embrapa 2007 30-11-2014

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    Luciana Correia de Almeida RegitanoSimone Cristina Mo Niciura

    Adriana Mrcia Guaratini IbelliJoo Jos de Simoni Gouveia

    Protocolos de Biologia

    MoLecuLar aplicada

    Produo nimal

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    Luciana Correia de Almeida Regitano

    Mdica Veterinria, Dra., Pesquisadora da Embrapa Pecuria Sudeste, Rod.

    Washington Luiz, km 234, Caixa Postal 339, CEP: 13560-970, So Carlos, SP.

    Endereo eletrnico: 633

    Simone Cristina Mo Niciura

    Mdica Veterinria, Dra., Pesquisadora da Embrapa Pecuria Sudeste, Rod.

    Washington Luiz, km 234, Caixa Postal 339, CEP: 13560-970, So Carlos, SP.

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Adriana Mrcia Guaratini IbelliBiloga, Universidade Federal de So Carlos, Rod. Washington Luiz, km 235, So

    Carlos, SP.

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Joo Jos de Simoni Gouveia

    Mdico Veterinrio, Universidade Federal de So Carlos, Rod. Washington Luiz, km

    235, So Carlos, SP.

    Endereo eletrnico:MM63

    Gisele Batista Veneroni

    Biloga, Universidade Federal de So Carlos, Rod. Washington Luiz, km 235, So

    Carlos, SP.

    Endereo eletrnico: 6N33

    Gustavo Gasparin

    Bilogo, Universidade Federal de So Carlos, Rod. Washington Luiz, km 235, So

    Carlos, SP.

    Endereo eletrnico: A6N33

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    NDICE

    1. Regras de segurana no laboratrio...................................

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    1

    2. Extrao de DNA .................................................................. Joo Jos de Simoni Gouveia Luciana Correia de Almeida Regitano

    3

    3. Extrao de RNA .................................................................. Adriana Mrcia Guaratini Ibelli Luciana Correia de Almeida Regitano

    Simone Cristina Mo

    9

    4. Quantificao em espectrofotmetro ................................ Luciana Correia de Almeida Regitano

    12

    5. Reao em cadeia da polimerase (PCR) ............................ Adelita Carolina Santiago Gisele Batista Veneroni Luciana Correia de Almeida Regitano

    14

    6. Enzimas de restrio ........................................................... Gisele Batista Veneroni Luciana Correia de Almeida Regitano

    18

    7. Eletroforese de cidos nuclicos ....................................... Joo Jos de Simoni Gouveia Luciana Correia de Almeida Regitano

    22

    8. Seqenciamento .................................................................. Kerli Ninov Lilian Giotto Zaros

    31

    9. Sntese de DNA complementar (cDNA) ............................. Adriana Mrcia Guaratini Ibelli Luciana Correia de Almeida Regitano

    38

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    10. PCR quantitativo em tempo real ....................................... Helena Javiel Alves

    42

    11. Mapeamento de QTLs QTL Express .............................. Millor Fernandes do Rosrio

    Ktia Nones

    49

    12. Arranjos de DNA ................................................................. Erika Cristina Jorge Luiz Lehman Coutinho

    55

    13. Preparo de Solues .......................................................... 61

    Referncias ............................................................................... 64

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    1. REGRAS DE SEGURANA EM LABORATRIOS

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    Segurana a prioridade nmero um em qualquer laboratrio qumico.

    importante conhecer sempre o laboratrio como um ambiente global de

    trabalho experimental.

    J no incio deve-se familiarizar com todo equipamento de segurana

    disponvel no laboratrio, sabendo onde encontr-lo e como utiliz-lo:

    - lava-olhos;

    - chuveiro de emergncia;

    - extintores;

    - sadas de emergncia;

    Muitas regras de segurana envolvem apenas bom senso:

    - no tocar em itens quentes;

    - no comer, nem beber no laboratrio;

    - no fumar dentro do laboratrio;

    - no fazer brincadeiras;

    O uso de Equipamentos de Proteo Individual (EPIs) obrigatrio, assim

    como o uso de capela de exausto em caso de solventes.Manter vidrarias sempre em condies adequadas de trabalho.

    Manter as solues sempre identificadas e com os cuidados a serem tomados

    em caso de acidentes.

    Manter os frascos de reagentes sempre limpos, sem respingos para manter

    uma boa condio de uso dos tcnicos e estagirios.

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    Usar sempre culos de segurana e avental de preferncias de algodo e

    mangas longas.

    No use saias, bermudas, ou calados abertos.

    Pessoas de cabelos longos, mant-los sempre preso.

    No trabalhe sozinho, principalmente fora do horrio de expediente.

    Lave bem as mos ao deixar o laboratrio

    Ao executar qualquer experimento esteja consciente de como proceder e os

    cuidados.

    Leia atentamente o protocolo at o fim, verificando se compreendeu todos os

    procedimentos e se possui todo o material necessrio.

    Nunca brinque no laboratrio.

    Certifique-se da tenso de trabalho da aparelhagem antes de conect-lo

    rede eltrica. Quando no estiverem em uso, os aparelhos devem ficar

    desconectados.

    No use nenhum equipamento para o qual no tenha sido autorizado ou

    treinado a utilizar.

    Respeite seus amigos de trabalho, no os distraindo com conversas

    paralelas.

    Caso perceba algo diferente ou mesmo anormal, recorra ao tcnicoresponsvel, para tirar suas dvidas.

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    2. EXTRAO DE DNA

    Joo Jos de Simoni Gouveia

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    A extrao dos cidos nuclicos (DNA e RNA) o primeiro passo para a

    realizao da maioria das metodologias de biologia molecular. Pode-se obter DNA a

    partir de inmeros tipos de tecidos e clulas, e existe uma infinidade de protocolos

    para realizao de tal procedimento. A escolha do protocolo de extrao de DNA

    depender de diversos fatores como: tipo de tecido a ser utilizado, grau de pureza e

    de integridade necessria para a aplicao em que o DNA ser utilizado (PCR,

    seqenciamento, clonagem gnica, etc.) (Bartlett, 2003).

    O primeiro relato sobre isolamento de DNA data de 1869 e foi realizado por

    Friedrich Miescher, a partir de leuccitos presentes em pus. Miescher lisou estas

    clulas com uma soluo alcalina e precipitou o material nuclear com soluo salina.

    Este material nuclear que posteriormente seria conhecido como DNA, foi chamado

    de nuclena (http://www.dbbm.fiocruz.br/helpdesk/mbiology/historico2004.pdf, http://www.dnai.org ).

    Basicamente, o processo de extrao de DNA consiste em duas etapas. A

    primeira etapa a extrao propriamente dita e consiste no rompimento das

    membranas celulares (e conseqente exteriorizao do DNA). A segunda fase

    consiste na purificao do DNA em soluo, ou seja, retirada dos outros

    componentes celulares da soluo (restos de membrana, protenas, RNA) (Romano,

    1999).

    O rompimento das membranas celulares geralmente feito com detergentes

    (SDS ou CTAB). A utilizao de agentes caotrpicos como o tiocianato de guanidina

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    impede o DNA de se ligar nas outras molculas, facilitando sua separao na

    segunda fase do processo. Aps esta fase, deve-se separar o DNA dos outros

    componentes celulares. Isto feito por meio da adio de substncias que faam

    com que a soluo torne-se heterognea e que o DNA fique dissolvido em apenas

    uma das fases, como por exemplo, quando se utiliza fenol para desnaturar as

    protenas, ficando o DNA na fase aquosa e as protenas na interface entre as fases

    orgnica e aquosa. Uma alternativa utilizao dos solventes orgnicos como o

    fenol fazer a separao das protenas utilizando altas concentraes de sal

    (salting-out). Aps separar o DNA dos outros componentes celulares, pode-se

    proceder uma precipitao do DNA para garantir a mxima pureza do material, esta

    precipitao geralmente faz-se utilizando lcool (etanol ou isopropanol) que, em

    presena de ctions monovalentes, promove uma transio estrutural na molcula

    de cido nuclico, resultando em agregao e precipitao (Regitano, 2001;

    Azevedo, 2003; http://www.etall.hpg.ig.com.br/cursopcr.html).

    Os protocolos abordados neste captulo so utilizados na rotina do laboratrio

    de Biotecnologia Animal do Centro de Pesquisa de Pecuria do Sudeste e so

    adaptaes dos protocolos descritos em Regitano (2001).

    O objetivo deste captulo fazer com que o aluno entenda os princpios deste

    processo, a finalidade de cada reagente em um protocolo de extrao de DNA e, a

    partir da, possa utilizar e adaptar os protocolos j existentes de acordo com sua

    necessidade e disponibilidade de reagentes.

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    2.1. Extrao de DNA de Leuccitos

    A) Obteno de Leuccitos

    1. Coletar 5mL de sangue em tubos contendo EDTA potssico [50L de

    EDTA(K3) a 15%]

    O EDTA uma substncia anticoagulante. Existem outras substncias com

    esta finalidade (citrato e heparina), porm se o DNA for utilizado para PCR no se

    deve utilizar heparina, pois esta substncia interfere na atividade da enzima Taq

    DNA polimerase.

    2. Transferir 2,5 mL do sangue para um tubo Falcon de 15mL

    3. Adicionar 10mL de Soluo A e vortexar at homogeneizar

    4. Centrifugar por 10 min a 700 xg

    5. Dispensar o sobrenadante

    6. Ressuspender o pellet em 5mL de Soluo A

    7. Vortexar at dissolver completamente o pellet

    8. Centrifugar por 10 min a 700 xg

    9. Repetir os passos 4 9 at obter somente as clulas brancas (o pellet

    deve estar branco cremoso).

    Resduos de hemoglobina inibem a reao de PCR

    10. Ressupender o pellet em 500L de Soluo A e transferir para microtubos

    de 1,5mL

    11. Centrifugar 5 min a 16.000 xge descartar o sobrenadante.

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    As clulas brancas assim preparadas podem ser armazenadas entre -20C e -

    80C

    B) Extrao e purificao do DNA

    1. Ressuspender o pellet em 500L de Soluo B

    2. Vortexar at o pellet desprender do fundo do tubo

    3. Incubar a 55C por 4-6 horas (ou overnight). Vortexar periodicamente

    durante a incubao para que a dissoluo do pellet seja completa

    A Soluo B contm Tris HCl (pH 8,0) que uma soluo tampo, cuja

    finalidade manter o pH constante. Como o pH timo para a ao de DNases

    endgenas por volta de 7,0, este reagente ajuda a evitar a ao destas nucleases.

    O SDS um detergente inico forte, cuja funo romper as membranas celulares,

    o EDTA age quelando ons Mg2+ e Ca2+ (que so co-fatores de diversas enzimas

    nucleares como as DNases) e a proteinase K hidrolisa as protenas.

    Se houver disponibilidade de um bloco aquecido com agitador (termomixer),

    deve-se deixar as amostras agitando durante a incubao.

    4. Adicionar 210L de TE (pH 7,6) e 240L de NaCl 5M

    O NaCl far com que as protenas precipitem por excesso de ons. O TE um

    tampo.

