espectroscopia na região do ultravioleta

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  • 8/17/2019 Espectroscopia Na Região Do Ultravioleta

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      ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO ULTRAVIOLETA/VISÍVEL

    RESUMO

     A espectroscopia de radiação na região do ultravioleta e visível é muito utilizada nos meioslaboratoriais no que diz respeito às técnicas de análises (qualitativas ou quantitativas), por sua

    confiabilidade e precisão !ogo seu estudo se mostra e"tremamente necessário nas mais

    diversas áreas acad#micas $ presente trabal%o tem como ob&etivo apresentar a

    espectroscopia de radiação na região do ultravioleta e visível, assim como seus aspectos

    te'ricos e a sua aplicabilidade na vida real

    •  INTRODUÇÃO

    1.1. A ESPECTROMETRIA

     A espectrometria é um con&unto de recursos que nos permite identificar a estrutura das

    partículas que constituem as substncias Atualmente e"istem tecnologias tão avançadas que

    se torna possível descrever com precisão a estrutura e"ata de uma molécula $s equipamentos

    modernos permitem detectar os tipos de elementos presentes no composto, a quantidade de

    cada um deles, a posição tridimensional de cada átomo e muito mais sses aparel%os

    funcionam basicamente a partir de fei"es de onda eletromagnética incidentes sobre uma

    amostra do composto, que então, absorve energia em determinados comprimentos de onda (l)

    $s valores da energia e dos comprimentos de onda absorvidos são detectados no aparel%o e

    transformados em um gráfico no computador * então pela análise desse gráfico que sedetermina a estrutura da molécula

    1.2. O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

    $ espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação eletromagnética que vai da

    região das ondas de rádio até os raios gama Atualmente são con%ecidas radiaç+es com

    comprimento de onda que variam desde -./ m até cerca de - m

     As radiaç+es com comprimento de onda superior a -,01 m são ditas infravermel%as 2or outrolado, àquelas cu&o comprimento de onda é inferior a -,3/m c%amam.se ultravioletas !ogo, o

    espectro eletromagnético é subdividido em tr#s fai"as4 ultravioleta, visível e infravermel%a

    5ependendo das suas freq6#ncias, as radiaç+es do espectro são portadoras de quantidades

    de energia diferentes 7uanto mais curto o comprimento de onda, mais alta é a energia de um

    f'ton

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    Figura E!"#$%r& #'#%r&(ag)*%i$&

    1.+. A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

     A radiação eletromagnética de comprimento de onda mais curto que a luz visível e mais longo

    que os raios 8 é camada de luz ou radiação ultravioleta (9:) sta luz, invisível para o ol%o

    %umano, é con%ecida também como luz negra A região 9: do espectro foi descoberta em

    ;- por -- nm) e no vácuo (>--.1 nm) stes ?ltimos comprimentos de ondas são

    particularmente pre&udiciais para a vida, por serem fortemente absorvidos pela atmosfera e pela

    camada de oz@nio da erra

     A luz 9: é produzida em alguns processos que geram transição da luz visível em átomos, no

    qual, um elétron de um estado energético de alta energia retorna para um estado energético de

    menor energia

     A absorção molecular na região do 9: e do visível depende da estrutura eletr@nica damolécula A absorção de energia é quantizada e conduz à passagem dos elétrons de orbitais

    do estado fundamental para orbitais de maior energia em um estado e"citado 2ara muitas das

    estruturas eletr@nicas esta absorção ocorre em uma porção pouco acessível do ultravioleta Ba

    prática, a espectrometria no 9: é limitada, na maior parte, aos sistemas con&ugados

     A seletividade da absorção no 9: é uma vantagem, entretanto, uma vez que se pode

    recon%ecer grupos característicos em moléculas de comple"idade bastante variável

    Como uma grande porção de uma molécula relativamente comple"a pode ser transparente no9:, pode.se obter espectro semel%ante ao de moléculas muito mais simples Assim, por

