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entre MARGENS 17 DE NOVEMBRO DE 2011 N.º 466 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO. APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected]t PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES 0,80 EUROS Todos os dias ao seu dispôr com simpatia e profissionalismo Tirsense sobe na tabela AO VENCER NO PASSADO DOMINGO POR 4-0 NA OLIVEIRENSE E DEPOIS DE RECEBER E DERROTAR O FAFE POR 2-1, O TIRSENSE SOMA AGORA 15 PONTOS Aves estreia-se a ganhar fora O AVES SUBIU NA TABELA DEPOIS DE VENCER NA COVILHÃ E É JÁ QUINTO COM 13 PONTOS, ESTANDO APENAS A DOIS DOS LUGARES DE PROMOÇÃO. Governo vai avançar com ‘Censos do Desporto” e quer criar Tribunal Arbitral Estado já indemnizou Santo Tirso, mas investimentos vão continuar cautelosos No final de outubro, Castro Fernandes con- vocou a imprensa para fazer o balanço do atual mandato, numa altura em que os ‘tra- balhos’ vão a meio. Aproveitou a ocasião para revelar que o Estado já indemnização Santo Tirso pela criação do município da Trofa, mas também para deixar criticas à Reforma da Administração Local. DESTAQUE, PÁG. 4 E 5 ‘As novas leis impedem os municípios de se organizarem como entendem’ Na noite de 7 de novembro, o salão nobre dos Paços do Concelho foi pequeno para tanta gente. O objetivo era ouvir o que cin- co membros dos cinco partidos tinham a di- zer sobre o Livro Verde da Reforma da Ad- ministração Local, numa iniciativa promovida pela Câmara Municpal de Santo Tirso. PÁG. S 8 E 9 Teresa Palma expõe no Centro Cultural As afinidades entre a pintura e o têxtil numa exposição patente no Centro Cultural. As despedidas do GuimaraesJazz 2011 fazem-se no próximo sába- do, mas até lá há muito para ouvir na cidade-berço. Esta noite, por exemplo, é a vez do pianista McCoy Tyner. PÁGINA 2 William Parker no fecho da edição 20 do Guimarães Jazz Alunos do 4º ano interrogaram Carlos Valente DESPORTO, PAG.S 18-21 ATUALIDADE | PAGINA 10 FOTO: VASCO OLIVEIRA

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  • entreMARGENS17 DE NOVEMBRO DE 2011 N.º 466DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO..... APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES 0,80 EUROS

    Todos os dias ao seu dispôr comsimpatia e profissionalismo

    Tirsense sobe na tabelaAO VENCER NO PASSADO DOMINGO POR 4-0 NA OLIVEIRENSE E DEPOIS DERECEBER E DERROTAR O FAFE POR 2-1, O TIRSENSE SOMA AGORA 15 PONTOS

    Aves estreia-se a ganhar foraO AVES SUBIU NA TABELA DEPOIS DE VENCER NA COVILHÃ E É JÁ QUINTO COM13 PONTOS, ESTANDO APENAS A DOIS DOS LUGARES DE PROMOÇÃO.

    Governo vai avançar com‘Censos do Desporto” e quercriar Tribunal Arbitral

    Estado já indemnizouSanto Tirso, masinvestimentos vãocontinuar cautelososNo final de outubro, Castro Fernandes con-vocou a imprensa para fazer o balanço doatual mandato, numa altura em que os ‘tra-balhos’ vão a meio. Aproveitou a ocasião pararevelar que o Estado já indemnização SantoTirso pela criação do município da Trofa, mastambém para deixar criticas à Reforma daAdministração Local. DESTAQUE, PÁG. 4 E 5

    ‘As novas leis impedemos municípios de seorganizaremcomo entendem’Na noite de 7 de novembro, o salão nobredos Paços do Concelho foi pequeno paratanta gente. O objetivo era ouvir o que cin-co membros dos cinco partidos tinham a di-zer sobre o Livro Verde da Reforma da Ad-ministração Local, numa iniciativa promovidapela Câmara Municpal de Santo Tirso. PÁG. S8 E 9

    Teresa Palma expõeno Centro CulturalAs afinidades entre a pinturae o têxtil numa exposiçãopatente no Centro Cultural.

    As despedidas do GuimaraesJazz2011 fazem-se no próximo sába-do, mas até lá há muito para ouvirna cidade-berço. Esta noite, porexemplo, é a vez do pianistaMcCoy Tyner. PÁGINA 2

    William Parkerno fecho daedição 20 doGuimarães Jazz

    Alunos do 4º anointerrogaramCarlos Valente

    DESPORTO, PAG.S 18-21

    ATUALIDADE | PAGINA 10

    FOTO

    : VAS

    CO O

    LIVE

    IRA

  • Uma viagempela (nossa)mente

    “O Rosto”Valter Hugo Mãe. Ilustrações deIsabel Lhano. Editora Objetiva

    POR: BELANITA ABREUEXPOSIÇÃO: TERRA, UM TESOUROA PRESERVARAté 31 de Dezembro. Monte Córdova (San-to Tirso), Centro Interpretativo. Horário:segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas.Entrada é livre.

    Mostra constituída por um con-junto de 28 trabalhos fotográfi-cos resultantes do I Concurso deFotografia organizado no âmbitodo Ano Internacional do PlanetaTerra e que decorreu com o obje-tivo de divulgar os temas em focono Ano Internacional do PlanetaTerra e, simultaneamente, sensi-bilizar o público para a formaçãode uma “consciência geral acercado enorme potencial que as Ci-ências da Terra possuem para criaruma sociedade mais segura, sau-dável e rica”, assumindo assim umcarácter iminentemente pedagó-gico e formativo.

    EXPOSIÇÃO: “SOLUÇÃO / DISSOLUÇÃO/ RESOLUÇÃO”Vila das Aves, Centro Cultural. Até 06 deJaneiro de 2012. Horário: de seg. a sexta

    das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17horas.

    Exposição de pintura de TeresaPalma (Lisboa, 1978) em que aartista explora a “afinidade entreas práticas da tecelagem e da pin-tura” sendo, por isso, “a tela en-carada como suporte e comomaterial pictórico”, segundo refe-re a artista-plástica. Ver destaquena página12.

    MÚSICA: QUARTETO DE JAZZUNIVERSIDADE LUSÍADAFamalicão, Casa das Artes. Dia 18 de no-vembro às 21h30. Bilhetes a 5 euros.

    Um espetáculo de cariz intimista,em que se revisita as grandes can-ções do jazz tradicional e algunsêxitos da Pop da atualidade. Con-certo com Joana Machado (voz),Mário Delgado (guitarra), DemianCabaud (contrabaixo) e Alexan-dre Frazão (bateria).

    MÚSICA: TIMFamalicão, Casa das Artes. Dia 19 denovembro às 21h30. Bilhetes a 12 euros.

    GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

    DEVE O PREMIADOS RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

    No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta 2ª saídade outubro foi o nosso estimado assinante, Sérgio Carvalho, residente em

    França, na cidade de Fals.

    O premiado com uma almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

    Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

    Dentro de portas - “Mind Odyssey”

    Fora de portas - Santo Tirso - Guimarães - Famalicão - Trofa

    |||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

    “All’s quiet in the make-believe of businessand success / And you’ve decided you’vegot time to take a ride / But exactly whereyou’re going can be anybody’s guess /Because the only place you’re going is yourmind”... Assim é apresentada a pri-meira faixa que abre o portão para uma

    do pelos cinco membros da bandade Los Angeles, The Aggregation, qua-se todos eles com formação musical.O som típico dos finais dos anos 60está bem presente, sentindo-se umambiente sofisticado, onde o rock é au-xiliado por um cool jazz muito agradá-vel e fácil de ouvir. A atmosfera psica-délica de “Flying Free” conjuga flau-tas e uma voluptuosa sessão de me-tais. “In the Garden”, um tema pasto-ral, tem uma composição delicada pre-enchida com uma tónica renascentista.

    O que sentiu ao ler o título destepequeno artigo? Pois bem, a viagempela mente pode ter inúmeras interpre-tações. Uma delas, bem curiosa, será

    deixar o espírito livre e associar ambien-tes sonoros. Compare-se, por exem-plo, “The City of Toys and Games” comas músicas mais irónicas de “Transfor-mer” de Lou Reed. Melhor ainda,entre em “Change” e equipare com“When the Music’s Over” dos TheDoors. Não se iluda – Ray Manzareknão participou em “Mind Odyssey”.

    Quando a viagem terminar, o maiscerto será recomeçar uma nova. Quan-do isso acontecer, poderão existirnovas teorias nas ciências cognitivasou estatísticas atualizadas do pico devendas deste disco. O original, bas-tante raro, já atingiu acima de 750euros em dezembro de 2004. ||||||

    viagem fascinante, integrada nes-teálbum conceptual. Não são precisosgrandes rodeios: “Lady at the Gate”é um excelente exemplo do trabalhometiculoso, cuidadosamente controla-

    FIM DE SEMANAOuvi falar do Valter Hugo Mãe(Valter Humo Mãe, pela primeiravez, no jornal cujo título era O es-critor que nos põe a ler sem travões. Oartigo incidia no facto dele nãoutilizar letras maiúsculas nem pon-tuação. Na altura, não achei essefacto relevante nem original, poisjá outros escritores de renome otinham feito. Mas, ao ler este li-vro, percebi por que razão é umescritor tão badalado. Na verda-de, com a sua escrita subtil, ValterHugo Mãe surpreende.

    O Rosto contém uma realida-de aparente que tende a desviar-se para um universo onírico. É ahistória de uma família de três pes-soas (mãe, pai e filho) que viveno cimo de um monte afiado, cu-ja tarefa é ver ao longe. Eles veemuma estrada muito estreita, osmontes vizinhos, os carros quepassam, como chegava o sol, e apresença do silêncio. E é por causadesse silêncio que os protagonis-tas aprendem a ver melhor.

    Quando o narrador (filho) vaipara a escola conhece uma profes-sora que lhe fala do rosto de cadaum, pois ele contém distâncias in-finitas que importava percorrer.

    Valter Hugo Mãe é uma espé-cie de alquimista que transmutaas palavras em emoções puras. Eleprocura ver o mundo de uma for-ma diferente, desta vez através dorosto do outro que pode ser tãogrande quanto a alma.

    Para além da escrita, este livrobelíssimo está recheado de belasilustrações de rostos, cada umcom a sua essência, elaboradaspela Isabel Lhano. |||||

    Tim selecionou para este espetá-culo um reportório constituído pe-los seus êxitos a solo, um ou outrotema dos Xutos & Pontapés eacima de tudo o reportório gra-vado com Vitorino, Celeste Rodri-gues, Mário Laginha e Rui Veloso.Temas tão emblemáticos como:“Voar”,” Bola de Trapos”, “Hora dasGaivotas”, “Fado Celeste”, a “Ilha”ou ainda “Melhor Amigo”, “Olhosmeus”, entre outros. |||||

    O líder dos Xutos Ponta-pés num concerto a solo,este sábado (dia 19),na Casa das Artes deVila Nova de Famalicão

  • SEXTA, DIA 18 SÁBADO, DIA 19 DOMINGO, DIA 20Chuva moderada. Ventomoderado. Máx. 14º / min. 6º

    Aguaceiros. Vento moderado.Máx. 15º / min. 9º

    Céu muito nublado. Vento fraco.Máx. 17º / min. 9

    MÉDICO DOS OLHOSOFTALMOLOGISTA

    MARCAÇÃO DE CONSULTASTELEFONE 252 872 021 | TELEMÓVEL 918 182 018 - 938 130 893

    VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

    A paciência é uma árvore de raiz amarga,mas de frutos muito doces(Provérbio persa)

    No próximo sábado, Emerenciano inau-gura na Casa da Galeria, em Santo Tirso,a exposição de pintura “Rastos”, numa ini-ciativa que ficará patente até 21 de janeirodo próximo ano. Licenciado pela Faculda-de de Belas Artes do Porto, Emerencianotem uma já longa e prolífica carreira pau-tada pelo cruzamento entre a pintura e aescrita, desde as “escripinturas” da déca-da de 70 aos trabalhos da atualidade.