    5. Agitar os tubos por inverso at formar pequenos cogulos

    6. Incubar em gelo por 10 min

    7. Centrifugar por 15 min a 16.000xg

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    8. Recolher o sobrenadante dividindo-o em dois microtubos de 1,5mL

    limpos (mximo de 500L de sobrenadante por tubo)

    9. Adicionar 1mL de etanol 100% (absoluto) gelado em cada tubo e

    misturar por inverso

    fundamental que o volume de etanol corresponda , no mnimo, 02 vezes

    o volume da soluo para que a precipitao do DNA seja eficiente.

    Alternativamente, pode-se utilizar 01 volume de isopropanol temperatura

    ambiente.

    O lcool torna o meio muito hidrofbico para o DNA, fazendo com que ele

    precipite sobre sua prpria estrutura.

    10. Centrifugar por 15 min a 16.000xg

    11. Descartar o sobrenadante

    12. Secar em papel

    13. Adicionar 500L de etanol 70% gelado

    O lcool 100% faz com que precipitem muitos sais juntamente com o DNA,

    alm de dificultar a ressuspenso do DNA, por isso utiliza-se uma lavagem com

    lcool 70%.

    14. Centrifugar por 5 min a 16.000xg

    15. Descartar o etanol e secar o pellet

    16. Adicionar 250L de TE+RNase (10g de RNase por mL de amostra) e

    incubar por 1h a 37C

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    Este protocolo isola juntamente com o DNA uma quantidade considervel de

    RNA, por isso o tratamento com RNase se faz necessrio para remover este

    contaminante.

    2.2.EXTRAO DE DNA DE SANGUE UTILIZANDO O KIT GFX

    Mrcia Cristina de Sena Oliveira

    1. Colocar 300 L de sangue e 900 L de soluo de lise em microtubo de 1,5

    mL

    2. Homogeneizar, centrifugar a 21.000 xg por 5 minutos e descartar o

    sobrenadante

    3. Homogeneizar e adicionar 500 L de soluo de extrao

    4. Incubar por 5 minutos temperatura ambiente e transferir o contedo do

    tubo para a coluna de extrao acoplada a um tubo coletor

    5. Centrifugar a 5.000 xg por 1 minuto

    6. Adicionar coluna 500 L de soluo de extrao e centrifugar a 5.000 xg

    por 1 minuto

    7. Adicionar coluna 500 L de soluo de lavagem e centrifugar a 21.000 xg

    por 3 minutos

    8. Transferir a coluna para um microtubo de 1,5 mL, limpo e livre de DNAses

    9. Adicionar 100 L de gua bidestilada, autoclavada e aquecida a 70C.

    Incubar por 1 minuto temperatura ambiente. Centrifugar a 5.000 xg por 1

    minuto

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    3. EXTRAO DE RNA

    Adriana Mrcia Guaratini Ibelli

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    Simone Cristina Mo

    A anlise do RNA pode fornecer informaes importantes sobre expresso

    gnica. Para que isto seja possvel, necessrio que seja feito uma purificao

    eficaz do RNA, mantendo sua integridade e qualidade.

    Os mtodos para isolamento de RNA baseiam-se na lise e na desnaturao

    das clulas que permitem a liberao dos cidos nuclicos totais e na presena de

    inibidores que impedem a ao de ribonucleases (RNAses) (Ausubel, 1987).

    A principal dificuldade na extrao de RNA a presena de grande

    quantidade de ribonucleases (RNAses) estveis e ativas nos tecidos, que permitem

    que o RNA (altamente instvel) seja rapidamente degradado. Desta maneira, a

    primeira etapa em todos os mtodos de isolamento de RNA aps a pulverizao dos

    tecidos, a exposio deste material a tampes de extrao. Estes apresentam

    substncias como o cloreto de ltio que auxilia a precipitao do RNA e isotiocianato

    de guanidina que permite a manuteno do RNA intacto nas etapas posteriores da

    extrao, atravs da degradao das ribonucleases endgenas (Sambrook, 2002).Atualmente, h vrios reagentes comerciais como, por exemplo, Trizol

    (Invitrogen) e Brazol (Lab Trade do Brasil) que possuem em sua composio

    reagentes combinados, como isotiocianato de guanidina e fenol, possibilitando uma

    extrao de RNA mais rpida que a dos protocolos convencionais e garantindo a

    integridade do material (Sambrook, 2002).

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    necessria ainda a adio de clorofrmio ao tampo contendo RNA que

    solubiliza os lipdios permitindo a sua remoo. Aps a centrifugao, trs fases

    podero ser observadas: uma rsea formada pela presena do fenol, uma interfase

    formada pelo clorofrmio e DNA e uma fase aquosa, onde estar presente o RNA.

    A precipitao do RNA feita com um lcool, como por exemplo, o

    isopropanol. Nesta etapa, observa-se uma nuvem branca contendo o RNA.

    Posteriormente, uma limpeza com lcool permite a retirada de sais que tenham

    ainda aderido ao precipitado de RNA (Ausubel, 1987).

    Na extrao de RNA, alguns fatores alm da escolha do protocolo utilizado,

    so extremamente importantes para a obteno e a manuteno do RNA de

    qualidade.

    Primeiramente, todas as solues utilizadas devero ser feitas com gua

    DEPC (dietilporocarbonato) autoclavada. O DEPC atua inativando RNAses, pois

    degrada as histidinas presentes.

    Os almofarizes, pistilos, vidrarias e outros utenslios devem ser previamente

    esterilizados em estufa a 180 C por um perodo de quatro horas.

    As ponteiras, tubos de polipropilenos devem ser novos e livres de RNAses.

    As micropipetas devem ser utilizadas apenas para os procedimentos com

    RNA.A bancada deve ser constantemente limpa com SDS 10% e com etanol 70%

    e, se possvel, exclusiva para a manipulao de RNA.

    E, principalmente, devem ser tomados cuidados com as luvas utilizadas, de

    forma a mant-las livres das RNAses, normalmente liberadas abundantemente pelas

    secrees da pele.

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    3.1. Protocolo de Extrao de RNA (adaptado de Chomczynski, 1987)

    1. Macerar o tecido em nitrognio lquido

    2. Para cada 50 a 100 mg de tecido adicionar 1 mL de trizol (em tubo de

    polipropileno de 1,5 mL). Homogeneizar em vrtex

    3. Incubar 5 min a temperatura ambiente

    4. Acrescentar 200 L de clorofrmio

    5. Agitar vigorosamente com as mos por 15 segundos

    6. Incubar durante 5 min a temperatura ambiente

    7. Centrifugar a 16.000 xg/4 C durante 15 min

    8. Remover a fase aquosa para tubo limpo

    9. Adicionar 500 L de isopropanol. Homogeneizar com as mos

    10. Incubar por 10 min a temperatura ambiente

    11. Centrifugar a 13.000 xg/4 C por 10 min

    12. Descartar o sobrenadante

    13. Lavar com 1 mL de etanol 75% (feito com gua DEPC)

    (Neste ponto, pode armazenar em freezer -20C por at um ano)

    14. Centrifugar a 10.500 xg/4C por 5 min

    15. Secar o pelletdurante 15 min a temperatura ambiente

    Obs. No pode ficar nada de etanol.

    16. Ressuspender o pelletem gua DEPC (20 L a 50 L)

    Obs. Verificar o tamanho do pellet, para avaliar em que volume ressuspender.

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    4.QUANTIFICAO EM ESPECTROFOTMETRO:

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    Os cidos nuclicos absorvem luz no comprimento de onda de 260 nm. Para

    fazer a leitura no espectrofotmetro, normalmente se utiliza uma diluio em gua.

    Para estimar a concentrao de DNA utiliza-se a seguinte relao: 1 OD260= 50 g

    DNA dupla-hlice (Regitano, 2001; Sambrook, 2002).

    Dessa forma, a concentrao de DNA na amostra obtida pelo seguinte

    clculo:

    [DNA] =Valor da leitura em O.D. X 50 X Fator de diluio

    As protenas absorvem luz no comprimento de onda de 280 nm. Sendo assim,

    a relao A260/A280 fornece um parmetro de avaliao da qualidade das

    preparaes de cidos nuclicos. Valores inferiores a 1,8 resultam de contaminao

    com protena.

    Utilize o espao abaixo para anotar o resultado da quantificao:

    Amostra OD260 OD280 Razo Concentrao

    A concentrao de RNA nas amostras tambm ser avaliada por

    espectrofotometria, tendo uma alquota de amostra de RNA dissolvida em gua

    deionizada, na proporo de 1:100 (5L de DNA: 495 L de gua deionizada

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    autoclavada). O grau de pureza do RNA ser estimado pela razo entre as

    absorbncias medidas a 260 e 280 nm, que deve ser igual ou superior a 1,75

    (Sambrook, 2002). Para uma amostra de RNA pura tem-se que: OD260/OD280 =1,8 a

    2,0. Uma densidade ptica igual 1,0 corresponde a 40 g de RNA (fita simples) por

    mL. Desta forma a concentrao de RNA na amostra pode ser calculada atravs da

    seguinte relao:

    Concentrao de RNA (g/mL) = OD260X Fator de diluio (100) X 40

    Utilize o espao abaixo para anotar o resultado da quantificao:

    Amostra OD260 OD280 Razo Concentrao

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    5. REAO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)

    Adelita Carolina Santiago

    Gisele Batista Veneroni

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    A reao em cadeia da polimerase nada mais do que a replicao in vitro do

    DNA. Foi desenvolvida na dcada de 1980 por Karry Mullis, que conseguiu pela

    primeira vez amplificar pequenos fragmentos de DNA. Em 1988, foi descoberta uma

    enzima DNA polimerase termoestvel, isolada de Thermus aquaticus, permitindo

    que este processo ganhasse automao (Saiki, 1988).

    O impacto deste mtodo foi enorme, pois possibilitou facilidade, rapidez,

    versatilidade na manipulao de cidos nuclicos, o que tornou a tcnica poderosa e

    imprescindvel em grande parte dos procedimentos realizados atualmente.

    utilizada, por exemplo, na realizao de seqenciamento, como diagnstico de

    doenas, deteco de mutaes pontuais, entre outros.

    Esta tcnica envolve trs etapas: desnaturao do DNA pelo calor entre 94-

    95C, anelamento de primers seqncia alvo em fita simples, atuando de 3 a 5C

    abaixo da temperatura de melting (35 a 60C) e uma etapa de extenso do primers

    anelados por uma DNA polimerase termoestvel (72 a 78C)Alguns componentes so essenciais para que ocorra a PCR:

    1. presena de uma DNA polimerase termoestvel, como por exemplo, Taq

    (Termus aquaticus) a ou Tfl (T. flavus);

    2. presena de um par de primers, oligonucleotdeos que funcionam como

    ponto de incio da polimerizao;

    3. ctions divalentes, como MgCl2;

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    4. deoxinucleotdeos trifosfatados (dNTPs), com quantidades iguais de dATP,

    dCTP, dTTP e dGTP;

    5. DNA molde, podendo ser fita simples ou fita dupla;

    6. Tampo para manuteno do pH, geralmente entre 8,3 e 9 temperatura

    ambiente.