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    e"emplo, o espectro do %orm@nio masculino testosterona assemel%a.se bastante ao do '"ido

    de mesitila A absorção é produzida pela estrutura de enoma con&ugada, que e"iste em ambos

    os compostos

    $s efeitos biol'gicos da luz 9: inclui bronzeados e queimaduras pelo sol "posição e"cessivatem sido ligada ao desenvolvimento de cncer na pele e catarata A região da luz ultravioleta

    afastada tem a capacidade de destruir certas classes de bactérias 2or este motivo, é usada

    para esterilizar alguns g#neros alimentícios e equipamentos médicos

    1.+. ASPECTOS TE,RICOS DA ESPECTROSCOPIA DE A-SORÇÃO ULTRAVIOLETA

    $ con%ecimento da absorção de luz pela matéria é a forma mais usual de determinar a

    concentração de compostos presentes em solução A maioria dos métodos utilizados em

    bioquímica clínica envolve a determinação espectrofotométrica de compostos corados

    (crom'foro) obtidos pela reação entre o composto a ser analisado e o reagente (reagente

    cromog#nico), originando um produto colorido $s métodos que se baseiam nesse princípio

    são denominados métodos colorimétricos, os quais geralmente são específicos e muito

    sensíveis A grande vantagem em utilizar compostos coloridos deve.se ao fato de eles

    absorverem luz visível (região visível do espectro eletromagnético)

     A espectrofotometria D medida de absorção ou transmissão de luz D é uma das mais valiosas

    técnicas analíticas amplamente utilizadas em laborat'rios de área básica, bem como em

    análises clínicas 2or meio da espectrofotometria, componentes descon%ecidos de uma

    solução podem ser identificados por seus espectros característicos ao ultravioleta, visível, ouinfravermel%o

    7uando um fei"e de luz monocromática atravessa uma solução com moléculas absorventes,

    parte da luz é absorvida pela solução e o restante é transmitido A absorção de luz depende

    basicamente da concentração das moléculas absorventes e da espessura da solução E

    camin%o 'ptico

    Figura A!&r0& # 'u

    $nde4

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    i- F Gei"e de luz incidenteH

    i F Gei"e de luz transmitidoH

    l F spessura da solução ou camin%o 'ptico

     A espectroscopia de absorção na região do ultravioleta.visível (9:I:JK) utiliza radiação

    eletromagnética cu&os comprimentos variam entre >-- a 0;- nm 7uando estimulada com esse

    tipo radiação, a molécula do composto pode sofrer transiç+es eletr@nicas por meio de absorção

    de energia

    Bos átomos e nas moléculas os elétrons giram ao redor de seus n?cleos em níveis definidos de

    energia, de acordo com a teoria quntica Kendo a energia dos elétrons mínima, os elétrons se

    encontram no menor estado energético, ou se&a, no c%amado estado fundamental Beste

    estado eles podem absorver energia radiante, passando então a um estado energético superior 

    ou e"citado ste fen@meno recebe o nome de e"citação eletr@nica e, para que se produza a

    radiação, deve pertencer à região 9: do espectro eletromagnético

     A frequ#ncia da radiação se relaciona com a energia através da equação4

     A quantidade de energia necessária para uma transição eletr@nica desde o estado

    fundamental, -, a um estado e"citado, , é dado pela equação4

     A absorção de energia 9:I:JK modifica a estrutura eletr@nica da molécula em conseq6#ncia de

    transiç+es eletr@nicas envolvendo geralmente elétrons π  e n (não ligantes) envolvidos emligaç+es Jsto requer que a molécula conten%a pelos menos um grupo funcional insaturado

    (CFC, CF$, por e"emplo) para fornecer os orbitais moleculares π  e n al centro de absorção é

    c%amado crom'foro, sendo responsável principalmente pelas transiç+es π  L π M e n L π M

    stas resultam da absorção de radiaç+es eletromagnéticas que se enquadram em uma região

    espectral e"perimentalmente conveniente, ao contrário das transiç+es n L σ M e σ  L σ M que

    requerem geralmente radiaç+es mais energéticas (l N >-- nm)

     A tabela a seguir mostra uma relação de alguns compostos e o comprimento de onda de

    má"ima absorção

    Cromóforos Sistema λ máximo

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    Aldeído -CHO 210

    280-300

    Amino -NH2   19

    !rometo -!r 208

    Car"onila #C#O 19

    2$0-28

    Car"oxila -COOH 200-210

    %iss&lfeto -S-S 19'

    2

    (ster -COO) 20

    (ter -O- 18

     Nitro -NO2   210

     Nitroso -NO 302

    *io+ar"onila #C#S- 20

    *ioeter -S- 19'

    21

    *iol -SH 19

    Ta#'a -a)a! # a!&r0& #'#%r3)i$a # $r&(45&r&!

