emperaire, annette guialitico
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8/11/2019 EMPERAIRE, Annette GuiaLitico
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GUI
P R
ESTUDO
D S
INDSTRI
D MRI DO SUL
NNETTE L MING EMPER IRE
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INOICE DA
M T ~ R
INDICE
DAS I
ESTAMPAS
FIGURAS
X. Obj et os
diven;os
I. Ncleo e
lascas
. . . . . . . . . . . . .
Pedra
polida
. . . . . . . . . . . . . . . .
Ncleo
n
m
IV.
QUADROS
I.
Abaco
JW.ra
a medida
das dlme
Croquis
de
uma pon ta bifacial
co
2.
Quadriculado de
um
croquis
para
rentes
partes
3. Medidor
de ngulos
I
Quadr o d e f orma s
. . . . . . . . .
V.
Obj et o de bloco . . . . . . . . . . . .
VI.
Objetos de pedra l ascada sb
rn .
Objetos
de pedra lascada sb
VIU. Ferramentas plano-con\ exu
IX Pontas
bifacias . . . . .
7
13
15
lO
20
20
21
22
2.
2
28
41
.2
01
01
96
100
115
SEGUNDA
PARTE
r Os quadn) anaUtlcos. PrlncpiO gerais . . . . .. . .
A.
As diferentes
etapas
da anl1se t1polglca .
B.
Estrutura
geral dos quadn) analiticos .
C. Rubrfca
e cdlgO comuns a
todos os
quadros .
D Princpios
comuns a
todos os quadros. A morfologia
E. PrincpiO comun.s a todos os quadros . A utilizao
II . Quadros
analLlcos
estabelecidos
em
funo da fa -
APRESENTAAO . . . . ' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
INTRODUAO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
I . P roblemas
d
terminologia
lItica
.
11. Problemas de
tipologia
IiUca .
PRIMEIRA PARTE
r Pl an o do
glossrio
A Material utilizado e seu
estado
.
B.
Tecnlcu
do
trabalho
da
pedra
.
C. De.serlio de
um
obje to de
pedra
D
Utillzao
dO objetos de pedra
Glossrlo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A Material uWizado e seu
estado .
B. Tenl ca s do
trabalho
de
pedra
C. De erlio de
um
objeto
de
pedra .
D
Utlllzao dO
objetos
de pedra . . . . . . . . . . . . . . . . .
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o
nome da Ora.
Almette Laming Emperaire est in timamente
ligado
ao
desenvolvimento
da s
pesquisas arqueolgicas
no e st ado
do
Paran.
Pouco
antes
da fundao
do Centro de Ensino e Pesqufs4
Arqueolgic43
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Numerosas modificaes
loram
Introduzidas no original do Guia
de Outubro
986
a Malo
967
Nide Guldon que
prepara sua
tese
de
doutorado de arqueologIa em Paris participou
desta
segunda redao.
A Diretora e a equipe do Seminrio de Ensino e Pesquisas em
Sitios Pr cermicos
registram
aqui a sua
gratido ao
Conselho de
Pesquisas da Universidade
Federal
do Paran CAPES
ao
Prol.
Jos Loureiro
Fernandes ento
Dlretor
do Departamento
de Antropo-
logia ao Pro l. Igor Chmyz e a todos os que colabor ar am para que o
seminrio e o presente Gula se
tornassem
realidade. roblem s de ter
Em
arqueologia pr h
s vzes o nico meio de q
tura para
estudar
sua
ev
um sitio
para
determinar
rea
cultural. Ora definir
de pedra algumas vzes m
das formas de um objeto
somente aos especialistas
coerentes sbre seu modo
relao a sses vestgios
lr io que seja
bastante
var
mente
preciso
para
que as
se ocupem de
um
mesmo t
veis
entre
si.
Nos pases em que a a
senvolvendo desde muitas d
constitui presentemente um
queza
s
vzes impressio
especialistas. Infelizmente
lrio fixou se em funo de
por sua prpria natureza
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estudo dsses conjuntos, o mtodo dos grficos cumulativos.
Por exemplo: constata-se que em um
determin d poca do
paleoltico superior do sudoeste d Frana , a proporo de
raspadores e de lminas diminui ao mesmo tempo que a de
burs ument Essa diminuio e sse umento caracterizam
um poca e
um
coleo de 1 ou mais utenslios, j so su
ficientes p r
identificar um camada.
Neste tr b lho s abordamos o primeiro aspecto do pro
blema, o da determinao de tipos de objetos.
Temos que tr b lh r em
um
continente, a Amrica do
Sul, ou em
um
pas, o Brasil, regies n s quais no existe clas
sificao tipolgica coerente. Contrriamente ao que se d
n
Europa, e salvo p r lguns casos excepcionais, ns no po
deremos d r definies exatas de sub-tipos que sejam j re
conhecidos
n
liter tur existente como
n
Europa ociden
tal , o buril curvo-convexo burin busqu , o buril didro bu
rin didre e o buril bico de fl ut bur in bec de nOte , etc,
mas teremos que proceder de m neir inversa. Iremos ini i l-
m nt estabelecer um mtodo de anl ise de todos os objetos
de pedra encontrados n s escavaes e em colees, e somente
pois
disso, a p rtir dessas anlises, que a determinao de
tipos caractersticos desta ou daquela zona da Amrica do Sul,
ser possvel. Trata-se
port nto
de n lis r o maior nmero
possvel de objetos por meio de fichas ou de quadros sistemti
cos e depois sintetizar os dados obtidos, encontrando um defi
nio objetiva dos objetos mais caractersticos dos conjuntos
estudados, agrupando-os em tipos e dando
um
nome ou
um
nmero a c d um dsses tipos. O mtodo de anlise que ado
tamos aps numerosas
tent tiv s
e hesitaes explicado n
segunda p rte dste trabalho.
Mais rpida porque, se a
definies correspondentes c
pesquisas, se
ind
sero nece
estado definitivo, a anlise de
quadro pr-estabelecido mu
o do mesmo objeto em ling
Mais completa, pois em
u
so previstas, n d de essenc
Mais precisa e objetiva f
os trmos utilizados foram d
um pequena p rte fica suj
stes quadros e est terminol
tnci pelo mesmo pesquisad
com um espao de muitos a
pocas diferentes, indstrias
tes. Se les frem adotados p
mesma linguagem, que perm
blic-los em
um
mesma revi
nh a impresso, como acont
art igo a outro, de
um
captul
maneira de se expressar .
O
u
a vantagem, que ns sabemos
dela nos termos utilizado vri
de
um
mesma equipe, dife
revezar
no
estudo tipolgico
d
Finalmente a estrutur
lgica e sistemtica, e que se
permitir um manipulao f
qualquer que seja a finalidad
nicas de fabricao, equipam
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PRIMEIR P RTE
I
l no
do glossrio
O glossrio que constitui o
organizado em ordem alfabtica
tura que nos pareceu ao mesmo
Inicialmente estabelecemos
um
quentemente utilizados em arqu
quais
impossvel tentar se qua
seguida sses trmos foram div
respondendo:
A aos trmos relativos ao m
Para esses trmos definim
matria prima independe
mineralgica e alguns tipo
B aos trmos relativos s tc
Para esses trmos mantive
as princip is
maneiras
operaes e os principais p
dependentemente de sua u
C aos trmos relativos
des
Para esses trmos estabele
qual mais ainda que as o
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a
determinadas
regies ou cul tu ras, mas a necessidades
universais
do Homo-faber.
Nesta ltima srie consideramos os objetos em funo do
uso que lhe a tr ibuimos, mais ou menos arbitrriamente: cor
tar, furar, esmagar, etc. Definiremos estas aes, como
l
gico e habitual, por um verbo, o que torna cmodo uma clas
sificao
geral
dos utenslios,
armas
e objetos diversos.
Em cada uma dessas sr ies s
conservamos
os trmos
mais comuns. Estas l istas poderiam
ser
acrescidas at se ob
te r
um verdadeiro dicionrio com muitas
centenas,
talvez v
rios milhares de
palavras.
Mas nossa
finalidade
se r simples
e prticos. Limitamo-nos, portanto, a 168 palavras.
Eis a lista dos trmos
na
ordem em que sero defini
dos (I):
A O
material
u izado e seu estado
-
Matria
prima
(d
1) ,
cor tex (d
2) ,
ptina
(d
3) ,
brilho
d
4),
marcas
de
fogo
(d
5) , marcas decor
rentes
de
frio
intenso
d
4) ;
- Massa injcial
(d 7) ,
seixo d
8),
bastonete
(d 9) ,
plaqueta d 10 , bloco d
11),
lasca
(d
12 ,
cristal
d 13 ;
-
Matria
corante d 14 ;
- Pedra utilizada d
15).
B
Tcnicas
do trabalho
pedra rincipais opera-
gem (d 28 , estilham
drio d
30);
rincipais produtos
d31 ;
nc leo (d 32) , l as ca
produtos do prepar
cortical
(d 35),
lasc
lasca de ngulo
(d
3
ponta
desviada d 3
com dorso (d 41) , la
lasca com dorso de
p
lamelas d 45);
indstria de bloco ou
indstria de seixo (d
objeto-ncleo ou de
produtos do preparo
objeto
polidrico
(d
jeto uni facial (d 52)
ferramenta fortita
estilhas de lascame
fragmento
d 56), p
C - As diferentes partes
descrio
- Lmina de pedra p i
ces d 59 ,
bordo
d
parte
ativa
ou
bordo
neutra (d 64 ,
parte
-
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-
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II -
Objetos passivos. Suportes. Recipientes. Ornamentos etc.
a -
Apoiar:
bigorna d 153), quebra-coquinhos d
154 ,
pilo d 155 , almofar iz d
156 ,
m d 157 ,
aguadores d 158 , polido res d
159).
b
-Conter :
vaso de pedra d 160), zolito d 161).
c -
Lastrar:
pso de rde d 162), pso de basto de
cavar
d
163 ,
bolas d
164 .
d -
Adornar:
tembet d 165), prolas d 166), placas
perfuradas d 167).