    5.1. PROTOCOLO DE AMPLIFICAO DO MICROSSATLITE BMS1617

    1. Retirar o DNA do freezer e deixar temperatura ambiente

    2. Lavar as mos e colocar luvas

    3. Limpar a bancada com lcool 70%

    4. Marcar os tubos ou identificar a placa. Deve-se criar um registro das amostras

    que sero amplificadas no caderno de laboratrio

    5. Preparar o Mix de PCR.

    Mix de PCR

    Reagente [ ] doestoque

    [ ] de uso Vol.(1 amostra)

    Vol.(__ amostras)

    H2O - - 8,235 LTampo* 10X 1X 1,25 LMgCl2* 20mM 1,5mM 0,94LdNTP 20mM 0,2mM 0,125L

    Primer F 5M 0,1M 0,25LPrimer R 5M 0,1M 0,25LTaq 5U/L 1U 0,2LTOTAL 11,25 L

    *Sempre verifique se o tampo contm ou no MgCl2. Caso j contenha, no h

    necessidade de acrescentar. Acrescente o volume correspondente ao MgCl2 no

    volume de gua.

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    6. Distribuir 11,25L do MIX de PCR sem o DNA em cada tubo

    7. Adicionar 1,25L de DNA (40 ng/L) em cada tubo

    8. Levar ao termociclador

    9. Utilizar o programa touch_54 do termociclador

    ProgramaTouch_54

    O BMS1617 um marcador molecular do tipo microssatlite de repetio tg,

    localizado a cerca de 56,3 cM no cromossomo cinco em bovinos. Seus alelos

    apresentam tamanho entre 143 e 171 bp.

    Resultados:

    Animal Gentipo

    94C2

    94C30 64C*

    30

    94C30

    54C

    30

    72C

    30

    72C

    45

    4C

    20 ciclos 5 ciclos

    * A cada ciclo, a temperatura de anelamento reduzida em0,5C, at atingir a temperatura ideal do primer.

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    5.2. PROTOCOLO DE AMPLIFICAO DO GENE DA TIREOGLOBULINA

    1. Retirar o DNA do freezer

    2. Lavar as mos e colocar luvas novas

    3. Limpar a bancada

    4. Tirar o DNA, o gelinho e reagentes (menos a Taq) do freezer

    5. Marcar os tubos ou identificar a placa

    6. Preparar o Emix

    1 X X

    H2O Milli Q 15,54 L L10x PCR Buffer 2,5 L LMgCl2(20mM) 2,44 L LdNTP (20mM) 0,25 L LPr up (5 M) 0,82 L LPr down (5 M) 0,82 L LTaq (5u / l) 0,13 L L

    6. Distribuir 22,5L do Emix / tubo ou poo (se for placa de PCR), sempre

    sobre um gelinho

    7. Distribuir 2,5L DNA / tubo ou poo (se for placa de PCR)

    8. Colocar as amostras em um termociclador, escolher o programa correto

    para amplificao: Programa RFLP55.

    Programa : RFLP55

    35 ciclos

    94.0 94.0

    55.0

    72.0 72.0

    4.0

    2 30

    30

    30

    10

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    6. ENZIMAS DE RESTRIO

    Gisele Batista Veneroni

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    As enzimas de restrio, tambm chamadas de endonucleases de restrio,

    reconhecem uma seqncia especfica de bases em uma molcula de DNA, e

    clivam a molcula naquela seqncia ou prximo dela. A seqncia de

    reconhecimento chamada de stio de restrio. Diferentes enzimas de restrio

    reconhecem e clivam diferentes stios de restrio.

    Elas so indispensveis na anlise da estrutura dos cromossomos, no

    seqenciamento de DNA, no isolamento de genes, na criao de molculas novas

    de DNA que podem ser clonadas e em tcnicas como RFLP. Uma caracterstica

    marcante de muitos desses stios de clivagem que eles possuem uma dupla

    simetria rotacional, isto , a seqncia de reconhecimento palindrmica e os stios

    de clivagem so simetricamenteposicionados.

    6.1. DIGESTO DO DNA Tireoglobulina

    Emix 1X Emix X

    gua Milli Q 0,5 L LBUFFER 10X 1,4 L LMboI(10 U/l) 0,1 L LTotal 2 L L

    Por reao colocar: 2,0 l Emix de digesto + 12l DNA amplificado (produto

    de PCR). Realizar esta reao em uma placa de PCR ou em microtubos mdios,

    mas sempre sobre o gelinho.

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    A reao de digesto ser incubada a 37C em aparelho Thermomixer 5436

    (Eppendorff).

    O volume final da reao ser de 14 L, sendo 12 L de produto de

    amplificao e 2 L de Emix de digesto. Este ltimo consiste de 10 mM TrisHCl (pH

    8.0); 50 mM NaCl; 10 mM MgCl2; 10 mM 2-mercaptoetanol; 0,1 mg/mL de BSAe 1

    unidade da endonuclease de restrio MboI (depende do fabricante). A reao de

    digesto ser incubada a 37C (depende do fabricante) por 3 horas.

    Para anlise dos gentipos, os produtos das digestes sero separados em

    gel de agarose 4% com tampo de eletroforese TBE 1X (90 mM Tris base, 90 mM

    cido brico e 2 mM EDTA pH 8,0), submetidos voltagem de 3 V/cm e, corados

    com Brometo de Etdeo incorporado no gel. Em cada poo do gel sero aplicados 14

    L do produto de digesto acrescidos de 2,8 L de loading buffernuma proporo

    de 5:1 respectivamente e, no primeiro poo de cada fileira do gel ser aplicada uma

    amostra de padro de tamanho de DNA de 100 pb tambm acrescido de loading

    bufferna mesma proporo acima.

    Os fragmentos sero detectados sob iluminao UV e registrados por uma

    cmera fotogrfica digital. Os tamanhos dos fragmentos sero estimados por

    comparao com padro de tamanho de DNA de 100 pb em cada gel e assim ser

    possvel determinar os gentipos de cada animal.

    Os primers utilizados na PCR amplificam uma regio de 545 pares de bases

    do gene da tireoglobulina, como ilustrado a seguir:

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    >gi|790|emb|X05380.1| Bovine thyroglobulin gene exon 1 and flanks

    AAGCTTCCTGCTGCCTTTTGGTTGTCTGACGTCCTGGGACAGAGGGGAAAGGG

    GGATGACTACGAGTATGACTGTGCGTGTGTTTGGCTTATCTCATCAAAATCTCTA

    CATTCTGTGTTAATGGATCTGCCTGTTTTGTTCCCTGCCATATCCTCATGGCCT

    AGAATAGTGTCTGCTTCTCTATCAGACTCTAAAGAAACATTGCTAGGAGGGAAG

    GAAGGAGCATGGATGAGGAGGGAGGGAGCATTGTGTTTCTCTCACGGTGGGCC

    TGAACGTGTGGCCCACCAAGTTGTTAACTTTGGCCTTTACCCCTGAAGATGAATT

    ATGAAGCCACACCCCCAGTTCTTCCTTGGTGGCTCAGATGGTCAAGAATCCACC

    TGCAATGCGGGAGACCTGGGTTTGATCCCTGGGTTGGGAAGATCCCCTGGA

    GAAGGGAATGGCTACCCACTCCAGTATTCTGGCCTGGAGAATCCCATGGACAG

    AGGAGCCTGGCGGGATGCAGTCCATGGGGTCTCAGAGAGTCAGATGTGACTGA

    GCGACTTTCACACACATTCGTCCCTGGTTCTGCTCCCCTACAGCCTCCACAAGA

    TTTTCAC*CCCACACTGGCCACATGAGTGTCCTCCAGGGGAACAGACGCAGGTG

    GAGGACCTCCTTGTGACCAGCAGAGAAAACAGGGTGGGCACTGCTTCCCTGAG

    TGCCTGTGGGTGGGGGCTAAGTACCCACAGCAGTGCTATAAAGGCTCCTTGGC

    CAGAGCCCTAAGGTGGGCAGCAGCTTCTAACCCTTCTCCCTGGAAGGCTCCCA

    AGATGGCCCTGGCCCTATGGGTCTTCGGTCTGCTGGACTTAATCTGCTTGGCAT

    CCGCCAACATCTTTGGTAAGTTCTGACCCTGCGGTCTCAGAGCATCGGGTTGG

    GAGGGACCTCTGAGGCCAACTCCTTGTTAGCCAGGACCTGCCCCAGGGCCATG

    GAACATTTGTGACCTCATTTAATCCTCAGTGTCCCGAGGTCAGTTATGCACTCTT

    TCCTTTTCAGATGAAGAGACAGAGGGTCTGAGAAGTCACAGAGTCAGTGATC

    Obs. Os stios de anelamento dos primersesto sublinhados.

    Em negrito, podem ser observados os stios de restrio

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    Aps digesto com a enzima MboI, o alelo A caracterizado pela presena de

    trs fragmentos de restrio, com 74, 193 e 278 pares de bases, respectivamente, o

    alelo Bproduz fragmentos de 17, 74, 176 e 278 pares de bases.

    Figura 1. Gel com fragmentos da tireoglobulina aps digesto com enzima de

    restrio MboI. Na coluna 1, pode ser observado o padro de tamanho 100 pb, na

    coluna 2, homozigoto AA, coluna 3, homozigoto BB e Coluna 4, heterozigoto AB.

    Resultados

    Animal Gentipo

    1 2 3 4

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    7. ELETROFORESE DE CIDOS NUCLICOS

    Joo Jos de Simoni Gouveia

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    A eletroforese uma tcnica utilizada para separar, identificar e purificar

    molculas carregadas (como DNA e protenas) (Maniatis, 1987). Este mtodo foi

    introduzido por Tiselius, no ano de 1937 (Brammer e Iorczeski, 2002) e simples,

    rpido e capaz de separar fragmentos que no so adequadamente separados por

    outras tcnicas (Sambrook e Russel, 2002).

    A tcnica apresenta basicamente um sistema de suporte (gel de agarose, por

    exemplo), um tampo no qual est imerso o gel e os eletrodos nas extremidades da

    cuba onde esto contidos o tampo e o gel.

    Sob a influncia de um campo eltrico, molculas carregadas e partculas

    migram em direo ao plo oposto. A carga e a massa das molculas fazem com

    que elas migrem em velocidades diferentes e, portanto, propiciam a separao

    destas (Westermeier, 2005). Como os cidos nuclicos (DNA e RNA) possuem

    carga eltrica negativa (devido ao grupamento fosfato) eles sempre migraro em

    direo ao plo positivo. Ento, o fator determinante da taxa de migrao ser a

    massa da molcula (quando se fala em cidos nuclicos, a massa diretamenteproporcional ao tamanho da molcula).

    Existem vrios meios de suporte que podem ser utilizados (papel filtro,

    membrana de celulose, gel de agarose, gel de poliacrilamida). No caso dos gis, a

    porosidade (que tem uma relao direta com a concentrao de agarose) determina

    o poder de separao (Brammer, 2002).

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    Na escolha do tampo, o principal fator a ser considerado sua capacidade

    tamponante. Os dois tampes mais utilizados na eletroforese de cidos nuclicos

    so o TAE (Tris, Acetato e EDTA) e o TBE (Tris, Borato e EDTA). O TAE mais

    utilizado que o TBE, porm mais facilmente exaurido durante corridas longas ou

    com alta voltagem. O TBE, apesar da melhor capacidade tamponante, deve ser

    evitado quando se deseja purificar os cidos nuclicos do gel (Ausubel, 1994).

    Alguns fatores alteram a migrao das molculas atravs do gel, dentre eles

    podemos citar: concentrao de agarose, conformao do DNA e intensidade da

    corrente.

