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O que é Catequese: Introdução: A catequese faz parte da ação evangelizadora da Igreja que envolve aqueles que aderem a Jesus Cristo. Catequese é o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina, como também na vida, levando a uma CONSCIENTE E ATIVA participação do ministério litúrgico e irradiando uma ação apostólica. A CATEQUESE É UM PROCESSO DE EDUCAÇÃO DA FÉ EM COMUNIDADE, É DINAMICA, É SISTMÁTICA E PERMANENTE (DOC. DE PUEBLA E AFIRMAÇÃO DOS BISPOS DO BRASIL). Então podemos entender: A catequese é um processo de educação da fé: Em comunidade – porque é algo que vai ser realizando aos poucos, num caminhar na comunidade, em busca de uma sociedade fraterna e justa. A catequese é dinâmica – porque está sempre atenta ás situações históricas e sociais da nossa realidade. A catequese é sistemática – porque organiza uma programação para facilitar o conhecimento das verdades da fé, da Palavra de Deus e do Magistério da Igreja. A catequese é permanente – porque passa por todas as faixas de idade. A catequese: Leva à motivação para buscar o conhecimento do mistério de Cristo na sua profunda vivência do mistério de Cristo na sua profunda vivência de fraternidade e justiça; Leva a uma iniciativa na experiência religiosa, na oração e na vida sacramental; Leva à iniciação no compromisso missionário da Igreja; Leva ao crescimento da Igreja. A Igreja de amanha depende da catequese de hoje. Por isso, a catequese deve preocupar-se continuamente não só em levar conhecimentos mistérios da fé, mas também em abrir os corações à conversão e à adesão: A Jesus Cristo, O Salvador que anunciamos; Ao homem, herdeiro do Reino de Deus; À Igreja, povo de Deus. /home/website/convert/temp/convert_html/5f72342978fe39081152ef82/document.doc - 1 -

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O que é Catequese:

Introdução: A catequese faz parte da ação evangelizadora da Igreja que envolve aqueles que aderem a Jesus Cristo.

Catequese é o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina, como também na vida, levando a uma CONSCIENTE E ATIVA participação do ministério litúrgico e irradiando uma ação apostólica.

A CATEQUESE É UM PROCESSO DE EDUCAÇÃO DA FÉ EM COMUNIDADE, É DINAMICA, É SISTMÁTICA E PERMANENTE

(DOC. DE PUEBLA E AFIRMAÇÃO DOS BISPOS DO BRASIL).

Então podemos entender:

A catequese é um processo de educação da fé:

Em comunidade – porque é algo que vai ser realizando aos poucos, num caminhar na comunidade, em busca de uma sociedade fraterna e justa.

A catequese é dinâmica – porque está sempre atenta ás situações históricas e sociais da nossa realidade.

A catequese é sistemática – porque organiza uma programação para facilitar o conhecimento das verdades da fé, da Palavra de Deus e do Magistério da Igreja.

A catequese é permanente – porque passa por todas as faixas de idade.

A catequese:

Leva à motivação para buscar o conhecimento do mistério de Cristo na sua profunda vivência do mistério de Cristo na sua profunda vivência de fraternidade e justiça;

Leva a uma iniciativa na experiência religiosa, na oração e na vida sacramental; Leva à iniciação no compromisso missionário da Igreja; Leva ao crescimento da Igreja. A Igreja de amanha depende da catequese de hoje. Por isso, a

catequese deve preocupar-se continuamente não só em levar conhecimentos mistérios da fé, mas também em abrir os corações à conversão e à adesão:

A Jesus Cristo, O Salvador que anunciamos; Ao homem, herdeiro do Reino de Deus; À Igreja, povo de Deus.

A catequese leva em conta as condições da pessoa: suas preocupações, esperanças e necessidades. A partir do homem, a catequese motiva-os para a vivência de sua fé integrada no dia-a-dia de sua vida cristã.

Os problemas sociais que hoje as pessoas enfrentam exigem novas formas de catequizar. Por isso, é necessário dedicar-se à educação da fé para criar responsabilidades nas ações, respeitando a dignidade e os direitos humanos.

O que é ser Catequista?

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Catequizar nos enche de alegria como também de muitas preocupações. Ser catequista não é fácil. É muito mais simples ensinar umas respostas do catecismo, para guarda-las na

memória do que fazer catequese.A verdadeira catequese não é teórica, é VIDA, é ação. Programando-nos, conhecemos melhor a

realidade que queremos transformar com a Palavra de Deus.

A catequese é uma caminhada ou uma ação contínua, como processo educativo da fé. O Catequista tem como missão educar a fé de toda a comunidade para que, catequizada, seja catequizadora.

Isto requer tempo: meses, anos...“O Catequista é enviado. Sua missão possui duplo sentido: é enviado por Deus, constituído

ministro da Palavra pelo Poder do Espírito Santo, e é enviado pela comunidade, pois é em seu nome que ele fala. Integrado na comunidade, conhece bem a sua história e suas aspirações, sabe animar e coordenar a participação de todos” (formação dos catequistas Estudos da CNBB – 59 – nº 46).