II I
-
so desconhecido:
discos perfurados d 168).
II -
Glossrio:
A O material
utilizado
e s u estado:
d 1 -
Matria.
prima.
Matire premire)
Rocha da qual feita a pea estudada. Sua determina
o corresponde a uma identificao mineralgica.
As
vzes es-
sa rocha madeira fssil, que tem quase que as mesmas pro
priedades que as rochas e lasca bem.
d 2 -
Crtex.
Cortex)
Camada externa de alterao de uma rocha, cuja es
pessura depende simultneamente da durao da exposio
aos agentes atmosfricos, das condies climticas e da natu-
ptina, que se formou pos
certos utenslios re-utilizados
culos ou muitos milnios, pod
pia ptina, sendo que a mais
fabricao e a menos espessa
re-talhadas ou re--utilizadas.
d 4 - Brilho Lustre .
Chamase brilho de um
riu pela ao do vento, da gua
gado. O brilho pode afetar td
mais exposta ou mais utilizad
mais clssico de brilho observ
das foices, que serviram para
ser empregada sob a forma de
mo adjetivo brilhante). ne
aqUi definido, que involunt
polida, resultado de
uma a
mais polida, mais brilhante, e
pa da sua fabricao d 19).
d 5 MarCM de fogo. Mar
O
fogo
tem diferentes m
Algumas que contm xido de
outras como o silex se fendil
os quartzitos lascam-se de um
em fragmentos, que diferem m
produzidas, outras ainda se a
cessria muita prudncia na
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mais irregulares e suas superfcies so menos lisas que as dos
Jascamentos articiais; as primeiras no apresentam nem pla
no de percusso d 73 nem bulbo d 92).
d 7 -
Massa
inicial.
Masse
initiale .
Damos sse nome ao tipo de material do qual
foi
tirado
o objeto que est sendo estudado, seja ste de pedra lascada
ou polida. Pode-se determinar 6 tipos essenciais de massa ini
cial, mas esta lista no limitativa.
A
maior
parte
dos objetos
liticos
F
tirados de um seixo, de
uma
plaqueta, de um basto
nete, de um bloco, de uma lasca, de um cristal. ~ tipos se
ro definidos a seguir.
d 8 Seixo. Galet .
So fragmentos h muito tempo destacados da rocha
me, com as arestas desgastadas, formas arredondadas e de
superfcie constituida por um crtex de espessura varivel.
Os seixos consti tuem a matria prima de um grande nmero
de uten_silios prehistricos Pebble culture,
cultura
dos sei
xos). Nao se deve julgar, como comum, que uma indstria
de seixos, seja particularmente grosseira. Com efeito, se o
trmo Pebble culture foi utilizado inicialmente
para
desig
nar indstrias africanas arcicas e grosseiras, em todos
os
lu
gares
do
mundo, onde
os
lascadores de pedra dispunham de
seixos de rochas passveis de serem lascados, les os utiliza
vam.. Patagnia austral, por exemplo, prticamente t
da a mdustria feita a partir dos seixos das morainas. No
li
toral
do
Brasil meridional, as indstrias, em grande nmero
d
Bloco.
Bloe .
Por conveno, cham
da rocha me, que no corresp
precedentes seixo, plaqueta,
nem o plano de fratura nem
bloco pode apresentar crtex e
do quela que estava exposta
senta curvas, sempre menos
Quando uma pedra lascada n
o
de crtex no passiveI d
bloco, de um seixo ou de um b
d Lasca. Ectat .
Uma lasca
fragm
de um bloco de rocha, de
um
se
trabalhado para se transform
lios, cujo conjunto consti tui a
Mas,
quando a lasca de gra
ser utilizada como massa inic
quer bloco de rocha, seixo, p
um
ncleo do qual sero tir
utensilio da srie dos bace
inicial constituida por uma la
pela face interna, seja pelo pl
ver as derentes partes de um
d 13 - cmtal. Cristal .
Eventualmente um c
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-
matria
corante bruta: so
os
fragmentos no p r p r ~
dos, mas nos quais pode-se perceber, s vzes, traos de ras
pagem ou de uso, seja em forma de depresses semi-esfricas,
seja em forma de facetas. A identificao petrogrfica indis
pensvel.
- matria corante preparada:
pode ser encontrada em for
ma de bolas vermelhas ou amarelas, ou corno sinais sbre pa
letas, seixos, conchas, etc, Ignora-se a natureza do solvente
que serviu
para
o seu preparo. Uma anlise de laboratrio po-
de dar resultados interessantes.
- matria corante utilizada: certos objetos mostram si-
nais de pintura (utensilios de pedra, ossadas em sepulturas,
paredes de abrigos). As quantidades so ento mnimas e
. como em todo caso
uma
raspagem prejudicaria a pea pinta
da, uma anlise geralmente impossvel.
d 15 - Pedra uWizada. Pierr e uti l ise) .
Colocase nesta categoria numerosos utenslios de
pe-
dra bruta, que no sofreram
nenhum
trabalho antes de serem
utilizados. So, por exemplo, seixos escolhidos por suas formas
e sua dureza, f r g m ~ n t o s de rocha escolhidos por suas pro
priedades fsicas e que serviram como percutores, poUdores,
aguadores, etc. So unicamente as marcas de util izao que
les mostram (golpes, superfcies polidas, sulcos ou depresses
semi-esfricas formadas pelo aguamento de utenslios sbre
a superfcie, etc) que permitem enquadr-los como utenslios.
Frequentemente, quando a pedra utilizada apresenta las
camentos, considerada como pedra lascada, quando tem su
machado, vaso, etc). O utensl
mar te la r um percutor de ped
cies utilizadas, mltiplos sinais
operao formam uma poeira d
da
a gros. Esta poeira, raram
cavao pois se confunde com
ueolgica. Pode-se entretanto
~ t e a m e n t o na qual o solo seri
de rocha pulverizada, sendo en
tifica-la.
Parece que. na maioria dos
telamento a operao prelim
existem certas lminas de mac
das e em grande nmero de ca
sendo de pedra polida, conse
dsse picoteamento preliminar.
de: pedra picoteada e polida.
Pode-se estudar o picoteam
resultados obtidos e considerar
za, que, do mais grosseiro ao m
teamento
1
picoteamento 2 e
beleceremos nenhum cdigo p
cada um dever defini-lo em f
aps exame lupa binocular.
d 17 _ Lmina picoteada ou
boucharde) .
C h a m a ~ s e lmina de
produto, no encabado, da o p
-
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picoteado e polido, ou, em ltimo caso, tem-se o lascamento
e picoteamento e o objeto lascado, picoteado e polido. Quan
do essas operaes existiram,
mas
no
resta
nenhum
sinal
na
superfcie do objeto estudado, diz-se que se trata de um ob
jeto polido ou inteiramente polido.
O polimento
geralmente, efetuado sbre uma pedra,
pousada no solo.
As
vzes o prprio solo rochoso natural que
utilizado. Depresses resultantes do polimento se formam,
pouco a pouco,
na
superfcie. O contnuo esfregar das faces
dos objetos polidos forma depresses de polimentos, largas e
pouco profundas. Os gumes so executados do mesmo mo
do,
mas
les deixam sbre as rochas utilizadas depresses alon
gadas, de seco sub-triangular, correspondendo
seco do
gume.. s rochas que serviram para polir as faces so sem
pre
chamadas
ms ou polidores ver d 157 e d 159 . Entretanto
preferivel usa r o nome polidor e deixar o termo m para
os utenslios que serviram para preparar o alimento. ro
chas que serviram para polir o gume, sero
chamadas agu
adores ou afiadores ver d 158 .
Segundo a fineza do gro do abrasivo, o polimento obtido
mais, ou menos, fino. Consideramos, como
para
o picotea
mento, 3 graus de fineza do polimento grosseiro 1 mdio
2 fino 3
mas no
estabelecemos um cdigo para medir es
sa fineza e cada pesquisador dever defini-la em funo das
colees estudadas e aps exame
lupa binocular.
19
- Lustro. Lustrage .
O lustro um brilho particular, obtido,
no
com
d 21 - Pedra lascada. Pier
Classifica-se
nesta
ca
dra, obtidos por 1ascamentos
percusses, seja de percusses
dra pode ser estudado seja s
percusso, presso , seja sob
es preparao, desbastam
forma,
trabalho
secundrio ,
tos obtidos, classificados em
cao indstria de lasca, ind
Tcnicas
e
lascamento.
s definies referentes
de Bordes,
1947.
Alguns dos tr
zidos, quase que textualment
definies derivam de experin
Bordes distingue 3 catego
da
pedra:
la.scamento
r
percu
lascamento
por
percu
lascamento
por
press
22 _ Lascamento
por
perc
Foi dividida por Bord
simples e a percusso esmaga
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- seja em pousar o bloco que se deseja debitar sbre um
suporte e bater sbre le com um grande percutor. Deste
modo
h
dois pontos de impacto um ao nvel do percutor
e o outro
do
lado
do
suporte e quase sempre resultam dois
lascamentos.
o lascamento bipolar;
- seja em pousar o bloco que se deseja debitar sbre um
suporte de pedra ou de osso e r um srie de pequenos gol
pes no centro
face superior do objeto. Pequenas lascas
se destacam
do
bordo em contacto com o suporte sbre a fa
ce oposta ao contacto. o lascamento por contra-golpe;
- seja em instalar sbre o solo
um
grande pedra que
desempenhar o papel de suporte. A pea a ser lascada
ou
ncleo segura com as duas mos levantada acima ca
bea e batida com fora sbre o suporte. Os planos de per
cusso das lascas obtidas so muito grandes muito oblquos
com o bulbo saliente ponto de impacto visvel cone aparente
algumas vzes mltiplo. o lascamento sbre suporte.
d
23
-
Lascamento por percusso
indireta.
TaiUe
par
percussion
indirecte
.