    Natural de Ovar (1946) mas a residiratualmente no Porto, Emerenciadno defi-ne em 1973 por “aproximação à escrita” asua pintura, título de uma exposição indi-vidual que realiza na Galeria Módulo em1979, a primeira que realiza na cidade doPorto, de um percurso orientado pela mo-tivação da escrita, sem desejar ultrapassara fronteira que separa as imagens das pa-lavras. A partir dos anos de 1980, inicia aparticipação regular em exposições inter-nacionais de Arte-Postal e de Poesia Visu-al, aceitando os convites que lhe são diri-gidos, e a motivação constitui fator sufici-ente de realização de afins desenvolvimen-tos próximos da poética dos correios, ca-racterizada pelo pequeno formato, envelo-pe, bilhete postal, selo, e carimbo.

    Emerenciano – que expôs recentementeem Vila das Aves – regressa a Santo Tirsocom uma proposta que, sendo pintura, nelanão fica apenas: (...) Da edificação da obrafaz parte o texto do artista, os momentosexpositivos, o discurso crítico - tudo isto aintegra, condiciona, modela e constrói. Tudoisto é o seu rasto”, diz o autor. |||||

    Pintura deEmerenciano naCasa da GaleriaPintura. Santo Tirso

    O trompetista Ralph Alessi deu início on-tem, quarta-feira, à segunda semana de con-certos do Guimarães Jazz; a iniciativa – quecelebra 20 anos de edições – prolonga-seaté ao próximo sábado, havendo por isso,razões de sobra para uma ou mais idas aoCentro Cultural Vila Flor. Ralph Alessi, porexemplo, regressará no dia de fecho dofestival, no próximo sábado.

    Para esta noite, está reservado um dosgrandes momentos da edição deste ano,com a revisita e também reinvenção de umdisco que, publicado em 1963 se tornarianum álbum mítico da história do jazz: “JohnColtrane & Johnny Hartman”. Do seu ali-nhamento, fazem parte apenas músicas deoutros compositores e da formação que otocou, para além de Coltrane e Hartmanconstavam ainda Jimmy Garrison, ELvinJones e McCoy Tyner. Pianista e o únicosobrevivente desta formação que se aven-tura na revista ao referido disco de Coltra-

    ne, apresentando-se no Guimarães Jazzcom Chris Potter (saxofone tenor), JoséJames (voz), Joe Farnsworth (bateria) eGerald Cannon (contrabaixo).

    A noite de sexta-feira, dia 18 de novem-bro, fica por conta do saxofonista HenryThreadgill, autor de um jazz mais livre eexperimental que revela em Guimarães oseu projeto “Zooid”. Em palco, HenryThreadgill (saxofone alto, flautas, arranjose composição) será acompanhado porChristopher Hoffman (violoncelo), JoséDavila (trombone e tuba), Liberty Ellman(guitarra), Stomu Takeishi (contrabaixo) eElliot Kavee (bateria).

    No dia de encerramento (dia 19) oreferido regresso de Ralph Alessi que vaidirigir a Big Band da ESMAE (Escola Supe-rior de Música e Artes do Espetáculo doInstituto Politécnico do Porto) e dar a conhe-cer, juntamente com os músicos que oacompanharam neste Guimarães Jazz, o

    produto final de uma semana de ensaios,num momento que se pretende que seja“significativo para os jovens músicos emformação” que integram a Big Band daESMAE”. O concerto dirigido por RalphAlessi realiza-se às 18h00. Para as 22 ho-ras, fica reservado o concerto do contrabai-xista William Parker, reconhecido como umdos mais importantes músicos do jazz con-temporâneo, destacando-se quer comocompositor quer como improvisador. EmGuimarães, o músico apresenta-se com umaformação alargada em formato orquestra,propondo-se homenagear o lendário DukeEllington com a composição “Urgency forPeace”, um espetáculo musical que se an-cora numa revisitação da história do jazze da sua reatualização e releitura à luzdas linguagens musicais contemporâneas.

    Depois dos concertos no Vila Flor, refe-rencia ainda para a festa de encerramentodo festival que, tal como no ano passado,se realiza, noite dentro, no S. Mamede –Centro de Artes e Espetáculos, com o con-certo de Mark de Clive-Lowe, músico, pro-dutor e tecclista originário na Nova Zelândia,e ainda do Jazzanova DJ set. Ou, por outraspalavras, o ‘Broken beat’ e a música eletrónicaem geral a “meter-se” com o jazz. |||||

    Música. Guimarães

    William Parker no encerramentoda edição 20 do Guimarães JazzAS DESPEDIDAS DO GUIMARÃES JAZZ 2011 FAZEM-SE NO PRÓXIMO SÁBADO, MAS ATÉ LÁ HÁ MUITO PARAOUVIR NA CIDADE-BERÇO. ESTA NOITE, POR EXEMPLO, É A VEZ DO PIANISTA MCCOY TYNER

    MCCOY TYNER TRIO C/ JOSE JAMES E CHRIS POTTERGuimarães, grande auditório do Centro Cultural Vila Flor. Hoje, 17de novembro às 22h00. Bilhetes a 20 euros (17,5 com desconto).

    HENRY THREADGILL & ZOOIDGuimarães, pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor. Dia 18de junho às 22h00. Bilhetes a 20 (17,5 euros com desconto).

    BIB BAND ESMAE / RALPH ALESSI (DIREÇÃO)WILLIAM PARKER “ESSENCE OF ELLINGTON”Guimarães, garnde auditório do Centro Cultural Vila Flor.Dia 19 de junho às 18h00 (entrada livre) e 22h00 (bilhetes a 20(17,5 com desconto). Morada: av. D. Afonso Henriques, 701.4810-431 Guimarães. Telef.: 253 424 700. Sítio: www.ccvf.pt

    “RASTOS” DE EMERENCIANOAté 21 de janeiro. S. Tirso, Casa da Galeria. Horário: de terça asábado, das 15h00 às 19 horas. Morada: rua Prof. Dr. JoaquimAugusto Pires de Lima, Nº 33-37. 4780-449 - Santo Tirso. WILLIAM PARKER (FOTO: CLAUDIO CASANOVA)

  • DESTAQUE|||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    “Recebemos o dinheiro, conseguimo-lo”, disse Castro Fernandes na confe-rência de imprensa que marcou os doisanos de mandato. Dez anos depois,a Câmara de Santo Tirso recebeu os7 milhões de euros em que o Esta-do foi condenado a pagar pela cria-ção do concelho da Trofa. “Nós ga-nhamos a ação depois de lutarmosem tribunal durante 10 anos”, disseo presidente. “Foi algo muito importan-te”, continuou, “porque ficou regista-do nos tribunais que a criação deum concelho à custa de Santo Tirsofoi uma ilegalidade”. O problema de-morou a ter solução mas, para Cas-tro Fernandes, “o que interessa é quefoi resolvido a bem e que pelo menosdessa pequena parte a câmara foi res-sarcida”. Ainda assim, o autarca ga-rante que o valor dos prejuízos cau-sados a Santo Tirso é muito maior eadmite até a possibilidade de ser in-terposta outra ação contra a Trofa. “Vaiser interposta uma nova ação paraque a Trofa pague os milhões de eu-ros que deve”, sublinhou. Para já, fa-

    zem-se as propostas de partilha en-tre os dois concelhos. Mas, “não háacordo das partes quanto ao relató-rio de partilha”, diz o presidente, “enão havendo acordo vamos ter queentregar a questão ao tribunal”. Ape-sar de serem processos longos e tra-balhosos, Castro Fernandes acreditaque Santo Tirso deve ser indemniza-do na totalidade: “retirou-se 60 km2

    de área, 35 mil pessoas de um con-celho, economia em escala a um con-celho que tinha um relativo equilí-brio industrial”, acrescentou o autarca,que disse sentir “um certo prazer” ao“ver, hoje, os mesmos que criaram oconcelho da Trofa virem defender afusão de municípios”.

    E se a criação do concelho da Tro-fa ainda é uma ferida aberta, a novaReforma da Administração Local e apossibilidade de fusão de concelhosveio piorar a situação. “Se algum diahouver a proposta de fusão dos con-celhos de Santo Tirso e Trofa, eu ireisubmeter [o assunto] a referendo”, ati-rou Castro Fernandes. Apesar de nãoacreditar que vá acontecer qualquerfusão do género no país, o autarcanão deixou de lembrar que na altura“não pediram opinião aos munícipesde Santo Tirso sobre a separação dosdois concelhos”, pelo que, garantiu,no caso de se realizar tal fusão, irádesta vez exigir essa auscultação.

    DESPEDIMENTOSSobre possíveis despedimentos naCâmara Municipal, Castro Fernandesé claro: “Acho uma grande injustiça”.O autarca explica que o memorandoda Troika prevê a diminuição, em 15por cento, das chefias da CâmaraMunicipal e o despedimento de 2por cento dos funcionários, mas en-tende que há um desajuste nas me-didas. “Uma câmara que tenha muitagente a trabalhar só tem que despe-dir 2 por cento dos funcionários euma câmara que tenha pouca gentetem que despedir os mesmos 2 porcento”, lembra, sublinhando que “é

    Estado já indemnizouSanto Tirso, masinvestimentos vãocontinuar cautelosos

    CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO DA TROFA

    NO FINAL DE OUTUBRO, CASTRO FERNANDES CONVOCOU A IMPRENSA PARA FAZER OBALANÇO DO ATUAL MANDATO, NUMA ALTURA EM QUE OS ‘TRABALHOS’ VÃO A MEIO.APROVEITOU A OCASIÃO PARA REVELAR QUE O ESTADO JÁ INDEMNIZAÇÃO SANTOTIRSO PELA CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO DA TROFA, MAS TAMBÉM PARA DEIXAR CRITICAS ÀREFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL.

  • DESTAQUEPAGINA 5 ENTRE MARGENS | 17 DE NOVEMBRO DE 2011

    injusto”. No caso da diminuição dechefias, o autarca garante que “oscortes têm mais impacto para o exte-rior do que impacto económico”, umavez que as chefias são ocupadas portrabalhadores de carreira que volta-rão a ocupar o lugar que tinham ante-riormente nos quadros. Quanto aosdespedimentos de 2 por cento dosfuncionários, Castro Fernandes dizaguardar legislação sobre o assuntoe assegura que “depende muito domemorando da Troika e do orçamen-to de estado que está em discussão”.

    REQUALIFICAÇÃO URBANANo balanço de dois anos de manda-to a Requalificação Urbana foi um dospontos sonantes. Sobre o PasseioPedonal e ciclável, Castro Fernandesassegurou que “há possibilidades deo inaugurar antes do natal”. O presi-dente sublinhou a preocupação quetem havido no sentido de qualificaro concelho, contudo, e devido à fal-ta de verbas, há questões que vãoficando sem resposta, como a dosparques de estacionamento pelo que,para já, estacionar no centro de San-to Tirso irá continuar a ser difícil. Deacordo com o autarca são precisos5 milhões de euros para a constru-ção dos parques de estacionamento,“e como não estamos em tempo deter tanto dinheiro, para já ficamosassim”. Com a economia em recessão,e sem garantias de financiamento, aCâmara também não arrisca avançarcom o parque de lazer da Quinta doVerdeal, em Vila das Aves. “Fizemos acandidatura ao programa OperaçãoNorte 2, mas ainda não foi aceite.Temos a intenção de adjudicação maseu nunca adjudicarei a obra sem agarantia do financiamento”.