A vocação do Catequista:

Quando aceitamos ser catequistas tomamos consciência de que nossa opção é uma resposta ao chamado de Jesus Cristo. Como os apóstolos, podemos continuar o projeto de Jesus: “Levar a boa notícia aos pobres e libertar os oprimidos...” (Lc 4,18).

A catequese nos compromete a ajudar os nossos irmãos nos caminhos da fraternidade, da justiça, da liberdade e da paz. Assim podemos dizer que a nossa opção é por Cristo e pelos IRMÃOS.

Quando avaliamos nossa catequese devemos nos perguntar se estamos buscando esses caminhos que levam a criar uma sociedade, segundo o projeto de Deus.

Se a nossa catequese não caminha nesse sentido e se nos contentamos apenas em semear algumas idéias, algumas palavras bonitas aos nossos catequizandos, não cumprimos o que Deus espera de nós.

A pessoa do catequista:

crê em Jesus Cristo e segue o seu evangelho;responde à sua vocação de batizado e de crismado;é indicado e acolhido pela comunidade. Isto quer dizer que é membro atuante e participante da

comunidade e dá testemunho de vida cristã;busca dedicação a formação necessária para esta missão.

Logo os critérios para ser um catequista são:

Ser convidado e entrevistado pelo pároco para que o futuro catequista saiba que não está sozinho e que sua missão está interligada à missão do pastor;

Ter recebido o sacramento de iniciação cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma. Os responsáveis pela escolha dos novos catequistas devem usar o bom senso, pois, se querem uma comunidade madura, esforcem-se para chamar pessoas maduras na fé;

Ter vida sacramental e litúrgica, assim, a sua participação na comunidade;Colocar a catequese como prioridade pois assim, não deixará de participar das reuniões, dos

eventos e dos retiros;/tt/file_convert/5f72342978fe39081152ef82/document.doc - 2 -

“E os dons que ele deu foram apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e docentes, a fim de pôr os santos em condição de cumprir o ministério para

edificar o corpo de Cristo” (Ef 4,11-12)”.

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Comprometer-se em aprimorar a sua formação;Se constituiu família, que tenha recebido o sacramento do Matrimônio;

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Ter disponibilidade de tempo para participar das atividades da catequese, fazendo uma programação que priorize: a formação, a preparação dos encontros catequéticos, a participação em reuniões e em celebrações litúrgicas;

Cultivar o espírito de obediência e respeito às diretrizes referentes à Catequese, tanto em nível da Igreja Universal, quanto em nível da Igreja Particular.

Catequista Ideal:

O (A) CATEQUISTA:

Não pode ser o(a) dono (a) da verdade nem do saber;Não confundir ENCONTRO de catequese com AULA de catecismo;Tem que arranjar tempo e disposição para participar dos encontros de PREPARAÇÃO,

PLANEJAMENTO e AVALIAÇÃO da Catequese.É pessoa que REZA (oração pessoal, com os demais catequistas, com os catequizandos e nos

encontros litúrgicos de preferência sempre com as crianças). É uma pessoa que ESTUDA, REFLETE. Participa de cursos, busca constante atualização.Cultiva o espírito de EQUIPE; faz questão de trabalhar em equipe; nas coisas práticas, sempre

procura agir de acordo com aquilo que foi resolvido em comum. É uma pessoa PONTUAL. Até se antecipa à chegada das crianças e é o último a sair. Os

momentos antes e após o encontro de catequese com as crianças, são momentos preciosos para melhor conhecer e fazer amizade com as mesmas.

Não tem "direito" de perder a paciência nem com o catequizando, nem com os familiares. Gritos, xingatórios, são anti-catequéticos.

Procura sempre dar apoio e conviver fraternalmente com os colegas de Pastoral. Procura fazer todo possível para não prejudicar o andamento da Família. Pelo contrário, capricha

mais para que todos se sintam felizes. Cria, inventa mas sempre com o objetivo de melhor transmitir a Mensagem proposta para aquele

dia. Tem estima sagrada pela IGREJA, pela BÍBLIA, pela EUCARISTIA, entre outras coisas!

Postura do catequista:

1º QUANTO A ACOLHIDA

O catequista deverá chegar meia hora antes do início do encontro. Receber todos os catequizandos com igual atenção, sem demonstrar preferências.

Dialogar com eles sobre suas vidas perguntando o que fizeram durante a semana, como estão se sentindo, ... Não deve ser um "relatório", mas sim uma conversa espontânea, com muita simplicidade.O ponto de vista do catequizando deve ser respeitado e sua opinião ouvida com muita atenção.