     As bandas de absorção podem ser caracterizadas por dois parmetros fundamentais4 a

    posição e a intensidade A posição corresponde normalmente ao OlP da radiação

    eletromagnética responsável pela transição eletr@nica, enquanto a intensidade depende, entre

    outros fatores, da energia dos orbitais moleculares e probabilidade de transição

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    $s espectros de absorção 9:I:JK apresentam geralmente bandas largas que resultam da

    sobreposição dos sinais provenientes de transiç+es vibracionais e rotacionais aos sinais

    associados às transiç+es eletr@nicas

    $ espectro obtido é registrado como comprimento de onda versus transmitncia Como aabsorbncia (A) é proporcional a log 1/T , o uso de uma resist#ncia que varia de modo

    logarítmico com o comprimento de permite a obtenção de espectros lineares com relação à

    absorvncia

    Figura E!"#$%r& # #'#%r3)i$& # a!&r0& )& UV/VIS a a$#%&)a

    Figura E!"#$%r& # #'#%r3)i$& # a!&r0& )& UV/VIS & 26+i)i%r&5#)$ia%& # "&%7!!i&

    •  ORIGEM DOS ESPECTROS DE A-SORÇÃO MOLECULAR UV/VIS

    $ processo de absorção é essencialmente o mesmo para espécies orgnicas e inorgnicas,

    porém, e"istem algumas peculiaridades referentes a cada classe $s elétrons que contribuem

    para a absorção 9:I:JK das espécies moleculares orgnicas são4

    $s elétrons que participam das ligaç+es entre os átomos (elétrons π  e σ )H

    > $s elétrons não.ligantes n, ou se&a, os elétrons e"ternos dos átomos que nãoparticipam da formação das ligaç+es

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    2.1. A-SORÇÃO POR COMPOSTOS ORG8NICOS

    Bos compostos orgnicos, são possíveis quatro tipos de transiç+es eletr@nicas Kendo elas

    classificadas como4

    Tra)!i9#! σ  : σ ;4 ocorrem nos %idrocarbonetos que possuem apenas ligaç+es σ  e

    elétrons ligantes "4 2ropano (lmá" F 3Q nm)H

    > Tra)!i9#! n → σ * 4 ocorrem em compostos saturados contendo átomos com elétrons

    não.ligantes "4 cloreto de metila (lmá" F 03 nm)H

    3 Tra)!i9#! n → σ ;4 são observadas em compostos contendo orbitais π  e %eteroátomo

    com elétrons não.ligantesH

    1 Tra)!i9#! π → π * 4 compostos contendo grupo funcional insaturado

    stas duas ?ltimas são as transiç+es mais importantes para a espectroscopia 9:I:JK dos

    compostos orgnicos, pois o lmá" apresenta.se normalmente nessa região, sendo que as

    transiç+es π → π *  apresentam absortividades molares muito maiores em relação às

    transiç+es n → π * 

    2.2. A-SORÇÃO POR ESPÉCIES INORG8NICAS

    $s compostos inorgnicos dos elementos dos blocos s e p apresentam bandas de absorção na

    região 9: originadas das transiç+es n L RM

     A capacidade de absorção de muitos comple"os se deve a um processo de transfer#ncia de

    carga Bos comple"os de transfer#ncia de carga, um dos componentes deve ter atuar como

    doador de elétron e o outro como receptor A absorção relaciona.se com a transição de um

    elétron do doador para um orbital de maior energia do receptor Assim, o estado e"citado é

    produto de uma espécie de o"i.redução interna

    Bo comple"o SGe(KCB)/T3., por e"emplo, a absorção se relaciona com a transição de um elétron

    do íon tiocianato a um orbital do íon Ge(JJJ)

     A maioria dos comple"os que apresenta bandas de transfer#ncia de carga associadas a um íonmetálico que atua com aceptor de elétrons 9ma e"ceção é o comple"o de ferro(JJ) com o.

    fenantrolina, onde o ligante é o aceptor e íon metálico é o doador

    •  E 9m dispositivo para separar (OmonocromarP) as radiaç+es contínuasH

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    3 9m recipiente para a amostraH

    1 9m detector para converter a energia radiante em sinal elétricoH

    Q 9m mostrador ou registrador para apresentar o sinal elétrico

    =.1. FONTES DE RADIAÇÃO

     As fontes de radiação utilizadas na espectrofotometria de absorção 9:I:JK podem ser4

