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APOSTILA COMPLEMENTAR DE PORTUGUÊS Escola Estadual professora Marlene Carmo Professora: Olga Baleeiro de Oliveira Rodrigues Morais Aluno(a):___________________________________________ Série: 1º ano – Ensino Médio Data: _____ / 02 / 2015 TEXTOS INSTRUÇÃO: Leia o texto 1, para responder as questões de 01 a 09, que a ele se referem ou o tomam como ponto de partida. Texto 1 A convivência com a internet A vida de nossas crianças e de nossos adolescentes não esta simples, tampouco fácil. São tantas as tentações as quais eles estão submetidos, que fica difícil resistir. E esta difícil principalmente porque a formação crítica que eles precisariam ter a respeito da vida tem sido escassa. Família e escola pouco tem investido nisso, talvez porque subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos. Vamos considerar a convivência deles com os recursos que a internet disponibiliza. Um passeio por Blogs, portais com artigos opinativos e/ou analíticos, reportagens, etc., logo mostra, nos comentários, a violência e a agressividade com que as pessoas se manifestam, sejam elas jovens, sejam adultas. Penso que a internet consegue arrancar o que há de pior em muitas pessoas. Vou reunir acontecimentos de crianças e adolescentes na internet para ilustrar nossa conversa. Um jovem de 17 anos escreveu contando que abrira uma conta no Twitter, mas que estava prestes a fechar porque percebera que muita gente, inclusive ele, escreve coisas impulsivamente e depois se arrepende, mas ai e tarde demais, porque o texto já se espalhou. [...] Uma garota de 14 anos me escreveu desesperada, porque disse que estava namorando e fez vídeos de momentos íntimos dela com o garoto. Agora, ela quer romper o relacionamento e o garoto diz que, se ela o deixar, vai publicar os vídeos no aplicativo de celular chamado Secret, que, por sinal, tem causado muitos danos a essa criançada e aos adolescentes. O que podemos fazer para colaborar com uma vida mais saudável dessas crianças e dos jovens? Já temos provas de que aconselhar, mostrar os perigos e regular o uso de determinados recursos tecnológicos tem tido poucos resultados. Talvez devêssemos, então, investir mais intensamente na formação deles. Vejo constantemente depoimentos de adultos que dizem que a educação moral, ética, etc. e papel da família. Mas consideremos o contexto da vida atual: a televisão educa, a internet educa, as peças publicitárias educam, os valores sociais educam também. Mesmo que a família invista fortemente na formação dos mais novos integrantes do grupo, eles estão sujeitos a muitas outras influencias. Por isso, investir na formação do espirito critico dos mais novos talvez seja um bom caminho. Investir nas virtudes e outra boa possibilidade. E isso e papel tanto da família quanto da escola. Eles precisam saber que os meios de comunicação, que os modismos seguidos por seus pares, que os valores sociais que eles seguem, e tudo o mais pode (e deve) ser questionado. Mas questionado com ideias ancoradas no conhecimento. Precisamos reconhecer: o potencial de reflexão que eles têm e alto. Só falta acreditarmos nisso. (Rosely Sayao, Folha de S. Paulo, Cotidiano, 19 ago. 2014.) 1

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APOSTILA COMPLEMENTAR DE PORTUGUÊS

Escola Estadual professora Marlene CarmoProfessora: Olga Baleeiro de Oliveira Rodrigues MoraisAluno(a):___________________________________________ Série: 1º ano – Ensino Médio Data: _____ / 02 / 2015

TEXTOS

INSTRUÇÃO: Leia o texto 1, para responder as questões de 01 a 09, que a ele se referem ou o tomam como ponto de partida.Texto 1

A convivência com a internet A vida de nossas crianças e de nossos adolescentes não esta simples, tampouco fácil. São tantas as tentações as quais eles estão submetidos, que fica difícil resistir. E esta difícil principalmente porque a formação crítica que eles precisariam ter a respeito da vida tem sido escassa. Família e escola pouco tem investido nisso, talvez porque subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos. Vamos considerar a convivência deles com os recursos que a internet disponibiliza. Um passeio por Blogs, portais com artigos opinativos e/ou analíticos, reportagens, etc., logo mostra, nos comentários, a violência e a agressividade com que as pessoas se manifestam, sejam elas jovens, sejam adultas. Penso que a internet consegue arrancar o que há de pior em muitas pessoas. Vou reunir acontecimentos de crianças e adolescentes na internet para ilustrar nossa conversa. Um jovem de 17 anos escreveu contando que abrira uma conta no Twitter, mas que estava prestes a fechar porque percebera que muita gente, inclusive ele, escreve coisas impulsivamente e depois se arrepende, mas ai e tarde demais, porque o texto já se espalhou. [...] Uma garota de 14 anos me escreveu desesperada, porque disse que estava namorando e fez vídeos demomentos íntimos dela com o garoto. Agora, ela quer romper o relacionamento e o garoto diz que, se ela o deixar, vai publicar os vídeos no aplicativo de celular chamado Secret, que, por sinal, tem causado muitos danos a essa criançada e aos adolescentes. O que podemos fazer para colaborar com uma vida mais saudável dessas crianças e dos jovens? Já temos provas de que aconselhar, mostrar os perigos e regular o uso de determinados recursos tecnológicos tem tido poucos resultados. Talvez devêssemos, então, investir mais intensamente na formação deles. Vejo constantemente depoimentos de adultos que dizem que a educação moral, ética, etc. e papel da família. Mas consideremos o contexto da vida atual: a televisão educa, a internet educa, as peças publicitárias educam, os valores sociais educam também. Mesmo que a família invista fortemente na formação dos mais novos integrantes do grupo, eles estão sujeitos a muitas outras influencias. Por isso, investir na formação do espirito critico dos mais novos talvez seja um bom caminho. Investir nas virtudes e outra boa possibilidade. E isso e papel tanto da família quanto da escola. Eles precisam saber que os meios de comunicação, que os modismos seguidos por seus pares, que os valores sociais que eles seguem, e tudo o mais pode (e deve) ser questionado. Mas questionado com ideias ancoradas no conhecimento. Precisamos reconhecer: o potencial de reflexão que eles têm e alto. Só falta acreditarmos nisso. (Rosely Sayao, Folha de S. Paulo, Cotidiano, 19 ago. 2014.)

01. Quando a autora diz que “Família e escola [...] talvez [...] subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos.”, ela veicula que, para essas duas instituições, crianças e adolescentesA) não possuem capacidade de reflexão.B) fingem não ter capacidade de reflexão.C) possuem menos capacidade de reflexão do que eles realmente têm.D) esforçam-se, mas não alcançam o que e desejável para essas instituições.

02. A reflexão de ideias, a autora mescla alguns relatos paraA) justificar a imprudência de pais que liberam o uso da internet.B) opor-se as pessoas que defendem a responsabilidade que apenas a escola deve ter na formação moral.C) mostrar ao leitor que ela fala a partir do ponto de vista dos jovens.D) demonstrar a pertinência de seus argumentos.

03. Os relatos da autora apresentam depoimentos de jovensA) irresponsáveis, que se utilizam de forma maldosa da internet.B) que convivem em famílias desestruturadas.C) que utilizam a internet como uma forma de se livrar da repressão dos pais.D) vítimas do mau uso da internet.

04. Para a autora do texto, possuir espirito crítico e

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A) ter condições de refletir sobre os valores que regem a vida social e questiona-los.B) investir num curso superior que conduza ao aprendizado de princípios éticos.C) questionar valores presentes nas restrições extremas que os pais fazem aos usos da internet.D) aumentar a nossa capacidade de concentração na escola.

05. Indique a palavra que, no texto, foi utilizada figurativamente com o objetivo de se obter efeitos de sentidodeterminados.A) Reunir . B) Romper . C) Arrancar. D) Colaborar .

06. Considere as afirmativas acerca da significação vocabular e textual presente no texto e, em seguida, assinalea alternativa INCORRETA.A) O 3.o período do 1.o parágrafo desse texto expressa, na produção de seu sentido, que crianças e adolescentes possuem pouca criticidade sobre a vida.B) Os vocábulos “simples” e “fácil” estabelecem relação de sinonímia, de acordo com os segmentos que os unem, nesse contexto.C) No vocábulo “modismos” , o sufixo “ismo” apresenta uma conotação pejorativa, expressa por seu valor cultural que privilegia sua leitura com uma mensagem depreciativa.D) Na seleção vocabular para o uso do termo “ancoradas”, percebe-se que o efeito de sentido que se tem o relaciona muito mais a palavra “esteadas” do que a palavra “efetuadas”, nesse contexto.

07. Acerca dos parênteses presentes no penúltimo parágrafo, pode-se afirmar, nesse contexto:A) Eles criam um efeito comunicativo essencial, que e enfatizar a obrigação sobre um determinado aspecto.B) A ausência deles não faria nenhuma diferença do ponto de vista semântico-comunicativo.C) Com eles, e possível explicar o sentido do termo antecedente.D) Trata-se de uma informação sobressalente, a qual poderia ser suprimida, sem que isso interferisse noponto de vista do autor.

08. Do último parágrafo do texto, pode-se depreender, EXCETOA) O termo “eles” faz referência a “mais novos” .B) Se a autora tivesse usado o termo “Nos” anteriormente ao verbo “precisar”, em “Precisamos reconhecer”, ela teria facilitado a efetiva compreensão do parágrafo.C) Poder-se-ia substituir o último período por “Falta apenas acreditarmos nisso.”D) Os dois pontos poderiam ser descartados, sendo colocado em seu lugar o termo “que”, ficando a compreensão geral do texto preservada.

Leia o texto 2, para responder a questão 10. Texto 2

09. O principal efeito de humor provocado por esse texto está na crítica que faz a/ao(s)A) falta de cordialidade das pessoas no transito.B) fato de que, no inferno, o transito estaria bem melhor.C) motoristas, que tornam o transito infernal.D) transito que, por não fluir, tem dificultado que as pessoas cheguem ao destino.