2º QUANTO AO LOCAL DO ENCONTRO

Preparar o ambiente correspondendo ao tema que será aplicado; A Bíblia deve ocupar lugar de destaque diante;

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Usar vários materiais e símbolos, como por exemplo, colocar cartazes e figuras sobre o tema, enfeitando o ambiente para despertar o interesse no assunto, quando necessário. Se possível, trocar os cartazes a cada encontro, para que os catequizandos não percam o interesse neles.

3º QUANTO A LINGUAGEM

A linguagem deverá ser clara, coerente e simples;

Nunca falar em tom infantil, mas naturalmente, com firmeza e simplicidade;

Procurar usar o mesmo vocabulário, usado na realidade dos catequizandos, para que eles possam compreender melhor a mensagem;

Atenção com algumas palavras que costumamos usar. Catequese não é curso, nem escola. Em vez de aula, falar de encontro. Não fazer "provas" nem dar "notas" nem "prêmios e castigos". Enfim, que o relacionamento não seja de "Professor e Aluno". Essas coisas existem na escola, mas não na catequese, que é o encontro da pessoa com Jesus Cristo e com a Comunidade.

4º QUANTO AO CATEQUISTA INDIVIDUALMENTE

O catequista deverá ter uma pasta, a qual conterá tudo o que é relacionado ao encontro. Esta pasta acompanhara o catequista em todos os encontros; Prepara-se com antecedência;

Buscar avaliar que o conteúdo aplicado será de objetivo do encontro;

Auto se avaliar, realizando não somente uma avaliação como catequista, mas também ao desempenho do grupo;

Ser a pessoa que não somente delega, mas participativa. Quando necessário ser o primeiro a participar, estar presente.

A FORMAÇÃO PARA O SERVIÇO DA CATEQUESE

1. Necessidade da formação catequética

A formação dos catequistas é atualmente uma das tarefas mais urgentes de nossas comunidades, pois, “o catequista é de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35).

“Qualquer atividade pastoral que não conte para sua realização, com pessoas realmente formadas e preparadas, coloca em risco a sua qualidade” (DGC 234), portanto, é preciso contar com uma adequada pastoral de catequese que possa:

suscitar vocações para a catequese; distribuir melhor os catequistas entre os diversos setores;

organizar a formação dos catequistas (de base e permanente);

atender pessoal e espiritualmente os catequistas e formar um grupo de catequistas integrado à vida da comunidade.

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O objetivo principal da formação do catequista é o de prepará-lo para comunicar a mensagem cristã, àqueles que desejam entregar-se a Jesus Cristo. A finalidade da formação requer, portanto, que o catequista se torne o mais capacitado possível a realizar sua missão.

2. Critérios para a formação do catequista

O Diretório Geral para a Catequese no nº 237, apresenta alguns critérios inspiradores para formação do catequista:

formar catequistas com fé profunda; clara identidade cristã e eclesial; profunda sensibilidade social;

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capazes de transmitir não apenas um ensinamento, mas também uma formação cristã integral, desenvolvendo “tarefas de iniciação, de educação e de ensinamento”. São necessários catequistas que sejam ao mesmo tempo, mestres, educadores e testemunhas.; capazes de superar “tendências unilaterais divergentes” e de oferecer uma catequese plena e completa. Isto é, precisamos saber conjugar fé e vida, num sentido social e eclesial;

há também necessidade de se investir na formação específica para o leigo, grande maioria na catequese;

e, por último, o DGC aponta para a importância fundamental da formação pedagógica. “Seria muito difícil para o catequista improvisar, na sua ação, um estilo e uma sensibilidade para os quais não tivesse sido iniciado durante a sua própria formação.” (DGC 237).

3. Dimensão da formação

Além dos critérios inspiradores, a formação do catequista possui as seguintes dimensões: SER, SABER E SABER FAZER.

“A mais profunda se refere ao próprio ser do catequista, à sua dimensão humana e cristã. A formação de fato deve ajudá-lo a amadurecer, antes de mais nada, como pessoa, como fiel e como apóstolo. Depois há o que o catequista deve saber para cumprir bem a sua tarefa. (...) Enfim há a dimensão do saber fazer, já que a catequese é um ato de comunicação. A formação tende a fazer do catequista um “educador do homem e da vida do homem” (DGC 238).

O catequista precisa estar em contínua formação humana e cristã. Por isso, não bastam os cursinhos de início de ano. Estes são muito mais momentos de sensibilização para o trabalho catequético e não indicadores de que, ao participar destes encontros, o catequista esteja em condições de realizar bem a tarefa pastoral.

4. Elementos da formação

A comunidade precisa ter catequistas bem formados, com fé profunda e sólidos conhecimentos. A formação dos catequistas é hoje uma das mais importantes e urgentes tarefas das igrejas locais (Dioceses).

Ninguém nasce catequista, aqueles que são chamados a este serviço tornam-se bons catequistas através da pratica, da reflexão, da preparação adequada, da conscientização de sua importância como educador da fé. A formação ajuda o catequista a ter capacidade de trabalhar em equipe e a dar importância a ação e a prática.