    L>("aa $&( 5i'a(#)%& # %u)g!%?)i&4 emite a maior parte da radiação no

    infravermel%o, todavia, ela é usada para a região entre 3>- e >1-- nm A temperatura do

    filamento varia entre >--- e 3---U 2ara a lmpada produzir radiação estável, é necessário um

    rigoroso controle da sua fonte de alimentação através de circuitos reguladores

    > L>("aa # Tu)g!%?)i&I&&4 é uma lmpada de tungst#nio comum, contendo , emvez de vácuo, o iodo sublimado ste tipo de fonte possui um vida ?til duas vezes maior do que

    a de uma lmpada comum devido a uma reação entre o tungst#nio e o iodo Com um inv'lucro

    de quartzo esta lmpada pode operar de >-- a 3---nm

    3 L>("aa # #!$arga # @ir&g?)i& &u #u%*ri& $&( a)#'a! # Buar%&4 são as

    mais utilizadas como fontes de radiação 9: 7uando se submete o gás %idrog#nio ou deutério

    a uma descarga elétrica, produz.se um espectro contínuo na região 9:, cobrindo a fai"a de

    ;-%m, limite de transmissão do quartzo, até 3;- nm

    =.2. DISPOSITIVOS PARA SEPARAR OU RESOLVER RADIAÇES

     As radiaç+es dentro do espectro contínuo podem ser separadas utilizando4

    Giltros 'ticosH

    > Vonocromadores

    =.2.1. FILTROS ,PTICOS

    Kão dispositivos que selecionam uma fai"a espectral relativamente estreita da radiaçãocontínua les podem ser4

    Fi'%r& # a!&r0&4 são filtros que isolam uma certa banda espectral absorvendo

    preferencialmente radiaç+es dos demais comprimentos de onda les possuem larguras

    efetivas de 3- a Q-%m e transmitncia má"imas que variam de Q a 3- WH

    > Fi'%r& # i)%#r5#r?)$ia4 baseiam.se na interfer#ncia construtiva e destrutiva que

    ocorre durante a passagem de um fei"e policromático pelo filtro les permitem isolar bandas

    com larguras efetivas de - a >- nm e transmitncias má"imas de 3Q a 0QW

    =.2.2. MONOCROMADORES

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    Kão dispositivos que servem para separar uma radiação policromática em lin%as ou bandas

    espectrais muito estreitas $ sistema monocromador consiste nos seguintes componentes

    básicos4

    9ma fenda de entrada, que recebe a radiação contínua da fonte e fornece uma

    estreita imagem 'ticaH

    > 9ma lente colimadora, que torna paralelos os raios propagados através da fenda de

    entradaH

    3 9m elemento de dispersão (prisma ou rede de difração), que desdobra a radiação

    contínuaH

    1 9ma lente de focagem, para focalizar a radiação desdobrada em uma fenda de saídaH

    Q 9ma fenda de saída, que isola a lin%a ou banda espectral de interesse

    =.=. RECIPIENTES PARA AMOSTRAS

    $s recipientes usados nas medidas espectrofotométricas são denominados de cubetas $s

    instrumentos mais simples (fot@metros ou colorímetros) utilizam cubetas cilíndricas, que são

    mais baratas $s espectrofot@metros utilizam normalmente cubetas retangulares com percurso

    'ptico de cm odavia, encontra.se, comercialmente, cubetas com espessuras de -,cm até

    - cm As cubetas são construídas de material transparente que dei"a passar livremente a

    radiação na região espectral interessada

     As cubetas devem ser alo&adas em direç+es perpendiculares à direção do fei"e, a fim de

    reduzir as perdas por refle"ão

    =.+. TRANSDUTORES DE RADIAÇÃO

    $s detectores de radiação 9:I:JKível são transdutores de entrada que convertem a energia

    radiante em sinal elétrico $s detectores devem apresentar as seguintes características

    básicas4

    =esponder à energia radiante dentro da fai"a espectralH

    > Ker sensível para bai"os níveis de pot#ncia radianteH

    3 er resposta muito rápidaH

    1 Apresentar uma relação linear entre a pot#ncia radiante incidente e o sinal elétrico

    produzido

    =.. INSTRUMENTOS FOTOELÉTRICOS

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    9ma classificação dos instrumentos fotoelétricos considera o tipo de dispositivo usado para

    selecionar a radiação eletromagnética para as medidas de transmitncia ou absorbncia