Um puno de madeira dura de osso ou de chifre
algumas vzes de pedra colocado entre o percutor e o n
cleo. O ncleo mantido no solo entre os ps uma extremi
dade
do
puno colocada sbre o ponto escolhido. O golpe
do percutor aplicado n extremidade oposta.
d 24 - Lascamento por pressiix TaiUe par pression .
Um
retocador de pedra de osso de chifres ou de madeira
preparo do ncleo.
preparo
parte q
lasca;
trabalho secundrio
Tratando-se e
um ute
escolha do materia
massa inicial;
preparo desta mass
preparo forma;
debitagem
lasca
trabalho secundrio
d 25 - Preparo.
Prpara
o conjunto das opera
uma massa de pedra bruta o
desembaraar essa
te de seu crtex p
ciais.
o
descorticam
dar-lhe graas a l
aproximativa que p
cao do objeto des
O preparo de um ncleo
t
em preparar um plano d
ro debitadas a
ou
as lascas
em aprontar tambm uma
o plano de percusso as qua
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Ses
desejadas para que se
possa
comear o
trabalho
que d a
r
a o objeto a f or ma f in al a lm ej ad a.
d
6
Descorticamento. Drorticage pannelage .
a operao que consiste em desembaraar uma
massa de pedra seixo, bastonete, etc) de seu crtex. Cha
mam-se lascas de descorticamento ver d
36)
os p ro du to s
desta operao.
d 27
Preparo da
forma.
Faonnage .
. .
a operao pela qual, a
partir
de
uma
massa ini.
clal seiXO bloco,
etc ,
descorticada e
preparada
fabrica-se
um utenslio de bloco, como por exemplo um biface um
.Chopper, etc, por meio de uma srie de lascamentos e x e ~ u t -
dos sbre uma ou vrias faces.
d 28 -
Debitagem. Dbitage .
t a o pe ra o q ue c on sist e em
destacar
um lasca de
seu nU:leo por meio de
uma
percusso sbre O plano de
percussao.
d 29 - Estilhamento: Eclatement .
, a
s e p r ~ o
de uma lasca de u m bloco de pedra. O
t er mo e vago e aplIca-se a q ua lq ue r t ip o de l as cam en to . C ha
ma-se face de estilhamento parte da lasca ou do bloco do
q ua l e la p ro v m) , q ue
se
encontrava
no
interior da m as sa d e
pedra, antes do lascamento.
Os produtos do lascamen
duas
grandes sries, a
indstr
de blocos ou de ncleos D 47
d 31 -
Indstria
lascas.
C on ju nt o d e ob jetos
por lascas que, aps seu de
gem) permaneceram
ta l
qual
r am , como n ic o t ra ba lh o, o
drio) o q ual pode
atingir
os
mais raramente a face
inte
nunca a massa da lasca.
d 32 - Ncleo. NucIus .
Bloco de matria p
se possa t ir ar , u rn a ou uma s
do ou mostrando uma ou d
j
se r etirou u rna ou vrias
fcie, a ou a s cica triz es, r es ul
Um
ncleo
esgotado a
ra r
mais nenhuma lasca.
Um
ncleo re-utilizado
lizado como tal e do qual, um
cados
e utilizados corno os d
e tc ) .
-
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I
ti
Os produtos do preparo de
um
ncleo ou de
um
obje
to
de bloco, foram minuciosamente estudados por
A.
Leroi
lourhan (1966: 249).
Entre
os mais import ant es distin
guem-se: lasca inicial, lascas de descort icamento, lascas de
ngulo. Seguem-se as definies, segundo A. Leroi-Gourhan,
dsses diferentes produtos do preparo.
Produtos
do
Preparo
Uma lasca
bruta
uma
lasca qualquer, que
no
sofreu
trabalho secundrio. Uma lasca retocada uma lasca na qual
foram praticados retoques.
d 34 - Lasca inicial. Eclat d amorage).
a primeira lasca destacada de um ncleo,
ainda
re
vestido de seu crtex. No
h
plano de percusso; quando
le existe
formado por
uma
plataforma
natural da
rocha.
A face externa da lasca inteiramente revestida de crtex;
a lasca inicial pode ser
chamada
de lasca
vertical
- d
35
clat
cortical . Essa lasca pode ser uti lizada ta l qual ou en
ttio ser retocada ante s de servir. (Est. I, n.
o
1).
Tipos
de
lasca e m f un o da fase de fabricao
d 36 - Lascas
de
descorticamento. Eclats
de
dcorticage).
Aps a lasca inicial, outras lascas so ret iradas; a
face externa dessas lascas
constituida, em parte, pelas mar
ESTAMPA 1. _
Nucleo
e
lascas:
I _ Se
O
mesmo nucleo
com
cicatrIzes
de lasca
Ao
lado. l as ca de
descortlcamento;
4 _
L
-
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-
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58 do objeto; a tcnica de fabricao consta de lascamentos
completos ou parciais que interessam uma, duas ou vrias
faces.
d 49 -
Produtos
preparo. Produits
de prparation .
Os produtos do preparo de um objeto de bloco
compreendem, como os resultantes do preparo de um n
cleo, uma lasca inicial e lascas de descorticamento. As outras
lascas, destacadas de uma ou de outr face, p r obter a for
m
do
objeto, no receberam denominaes particulares.
d 50 - Objeto polidrico. Objet polydrique .
Objeto ncleo ou de bloco, apresentandomais de duas
faces principais trabalhadas.
d 51 - Objeto
bifac ia l. Obiet
bifaciol .
Objeto ncleo ou de bloco, apresentando duas faces
principais, trabalhadas por lascamentos e uj interseco
forma um contorno contnuo, o qual constitue a totalidade ou
parte
d
periferia.
Um
trabalho bifacial
um trabalho sbre
as duas faces. Est.
v
n.
o
1 .
d 52
Dbjeto
unifacial.
Objet unifactaL .
Objeto ncleo ou de bloco apresentando urna face
principal, trabalhada por lascamentos. A interseco dessa fa
ce, com a face no trabalhada forma um contrno cont nuo,
constituindo a totalidade ou parte d periferia
do
objeto.
Um
trabalho unifacial um trabalho, sbre uma s6 face. Est. VII,
d 54 -
Estilhas lascame
Agrupa-se sob O t
conjunto de lascas nos quais
cundrio, nem utilizao e qu
bricao de um objeto de las
abundncia de lascas iniciai
ncleos, de restos diversos, p
um atelier de talhe
d
pedra
pedra e a cada tipo de opera
ficas de estilhas de lascame
estudo
t o
importante. Su
estilhas de lascamento, por ex
tenham sido retocadas e util
d
55 - Detritos.
Dbrn .
Classifica-se nesta ca
to,
irregulares, que no
entr
nem n de fragmentos, isto
interna de lascamento bem
que no podem ser identifica
cleo,
de lasca ou de um utens
d 56 - Fragmento. Fragm
Por conveno, chamam
ca ou
de objeto de bloco, td
ses objetos, correspondendo a
dade. Inversamente, falar-se-
pice cassc , quando a par
da metade d pea. Nem sem
dao estudado corresponde a
-
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um ncleo (d 72);
uma lasca (d
78) ;
um
objeto-ncleo ou de bloco (d 106).
d 58 -
Lmina
pedra picateada ou pol ida.
Lame
pierre piquete ou polie .
. . Ser necessrio analisar as dimenses 1) e a forma
da lamma considerada no seu conjunto e depois estudar se
paradamente cada uma
das par tes que a compem. (Est.
n.o1).
2
ESTAMPA lI . - Pedra polida: 1 -
LmIna
POllr:OIU8.I: 8. _ ptlr-
do eneabament o.
faee
superior; b -
parte 8.Uva. face
superior;
e _
lado. 2 - Llmlna com garganta: a _
lal lanta.
a - Morfologia geral:
Dimenses. Podem ser dadas, seja em valres absolutos
planos principais com o aux
tados geometria. O plano p
guiar, trapezoidal, oval, etc.,
plano-convexa, etc; a seco
gular, etc.
b - Partes principais:
A fabricao de
uma l
ou polimento, determinou
fac
nou tambm uma par te ativa
viu ao encabamento. Entre o
to geralmente existe uma zon
esta zona no
entra
em cont
a matria a ser trabalhada.
As
definies, aplicveis
mina, deve-se adicionar a de
(grau de polimento, etc) e a
o (estrias, serrilhado, etc)
A descrio de
uma
lmi
pre acompanhada de um cr
constante. Por conveno,
das do mesmo modo que os
eixo longitudinal orientado v
Qualquer que seja a con
sador, indispensvel que l
te um mesmo estudo, oriente
neira.
d 59
Faces. Faces .
-
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As duas faces principais de
uma
lmina podem entrar
em
contacto
diretamente.
Sua
interseco forma ento, aqui
lo
que
se
chama um
cordoo Podem ao contrrio,
ser separadas
por superfcies perpendiculares ou obliquas,
chamadas
lados
Uma lmina de face quadrangular, por exemplo, pode apre
sentar
um
bordo e 3 lados, dois bordos e dois lados, t rs bor
dos e
um
lado ou quatro bordos, mas
nunca
4 lados, pois en
to
no
seria mais uma lmina.
d 60 -
Bordo.
Bord).
O bordo de
uma lmina
a linha formada pela in
terseco de duas faces. Por conveno, chama-se bordo direi
to ao bordo representado direita do croquis principal e bor
do esquerdo quele representado
esquerda, bordo superior
quele representado no alto e bordo infer ior o que represen
tado em baixo. Um bordo definido por suas dimenses e for
ma.