    Castro Fernandes, de resto, asse-gura que foi por Santo Tirso não seenvolver em processos de endivida-mento que a situação financeira doconcelho “não é má”, pelo que arequalificação urbana deverá conti-nuar de forma cautelosa, mais ainda

    ‘Já fiz o meu percurso’Castro Fernandes será presidentedurante os próximos dois anos,depois a Lei da limitação de man-datos não lhe permite uma novacandidatura. Apesar de não con-cordar com a referida Lei, o presi-dente diz-se satisfeito. “Já fiz o meupercurso, fui vereador a meio tem-po, fui vereador, vice-presidente,fui presidente, subi as escadas to-das e chegou a altura de voltar àsbases. Sinto-me muito bem nestasfunções”. A partir de outubro de2013, o autarca pretende dedi-car-se à vida pessoal e profissio-nal e continuar o caminho no Par-tido Socialista. “Certamente irei de-sempenhar algumas funções”, con-fidenciou Castro Fernandes, queafastou a possibilidade de voltarà Câmara de Santo Tirso. “Nempenso candidatar-me em outubronem penso voltar a candidatar-me à Câmara de Santo Tirso”.

    Sobre os últimos dois anos, o

    presidente da Câmara asseguraque o poder local enfrenta “pro-blemas como nunca teve” e ga-rante que “a Lei das autarquiaslocais de 1976 e a Lei das Finan-ças locais de 1977 estão a sertotalmente postas em causa”. Parajá, e numa altura em que o man-dato ainda vai a meio, o objetivoé “continuar a trabalhar nas vári-as áreas e dar resposta aos pro-blemas”, concluiu o autarca. |||||TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO.....ILUSTRAÇÃO: NUNONUNONUNONUNONUNO MMMMMOOOOOTTTTTAAAAA

    “Já fiz o meu percurso,fui vereador, vice-presidente, fui presi-dente, subi as escadastodas e chegou a alturade voltar às bases.Sinto-me muitobem nestas funções”.

    REFORMA DA ADMNISTRAÇÃO LOCAL

    “Se algum dia houver aproposta de fusão dosconcelhos de Santo Tirsoe Trofa, eu irei submeter[o assunto] a referendo.”

    MUNICÍPIO DA TROFA

    “[Ter ganho a ação em tri-bunal] foi algo muitoimportante, porque ficouregistado nos tribunaisque a criação de um con-celho à custa de Santo Tir-so foi uma ilegalidade”.

    DESPEDIMENTOS

    “Uma câmara que tenhamuita gente a trabalharsó tem que despedir 2%dos funcionários e umacâmara que tenha poucagente tem que despedir osmesmos 2%. É injusto”

    quando se advinham novos cortesimpostos pelo Orçamento de Estado.Agradar todos é que parece que Cas-tro Fernandes já se convenceu quenão é possível: “quando não se faz aobra, é porque não se faz. Quandose faz, incomoda. Quando está feita,esquece-se”, concluiu.

    O IMPOSTO MUNICIPALSOBRE IMÓVEISCastro Fernandes assegurou que nosúltimos dois anos foi possível baixaro IMI mas alertou para a subida doimposto já a partir de dezembro. “Nãoresulta de uma decisão da Câmara,resulta da legislação aprovada na As-sembleia da República”, atestou o pre-sidente, acrescentando que “o refor-ço do imposto municipal não se jus-tifica” uma vez que não será utiliza-do em favor dos municípios mas parapagar a dívida pública portuguesa.

    Castro Fernandes lembrou que Por-tugal tem uma dívida pública de 200mil milhões de euros, 4 por centodos quais referente aos municípios.“Nós não somos os culpados do quesucede em termos de dívida públicae é este imposto, um dos mais im-portantes dos municípios, que a vaiter de pagar”, contestou, assegurandoainda, que “ao retirar-se as verbas doIMI se está a pôr em causa o princí-pio da autonomia do poder local”.

    SERVIÇO DE URGÊNCIA“[O serviço de] Urgência é demasia-do importante para ser tratada ao deleve”. Esta é a convicção do presiden-te da Câmara, que foi mais longe di-zendo que “a população de SantoTirso viu tão importante equipamen-to ser inaugurado pelo primeiro-mi-nistro e certamente também não acei-tará que a urgência venha a fechar”.O autarca diz ainda não ter recebi-do qualquer resposta por parte doMinistro da Saúde mas sublinhou oque já havia tornado público: “eununca dei o aval para encerramentonenhum. Muito menos darei para aurgência”. Sobre a falta de médicos eenfermeiros nos Centros de Saúde,Castro Fernandes disse ser uma ques-tão que “ultrapassa” a Câmara e quea única coisa que lhe é possível fazeré “insistir perante o ministério”. “É oque fazemos sempre”, garantiu. |||||

    Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

    SERVIÇO DE URGÊNCIAS

    “Eu nunca dei o aval paraencerramento nenhum.Muito menos darei para aurgência.”

  • ~OPINIAO

    Daqui a pouco pedem-se camaspara as escolas com a desculpa do“apoio às famílias”. Afinal, há mui-tos pais que trabalham de noite.

    Ser professor exige que se te-nha formação específica para tal.Acredito, plenamente, que qualquerdia, seja preciso ter, também, um cur-so para se SER pai e/ou mãe…e fa-mília. Urge. Uma grande percenta-gem de progenitores não passarianos testes, ou seja, não alcançariadiploma. Mas a fertilidade é poucoproporcional a escolhas adequadas,quando alguém entrega a vida aoutro alguém.

    Na verdade, a escola de hoje –denominada a “tempo inteiro” - é ainstituição que a “tempo inteiro” seresponsabiliza pela criança, adoles-cente e/ou jovem. Os lares pare-cem receber os seus hóspedes her-deiros apenas perto do jantar eceder-lhes a hospedagem noturna.Nem sempre na paz desejada. Nemsempre o tempo da qualidade alme-jada. Entre stress e gritos, pressas,fomes, medos e discussões, assiste-se, atualmente, a um novo fenóme-no: a maioria das crianças prefereestar na escola e revela desagradona constatação de ser fim de sema-na ou férias… algo que, no mínimo,nos deve obrigar, a nós - pais eprofessores - a uma leitura de cau-sas e efeitos na construção dos ho-mens do amanhã!

    Longe vai o tempo em que toca-va a campainha anunciando o finaldo “turno escolar” e, a pé, seguía-mos trilhos, em fila indiana, até casa.Lá havia sempre alguém para nosreceber enquanto ser individual,ouvir “a mágoa, a dor, o medo esucesso/insucesso” na primeira pes-soa do singular… alguém que nosmedisse a febre, nos deitasse na

    cama ou nos acendesse a lareira,no inverno. Hoje, a mesma campa-inha toca. Mas já não berra fim degrupo, nem de massificação nem operdão de nos estendermos, mere-cidamente, no “EU…” como quem seespreguiça, à vontade, dentro de sie descomprime. Entram numa car-rinha de ATL, em grupo - novamenteem grupo - que adia para depois“necessidades do eu” que corremo relógio o dia inteiro e, às vezes,não chegam a ter voz em nenhumsegundo ou minuto. Adia-se oinadiável.

    Se eu fosse primeira-ministra deum país qualquer, rico ou pobre,numa qualquer latitude/longitudedo planeta, decretaria que, cada cri-ança teria, pelo menos, direito a umavô ou avó disponível para acolhero “eu criança”.

    Numa sociedade em que cada ca-sal aspiraria, em média, ter “meio fi-lho”… se possível fosse, assiste-se, hoje,à entrega de crianças, não umasquaisquer – falo dos filhos – como sedesejassem deixá-los lá, estacionados,o maior número de horas possível.

    Às vezes atrevo-me a pensar, quealguns Encarregados de Educaçãodesejariam que, no ato da inscriçãodo seu educando, fosse possível co-locar “um X” numa opção arrojadaque seria entregar o filho na esco-la aos três anos de idade e voltar abuscá-lo, anos depois, já com cur-so superior, como produto acaba-do. A educação enquanto “proces-so” dá trabalho e gasta tempo!

    Os pais trabalham as horas queprecisam para o “pão nosso de cadadia” e outras tantas para consolas,telemóveis, computadores e roupasde marca. Se estes objetos são ca-ros? Caríssimos! Custam abraços,beijos, mimos e paciências. E os paisde hoje não sabem dizer “NÃO”ao TER. Tudo é trauma. E “não” diz-se com três letras e segurança: N –Ã – O! E infelizmente, também nãosabem dizer SIM, à disponibilida-de, ao tempo e à cumplicidade…

    Que escola? Que famílias? Quevidas? Quem somos? Para ondevamos? |||||

    Surpreendeu-nos o Jornal de SantoThyrso nos seus números de 7 e 14de outubro com um longuíssimo ar-tigo pseudonimicamente assinadopor um tal Alvaro Seco Andrógenes(A.S.A.) sobre o tema da Reforma daAdministração Local; quase três pá-ginas de audiência a uma personali-dade anónima quando não se viu ououviu da voz autorizada do respon-sável principal pelo nosso concelhouma opinião significativa sobre tãocandente reforma a haver e a discu-tir nos órgãos legítimos do poderautárquico ou nos debates promo-vidos pelos movimentos cívicos. Des-de logo este método merece a nossareprovação clara e frontal porqueum jornal que devia ser livre e inde-pendente nos seus critérios editori-ais continua a dar sinais de que sólá escreve e publica quem é do regi-me e de forma leal ou encapotadadele diz maravilhas, porque, “a con-trario”, e não faltam indicações dis-so, terá que recorrer à concorrên-cia se é que ela existe.

    O sr. A.S.A. (ou lá quem ele é)“seca”, de facto, um órgão de comu-nicação escrita que, de centenárioque é, merecia mais respeito públi-

    Editorial

    A falar claro e sem embusteé que a gente se entende

    co em termos de isenção, pluralidadee transparência; tal como um eu-calipto continua a secar as páginasdas publicações que semanalmentevêm a lume: assim, os exemplares de4 e de 11 de novembro, assinadospelo jornalista Vitor Silva, enchemas páginas centrais de ambos os nú-meros com a “Grande Entrevista aCastro Fernandes nos dois anos demandato autárquico em balanço”. Equando um jornalista questiona osr. presidente da Câmara sobre aReforma da Administração local láestá, preto no branco: “A Câmara ain-da não tomou nenhuma posição ofi-cial e nem a Assembleia Municipal.Eu já divulguei a minha posição, masoportunamente os órgãos autárqui-cos tomarão posição. Vamos promo-ver várias ações de reflexão sobreeste tema mas reafirmo o que já dis-se: reduzir as nossas 24 freguesias a9 é um grave erro! As nossas fregue-sias têm identidade, cultural, soci-al, histórica e justificam a sua exis-tência já centenária...”. Já em 27deoutubro, instado pelos nossos jor-nalistas a dar uma opinião sobre oassunto, logo após o debate inau-gural da “Amar -Stº Tirso”, emboramenorizando como meros exercíci-os teóricos o desenho das agrega-ções de freguesias, manifesta issosim uma clara opinião de que talReforma “visa claramente diminuira força dos Municípios.”