     Assim4

    7uando o dispositivo é um filtro 'tico denomina.se o instrumento de

    fot@metro, fotocolorímetro  ou por operarem apenas no visível, colorímetro

    > 7uando o dispositivo é um monocromador de prisma ou de rede de difração

    denomina.se de espectrofotômetro

    =..1. FOTMETRO OU FOTOCOLORÍMETRO

    Kão instrumentos simples, baratos e de fácil manutenção les são usados convenientemente

    sempre que não se requeiram fai"as espectrais muito estreitas Bão costumam operar fora da

    região visível e não alcançam o grau de precisão dos espectrofot@metros

    Figura F&%3(#%r& # $@a(a!

    =..2. ESPECTROFOTMETROS

     A principal limitação dos fot@metrosé a resolução do fei"e de radiação usada Jsto faz com que

    a lei de !ambert.Xeer não se&a seguida m geral, quanto mel%or a qualidade de um

    monocromador mais versátil o espectrofot@metro e mais caros são os instrumentos

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    Figura E!"#$%r&5&%3(#%r&

    $s espectrofot@metros são construídos segundo modelos de fei"e simples ou duplo paraoperar nas regi+es 9:I:JK $s aparel%os de fei"e simples são usados normalmente para fins

    de análise quantitativa $s de fei"e duplo são ?teis não s' para análise quantitativa, mas

    também permitem traçar os espectros de absorção e ser usado na análise qualitativa A figura

    abai"o mostra um esquema de um espectrofot@metro de fei"e simples

    Figura E!Bu#(a 4"%i$& # u( #!"#$%r&5&%3(#%r& # UV $&( 5#i# !i("'#!

     A seguir encontra.se um esquema de espectrofot@metro de duplo.fei"e4

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    Figura E!Bu#(a 4"%i$& # u( #!"#$%r&5&%3(#%r& # UV $&( u"'& 5#i#

    •  MANUSEIO DA AMOSTRA NO UV/VIS

    $ espectro no 9:I:JK de um composto é normalmente obtido em solução ou em fase vapor

    ncontram.se disponíveis no comércio células de quartzo para determinação de espectros em

    fase vapor stas células são providas com entrada e saída para gás e possuem camin%o

    'ptico variável desde -, mm até -- mm Algumas destas células permitem a circulação de

    um líquido que mantém constante a temperatura da célula

     As células utilizadas na determinação de espectros em solução possuem um camin%o 'ptico

    que varia de cm até - cm Kão de uso comum as células de quartzo de cm, quadradas

    stas células requerem cerca de 3 m! de solução 2odem.se utilizar tampas que reduzem o

    volume e camin%o 'ptico de cm 2odem.se utilizar microcélulas quando apenas uma

    quantidade pequena de soluço é disponível e, neste caso, aconsel%a.se o uso de condensadorde fei"e, de modo a minimizar a perda de energia

     Ao preparar.se uma solução, pesa.se cuidadosamente a amostra e transfere.se para um balão

    volumétricoH completa.se o volume com solvente adequado A partir desta solução pode.se

    retirar alíquotas e diluí.las sucessivamente, conforme procedimento recomendado pelo método

    * de má"ima importncia que as células este&am limpas Costuma.se en"aguá.las várias vezes

    e"aminá.las quanto à absorção entre determinaç+es sucessivas 2ode ser necessário limpar as

    células com detergente ou com ácido nítrico a quente para remoção de traços de amostras

    anteriores

    Vuitos solventes são utilizados na região do 9:I:JK $s mais comuns são o cicloe"ano, o

    etanol YQW e o ,1.dio"ano $ cicloe"ano deve ser isento de impurezas de aromáticos ou

    olefinas, o que é obtido por percolação através de silicagel ativada, devendo ser transparente

    até >- nm $s compostos aromáticos, em particular os polinucleares, são sol?veis nestes

    solventes

    $ etanol YQW é geralmente uma boa escol%a quando se necessita de um solvente mais polar

    $ solvente é geralmente usado na forma comercial, porém o etanol absoluto deve ser

    purificado, uma vez que contém traços do benzeno usado em sua preparação raços de

    benzeno podem ser removidos por cuidadosa destilação fracionada ou por cromatografia degás preparativa $ limite inferior de transpar#ncia para o etanol ocorre pr'"imo a >- nm