A
descrio morfolgica, detalhada, de
um
bordo, com
porta
4 trmos, o primeiro que designa a forma no plano prin
cipal (retilneo, convexo, cncavo), o segundo a forma no pla
no t ransversal , o terceiro o valor do ngulo formado pela in
terseco das duas faces que determinam 1 .Este valor
normalmente medido
na altura
do meio do bordo; se as va
riaes so importantes, pode-se dar uma idia de sua ampli
tude
por duas medidas (exemplo: 400 - 600), ou anot-la,
marcando, em diversos pontos, localizados no croquis por meio
de letras, (exemplo: a -400 b -
500, e -700
os diferen
tes valres do ngulo . O quarto trmo, indicar se o ngulo
vivo, atenuado ou arredondado.
d 62 - Parte
a ti va . P ar ti e
Indicar- se- qual o
o estudo de
sua
forma e de s
binocular a superfcie que m
qual a extenso dessas marc
trias de uso e sua direo, p
do, formular uma hiptese s
d 63 fi l du tranchant)
a
das duas faces. Esse
trmo
do
funcional e
quando
se de
gume: fio agudo,
muito
agud
d 64 -
Zona
neutra. Zone
Pode, em caso de
um
separadamente. O comprime
mente ao eixo longitudinal.
t raos ou sinais de uso.
65 -
Parte
preenso
o
prhension
ou
d emm
Em
uma
lmina poli
mada
talo. Este trmo, ent
diferentes
que
preferimos n
h nem machos, nem entalhe
sivel, lupa binocular, distin
lmina, pois ptina e traos
marcao ntida. Esta demar
o croquis. Se os limites des
deve-se da r o seu compriment
-
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d 73 -
Plano
percusso.
Plan jrappe).
a superfcie que recebe os gOlpes
destinados
a fazer
s al ta r uma lasca. Tanto o plano de
percusso
de um ncleo
como da lasca s vzes chamado talo , que foi destacada
dsse ncleo,
so cons titu dos pela mesma
superfcie. Os
trmos aplic ados a um
so
apl icvei s ao outro ver d
81 . O ngulo do
plano
percusso de
um
ncleo,
d 74 ,
l angle du plan
jrappe
d un
nuclus
aque le fonnado
pela
interseco
do
plano
com a
cicatriz deixada pela retirada
da las ca. le suplementar do ngulo do plano de percusso
dessa
lasca
d 84 . Est.
III,
fig. 1 e 2 .
d 75 -
Lascamentos descortinamento Enlvements
dcorticage e lascamentos preparatrios Enleve-
7nents prparation).
Os
primeiros so
os lascamentos
que
retiraram o cr
tex
da superfcie de uma
lasca
a ser
debitada.
Em um
ncleo
no
debitado,
esses
lascamentos
so
visveis
na
sua
totalidade;
em um ncleo
j debitado restam
somente
as
extremidades
dsses
lascamentos, cortados
pela cicat riz. Os lascamentos
preparatrios de um ncleo d 76 so descritos do mesmo
modo que os de uma lasca d 25 . Est. III, fig. 1 e 2 .
d 77 - Cicatriz. Cicatr ice)
Um
ncleo mostra
m
gativo
deixadas pela retirada
as marcas deixadas
camento ou
preparat
cas de
lascamentos
trios ou
lascamento
as
marcas deixadas
de vrias lascas prep
triz
dste
tipo
se som
de no existir nenhu
antes de ser debitado
xada pela
retirada
d
A cicatriz
reconhec
relao s marcas do
lo fato de cortar sse
no
de
percusso
bem
dimenses, por
sua
f
mesmos traos,
por
aos da face interna
marca em
negativo
de
contra-bulbo.
Es
D 8 - Lasca. Eclat).
Deve-se analisar
as
d
ca bruta ou retocada
consid
tudar, separadamente, cada
-
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-
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pondam a
uma
mesma definio; por ste motivo, o tipo
geral do preparo
da
face que se deve descrever pelos adjeti
vos
enumerados acima e no a totalidade dos lascamentos que
a formam.
d 91 - Face
interna.
Face
interne .
:t a que se encontrava
no
interior do ncleo antes
da
debitagem da lasca; a face de lascamento e corresponde exa
tamente
cicatriz em negativo deixada no ncleo.
Alm das dimenses e forma, que so analisadas do mes
mo modo que
para
a face externa , a face
interna
de uma las
ca caracterizada pelo bulbo, pelas ondas e pelo escama
menta.
d 92 - Bulbo.
Bulbe .
Tambm chamado bulbo de percusso.
uma ex-
crescncia de forma conchoidal, cujo centro marcado pelo
ponto de impacto ou de percusso. Sua presena, ausncia,
seu
tamanho
devem ser sempre anotados.
d 93 - Ondas. Ondes .
Em alguns tipos de rochas o bulbo se prolonga pela
face
interna
por uma srie de ondas que lhe so concntricas.
d
94
-
Escamamento. Esquillement ou Ecail lure .
As
vzes, no momento
da
debitagem, uma pequena
escama se desprende na base do bulbo.
d 96 - Lado Ct .
A noo de lado de
maioria dos casos, uma lasc
aproximadamente plana,
um
convexa e sua interseco f
tanto, quando a face externa
e estreita, bem delimitada, p
do com a face interna um
g ~ l m n t
a essa superfcie
lado pode ser definido por su
ngulos que forma com a fa
d 97 -
Bordos. Bord.s .
O lado urna supe
bordos de uma lasca
so
d
face externa com a face inte
um lado com a face interna.
e de algumas irregularidad
nha
se divide em
duas:
do l
bordo externo do plano de pe
o bordo interno do plano de
bordos de uma lasca seja
qua
sua utilizao.
Um
bordo longitudinal
gitudinal
da
lasca. Por conv
esquerdo, segundo a sua re
querda, no croquis.
-
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por
apresentar
um ngulo mais aberto. Quando nele se apre
senta um trabalho secundrio, ste consiste geralmente, no
desbeiamento das arestas.
d 100 - Descontinuida de Discontinuit .
O bordo ativo e o de preenso podem ser interrom
pidos por superfcies de
tamanho
varivel, aproximadamente
perpendiculares ao plano principal e que
no
foram retiradas
pelo trabalho secundrio. Tais superfcies so
chamadas
des
continuidades.
O bordo de uma lasca ser definido por;
- .
sua
morfologia comprimento em valor absoluto, cur
vatura
no plano principal , curvatura no plano per
pendicular ao plano principal (retilineo, convexo,
cncavo, irregular, sinuoso, etc , ngulo formado pe
la interseco das duas faces, aspecto dsse ngulo
(vivo, atenuado, arredondado, etc ;
seu trabalho secundrio isto os retoques ou
odes-
beiamento que o
afetaram numa
ou
noutra
face,
com o nvo ngulo que se formou.
seu us Deve-se distinguir os oordos at i
vos
dos de
preenso, e depois, para
cada um
dles, realizar o es
tudo das marcas deixadas pelo uso (esmagamento,
esfregamento, estrias, coloraes diferentes, serrilha
do; locais gastos pelo uso, assim como traos de ma
trias orgnicas como por exemplo a resina). 1l::ste es
tudo
s
pode ser feito lupa binocular.
A diferena entre o ng
um espcie de ndice de uso d
cado, um ndice de retoque.
d
1 4
- Retoques Retouc
O retoque de
uma
sua fabricao. O retoque co
quenos lascamentos sucess
percusso, a forma e ~ j
terminado pela debitagem, p
te, s intenes do arteso. P
lidam o gume tornando-o m
o o utenslio pode ser igual
gasto pelo uso, como quand
ques a fe tam os bordos como
ques podem ser dificilmente
uso, e em alguns casos essa
Os
retoques podem igual
te e transform-lo
num
oor
uma
parte
de preenso ou d
sim formada comumente
ch
Os retoques que transforma
so normalmente abruptos.
Os
retoques de
um
oord
SeS,
forma, localizao nos
o s faces, por
sua
disposi
Dimenses No existe
u
mente aceita. O mais prtico
-
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ou muito cncavos, segundo o lascamento
tenha
sido lame.
lar ou francamente fundo.
Localizao.
Os retoques podem
afetar
qualquer um dos
diferentes bordos definidos mais acima. Algumas vzes les
so perifricos, isto
,
foram praticados ao longo
dr tda
a
periferia da lasca. Segundo afetem um s ou vrios bordos,
ou tda a periferia, les podem ser contnuos ou descontnuos.
Posio.
Em
relao s faces. Qualquer que seja o bordo
afetado, os retoques podem ser feitos
na
face
interna na
fa
ce externa ou em ambas.
Os
retoques so chamados
externos
ou
diretos
quando os
golpes ou a presso do retocador foram aplicados sbre a face
interna
da lasca, sendo que os lascamentos afetam a face ex
terna.
Os retoques so
internos
ou
inversos
quando a ao foi
apl icada sbre a face externa
da
lasca e portanto, os lasca
mentos afetam a face
interna.
Os retoques so bifaciais quando,
uma
mesma zona do
bordo,
h
retoques externos e internos. Para os retoques de
uma lasca, o tnno unifacial seria
redundncia
pois essa
noo
est
subentendida nas de retoques externos ou internos
Os retoques so
altemos,
quando um bordo
apresenta
su
cessiva e alternadamente sries de retoques externos e
in -
ternos. O ponto de encontro de dois bordos, sendo que um pos
sui retoques externos e o outro retoques internos, const itui ,
irregulares,
so oblq
tempo.
folheados
feuilletes
superpos.tas e escalo
disposio
s
poss
lheada, como por ex
superpostos tages
toques grandes se su
nores.
Inclinao. A inclinao
le forma com a face oposta.
faciais, a inclinao do retoq
com a face oposta, que reto
terico do utenslio. 2sse ng
mente, mas pode-se admitir q
valor do ngulo formado pel
retoques.
A inclinao pode ser d
graus, seja por um adjetivo
Leroi-Gourhan os retoques s
rasantes
quando a i
oblquos
quando a in
muito oblquos quan
abruptos
quando a i
verticais quando a in
-
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:
:
ESTAMPA
V -
O bj et o d e bloco:
.. _
pa.rte de
pre
enso ou de
encabarnento
b
parte
aUva
a - Morfologia geral .
imenses As regras
so as
mesmas
qu e
foram
observa
das para o estudo das dimenses de um ncleo.