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, os textos abaixo para responder às questões que se seguem.

TEXTO 1

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10. De acordo com as informações fornecidas pelo mapa e seus conhecimentos sobre a história e geografia da Língua Portuguesa no mundo, assinale a afirmativa INCORRETA.A) Nos países citados no mapa, a Língua Portuguesa é reconhecida como patrimônio nacional e utilizada como instrumento de comunicação interna e no relacionamento entre todas as comunidades luso-falantes.B) A Língua Portuguesa é a língua oficial de oito países em quatro continentes, e não exclusiva de um único território.C) A Língua Portuguesa, tendo em vista as regiões e os grupos que a utilizam, apresenta-se como uma unidade, não tendo, pois, diversidades.D) A Língua Portuguesa, tendo em vista as regiões e os grupos que a utilizam, apresenta-se com variações fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas.

11. Na fala de Chico Bento, a expressão “sô”, representa uma variante linguísticaA) histórica e regional. B) social e histórica. C) regional e social. D) histórica, apenas.

TEXTO 3Você pode considerar uma crítica ou até levar na esportiva, mas ô sutaque feio esse de mineiro, viu? Tem um cara aqui que dirige de vez em quando pra meu pai e eu vou junto. O homem conversa demais, e fala: “uai”, "eta", ''trem bão'' e muitas outras coisas. Não sei se é porque eu tô acostumado com o ''baianês'', meu rei! shausuahs!É porque você tá acostumado com o baianês, sim. Vocês também tem um monte de expressões regionais estranhas. Aliás, reparou que você escreveu "sutaque" em vez de sotaque? Ó paí, ó! Que raio de baiano é você? O certo aí na sua terra é ‘SÓTAQUE’ . (Mauricio Ricardo (http://Charges uol.com.br. Acesso em 2/9/2013.)12. Através do diálogo, percebe-se, EXCETOA) emprego da linguagem coloquial. B) valorização da diversidade cultural.C) marcas linguísticas regionais. D) preconceito linguístico.

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13. De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar:A) As falas exemplificam o fenômeno da variação linguística.B) Os usos linguísticos no texto foram determinados pela situação comunicativa.C) A primeira fala exemplifica o uso informal da língua, e a segunda fala, o uso formal.D) As duas situações exemplificam, respectivamente, o uso correto e o uso incorreto da língua.

TEXTO 5

14. De acordo com o texto, é CORRETO afirmar:A) Se o objetivo é melhorar a educação, todas as reformas referidas são importantes.B) Um dos problemas que deve ser resolvido, com urgência, é a reformulação das regras ortográficas.C) Em se tratando de educação, há outros aspectos mais importantes a serem reestruturados.D) Melhorar as escolas, o transporte escolar, a merenda e o desempenho dos professores é tão importantequanto fazer a reforma ortográfica.

15. Infere-se que o termo “eles”, empregado no texto, faz referência aosA) governantes. B) professores. C) diretores de escola.D) membros da Academia Brasileira de Letras.

16. Sobre a pontuação usada no texto, é INCORRETO afirmar:A) As vírgulas foram usadas para separar os elementos da enumeração feita.B) O ponto de interrogação reforça o tom de indignação presente no texto.C) As reticências indicam continuação da enumeração.D) O ponto de interrogação reflete as dúvidas sobre a língua portuguesa.

Texto 6

17. O texto permite inferir, EXCETOA) Há uma data determinada em que se comemora o Dia do Meio Ambiente.B) Não há motivo para festejar o Dia do Meio Ambiente.C) Já se podem observar consequências da degradação do meio ambiente.D) Muitas pessoas não sabem a data em que se comemora o Dia do Meio Ambiente.

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18. Assinale a única alternativa em que a lacuna NÃO será preenchida com a palavra quê com a grafia igual àque foi empregada no texto acima.A) Porém, esse assunto tem um _______de mistério.B) Já se sabe as razões por ______ outros países estão interessados na Floresta Amazônica.C) _____? Meu Deus! Estão devastando a Floresta Amazônica.D) A maioria ainda não se conscientizou da preservação ambiental, por ______?TEXTO 7

19. De acordo com o texto, é CORRETO afirmar:A) Os políticos, às vezes, falam a verdade, às vezes, mentem.B) Em se tratando dos políticos, falar corresponde a mentir.C) Poucos são os políticos que, ao falar, mentem.D) Há políticos que só falam a verdade.

GRAMÁTICA"O homem é um ser social; daí sua necessidade de comunicação, como emissor ou como receptor de mensagens. Para que haja comunicação, é necessário que ele utilize um sistema qualquer de sinais - os signos - devidamente organizado.

      Nos vários exemplos de atos de comunicação, desde o "bom-dia" até o "boa-noite", o homem comum emite e recebe uma série de mensagens, ora gestuais, ora sonoras ou escritas e até mesmo visuais. Isso nos permite concluir que nos utilizamos de diversos códigos de comunicação, sendo a língua o mais importante deles.         Toda mensagem se refere a um contexto, a uma situação, e para ser transmitida necessita de um meio físico concreto. Esse meio é chamado de canal de comunicação.         Sistematizando, temos:emissor, destinador ou remetente: aquele que emite a mensagem; pode ser uma firma, uma pessoa, um jornal (no caso de editorial) etc; receptor ou destinatário: aquele que recebe a mensagem; pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas (os leitores de um jornal, os alunos de uma sala de aula etc); mensagem: o conjunto das informações transmitidas; código: o conjunto de signos e regras de combinação desses signos, utilizados na transmissão de uma mensagem.  A comunicação só será efetiva se o receptor souber decodificar a mensagem; canal de comunicação ou contato: o meio concreto pelo qual a mensagem é transmitida: voz, livro, revista, emissora de TV, jornal, computador etc; contexto ou referente: a situação a que a mensagem se refere. Agora que conhecemos os elementos que compõem a comunicação, podemos montar o seguinte esquema:  

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                                                           Os vários códigosDiversos são os códigos utilizados na comunicação, mas sem dúvida o mais importante é a língua, o que nos permite reconhecer dois sistemas de signos:linguagem verbal: aquela que utiliza a língua (falada ou escrita); linguagem não-verbal: aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra. Cada código se vale de signos específicos para transmitir uma mensagem: nas placas de trânsito, símbolos gráficos convencionais; nos rituais indígenas, a pintura corporal, em que as cores e sua distribuição pelo corpo remetem a crenças e mitos da comunidade; na pintura, as linhas e cores, que cada artista combina de modo pessoal para transmitir sua particular visão do mundo.                     Signo, significante, significadoA linguagem, por ser uma atividade intelectual, é exclusiva do homem; ao pronunciar uma palavra, o homem está expressando um determinado estado mental.  Entretanto, para que a linguagem cumpra sua função social no processo de comunicação, é necessário que as palavras tenham um significado, ou seja, que cada palavra represente um conceito. A linguística - a ciência da linguagem - chama signo a essa combinação de conceito e palavra (escrita ou falada).  Em outras palavras, o signo linguístico une um elemento concreto, material, perceptível - um som ou letras impressas - chamado significante, a um elemento inteligível (o conceito), ou imagem mental, chamado significado. Portanto, o signo é a soma de:Significante - som ou letras (material, concreto) e Significado - conceito (idéia inteligível). É comum a comparação entre um signo linguístico e uma moeda.  Assim como esta apresenta duas faces - a cara e a coroa -, também ele é formado por duas partes - o significado e o significante. " Linguagem: a linguagem é todo sistema verbal e não verbal pré-estabelecido que nos permite a realização da comunicação. Características do sistema verbal e não-verbal:a) Verbal: o destaque na comunicação são as palavras.b) Não-verbal: não considera as palavras, mas outros sinais. Como exemplo de linguagem não-verbal são os sinais de trânsito, gestos faciais, gestos corporais, etc.

Língua:  é uma forma de linguagem. A língua é baseada em palavras, ou seja, em uma comunidade, um determinado grupo de indivíduos usa a linguagem verbal. Como exemplo, duas falas estrangeiras são línguas diferentes.

Fala:  os sinais utilizados pelo indivíduo é a linguagem oral. É um ato singular, pois cada indivíduo pode optar pelas variedades da língua que desejar para exposição da fala. Conforme o momento, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural que está inserido, etc.Na unidade da língua existe uma enorme variação nos diversos níveis da fala. Além da sua própria fala é importante conhecer a fala dos outros para sermos capazes de efetuar um diálogo eficaz. Mesmo que a comunicação seja com diversas pessoas de variadas culturas e que haja algumas alterações na linguagem delas.

Níveis da falaHá uma característica individual da fala, por isso observamos variados níveis:

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Nível coloquial-popular: é uma fala mais utilizada na rotina das pessoas, constantes nas situações informais. É mais usada na fala espontânea, a maioria dos indivíduos não se preocupam com a forma culta da língua ao falar em um ambiente não-formal.Exemplo: “Xaxado, já imaginô se nois dois fosse astrornata?”.Chico Bento e a Turma do Xaxado.

Nível formal-culto: existe nesse nível preocupação com a forma correta das regras gramaticais da nossa língua. Geralmente utilizada em situações formais. Há cautela com o vocabulário e obediência com a norma culta da língua.Exemplo: “A busca para compreender o cérebro humano acaba de dar um passo importante. Um estudo publicado na revista americana "Science" apresentou o primeiro modelo computacional do cérebro capaz de simular comportamentos humanos complexos, como realizar somas e completar séries de números”.Folha de São Paulo, 16 de dezembro de 2012, Ciência.

O signo linguístico é um elemento representativo na tríade da comunicação. Existem dois aspectos: o significado e o significante. A nossa memória é um fator fundamental nesse processo. Escutamos uma palavra e logo após a reconhecemos devido a nossa lembrança. Essa lembrança ocorre porque o nosso cérebro armazenou uma real imagem sonora dessa palavra, isso acontece devido o elemento significante. Ao realizar o conceito da palavra escutada denominamos de significado que também se encontra armazenado na nossa memória.Deve-se obedecer aos padrões determinados de organização. É essencial em uma língua tanto o reconhecimento de seus signos, como o uso correto de suas regras gramaticais convencionais.