    A concentrao de agarose atua de forma importante na eletroforese, pois ela

    determina a faixa de tamanho das molculas de DNA que podem ser separadas. As

    relaes entre concentrao de agarose e resoluo de molculas lineares de DNA

    so apresentadas na tabela abaixo (Maniatis et al., 1982).

    Tabela 1. Limites de eficincia da separao de DNA em diferentes concentraes

    de agarose (Maniatis, 1987)

    Concentrao de agarose nogel (%)

    Separao de molculas de DNA(Kb).

    Limites de eficincia

    0,3 60 5,00,6 20 1,0

    0,7 10 0,8

    0,9 7 0,5

    1,2 6 0,4

    1,5 4 0,2

    2,0 3 0,1

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    Para observar cidos nuclicos em gel de agarose, deve-se cor-los e

    submet-los a uma luz ultravioleta. O corante mais comum o brometo de etdeo,

    que se intercala entre as bases do DNA (Ausubel, 1994).

    7.1. Protocolo para anlise de produtos de amplificao e fragmentos de

    digesto em gel de agarose

    gel 1% 0,3 g de agarose para 30 mL de gel, que deve ser preparado com

    tampo Tris-Borato-EDTA 1X. Para isso, aplicar 5 l de produto de amplificao

    + 1 l deloading buffer.

    gel 4% 1,2 g de agarose de baixo ponto de fuso para 30 mL de gel, que deve

    ser preparado com tampo Tris-Borato-EDTA 1X. Utilizado para analisar o

    resultado das digestes com enzimas de restrio. Aplicar todo o produto da

    digesto (13 l) + 2,6 l deloading buffer.

    1. Pesar a agarose

    2. Coloc-la em um erlenmeyer contendo o volume necessrio de tampo TBE 1X

    3. Aquecer no forno de microondas at iniciar a ebulio (aproximadamente 30

    segundos em potncia mdia para um gel de 30 mL). Agitar o frasco e retornar

    ao forno de microondas por mais alguns segundos

    4. Aguardar a reduo da temperatura para aproximadamente 60 o C e adicionar

    Brometo de Etdio, na quantidade indicada para cada gel

    5. Verter no molde previamente nivelado e colocar os pentes

    6. Aps a solidificao, colocar o gel na cuba de eletroforese e cobrir com tampo

    TBE 1X

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    7. Aplicar as amostras acrescidas de loading buffere aplicar a corrente de acordo

    com o tamanho do gel

    A eletroforese deve ser realizada em TBE 1X, a uma voltagem constante na faixa

    de 2 a 5 V/cm (considerando a distncia entre os eletrodos). Aps a corrida,

    submergir o gel por 20 minutos em soluo de brometo de etdio a 0,5 g/mL e

    visualiz-lo sob luz ultra-violeta. Caso o fundo do gel esteja muito corado, pode-

    se lavar o excesso de brometo por submerso em TBE 1X por 5 a 10 minutos

    O Brometo de etdio um potente agente mutagnico. Utilizar luvas e mscara

    para preparar a soluo estoque e manipular os gis

    A luz ultra-violeta produz queimaduras severas. Utilize mscara/culos de

    proteo adequados

    7.2. GEL DESNATURANTE PARA RNA

    Adriana Mrcia Guaratini Ibelli

    Para analisar molculas de RNA podem ser utilizados gis de agarose e

    poliacrilamida, desnaturantes ou no. As propriedades desta eletroforese so

    basicamente semelhantes s de eletroforese de DNA (Patel, 1994).A qualidade das molculas de RNA pode ser analisada em gel de agarose

    normal, feito com tampo (TBE, TAE) com gua DEPC ou em gel desnaturante.

    Devido a interaes intramoleculares, as molculas de RNA podem dobrar-se,

    alterando a estrutura secundria e afetando a migrao das molculas no gel. O gel

    desnaturante soluciona este problema, pois sob condies desnaturantes as pontes

    de hidrognio so rompidas e o RNA migra como molcula de fita simples. Isto

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    permite avaliar com acurcia a qualidade e o peso molecular do RNA (Sambrook,

    2002; Maseka, 2005).

    Dentre os desnaturantes existentes, o mais poderoso, alm de caro e

    altamente txico o hidrxido de metil mercrio. Porm, o mais freqentemente

    utilizado o formaldedo, mas pode haver variantes de gis utilizando tiocianato de

    guanidina, formamida e DMSO. A utilizao de cada um deles apresenta vantagens

    e desvantagens de acordo com a escolha do tipo de gel, poliacrilamida ou agarose,

    diferentes nveis de toxicidade e potencial de desnaturao (Patel, 1994).

    Os gis polimerizados com formaldedo no coram satisfatoriamente as

    amostras, de forma que o brometo de etido deve ser colocado em cada amostra

    individualmente, e no no gel, como comumente utilizado (Regitano, 2001).

    Outro diferencial no gel desnaturante de agarose a utilizao de MOPS (3-

    N-morfolino cido propanosulfnico). O MOPS um excelente tampo para

    manuteno de sistemas biolgicos em pH neutro. muito utilizado em biologia

    molecular e bioqumica.

    Figura 2. Exemplo de separao eletrofortica. Nos nmeros 1 a 3 so mostradas

    as bandas 28S, 18S e 5S do RNA, indicando integridade das amostras. O nmero 4

    exemplifica uma amostra de RNA degradada.

    28S

    18S

    5S

    1 2 3 4

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    7.2. PROTOCOLO DE GEL DESNATURANTE DE AGAROSE 1% COM

    FORMALDEDO (adaptado de Lcia Elvira Alvares (2001):

    Reagente QuantidadeAgarose (1%) 0,3 gBuffer 5X (1 x) 6,0 mLFormaldedo (2,2M)* 5,4 mLgua DEPC 18,6 mLTotal 30 mL

    * verificar se o pH do formaldedo superior a 4

    A vidraria utilizada para a preparao do gel, assim como a cuba de

    eletroforese devem estar previamente tratadas contra ao de RNAses. Todas as

    solues empregadas devem ser feitas com gua DEPC.

    Tampo de corrida 5X

    Reagente QuantidadeMOPS (100 mM) 20,6 g

    Acetato de sdio 0,05 M (40 mM) 800 mL

    EDTA 0,5 M pH 8,0 (5 mM) 10 mL

    1. Pesar o MOPS

    2. Dissolv-lo em acetato de sdio 0,05 M. Ajustar o pH para 7,0 com NaOH 2N

    e completar o volume para um litro de gua DEPC

    3. Adicionar o EDTA 0,5 M pH 8,0. Guardar protegido da luz

    4. Diluir este tampo para concentrao final de 1X com gua DEPC

    Tampo da Amostra

    Reagente QuantidadeTampo de Corrida 5X 300 LFormamida (50 %) 750 LFormaldedo (10 %) 150 LAzul de bromofenol (0,4 %) 0,004 ggua DEPC 300 L

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    1. Acrescentar 3 L do tampo da amostra para cada 1 L de RNA

    2. Acrescentar 1 L de brometo de etdio (0,05 g/L)

    3. Incubar as amostras por 15 minutos 65 C

    4. Transferir para um recipiente contendo gelo

    5. Centrifugar rapidamente para recolher o contedo no fundo do tubo

    6. Manter em gelo at aplicar as amostras no gel

    7.3. ELETROFORESE EM SISTEMA CAPILARGustavo Gasparin

    Durante dcadas, a eletroforese em gel de poliacrilamida ou agarose foi

    intensamente utilizada como uma das ferramentas mais importantes dos laboratrios

    de biotecnologia e bioqumica para a anlise de macromolculas. Nos ltimos anos,

    porm, a eletroforese capilar tem apresentado vantagens em relao tcnica de

    eletroforese em placas. Para a anlise simultnea de amostras, instrumentos de

    eletroforese capilar com arranjo de capilares so os mais utilizados. Existem

    aparelhos que possuem desde um nico capilar, at 384 capilares, possibilitando a

    maximizao do tempo necessrio para as mais diferentes anlises, desde deteco

    de resduos de explosivos e drogas, at testes de paternidade.

    A separao das macromolculas conduzida em tubos de dimenses de 15

    a 100 m de dimetro interno, e 36 a 100 cm de comprimento, preenchidos com um

    eletrlito. O uso do capilar fornece vantagens sobre as placas de gel devido s

    razes geomtricas, em que h uma elevada relao entre a rea superficial e o

    volume interno, permitindo a dissipao eficiente do calor gerado pela corrente

    eltrica, e possibilitando a aplicao de campos eltricos elevados (100 a 500 V/cm),

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    o que resulta em separaes de alta eficincia, alto poder de resoluo, e reduzido

    tempo de anlise.

    Em geral, um aparelho de eletroforese capilar bsico consiste de uma fonte

    de alta tenso, capilares (geralmente de slica fundida), eletrodos (de platina,

    normalmente), e um detector apropriado. A fonte de alta tenso aplicada nos

    eletrodos de platina situados nos reservatrios contendo uma soluo eletroltica

    apropriada. As extremidades do capilar so imersas nos reservatrios da soluo,

    para completar o contato eltrico. As amostras normalmente so introduzidas no

    capilar por mtodos eletrocinticos, nos quais uma diferena de potencial

    estabelecida entre o capilar e o recipiente que contm a amostra, durante um tempo

    pr-determinado.

    O detector localiza-se em algum ponto do capilar, prximo ao reservatrio de

    sada.

    A eletroforese capilar em gel (CGE) utilizada exclusivamente para

    separao de macromolculas, tais como oligonucleotdeos, fragmentos de DNA, e

    protenas. Teve incio com a aplicao nas separaes de DNA por tamanho

    molecular, utilizando colunas preenchidas com gel, denominados gis qumicos: um

    capilar tratado com um reagente que estabiliza o gel junto parede do capilar,

    atravs de ligaes covalentes. Esse mtodo foi descartado dado o grande nmerode problemas que surgiram, tais como aparecimento de bolhas (perda de

    condutividade), introduo limitada de amostra, reteno de fragmentos com alto

    peso molecular, e degradao do gel por hidrlise. Tais problemas levaram

    formulao de novos sistemas, que foram denominados gis fsicos.

    Gis fsicos so matrizes polimricas hidroflicas, dissolvidas em tampo

    apropriado, que no so ligados parede do capilar, podendo assim ser substitudos

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    a cada separao, o que permite o aproveitamento do mesmo capilar por centenas

    de vezes, sem perda de eficincia. A uma dada concentrao de polmero, as fitas

    polimricas individuais comeam a interagir umas com as outras, formando uma

    estrutura em rede dentro do capilar, possibilitando a separao dos fragmentos de

    DNA. A concentrao polimrica tima depende do tamanho do DNA a ser

    separado.

    7.4. PROTOCOLO PARA ANLISE DE PRODUTOS DE AMPLIFICAO EM

    SISTEMA CAPILAR

    Antes da injeo no capilar, as amostras so desnaturadas em presena de

    formamida, para evitar que a formao de estruturas secundrias afete a velocidade

    de migrao. Um padro de tamanhos conhecidos aplicado junto com as amostras

    para permitir a estimativa do tamanho dos fragmentos analisados.

    Procedimento:

    1. Preparar o MIX de formamida + padro interno de tamanho de fragmentos:

    para cada amostra, colocar 8,85 L de formamida Hi-Di e 0,15 L de padro

    (GS 500 ROX).