F Orma
ysar-se- um
adjetivo geomtrico,
tda
vez
que
SS
P ~ S S l v l para definir
a
forma
n o seu conjunto amig
d ~ l o ~ d e plramld.al, .etc) e depois a
forma das trs
seces prin
cIpaIs
plano
pnnclpal, plano longitudinal, plano transversal .
Se as duas faces so simt
vel fala r de uma face superior e
veno, diz-se q ue a face .supe.
croquis, s endo a outra, a
mfen
Se uma face mais c on ve xa
como face su per io r; a face
ma
ferior.
Uma face d ef in id a po r su
lascamentos. As dimenses so
s eg un o o baco . A
forma
ser
jetivos, se nd o q ue o p ri me ir o .
s eg un do , a curvatura n o s en tI
curvatura
no s entido tra ns versa
Os las ca me ntos que
tivera
ao o bj et o, so e st ud ad os co mo o
de
uma
l asca d 8 9).
d 108 -
Lado. Ct .
um trmo mal
defi
to d e bloco, d ef in e geralmente
r el a o s f ac es p ri nc ip ai s; e ss
perpendicular
ao p lano
pri ncip
pequeno pode
ser
chamado desc
uma
face, definido por suas di
m er o e d isp os io d e s eu s l as ca
los ng ul os q ue le
forma
com
d 109 -
Bordo. Bord .
-
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QUADRO
S ES
E
OS
MODO
I .
Ferramentas e
Press
armas
_ Cortar,
fender,
ln -
F ac a, l as
cisa
Buril
gume de bisei dupl o;
contact.o por uma
Ii -
nha)
_ Raspar. ralar, Igua-
Raspador
lar, aplainar
ral, Ras p
objetos
plano-conve-
Plaina -
xos
d.
gume
dc
biseI
ma
simples;
contacto
po, Ferramen
uma linha)
denticulad
_ Furar, perfurar, ca-
Ponta, fur
var,
rasgar
{objetos
ponteagudos,
Anzol?
con tacto p or u m
pon-
>
Bater, quebrar,
mar-
R etoc ador
telar , lasca r,
atin-
compresso
gir, derrubar
objetos de f or ma s glo-
bulosas;
contacto pc .
uma superficle)
- Esf regar , polir,
Seixos uti
moer, esmagar, pul-
dos
verisar
objetos de fornlOS glo- Mos de
bulosas e de super fcie
l isa; c on ta ct o p or u ma
superficie)
D
utilizao
os
objelos
e
pedra s tipos
clssicos
p ar a as lascas.
~ e s
bordos podem t er sofrido u m t rabalho
secundrio e apresentar ento, retoques.
O ngulo de um bordo, em um ponto dado, aqule for
mado pela interseco
da s
duas faces.
Um bordo definido por suas dimenses e sua forma. A
descrio da forma comporta quatro trmos: a forma no plano
principal retilneo, convexo, cncavo, etc), a forma em um
plano perpendicular ao primeiro retilneo, convexo, cncavo),
o valor do ngu lo formado pela inters eco das duas faces e
o estado dsse ngulo vivo, atenuado, arredondado, etc). Se
houver u m t rabalh o secundrio, le s er descrito s egundo o
modlo indicado
para os bordos de u ma lasca. d 104).
Nesta parte
do
glossrio
os
objetos de pedra so conside
rados em f uno de s ua utilizao. Aps a definio de al
guns trmos gerais objeto - d 110, ferramenta - d 111, ins
trumento - d 112, arma - d 113, utenslio - d 114, fer
ramentas duplas, mltiplas, complexas - d
115, 116, 117,
aborda-se a descrio dos principais tipos de objetos lticos
reconhecidos pelos prehistoriadores.
Agrupamos sses objetos por tipo de ao cortar, raspar,
etc) o que nos fornece, de um lado, o esbo das car acter sti
cas principais de um objeto, correspondentes uma ao
-
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A leitura vertical dste quadro pode ser compreendida do
seguinte modo:
I
Ferramentas e armas que exercem uma ao.
1 -
Ferramentas utilizadas por presso
Se bem que o seu maior nmero seja consti tu do por fer
ramentas de lasca, por serem muito frgeis para servir como
percutores, elas
no
correspondem a
uma
categoria tcnica
d ~ t e r m i n d
pois entre
as
ferramentas utilizadas por presso
sao encontradas tambm algumas de bloco, como as plai
nas
e outras das categorias de pedras uti lizadas ou polidas
. por exemplo as mos de m.
Na utilizao por presso, a
parte
ativa formada, seja
por uma linha, facas e raspadores laterais, buris, ferramentas
plano-convexas, raspadores,
ferramentas
denticulares, plainas,
lesm s seja pela interseco ter icamente punti forme de
trs
planos
pontas e furadores),
seja pela combinao dessas
duas sries
facas-pontas
e numerosas ferramentas comole
xas), seja por
uma
superfcie seixo com
uma
ou vrias fces
de uso, polidas, mos de m).
2 -
Ferramentas e armas util izadas r percusso
maior parte constituida por ferramentas macias, se
jam
lascadas de bloco, sejam picoteadas ou polidas. No
o-
nhecemos na Amrica do Sul, utensl ios de lasca que possam
parte ativa constituida
maduras diversas, pontas
se a finalidade
transpassar
convexa se a finalidade bat
de funda, virote).
_ Objetos passivos:
Sua
caracterst ica comum
vimento no momento do uso;
les no so nem seguros pela
pousados sbre a
terra
ou pen
de se notar que nesta s
d 110 - Objeto. Objet .
o trmo mais gera
implica
nenhum
conceito sbr
ma, nem sbre o uso.
d
lU
- Ferramenta. Outi l
palavra definida
mo: Utenslio de ferro para a
slios para o exerccio de um o
ltica um objeto de pedra,
intermedirio entre
uma
mat
que a utiliza para afinar, pre
possivel a mo nua.
-
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d 114 - Utensilio.
Utensile .
A definio de Cndido de Figueiredo diz: Qual
quer instrumento de trabalho, de que se serve um
artista
ou
um industr ial. Objeto que serve de meio ou instrumento pa
ra se fazer qualquer coisa: utenslios de casinha . Segundo
esta definio,
m
um utenslio, do mesmo modo que uma
faca.
d
115, 116, 117, -
Ferramentas duplas,
mltiplas
e comple
xas.
Outils
doubles, multiples, complexes
Pode-se
chamar
duplas, as ferramentas
. que apresentam dois bordos ativos de funo equivalente. Te-
mos, por exemplo: raspadores duplos, facas duplas, pontas
du
pias, etc. Se necessrio, mas so casos raros, pode-se falar de
ferramentas triplas (ou qudruplas)
para
designar ferra
mentas com trs
ou
quatro bordos ativos equivalentes. Um
conjunto de ferramentas chamadas
mltiplas
ser constitu
do por ferramentas duplas, triplas, e eventualmente qudru
plas.
Pode-se chamar complexas as ferramentas que apresen
tam
dois bordos ativos de funo diferente. Por exemplo
uma
faca-raspador ou uma ponta-raspador, sero ferramentas com
plexas. Os exemplos so numerosos. Quase todos
os
tipos de
ferramentas de lascas, utilizadas por presso so combinveis
entre si. As combinaes so mais raras entre as ferramentas
de bloco utilizadas por percusso (com ou sem cabo) pois
necessrio reservar um lugar importante e j especializado
para
a preenso ou o encabamento.
~
tambm raro que se-
uma faca
uma
ferramenta d
vidir a matr ia a ser t rabalha
uma ou vrias incises perpen
perfcie. Teoricamente, um r
destinado a raspar, isto a re
da lamelas finas, paralelamen
p o ~ t n t o um gume em biseI d
delgado e agudo possvel para
fcil; ela termina geralmente
car, a penetrar, a cortar. O ra
raspador, tem um gume em bi
plana, o bordo ativo retilne
a no penetrar muito profun
balhada.
Na realidade, os dois tip
ciados e certo que muitos
convexo paralelo ao eixo long
utilizados para cortar ou pa
raspador lateral. Enquanto a
a distino entre dois (ou mai
dos no conjunto de facas e ra
baremos sob um trmo nico
as linguas portugusa e esp
(couteau) e no raspador late
a confuses com a traduo d
o de faca seria: ferramenta
tando geralmente um bordo d
d 120 -
Bur l . Bur in .
-
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Por percusso:
ESTAMPA VI.
- Obletos
de pedra.
lascada llObre lasca: 1
F aca de
lasca: a _
parte
de
preenslo Ou
de enca t :amen to:
b - pa rt e a tl va OU cortante; 2 _ Ponta
de
lalica; 3 - Buril e
golpe
de
buril ;
4 _ Furador
Segundo Movius, o chopp
co
trabalhado parcialmente e
minar um bordo ativo, que se
feria. Quando o chopping-tool
bOrdo
de preenso
constituid
Essas definies, que se
permitem diferenciar a utiliza
geralmente que:
o chopper
uma
ferr
cortar
por percusso,
cialmente, de fabrica
o chopping-tool
um
ou a cortar por percu
cialmente, de fabrica
d
123 -
Biface
Biface .
uma ferramenta d
da na totalidade de suas duas
gume em biseI duplo, contnu
A forma geralmente ovalo
choppers e chopping-tools, o u
vez
sob sse nome genrico, se
tes. Antes de qualquer anlise
guir a lguns tipos de biface, p
rico de biseI duplo ou simples,
plo ou simples, etc. Algumas
utilizadas como facas; fala-se,
,
,
. i _ : ;
,.., :[
> ,
Ferramenta de lasca apresentando em
uma
extre
midade um bordo ativo formado pela interseco
seja de dois lascamentos perpendiculares ao plano principal,
seja de um lascamento dsse tipo e de
uma
fratura da lasca,
fratura essa, retocada ou no. Os lascamentos perpendiculares
formam
uma
pequena lasca caracterstica,
chamada
golpe de
buril . Existem tambm burs de bloco. Os burs so raros e
mal estudados
na
Amrica. Alguns foram descritos
na
Am
rica do Norte (Alaska, California, Texas). Parece que alguns
foram descobertos recentemente na Amrica do Sul (Equa
dor, Estado de So pulo,
Paran .