    Honra seja feita, apesar de tudo,à iniciativa entretanto tida pela Câ-mara em reunir cinco qualificadosconferencistas de diferentes parti-dos para analisarem os “benefícios/malefícios” do chamado “Livro Ver-de da Reforma Administrativa”, con-forme neste número do EM damospública informação. E, no que tocaà intervenção e às análises proferi-das nesse fórum pelo presidente daCâmara, Castro Fernandes, quandorefere as 3 hipóteses/ modelo avan-çadas para a agremiação das 22 fre-guesias (já que duas delas são apre-sentadas como devendo manter a suaautonomia) o que mais causa espé-cie é que coincide de forma rigoro-sa com os modelos apresentados

    pelo sr. A.S.A., até na circunstânciade apresentar uma hipótese de agre-miação das freguesias da outra mar-gem, nomeadamente a Lama e Sequei-rô a Rebordões para logo vir a admi-tir neste fórum que, afinal, tal hipó-tese nem seria praticável “por ter depassar pelo concelho de Famalicão”que é algo que custa a entender e meparece destituído de lógica, aliás emigualdade de circunstâncias com oque é defendido na Hipótese 1 quetambém aponta para a agremiaçãodas freguesias da Palmeira, Areias,Lama e Sequeirô do outro lado doAve a Santo Tirso. Pois então, sr. Pre-sidente, esta hipótese não enfermada mesma incapacidade?

    Sabemos que não é fácil proce-der a tal Reforma e há muito a discu-tir sem a complacência politico-par-tidária instalada que vai ao pontode proclamar que os próprios presi-

    Luís Américo FernandesO DIRETOR

    Escolas e famíliasde hoje...Laivos de verdade...

    Carla Valente

    dentes da junta se opõem a tal de-sígnio. (Sabemos que os srs. Presi-dentes de Câmara se opõem às agre-miações de câmaras o que tambémjá soa a boicote se o Governo ou aTroika teimarem em prosseguir.)Também não temos a certeza que talReforma seja exemplar se não tiver-mos garantias de que com taisagremiações os órgãos do poder lo-cal ganharão em autonomia, inde-pendência e eficiência. E tambémnão queremos pura e simplesmenteuma extinção das freguesias; elasconstituem uma identidade a preser-var, no mínimo com uma memóriaalicerçada nas comunidades paro-quiais, associativas, recreativas e cul-turais. Que se agrupem sim, enquan-to entidades politico-administrati-vas e eleitorais com afinidades eprosseguindo fins comuns, segundoregras e processos a clarificar. Mastenhamos a honradez de defenderopiniões claras, sem subterfúgios outibiezas. |||||

    Um jornal que devia ser livree independente continua a dar

    sinais de que só lá ecreve epublica quem é do regime

  • Vamos a ver...

    ~OPINIAOPAGINA 7 ENTRE MARGENS | 17 DE NOVEMBRO DE 2011

    Crónico

    Estava noutro dia a ler para os meusfilhotes uma fábula que todos co-nhecemos: “A tartaruga e a lebre”.O livro vem acompanhado de umaespécie de ajuda para os pais per-ceberem e explicarem aos seus fi-lhos a moral da história, que dizemser: “Quem segue devagar e comconstância será sempre vencedor.”Um pouco na linha do velho dita-do “devagar se vai ao longe”.

    Eu achei piada à necessidade dehaver uma explicação no fim da his-tória, não vá alguém querer pensarum pouco e chegar a outra conclu-são. Um pouco como a forma quenos comunicam sobre o estado danação; não com informação factual,mas através de pareceres e opini-ões de entendidos, não vá o povoter que e querer pensar.

    Voltando à fábula da tartaruga eda lebre, se na verdade é possívelconcluir que “devagar se vai ao lon-ge”, também é verdade que outrosensinamentos são igualmente váli-dos e tão, ou mais, importantes paraos portugueses, nos tempos quecorrem. Vejamos:

    1) Poderíamos concluir que naverdade a tartaruga não conseguiuvencer, mas sim que, a lebre foi des-leixada e perdeu. Com isto estamosa admitir que, mesmo conhecendoas nossas limitações, devemos acei-tar qualquer desafio e esperar queo adversário se desleixe para quesejamos vencedores. Neste contex-to a tartaruga foi burra e preguiçosa:aceitou um desafio já viciado peloopositor, não exigiu um outro tipode corrida - bicicleta, por exemplo -e ter procurado formação para me-lhorar as suas competências.

    2) Poderíamos concluir que alebre precisa é de um despertadorpois, mesmo dormindo uma peque-na sesta, teria ganho à tartaruga.

    Permiti que vos fale de um Felisminoque adora rankings. Cedo se iniciounessa admirável arte de tudo hierar-quizar. Ainda imberbe, sentiu-se atra-ído pelas classificações dos campeo-natos de futebol, daí passou aos con-cursos das misses, até que, já adulto(e para nossa desgraça), se voltoupara a… educação.

    Quem possuir alguns rudimentosde docimologia saberá quão falíveissão os exames e como são prejudiciaisos seus efeitos. Mas o Felismino igno-ra que há muitos outros modos deavaliar e que o exame é um dos maisimperfeitos instrumentos de avaliação.Mutatis mutandis, investe significati-va parcela do seu tempo livre a orde-nar escolas em função dos resulta-dos alcançados pelos alunos em pro-vas de aferição, de nono ano, ouexames de acesso à universidade. Ca-da qual desperdiça o seu tempocomo lhe aprouver. E nenhum maldaí viria ao mundo, se o Felisminonão fosse criatura considerada “es-pecialista” em educação e não fizes-se uma divulgação maciça dessas to-lices. Mas faz…

    Existe uma crença ingénua nas vir-tudes de tais instrumentos. Mas ossistemas de ensino que os privilegi-

    Andanças do Felismino noReino da Educação (I)

    am não melhoram, porque mediçõesnão são sinónimos de mais qualida-de no ensino. Dogmas velhos cerce-aram a responsabilidade cidadã e umEstado burocrático impõe um siste-ma de ensino centralizado, estrutu-ras curriculares rígidas e modos deorganização do trabalho escolar ob-soletos. As escolas mantêm-se coni-ventes com o estímulo da competiti-vidade. E para um ensino excludenteo Felismino prescreve uma avaliaçãoseletiva. Evidente…mente, como diriao amigo António.

    A repetência escolar pode assu-mir a forma de violência simbólica,dado que humilha e exclui, envergo-nha o aluno, diminui a sua autoesti-ma e deixa marcas para o resto da vi-da. A pseudo-avaliação, que aindase faz em muitas salas de aula destepaís, inspira-se na mesmice de ummodelo epistemológico falido e ape-nas age como instrumento de darvi-nismo social.

    Lemos notícias de esgotamentosnervosos, de alunos a ingerir calman-tes (ou estimulantes) antes dos exa-mes, e alguém, que, por pudor, nãoidentificarei, afirma que ”sempre háde haver quem reprove”. Eis como acriminosa “naturalização” do insuces-so se pereniza, no apelo ao mais fe-roz individualismo, à competição de-senfreada, confirmada por caricatu-ras de avaliação externa, conduzidaspor funcionários ignorantes do queseja pedagogia.

    Ouvi o Felismino dizer, solenemen-te, que, se não se aplicar cada vezmais testes e exames, poderemos es-

    tar a formar analfabetos. Como se aaplicação de mais exames fosse so-lução para a praga do analfabetismo,funcional, de que este país de grauzero de literacia continua a padecer.Alguns Felisminos criam bancos deitens, para que os professores inten-sifiquem a aplicação de testes. Peran-te notas deprimentes, pugnam pormais planos de recuperação e aulasde apoio (lamentáveis subprodutosde uma prática de ensino obsoleta),“com o intuito de melhorar o desem-penho dos alunos”. E, quando faltamdois ou três meses para o final do anoletivo, paralisam as aulas, porque co-meçam os “treinos para os exames”.

    Exame não é sinónimo de melhoriado ensino. Fazer um teste é como me-dir a temperatura. O termómetro queregista a febre não dá o diagnóstico,nem prescreve a terapêutica, apenassinaliza o estado febril. Exames e ran-kismos são pragas, nada acrescentam àqualidade da educação. Quem enten-de de Educação sabe muito bem quenão é a preocupação com o termóme-tro que faz baixar a temperatura. Mas,se o Felismino acha que sim, quemsomos nós para achar que não?... |||||

    Com isto estamos a admitir que des-de que tenhamos os amuletos (oucunhas) certos nos sítios certos, bas-ta propormos desafios em que oopositor seja alguém, à partida, debi-litado e sairemos vencedores. Nes-te contexto a lebre foi espertalhonae preguiçosa: propôs uma corrida aum o opositor que não reunia capa-cidades, não permitiu a existência deoutros concorrentes e, como acha-va que já tinha competências a mais,deixou-se adormecer.

    3) Poderíamos ainda concluirque foi apenas uma corrida paraocupar o tempo de dois persona-gens que não tinham mais que fa-zer com a sua vida. Com isto esta-ríamos a admitir que a história nãotem qualquer tipo de interesse.

    Eu discordo desta última possi-bilidade, até porque serviu de motepara esta crónica, e gosto particu-larmente da reflexão em torno doponto comum entre as conclusõesanteriores – “a preguiça”. Mais doque a persistência como fator posi-tivo, a preguiça é um fator negativopor excelência, é permitir ficarmosaquém das nossas possibilidades.

    Pensando um pouco, quando vol-tar a ler esta fábula aos meus filho-tes vou reforçar que não interessainsistir em catalogar a nossa classepolítica de tartarugas e lebres, im-porta é perceber que existem taispersonagens, mas que não devemservir de exemplo para a formacomo conduzimos a nossa vida.

    Eu gosto é de maratonas commuita gente. É crónico… Eu sei! ||||||[email protected]

    Fernando Torres

    A Tartarugae a LebreJosé Pacheco

    Dogmas velhos cercearam aresponsabilidade cidadã e

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    Num debate moderado por CastroFernandes, presidente da Câmara deSanto Tirso, Guilherme Pinto, do PS etambém presidente da Câmara deMatosinhos deixou claro que a dis-cussão sobre o assunto “é um dispa-rate porque não há sentido nenhumnesta reforma”. Castro Almeida, pre-

    ‘As novas leis impedem os municípiosde se organizarem como entendem’A DISCUSSÃO SOBRE A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL ESTÁ CADA VEZ MAIS NA ORDEM DO DIA E PROMETE DARAINDA MUITO QUE FALAR. OS MUNICÍPIOS ESTÃO PREOCUPADOS E SANTO TIRSO NÃO É EXCEÇÃO. NA NOITE DE 7 DENOVEMBRO, O SALÃO NOBRE DOS PAÇOS DO CONCELHO FOI PEQUENO PARA TANTA GENTE. O OBJETIVO ERA OUVIR O QUECINCO MEMBROS DOS CINCO PARTIDOS TINHAM A DIZER SOBRE O LIVRO VERDE DA REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL

    Castro, pelo Bloco de Esquerda acredi-ta que está em marcha um processo de“centralização do poder” que, consi-dera, ser um combate à região nortepois, alega, “das 4259 freguesias dopaís, cerca de 2000 são no norte”.

    O ponto mais polémico da refor-ma é a fusão das freguesias, mas odocumento verde prevê também aexistência de um modelo de executi-vo homogéneo, onde não haveráespaço para vereadores da oposiçãoe onde o executivo municipal seráfiscalizado por uma Assembleia Mu-nicipal (AM) mais reforçada.

    EXECUTIVOS HOMOGÉNEOSNuma altura em que as opiniões so-bre os assuntos importantes do paístendem a divergir, sobre os executi-vos homogéneos, não houve muitasquestões a levantar. Os cinco interve-nientes são contra a existência deexecutivos mono-colores. “Há toda avantagem de haver pessoas da opo-

    sidente da Câmara de S. João da Ma-deira, deu a cara pelo PSD, e atestouque o governo “fez bem em lançar otema para discussão”, mas assegurouque as suas intervenções refletem aopinião pessoal e não o partido. PeloCDS esteve Silvio Cervan, ex-deputa-do na Assembleia da República, quetomou uma posição muito concretae disse não aceitar que “venham cá

    três senhores [Troika] que, só porquevão emprestar uns dinheiros, come-cem a decidir”.