    2. Aplicar esses 9 L de MIX em um pocinho da placa de corrida3. Aplicar 1 L de produto de PCR da sua amostra por pocinho

    4. Desnaturar as amostras (j na placa de corrida) durante 5 minutos 95C

    5. Colocar as amostras imediatamente no gelo aps a desnaturao,

    permanecendo por 5 minutos.

    6. Preparar a injeo das amostras no computador, atravs do software Data

    Collection

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    8. SEQENCIAMENTO

    Kerli Ninov

    Lilian Giotto Zaros

    As duas tcnicas mais importantes para o seqenciamento de DNA so o

    mtodo qumico de degradao de bases desenvolvido por Allan Maxam e Walter

    Gilbert em 1977 e o mtodo didesoxi ou terminao da cadeia de Fred Sanger e

    colaboradores em 1978.

    Os dois mtodos so baseados na produo de um conjunto de fitas simples

    de DNA que so separadas pelo princpio de eletroforese (Okubo, 1992). Se

    comparado ao seqenciamento de Maxam e Gilbert, o mtodo de terminao da

    cadeia de Sanger gera dados que so mais facilmente interpretados. Por isso, essa

    tem sido a tcnica mais utilizada em Projetos Genoma (Sterky & Lundeberg, 2000).

    SEQENCIAMENTO DIDESOXI OU POR TERMINAO DA CADEIA

    baseado na incorporao de desoxinucleotdeos (dNTPs) e de

    didesoxinucleotdeos (ddNTPs) a uma cadeia de DNA em crescimento, tendo como

    molde o DNA de interesse.

    Quando os ddNTPs so adicionados, a extenso da cadeia interrompida

    pois esses didesoxinucleotdeos no apresentam um grupo hidroxila (OH) 3

    necessrio para a ligao do prximo desoxinucleotdeo (dNTP). Como esses

    ddNTPs so marcados, podem ser detectados e a seqncia dos nucleotdeos,

    identificada.

    Esse mtodo apresenta duas modalidades:

    Seqenciamento Manual

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    No mtodo manual, a sequncia de bases do DNA lida manualmente, aps

    a exposio das bases identificadas em um filme de raio-X. Para isso so

    preparados 4 tubos de reao, cada um contendo o DNA molde, a DNA polimerase

    e um primer. Cada tubo recebe uma pequena quantidade de um dos ddNTP (dATP,

    ddTTP, ddCTP e ddGTP) junto com um dos dNTPs (dATP, dTTP, dCTP ou dGTP)

    marcados com fsforo radioativo (P32).

    Em qualquer um dos 4 tubos sero produzidos vrios comprimentos de

    cadeia, cada um correspondente ao ponto no qual o respectivo ddNTP desse tubo

    foi incorporado e ocasionando o trmino do crescimento da cadeia. As amostras de

    cada tubo so submetidas eletroforese e posterior exposio em filme de raio-X

    para que a posio das bases correspondentes possa ser determinada lendo-se ao

    longo das 4 colunas do gel (www.dnai.org).

    Seqenciamento Automtico

    O seqenciamento automtico utiliza seqenciadores com eletroforese

    vertical em placa ou eletroforese em capilar onde cada ddNTP possui marcao

    fluorescente, ao contrrio do mtodo manual, em que estes apresentam uma mesma

    marcao radioativa.

    Para a gerao de fragmentos durante a reao de seqenciamento, os

    dNTPs so adicionados nova fita e no momento da adio de um ddNTP, aextenso da cadeia interrompida e conseqentemente marcada com o ltimo

    didesoxinucleotdeo incorporado. No final de vrios ciclos tem-se vrias cadeias de

    DNA de diferentes tamanhos terminadas com diferentes ddNTPs que posteriormente

    sero identificados (lidos em seqenciador automtico).

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    A reao de seqenciamento ocorre em termociclador e caracterizada por

    vrias etapas ou ciclos em diferentes temperaturas, repetidos por vrias vezes por

    um determinado perodo de tempo. Suas etapas so:

    1- Desnaturao - a primeira etapa da reao de seqenciamento na qual a

    molcula de DNA separada em fita simples. Para ocorrer a desnaturao eleva-se

    a temperatura a 96C durante 2 minutos.

    2- Anelamento - Caracterizada pela utilizao de um nico primer que ir se

    anelar fita de DNA na regio complementar sua seqncia. Para ocorrer o

    anelamento diminui-se a temperatura para 50C durante 15 segundos.

    3- Extenso - Aps o anelamento do primer, ocorre a extenso do fragmento

    atravs da insero dos dNTPs (dATP, dTTP, dCTP, dGTP) pela Taq DNA

    Polimerase. Como os ddNTPs esto em concentraes muito menores que os

    dNTPs, a sua insero na cadeia menos freqente. Essa etapa ocorre a 60C

    durante 4 minutos. Quando os ddNTPs so inseridos no lugar dos dNTPs, a

    extenso pra.

    Aps a reao de seqenciamento, os produtos so submetidos

    eletroforese capilar no seqenciador automtico. Os fragmentos marcados com

    fluorescncia migram ordenadamente no interior dos capilares e medida que so

    excitados por um feixe de laser, emitem luz em diferentes comprimentos de ondaque so detectados por uma cmara CCD. Em seguida essa informao

    transmitida ao computador e processada para que ao final da corrida, os dados

    possam ser recuperados em formato de eletroferograma ou de texto (fasta),

    seguindo-se da anlise de bioinformtica.

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    8.1. PROTOCOLO DE REAO DE SEQENCIAMENTO

    Para a realizao de uma reao de seqenciamento so necessrios os

    seguintes componentes:

    - DNA template na concentrao de 100 a 150 ng/L para DNA plasmidial e

    de 50 a 80 ng/L para produto de PCR;

    - Primer: oligonucleotdeo complementar determinada regio do fragmento

    de interessse (Ex: primeruniversal M13 R ou F);

    - dNTPs: Desoxinucleotdeos (dATP, dCTP, dGTP, dTTP);

    - ddNTPs: Didesoxinucleotdeos (ddATP, ddCTP, ddGTP, ddTTP);

    -Tampo contendo magnsio (Mg+2 ) e Tris-HCl, que atuam como co-fator

    enzimtico e tampo para manuteno do pH, respectivamente;

    - Enzima Taq DNA Polimerase

    OBS: A enzima, os dNTPs e ddNTPs esto contidos no Kit ABI PRISMBig

    Dye terminator v. 3.1 cycle sequencing.

    Procedimentos:

    1-Retirar as amostras e os reagentes do freezer e mant-los no gelo. Todos

    devem estar totalmente descongelados;

    2-Preparar o seguinte mix em microtubo de 1,5 mL:

    Mix 1X

    Big dye (2,5 X) 2 LBuffer Big Dye (5X) 1 LPrimer (3,2 pmol) 1 Lgua milliQ 5 LDNA (10 ng) 1 L

    Total 10 L

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    3 - Manter o mixno gelo e vortex-lo por alguns segundos;

    4 - Dispensar o mixna placa de seqenciamento de acordo com a quantidade

    estipulada;

    5 - Adicionar a quantidade desejada de DNA ressuspendendo a soluo e

    observando se o DNA est se misturando ao mix;

    6 - Cobrir a placa com um tapete de borracha e lev-la ao termociclador

    utilizando o programa adequado, como por exemplo:

    Pr-incubao: 94 C por 2 minutos

    Amplificao:

    96 C por 20 segundos

    58 C por 10 segundos

    60 C por 04 minutos

    Resfriamento: 4 C por .

    A tabela abaixo mostra a quantidade de amostra utilizada em uma reao de

    seqenciamento:

    25 ciclos de

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    8.2. PURIFICAO DA REAO DE SEQENCIAMENTO

    Aps a reao de seqenciamento necessrio purificar o material para que

    os ddNTPs, dNTPs , primerse enzima no incorporados no interfiram na leitura no

    seqenciador.

    1. Adicionar 40L de isopropanol 65% a temperatura ambiente;

    2. Vortexar alguns segundos e incubar no escuro a TA por 15 minutos;

    3. Centrifugar por 25 minutos a 3000 xg a TA;

    4. Descartar o sobrenadante por inverso e dar um pulso em centrfuga com a

    placa invertida em um papel absorvente at 40 xg;

    5. Adicionar 200L de etanol 60% e centrifugar por 5 minutos a 3000 xg a TA;

    6. Descartar o sobrenadante por inverso e dar um pulso em centrfuga com a

    placa invertida em um papel absorvente at 90 xg;

    7. Secar no escuro por 1 hora;

    8. Caso a aplicao em seqenciador automtico no seja feita imediatamente,

    selar a placa com adesivo, embalar em papel alumnio e armazenar em

    freezer 20C.

    8.3. APLICAO EM ABI 3100

    1. Ressuspender as amostras com 10L de formamida Hi-Di;

    2. Desnaturar as amostras em termociclador por 5 minutos a 95 C;

    3. Verificar a validade e a quantidade do polmero (POP6) e tampo (EDTA 10X).

    O polmero vlido por cinco dias quando j no equipamento e o tampo tem

    validade de 48 horas ou duas placas corridas. recomendvel a cada 15 dias retirar

    o capilar, desmontar o aparelho e realizar uma limpeza em seus componentes;

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    4. Enquanto isso, montar a planilha de corrida no software Data Collection em

    Plate View;

    5. Nesse momento aberta uma nova planilha:

    - Sample name (.g)

    - Dye Set (F);

    - Mobility File (DT3100POP6- BDV3-V1.mob);

    - Bio LIMS (3100Project);

    - Run Module 1 (StsSeq50_POP6 Default Module);

    - Analysis Module 1 (BC_3100_SeqOffFtoff.saz);

    - OK

    6. Esfriar a placa em gelo;

    7. Montar a placa nos acessrios prprios do seqenciador;

    8. Colocar a placa no seqenciador verificando na planilha Run View se ela

    est corretamente instalada;

    9. Clicar em Status View (Verificar voltagem, laser e temperatura);

    10. Caso esteja tudo OK, clicar em Run.

    11. Aguardar para verificar possveis erros durante o incio da corrida;

    12. Aps 40 minutos, possvel o acompanhamento da corrida pela visualizao

    da imagem de cada capilar;13. Ao trmino da corrida analisar os dados pelo software Sequence Analysis;

    14. Adicionara corrida desejada atravs do Add Files e clicar em Start;

    15. Aguardar a execuo da tarefa;

    16. Abrir os eletroferogramas e avaliar os resultados obtidos.

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    9. SNTESE DE DNA COMPLEMENTAR (cDNA)

    Adriana Mrcia Guaratini Ibelli

    Luciana Correia de Almeida Regitano

    A converso enzimtica de mRNA para cDNa foi descoberta na dcada de

    1970 por Kacia, Ross, Verma e colaboradores (Sambrook, 2002).

    A sntese da primeira fita de cDNA realizada por uma enzima transcriptase

    reversa dependente de RNA, geralmente isoladas de vrus, que usa amostras de

    RNA mensageiro (poli A) ou RNA total como molde. Atualmente, diversas espcies

    de transcriptases reversas so comercialmente utilizadas, como Mo-MLV, ALV e

    SuperScript RT II (manual do usurio, 2003).