(Est.
VI
n.
O
3).
-
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definio, outros critrios e
par
que tipicamente mui to abe
sura do utenslio e sua
largura
risticamente ferramentas espe
mo machado , a lmina isolada, seja ela lascada ou polida.
No se deveria
usar
para
a
parte
lti ca do ins trumento , os
trmos machado lascado ou polido, mas sim lmina de ma
chado lascada ou lmina de machado polida. Tdas as lmi
nas
de machados
tm
um gume
em
biseI duplo mais ou me
nos perpendicular a seu eixo longitudinal. O encabamento se
ria adaptado de ta l mcxlo que o gume ficaria paralelo ao cabo.
d 5
-
Lmina de machado lascada. Lame de hache
taiile .
t
uma ferramenta de bloco, lascada bifacialmente e
apresentando um gume mais ou menos perpendicular ao eixo
longitudinal. Est. VII, n.
O
5). No necessrio distingui-la
da machadinha
hachereau), tipo pouco conhecido na Am
rica do Sul e que
foi
definido por Bordes 1961) como sendo
um
biface, de fonua geral muito variada, geralmente bem
espesso, mas apresentando
uma
aresta, mais ou menos trans
versal, oposta base.
Esta
aresta, mais ou menos oblqua em
relao ao eixo
da
pea pode ser retilnea, convexa, algumas
vzes cncava ou escavada em goiva .
As
formas so ,,ariveis.
d
6
- Lmina de machado picoteada ou polida. Lame
hache piquete
ou
palie .
Ela diverge
da lmina
de machado lascada smen
te pela tcnica de fabricao e pela maior variabilidade das
formas Est.
I I . Ent re
as formas sul americanas mais no
tveis podemos assinalar a itai ou machado perfurado e
o machado semilunar ou em ncora. Est. X, n.
o
12).
-
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isto
, para ret irar
pelculas finas paralelamente
superfcie
da matria a ser trabalhada (couro, madeira, etc).
Por presso:
d 128 - Raspador lateral.
Racloir .
O raspador lateral dificilmente se diferencia da fa
ca (d 118) (Est. VI, n.
o
1) e
um
mesmo utenslio pode
ser
empregado
para
cortar e raspar, var iando o modo pelo qual
segurado pela
mo
ou o ngulo segundo o qual a
matria
atacada.
Esta polivalncia explica a confuso da terminologia
l t ica concernente a facas e raspadores laterais. Parece mais
seguro abandonar, provisriamente, pelo menos, esta diferen
ciao e reunir
as
duas sries
de
utenslios sob
um
mesmo
tr
mo. Preferimos o trmo: faca, ao invez de raspador lateral;
de um
lado, porque a ao de
cortar ,
talvez, mais essencial
do que a de raspar e, de outro, porque
h
maiores possibili
dades de confuso
entre raspador lateral
e raspador, do que
entre faca e raspador.
d 129 -
Raspador. Grattoir .
Utenslio de lasca ou de bloco
da
srie das ferramen
tas plano-convexas. O bordo ativo convexo ou, mais rara
mente, retil neo e
forma
um ngulo
muito aberto
com a face
externa (1). :e:sse bordo , geralmente, situado em uma extre
midade longitudinal
da ferramenta.
Quando se
trata
de um
raspador de lasca, o bulbo da face interna, quase sempre, foi
retirado
para
tornar
tal face mais plana.
Raspador
terminal.
End-scraper .
Raspador cuja
parte ativ
do eixo longi tudinal. (Est. VI
Raspador em ferradu
cheval ou en ven
O bordo ativo semi-circ
tremidade oposta.
A
forma in
mais estreito que a extrem
Leroi-Gourhan,
1964,
cuneifOr
Raspador discoidal o
ou
circulaire
j .
Raspador em forma de d
por ,da a periferia . (Est. VII
mi-circular ou semi-discoiolal,
ma,
mas
cujos bordos ativos
tade
da
periferia. Pode-se
tam
um tipo 4 discoidal, etc.
Raspador
unguiforme
forme ou unguiform
Pequeno
raspador
de for
unha do polegar, caracteriza
plana no
centro da
face sup
-
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-
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slio
gasto e reavivado recua progressivamente, tornando-se
retilneo
e a seguir, l igeiramente cncavo. O corpo da lesma
se adelgaa. Finalmente, nenhum retoque mais exeqivel.
A lesma se quebra em duas, se ja ao ser feito o ltimo retoque
seja durante
o uso. A forma, mais frequente de se encontrar
uma lesma gasta ou muito usada, ou
ento
em fragmentos
que representam a metade do utenslio.
Por
suas
dimenses, as lesmas formam um
conjunto
in
termedirio
ent re as
plainas e os raspadores.
d 132 - Ferramentas denticuladas. Out8 encoche ou
coche .
Numerosos utenslios do Paleoltico superior euro
peu tm em uma extremidade ou lado, um entalhe bem deli
mitado por retoques abruptos. Est. VIII, n.
o
10 . Talvez te
nham sido ferramentas destinadas a descascar e
igualar
bas
tonetes de madeira . Os
entalhes
encontram-se combinados,
geralmente, com
outros
oordos ativos de raspadores, facas,
ete e formam, com les, ferramentas complexas.
- Por percusso:
133 - Enx. Herminette .
g uma ferramenta muito prxima do machado, mas
cuja
lmina tem um gume com biseI simples, perpendicular
ao eixo longi tudinal e ao caoo. So ferramentas destinadas a
esculpir, escavar, a trabalhar a madeira. Uma lmina de enx
de pedra polida. O equivalente em uma
indstria
de pedra
e ponta de lana
e
finalment
rindo-se, ento, a
arma
da sr
msso.
As
pontas utilizadas por p
ca ou
pontas
de bloco, bifacia
Tipicamente,
uma ponta
d
midade forma
um
tridro. Um
pela face
interna
da lasca; os d
da face
externa
da
lasca. A in
forme dsses trs planos, form
reforada por retoques pratica
dos
da lasca, at o ponto de
frequentemente alternos, isto
em um dos bordos e sbre a
ponta de lasca em todos os
rica, associada com
um
outro b
sas duas
partes
ativas forma
rnos assim facas-pontas ou ra
tas-raspadores,
etc
A seco
d
lar. Est.
VI
n.
o
2 .
Tipicamente, uma
ponta
seco, tericamente puntiform
balhadas de uma ferramenta.
das por presso, so sempre,
nhecemos, combinadas com um
gume. Tem-se, ento, uma f
dois gumes. A seco da ponta
te ativa, composta de uma ou vrias pontas, cuja
funo
cas-pontas, pelo exame
lupa
-
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de penetrar na carne do animal, sob o impulso de sua prpria
trao,
e
dsse modo, retlo. A ao de reter, entretanto, se
acrescenta, na maior ia dos casos, a de perfurar , sob o efeito
de um movimento brusco da mo do pescador, que se propaga
atravez da linha. Esta dupla srie de aes possibili ta uma
dupla classificao do anzol: entre os utenslios e armas que
agem por presso e os que agem por percusso. Na Amrica
do Sul se conhece, a lm dos 8nzois de matria vegetal s p l ~
nhos, e tc), anzois de conchas, de osso e de pedra. Os anzois
de pedra que conhecemos, so lascados bifacialmente e acura
damente trabalhados.
-
Por
percusso:
137 -
Pico.
Pie .
Ferramenta
de pedra, de osso de madeira ou de chi
fre, de forma alongada, ponteaguda, comportando ao menos
trs faces que formam um tridro,
s
vzes quatro. A inter
seco, tericamente puntiforme, das faces forma a ponta do
pico. Na realidade, como o pico destinado ao
trabalho
por
percusso e como uma ponta aguda no resistiria ao choque,
esta
ponta
sempre representada por uma pequena super
fcie. Os pices de pedra so feitos de bloco, ou lascados ou
ento polidos, mas
nunca
so feitos de lasca, pois seriam mui
to
frgeis. uma ferramenta para
trabalhar
a terra. Nun
ca foi descrita na Amrica do Sul. Bordes 1961) o define co -
mo uma variedade de biface, muito alongado e, quando tpi
co de seco espessa, mais ou menos quadrangular, s vzes
tridrica . Est. VII, n.
o
6) .
lizao e dos sinais de encabam
- Por percusso
d 139 - Armadura. Armatur
Em tecnologia d-se
pe s
destinadas a consolidar o
ou
uma mquina. Na terminol
dura de pedra
t anto uma
la
quena ponta bifacial fixadas a
tuiria por exemplo, uma flecha
lana.
Pequenas lascas irregulare
de
hastes de madeira, podem
te
cujos tipos so difceis de sere
mente dessas armaduras.
As
po
so armaduras de flechas ou de
d 140 -
Pontas bifaciais de a
bifaces de
;et .
No h soluo de co
grandes bifaces amigdaloides, a
liceas bifaciais
as
pontas de l
foliceas das armas de arremss
evidente, tratar-se de ferramen
s caractersticas comuns a ess
e morfolgica: so lascados bif
em amndoa ou em folha. Do
-
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-
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bloco, re-utilizadas
para
esta finalidade suplementar. Podem,
tambm, te r sido especialmente fabricados. Teriam sido segu
ros pela mo, em diversas posies, de modo que v r ~ ar s-
tas, diferentemente orientadas, mostram traos de utlllzaao.
45
-
Martelos.
Marteaux .
O trmo geralmente empregado de maneira vaga.
Parece-nos, entretanto que le poderia ser reservado aos pe
quenos percutores encabados, de pedra lascada ou polida, des
tinados a esmagar, afundar, enfim, martelar.
d 146 -
Massas. Massues .