    $ ,1.dio"ano pode ser purificado por destilação com s'dio A contaminação com benzeno

    pode ser removida pela adição de metanol, seguindo.se destilação para remover o aze'tropo

    benzeno.metanol que se forma $ ,1.dio"ano é transparente a partir de >>- nm

    Vuitos solventes de pureza espectrosc'pica adequada para o ultravioleta encontram.se

    atualmente no mercado stes solventes são classificados como de Ograu espectrosc'picoP e

    encontram.se livres da absorção devido a interferentes

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    7uando se plane&a a utilização de um solvente deve.se levar em conta sua inércia em relação

    ao soluto * possível detectar ocorr#ncia de reaç+es fotoquímicas pela variação da

    absorbncia com o tempo, ap's e"posição ao fei"e de radiação 9: do instrumento

    •  APLICAÇES DA ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO UV/VIS

    Como dito anteriormente, a espectrofotometria 9:I:JK é um dos métodos analíticos mais

    usados nas determinaç+es analíticas em diversas áreas, sendo esta técnica e"tremamente

    valiosa para a identificação dos grupos funcionais na molécula Jsso se deve ao fato dessa

    técnica ser aplicada para determinaç+es de compostos tanto de caráter orgnico quanto de

    caráter inorgnico As aplicaç+es da espectroscopia de 9:I:JK podem ser tanto em análises

    qualitativas, quanto em análises quantitativas

    .1. APLICAÇES NA ANHLISE

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    importante para nossos estudos como cientistas Além disso ,algo ainda mais importante é

    saber não apenas onde e sim como o método é utilizado e o porqu# !ogo aqui serão descritos

    alguns trabal%os &á realizados para mostrar as aplicaç+es práticas do método de

    espectroscopia na região do 9:I:JK

    J.1. DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM MÉTODO ANALÍTICO PARA

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    * nitidamente visível que o método foi capaz de quantificar o fármaco mesmo na presença dose"cipientes Ainda pode.se verificar que por menor que fosse a diferença, ainda assim em

    >>nm ,onde é o pico de absorção má"ima do Captopril, os e"cipientes não iriam interferir na

    leitura do espectro

    odos os outros parmetros necessários para a validação também foram validados, com isso é

    possível concluir que o método proposto para a quantificação do fármaco é muito ?til, por sem

    simples ,rápido e barato

    J.2. AVALIAÇÃO DA UTILIAÇÃO DA ESPECTROSCOPIA UV NA DETERMINAÇÃO E

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    fármacos Besse estudo foram submetidos ao processo analítico os antibi'ticos $"itetraciclina,

    Kulfamerazina e Cloranfenicol

     A tabela abai"o mostra os medicamentos mais comuns de uso veterinário

    "iste para cada medicamento desses um limite de segurança $s antibi'ticos são

    administrados no animal para seu pr'prio bem e também para que não %a&a transmissão de

    doenças ao %omem 9ma utilização incorreta dessas substncias pode gerar resíduos

    potencialmente nocivos à sa?de do animal e do %omem que consome seus derivados

    :ários métodos são utilizados na quantificação de antibi'ticos no leite de vaca, como C\,

    [2!C, C!, !JKA, XJA, C\IV, !C etc A literatura diz que o método [2!C &á tem sido

    utilizado com sucesso para tal fim %á mais tempo

    $ método de espectroscopia de 9: se mostrou rápido e sensível nas análises 2orém os

    dados obtidos para o índice de recuperação e o coeficiente de variação mostram que o método

    não é muito ?til na determinação dos antibi'ticos sendo ainda mel%or a utilização do [2!C

    J.=. PERFIL DE FHRMACOS POR ESPECTROFOTOMETRIA NO ULTRAVIOLETA

    $s dois trabal%os anteriores foram escol%idos por terem uma relação muito ?til no

    entendimento deste Ambos tratam de determinação e quantificação de fármacos 2or isso são

    precedentes

    ste trabal%o realizado na 9niversidade stadual de Varingá é de e"cepcional importncia

    para a área da sa?de p?blica

    Jnto"icaç+es por medicamentos alcançam o primeiro lugar entre os agentes t'"icos envolvidos

    em atendimento médico em serviços de urg#ncia e emerg#ncia no Xrasil, sendo muitos dos

    casos relacionados às tentativas de suicídio ou envolvendo crianças idosos que se e"puseram

    a doses acima da terap#utica, resultando em concentraç+es t'"icas na corrente sang6ínea $

    diagn'stico pode ser realizado com o au"ílio de e"ames complementares e análises

    específicas para determinação do agente t'"ico A triagem de fármacos é a mais freq6ente dostestes to"icol'gicos solicitados, sendo o ob&etivo deste trabal%o, analisar a utilização da