    “Há um ataque ao poder local quetem sido suportado por uma campa-nha de desinteresse e descredibiliza-ção do poder local que aumenta a des-confiança das populações quanto àsautarquias e aos autarcas”, afirmoupor sua vez Jaime Toga, do PCP. José

    [O governo] “fez bemem lançar o tema paradiscussão”CASTRO ALMEIDA, PSD

    Carlos Valente foi à escolaLeia mais na págima 13

  • ATUALIDADEPAGINA 9 ENTRE MARGENS | 17 DE NOVEMBRO DE 2011

    AUTONOMIA LOCALA redução de chefias e a fiscalizaçãodas dívidas camarárias não ficaram defora das quase quatro horas de deba-te. Foram os autarcas do PS e do PSDquem mais se pronunciou acerca des-tes assuntos. Mesmo de cores partidá-rias distintas, Guilherme Pinto e CastroAlmeida demarcaram posições comalgumas semelhanças. “Começarampor criar limites ao endividamento”,sublinhou Guilherme Pinto acrescen-tando que “acharia melhor que o go-verno fiscalizasse a utilização das ver-bas por parte das autarquias”. O autar-ca de S. João da Madeira disse que“o governo tem o direito de controlara divida mas não tem direito de con-trolar a despesa”. Castro Almeida con-sidera, também, “insuportável” a pro-posta de condicionar o número dedirigentes. “Se o critério for o núme-ro de habitantes não vale nada”, afir-mou, “são precisas pessoas especia-lizadas nas várias áreas”, garantiu.

    O socialista Guilherme Pinto, as-sumiu a existência de “uma forte limi-tação da autonomia local” e defen-deu que “as novas leis impedem osmunicípios de se organizarem comoentendem”. O autarca disse haver al-gumas empresas municipais que “fo-ram criadas apenas para, intencional-mente, resolver problemas para algu-mas clientelas”, mas adiantou que asolução arranjada não é a melhor. “Emvez de se combater esse excesso diz-se às autarquias que elas não se po-dem organizar da forma que enten-dem para resolver o problema dassuas populações”.

    À margem do livro Verde pareceter ficado a regionalização, que Cas-tro Almeida garante ser a solução.“Penso que o país não se desenvolveenquanto não houver regionaliza-ção”, argumentou. Jaime Toga, por seulado, não deixou de tecer a critica.“Nenhum partido assume que é con-tra a regionalização mas encontramsempre obstáculos”.

    Castro Fernandes, agradeceu apresença dos conferencistas, mostrou-se preocupado com o reforço das áre-as metropolitanas e a consequenteperda de força dos municípios e dei-xou a questão: “Será que as áreas me-tropolitanas, que são órgãos não elei-tos, estão no mesmo nível dos muni-cípios e das freguesias?” ||||||

    sição”, sublinhou Guilherme Pinto. Oautarca de Matosinhos lembrou queo reforço da AM significa “financiara existência de gente a tempo inteirona Assembleia”. Castro Almeida, quese mostrou de acordo com vários pon-tos da reforma, também se manifes-tou contra a questão dos executivoshomogéneos. “O que vai à AM sãoos assuntos importantes e é bom queos partidos possam dizer o que têma dizer sobre isso, por causa do fun-cionamento democrático, das ques-tões de transparência e porque aspopulações ganham com isso”, asse-gurou. O autarca de S. João da Ma-deira foi mais longe ao dizer que éum “artifício” comparar o poder localcom o governo central, porque, se-gundo ele, “no governo central te-mos 230 deputados a tempo inteiropara fiscalizar a ação do governo enos municípios há 30 ou 40 cida-dãos da AM que reúnem durantetrês horas, de três em três meses parafiscalizar a ação da Câmara”. O con-ferencista do PCP sublinhou as conse-quências da reforma que, considera,será um “desfiguramento do sistemaeleitoral” e “irá diminuir a transparên-cia e favorecer a corrupção”.

    FUSÃO DE FREGUESIASA questão da fusão de freguesias le-vanta, essencialmente, problemas de“perda de identidade das populações”.A frase é de Guilherme Pinto que,desde o início do debate mostrou nãoacreditar nas vantagens da fusão. “Estalei que quer acabar com as juntas defreguesia em nome da poupança”,adiantou “vai triplicar o número depresidentes de junta a tempo intei-ro”. A opinião de Castro Almeida édiferente em alguns pontos. Se, porum lado, o conferencista do PSD diz“não achar graça” ao facto da Troikavir a Portugal acabar com as freguesi-as que, segundo ele, “gastam um pou-co menos de 0,1% da despesa públi-ca”, por outro lado, defende que, a ha-ver uma agregação, o critério não deveser financeiro. O autarca considera que“o tema deve ser ponderado” e pensa-do localmente. “Município a municípiodeve haver agregação em função docritério que é melhor para a popula-ção”, acrescentou. Para Silvio Cervan,“coisas impostas desta maneira nãotêm lógica” e disse acreditar que “nada

    disto vá ter repercussões nem a curtonem a médio prazo porque não é exe-quível”. “Se as populações não se me-xerem ficam sem freguesias e com asautarquias asfixiadas, em termos fi-nanceiros”, adiantou Jaime Toga. Ain-da assim, a posição mais vincada foia do representante do Bloco de Es-querda. José Castro deixou claro que“a Troika tem as costas largas” e quemuito antes da chegada da Troika,“já o secretário de Estado da Admi-nistração local, José Junqueiro haviaapresentado a sua reorganização ad-ministrativa do território que previa aredução de municípios e juntas defreguesia”. José Castro referiu a proxi-midade como um aspeto muito im-portante das freguesias e deixou noar uma questão: “Qual a raciona-lidade de pôr freguesias com maisde 20 mil habitantes, com mais ha-bitantes que muitos municípios?”

    “Coisas impostas destamaneira não têm lógica”(...) “nada disto vai terrepercussões nem a curtonem a médio prazoporque não é exequível”.SILVIO CERVAN, CDS-PP

    “Se as populações não semexerem ficam semfreguesias e com asautarquias asfixiadas,em termos financeiros”JAIME TOGA, PCP

    “Esta lei que quer acabarcom as juntas de fregue-sia em nome da poupan-ça” (...) mas “vai triplicaro número de presidentesde junta a tempo inteiro”GUILHERME PINTO, PS

    A reforma em curso é “umcombate à região norte”pois “das 4259 freguesiasdo país, cerca de2000 são no norte”.JOSÉ CASTRO, BLOCO DE ESQUERDA

    A Câmara de Santo Tirso vai atri-buir a “Medalha de Honra do Con-celho” ao presidente executivo daPortugal Telecom (PT), Zeinal Bava.A decisão foi tomada por unanimi-dade na reunião do executivo ca-marário de dia 10 de novembro.

    Na deliberação tornada públicana semana passada sublinha-se oimportante papel que Zeinal Bavateve na instalação “no concelho deSanto Tirso, de um Centro de Rela-cionamento e Apoio Técnico a Cli-entes” que “permitiu já a criação deaproximadamente 1000 postos detrabalho, quase todos eles preen-chidos com pessoas residentes noconcelho de Santo Tirso”.

    Centro este que foi “considera-do o mais inovador e funcional cen-tro de relacionamento com o clien-te em Portugal, após um ano de fun-cionamento, sendo-lhe atribuído oPrémio de Melhor Espaço 2010graças às suas modernas infraestru-turas e tecnologia, conquistado naCerimónia da 10ª edição do Tro-féu Call Center que decorreu emLisboa, numa iniciativa da Call Cen-ter Magazine Online e da Interna-tional Faculty for Executives (IEF) que

    Medalha de Honrapara o presidenteda Portugal TelecomEXECUTIVO DECIDIU POR UNANIMIDADE A ATRIBUIÇÃODE MEDALHA DE HONRA A ZAINAL BAVA. ATRIBUIÇÃODEVERÁ REALIZAR-SE EM DEZEMBRO

    premeia anualmente as melhorespráticas nos Centros de Relaciona-mento com o cliente nacionais”.

    Na mesma deliberação, subli-nham-se as palavras de Zeinal Bavaquando este, referindo-se à criaçãodo Call Center de Santo Tirso falouda estratégica da PT ao apostar emzonas com “disponibilidade de re-cursos humanos qualificados” e “compopulação jovem e algum desem-prego” que a própria PT tenta aju-dar a “combater”. E também porqueem zonas fora de Lisboa e Porto, senota que a “fidelização das pesso-as ao posto de trabalho nesta áreaé bastante alta, a rotação das pes-soas é mais baixa e o investimen-to” que se leva a cabo “na forma-ção tem uma rentabilidade” consi-derada “bastante acima da média”.

    E é por estas e por outras razõesque entende a Câmara de Santo Tir-so não poder deixar de “distinguireste executivo de renome interna-cional, que pela sua ação contribuiusignificativamente para o desenvolvi-mento do concelho de Santo Tirso”.A entrega da medalha ainda nãotem dia marcado, mas deverá acon-tecer no mês de dezembro. ||||||

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    Quais são os hábitos de prática despor-tiva dos Portugueses? Que equipamen-tos existem? Estas são apenas duas per-guntas para as quais ainda não existemrespostas porque, lamentou o secretáriode Estado da Juventude e do Desporto,“chegou-se a 2011 e não existe aindauma Carta Desportiva”. E é por esta bus-ca de respostas para conhecer melhoras necessidades existentes que o atualgoverno vai desenvolver parte da suaação na área do desporto, segundo adi-antou Miguel Mestre no último sábado,5 de novembro, no debate promovidopela JSD de Santo Tirso no âmbito dasJornadas Eurico de Melo.

    O secretário de Estado deu depoisconta de que é preciso agora encontra-rem-se os recursos humanos necessári-os para fazer a nível nacional aquilo aque chamou de Censos do Desporto,avançando que “brevemente será conhe-

    Governo vai avançar com‘Censos do Desporto” equer criar Tribunal ArbitralMIGUEL MESTRE, SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESPORTO ESTEVE EMSANTO TIRSO A CONVITE DA JSD LOCAL. O SECRETÁRIO DE ESTADO FOI UMDOS CONVIDADOS PARA DEBATER O “FUTURO DO DESPORTO PARA TODOS”;TEMA ESCOLHIDO PARA AS IV JORNADAS EURICO DE MELO

    Nuno Lourinho vai liderar o núcleo doPSD de Santo Tirso/S. Miguel do Coutoenquanto Paulo Mirra Leal vai tomar con-ta dos destinos do núcleo do Vale doLeça. Este foi resultado das eleições dedia 4 de novembro, realizadas em am-bos os núcleos partidários, agrupandoo de Vale do Leça as freguesias de Agre-la, Água Longa, Reguenga, Lamelas, Gui-marei e Carreira.

    O Núcleo do PSD de Santo Tirso/ S.Miguel do Couto, que já existia, integraelementos das duas freguesias. NunoLourinho será acompanhado na vice-presidência por Mário Duarte Roriz deOliveira e na tesouraria por DanielSchroiff Nogueira. Integram ainda osvogais Gil Ferreira Pedrosa Balsemão,José Pedro Moreda de Miranda, MariaTeresa Teixei-ra Mirra, Quitéria JulianaCorreia Roriz e Vítor Domingos Guima-rães Carneiro.

    No núcleo do Vale do Leça, PauloLeal, que se apresentou pela primeira veza eleições, terá como vice-presidente JoséLuís Macedo Pinto Júnior e como te-soureira Helena Patrícia Carneiro Perei-ra. Do mesmo núcleo fazem parte osvogais Mário Filipe Costa Martins, FilipeJorge Moreira Rodrigues, Filipe ManuelCarneiro Dias, Tiago Moreira Rodrigues,Vitória Isabel Oliveira Alves, Jorge Ma-nuel Martins Gonçalves Neto e JoséFernando da Silva Torres Alves.