O trmo igualmente
mal
definido. Parece-nos que
le poderia ser aplicado aos grandes percutores encabados, de
pedra lascada ou polida, destinados a esmagar, matar acha
tar. Conhece-se na Amdca do Sul diversos tipos de massas de
pedra polida como, por exemplo, a argola.
_
Por
percusso lanada:
47 - Pedras e seixos utilizados como armas
arremsso.
Pierres
et
galets utiliss comme armes
jet .
No importa que pedra ou que seixo teriam sido
utilizados como armas de arremsso
para
o ataque e
para
a
defesa, desde que suas dimenses fssern tais que permitis
sem seu fcil manejo. :les no apresentam
marcas
particula
res de uso e s podero ser definidos em condies muito es
peciais por exemplo, o acmulo art ificial de tais projteis
- Bola ver d 164 .
e - Esmagar, pulveriza
Esfregar, polir.
Objetos globulosos
se
d
por uma supe
Adistino entre
esta
rub
quebrar mais de grau de in
e mais
por
razes prticas do
mos,
atualmente
em dois gru
possvel dispor-se, em uma
aes analisadas nos dois grup
fragmentao gross
retocador, etc;
f ragmentao mais
mo de pilo, mo d
etc.
-
H uma
grande conf
tos destinados a pulverizar,
fuses mais frequentes a d
pedra polida, aqules objeto
em decorrncia do uso, sem d
de
uma
tcnica de fabricao.
Para tentar esclarecer u
jetos destinados a pulverizar
de
um
lado, os utenslios cuj
so movimentadas sbre um polidor). ~ s s s utenslios passi
frutos, peixe, carne.
fabrica
-
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vos sero estudados mais adiante.
- Por presso:
d
150 - Seixos utilizados
para
eSfregar
polir
ou moer.
Galets util iss pour
j rotter , poli r
ou
moudre .
So seixos no trabalhados, nos quais uma ou v.
rias superfcies so polidas pelo uso.
impossvel, sem
um
estudo profundo das marcas de uso, saber se sses seixos te
liam servido
para
polir (por exemplo a superfcie de
uma ce-
rmica), ou para moer e esmagar um material mole (por
exemplo, gros). Atualmente, no possvel dar nenhum cri
trio preciso que permita discriminar-se essas duas possibili
dades. Smente o estudo do contexto (existncia de cermi
ca,
do
consumo de cereais, etc) e um estudo das superfcies
polidas, feito a lupa binocular, permitiro o estabelecimento
de distines entre os utenslios e respectivas hipteses. Pro
visriamente, tais utenslios poo.em ser chamados de seixos
de superfcie polida pelo uso . A superfcie polida e as mar
cas
do
polimento devem ser localizadas e descritas.
d
151
- Mo de
m.
Main
de
meule .
o objeto ativo complementar da m. constitui
da
por uma pedra de seco arredondada, freqentemente ci
Iindrica, acionada circularmente, a mo, sbre a parte passi
va.
Se a forma da pedra na tural, no trabalhada, no
se
deve identifica-la como mo de m, mas sim como seixo uti
lizado (d 150).
As
formas mais freqentes na Amrica do Sul
menta.
As
partes ativas so as
O
trabalho se efetua por press
do as percusses mais importa
lindricas, de pedra, finament
em
diversas partes
da
Amrica
_ Objetos passivos. Suporte
a _ Servir de suporte
(Objetos complem
dos
em
d e e
cie destinada a re
cusso ou frico
d
153 - Bigorna.
Enclume
Pedra cuja parte t l
ou
r:lenos plana, onde apoiad
lido, quebrado, por meio de um
telo etc). Trata-se, geralmente
no trabalhado, sendo que o u
golpes impressas na sua face p
constituida pela superfcie de
d 154 - Quebra-coquinhos
seixo ou pedra (algu
baleia) que apresenta uma o
mm
de dimetro situadas em
d 160 -
Recipientes e vasos
-
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d 156 - Almofariz. Mortier .
A mesma definio que pilo. As dimenses so me-
nores.
157 - M. Meule .
Pedra
cuja
parte ti l const ituda por
uma
super.
fcie plana ou ento ligeiramente cncava em virtude do uso.
parte
complementar
da
mo de m.
A matria
a ser
traba
lhada
cereais, etc)
era
colocada sbre essa superfcie e esma
gada por presses e pequenas percusses. A m dormente
constituida pela superfcie de uma rocha, utilizada in
situ .
158 - Aguador. Aiguisoir .
Seixo ou bloco de rocha escolhido por suas quali
dades fsicas par ticu lares e sbre o qua l esfregado o gume
ou a
ponta
a ser aguada l mina polida de machado, fura
dor de osso, etc) .
As
marcas de uso so visveis como pequenas
facetas planas.
159 -
Polidor. Polissoir .
Bloco de rocha, escolhido por
suas
qualidades fsi
cas particulares arenito, basalto, etc , sempre muito maior
do que o objeto ou a parte do objeto a ser polida.
As
superfcies
gas ta s vo se aprofundando , pouco a pouco, em formas va .
r iadas: inicialmente planas ou l igei ramente cncavas, elas
podem adquirir formas imprecisas com propores maiores,
em negativo, dos objetos que nela foram polidos. O polimento
das faces de uma l mina de machado formar depresses
de pierre .
s podem ser dis
zes atravs do es tudo das mar
serviu s
para
guardar l quido
farinhas, corantes, etc, no m
ser ligeiras diferenas de colo
em contacto com o contedo e
matria orgnica, corante, etc
d 161 - Zolitos.
Zoolithes
So assim chamadas
animal.
muito comum apr
forma,
uma
disposio crucifor
cabea e pela
cauda
e o outro e
de uma ave, as nadeiras em u
Uma grande depresso escav
completamente o uso dos zol
es tende desde o Rio de Janei ro
n.
o
6 .
c -
Lastrar:
Os objetos des ta srie no
ao depende, no
da
forma,
riamente, a fixao
importa
de ligao nitidamente defi
na
Amrica do Sul, os psos
d
-
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d 165 - Tembet.
So ornamentos la
usavam na poca da descobe
No
Brasil meridional conhec
verde, de formas arredondada
parte
externa
do
ornamen
parte interna, de madeira, na
n.
o
4 e 11
d - dornar
Diversos objetos de
mentos.
Na
Amrica
do
Sul c
las e
as
placas perfuradas.
cervdeos, guanacos, etc. (Es
zadas nos tempos histricos
msticos no deviam tocar as
brariam. No constituem pois
um objeto que servia para las
da boleadeira (conjunto de b
sua classificao como objeto
las prehistricas, eram certam
d
166 - Prolas. PerIes .
Existem prolas ci
venientes de sepulturas.
7
\ :.
\
\.
\.
._
-
.
:
5
d 168 - Discos perfurados. Disques perfors .
-
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Discos de 5 a 8
cm
de dimetro sendo alguns de os
so e outros de pedra; foram encontrados nos sambaquis do
Brasil meridional. O polimento muito fino. A perfurao
cen tr al cilndrica e tem alguns
mm
de dimetro. Est. X
n.
0
9 .
SEGUN
QUADROS
ANALlTICOS
I Princpios gerais:
Nesta segunda parte pro
mtodo de anlise
da
indst
do estudado desde 1963 mas
nada e ns apresentamos aqu
esclarecidos. Uma exposio
;:juntos dste gnero no pod
mo definitivos ser feita m
mais detalhada.
O emprgo do mtodo p
nies dadas na primeira par
finies sem que seja obrigat
lticos: o inverso
entretanto
dros perdem todo seu valor s
rigorosamente mantidas ou
frem estabelecidas e respeita
-
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o
estudo dsse grupo se
far
segundo os mesmos princpios
A primeira rubrica comp
-
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44/77
estabelecidos para as categorias precedentes, de modo que
no ser necessrio repeti-los.
Se a coleo estudada for muito vasta, pode-se tambm,
para
cada categoria, reagrupar os objetos por tipo cuja carac
terizao seja evidente: aproximar, por exemplo, os raspadores
dos raspadores, separando-os das pontas ou dos furadores,
colocar jun tas as formas foliceas; agrupar as bolas de sul
co
perifrico, separando-as das bolas sem sulco, etc. O estu
do ser facilitado, mas essa diviso no indispensvel; os
obietos duvidosos podem ser simplesmente estudados um aps
outro , seguindo a ordem de sua numerao.
Esta primeira operao se materializa sbre a mesa, pelo
agrupamento
de objetos diferentes quanto tcnica de fabri
cao e eventualmente subdivididos
quanto
utilizao ou
forma. Essa primeira operao deve ser
relatada
sob forma
de uma descrio rpida, de tipo sinttico,
dando
uma pri
meira idia geral da indstria estudada.
Segunda operao. Anlise dos objetos.
A anl ise consiste em ano ta r as caracteristicas signifi
cativas de cada objeto, dos lotes a serem estudados, seja nas
colunas de um quadro analtico correspondente
sua catego
ria tcnica, seja em fichas uma para cada objeto estudado .
O princpio bsico de distinguir com o maior rigor possvel
os caractersticos significativos das peas referentes matria
prima,
fabricao,
forma, ao uso e ao seu estado. A
objeto estudado circunstncia
num.ero do objeto . idntica,
a
segunda
rubrica estuda
sim como a
massa
inicial a p
idntica
para
todos os quadr
A terceira rubrica se refe
dado e as tcnicas de fabrica
nas grandes categorias do pa
lascada, nem polida; pedra pi
da . a rubrica que
apresent
ferentes quadros. ntre um se
e uma lasca retocada em furad
fabricao so muito diferente
gundo os mesmos critrios. A
entretanto, estabelecidas segu
quadro e compreendem, de
um
analisadas e de out ro lado, a
crio disposta em
um
nm
radas que so preenchidas seg
jeto estudado.