Variação linguísticaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Variação linguística de uma língua é o modo pelo qual ela se diferencia, sistemática e coerentemente, de acordo com o contexto histórico, geográfico e socio cultural no qual os falantes dessa língua se manifestam verbalmente. É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma língua. Tais diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário, mas comportar vários eixos de diferenciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. A variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas constitutivos de uma língua (fonético, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico). O conjunto dessas mudanças constitui a evolução dessa língua.1

A variação é também descrita como um fenômeno pelo qual, na prática corrente de um dado grupo social, em uma época e em certo lugar, uma língua nunca é idêntica ao que ela é em outra época e outro lugar, na prática de outro grupo social. O termo variação pode também ser usado como sinônimo de variante.2 Existem diversos fatores de variação possíveis - associados a aspectos geográficos e sociolinguísticos, à evolução linguística e ao registro linguístico.Variedade ou variante linguística se define pela forma pela qual determinada comunidade de falantes, vinculados por relações sociais ou geográficas, usa as formas linguísticas de uma língua natural. É um conceito mais forte do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Refere-se a cada uma das modalidades em que uma língua se diversifica, em virtude das possibilidades de variação dos elementos do seu sistema (vocabulário, pronúncia, sintaxe) ligadas a fatores sociais ou culturais (escolaridade, profissão, sexo, idade, grupo social etc.) e geográficos (tais como o português do Brasil, o português de Portugal, os falares regionais etc.). A língua padrão e a linguagem popular também são variedades sociais ou culturais. Um dialeto é uma variedade geográfica.3 Variações de léxico, como ocorre na gíria e no calão, podem ser consideradas como variedades mas também como registros ou, ainda, como estilos - a depender da definição adotada em cada caso. Os idiotismos são às vezes considerados como formas de estilo, por se limitarem a variações de léxico.Utiliza-se o termo 'variedade' como uma forma neutra de se referir a diferenças linguísticas entre os falantes de um mesmo idioma. Evita-se assim ambiguidade de termos como língua (geralmente associado à norma padrão) ou dialeto (associado a variedades não padronizadas, consideradas de menor prestígio ou menos corretas do que a norma padrão). O termo "leto" também é usado quando há dificuldade em decidir se duas variedades devem ser consideradas como uma mesma língua ou como línguas ou dialetos diferentes. Alguns sociolinguistas usam o termo leto no sentido de variedade linguística - sem especificar o tipo de variedade. As variedades apresentam não apenas diferenças de vocabulário mas também diferenças de gramática, fonologia e prosódia.

Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações.[...] Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção.

— Celso Cunha Uma

política do idioma4

A sociolinguística procura estabelecer as fronteiras entre os diferentes falares de uma língua. O pesquisador verifica se os falantes apresentam diferenças nos seus modos de falar de acordo com o lugar em que estão (variação diatópica), com a situação de fala ou registro (variação diafásica) ou de acordo com o nível socioeconômico do falante (variação diastrática).Índice

1 Tipo de variedades linguísticas: 7

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2 Definições 3 Tipo de variação 4 Referências 5 Ver também 6 Ligações externas

Tipo de variedades linguísticas: Variedades geográficas: dizem respeito à variação diatópica e são variantes devidas à distância geográfica que

separa os falantes.5 Assim, por exemplo, a mistura de cimento, água e areia, se chama betão em Portugal; no Brasil, se chama concreto.As mudanças de tipo geográfico se chamam dialetos (ou mais propriamente geoletos), e o seu estudo é a dialetologia. Embora o termo 'dialeto' não tenha nenhum sentido negativo, acontece que, erroneamente, tem sido comum chamar dialeto a línguas que supostamente são "simples" ou "primitivas". Dialeto é uma forma particular, adotada por uma comunidade, na fala de uma língua. Nesse sentido, pode-se falar de inglês britânico, inglês australiano, etc. É preciso também ter presente que os dialetos não apresentam limites geográficos precisos - ao contrário, são borrados e graduais - daí se considerar que os dialetos que constituem uma língua formam um continuum sem limites precisos. Diz-se que uma língua é um conjunto de dialetos cujos falantes podem se entender. Embora isto possa ser aproximadamente válido para o português, não parece valer para o alemão, pois há dialetos desta língua que são ininteligíveis entre si. Por outro lado, fala-se de línguas escandinavas, quando, na realidade, um falante sueco e um dinamarquês podem se entender usando cada um a sua própria língua.No que diz respeito ao português, além de vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, há dois padrões reconhecidos internacionalmente: o português de Portugal e o português do Brasil.

Variedades históricas : relacionadas com a mudança linguística, essas variedades aparecem quando se comparam textos em uma mesma língua escritos em diferentes épocas e se verificam diferenças sistemáticas na gramática, no léxico e às vezes na ortografia (frequentemente como reflexo de mudanças fonéticas). Tais diferenças serão maiores quanto maior for o tempo que separa os textos. Cada um dos estágios da língua, mais ou menos homogêneos circunscritos a uma certa época é chamado variedade diacrônica. Por exemplo, na língua portuguesa pode-se distinguir claramente o português moderno (que, por sua vez, apresenta diversidades geográficas e sociais) e o português arcaico.

Variedades sociais : compreendem todas as modificações da linguagem produzidas pelo ambiente em que se desenvolve o falante. Neste âmbito, interessa sobretudo o estudo dos socioletos, os quais se devem a fatores como classe social, educação, profissão, idade, procedência étnica, etc. Em certos países onde existe uma hierarquia social muito clara, o socioleto da pessoa define a qual classe social ela pertence. Isso pode significar uma barreira para a inclusão social.

Variedades situacionais : incluem as modificações na linguagem decorrentes do grau de formalidade da situação ou das circunstâncias em que se encontra o falante. Esse grau de formalidade afeta o grau de observância das regras, normas e costumes na comunicação linguística.

Tipo de variação Variedades geográficas: dizem respeito à variação diatópica e são variantes devidas à distância geográfica que

separa os falantes.5 Assim, por exemplo, a mistura de cimento, água e areia, se chama betão em Portugal; no Brasil, se chama concreto. As mudanças de tipo geográfico se chamam dialetos (ou mais propriamente geoletos), e o seu estudo é a dialetologia. Embora o termo 'dialeto' não tenha nenhum sentido negativo, acontece que, erroneamente, tem sido comum chamar dialeto a línguas que supostamente são "simples" ou "primitivas". Dialeto é uma forma particular, adotada por uma comunidade, na fala de uma língua. Nesse sentido, pode-se falar de inglês britânico, inglês australiano, etc. É preciso também ter presente que os dialetos não apresentam limites geográficos precisos - ao contrário, são borrados e graduais - daí se considerar que os dialetos que constituem uma língua formam um continuum sem limites precisos. Diz-se que uma língua é um conjunto de dialetos cujos falantes podem se entender. Embora isto possa ser aproximadamente válido para o português, não parece valer para o alemão, pois há dialetos desta língua que são ininteligíveis entre si. Por outro lado, fala-se de línguas escandinavas, quando, na realidade, um falante sueco e um dinamarquês podem se entender usando cada um a sua própria língua.No que diz respeito ao português, além de vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, há dois padrões reconhecidos internacionalmente: o português de Portugal e oportuguês do Brasil.

o Variedades históricas: relacionadas com a mudança linguística, essas variedades aparecem quando se comparam textos em uma mesma língua escritos em diferentes épocas e se verificam diferenças sistemáticas na gramática, no léxico e às vezes na ortografia (frequentemente como reflexo de mudanças fonéticas). Tais diferenças serão maiores quanto maior for o tempo que separa os textos. Cada um dos estágios da língua, mais ou menos homogêneos circunscritos a uma certa época é

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chamado variedade diacrônica. Por exemplo, na língua portuguesa pode-se distinguir claramente o português moderno (que, por sua vez, apresenta diversidades geográficas e sociais) e o português arcaico.

o Variedades sociais : compreendem todas as modificações da linguagem produzidas pelo ambiente em que se desenvolve o falante. Neste âmbito, interessa sobretudo o estudo dos socioletos, os quais se devem a fatores como classe social, educação, profissão, idade, procedência étnica, etc. Em certos países onde existe uma hierarquia social muito clara, o socioleto da pessoa define a qual classe social ela pertence. Isso pode significar uma barreira para a inclusão social.

o Variedades situacionais : incluem as modificações na linguagem decorrentes do grau de formalidade da situação ou das circunstâncias em que se encontra o falante. Esse grau de formalidade afeta o grau de observância das regras, normas e costumes na comunicação linguística.

Os três tipos de variações linguísticas são:o Variações diafásicas

 Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou informal. 

o Variações diatópicas

 São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abóbora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões que se divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo. 

o Variações diastráticas

 São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.