    Apenas uma lista concorreu a cadados referidos núcleo, considerando oPSD que estas estruturas locais “terão umpapel importante no território sob a suajurisdição, contribuindo para uma mai-or proximidade entre o PSD, os militan-tes e as populações em geral”. ||||||

    Nuno Lourinho ePaulo Leal vãoliderar núcleos deSanto Tirso e Valedo Sousa do PSDELEIÇÕES PARA OS NÚCLEOSDE SANTO TIRSO/ S. MIGUELDO COUTO E DO VALE DOLEÇA REALIZARAM-SE NO DIA4 DE NOVEMBRO

    cida a estratégia a adotar” para a realiza-ção deste trabalho.

    Faltam números, mas, ainda assim,Miguel Mestre avançou com alguns in-dicadores em relação aos quais “não nospodemos orgulhar”, entre eles, o que dáconta que “a prática regular de desportoem Portugal fica pouco acima dos 20por cento”. Por outro lado, e numa lógi-ca de racionalização, o secretário de Es-tado também foi dizendo que é neces-sário maximizar os espaços já edificadose “construir onde eles são realmentenecessários”.

    Embora sem propostas para apresen-tar, Miguel Mestre foi revelando algunsindícios do que precisa de ser repensado,nomeadamente a prática do desporto emmeio escolar e na quebra que se verificacom a passagem da secundário para oensino universitário. “Quantos de nós dei-xaram de praticar desporto findo o se-cundário?”, questionou o secretário deEstado, para quem “o desporto no ensi-

    no superior tem de ser uma prioridade”.Autor do livro “Desporto e Direito.

    Preto no Branco”, Alexandre Mestre de-clarou ainda em Santo Tirso que “hádemasiada conflitualidade no desporto”e avançou com a proposta do atual go-verno no sentido de ser criado um Tri-bunal Arbitral do Desporto. “Estamos atrabalhar com o Ministério da Justiça nes-se sentido”, revelou o secretário de Esta-do que sublinhou ainda a necessidadede que “tem de ser feito muita pedago-gia junto das associações desportivas”.

    Moderado pela vereadora do PSD, Ma-falda Roriz, o debate começou, contudo,com a participação de Fernando JorgeMoreira, atual presidente do Ginásio Clu-be de Santo Tirso que deu conta do mui-to que a associação tem feito para ultra-passar a escassez de recursos e manteruma dinâmica que se traduz já em maisde 550 atletas federados e mais de milnão federados. “Temos de rentabilizar osrecursos de forma que o clube não este-ja dependente de subsídios da CâmaraMunicipal ou de subsídios do Estado”,referiu Fernando Moreira que passou emrevista a história da associação, detendo-se nas formas encontradas nos últimostemos para fazer face às despesas. Fo-ram implementadas medidas de conten-ção, rentabilizou-se o aluguer de insta-lações, criaram-se parcerias e, acima detudo, negociou-se muito com os credo-res. “O ginásio não é uma empresa queestá a gerir riqueza, gere défice”, afirmouo mesmo responsável. E, mesmo assim,vai dando a ganhar às empresas do muni-cípio, pois a elas recorre sempre que asinstalações carecem de obras de manu-tenção ou outras.

    Questionado sobre o risco de o clubeter de diminuir ao número de modali-dades que promove, devido ao contextode crise, Fernando Moreira adiantou quepara já, nada disso está previsto, man-tendo-se, por isso a dinâmica de um clubeque, no entanto, adiantou, vai sendo ‘ame-açado’ com a retirada do estatuto de uti-lidade pública.

    O secretário de estado classificou aintervenção do presidente do GinásticoClube de Santo Tirso como “uma liçãoprática de como se devem fazer as coi-sas”, sublinhou o ecletismo do clubenum país que, lamentou, vive muito con-centrado no futebol, e tomou nota dolamento de Fernando Moreira a propo-siito da “ameaça” de retirada do estatuode utilidade pública ao clube. |||||

    MIGUEL MESTRE,SEC. ESTADO DODESPORTO (À DIREI-TA) COM MAFALDARORIZ E FERNANDOJORGE MOREIRA,PRESIENTE DO GCST

  • ATUALIDADEPAGINA 11 ENTRE MARGENS | 17 DE NOVEMBRO DE 2011

    Funerária São Miguel das Aves, Lda.R

    Rua de S. Miguel, nº 145Vila das Aves(antigo Supermercado Valente)

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    ||||| OPINIÃO: JOSÉ MACHADO

    Não surpreende a demissãodo comandante dos bombei-ros de Vila das Aves.

    Surpreende sim, o núme-ro de gente com canudo quepor cá vive ou trabalha. Eu, jáao compilar os nomes de pro-fessores nascidos nesta terrapara os publicar no livro OENSINO EM VILA DAS AVES,editado pela Junta de Fregue-sia, me surpreendera pela suaquantidade, ainda assim, in-completa… Se a eles juntar-mos todas as outras espéciesde drs (ou Drs?), então fica-se pasmado!

    O comandante demissio-nário, porém, tinha o desti-no marcado a partir do mo-mento em que ousou fazerfrente (momento sempre subli-me) ao poder instituído (Di-reção). Foi ousadia a mais, poisa corda esticada parte semprepelo lado mais fraco…

    Na nossa tão querida demo-cracia, a corda parte semprepelo lado mais fraco. Assim oquer o poder, assim o aceita-mos nós. Há imensas associa-ções e grupos pelo nosso paísabaixo. Qualquer delas/delesfunciona à nossa maneira, sal-vo raras exceções. A AHBBVAnão foge à regra: os sóciosexistem para votar... apenas.E mesmo assim, sabe Deus…

    Saiu, na minha opinião, ocomandante, pela porta pe-

    Crónica de umademissão anunciada

    quena e de cabeça baixa quan-do o poderia ter feito pelaporta grande e de cabeça er-guida se, na hora em que pu-blicamente e bem acompa-nhado denunciou a situaçãoinsustentável que se passavana sua instituição, aí sim, sedemitisse!

    Num tempo difícil (?) comoaquele que vivemos, o temponão está para ousadias. É umtempo de cada um olhar pelasua vidinha. Ter uma atitude,é perigoso e traz sempre cha-tices se a mesma confronta opoder... E chatices é o que opessoal menos deseja. É pre-ferível deixar andar… Quemnão é visto, não é lembrado,lá diz o povo na sua imensasabedoria... E os sócios/povotêm mais em que pensar e comque se preocupar.

    O comandante dos bom-beiros bem podia ter-se lem-brado disto antes de tomar aatitude de confrontar a Dire-ção. O que aconteceu depois,nada, é bem a demonstraçãodo que se passa a nível danossa terra apesar do eleva-do nível intelectual médio dosseus habitantes. Conclui-se,assim, mais uma vez, que terum canudo não produz, ne-cessariamente, a capacidadede ter atitude…

    Resta a ideia de que na-quele corpo de bombeirosainda ficou lá gente, emborase deva sentir traída. ||||||

    Câmara transfere 180 mil eurospara que freguesias cuidemdas vias e das salas de aulas

    A Câmara de Santo Tirso assinou nofinal de outubro protocolos com as 24juntas de freguesia do concelho comvista à conservação e manutenção dediversos equipamentos. Os protocoloscorrespondem a obras de conservaçãoe limpeza de vias municipais e vicinaise à conservação e manutenção dassalas de aula.

    O primeiro protocolo, que se desti-na às obras de conservação e limpezade vias vicinais, da responsabilidadedas Juntas de Freguesia, representa uminvestimento camarário global de 37mile 664 euros. O segundo, refere-se àtransferência de verbas, no valor de 32mil e 150 euros, para obras de conser-vação e manutenção das salas de auladas escolas do concelho.

    Por último, refere ainda a autarquia,há ainda um outro protocolo com asJuntas de Freguesia pelo qual é dele-gada a execução da manutenção dasestradas e caminhos municipais. Osmontantes referentes a estas despesasatingiram, no ano em curso, e até aomomento, 110 mil euros.

    Na cerimónia de assinatura destesprotocolos, Castro Fernandes manifes-tou a vontade de manter “este tipo detransferências para as freguesias”, ape-sar do momento de crise. Ainda assim,foi alertando os presidentes de junta para“as dificuldades que vão aparecer noâmbito da Reforma da Administração

    A Padaria e Pastelaria Olívia, si-tuada junto ao mercado de Viladas Aves, foi assaltada na madru-gada de dia 3 para 4 de novem-bro. O assalto terá ocorrido porvolta das 3h30, deslocando-seos autores do furto numa carri-nha preta. Os mesmos partirama porta de vidro com um parale-lo e furtaram a caixa registadorae a máquina de tabaco.

    Na mesma zona, e depois dorecente assalto à OurivesariaMachado e de mais uma tenta-tiva de furto à OurivesariaFernandes, foi agora a vez destapastelaria situada numa das zo-nas mais problemática da fregue-sia. A atual responsável da pas-telaria – que só sopra as velasdo primeiro aniversário de ativi-dade a 8 de dezembro – diz-seapreensiva mas garante que nãoirá baixar os braços: “não é porcausa do assalto que eu vou dei-xar de tirar cafés e servir as pes-soas”, referiu ao Entre Margens.Da caixa registadora os larápiosnão terão levado mais de 40euros, pois era este o valor quea mesma tinha; prejuízo ao qualacresce os gastos com a coloca-ção de nova porta. Fica, por isso,o susto, os prejuízos e as incer-tezas numa freguesia que a cadasemana que passa vai somandomais criminalidade. |||||

    CÂMARA MUNICIPAL ASSINOU PROTOCOLOS COM AS JUNTAS DE FREGUESIA

    Local”, incentivando-os a “manterem-se atentos na discussão sobre a extin-ção, fusão ou agregação de freguesi-as”. É que para o presidente da Câma-ra Municipal esta “reforma” parece es-tar a ser feita “nas costas dos autarcase contra os interesses das populações”,não se salvaguardado “as raízes histó-ricas seculares de muitas freguesias”.

    Castro Fernandes deu ainda contaque “caso vinguem as regras da novareforma da administração local”, nomunicípio só duas freguesias - Vila dasAves e Vilarinho – “escapam à obriga-toriedade de se fundirem com outrasfreguesias”, enquanto, que, “as restan-tes 22 são obrigadas a fazê-lo”. De res-to, acrescentou, “por exemplo, o Valedo Leça [zona que vai de Monte Cór-dova e Água Longa] arrisca-se a ficarrepresentado por uma ou duas fregue-sias em vez das atuais oito”. Situaçãoque segundo o autarca “não respeitaas especificidades próprias de cada fre-guesia, tanto mais que das oito fregue-sias existentes no Vale do Leça duassão consideradas predominantementeurbanas, cinco medianamente urbanase somente uma rural”. E, rematou, di-zendo que “se o que está subjacente aesta reforma é uma poupança na des-pesa pública”, em abono da verdadeimportará esclarecer que “as juntas, nasua globalidade, representam apenas0,13% das despesas do Estado”. |||||

    Pastelaria deVila das Avesfoi assaltada

  • ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 17 DE NOVEMBRO DE 2011 PAGINA 12

    De parabénsCompletou mais uma primavera a senhora AdéliaCosta (Machada).Uma amiga do coração deseja-te, nesta data tão es-pecial, muitos parabéns e muitos anos de vida cheiosde saúde e de felicidade.Pelos amigos do coração,Movemos o Mundo, se for necessário.Como o Mundo não cabe na tua mão,Pelo menos fica a saber que é o teu aniversário.