    Para que esta converso seja feita, so necessrios:

    - dNTPs: altas concentraes de dNTPs so importantes para a obteno de

    boa eficincia na sntese do cDNA.Em baixas concentraes (< 50 M) h

    decrscimo significativo na produo da primeira fita. Geralmente, so utilizados

    cerca de 200 a 250 M de cada dNTP (Maniatis, 1987).

    - um oligonucleotdeo, sendo o mais utilizado o oligo dT, pois sintetiza a

    primeira fita a partir de RNAs de cadeia poli A (manual do usurio, 2003).

    - tampo: a presena deste reagente importante, pois a alterao do pH

    acarreta a diminuio da eficincia da incorporao e da produo de transcritos. O

    pH timo geralmente 8,3. J foi observado que pequenas alteraes de pH, de at

    0,5 resultam em diminuio de at 5X na produo do cDNA (Maniatis, 1987).

    - MgCl2: os ctions divalentes so importantes na transcrio reversa pois

    auxiliam na produo de transcritos completos em concentraes de 6 a 10 mM.

    Quando fragmentos muito longos sero transcritos, podem ser utilizados ctions

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    monovalentes, dentre eles, o mais indicado o potssio, que auxiliam na

    manuteno da eficincia da transcrio.

    - RNAse OUT (Invitrogen): degrada RNAses presentes durante a sntese do

    cDNA (Manual do usurio, 2003).

    - DTT ou ditiotreitol: um agente redutor que tem como principal funo

    proteger oxidao de enzimas e protenas (Roche, 2004).

    - RNAse H: utilizada no final da reao para remover hbridos RNA:cDNA

    com a funo de aumentar a sensibilidade e a eficincia do PCR. A presena de

    RNAse H durante a sntese do cDNA degrada o mRNA, causando um dficit na

    produo desta molcula. Por isso, foram desenvolvidas transcriptases reversas que

    apresentam atividade reduzida de RNAse H durante a produo da primeira fita e

    que so adicionadas apenas no final da reao, para remoo de molculas hbridas

    (Manual do usurio, 2003).

    importante considerar que para que este procedimento tenha sucesso, o

    RNA das amostras deve ser intacto e sua quantificao, precisa, para evitar

    variaes na utilizao deste molde em tcnicas futuras, como por exemplo, em

    arranjos de DNA ou PCR quantitativo.

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    9.1.PROTOCOLO DE SNTESE DE CDNA

    1. Descongelar e homogeneizar brevemente cada componente abaixo.

    Preparar o mixRNA/primer:

    Componente Para uma amostraAt 5 g de RNA total Mximo de 8 L*10 mM dNTP mix 1 LOligo dT 0,5 g/L 1 Lgua DEPC (do kit) Completar para 10 L*

    *o volume deste mix deve ser 10 L. Assim, o volume mximo de RNA a ser

    utilizado 8 L contendo de 1 ng a 5 g de RNA total. Se for utilizado 8 L, a gua

    DEPC do kit no adicionada ao mix.

    2. Incubar a 65 C por 5 minutos;

    3. Esfriar em gelo por 1 minuto;4. Preparar o mix de reao adicionando cada componente a partir da

    primeira linha da tabela. Este mixpode ser preparado em um tubo separado, junto

    com a preparao do mixanterior. Se isso for feito, mant-lo sempre em gelo:

    Componente Para uma amostraBuffer RT 10 X 2 LMgCl2(25 mM) 4 L

    0,1 M DTT 2 LRNAse out 1 LTotal 9 L

    5. Adicionar os 9 L do mixacima em cada tubo contendo o RNA/primer. Dar

    um spin;

    6. Incubar a 42 C por 2 minutos;

    7. Adicionar 1 L (50 U) da enzima SuperScript RTII em cada tubo

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    obs. Os tubos no podem ser colocados em gelo para adio da enzima RTII. A

    temperatura deve continuar de 42 C;

    8. Incubar a 42 C por 50 minutos;

    9. Terminar a reao a 70 C por 15 minutos;

    10. Esfriar no gelo e dar um spin;

    11. Adicionar 1 L de RNAse H e incubar por 20 minutos a 37 C;

    12. Estocar em freezer 20 C.

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    10. PCR QUANTITATIVA EM TEMPO REAL

    Helena Javiel Alves

    O mtodo de PCR quantitativa em tempo real muito sensvel e pode ser

    usado quando necessrio quantificar a expresso de RNAs mensageiros em

    baixos nveis. Esse procedimento permite a deteco direta dos produtos da PCR

    durante a fase exponencial da reao, combinando amplificao e deteco em um

    s passo.

    O princpio da tcnica de PCR em tempo real pode se utilizar de duas

    descobertas importantes: a primeira a atividade exonuclease 53 da enzima Taq

    DNA polimerase e a segunda a construo de sondas de oligonucletdeos

    marcadas duplamente. Essas sondas so baseadas no princpio FRET (do ingls,

    Fluorescence Resonance Energy Transfer) e emitem sinal de fluorescncia somente

    quando clivadas. Com o objetivo de detectar o sinal de fluorescncia durante as

    reaes foram desenvolvidas vrias tcnicas. Em PCR em tempo real utilizando

    sondas TaqMan(Figura 3), a sonda, especfica para o gene de interesse, marcada

    duplamente com um fluorforo reprter em uma extremidade e um fluorforo

    silenciador na outra. Na forma ntegra, a transferncia de energia fluorescente

    ocorre de forma que a emisso pelo reprter absorvida pelo silenciador. Quando

    ocorre a degradao da sonda pela atividade exonuclease da enzima Taq DNA

    polimerase, durante a PCR, os fluorforos reprter e silenciador so separados e a

    emisso de fluorescncia do reprter no ser mais absorvida pelo silenciador

    resultando em aumento de emisso de fluorescncia pelo reprter que ser

    detectada e quantificada.

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    Figura 3.Sistema TaqMan. (A) Aps a desnaturao, os primerse a sonda anelam-

    se seqncia alvo. A emisso de fluorescncia no ocorre devido proximidade

    entre o reprter e o silenciador. (B) Durante a fase de extenso, a sonda clivada

    (53) pela atividade nuclease da enzima TaqDNA polimerase. Ento, reprter e

    silenciador so separados, permitindo a emisso de fluorescncia pelo reprter.

    Mais recentemente, outros sistemas sofisticados tm sido desenvolvidos

    como, por exemplo, molecular beacons, scorpions e sondas para hibridizao.

    Esses sistemas so baseados no princpio FRET, porm sem a necessidade de

    hidrlise por atividade nuclease.

    Outra forma de deteco a utilizao de corantes como SYBR Green

    (Figura 4), que se liga ao DNA dupla fita emitindo fluorescncia. O uso desse

    mtodo de deteco tem sido bastante empregado em ensaios de PCR quantitativa

    em tempo real, pois tem a vantagem de ser mais barato em relao construo de

    sondas marcadas. Um aspecto importante no uso de SYBR Green que os primers

    utilizados na reao de PCR devem ser desenhados cuidadosamente para evitar a

    primer direto

    primer reverso

    reprter

    silenciador

    polimerase polimerase

    silenciadorreprter

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    amplificao de produtos inespecficos e formao de dmeros, uma vez que esse

    corante se liga a qualquer DNA dupla fita.

    Figura 4. Sistema SYBR Green. (A) O corante livre na soluo no emite

    fluorescncia. (B) Quando o corante se liga ao DNA fita dupla ocorre a emisso de

    fluorescncia.

    Usando qualquer uma das qumicas apresentadas, o aumento na emisso de

    fluorescncia pode ser lido por um detector em tempo real, durante a reao de PCR

    e uma conseqncia direta da amplificao da seqncia de DNA de interesse.

    Um programa de computador calcula um Rn usando a seguinte equao:

    Rn= Rn+- Rn-

    Onde: Rn+= emisso de fluorescncia em cada ponto;

    Rn-= emisso de fluorescncia na linha de base.

    SYBR Green

    Seqncia alvo

    fluorescncia

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    O computador constri os plotsde amplificao usando os dados de emisso

    de fluorescncia durante a PCR. Os valores de Rn so plotados vezes o nmero

    de ciclos de amplificao. Durante os ciclos iniciais da amplificao por PCR, os

    valores de Rn no excedem a linha de base. Portanto, um ciclo limiar (Ct)

    arbitrrio escolhido baseado na variao da linha de base. Os valores de Ct so

    ento calculados por determinao do ponto no qual a fluorescncia excede esse

    limiar escolhido. O Ct definido como o nmero de ciclos nesse ponto (Figura 5).

    Figura 5.Exemplo de construo dos plots de amplificao, onde Rn plotado

    contra o nmero de ciclos.

    Existem dois mtodos mais comumente utilizados para analisar dados de

    experimentos de PCR quantitativa em tempo real, so eles: o mtodo de

    quantificao absoluta (mtodo da curva padro) e o mtodo de quantificao

    relativa.

    Mtodo de quantificao absoluta O nmero de cpias do gene de interesse

    determinado relacionando-se o sinal da PCR com uma curva padro. Para a

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    construo da curva padro, so utilizadas diluies seriais de uma amostra de

    concentrao conhecida. Esse mtodo tem a vantagem de que a curva padro

    includa em cada PCR fornece um controle extra e correo na eficincia da PCR de

    cada amostra individual, tornando mais confiveis as comparaes entre

    experimentos.

    Mtodo de quantificao relativa Esse mtodo mais usado quando existem

    muitos genes a serem testados em muitas amostras. Nesse caso, feita a relao

    entre o sinal da PCR de um gene de interesse entre um grupo tratado com uma

    amostra controle (por exemplo, uma amostra no-tratada). Esse procedimento tem a

    vantagem de no necessitar da construo de curvas padro. Por outro lado, as

    eficincias de amplificao dos genes de interesse e controle tm que ser similares

    para a obteno de resultados confiveis.

    Em ambos mtodos so utilizados genes constitutivos para a normalizao

    das amostras. Tais genes devem ter expresso constante em todos os tecidos e em

    todas as fases de desenvolvimento, bem como no serem afetados pelos

    tratamentos experimentais. O gene mais utilizado com esta finalidade o gene da -

    actina.

    O mtodo de PCR quantitativa em tempo real tem se mostrado uma

    ferramenta de extrema importncia na quantificao de RNAs mensageiros em

    baixos nveis, tornando a quantificao mais rpida e acurada.