Formação:

Fundamentos Teológicos e Pastorais da Formação – Bíblico, temas aplicados, tendo como o centro o Mistério de Cristo, Formação Litúrgica e co-relacionados;

Formação Doutrinal - Diretrizes da Pastoral, sobre a luz da Igreja;

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Formação Humana – Trata-se de uma formação Psicologia e Social. Quem sou eu, meu catequizando e a realidade em que vivo.

Formação Ética/Moral – Este comportamento não trata de simples cumprimento de leis ou normas, mas de um agir espontâneo de amor, conforme as bem-aventuranças. A moral, pode ser individual, comunitária e social;

Formação Metodológica – A catequese precisa de um caminho, de uma metodologia que ajude a transmitir a mensagem cristã. Um ponto forte da formação neste método é Ver, Julgar , Agir, Rever e Celebrar.

Espiritualidade: Leva-lo a uma relação viva para com Deus.

Documentos: Catequese Renovada 26

Finalidade: é um documento aprovado pelos bispos do Brasil em 1983, durante a Assembléia da CNBB em Itaici. Ele é especialmente dedicado aos catequistas de todo Brasil.

Foi elaborado por uma equipe de especialistas, que acolheram as sugestões de catequistas, escolas e formadores de catequistas de todo o Brasil. Durante três anos, o texto foi discutido em todo o Brasil, para ser finalmente aprovado pelos bispos em 1983.

Objetivo da Catequese Renovada:

Este documento surgiu para dar unidade à catequese realizada no Brasil. Não trata-se de uniformidade, apenas propor um fio condutor para a metodologia e o conteúdo para o trabalho desenvolvido na Pastoral catequética.

Ao fio condutor proposto é a interação FÉ E VIDA. A evangelização iluminada à vida com a luz da fé, que ajuda as pessoas a conhecerem a Palavra de Deus, a descobrirem os valores do reino e a viverem melhor.

A evangelização aprofundada a fé e luz da vida. De olho nos acontecimentos do dia-a-dia, as pessoas descobrem e amadurecem a certeza da chegada do Reino.

O DOCUMENTO É DIVIDIDO EM 4 PARTES:

1º Parte – A catequese e a comunidade na história da Igreja: mostra a evolução da catequese ao

longo de vinte séculos de caminhada da Igreja.

2º Parte - Princípios para uma catequese renovada: Aponta os aspectos essenciais para uma renovação profunda da catequese.

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Revelação e catequese: a comunicação de Deus pela história da salvação e em Jesus Cristo; o anúncio da revelação animado pelo Espírito, na comunhão da Igreja.

Exigências da catequese: o principio da interação FÉ E VIDA, na fidelidade a Deus, ao homem e às fontes, para atingir os catequizandos das demais diferentes idades e situações.

3º Parte - Temas fundamentais para uma catequese renovada: qual deve ser o conteúdo da educação da fé?

A situação do homem: como o ser humano de hoje compreende o mundo em que vive; a visão que Jesus propõe; o novo modo de ver e de viver o mundo;

A verdade sobre Jesus Cristo: história de salvação; Jesus com centro do plano de salvação do pai. Por sua encarnação, ministério e mistério pascal, Jesus revela o Pai e envia o Espírito Santo.;

A verdade sobre a Igreja: povo de Deus a serviço da salvação do mundo, na comunhão fraterna alimentada pela liturgia e pela vida sacramental;

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A verdade sobre o homem: renovado em Jesus Cristo, chamado a ser sujeito da própria história. A liberdade humana como caminho de salvação. O pecado e a reconciliação com Deus e com os irmãos.

4º Parte – A comunidade catequizadora: toda comunidade é solidariamente responsável pelo processo de educação da fé.

A CATEQUESE E A COMUNIDADE NA HISTÓRIA DA IGREJA (cr 1-29).

No primeiro documento, é apresentado um resumo da história da catequese na Igreja. “A história nos ajuda a revalorizar diversos aspectos que, ao pontos, foram compondo o complexo processo da catequese” (CR 3).

Em resumo a catequese se desenvolveu nas seguintes fases históricas: Catequese como iniciação à fé à vida da comunidade (do século I ao V). o catequizando

descobria a fé na prática do amor fraterno e na vida litúrgica. Catequese como processo de imersão na cristandade (do século V ao início do século XVI).

O catequizando era educado para ser encaixado nas estruturas sociais. Catequese como instrução (do século XVI ao início do século XX). O catequizando era

instruído mecanicamente sobre as definições teológicas da fé. Catequese como educação permanente para a comunhão e a participação na comunidade de

fé (época atual). O catequizando vivência o caminho da fé na própria via, em comunidade.