Gíria ou calão1 é um fenômeno de linguagem especial usado em uma classe ou até em uma profissão, para indicar outras palavras formais da língua com o objetivo de fazer um segredo, um ato cômico ou criar um grupo com seu próprio dialeto.1

É empregada por jovens e adultos de diferentes classes sociais, e observa-se que seu uso cresce entre os meios de comunicação de massa. [carece  de fontes]

O termo calão, embora possa ser percebido por vezes como sinónimo de gíria, outras vezes é classificado como uma forma de gíria mais grosseira ou obscena. [carece  de fontes] As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros. [carece  de fontes] A linguagem das girias são informais pois tem um sentido figurado diferente. [carece  de fontes]

Uma palavra de baixo calão, popularmente conhecida como palavrão, é um vocábulo que pertence à categoria de gíria e, dentro desta, apresenta chulo, impróprio, ofensivo, rude, obsceno, agressivo ou imoral sob o ponto de vista de algumas religiões ou estilos de vida. Palavras de baixo calão, calão de baixo nível em Portugal ou simplesmente, palavrões, são formas inadequadas na norma culta da língua portuguesa e geralmente usados de forma popular e coloquial, exceto por licença poéticaGíria e jargão: A língua muda conforme situação A língua varia no tempo e no espaço. Há ainda as variações linguísticas dos grupos sociais (jovens, grupos de profissionais, etc) e até mesmo, há variação quando um único indivíduo, em situações diferentes, usa diferentemente a língua, de forma a se adequar ao contexto de comunicação. Uma dessas variações é a "gíria", que são as palavras que entram e saem da moda, de tempos em tempos.Você conhece o "Dicionário dos Mano"? Aqui vão alguns exemplos: Mano não briga: arranja treta. Mano não cai: capota. Mano não entende: se liga. Mano não passeia: dá um rolê. Mano não come: ranga. Mano não fala: troca ideia Mano não ouve música: curte um som.

A gíria teve sua origem na maneira de falar de grupos marginalizados que não queriam ser entendidos por quem não pertencesse ao grupo. Hoje, entende-se a gíria como uma linguagem específica de grupos específicos, como os jovens. Grupos sociais distintos têm seus "modos de falar", como é o caso dos mais escolarizados e, até mesmo, os grupos profissionais que se expressam por meio das linguagens técnicas de suas profissões.

Jargão

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Jargão é o modo de falar específico de um grupo, geralmente ligado à profissão. Existe, por exemplo, o jargão dos médicos, o jargão dos especialistas em informática, etc.Imagine que você foi a um hospital e ouviu um médico conversando com outro. A certa altura, um deles disse:"Em relação à dona Fabiana, o prognóstico é favorável no caso de pronta-suspensão do remédio."É provável que você tenha levado algum tempo até entender o que o médico falou. Isso porque ele utilizou, com seu colega de trabalho, termos com os quais os dois estão acostumados. Com a paciente, o médico deveria falar de uma maneira mais simples. Assim:"Bem, dona Fabiana, a senhora pode parar de tomar o remédio, sem problemas"

Diferentes situações de comunicação Uma mesma pessoa pode escolher uma forma de linguagem mais conservadora numa situação formal ou um linguajar mais informal, em situação mais descontraída. Quantas vezes, isso não acontece conosco, no cotidiano? Na família e com amigos, falamos de uma forma, mas numa entrevista para procurar emprego é muito diferente. Essas diferenças linguísticas dependem de: familiaridade ou distância dos que participam do ato de linguagem; grau de formalidade da ocasião; tipo de texto usado: conferência, texto escrito, conversa, artigo etc.

Dessa maneira, confira as principais diferenças entre a linguagem literária e a linguagem não literária:→ Linguagem literária: pode ser encontrada na prosa, em narrativas de ficção, na crônica, no conto, na novela, no romance e também em verso, no caso dos poemas. Apresenta características como a variabilidade, a complexidade, a conotação, a multissignificação e a liberdade de criação. A Literatura deve ser compreendida como arte e, como tal, não possui compromisso com a objetividade e com a transparência na emissão de ideias. É comum na linguagem literária o emprego da conotação, de figuras de linguagem e figuras de construção, além da subversão à gramática normativa.→ Linguagem não literária: pode ser encontrada em notícias, artigos jornalísticos, textos didáticos, verbetes de dicionários e enciclopédias, propagandas publicitárias, textos científicos, receitas culinárias, manuais, entre outros gêneros textuais que privilegiem o emprego de uma linguagem objetiva, clara e concisa

Língua Falada e Língua EscritaNão devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta. FalaÉ a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além de  conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa.  Níveis da falaDevido ao caráter individual da fala, é possível observar alguns níveis:Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utiizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua.Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais estabelecidas pela língua.

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A fala, ou discurso, é a língua no momento em que está a ser usada por um indivíduo - fazendo uso dos sons, palavras e regras gramaticais dessa língua. A língua falada (língua oral) dispõe, por isso, de um número incontável de recursos rítmicos e melódicos: entoação, pausas, ritmo, fluência, gestos - porque, claro, o emissor (pessoa que fala ou transmite uma mensagem numa dada linguagem) está presente fisicamente. Algumas das características principais são:

riqueza de recursos rítmicos e melódicos (o que inclui linguagens não-verbais, como a corporal); frases curtas; frases inacabadas, porque foram cortadas ou interrompidas; frequência da ocorrência de repetições, hesitações e bordões de fala ( p. ex.: "Pois, eu aaa... eu acho que...

pronto, não sei..."); uso frequente da omissão de palavras e de formas contraídas; afastamento das regras gramaticais; possibilidade de adequar o discurso de acordo com as reacções dos ouvintes.

A língua escrita, por seu lado, tem de recorrer aos sinais de pontuação e de acentuação para traduzir os recursos rítmicos e melódicos da oralidade - ficando muito aquém das possibilidades já referidas no parágrafo anterior. Por outro lado, a língua escrita apresenta as seguintes características principais:

sinais de pontuação e acentuação para transmitir a expressividade oral; frases longas, apesar de também poder usar frases curtas; uso de vocabulário mais amplo e cuidado; uso de descrições ricas; observa as regras gramaticais com um maior rigor.

Funções da linguagem A ênfase num elemento do circuito de comunicação determina a função de linguagem que lhe corresponde:ELEMENTO          FUNÇÃOcontexto       →    referencial emissor       →     emotiva receptor       →    conativa canal           →     fática mensagem   →     poética código         →   metalingüística

Cada um desses seis elementos determina uma função de linguagem. Raramente se encontram mensagens em que haja apenas uma; na maioria das vezes o que ocorre é uma hierarquia de funções em que predomina ora uma, ora outra. Observe este trecho: Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário. (Carlos Drummond de Andrade)

No exemplo acima, predomina a função metalingüística (volta-se para a própria produção discursiva) e a poética (produz efeito estético através da linguagem metafórica); porém, menos evidentes, aparecem as funções referencial (evidencia o assunto) e emotiva (revela emoções do emissor). A classificação das funções da linguagem depende das relações estabelecidas entre elas e os elementos do circuito da comunicação. Esquematicamente, temos:

Função referencial ou denotativaCertamente a mais comum e mais usada no dia-adia, a função referencial ou informativa, também chamada denotativa ou cognitiva, privilegia o contexto. Ela evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação. Faz referência a um contexto, ou seja, a uma informação sem qualquer envolvimento de quem a produz ou de quem a recebe. Não há preocupação com estilo; sua intenção é unicamente informar. E a linguagem das redações escolares, principalmente das .dissertações, das narrações não- fictícias e das descrições objetivas. Caracteriza também o discurso científico, o jornalístico e a correspondência comercial. Exemplo: Todo brasileiro tem direito à aposentadoria. Mas nem todos têm direitos iguais. Um milhão e meio de funcionários públicos, aposentados por regimes especiais, consomem mais recursos do que os quinze milhões de trabalhadores aposentados pelo INSS. Enquanto a média dos benefícios aos aposentados do INSS é de 2,1 salários mínimos, nos

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regimes especiais tem gente que ganha mais de 100 salários mínimos. (Programa Nacional de Desestatização)

Função emotiva ou expressivaQuando há ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes, temos a função emotiva, também chamada expressiva ou de exteriorização psíquica. Ela é lingüisticamente representada por interjeições, adjetivos, signos de pontuação (tais como exclamações, reticências) e agressão verbal (insultos, termos de baixo calão), que representam a marca subjetiva de quem fala. Exemplo: Oh? como és linda, mulher que passas Que me sacias e suplicias Dentro das noites, dentro dos dias? (Vinícius de Moraes) Observe que em “Luís, você é mesmo um burro!”, a frase perde seu caráter informativo (já que Luís não é uma pessoa transformada em animal) e enfatiza o emotivo, pois revela o estado emocional do emissor.. As canções populares amorosas, as novelas e qualquer expressão artística que deixe transparecer o estado emocional do emissor também pertencem à função emotiva. Exemplos: E aí me dá uma inveja dessa gente... (Chico Buarque) Não adianta nem tentar Me esquecer Durante muito tempo em sua vida Eu vou viver (Roberto Carlos & Erasmo Carlos) Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera ficar horas sentada fl1mando, apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera. Dói. A primavera me dá coisas. Dá do que viver E sinto que um dia na primavera é que vou morrer De amor pungente e coração enfraquecido. (Clarice Lispector)

Função conativa ou de apelo A função conativa é aquela que busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem. Pode ser volitiva, revelando assim uma vontade (“Por favor, eu gostaria que você se retirasse.”), ou imperativa, que é a característica fundamental da propaganda. Encontra no vocativo e no imperativo sua expressão gramatical mais autêntica. Exemplos: Antônio, venha cá! Compre um e leve três. Beba Coca-Cola. Se o terreno é difícil, use uma solução inteligente: Mercedes-Benz.

Função fáticaSe a ênfase está no canal, para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes, temos a função fática. Nas fórmulas ritualizadas da comunicação, os recursos fáticos são comuns. Exemplos: Bom-dia! Oi, tudo bem? Ah, é! Huin... hum... Alô, quem fala? Hã, o quê?

Observe os recursos fáticos que, embora característicos da linguagem oral, ganham expressividade na música: Alô, alô marciano Aqui quem fala é da Terra. (Rita Lee & Roberto de Carvalho) Blá, Blá, Blá, Blá, Blá Blá, Blá, Blá, Blá Ti, Ti, Ti, Ti, Ti, Ti, Ti, Ti, Ti Tá tudo muito bom, bom! Tá tudo muito bem, bem! (Evandro Mesquita) Atente para o fato de que o uso excessivo dos recursos fáticos denota carência vocabular, já que des titui a mensagem de carga semântica, mantendo apenas a comunicação, sem traduzir informação. Exemplo: — Você gostou dos contos de Machado? — Só, meu. Valeu.