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    10.1. PROTOCOLO DE UMA PCR EM TEMPO REAL

    1. Preparar o Sybr Green mix* para 50 reaes. Este procedimento realizado

    com o objetivo de padronizar os componentes da reao que sero distribudas para

    cada amostra. O mixconsta de:

    100 L de tampo de reao 10X (tampo da enzima TaqDNA polimerase)

    2 L de Sybr GreenI 10X concentrado **

    73 L de gua (ultra-pura)

    25 L de DMSO

    ** Manter a soluo contendo Sybr Greenao abrigo da luz

    2. Preparo do mixde PCR em tempo real:

    Reagente Volume1 reao (L)

    Concentraofinal

    Vol.(__ amostras)

    dNTP (10 mM) 0,4 0,2 mMPrimer F (2,5 pmol/L) 1,0 0,125 pmol/LPrimer R (2,5 pmol/L) 1,0 0,125 pmol/L

    MgCl2(50 mM) 1,0 2,5 mMTaq (5U/L) 0,3 1,5 USybr Green mix * 4,0BSA (20 mg) 0,25 0,25 g/reaogua 11,05Volume final 19

    3. Colocar 19 L do mixde PCR em cada pocinho da placa;

    4. Colocar 1 L do cDNA (25 ng/L) de cada amostra no respectivo pocinho da

    placa; . Homogeneizar bem a mistura (amostra + mix);

    5. Dar um pulso cuidadosamente (por centrifugao a 3000 rpm);

    6. Colocar a placa no aparelho de PCR em tempo real;

    7. Escolher o programa de amplificao do gene de interesse. Para o gene MCP-

    1, utiliza-se o seguinte programa :

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    Pr-incubao: 95 C por 5 minutos

    Amplificao:

    95 C por 10 segundos

    56 C por 5 segundos

    72 C por 12 segundos

    78 C por 3 segundos

    Curva de melting:

    95 C por 0 min

    68 C por 15 min

    95 C por 0 min

    Resfriamento: 40 C por 30 s

    55 ciclos de

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    11. MAPEAMENTO DE QTLs QTL EXPRESS

    Millor Fernandes do Rosrio

    Ktia Nones

    O QTL EXPRESS (Seaton, 2002) o programa mais utilizado para mapear

    QTLs em populaes parcialmente endogmicas, como nas espcies de animais

    domsticos. Este programa pode ser acessado atravs de: http://qtl.cap.ed.ac.uk/.

    Ele implementa o mapeamento por intervalo (Lander e Botstein, 1989) atravs da

    aproximao de quadrados mnimos (Haley et al., 1994), realizando uma varredura

    dos intervalos entre dois locos adjacentes, testando a hiptese inicial de que no h

    QTL no intervalo considerado.

    O programa considera que h fixao dos alelos contrastantes do possvel

    QTL nas linhagens fundadoras da populao utilizada para mapear os QTLs.

    Operacionalmente, a primeira linhagem parental relacionada no arquivo degentipos considerada como fixada para o alelo QTL Q e a segunda fixada para q.

    Tambm se baseia na estimao das probabilidades de identidade por

    descendncia (IBD) dos alelos em cada loco considerando um conjunto de dados

    multilocos, alm de testar um modelo estatstico, podendo incluir efeitos fixos e

    covariveis para as observaes (fentipos) e os coeficientes IBD.

    O programa possui diferentes opes de anlises de acordo com o

    delineamento utilizado na populao a ser estudada (F2 e half-sib so os mais

    usados). Em cada uma dessas opes so encontradas instrues sobre os

    formatos dos arquivos a serem utilizados no programa.

    A seguir descrito o formato dos trs arquivos (gentipos, mapa e fentipos)

    que devem ser criados para realizar as anlises no QTL EXPRESS utilizando a

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    56/72

    opo F2ANALYSIS. Todos os arquivos devem ser tipo texto, onde os dados so

    separados por espaos ou tabulao.

    ARQUIVO DE GENTIPOS:

    1 linha Nmero de marcadores

    2 linha Lista dos nomes dos marcadores qualquer caracter alfanumrico.

    3 linha Nome dado a cada gerao (nome das linhagens parentais, F1e F2)

    4 linha Indicao de sexo (1-macho e 2-fmea, ou M-macho e F-fmea)

    5 linha Smbolo que representa dados perdidos (*, ou -, ou 0)

    6 linha Dados de cada indivduo, na seguinte ordem:

    1) Identificao do indivduo, qualquer caracter alfanumrico.

    2) Identificao do pai; no caso dos parentais onde a identificao do pai

    desconhecida utilizar *, ou , ou 0.

    3) Identificao da me, igual do pai.

    4) Sexo, de acordo com o definido na linha 4.

    5) Linhagem ou gerao, como definido na linha 3

    6) Gentipos dos marcadores, cada dois valores correspondem aos alelos de

    um marcador; os gentipos devem estar na mesma ordem da lista dos

    marcadores (linha 2)

    Este arquivo pode ser obtido reformatando o arquivo .gen do CRIMAP oucriado atravs do EXCEL.

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    EXEMPLO:

    14

    MK1 MK2 MK3 MK4 MK5 MK6 MK7 MK8 MK9 MK10 MK11 MK12 MK13 MK14

    LW MS F1 F2

    1 2

    0

    1039 1529 1530 1 F1 4 1 4 7 1 2 1 2 5 2 1 1 2 5 4 2 1 2 1 3 2 4 6 3 1 2 5 2

    1040 1529 1530 2 F1 4 1 4 7 1 2 1 2 7 2 1 1 2 5 2 5 1 2 1 3 2 4 1 3 4 2 0 0

    ARQUIVO DO MAPA DE LIGAO:

    1 linha Nmero de cromossomos.2 linha Intervalo para clculo das probabilidades genotpicas e coeficientes em

    cM.

    3 linha Nome do primeiro cromossomo, nmero de marcadores deste

    cromossomo, determinar se o mapa ser construdo para os dois sexos (=1) ou no

    (=2).

    4 linha Para o primeiro cromossomo ou grupo de ligao, indicar os nomes dos

    marcadores em ordem, separados pelas distncias entre eles em cM. Os nomes dos

    marcadores devem ser os mesmos utilizados no arquivo de gentipos. Se for feita a

    opo pela utilizao do mesmo mapa para os dois sexos, esta linha aparece

    apenas uma vez, se os dois sexos tiverem mapas separados esta linha aparece

    duas vezes com diferentes distncias.

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    Repetir as linhas 3 e 4 para cada cromossomo.

    EXEMPLO:

    2

    1

    SSC1 7 1

    MK2 42 MK1 28 MK7 8 MK10 28 MK3 3 MK4 22 MK5

    SSC7 7 1

    MK6 35 MK8 25 MK9 17 MK11 22 MK12 25 MK13 21 MK14

    ARQUIVO DE FENTIPOS:

    1 linha Nmero de efeitos fixos, covariveis e caractersticas, respectivamente.

    2 linha Nome de cada efeito fixo, covarivel e caracterstica.

    3 linha Cdigo para dados perdidos; os indivduos podem ter dados perdidos para

    as caractersticas fenotpicas, mas todos devem ter valores para efeitos fixos e

    covariveis.

    4 linha Identificao do indivduo (mesma do arquivo de gentipos), seguida dos

    valores de efeitos fixos, covariveis e caractersticas.

    EXEMPLO:

    2 1 1

    Sexo Grupo Peso Esp_Toucinho

    -999

    1117 1 1 67800 19

    1118 2 1 75400 24

    1119 2 1 69800 29

    1124 1 1 64800 18

    1125 1 1 65800 19

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    Depois dos arquivos organizados conforme os modelos acima, seleciona-se o

    delineamento a ser utilizado na anlise (Ex: F2Analysis). Nesta janela temos acesso

    aos arquivos atravs de um browse para cada um dos arquivos (gentipos, mapa e

    fentipos) clicando em seguida no boto SUBMIT. Neste momento os gentipos

    so checados para erros, pela comparao dos alelos nos parentais e nas

    prognies, em famlias de irmos completos e meio-irmos. Os erros so indicados

    em uma janela (Fatal errors) para anlise e correes.

    Se no forem encontrados erros, a anlise avanar e uma nova janela

    estar disponvel, indicando o nmero de famlias de irmos completos e o nmero

    total da prognie que ser utilizada na anlise. Estar tambm disponvel uma tabela

    indicando o nome e nmero de marcadores, suas distncias e o nmero de alelos

    observados em cada marcador.

    Para continuar o procedimento de anlise deve ser clicado o boto

    CONTINUE; uma nova janela aparecer.

    Nesta nova janela temos vrios campos para a escolha dos parmetros e dos

    modelos a serem utilizados na anlise, juntamente com as caractersticas que se

    deseja analisar. Depois de escolhidos todos os parmetros, clicar no boto

    SUBMIT.Uma nova janela se abrir apresentando o resultado do mapeamento por

    intervalos (em cM), da anlise estatstica (F, razo de verossimilhana e LOD) e

    estimativas do efeito aditivo e de dominncia, alm dos grficos do mapeamento por

    intervalo, dos efeitos de aditividade e dominncia e das permutaes.

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    As permutaes so implementadas de acordo com a metodologia proposta

    por Churchill e Doerge (1994) e tm por objetivo determinar os nveis de

    significncia ou thresholdno cromossomo ou no genoma. O QTL EXPRESS tambm

    permite que os intervalos de confiana de cada QTL mapeado sejam estimados de

    acordo com a proposta de Visscher et al. (1996) por meio do procedimento de

    bootstrapcom reamostragem.

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    12. ARRANJOS DE DNA

    Erika Cristina Jorge

    Luiz Lehmann Coutinho

    O seqenciamento de etiquetas de seqncias expressas (do ingls,

    Expressed Sequence Tags, ESTs) e de genomas de organismos modelo resultam

    na identificao de inmeras seqncias-motivo, cujos domnios estruturais

    conservados fornecem pistas sobre as funes biolgicas que estes genes exercem

    no organismo. No entanto, nem sempre possvel definir a funo biolgica dos

    genes apenas com a informao da seqncia. A deteco e a quantificao do

    nvel de expresso dos genes tambm contribuem para adicionar informaes

    funcionais quelas obtidas pelo seqenciamento, revelando transcritos que so co-

    expressos espacial e temporalmente, e tambm as relaes existentes entre eles.

    O uso de ferramentas tradicionais de quantificao da expresso gnica

    como Northern blot, dot blot e RT-PCR, por exemplo, apesar de precisos e robustos,

    no apresentam a eficincia e a rapidez necessrias para acompanhar o ritmo de

    descoberta de genes novos imposta pelo seqenciamento. Abordagens mais

    eficientes para a anlise da expresso gnica constituem um desafio presente para

    o estudo de um grande nmero de genes simultaneamente.

    Os arranjos de DNA foram desenvolvidos justamente para permitir estudos de

    expresso gnica em escala genmica. Surgiram como resultado da disponibilidade

    das seqncias obtidas em projetos genoma e da robtica de alta preciso, capaz

    de depositar inmeras pequenas amostras de DNA em superfcies slidas,

    usualmente em uma lmina de microscpio ou membranas de nlion. O poder do

    mtodo se deve ao fato de que os nveis de expresso de inmeros genes de

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    interesse podem ser mensurados em um nico experimento de hibridizao,

    fornecendo tanto a informao de qual tecido o gene expresso, quanto a

    informao dinmica da expresso, revelando como o padro de expresso de um

    gene se relaciona com os outros.

    A principal aplicao dos arranjos de DNA a anlise comparativa da

    expresso gnica em larga escala. Outras aplicaes incluem ainda a anlise da

    variao no DNA em escala genmica (genmica comparativa), caracterizao de

    interaes moleculares e a descoberta de reagentes antisenso efetivos (Southern et

    al., 1999). Arranjos tambm vm sendo desenvolvidos para promover a

    genotipagem de polimorfismos de base nica (do ingls, single nucleotide

    polimorphisms, SNPs) em larga escala (Meaburn et al., 2005) e a determinao do

    nmero de cpias de um segmento de DNA no genoma (Shaffer et al., 2006).

    Este texto abordar os principais aspectos prticos da metodologia de

    microarranjos para estudos de expresso gnica, procurando indicar os passos

    desde a construo de uma plataforma at a anlise dos dados.