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CARACTERÍSTICAS POSITIVAS DA CATEQUESE ATUAL. (CR 25)

Está mais presente no conjunto da pastoral;Apresenta uma imagem nova de Jesus e de seu ministério, da Igreja, da Pessoa humana;Considera a pessoa como um todo, com seus direitos, suas dimensões individuais, comunitária e social;Luta pela liberdade integral da pessoa humana, que é responsável por sua própria história;Incentiva as comunidades eclesiais de base e assume a opção preferencial pelos pobres;Preocupa-se com a organização do conteúdo da fé, para que seja melhor compreendida pelo catequizando;

DIFICULDADES ATUAIS A SUPERAR. (CR26)

Ainda não atinge a todos os cristãos, especialmente os jovens e adultos, além de outros grupos especiais;Perde-se tentando separar aspectos da Pastoral Catequética como se fossem trabalhos paralelos como: catequese sacramental (crisma) e catequese vivencial, que não podem ser separadas;Envolve pouco as famílias, está muito dependente ainda do clero e dos religiosos;Não conta com o apoio do ensino religioso, que é bastante desorganizado em alguns Estados do Brasil.

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“PRINCIPIOS PARA UMA CATEQUESE RENOVADA” (CR 30-161)

“No Novo Testamento, o tema catequese significa dar uma instrução a respeito da fé (...) A catequese, de fato, tem por objetivo principal fazer escutar e repercutir a Palavra de Deus” (CR 31).

DEUS SE COMUNICA COM PALAVRAS E FATOS:

Deus fala ao ser humano. “A principal forma de comunicação humana é a palavra (...) Também gestos e fatos podem constituir uma linguagem. Deus, para se comunicar com os homens, adotou essas duas linguagens” (CR 34-35). Ele nos fala por meio de palavras humanas, assim como pelos fatos da história e do dia-a-dia.

DEUS QUER SE COMUNICAR CONOSCO:

“Deus não quis e não e quer comunicar aos homens apenas alguma verdade ou alguma lei. Ele que comunicar a si mesmo, sua presença, seu amor” (CR 37).

“Deus não quer fazer isso separando as pessoas, mas unindo-as” (CR 38). Ele nos convida a vivenciar, entre nós mesmos, a solidariedade e o amor que Ele tem por nós.

Somos limitados e pecadores. Não conseguimos chegar a Deus por nós mesmos. Deus, porém, toma a iniciativa de comunicar seu amor a todos nós. (CR 39)

A PEDAGOGIA DE DEUS:

“Deus está sempre perto de nós. Mas somos nós que nos afastamos dele. Somos nós que precisamos desse processo lento e permanente da Revelação, por que somos seres históricos, em construção” (CR41)

“Deus, então, Ele mesmo procura guiar a humanidade de volta. (...) torna-se um mestre ou educador” (CR 43), que leva seus alunos a aprender em etapas, respeitando seus limites e possibilidades de crescimento (CR44)

A HISTORIA DA REVELAÇÃO:

“Deus fala partindo de algo que os homens já conhecem, que pertence à experiência deles e procura leva-los a descobrir algo novo do seu ser, do seu amor, da sua vontade” (CR48). Veja um exemplo em Ex 3,1-15: Moisés já sabia que Deus era Deus de seus antepassados, mas lhe pe revelado algo novo: o Nome de Deus.

“muitas vezes o acontecimento é tão importante que ilumina com a luz nova todo o passado e leva a uma nova e mais profunda compreensão no plano de Deus. (...) A luz definitiva sobre a história da Revelação vem de Jesus, que revela enfim toda a imensidão do amor de Deus” (CR49)

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“Jesus é a plenitude da revelação de Deus. Deus não tem mais nada a revelar de si mesmo” (CR53). Contudo, ainda falta comunicar Jesus a todos os homens e mulheres. Jesus envia seu Espírito à Igreja, para que ela possa dar testemunho dele diante de toda as pessoas.

IGREJA: TESTEMUNHA VIVA DE JESUS.

Os testemunhos mais antigos sobre Jesus nos foram conservados através da Escritura e da tradição da Igreja. “tradição e Escritura devem ser consideradas como um todo, pois ambas vêm de Deus e tem como finalidade à comunhão dos homens com Ele” (CR61). Elas são as duas pernas co que a Palavra caminhada na história.

IGREJA: COMUNIDADE MISSIONÁRIA.

Acolher a Palavra é dom da fé, mas exige conversão e seguimento. A fé “é uma opção de vida, uma adesão de toda pessoa humana a pessoa de Cristo, a Deus e seu projeto para o mundo” (CR 64). “A aceitação e o seguimento de Jesus são uma opção profundamente pessoal. Seguir Jesus é juntar-se, fraternalmente, aos outros discípulos” (CR 65).

“As comunidades não estão a serviço de si próprias, mas dos outros. Quem crê não pode deixar de testemunhar sua fé” (CR 66). A existência cristã é animada pela liturgia e pela adoração do Deus vivo em comunidade (CR 67).