  • 8/17/2019 Espectroscopia Na Região Do Ultravioleta

    17/19

    espectrofotometria de varredura na fai"a ultravioleta para identificação de fármacos Goram

    analisados os espectros de absorção ultravioleta de 1 fármacos de diferentes classes químicas

    $s fármacos foram submetidos à varredura na fai"a do ultravioleta e identificados os

    comprimentos de onda nos quais apresentavam picos de absorbncia má"ima $ procedimento

    utilizado e"plora a bai"a seletividade do ultravioleta, permitindo identificar grupos de

    medicamentos da mesma classe, que frequentemente apresentam o mesmo padrão de

    absorção, e que podem estar presentes no material biol'gico de forma rápida e simples,

    diminuindo o tempo de resposta do laborat'rio à solicitação médica

    stes fármacos tem um limite de detecção para sua análise no equipamento na fai"a do ultra

    violeta stes limites estão na tabela abai"o

     A partir dos espectros obtidos no equipamento é feito o recon%ecimento do fármaco por uma

    biblioteca &á com os picos de absorbncia con%ecidos Assim, &á con%ecendo a substncia fica

    mais

    simples

    o

    tratamento

     A seguinte tabela mostra como se identifica o fármaco através de seu pico má"imo de

    absorbncia

  • 8/17/2019 Espectroscopia Na Região Do Ultravioleta

    18/19

     As análises espectrofotométricas forneceram o perfil de 1- fármacos Goi possível identificar os

    picos de absorbncia má"ima nos seus respectivos comprimentos de onda na fai"a do

    ultravioleta, bem como o limite de detecção para cada fármaco 9ma das maiores vantagens da

    bai"a seletivi. dade da espectroscopia 9: é que compostos da mesma classe frequentemente

    apresentam o mesmo padrão de absorçãoH assim, substncias não identificadas podem ser

    relacionadas a uma determinada classe com base em suas características espectrais A

    metodologia proposta é simples e rápida, requer instrumentação simples, evitando gastos ou

    consumo de tempo na análise e permite a identificação de grupos de medicamentos Jsso pode

    fornecer ao clínico um resultado positivo ou negativo em menor tempo facilitando assim a

    tomada de decisão clínica e contribuindo para o pronto restabelecimento do paciente Ap's

    estes estudos pode.se estabelecer uma base de dados dos espectros de absorção de cadafármaco, formada por uma coletnea de dados das principais e mais relevantes substncias,

    para que substncias descon%ecidas possam ser comparadas com propriedades de refer#ncia

    presentes na base de dados estabelecida

    Com estes 3 e"emplos foi possível verificar a importncia do método em algumas áreas 2or

    ser simples e barato, e também por apresentar uma e"celente precisão em alguns casos, a

    spectroscopia no 9ltra :ioleta é um método bastante utilizado na prática de análises

    •  CONCLUSÃO

  • 8/17/2019 Espectroscopia Na Região Do Ultravioleta

    19/19

    $ desenvolvimento de um instrumental preciso e adequado para uma determinada análise é

    uma questão de grande relevncia no cenário atual, sendo esta uma das principais ocupaç+es

    de pesquisadores que estão enga&ados na tarefa de isolar pequenas quantidades de

    compostos orgnicos e inorgnicos a partir de misturas comple"as e fazer sua identificação

    espectrofotométrica

    Com base nisso, a espectroscopia na região do 9:I:JK constitui um dos mais amplos

    camin%os usados pelos químicos analíticos para determinação de espécies moleculares em

    solução

     Apesar do espectro ultravioleta e visível nos fornecer informaç+es limitadas sobre as estruturas

    químicas de uma substncia, esta técnica é muito utilizada por possuir uma alta da

    sensibilidade de análise e do alto grau de precisão e e"atidão em suas medidas, logo ela é

    empregada e"tensivamente em determinaç+es quantitativas

    •  -I-LIOGRAFIA

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