    A construo da plataforma microarranjo

    O primeiro passo do mtodo a seleo do conjunto de molculas de DNA

    de interesse que sero impressas sobre a plataforma. Neste mtodo, as molculas

    impressas so denominadas sondas e podem ser (1) colnias de bactrias fixadas

    em membranas, contendo os fragmentos de DNA genmico ou cDNAs; (2) DNA ou

    cDNA isolados, (3) produtos de PCR ou (4) oligonucleotdeos sintticos desenhados

    para ensaiar genes particulares. A coleo de sondas imobilizadas no arranjo pode

    representar genomas completos dos organismos de interesse, transcriptomas

    tecido-especficos ou qualquer outro conjunto de genes de interesse.

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    Alm das sondas representando os genes de interesse, o arranjo deve ainda

    incluir espaos aleatoriamente distribudos para genes referncia, usados no

    processo de normalizao dos dados de expresso. Estas referncias so tanto

    controles positivos, que correspondem a genes que no alteram o nvel de

    expresso entre os tratamentos testados (tambm conhecidos como genes

    constitutivos), quanto controles negativos (plasmdio vazio) e espaos vazios, que

    so teis para conferir e estabelecer o valor de backgroud usado nos clculos de

    expresso. A escolha destes controles e a distribuio no arranjo crtica para a

    qualidade dos dados gerados.

    O nmero de molculas de DNA que podem ser impressas em um arranjo

    varia de acordo com a plataforma utilizada e o tipo de sonda a ser impressa sobre

    ela, sendo que os microarranjos de oligonucleotdeos sintticos, sintetizados in situ

    sobre lminas de microscpio, os que comportam uma maior densidade. A

    Affymetrix (www.affymetrix.com), umas das empresas que fabricam microarranjos

    comercialmente, garante a sntese de DNA-chips contendo at 500.000 oligos em

    uma nica lmina. J os arranjos de membranas suportam no mximo, ~9.200

    clones impressos.

    12.1. O MTODOO princpio deste mtodo baseia-se na hibridizao de cidos nuclicos, que

    bastante sensvel e especfica, em conseqncia das propriedades de

    complementaridade entre fitas de cidos nuclicos (Duggan et al., 1999). A amostra

    biolgica de interesse fornece a populao de RNAs mensageiro (RNAm) que se

    pretende quantificar, aqui denominada alvo. A cintica de hibridizao linear e a

    quantidade de alvo hibridizado em cada sonda proporcional abundncia de

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    RNAm do alvo e, portanto, correspondente ao nvel de expresso do gene na clula

    ou no tecido do qual o alvo foi obtido.

    Tipicamente, a transcrio reversa usada para obter os alvos, a partir de um

    oligo-dT e na presena de nucleotdeos modificados, produzindo produtos marcados

    na extremidade 3 de cada gene, diretamente complementar s sondas imobilizadas

    no arranjo. Freqentemente, poolsde RNA total so marcados, para maximizar a

    quantidade de mensagem que pode ser obtida de uma dada quantidade de tecido.

    A pureza do RNA um fator crtico na performance da hibridizao, uma vez que

    lipdios, protenas e carboidratos celulares podem interferir e causar ligaes no-

    especficas dos alvos com as sondas. Para a deteco radioativa, P33-dCTP o

    mais usado por ser um emissor de alta energia, permitindo distinguir os sinais entre

    elementos fisicamente prximos um do outro. Para a deteco com marcadores

    fluorescentes, Cye-3-dUTP e Cye-5-dUTP so os mais usados porque so de maior

    eficincia de incorporao pela transcriptase reversa, apresentam boa

    fotosensibilidade e rendimento, alm de serem altamente separveis em espectros

    de emisso, permitindo a discriminao por filtragem ptica (Duggan et al., 1999).

    Quando hibridizado ao DNA impresso na plataforma, o alvo marcado emite

    um sinal, que detectado por um filme especfico (chamado phosphor imager), no

    caso dos experimentos radiativos; ou diretamente pelo scanner, no caso dos

    fluorescentes, resultando em imagens digitalizadas dos arranjos. Estas imagens so

    ento, utilizadas em programas especficos (ArrayVision ou ImageQuant, por

    exemplo), que geram gridscapazes de localizar cada um dos sinais no arranjo e de

    convert-los em uma leitura quantitativa, relativa ao nvel de expresso do gene (Hal

    et al., 2000).

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    12.2. A ANLISE DOS DADOS

    Experimentos seqenciais de hibridizao de arranjos geram resultados que

    consistem basicamente em listas de genes e de valores correspondentes que

    representam o nvel relativo de expresso dos transcritos detectados. Estas listas

    podem ser extremamente complexas, uma vez que os arranjos apresentam uma alta

    densidade de genes e, para cada um deles, os experimentos geram informaes

    quantitativas referentes expresso em tratamentos diferentes (a anlise de dois

    tratamentos com trs repeties em um arranjo contendo 5.000 clones, por exemplo,

    permite gerar uma matriz com 30.000 entradas). O enorme volume de dados torna

    imperativo o uso de programas computacionais para administrar e maximizar a

    quantidade de informaes extradas.

    Harrington e colaboradores (2000) definiram os passos necessrios para uma

    anlise eficiente dos dados de arranjos gerados aps a obteno da imagem

    processada: (1) normalizao dos dados, (2) filtragem dos dados e (3) identificao

    do padro. A normalizao necessria para permitir a comparao direta do

    padro de expresso e deve ser efetuada tanto entre amostras no mesmo arranjo,

    quanto para o conjuntos de experimentos. A filtragem importante para restringir o

    volume de dados. Por exemplo, comum considerar apenas os genes expressos

    acima de um determinado valor estipulado pelo experimentador, desconsiderando

    aqueles que no apresentarem variao do nvel de expresso entre os tratamentos.

    O ltimo passo talvez seja o mais complexo. Encontrar o padro ou os grupos

    de dados que podem ser usados para a determinao do significado biolgico dentro

    de um enorme volume de dados pode no ser uma tarefa direta. A interpretao dos

    dados varia desde uma lista de genes que so induzidos e reprimidos em funo do

    tratamento, at anlises de agrupamentos sofisticadas, como por agrupamento

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    hierrquico ou por sefl organizing maps (SOM). O agrupamento hierrquico tem

    sido tradicionalmente utilizado em anlises filogenticas e usa uma combinao

    progressiva de elementos mais similares para agrupar os genes por padro de

    expresso. Os sefl organizing maps amostram o conjunto completo dos dados para

    determinar as distncias entre eles e escolhe aleatoriamente pontos chamados

    centrides, a partir dos quais, os genes so organizados (Harrington et al., 2000).

    12.3. VANTAGENS E LIMITAES DO MTODO

    Os arranjos fornecem um acesso ilimitado ao perfil de expresso dos genes

    caractersticos de um tecido ou de um organismo, porque os genes, as ORFs (open

    reading frames) e at mesmo regies intergnicas podem estar representadas na

    plataforma. As informaes geradas por diversos experimentos podem ainda ser

    integradas e utilizadas para a determinao de funes biolgicas dos genes

    desconhecidos, para gerar uma viso global da atividade transcricional de um

    genoma em resposta a qualquer estmulo ou para compreender os mecanismos que

    controlam o desenvolvimento (Harrington et al., 2000).

    Mas como todo mtodo, os arranjos tambm apresentam algumas limitaes.

    A necessidade de conhecimento prvio da seqncia do gene preso plataforma

    uma delas. Por isso, arranjos so construdos apenas para espcies que possuem

    seqncias genmicas ou ESTs disponveis (Calsa Junior et al., 2004). Outras

    limitaes incluem o alto custo dos equipamentos e a disponibilidade dos arranjos,

    tais como: problemas associados com hibridizao cruzada entre transcritos e

    seqncias-alvo (causada pela duplicao de genes); e a restrita sensibilidade dos

    arranjos de ESTs para transcritos pouco freqentes, pobremente representados nas

    bibliotecas e normalmente genes regulatrios importantes.

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    13. PREPARO DAS SOLUES

    Tris.HCl [tris(hydroxymethyl)aminomethane] - 1M

    Dissolva 121g de Tris Base em 800 mL de gua MiliQ

    Ajuste o pH desejado com HCl concentrado

    Adicione gua at 1L

    Autoclave

    Cerca de 70 mL de HCl so necessrios para pH de 7,4 ; e cerca de 42 mL para pH

    de 8,0.

    Nota importante: O pH dos tampes com Tris muda significativamente com a

    temperatura, caindo cerca de 0,028 para elevao de cada 1oC. O pH das solues

    tamponadas com Tris deve ser ajustado na temperatura na qual as solues sero

    usadas. Como o pK do Tris 8,08, o tampo no deve ser usado a pH abaixo 7,2

    nem acima de 9,0.

    No adicione DEPC (Diethyl Pyrocarbonate) em solues com Tris, porque o DEPC

    inativa essa substncia.

    EDTA (ethylenediamine tetraacetic acid) - 0,5M (pH 8,0)

    Dissolva 186,1g de Na2EDTA.2H20 em 700 mL de guaAjuste o pH para 8,0 com NaOH 10M (cerca de 50 mL)

    Adicione gua MiliQ para 1 L.

    Autoclave

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    TE pH 7,6 (tampo Tris/EDTA)

    Reagente Concentrao finalTris HCl pH 7,6 10mM

    EDTA pH 8,0 1mMVolume para uma amostra 510 L

    TBE(Tris/Borate/EDTA) 10X Tampo de Eletroforese

    Soluo Estoque

    Reagente QuantidadeTris Base (890 mM) 108 gcido brico (890 mM) 55 gEDTA 0,5M pH 8,0 (20 mM) 40 mLgua deionizada Completar para 1LTotal 1L

    SOLUO DE RNase (10mg/mL)

    Dissolver a enzima Ribonuclease A livre de DNase (Sigma R- 6513) em soluo

    Tris.HCl 10mM (pH 7.5), NaCl 15mM.

    Armazenar a -20C.

    SOLUO DE PROTEINASE K (20mg/mL)

    Dissolver 100 mg da enzima em 5 mL de soluo Tris-HCl 10mM (pH 7.5),

    Cloreto de Clcio 20mM, Glicerol 50%.

    Armazenar a -20C.

    Loading Buffer 6 x

    Bromophenol Blue 0,25%

    Xileno Cianol 0,25%

    Glicerol 30% em gua (estocar a 4C).

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    Soluo A (Tampo de Hemlise)

    Para 1 amostra (25mL):

    Reagente Concentrao final X 1 amostraTris.Cl pH 7,6 1M 10mM 250 LMgCl20,5M 5mM 250 LNaCl 5M 10mM 50 Lgua deionizada Completar para 25 mL

    Soluo B (Soluo de lise)

    Reagente Volume x 1 amostra Concentrao finalTris.Cl pH 8,0 1 M 5L 10mMNaCl 5 M 10L 100mMEDTA pH 8,0 0,5 M 10L 10mMSDS 20% 12,5L 0,5%Proteinase K (20 mg/mL) 2,5Lgua deionizada 460,5 LVolume final 500 L

    gua DEPC (dietilpirocarbonato):

    Adicionar 100 L de DEPC para cada 100 mL de gua deionizada.

    Agitar bem e incubar a 37C por 12 horas.

    Autoclavar a gua DEPC por 45 minutos a 1 atm.

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