Função metalinguística

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A função metalinguística visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele linguístico (a escrita ou a oralidade), seja extralinguístico (música, cinema, pintura, gestualidade etc. — chamados códigos complexos). Assim, é a mensagem que fala de sua própria produção discursiva. Um livro convertido em filme apresenta um processo de metalinguagem, uma pintura que mostra o próprio artista executando a tela, um poema que fala do ato de escrever, um conto ou romance que discorre sobre a própria linguagem etc. são igualmente metalingüísticos. O dicionário é metalingüístico por excelência. Exemplos: — Foi assim que sempre se fez. A literatura é a literatura, Seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia. (Graciliano Ramos) Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. (Carlos Drummond de Andrade)

A palavra é o homem mesmo, Estamos feitos de palavras. Elas são a única realidade ou, ao menos, o único testemunho de nossa realidade. (Octávio Paz) “Anuncie seu produto: a propaganda é a arma do negócio.” Nesse exemplo, temos a função metalingüística (a propaganda fala do ato de anunciar), a conativa (a expressão aliciante do verbo anunciar no imperativo) e a poética (na renovação de um clichê, conferindo-lhe um efeito especial).

Função poéticaQuando a mensagem se volta para seu processo de estruturação, para os seus próprios constituintes, tendo em vista produzir um efeito estético, através de desvios da norma ou de combinatórias inovadoras da linguagem, temos a função poética, que pode ocorrer num texto em prosa ou em verso, ou ainda na fotografia, na música, no teatro, no cinema, na pintura, enfim, em qualquer modalidade discursiva que apresente uma maneira especial de elaborar o código, de trabalhar a palavra. Exemplos: Que não há forma de pensar ou crer De imaginar sonhar ou de sentir Nem rasgo de loucura Que ouse pôr a alma humana frente a frente Com isso que uma vez visto e sentido Me mudou, qual ao universo o sol Falhasse súbito, sem duração No acabar.. (Fernando Pessoa) Observe, entretanto, que o discurso desviatório necessita de um contexto para produzir sensação estética, como no poema abaixo, cujo nonsense é altamente poético no contexto de Alice no País das Maravilhas: Pois então tu mataste o Jaguadarte! Vem aos meus braços, homenino meu! Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte! Ele se ria jubileu. Era briluz. As lesmolisas touvas Roldavam e relvian nos gramilvos. Estavam mimsicais as pintalouvas E os momirratos davam grilvos. (Lewis Carrol, traduzido por Augusto de Campos.)

EXERCÍCIOS

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS SOBRE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA    1.      Observe a imagem abaixo e responda as perguntas a seguir:

a)    Qual tipo de linguagem o personagem da imagem acima usou para se expressar: linguagem culta ou coloquial?b)    Observando bem a imagem, diga pelo menos dois fatores que contribuem para que o personagem fale dessa forma?c)    Esse jeito como o personagem falou dar para o ouvinte/leitor compreender?

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d)    Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por que?e)    Reescreva essa fala do personagem seguindo a norma culta da linguagem.   2.      Leia o texto abaixo e responda as questões sugeridas:     Nos últimos meses, as prefeituras municipais de todo o Brasil, em especial as da Região Nordeste e Norte têm sofrido com a queda de suas receitas devido o Governo Federal ter reduzido a zero um imposto que beneficiou as montadoras de carro, mas que provocou o chamado “efeito dominó”, afetando os cofres de milhares de municípios pobres ou de renda per capita muito baixa. (Jornal Folha de São Paulo, 20/03/2012)a)    Que tipo de texto é esse acima?b)    Que linguagem foi usada para escrever esse texto?c)    Por que foi usado esse tipo de linguagem e não outra?   3.      Leia a música a seguir e faça o que se pede:

Tenho visto tanto coisa nesse mundo de meu Deus Coisas que prum cearense não existe explicação Qualquer pinguinho de chuva fazer uma inundaçãoMoça se vestir de cobra e dizer que é distraçãoVocês cá da capitá me adiscurpe essa expressãoNo Ceará não tem disso não...Tem disso não, tem disso não...(Luiz Gonzaga)

  a)    Que linguagem foi usada para escrever essa música?  b)    Essa linguagem atrapalhou no entendimento da música?  c)    Se essa música fosse escrita/cantada seguindo a risca a norma culta da língua, continuaria com a mesma beleza melódica?  d)    Retire desta música palavras e expressões da linguagem coloquial?     4.      Que tipo de linguagem (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes situações:a) Falando em público sobre política.________________________________b) Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo. __________________________c) Numa pequena mensagem de celular para o seu professor de português.___________________d) Numa carta de reclamação para a presidente Dilma. ________________________________e) Numa conversa na praça entre amigos._________________________________f) Um debate numa conferencia nacional sobre meio ambiente.__________________________g) Um bilhete para irmã explicando que você foi à padaria comprar pão._____________________h) Um bilhete para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de hoje._______________________i)  Uma redação solicitada pelo professor de português.______________________________   5.      Leia o texto retirado do Orkut de um adolescente e responda as perguntas:

E aí, moral! Tu vai p/ ksa do Paulin estudar hj?Se for, chama o kbça tbm q ele disse q keria ir.Vlw, muleq! Jo@o

a)    A linguagem deste texto é considerada culta ou coloquial?b)    Por que o autor desta mensagem escreveu para o colega usando essa escrita?c)    Essa escrita pode ser usada nos trabalhos escolares? Por que?d)    Essa escrita atrapalhou o seu entendimento do texto?e)    Reescreva essa mesma mensagem usando a norma culta da língua.f)     Retire desta mensagem duas expressões que são consideradas gírias.

6.Observe a charge abaixo e marque a alternativa correta:

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A linguagem da charge revela:

a) Pelo tipo de linguagem usada pelos falantes eles não conseguem se comunicar.b) Evidenciamos um uso formal da linguagem, visto que eles personagens são estudantes.c) Expressões como “cê”, “pra”, pobrema” devem ser banidos da língua em qualquer situação.d) A fala das personagens evidencia o uso coloquial da linguagem, motivado por diversos fatores.e) Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por eles, podendo ser utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...

7. Leia o texto abaixo e assinale a única alternativa correta:“Iscute o que to dizeno,Seu  dotor, seu coroné:De fome tão padecenoMeus fio e minha muiér.Sem briga, questão nem guerra,Meça desta grande terraUmas tarefas pra eu!Tenha pena do agregadoNão me dexe deserdadoDaquilo que Deus me deu” (Patativa do Assaré)

Esse falante, pelos elementos explícitos e implícitos no poema, é identificável como:a) Escolarizado proveniente de uma metrópole.b) Sertanejo de uma área rural.c) Idoso que habita uma comunidade urbana.d) Escolarizado que habita uma comunidade no interior do país.e) Estrangeiro que imigrou para uma comunidade do sul do país.

8. Leia a música abaixo e marque a única alternativa correta:EsmolaUma esmola pelo amor de DeusUma esmola, meu, por caridadeUma esmola pro ceguinho, pro meninoEm toda esquina tem  gente só pedindo.Uma escola pro desempregadoUma esmola pro preto, pobre, doenteUma esmola pro que resta do BrasilPro mendigo, pro indigente (...)(Samuel Rosa/Chico Amaral)

A música registra um pedido de esmola, em que o eu - lírico utiliza uma linguagem:a) Pouco compreensiva, já que contém vários erros de gramática.b) Coloquial, crítica, compreensiva, comunicável.c) Imprópria para os poemas da literatura brasileira.d) Crítica, porém não-coloquial.e) Descuidada e cheia de repetições.

9.Analise as proposições com relação à música “Asa Branca” de Luiz Gonzaga e responda corretamente:

“Quando oiei a terr’ ardenoNa fogueira d’san JoãoEu preguntei a Deus do céu aiPro que tamanha judiação (...)”

( ) Este trecho, em uma análise linguística, está correto, pois, apesar dos desvios da norma culta, o trecho não apresenta dificuldades para a compreensão.( ) Por se tratar de expressões regionais este trecho não pode ser considerado como erro gramatical.( ) A música regional tem grande aceitação, principalmente, na região do compositor, mas, podemos dizer que as falhas linguísticas prejudicam a aceitação da música Asa Branca.A sequência correta é:a)      VFF b) VVV c) FFF d) FVF ) VVF

10. Com relação ao texto retirado do Orkut, assinale a alternativa correta:

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Vc viu como ele xegô em kza hj? Tôdu blz!

a) Não pode ser considerado um texto, visto que não cumpre sua função comunicativa.b) Por ter palavras abreviadas em excesso está totalmente contrariando as regras de gramática, logo não é um texto.c) Esse tipo de escrita é valorizado em qualquer meio de comunicação formal.d) Mesmo por se tratar de linguagem abreviada, cumpre sua função comunicativa, mas só deve ser utilizada situações informais como internet, celular etc.