A quarta rubrica diz resp
tudado. Em todos quadros
quis e forma. O preenchiment
os mesmos princpios em todo
A quinta rubrica se refer
do A despeito da diversidade
-
8/11/2019 EMPERAIRE, Annette GuiaLitico
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te, o objeto ser classificado sses tipos universais so defi
nidos no glossrio). Sob sse tipo provisrio, deixarse- um
espao em branco para o definitivo, que surgir aps a sntese
final, feita a partir dos quadros analticos.
A
estrutura
geral dos quadros anal ticos pode ser repre
sentada esquemticamente do seguinte modo:
Clreunstl\nelaa
e,covlIeto
lIncllln
ln/ue
N
~ r l
Pabrlcalo
} forColott
1a
Utll tulo
ObRrvaOn
prima
As
rubricas concernentes s circunstncias,
matria
pri
ma, estado, observaes e tipo so preenchidas do mesmo mo
do em todos os quadros. Seu estudo detalhado objeto do
pargrafo C.
As rubricas concernentes morfologia e utilizao dife
rem
um
pouco de
um
quadro a outro. Seu estudo detalhado
feito nos pargrafos D e E
A rubrica referente fabricao a que apresenta maio
res diferenas entre os diversos quadros . Seu es tudo feito
separadamente,
para
cada quadro analtico, nos pargrafos
lIA
1m
Ile e 1ID.
c - Rubricas e cdigos comuns a todos
quadros
Circunstncias
Matria prima
Estado Observaes
do cdigo adotado para a an
outros estudos foram realiza
p:>uco
diferente, datado de 1
perincia e s sugestes de t
um cdigo mais aprimorado
Anota-se o nmero do
luna.
Segunda
rubrica Matr
Comea-se
ento
o estud
matria prima
coloca-se a
a - Rocha identifica
o pesquisador no possui a f
essa identificao pode estab
da, uma srie de tdas as ro
uma assim selecionada, um
quartzito: 3 etc). Esta srie
vir como srie de refernci
colocar silex, obsidiana, quar
Mais tarde, a srie poder ser
portadas ao quadro analtico
Se a identificao j e
estabelece seu prprio sistem
silex - si, obsidiana - ob,
b - Cr Nem sempre
c -
Massa
inicial Sempre que possvel, anota-se nessa co-
luna de qu e m as sa i ni ci al prov m o ob jet o: bloco, seixo, pla
Uma pea quebrada: qb
-
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46/77
queta, bastonete,
etc.
Glossrio: d
7 8 9 1 11 12
13).
Pode-se anotar:
Os tipos mais frequentes definidos no glossrio so:
Bloco de r oc ha : Bl
Seixos: Sx
Plaqueta: PI
Bastonete: Ba
Lasca:
La
Esta lista pode ser aumentada com o aparecimento de
noyos tipos.
Sexta
rubrica
Estado
do
objeto
Est a r ub ri ca se divide e m
duas
colunas:
a - Estado fsico qumico N es ta c ol un a, a no ta -s e a pre
s en a ou a us n ci a de ptina,
sua
intensidade e extenso, os
traos de decomposio qumica,
marcas
devidas a frio in
t enso , a o fogo, b ri lh o o ca sio na do pelo ve nt o, m an ch as , e tc .
Glossrio: d 3 4 5 6 .
Estado fsico qumico
Pode-se anotar:
Ptina
sbre urna superfcie las cad a ou po li da) : p
Cortex: c
Alterao qumica: al t
Um
f ra gm en to de p ea :
Tambm
esta
lista pode
Definimos como sendo
dental afetando menos que
Uma pea q ue br ad a s er
m en te a ci de nt al q ue a fe to u
dade. A parte
que sa iu
em
constitue
um
f ra gm en to qu
nor do que a met ad e da pea
Stima
rubrica
Observa
Nesta coluna anota-se
tu
mais: re-utilizao, acidente
es, comparao com
outras
tualmente, relembrar alguns
a tu ai s sbre a t c ni ca ; citar
jeto comparvel, etc. aq ui
a pea foi encontrada em ass
o ut ro s objetos, etc ; i nd ic ar t
do dirio de escavaes.
itavaTbrica Tipo
Nesta c ol un a p od er s e
p er te nc e o o bj et o e q ue foi de
deixar-se- um espao em br
Recapitulao
da s
rub ricas comuns a todos quadros
Circunstdncias Matria prima Estado Observaes
po
so de
uma lasca),
ou em fu
-
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Cdigo correspondente:
E c n eto
An
P+
'o,
cdigO ln - Indivi-
So
, ++ I :l 3
PM
al t
\Yldual dual
B.
cdll:O
cxtcnso
D -
Principias comuns a todos
quadros
A
morfologia
As
rubricas explicadas
no
pargrafo precedente, so pre
enchidas segundo um mesmo cdigo, qualquer que seja a ca
tegoria tcnica do objeto estudado. Para o estudo
da
morfo
logia e
da
utilizao, encontramo-nos de
um
lado,
perante
prin
cipios comuns s diferentes categorias tcnicas distintas e de
outro lado, t raos que so especiais para cada categoria e
que devem ser estudados diferentemente. Daremos, inicialmen
te, os princpios comuns e depois, nos pargrafos consagrados
a cada quadro analti co, as indicaes necessrias anlise
dos traos particulares de
cada
categoria.
Sob a rubrica
Morfologia
so estudados sucessivamente
os problemas de orientao, de representao, das dimenses,
pIo, orientando sempre
para
menta).
Cada um dsses prin
podem ser adotados simultne
so e o gume no
tm
sempr
ao eixo longitudinal, e nem
outro.
Em nossos quadros analt
funo
da
fonna
geomtrica p
qualquer objeto. Em todos os
so orientadas com o eixo ma
te certas peas fixas, como um
quer que sejam suas propore
que eram naturalmente
coloca
A
parte
mais larga da pe
te inferior do desenho e a mai
dero superior. A face mais
p
sendo que a face convexa corre
superior.
A pea, uma
vez
orienta
croquis deve ser feito com gra
o restante da anlise
ser
inte
lado. Em princpio,
para cada
fragmentos e detri tos sem in
dois cortes: o desenho da pe
seu plano principal e os dois
plano, um longitudinal e outr
-
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ponto, a linha das ordenadas, e em
um
ponto, a das abcissas.
do se
trata de obter as medida
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A
pea,
dste modo,
est
inscrita em um retngulo e so as
propores dsse retngulo que sero consideradas equivalen_
tes s da pea em questo.
Anota-se o comprimento da pea diretamenLe sbre a or
denada, arredondando-se para o cm inferior ou superior:
5,2
e
5, 4
sero anotados como 5;
5,7
ser 6. Observa-se, em se
guida, a relao
entre
largura e comprimento localizando-se o
retngulo em que est inscrita a pea. Todos os retngulos
cuja
diagonal
est
compreendida
entre
a primeira e a segunda
diagonal
traadas
no baco a par ti r da direita, tm uma re
lao
l/C
compreendida entre
16/16
e 14/16, relao
essa
de
signada pela letra
Por conveno, se a diagonal procurada
cair
exatamente
sbre uma das diagonais limites, r r e d o n d ~
se
para
a relao inferior, isto
14 16 que ser, ento, anota
da como b Todos os retngulos (e tdas as peas inscritas
nsses retngulos) cuja diagonal compreendida entre a
gunda e a terceira diagonal do baco tm uma relao
l/c
entre 14/16 e 12/16 designada pela letra
A
relao 12/16
ser considerada como c e assim sucessivamente.
A medida da espessura
feita da mesma maneira, giran
d o ~ s e
a pea e procurando a qual dos retngulos corresponde
a relao espessura - comprimento. A leitura feita da mesma
maneira e o resultado, expresso por
uma
letra. Para a medida
das espessuras
recomendado utilizar-se uma prancheta ou
um esquadro com o qual o objeto
mantido
na posio (2).
Dste modo, a leitura das dimenses de uma pea que
nha 6,2 x 4,7 x 1,3 ser feita da seguinte manei ra: 6 b g 1; a de
trabalanar, na medida do po
representar o objeto, no
que foi medido.
O baco pode ser utilizado
tegoria de objetos. Smente
o
das sero medidos em valores
dimenses incompletas
no
t
Formas:
Como
as
dimenses, as
duas maneiras: uti lizando o
utilizando um quadro de form
de simetria (Quadro II). Os
gados simultneamente e os d
dro analtico.
Formas geomtricas
Anota-se sucessivamente
do e depois, para uma anlis
principais, com um vocabulr
s\'el.
Para as formas totais ou
da literatura arqueolgica s
dorso de tartaruga, em cunh
co,
polidrico, cilndrico, glo
presentao grfica, rpida, im
-
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estudo dos planos de simetria do
profundamente realidade tcni
mos diante
da
dificuldade materi
rece.
literatura arqueolgica: circular, oval, quadrangular, trian
gular, quadrado, retngular, oblongo, foliceo, amigdalide,
plano-convexo, bi-convexo, etc. A literatura emprega, comu
mente, uma terminologia
para
descrever o plano principal e
outra
para
as seces. necessrio,
na
medida do possivel,
unificar os dois vocabulrios.
s formas, raramente so figuras geomtricas perfeitas.
Indicamos a tendncia a
uma
determinada forma por uma
flecha,
ou
anotamos
os
qualificativos:
regular
muito
regular
irregular muito
irregular
de modo que para cada forma te
nhamos 5 graus de aproximao da forma perfeita.
Por exemplo: triangular muito regular
triangular regular
triangular
triangular irregular
triangular muito irregular
Quadro de
simetria.
Quadro I I
A terminologia clssica, empregada
na
descrio das for
mas dos objetos de pedra, frequentemente muito pouco sa
tisfatria. Tentamos, portanto, construir um quadro de for
mas no qual possam
entrar
tdas as formas encontradas.
Aps mltiplos ensaios chegamos a uma classificao das for
mas, baseada essencialmente no nmero e no tipo dos eixos
de simetria.
Esta classificao, simplesmente em esboo,
foi
mantida
porque, segundo nosso julgamento, pode se articular com uma
-
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