DEUS FALA PELA EXPERIÊNCIA HUMANA.

“Antes de tudo, não devemos esquecer que o Deus que se revela é o próprio Deus criador. Por isso se pode e se deve acentuar a unidade profunda entre as aspirações do homem e o plano de Deus” (CR 69). “A catequese atual deve assumir totalmente as angústias e esperanças do homem de hoje, para oferecer-lhes as possibilidades de uma libertação plena” (CR 73)

A revelação de Deus ao seu povo é a chave para a ação catequética. “O catequista deve seguir os passos da pedagogia divina ao realizar o anuncio da Palavra” (CR 74-5), ou seja, deve se aproximar do catequizando, conhecer sua vida, participar de suas angústias e alegrias, desafiá-lo para uma busca de uma vida melhor...

O MINISTÉRIO DA CATEQUESE.

“Deus continua a falar aos homens em Cristo, pelo Espírito. É Ele que fala, que comunica, mas através de meditações. Deus se serve de palavras e de acontecimentos, mas também da atuação vida das pessoas. Essa atuação só pode ser subordinada ao próprio Deus. Só pode ser serviço ou ministério. A catequese faz parte do ministério da Palavra” (CR 71-2)

“EXIGÊNCIAS DA CATEQUESE”

1. FIDELIDADE A DEUS E AO HOMEM (CR 78-81)

Deus e homem são como dois alados da mesma moeda. Não se pode ser fiel a um abandonado o outro! Trata-se de uma “única atitude de amor” (CR 79).

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“A Igreja é caminho da realização do homem em Cristo” (CR 80).

2. FIDELIDADE AS FONTES (CR 82-93).

O Deus revelado é a fonte da catequese. Ela deve se alimentar diretamente da Palavra e levar o catequizando a fazer o mesmo. “Não se trata simplesmente de usar fragmentos, mas de respeitar a natureza e o espírito da revelação bíblica” (CR 86).

Outras fontes são: a liturgia, o Credo, a história da Igreja, a vida dos santos, a religiosidade popular, a própria via, etc. Numa catequese integral, portanto, estarão unidos:

“O conhecimento da Palavra de Deus A celebração da fé nos sacramentos

E a confissão da fé na vida cotidiana” (CR 93)

3. CONTEÚDO UNITÁRIO, ORGÂNICO E INTEGRAL (CR 94-102)

“A unidade do conteúdo da catequese se faz ao redor da pessoa de Jesus Cristo. A adesão a sua pessoa e a sua missão são a referência central da catequese” (CR 95-6). Há muito a dizer sobre Jesus... O que expor primeiro?

Dar prioridade às verdades fundamentais da fé, aprofundando de acordo com as possibilidades. Adaptar o conteúdo à cultura da catequizando.

Ser coerente com o dado central da fé: Jesus Cristo!

4. DIMENSÕES DA CATEQUESE (CR 103-109)

A catequese tem três dimensões básicas:

Cristológica: Jesus nos revela o Pai no Espírito Santo; Eclesiológica: somos enviados a anunciar a Boa Noticia;

Escatológica: caminhamos rumo ao Reino definitivo.

5. O PRINCIPIO DA INTEGRAÇÃO FÉ E VIDA (CR 110-117)

Qualquer método usado deve promover “uma interação entre a experiência da vida e a formulação da fé. De um lado, a vida levanta perguntas, de outro lado, a fé é busca e aprofundamento das respostas a essas perguntas” (CR 113). O método VER-JULGAR-AGIR leva a essa interação.

6. LUGAR DA CATEQUESE (CR 118-128)

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Em primeiro lugar, a comunidade cristã: paróquias, CEBS etc. outros lugares são a família, os movimentos e as associações de fieis. É importante aprender a utilizar os meios de comunicação de grupo e de massa, para atingir um público cada vez maior e à sociedade, como um todo. Deve-se distinguir entre catequese e ensino religioso, pois este tem seus próprios objetivos e meio de ação.

7. CATEQUESE POR IDADES E SITUAÇÕES (CR 129-143)

A catequese é “uma educação permanente da fé, que acompanha o homem toda a vida e se integra em seu crescimento global” (CR 129). Por isso, atinge pessoas de diversas idades e situações:

Adultos: são atuantes na sociedade e educam as crianças e jovens. Sua catequese está ligada ao ritmo do ano litúrgico e aos “grandes acontecimentos da vida: nascimento, matrimônio, enfermidade, morte, etc.” (CR 130). Deve ser prioridade na Pastoral Catequética.

Crianças, adolescentes e jovens: a catequese infantil não é preparação apenas para o sacramentos, mas também para a vida comunitária, familiar e social. Em grupos, crianças adolescentes e jovens experimentam a fé, e se entrosam com a comunidade e descobrem a vida litúrgica, a vocação a solidariedade, a gratuidade... a memorização do conteúdo da fé, das formulas e orações não é um objetivo em si mesmo, mas sim um recurso para reavivar a experiência de Deus. “os textos e fórmulas, sempre que vierem à mente, virão carregadas de realidade contempladas, estudadas, vividas numa experiência de fé” (CR 141)

Excepcionais: “A família e a comunidade deverão colocar a disposição deles os recursos necessários para acolhe-lo como membros plenos de sua comunhão e para o conhecimento de Jesus Cristo.” (CR 142).