Questões sobre funções da linguagem:01. Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem:

a) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer." (O Estado de São Paulo)

b) O verbo infinitivo     Ser criado, gerar-se, transformar     O amor em carne e a carne em amor; nascer     Respirar, e chorar, e adormecer     E se nutrir para poder chorar      Para poder nutrir-se; e despertar     Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir     E começar a amar e então ouvir     E então sorrir para poder chorar.      E crescer, e saber, e ser, e haver     E perder, e sofrer, e ter horror     De ser e amar, e se sentir maldito      E esquecer tudo ao vir um novo amor     E viver esse amor até morrer     E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)  c) "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca." (Matoso Câmara Jr.)

d) " - Que coisa, né?       - É. Puxa vida!       - Ora, droga!       - Bolas!       - Que troço!       - Coisa de louco!       - É!" e) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights." f) "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes." (Graciliano Ramos)

g) " - Que quer dizer pitosga?       - Pitosga significa míope.       - E o que é míope?       - Míope é o que vê pouco."  02. No texto abaixo, identifique as funções da linguagem:  "Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há dois meios de granjear a vontade das

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mulheres: o violento, como o touro da Europa, e o insinuativo, como o cisne de Leda e a chuva de ouro de Dânae, três inventos do padre Zeus, que, por estarem fora de moda, aí ficam trocados no cavalo e no asno." (Machado de Assis) 

03. Descubra, nos textos a seguir, as funções de linguagem: a) "O homem letrado e a criança eletrônica não mais têm linguagem comum." (Rose-Marie Muraro)

b) "O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e em seguida a demonstração. (...) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova." (Aristóteles)

c) "Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o diaem que o marido suspeita estar sofrendo de câncer."

d) "Se um dia você for embora      Ria se teu coração pedir      Chore se teu coração mandar." (Danilo Caymmi & Ana Terra)

e) "Olá, como vai?      Eu vou indo e você, tudo bem?      Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e você?      Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranqüilo..." (Paulinho da Viola)  Texto para as questões 04 e 05PoéticaQue é poesia?uma ilhacercadade palavraspor todos os ladosQue é um poeta?um homemque trabalha um poemacom o suor do seu rostoUm homemque tem fomecomo qualquer outrohomem.       (Cassiano Ricardo) 04. Quais as funções da linguagem predominantes no poema anterior?   05. Aponte os elementos que integram o processo de comunicação em Poética, de Cassiano Ricardo.   06. Historinha I

      Historinha II

   

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Qual a função da linguagem comum às duas historinhas? 

07. Segundo o lingüísta Roman Jakobson, "dificilmente lograríamos (...) encontrar mensagens verbais que preenchem uma única função... A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante".

 "Meu canto de morteGuerreiros, ouvi.Sou filho das selvasNas selvas cresci.Guerreiros, descendoDa tribo tupi.Da tribo pujante,Que agora anda errantePor fado inconstante.Guerreiros, nasci:Sou bravo, forte,Sou filho do NorteMeu canto de morte,        Guerreiros, ouvi." (Gonçalves Dias)     Indique a função predominante no fragmento acima transcrito, justificando a indicação.    09.  Sobre as linguagens verbal e não verbal, é INCORRETO afirmar que:a) A linguagem verbal utiliza qualquer código para se expressar, enquanto a linguagem não verbal faz uso apenas da língua escrita.b) São utilizadas para criar atos de comunicação que nos permitem dizer algo.c) A linguagem não verbal é aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra, enquanto a linguagem verbal utiliza a língua, seja oral ou escrita, para estabelecer comunicação.d) Linguagem verbal e não verbal, quando simultâneas, colaboram para o entendimento do texto.

LITERATURA

INTRODUÇÃO À LITERATURA

1.1.ORIGEM:

A literatura está ligada a escrita, portanto sua origem se perde na noite dos tempos. Não há um único marco histórico do surgimento da escrita, já que os desenhos das cavernas são considerados escritos antigos. O hieróglifo é uma escrita do antigo Egito.

Desde que apareceu o ser humano, ele teve vontade de deixar resquícios de sua passagem pelo mundo. O homem sempre quis deixar sua marca para a posteridade, como é que ele fazia para caçar, mostrar seus feitos, seu heroísmo, sua força, dinamismo, coragem. Também quis mostrar como era o seu povo, os animais, o meio ambiente da época. Já estava-se definindo o que é literatura.

A literatura para ter um determinado valor, só pode ser escrita. Os livros demoraram muito para aparecer, daí os textos literários também demorarem muito para surgir.A evolução do livro foi muito lenta, com isto o desenvolvimento humano também foi lento, uma vez que o livro apressa a evolução humana.

O livro mais antigo é o "livro dos mortos" do antigo Egito que data de 1800 a. C.. Nesse livro contém fórmulas que os antigos mortos deveriam levar quando da passagem para o outro mundo.

1.2.EVOLUÇÃO DO LIVRO:

Não resta dúvida que os livros mais antigos são as paredes das cavernas. Era o único lugar disponível em que o homem deixaria registrada a sua passagem pelo mundo.

Os textos mais antigos que existem são os que compõem "O livro dos Mortos". Eram escritos em papiro (uma planta) e guardados em potes de barros ou estojos de madeira.

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O segundo material usado foi a argila na Mesopotâmia. Escrevia-se em placas de barro, de um lado e outro. Estas placas eram queimadas nos fornos. Estava pronto o livro.

Escreviam-se textos políticos, comerciais, religiosos numa escrita cuneiforme. A reunião destas placas formou bibliotecas. Foram encontradas bibliotecas com mais de 500 mil obras. Através destas placas ficamos sabendo da existência real da cidade de Nínive e do rei Assurbanipal no ano 650 a.C..Também descobrimos que houve um florescimento da literatura nessa cidade.

Na China a produção escrita aconteceu bem mais tarde. Eles usavam tábuas de madeira, escritas da esquerda para a direita e de cima para baixo. Mais tarde passaram a escrever em seda e no princípio do século II da era cristã, os chineses inventaram o papel.Um outro modelo antigo era o uso de pergaminhos. Trata-se da retirada do couro do carneiro e depois de trabalhado, ele ficava como se fosse um magnífico papel. Este tipo de material ainda é usado hoje em diplomas do curso superior.

O livro evoluiu muito na idade média. Tudo era transmitido através dos livros. Gutemberg inventou a imprensa na idade média, imprimiu a primeira bíblia e o processode formação do livro atual estava pronto.

1.3.PROSA E POESIA:

Os textos literários dividem-se em duas partes: prosa e poesia. Qual a diferença? O que nasceu primeiro?A poesia é a linguagem subjetiva, metafísica, vaga com o mundo interior do poeta. É um texto curto com orações e períodos curtos, onde sobressai a beleza, a harmonia e o ritmo.A poesia é a mais velha composição do mundo. Ela serviu como material didático.

Com o surgimento do livro em placas de argila, começaram também as primeiras aulas. Tudo teria que ser decorado, pois não havia material onde escrever tudo e a toda hora. Nas casas-escolas, os alunos decoravam os poemas com os conhecimentos, números, gramática, filosofia, etc.

Com os livros de argila e o uso de poemas, poderiam-se transmitir muita coisa com pouco material. Estes livros ficavam nas bibliotecas, já que não se poderia carregar um livro de dez quilos pra lá e pra cá.

Prosa é a linguagem objetiva, usual, veículo natural do pensamento humano. A prosa pode ser escrita de diversas formas como: romances, crítica, novela, conto, etc.Vejamos as diferenças entre um texto em forma de poesia e outro em forma de prosa:POEMA: Sobre a soleira da portada casa pegada à minhavejo sentada, a vizinhamoça e bonita,que importa?(Vicente de Carvalho)

PROSA:

Pero Vaz de Caminha tornou-se figura importante no descobrimento do Brasil por haver escrito uma carta ao rei D. Manuel relatando os acontecimentos ocorridos com a expedição desde a partida da Europa até o dia 1o. de maio de l500.

Temos muitas diferenças entre estes dois textos:No primeiro temos:1.Frases curtas;2.Destaque para a beleza dos versos;3.Uso de rimas: Porta x importa, minha x vizinha;4.Uso de métrica - contagem de sílabas poéticas;5.Texto escrito em forma de versos.

No segundo temos:1.Frases longas, num só período;2.Não há beleza no texto, somente a informação;3.Texto objetivo: transmitir uma mensagem;4.Não há métrica, nem rima, nem ritmo;5.Texto escrito em forma de parágrafos.

1.4.POR QUE ESTUDAR LITERATURA:

A literatura é a continuação da língua. É a língua aperfeiçoada, instrumento de beleza. Quando vamos ao cinema, vamos nos divertir, relaxar, passar momentos de lazer e adquirir um mínimo de conhecimentos também. O

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mesmo acontece com a literatura, mas ela é bem mais do que isto. O que seria da história sem a literatura? E o seu filme preferido? E a sua novela? E o seu teatro? Estes trabalhos precisam primeiramente serem escritos e só depois transformados em outro tipo de arte.

Se não fosse a literatura, hoje seríamos todos ateus.Graças a Bíblia, que é um conjunto de obras literárias, hoje temos uma religião.

Se não fosse a literatura desconheciamos a existência das cidades de Nínive, Babilônia,Tróia e outras. Vários textos literários falam de um continente chamado Atlântida. Um dia a Arqueologia pode redescobri-lo. A Bíblia nos fala de duas cidades: Sodoma e Gomorra que ainda não foram encontradas.

Como é que sabemos dos usos e costumes dos povos antigos? Só através da literatura.

1.5.O QUE É LITERATURA:

Há várias definições para literatura:a)É o conjunto de obras escritas de um povo com preocupações estéticas;b)É saber usar a língua artísticamente, deixando transparecer a beleza, a harmonia e o estilo próprio de cada autor;c)Escrever um texto artísticamente e com beleza.

A literatura procura mostrar o valor de um povo, seu sofrimento, seus anseios, alegrias, a descrição do país, suas lendas, crendices, tradições, etc.

O que pensariam as pessoas do ano 3 mil sobre o mundo de hoje? Como é que eles imaginariam nossa existência? Comíamos o quê? Falávamos como? Andávamos nus? Fazíamos cocô em qualquer lugar? Havia assassinato, roubos,suicídios,estupros? Éramos amáveis com nossos irmãos? A literatura que fizermos hoje, mostrará a eles a nossa realidade.

Todos os países possuem e possuíram uma literatura. Assim temos a literatura grega, a latina, a italiana, a brasileira.

Quem,por exemplo, já não ouviu falar em Romeu e Julieta, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Rei Édipo, Os Três Mosqueteiros? Não teríamos nada disso se não fosse a literatura.

1.6.A LINGUAGEM LITERÁRIA E A NÃO LITERÁRIA:

A linguagem literária é bem diferente da linguagem não-literária. A linguagem literária é bela, emotiva, sentimental, trazendo as figuras de linguagem como a metáfora, a metonímia, a inversão,etc. Apresenta o fantástico que precisa ser descoberto através de uma leitura atenta.

