gástos e
fundámentál párá á sustentábilidáde fiscál e
támbe m párá sinálizár á necessidáde de outrás
reformás, em especiál á reformá dá previde nciá.
Podemos ver no grá fico 2 que com o crescimento
reál dos gástos previdenciá rios em torno de 4%
áo áno e os gástos com folhá de págámento,
sáu de e educáçá o seguindo á infláçá o do áno
ánterior, os demáis gástos dá uniá o terá o umá
forte reduçá o, áte serem zerádos no finál dá
de cádá que vem.
Nosso cená rio contemplá que á PEC de gástos
deverá ser áprovádá ná Cá márá dos Deputádos
ápo s ás eleiço es municipáis áo mesmo tempo em
que deverá o começár os trá mites dá reformá dá
previde nciá no Congresso, que deverá ser
áprovádá ápenás em 2017. De formá gerál, como
temos ressáltádo, á ágendá e , ále m de
necessá riá, bástánte ámbiciosá, e o cáminho
párá tál e longo e difí cil. Por esses motivos,
permánecemos cáutelosámente otimistás.
Em reláçá o áo resto do cená rio econo mico, o
Bánco Centrál mudou seu discurso e ádotou umá
posturá máis moderádá áo retirár de suá
comunicáçá o oficiál o trecho em que áfirmává
Gráfico 1: Evolução das despesas do Governo Federal/ Ajuste
fiscal depende de ajustes estruturais. Fonte: Tesouro Nacional
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INÍCIO
que dádo o bálánço de riscos, ná o háveriá espáço
párá flexibilizáçá o monetá riá. Aindá ássim, o BC
condicionou o iní cio do ciclo de cortes á umá
máior confiánçá ná converge nciá dá infláçá o
párá á metá de 4,5% em 2017 e destácou os
seguintes fátores que potenciálmente poderiám
ájudár ná suá tárefá: (i) limitáçá o do choque de
álimentos no IPCA, (ii) máior velocidáde dá
desinfláçá o dos nu cleos e do grupo serviços e
(iii) reduçá o dás incertezás em reláçá o ás
medidás fiscáis, com destáque párá á PEC de
gástos.
Aindá que esse movimento do BC reflitá o desejo
em deixár á “portá ábertá” párá um possí vel
corte de juros já ná reuniá o do Copom em
outubro, ácreditámos que os fátores destácádos
ná o estárá o posicionádos de modo que o comite
estejá confortá vel ná converge nciá párá 4,5%
em 2017. Aindá que o cená rio de preços de
álimentos devá melhorár prospectivámente
(grá fico 3), á evoluçá o dá PEC de gástos no
Congresso e á evoluçá o dá infláçá o subjácente
(grá fico 4) deverá o permánecer como pontos de
incertezá. Dessá máneirá, mántemos nossá
projeçá o párá á quedá de juros somente em
novembro.
Em reláçá o á átividáde, á divulgáçá o do PIB do
segundo trimestre decepcionou o mercádo ná
márgem, más continuámos confiántes ná
retomádá dá economiá como explicitádo no
nosso indicádor ántecedente de PIB, que ápontá
párá á continuidáde dá reversá o dá átividáde
econo micá (grá fico 5). Em tempo, revisámos
nossá projeçá o de PIB párá 2017 de 1,0% párá
1,7%, seguindo á forte recuperáçá o dás
confiánçás dos empresá rios que deverá o gerár
recuperáçá o dos investimentos.
Por fim, o cená rio externo teve poucás
novidádes e, ápesár dá estábilizáçá o do processo
de ájuste em contá corrente nos u ltimos meses,
o Bálánço de Págámentos deverá ápresentár
superá vit nesse segundo semestre.
Gráfico 2: Projeção para a evolução dos gastos do govero
federalsob a PEC do teto dos gastos/ Sem uma reforma
previdenciáriá eficiente, teremos um “shutdown” do governo
Federal na próxima década. Fonte: Tesouro Nacional
Gráfico 3: Evolução do grupo Alimentação no IPCA e do índice
IC-BR agrícola/ Alimentação tem surpreendido para cima mas
deverá começar a desacelerar de forma mais importante. Fonte:
IBGE, BCB, Garde
Gráfico 4 : Evolução dos núcleos de inflação.
Fonte: IBGE, Garde
Gráfico 5 : Leading Indicator da Garde e evolução do PIB/ Indicador
antecedente indica continuidade do processo de recuperação da atividade
Fonte: IBGE, Garde
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INÍCIO
Rentábilidáde e Atribuiçá o de Performánce
1 Início do fundo 06/12/2013; 2 IHFA: Índice de Hedge Funds da Anbima
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Contáto e Locálizáçá o
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