    14-11-2011

    Beijinhos e parabéns!

    Estão abertas as candidaturas paraa nova direção do Grupo Etno-gráfico de Vila das Aves, cuja as-sociação vai a eleições no dia 05de dezembro. A data limite deentrega de listas é 25 deste mêsde novembro. |||||

    Eleições no GrupoEtnográficode Vila das Aves

    “SOLUÇÃO, DISSOLUÇÃO, RESOLUÇÃO”, A EXPOSIÇÃO QUEALIA A PINTURA À TECELAGEM ESTÁ DESDE DIA 11 NOCENTRO CULTURAL DE VILA DAS AVES.

    As cores são vivas, o trabalho minu-cioso, o resultado surpreendente. Estaé a primeira vez que Teresa Palma ex-põe em Santo Tirso, e a artista plásti-ca confidencia que “tem um signifi-cado especial expor numa zona mar-cadamente têxtil”.

    As telas têm vários tamanhos epodem demorar até uma semana aestarem concluídas. Ainda assim, aartista diz que o trabalho a faz perder“a noção do tempo” e lhe dá liberda-de porque pode “estar a trabalhar comas mãos e a cabeça possa estar a pen-sar noutras coisas”.

    A primeira fase do trabalho, a so-lução, consiste na criação de duaspinturas distintas. A dissolução é asegunda fase e baseia-se no corte de

    Pintura aliada àtecelagem exposta noCentro Cultural deVila das Aves

    ambas as pinturas. Depois, procede-se à resolução e as pinturas são en-trelaçadas de modo a criar um traba-lho totalmente diferente. As obras deTeresa Palma cruzam várias linguagense mostram uma forma diferente decomunicar, mas a pintura e a tecela-gem não são os únicos trabalhos daartista. “Tenho alguns que também têmum cruzamento de outras linguagens.Imprimo fotografias em papel deaguarela e sobre essas fotografias im-pressas pinto novos elementos e aíhá um cruzamento”, contou.

    Teresa Palma é natural de Lisboae já expos dentro e fora do país. “So-lução, Dissolução, Resolução” perma-nece no Centro Cultural até 6 dejaneiro de 2012. |||||| ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    A VI Exposição Internacional de Pre-sépios de Santo Tirso é inauguradadia 25 de novembro e terá cerca de400 presépios de vários coleciona-dores e artesãos europeus, nos pa-ços do concelho, até 2 de janeiro.

    Ao todo serão cerca de 800 ospresépios em exposição em SantoTirso, que estarão também patentesnas sedes dos bombeiros, no ClubeThyrsense e na Junta de Freguesia.A iniciativa é da Câmara Municipalde Santo Tirso e da Confraria doCaco e irá transformar a cidade naCapital Nacional do Presépio.

    Castro Fernandes assegurou queo evento permite um “intercâmbio deculturas e artes artesanais de todo omundo”. Já Delfim Manuel, da Con-fraria do Caco agradeceu o apoio daCâmara, reconheceu que a organi-zação de eventos deste tipo não sãofáceis mas admitiu que “o esforço valea pena e a experiência se mostraenriquecedora”.

    VI FEIRA DE PRESÉPIOSDe 25 a 27 de novembro realiza-setambém a VI Feira Nacional ondeestarão presentes 24 artesãos quetrabalharão ao vivo nos seus exem-plares de presépios. A feira funcio-nará no dia 25, das 15 às 23 horas;no dia 26, das 11 às 23 horas e, nodia 27, das 10 às 20 horas.

    VI ENCONTRO INTERNACIONALDE CONFRARIASO fim de semana de 26 e 27 de no-vembro vai também receber o VI En-contro Internacional de Confrarias quetrará a Santo Tirso centenas de con-frades e confreiras de todo o mun-do. A concentração está marcada paraas 10h30 de sábado, dia 26 no Au-ditório Engº Eurico de Melo. No do-mingo, dia 27, os confrades participa-rão numa missa que será celebradaàs 11 horas na Capela do Hospital deSanto Tirso e será seguida pela ceri-mónia de entronização de novos. |||||

    Santo Tirso denovo a CapitalNacional do Presépio

    O Grupo de Teatro Amador deSanto Tirso “Os Quatro Ventos”e a Miguel Carvalho - Produçõesapresentaram no último domin-go o exercício musical “A voz fa-lada e cantada” resultante da for-mação realizada no âmbito da cri-ação da peça de teatro para be-bés “Um dia colorido...”; espetá-culo que terá a sua estreia no iní-cio de 2012. A iniciativa teve co-mo formadores Paulo Freitas eIrma Amado.

    Entretanto, a Miguel Carvalho- Produções inicia a temporadade natal a partir do próximo dia26 de novembro, com várias es-treias, apresentações de espetá-culos (que passam pelo teatro,novo circo, entre outros), com oobjetivo de levar o Pai Natal a al-gumas cidades do país.

    Para dezembro, de destacar,desde já a apresentação no au-ditório Eng. Eurico de Melo doespetáculo multidisciplinar “Guilas”(a ante-estreia vai acontecer nodia 26 deste mês, no Porto). EmSanto Tirso “Guilas” terá apresen-tação no dia 2 às 15 horas (sópara escolas) e às 21h30 (públi-co em geral). ||||||

    Temporada denatal para breve

    A exposição de TeresaPalma encontra-se

    patente no Centro Cultu-ral de Vila das Aves até6 de janeiro e pode ser

    visitada no seu horáriode funcionamento

  • ATUALIDADEPAGINA 13 ENTRE MARGENS | 17 DE NOVEMBRO DE 2011

    ||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHOFOTOS: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    “Como imagina Vila das Aves daquia dez anos?”, “Que obra gostaria derealizar?”, “Porque é que temos quepercorrer 10 km para andar de ba-loiço?”, “Acha que Vila das Aves temcondições para ser concelho?”. Du-rante a tarde de dia 3 de novembro,os alunos do quarto ano da Escolade Quintão nº2 fizeram estas e ou-tras perguntas ao Presidente da Jun-ta de Freguesia de Vila das Aves,Carlos Valente, e mostraram sabermais de politica do que muitos miú-dos de 10 anos.

    Carlos Valente falou da história daVila, que completa 57 anos no pró-ximo ano, partilhou experiências, ex-

    lente, deixaram a política e a socie-dade de lado e voltaram à matemáti-ca, à Língua Portuguesa e às aulasdo quarto ano. ||||||

    ressados. Por mais de uma hora, osalunos da Escola de Quintão nº 2ficaram a saber que Vila das Aves,juntamente com Lordelo e Riba d’Avejá quiseram, juntas, criar o concelhode Terras do Ave, falaram dos anti-gos do presidentes de Junta. Masafinal porque é que as crianças têmque percorrer 10 km para andar debaloiço? “Já tivemos um projeto paracolocar um parque junto das espla-nadas nas Fontainhas mas a Câmarainviabilizou-o devido à estrada.”, con-tou o presidente, mostrando o dese-jo de criar um parque na Quinta dosPinheiros “quando houver meios fi-nanceiros”.

    O Nelson, a Carolina, a Daniela,a Inês, a Eva e todos os meninos agra-deceram a presença de Carlos Va-

    plicou o trabalho desenvolvido pelaJunta de Freguesia e, pacientemente,respondeu a todas as perguntas co-locadas pelo Nelson, pela Carolina,pela Daniela, pela Inês, pela Eva epor todos os meninos. “Os poderesde um presidente de Junta são sufici-entes para fazer o que quer na vila?”“Não”, respondeu o presidente, “Eugostava que as juntas conseguissemresolver todos os problemas, mas de-pendem das câmaras”. “E quem gos-taria que lhe sucedesse?” “Não sei.Tenho alguém em mente mas não pos-so revelar porque estaria a ser indeli-cado e não sei se ela vai aceitar”.

    Umas atrás de outras e muito or-deiramente, as perguntas iam surgin-do escritas em papéis, improvisadas edignas de autênticos cidadãos inte-

    Presidente da Junta foi à escolaCARLOS VALENTE ESTEVE NA ESCOLA DE QUINTÃO 2 E FALOU DA SUA ATIVIDADE AOS ALUNOS DO 4º ANO

    Promover a noção de poupança,alertar os alunos enquanto con-sumidores para a necessidade dedisciplinar os seus gastos e incen-tivar o aforro. Estes foram os obje-tivos da ação de sensibilizaçãoacerca da importância da poupan-ça levada a cabo pelo colégio “ATorre dos Pequeninos” em parce-ria com o “Barclays Bank”.

    Os alunos, dos 4 aos 10 anos,entraram em contacto com dinhei-ro real, ficaram a conhecer o seuvalor, perceberam os diferentesdestinos que lhes podemos atri-buir e entenderam a importânciado sentido de poupança. “Tentá-mos através dos nossos conhe-cimentos, da nossa atividade pro-fissional ajudar ao processo decrescimento e aprendizagem dascrianças e sensibilizá-las para agestão do dinheiro e da poupan-ça”, afirmou Ricardo Silva, diretorda agência bancária.

    A iniciativa, que se enquadrano Projeto Anual “SER + PENSAR#”, assinalou o Dia Mundial daPoupança, mostrou aos mais pe-quenos a importância de fazerbom uso do dinheiro e serviu parafazê-los entender que nem sem-pre é possível ter tudo. |||||

    Torre dospequeninosassinala dia dapoupançaINICIATIVA ENVOLVEU ALU-NOS DOS 4 AOS 10 ANOS

  • ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 17 DE NOVEMBRO DE 2011 PAGINA 14

    ||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAAFOTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS DIASDIASDIASDIASDIAS

    Quem é esta personagem com onome Kubik? É o autor do cubo má-gico. Errado! Esse era Rubik e nãoKubik. Este é o pseudónimo esco-lhido por Victor Afonso, um músicoextremamente ecléctico da Guarda.Esteve presente no bar Carpe Diem,em Santo Tirso, no passado dia 28de outubro para apresentar essen-cialmente o seu último trabalho,“Psicotic Jazz Hall”.

    O concerto começou de uma for-ma estranha e fortemente intensa, nãofosse o contexto assim apropriado.Para o Festival Escrita na Paisagem de2011, Kubik apresentou uma seleçãode posters e música e foi, precisamen-te, esse trabalho que deu início ao es-

    CONCERTO DE KUBIK , CARPE DIEM, SANTO TIRSO

    Sons (quase) psicóticosvindos da Guarda

    11 de novembro, quase um mês apóso concerto de Tiguana Bibles, o II Ciclode Música Moderna Portuguesa pros-seguiu com Estilhaços, um projeto de‘spoken word’. Neste tipo de perfor-mance artística, os poemas são fala-dos ao invés de cantados. Este pres-suposto justifica o facto de AdolfoLuxúria Canibal ter atuado sempresentado, auxiliado pelo livro e porum candeeiro. Posicionado no cen-tro do palco, o vocalista dos MãoMorta esteve acompanhado porAntónio Rafael (teclas e programa-ção), Henrique Fernandes (contrabai-

    CONCERTOS DE ESTILHAÇOS, NO CENTRO CULTURAL, VILA DAS AVES

    A poesia, o livro e o candeeiro

    “Vamos em frente, ó capitão! Esta palavrade ordem marcou a atuação. Estimulantee ritmado e com um Adolfo indignado.”