A linguagem não-literária é própria para a transmissão do conhecimento, da informação, no âmbito das necessidades da comunicação social. É a língua na sua função pragmática, empregada pela ciência, pela técnica, pelo jornalismo, pela conversação entre os falantes.

Podemos estabelecer o seguinte confronto entre as duas formas:

LINGUAGEM LITERÁRIA LINGUAGEM NÃO-LITERÁRIAIntralinguística Extralinguísticaambígua claro-exataconotação denotaçãosugestão precisãotransfiguração da realidade realidade subjetiva objetivaordem inversa ordem direta

1.8.GÊNEROS LITERÁRIOS:

O estudo dos gêneros literários preocupa-se em agrupar as diversas modalidades de expressão literária pelas suas características de forma e conteúdo. Cada gênero pressupõe uma técnica, um estilo, um modo de ser do artista. A classificação básica dos gêneros compreende: o lírico, o épico e o dramático.

A)Gênero Lírico - Na Grécia Antiga a poesia era declamada ao som da lira, daí a origem da palavra lírico. Pela tradição literária esse instrumento passou a simbolizar a poesia.

No gênero lírico predomina o sentimento, a emoção, a subjetividade, a expressão do EU. É a manifestação do mundo interior através de uma visão pessoal do mundo.

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O tema lírico por excelência é o amor, os demais lhe são,de certa forma correlatos: a solidão, a angústia, a saudade, a tristeza.A linguagem lírica prima pela elaboração artística, mostra-se densamente metafórica, explora a sonoridade e o arranjo das palavras.

O lirismo identifica-se com a própria poesia, mas pode ocorrer num romance, num filme, num quadro e em outras formas de arte.

b)Gênero Dramático - A palavra drama em grego significa ação. O gênero dramático abrange os textos em forma de diálogo destinados à encenação.

Os fatos não são narrados como num romance, posto que os autores assumem papel das personagens diante de um público que assim é envolvido com os acontecimentos.

Uma peça é uma obra literária enquanto texto destinado à leitura. Por outro lado, enquanto espetáculo teatral depende dos meios técnicos empregados na apresentação: imposição de voz, maquilagem, cenário, figurino, iluminação.

c)Gênero épico ou Narrativo - Ao gênero narrativo pertencem aqueles textos em que alguém narra uma história, procurando retratar o mundo exterior.

Na antiguidade a forma narrativa consagrada era a épica em que se faziam relatos de versos sobre as origens das nacionalidades, os acontecimentos históricos que mudaram o curso da humanidade. Os heróis épicos eram personagens históricas ou semideuses que se destacaram por excepcionais façanhas. Cumpre ressaltar as mais célebres epopéias: aIlíada e a Odisséia de Homero; a Eneida de Vergílio; Os Lusíadas de Camões.

As formas narrativas modernas resultam da evolução do gênero épico. São elas: o romance, o conto, a novela e a crônica. O romance e a novela apresentam uma estrutura de múltiplos conflitos, em que se caracteriza a pluralidade de ações. Em contrapartida, o conto gira em torno de um único conflito, decorre disso a unidade de ações. A crônica, nascida das colunas dos jornais, exploram fatos da atualidade.

GÊNEROS LITERÁRIOS

A crônica Interaja-se mais com as características inerentes a esse gênero textual! A fábula e suas características discursivas Em apenas um clique, interaja-se com estas! Autor e narrador: elementos que os diferenciam O autor e o narrador são diferenciados por alguns elementos. Classificação das rimas quanto aos tipos de som Tendo em vista o tipo de som que apresentam, as rimas apresentam

classificações distintas. Procure tão logo conhecê-las, de forma a ampliar ainda mais seu conhecimento! Elegia A beleza dramática da tristeza e da melancolia: Clique e saiba mais sobre a elegia, tipo de poesia do gênero

lírico. Eu lírico Afinal, de quem é a voz nos textos literários? Entenda as diferenças entre o eu lírico e o autor. Foco Narrativo O foco narrativo é a perspectiva por meio da qual o narrador narra os acontecimentos da trama. Gênero dramático Sua principal característica é a representação. Interaja-se mais sobre suas peculiaridades! Gênero lírico Sentimentos e emoções! Envolva-se também neste clima e conheça suas características! Gênero Narrativo Informe-se sobre suas características clicando aqui! Gêneros literários Representam a temática e a forma contidas nas manifestações literárias! Novela Literatura e gêneros literários: conheça as características do gênero literário Novela. O conto e suas demarcações Uma modalidade pertencente ao gênero narrativo. Conheça-o! O conto fantástico Interaja-se mais acerca de suas principais características! O eu poético versus o autor O eu poético e o autor não apresentam a mesma função na criação literária. O Haicai O haicai é uma forma poética de origem japonesa, constituída de traços específicos. Poemas de forma fixa Faça um estudo percorrendo o universo das formas literárias pertencentes ao gênero lírico,

clicando e conferindo acerca dos poemas de forma fixa! Recursos da linguagem poética A linguagem poética é demarcada por alguns recursos formais, como métrica, rima e

ritmo. Conheça aqui acerca das características que os norteiam! Refrão O refrão se define como um verso ou conjunto de versos que se repete ao final de cada estrofe Rimas Pobres, Ricas e Raras De acordo com a forma em que as palavras são rimadas, as rimas se classificam em

pobres, ricas e raras. Certifique-se de tais aspectos clicando aqui! Textos instrucionais Gêneros comumente utilizados em nosso cotidiano! Conheça sobre os aspectos que lhes são

peculiares!

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VersificaçãoVersos, Rimas e Estrofes Versificação é a arte de fazer versos.Verso é considerado cada linha de um poema. Pode ser apresentada como uma palavra ou segmento de palavras com um tipo de rítmica. Ocorre em sílabas longas ou breves (versos métricos), de acordo com o número de sílabas (versos silábicos), segundo a acentuação (versos rítmicos).“Quem é esse viajante } VERSOQuem é esse menestrelQue espalha esperançaE transforma sal em mel?”(Milton Nascimento)

As sílabas para o poeta são uma forma de ritmo para as palavras.Como fazer as contagens das sílabas:1. Conta-se até a última tônica do verso.Exemplo:“ÉS/A/CLA/VE/DO/SOL,/ÉS/A/CHA/VE/DA/SOM/BRAÉS/A/POM/BA E O/COR/VO./ÉS/A/CA/PA/NA/FU/FA.”(David Mourão Ferreira)2. Observam-se os Encontros Vocálicos:Exemplo:“À/MI/NHA/CA/BE/CEI/RA O/CRIS/TO/MO/RRE.”(Sebastião da Gama)

A classificação do verso é de acordo com o número de sílabas:* Monossílabo – versos com uma sílaba.* Dissílabos – versos com 2 (duas) sílabas.* Trissílabos – versos constituídos com 3 (três) sílabas.* Tetrassílabos – versos constituídos com 4 (quatro) sílabas.* Pentassílabos – versos com uma estrutura de 5 (cinco) sílabas ou chamado de redondilha menor.* Hexassílabos – versos estruturados com 6 (seis) sílabas.* Heptassílabos – versos constituídos de 7 (sete) sílabas ou chamado de redondilha maior.* Octossílabos – versos constituídos com 8 (oito) sílabas.* Eneassílabos - versos com 9 (nove) sílabas.* Decassílabos – versos estruturados em 10 (dez) sílabas.* Hendecassílabos – versos com 11 (onze) sílabas.* Dodecassílabos – versos constituídos em 12 (doze) sílabas ou chamado de alexandrino.* Verso bárbaro – versos com mais de 12 (doze) sílabas.

Rima é a sucessão de sons fortes ou fracos repetidos com intervalos regulares ou variados. Pode ser avaliada quanto ao valor e combinações.Classificação quanto a rima de valor:* Toante – repetição de sons vocálicos.* Aliterante – repetição de sons consonantais.* Consoante – repetição de todas as letras e sons.* Aguda – rimas de palavras oxítonas.* Esdrúxula – rimas de palavras paroxítonas.* Ricas – rimas de palavras raras.* Pobres – rimas de palavras comuns.Classificação quanto a rima de combinações:* Emparelhada – ocorrem de duas em duas (AABB)* Alternadas – ocorrem de forma alternada (ABAB)* Interpoladas – ocorrem de forma opostas (ABBA)* Mistas – tudo embaralhado (ABACDCD)

Estrofe é o conjunto de vários versos.Classificam-se em:* Monóstico – só um único verso.* Dístico – dois versos.* Terceto – três versos.* Quadra – quatro versos.* Quintilha – cinco versos.

* Sextilha – seis versos.* Septilha – sete versos.* Oitava – oito versos.* Nona – nove versos.* Décima – dez versos.

 

 EXERCÍCIOS22

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1.Conte as silabas poéticas dos versos assinalados e dê todas as classificações possíveis para as rimas encontradas nas seguintes estrofes:1)”Pequeno grão calmo e leve     que o rei guardou no paiol     por dentro alvura de neve    por fora cachos de sol.

   O vento penteia a trança    do trigal cheio de espiga   em surdina uma cantiga   um murmurar de criança.’ (Lacy Osório)

R.: Esse poema tem versos de ___________silabas, portanto é ____________________

2)” Não chores, meu filho:     — Não chores, que a vida      É luta renhida:     Viver é lutar.      — A vida é combate,    Que os fracos abate,     Que os fortes e bravos     Só pode exaltar.”           (G. Dias)

R.: Essa estrofe tem versos de _________ sílabas, portanto é ____________________

3)” — Amo-te como um bucho, simplesmente           De um amor sem mistério e sem virtude           Com um desejo maciço e permanente.           -  E de amar assim, muito e amiúde          È  que um dia em teu corpo de repente          Hei de morrer de amar mais do que pude.  (V.. de Morais)

R.:  Esse soneto tem versos de ______  sílabas, portanto é _________________.