OutraS situações: a catequese deve ir ao encontro dos grupos com dificuldade de participar da vida normal da comunidade: “migrantes, menores, idosos, encarcerados, prostitutas, bóias-frias etc.” (CR 143)

8. MISSÃO E FORMAÇÃO DO CATEQUISTA (CR 144-151)

Toda comunidade é catequizadora, porém, a pessoa do catequista e essencial. Ele é “porta-voz” da comunidade para os catequizandos, o anunciador da Palavra, o comunicador da fé. Por isso, precisa ter profunda vivencia da fé em comunidade, além da formação humana cristã.

9. TEXTOS E MANUAIS DE CATEQUESE (CR 151-161)

Tem a Bíblia como fonte, sem a intenção de substituí-la.

Apresentam o conteúdo de forma clara e criativa.

Dão orientações pedagógicas e doutrinais ao catequista.

Trazem ilustrações e recursos complementares como cantos, textos, orações e poesia, etc.

São fieis às exigências da catequese (que vocês encontram acima).

A VERDADE SOBRE JESUS CRISTO (CR 174-202)

Tudo sobre Jesus é importante, mas nunca vamos dar conta de “tudo”... Na programação da catequese, devemos dar destaque às verdades fundamentais sobre ele.

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Deus caminha conosco e realiza a nossa salvação. A Bíblia noa ajuda a perceber isso (CR 174-176). A História da Salvação começa com a criação. Fomos criados para viver no amor e na liberdade.

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Em Jesus, somos levados a viver na plenitude do Reino de Deus (CR 177-80).

De onde vem a violência, o medo, a escravidão e a morte com que sofremos? Vem da rejeição ao amor de Deus: o pecado original. Somos vitimas do pecado uns dos outros. Mas Deus não nos abandona no pecado. Ele nos oferece a salvação por meio de Jesus Cristo (CR 181-4).

Na história da Salvação, vemos que Deus vem ao nosso encontro. Em Jesus, filho de Deus, somos chamados a saborear a liberdade dos filhos de Deus (CR 187-8).

Jesus de Nazaré é “verdadeiramente o Filho de Deus que, pela Encarnação, de certa maneira se uniu a cada homem” (CR 187-8). Encarnação quer dizer: viver na carne, isto é, ser gente, ter a condição humana.

Jesus anunciou o Reino e deu sinais concretos de sua chegada. Curou, perdoou, alimentou, libertou, ensinou. Combateu a raiz do mal: o pecado, inclusive o pecado da injustiça social. Chamou homens e mulheres para segui-lo no anuncio e na prática da justiça (CR 189-93).

“Num mundo que não se converte ao Reino, mas que se organiza contra ele, este Reino só pode se realizar pela vida do martírio. Foi o caminho seguido da gloria, continua a viver em nossas comunidades, principalmente na Eucaristia e na proclamação da palavra. A justiça de Deus triunfou sobre a justiça dos homens” (CR 194-6).

O Espírito Santo é o Espírito de Jesus; a alma da comunidade cristã; a vida de Deus em nós. Seus dons sustentam a ação missionária da Igreja. O Espírito continua a ação de Jesus no meio de nós (CR 197-200).

A ação Salvadora de Jesus Cristo e do Espírito Santo nos revelam concretamente quem é Deus. Ele é comunhão de Pessoas; Pai, filho, Espírito, que vivem no mais profundo amor mútuo. Esse amor não fica parado em si mesmo. Ele se irradia e nos envolve, nos chama a participar dessa comunhão e a viver de acordo com ela no amor aos irmãos (CR 201-2).

A VERDADE SOBRE A IGREJA (CR 203-237)

A Igreja é um mistério da fé: simboliza a Nova Aliança entre Deus e a humanidade. Que aspectos essenciais do Mistério da Igreja a catequese não pode esquecer?

“Igreja: inseparável de Cristo. Aceitar Cristo é aceitar a Igreja. Ela é depositária e transmissora do Evangelho;anunciadora, instrumento e sinal do Reino; é o Povo de Deus caminhando para o Senhor, chamado para levar todos os homens a libertação definitiva” (CR 203-6).

“Para isso ela é induzida pelo Espírito Santo, dotada da Palavra, dos Sacramentos e dos Ministérios”. É divina, mas está no mundo a serviço; vem dos apóstolos, mas é atual; é universal, mas se concretiza nas comunidades locais; é uma só, mas realiza na diversidade; é santa, mas constituída de pecadores (CR 207-12).