    Estas palavras de um espetador,Nuno Gomes, captadas no final doconcerto de 29 de outubro, contêmalguns tópicos interessantes do quese passou na Casa das Artes de VilaNova de Famalicão. Logo numa pri-meira análise há a referência a “TiagoCapitão”, a música selecionada pelosMão Morta para abrir o espetáculoe, curiosamente, a última do “Pesade-lo em Peluche”, o último trabalho dabanda, de 2010. Ora, é precisamen-te este álbum que justifica o cartaz ea tour “Pelux in Motion”. Um “Adolfoindignado” resume com grande efi-ciência o cariz interventivo do vocalis-ta da banda de Braga. De facto,Adolfo Luxúria Canibal aproveitou ointervalo entre as músicas para mos-trar toda a sua indignação perante ocenário político atual, com dedicató-ria especial “aos governantes” com“Destilo Ódio”.

    Foram realmente escolhidos mui-tos êxitos de um grupo que já contacom bastantes anos de estrada e ondeo álbum de estreia, de 1988, já pa-rece algo longínquo. A sala famali-cense, que este ano comemora 10anos de existência, estava praticamen-te cheia e apesar de serem lugaressentados (claramente inadequado aosom e estilo), o público interagiu comgrande entusiasmo. A história por trásde “Fazer de Morto”, explicada comelevado detalhe coincidiu com todoo fascínio de Adolfo por uma temáticamórbida, onde o sangue numa gale-ria de arte alemã foi a sua grandeinspiração. Seguiu-se “Novelos da Pai-

    CONCERTO DOS MÃO MORTANA CASA DAS ARTES, V. N. FAMALICÃO

    Vozes da indignação

    xão”, com o traço de uma interessan-te observação: “a realidade é, por ve-zes, confundida com a imagem darealidade”. Mais uma vez houve es-paço para atirar algumas setas para apolítica e para os políticos – “estão air aos nossos bolsos” e o alerta doseixos do mal, Berlim e Paris. “E Se De-pois” foi uma das mais aclamadas.“1º de Novembro”, presente na cole-tânea “À Sombra de Deus”, fechou aatuação, com uma interpretação vo-cal absolutamente arrepiante na par-te final. Enquanto não regressavampara o encore, o público, completa-mente rendido, foi cantando toda aladainha de “1º de Novembro”. “Te-tas da Alienação” (outro ódio de esti-mação: o capitalismo) e “Vamos Fugir”forçaram ainda um segundo encore,“Anarquista Duval”.

    Se dúvidas houvesse quanto à for-ça dos Mão Morta enquanto bandaagitadora, elas ficaram desfeitas. Con-tinuam com a energia suficiente enuma constante inovação. O registo,algo difícil de classificar, faz com queum dos maiores trunfos no mundoda música seja uma evidência, ouseja, a originalidade. Quem estevepresente em Famalicão foi testemu-nha de “um alinhamento especial, umcenário novo e um espetáculo irrepe-tível: peluches fofinhos sedentos deação redentora”. |||||| MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDAMIRANDAMIRANDAMIRANDAMIRANDA

    xo) e Jorge Coelho (guitarra elétrica).O espetáculo começou com a nar-

    ração ricamente descritiva das ruasde Lisboa, onde todas as persona-gens foram sujeitas a um elevado de-talhe, essencialmente a nível de ves-tuário. No início, apenas piano e voz,o que se tornou claramente poucoquando existia um contrabaixo e umaguitarra em palco, óptimos para fazera pontuação e para ajudar o ouvintea visualizar os elétricos das ruas dacapital. Quando os dois instrumentosentraram em cena, a poesia ganhoumais vida, ficou mais preenchida e os

    Estilhaços ganharam com isso.A nível de textos existiu uma cla-

    ra divisão em dois patamares: poesiade Mário Cesariny ou não. “Voz nu-ma Pedra”, “Outra Coisa” e “Welcometo Ensinore” foram alguns poemasescolhidos de Cesariny, consideradoo principal representante do surrealis-mo português. A parte final de“Welcome to Ensinore” é elucidativa– “Entre nós e as palavras, os empare-dados e entre nós e as palavras, o

    nosso dever falar”. Estas e outras pa-lavras ficaram gravadas na memória,tal como todo o fulgor do contrabaixode Henrique Fernandes que transpor-tou o ouvinte para outra dimensão,outra “ambiência” (as fachadas góti-cas de Camden, Londres).

    “White Light / White Heat” (nomeretirado de uma música dos VelvetUnderground) e “De Estrelas NadaSei” fecharam a noite e deixaram, muitoprovavelmente, grande curiosidade nopúblico em conhecer o CD lançadoem 2006 e também o próximo traba-lho que irá sair ainda este ano, comogarantiu Adolfo Luxúria Canibal.

    No dia 25 de Novembro, o Cen-tro Cultural de Vila das Aves irá aco-lher Noiserv que, por sua vez, encer-rará o II Ciclo de Música ModernaPortuguesa. |||||| MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

    O espetáculo começou coma narração ricamentedescritiva das ruas deLisboa, onde todas aspersonagens foram sujei-tas a um elevado detalhe

    Espetáculos

    Adolfo Luxúria Canibalaproveitou o intervaloentre as músicas para

    mostrar toda a sua indig-nação perante o cenário

    político atual

    petáculo no espaço tirsense. Ora, oprimeiro género apresentado – tam-bém visualmente através de projeções– foi “guerra” e assim está justificadaa atrás referida intensidade. Seguiram-se outros seis géneros cinematográ-ficos: comédia, terror, cinema negro,western, ficção científica e cinema mu-do. Como extra, o famoso designergráfico - Saul Bass, criador de algunsdos mais emblemáticos posters e trai-lers para realizadores como Hitchcock,Kubrick ou Preminger. Às imagensprojetadas, muitas delas “verdadei-ras obras-primas, desenhados à mão,mais abstratas ou surrealistas, figura-tivas ou fantasistas”, foram associa-das faixas sonoras com uma extre-ma energia. Umas mais conseguidasque outras permitiram ao públicoviajar no tempo e entrar num espa-

    ço carregado de experimentalismoe intimidade entre música e cinema.

    Tal como Frank Zappa, pioneirona fusão do jazz e música clássicacom o rock, Kubik mistura uma panó-plia de estilos musicais, pegando emdiferentes matérias-primas e trans-formando-as em composições mui-to trabalhadas e, por isso mesmo,com um forte cunho pessoal. É estaa marca visível tanto nos dois pri-meiros álbuns, “Oblique Musique”e “Metamorphosis”, como no últi-mo, deste ano. “I Think I Am…”, anona faixa de “Psicotic Jazz Hall”,transforma-se num excelente símbo-lo da quebra com o convencionalda obra kubikiana. Tocada ao vivo,ganha uma alma própria.

    Após alguns problemas técnicos,facilmente ultrapassados, dandomais primazia à guitarra elétrica, omúsico egitaniense fechou a atuaçãocom três vídeo-clips da sua autoria.Repletos de velocidade vertiginosaacompanhada de ritmos praticamen-te esquizofrénicos, deixou o públi-co satisfeito e com vontade de es-gotar o pequeno stock de CD queforam disponibilizados no final. |||||

  • ATUALIDADEPAGINA 15 ENTRE MARGENS | 17 DE NOVEMBRO DE 2011

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    |||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

    Com base no tema do novo anopastoral, os conselheiros do Con-selho Pastoral Paroquial de Vila dasAves ouviu, na noite do passadosábado, o diácono Rafael Poçasexortar para a necessidade de ha-ver “produção de frutos”, com basena ideia de que a Igreja deve ali-mentar-se da Palavra.

    Depois de um triénio dedicadoà Palavra de Deus, o novo ano pas-toral pretende fazer um balanço pro-curando, “através de uma nova escu-ta, conduzir à alegria e à comunhãocomo caminho para renovar a di-mensão profética da comunidadeeclesial, apontou Rafael Poças, diáco-no natural de Forjães, justamente aterra natal do pároco de Vila dasAves, o padre Fernando Abreu.

    A partir da Palavra somos convi-dados a dar resposta a três pergun-tas: Quem somos (identificar a nos-sa identidade como Igreja); comovivemos (a nossa vivência cristã); equal a nossa missão? Só respon-dendo a estas questões “podemosproduzir frutos”, enfatizou.

    Em termos práticos, o Arcebispode Braga, D. Jorge Ortiga, quer cons-tituir, onde não existe, e revitalizaros Conselhos Pastorais Paroquiaise fazer uma avaliação do triénio de-dicado à Palavra de Deus.

    Na questão de “quem somos”,Rafael Poças lembrou que muitos denós têm amigos no Facebook ou noMessenger mas, por vezes, “não nosconhecemos a nós próprios”, sen-do imperioso para isso “parar, refle-tir e estar a sós com Deus”. Em rela-ção a “como vivemos”, o diáconoevidenciou que “só quem escuta é

    Secundária D. Dinis organizaFeira do Ambiente

    ‘Juntos é + fácil’leva Agrupamentode escolas doAve à Turquia

    O Entre Margens, porque convida-do, teve o grato prazer de estar presen-te no Magusto que a Associação doInfantário de Vila das Aves realizounas suas instalações no passado dia11 de novembro, justamente o dia quea tradição e o calendário atribuemao santo que, depois de ter sido sol-dado romano se converteu ao cato-licismo e acabou por ser bispo deRoma na antiga Gália, S. Martinho.

    Pode este jornal testemunhar aafluência alegre e massiva de quasetodas as famílias das crianças que fre-quentam este infantário e a direçãomanifestou também a sua alegria porver mais uma vez o êxito das suasrealizações festivas, a alegria das cri-anças por prolongarem o dia com os

    Convívio de S. Martinho noInfantário de Vila das Aves

    seus à volta da mesa onde nada fal-tou: sardinha assada, os bolinhos, ofrango do churrasco e as mais diver-sas sobremesas e naturalmente a cas-tanha assada e o vinho para os adul-tos e os sumos e a coca cola para ascrianças.

    Os comes e bebes foram da intei-ra responsabilidade dos pais mas adireção da AIVA contribuiu com ocaldo verde que no final foi servido.A foto publicada testemunha o en-tusiasmo e a alegria vividas. E se acastanha este ano saiu prejudicadapela chuva que se fez sentir nesteprincípio do outono, o santo lá fezromper as nuvens para o sol dar pelatarde um arzinho da sua graça. |||||TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

    Artesanato, plantas, bijuteria e casta-nhas. Nada faltou na Feira do MeioAmbiente que a turma C do 11º anoda Escola Secundária D. Dinis levou acabo no passado dia 11 de novem-bro, com o apoio da diretora de turma,Dora Freitas e das professoras Carla

    Cruz e Teresa Monteiro. A turma temjá planeado outras iniciativas que vi-sam a angariação de fundos para quetodos os alunos , independentementeda capacidade economia, possam par-ticipar na visita a Londres agendadapara a interrupção do Carnaval. |||||

    Beatriz Saldanha, Diana Ferreira,João Santos e Manuel Sousa sãoos quatro alunos do Agrupamen-to de Escolas do Ave que, junta-mente com dois professores, es-tão, desde 12 de Novembro, naTurquia a desenvolver atividadesno âmbito do projeto Comenius.“Juntos é + fácil” é o nome do pro-jeto que os alunos do agrupamen-to apresentaram à Agência Naci-onal Programa de Aprendizagemao Longo da Vida e que vão desen-volver nos próximos dois anos.

    O projeto diz respeito à soli-dariedade e à entreajuda entre osjovens, adultos e professores. Osparticipantes aproveitaram os pri-meiros dias para se conhecerem,e para apresentarem a respectivagastronomia, musica e cultura. Asatividades são recheadas de ani-mação e alegria e têm sempre pre-sentes aspectos de interculturali-dade, respeito e solidariedade.

    Para além de Portugal, tambéma Turquia, a Grécia e Polónia inte-gram o projecto cujas candidatu-ras são financiadas pelo Programade Aprendizagem ao Longo daVida da Comissão Europeia. |||||

    Paróquia das Avesouve: ‘Igreja deveproduzir os seus frutos’DIÁCONO RAFAEL POÇA