4)” — Amou daquela vez como se fosse a última            Beijou sua mulher como se fosse a única            E cada filho seu como se fosse o pródigo            E atravessou a rua com seu passo bêbado            Subiu a construção como se fosse sólido.”   (C. B. de Holanda)

R. :  Esse poema tem versos de __________sílabas, portanto é ____________________

           EXERCÍCIOSEnquanto morrem as rosas...                                Manuel Bandeir Morre a tarde. Erra no ar a divina fragrância. Fora, a mortiça luz dos crepúsculos arde. Nas árvores, no oceano e no azul da distância                 Morre a tarde...                                     Morrem as rosas. Minhas pálpebras se molhamNo pranto das desesperanças dolorosasSobre a mesa, pétala a pétala, se esfolham.                 Morrem as rosas...

Morre o teu sonho?... Neste instante o pensamentoAcabrunha o meu ser como um pesar medonho.Ah, por que temo assim? Dize: neste momento                  Morre o teu sonho?...

Em relação ao texto acima, quanto à forma, pode-se dizer que o mesmo é:a. (  ) Um soneto com rimas alternadas — abab — em todas as estrofes.b. (  ) Um poema lírico composto por três estrofes, versos decassílabos e rimas intercaladas.c. ( ) Um poema lírico composto por três quartetos, apresentando rimas alternadas — abab - em todas as estrofes.d. (   ) Um soneto, aos moldes camonianos.e. ( ) Um poema lírico, de métrica constante (todos os versos são dodecassílabos) e rimas emparelhadas.

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1) Numere as duas colunas:                        (1) Versificação               (2) Verso                          (3) Estrofe                      (4) Poema                                (5) Metro                          (6) Escansão                  (7) Rima                         (8) Ritmo                          .(   ) É um  agrupamento de versos.(   )  É a medida do verso (quantidade de sílabas métricas.)(  )  É a identidade ou semelhança de sons no final ou  interior dos versos.                                (   ) É a arte de fazer versos.(  ) É a sucessão alternada de sons tônicos ou átonos, repetidos  com   intervalos regulares, resultando numa cadência agradável.(   ) É a unidade rítmica de una poema.Corresponde a uma linha de   (  ) É a contagem das sílabas poéticas, que diferem das sílabas   gramaticais.(   )É o agrupamento de estrofes ou versos.                    2) Classifique as rimas quanto à  disposição:    a) Que rumor é esse na mata.        Por que se alarma a natureza?         Ai ... É a motosserra que mata,         Cortante, oxigênio e beleza.                            (C. D. de Andrade)   _____________________________

b)Pode, em redor de ti, tudo se aniquilar:   -  Tudo renascerá cantando ao teu olhar,    Tudo, mares e céus, árvores,  montanhas,    Porque a vida perpétua arde em tuas entranhas.    _______________________________

c) Sorriu-me a vida pressurosa.Colhi a rosa em primavera;Mas da ilusão feriu-me a dorE esse amor se fez quimera    _____________________________

d)Já toda a  terra adormece.Sai um soluço da flor;Rompe de tudo um rumor,Leve como o de uma prece.  _____________________________     

 3-Agora, analise este  poema de Carlos Drummond de Andrade: E agora, José?

a festa acabou,a luz apagou,o povo sumiu,a noite esfriou,e agora, José?e agora, você?

Você que é sem nome,que zomba dos outros,

você que faz vermos,que ama, protesta?E agora, José?

Está sem mulher,está sem discurso,está sem carinho,já não pode beber,já não pode fumar,

cuspir já não pode.

A noite esfriou,o dia não veio,não veio a utopiae tudo acaboue tudo fugiue tudo mofou.e agora, José?

a) Número de sílabas:__________                               b) Classificação:_______________                                              c) Nº de versos de cada estrofe:_________________                   d) Classificação:_____________________________e) Rimas: distribuição:_________                 valor:______________                 sons:_______________

4-Vejamos agora esse fragmento do “Navio Negreiro”, de Castro Alves: “Auriverde pendão da minha terra,                    Que a brisa do Brasil beija e balança,                Estandarte que a luz do sol encerra                  E as promessas divinas da esperança...            Tu, que da liberdade após a guerra                    Foste hasteada dos heróis na lança,                                     Antes te houvessem roto na batalha,                                 

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  Que servires a um povo de mortalha.”

a) Número se sílabas: ____________b) Classificação:_________________                c) Nº de versos de cada estrofe:__________d) Classificação:_____________________e) Rimas: distribuição:______________                 valor: ______________                 sons:_______________   Leia atentamente a poesia a seguir, de Olavo Bilac, para as questões a  ela referentes:                           PÁTRIAPátria, latejo em ti, no teu lenho, por ondeCirculo! e sou perfume, e sombra, e sol, e orvalhoE, em seiva, ao teu clamor a minha voz responde,E subo do teu cerne ao céu de galho em galho.

Dos teus liquens, dos teus cipós, da tua fronde, Do ninho que gorjeia em teu doce agasalho, Do fruto a amadurar que em teu seio se esconde, De ti,  — re bento em luz e em cânticos me espalho!

Vivo, choro em teu pranto; e, em teus dias felizes, No alto, como uma flor, em ti, pompeio e exulto! E eu, morto, — sendo tu cheia de cicatrizes,

Tu golpeada e insultada, — eu tremerei sepu1to: E os meus ossos no chão, como as tuas raízes, Se estorcerão de dor, sofrendo o golpe e o insulto!                                                            (Olavo Bilac)

5- Complete as lacunas:a)Sendo um poema de forma fixa, um soneto, ele apresenta duas estrofe de quatro vermos, os ____________ e duas de três versas, os____________ b)Cada verso tem ________ versos que se chamam, assim, _________________________c)As rimas dos dois quartetos, por sua distribuição, apresentam-se  ____________________d)Quanto a semelhança dos sons, as ramas são _________________e)Quanto ao valor, temos rimas ____________

Exercício de versificação respondido Exercícios Sobre Noções de Versificação 1.  Assinale a alternativa em que o primeiro verso é um decassílabo sáfico. a) fruto, depois de ser semente humilde e flor, /    Na alta árvore nutriz da vida, amadureço.b) A dor de quem recorda os tempos idos  /    Fere como um punhal envenenadoc) Já a lágrima triste choraram teus filhos. /     Teus filhos que choram tão grande tardançad) Índio gigante adormecerá um dia. /     Junto aos Andes por terra era prostrado.e) N.D.R.

2.  Assinale a alternativa  que contém  verso alexandrino.a) Sabíamos que durava, gloriosa e intacta a lua.b) Quero a alegria de um barco voltando.c) Eu não sei se tudo era pra mim desejod) Ó meu ódio, meu ódio majestosoe) N.D.R.

3.  CANÇÃO AMIGA Eu preparo uma cançãoEm que minha mãe se reconheça,Todas as mães se reconheçamE que fale com dois olhosCaminho por uma ruaQue passa em muitos paísesSe não me vêem, eu vejoE saúdo velhos amigosEu distribuo um segredoComo quem ama ou sorri

Dois carinhos se procuramMinha vida, nossa vidaFormam um só diamente.Aprendi novas palavrasE tornei outro mais belas.Eu preparo um cançãoQue faça acordar os homensE adormecer as crianças.(Carlos Drummond de Andrade)

Observando a métrica do texto proposto, conclui-se que predominam versos:

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a)  hexassílabos b)  octossílabos c)  decassílabos d)  heptassílabos e)  eneassílabos

4.  “De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encanto mais meu pensamento”.                        (Soneto da Felicidade – Vinícius de Morais) Sendo a primeira estrofe de um soneto, o texto acima a) é obrigatoriamente de quatro versos.b) pode ser de três ou quatro versosc) poderia ter sido escrito em intuir liberdade quanto ao número de versosd) necessita de outra estrofe de quatro versos para terminar a poesiae) necessita de outras estrofes de três versos para terminar a poesia.

5.  No texto acima o: a) primeiro verso é esdrúxulo b) segundo verso é branco c) terceiro verso é livred) terceiro verso é agudo e) quarto verso é grave

6.  Na estrofe acima há:a) Quatro versos alexandrinos graves; b) Quatro versos alexandrinos agudoc) Quatro versos alexandrinos trimétricos; d) Quatro versos de onze ou treze sílabas;e) Temos versos decassílabos

7. Faça a escansão dos versos e diga a classificação dos mesmos: a)      “Estou deitado sobre  minha mala”b)      “Ah! Quem há de exprimir, alma imponente e escrava” (Olavo Bilac)c)      “A nuvem guarda o pranto” (Alphonsus de Guimaraens)d)      “Tu choraste em presença da morte” (G. Dias)e)      “Vagueio campos noturnos” (Ferreira Gullar)   f)       “Não sei quem seja o autor” (B. Tigre)g)      “e a boca é um pedaço de qualquer tecido vermelho.”  (Manuel de Fonseca)h)      Quero a alegria de um barco voltando.i)        “Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto”  (V. Moraes)j)        “Brilhava o sol, quente e a ma”k)      “Amou daquela vez como se fosse a última” (Chico Buarque) 8. Destaque e classifique as ligações rítmicas dos versos a seguir: a)      Ela estava só na casa de pedra.  b)      “e a boca é um pedaço de qualquer tecido vermelho.”  (Manuel de Fonseca)c)      E nós  co’esperançad)      “Não sei quem seja o autor” (B. Tigre)e)      “Ah! Quem há de exprimir, alma imponente e escrava” (Olavo Bilac)f)       Na alta árvore nutriz da vida, amadureço.g)      Junto aos Andes por terra era prostrado.h)      Sabíamos que durava, gloriosa e intacta a lua.i)        “Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto”  (V. Moraes)j)        O beijo é um fósforo aceso  k)      “Brilhava o sol, quente e a ma”l)        “Amou daquela vez como se fosse a última” (Chico Buarque)

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