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A Igreja está inteiramente a serviço da comunhão dos homens com Deus e da humanidade consigo mesma. Participamos dessa missão pelo Batismo. Como igreja, nos colocamos contra o pecado e as estruturas sociais injustas que levem a morte (CR 213-6).

A Igreja é uma só, embora os cristãos estejam divididos. A ação ecumênica é central para o Evangelho, cujo objetivo é promover a comunhão entre os homens (CR 217-8).

Falamos com Deus através de sinais ou sacramentos: pessoas, gestos, palavras, sinais, símbolos, silêncio. Deus também os utiliza ao falar conosco. Jesus Cristo é o sinal (sacramento) mais perfeito da ação Salvadora de Deus.

Os sete sacramentos são sinais concretos da presença de Jesus na comunidade-Igreja. Todos eles recordam, cada um ao seu modo, Mistério Pascal (CR 219-21).

A liturgia é o centro da vida da Igreja. A Eucaristia é a renovação da Aliança do Senhor conosco, o caminho para a vivencia do amor, da partilha e justiça. Pela celebração da Eucaristia e/ou da Palavra, o domínio se torna o Dia da Comunidade (CR 222-9).

Maria é o modelo de vida cristã por sua entrega total a Deus. Por tornar-se Mãe de Deus, torna-se também Mãe da Igreja e de todos os filhos de Deus. No Magnificat, põe-se ao lado dos inconformados com a injustiça . sua virgindade é modelo de doação que dá frutos (CR 230-4).

A VERDADE SOBRE O HOMEM (CR 238-245)

“Todos nós temos uma visão do mundo. Nós, cristãos, temos uma visão própria da realidade humana, que vem de Jesus Cristo porque nele se revela a dimensão mais profunda do Homem e do seu mundo”

(CR 165-7).

Mas que visão é essa? Que aspectos do ser humano a catequese tem por missão apresentar ao povo de Deus, para que o Evangelho seja acolhido e todos tenham vida?

Deus criou o homem para que participasse da comunidade divina de amor. Pelo Pecado, ele se afastou de Deus, mas Jesus Cristo o resgatou e fez dele uma nova criatura (CR 238).

Deus, que nos criou sem nossa participação, não nos salva sem nossa cooperação. Também nós somos chamados a nos tornar co-responsáveis pelo nossa libertação e por nosso destino (CR 239).

Somos criados livres e iguais, porém na diversidade. Somos responsáveis pelo nosso destino comum, com a obrigação de questionar as estruturas sociais que não respeitem a dignidade humana (CR 242).

OS COMPROMISSOS DOS CRISTÃOS (CR 246-280)

O agir cristão também é conteúdo da catequese. como sermos seguidores e seguidoras de Jesus no mundo atual?

A fé e a resposta do ser humano ao chamado de Deus. Ter fé significa perceber na vida a presença de Deus e se comprometer com ele (CR 246-9).

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Não se vive a fé apenas individualmente, mas em comunidade. A catequese existe para levar a comunidade ao aprofundamento da fé. Celebramos a fé na Liturgia, como encontro com Deus e com os irmãos (CR 250-1).

O projeto de Deus a nosso respeito é que sejamos construtores da História. Cristo ressuscitado é o Senhor da história. Devemos nos educar para a titude de Jesus, de total confiança e doação ao Pai e de máxima co-responsabilidade e compromisso transformador da História. É o que celebramos na Eucaristia (CR 252-5).

O compromisso evangélico na Igreja deve ser como o de Cristo: com os mais necessitados. Os pobres evangelizam a Igreja; descobrem a esperança do Evangelho e chamam a viver a pobreza evangélica, sinal do Reino (CR 271-3).

A COMUNIDADE CATEQUIZADORA (CR 281-316)

A catequese é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, e não apenas uma instrução. Não basta planejar o bom andamento de um conjunto de temas. Trata-se de promover a integração da caminhada da comunidade cristã com a mensagem evangélica (CR 271-3). A caminhada na educação

da fé deve durar a vida toda (CR 284).

A vivência comunitária é catequizadora, pois leva ao desabrochar pleno da fé adulta. É o que ocorre, de modo geral, nas comunidades de base:

Geralmente a comunidade começa em torno da Palavra, com oração nas famílias e co amizades (CR 289-90).

A comunidade desperta para a missão. Realiza serviços a pessoas concretas: visitas aos doentes, ajuda as pobres. Cresce a consciência eclesial e a vivenciados sacramentos como expressão de amor e compromisso (CR 291-5). Todo esse processo é catequético. Leva o catequizando (criança, jovem, adulto) a vivenciar profundamente sua própria vocação. A fé cristã pe vivida como adesão total ao Cristo. A caminhada catequética continua pela vida afora, até a chegada do Reino definitivo (CR 305-10).

A COMUNIDADE É CONDIÇÃO INSDISPENSÁVEL PARA UMA CATEQUESE PERMANENTE. (CR 311-6).

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