fotografia performatica
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8/19/2019 Fotografia Performatica
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades Instituto de Artes
Elena O´Neill
Fotografia Performática
Rio de Janeiro
2008
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Elena O´Neill
Fotografia Performática
Dissertação apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre ao Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Arte e Cultura Contemporânea.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Cláudio da Costa
Rio de Janeiro 2008
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Elena O´Neill
Fotografia Performática
Dissertação apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre ao Programa de Pós-graduação em Artes, da
Universidade do Estado do Rio deJaneiro. Área de concentração: Arte e Cultura Contemporânea
Aprovado em 25/03/2008
Banca examinadora:
____________________________________ Prof Dr. Luiz Cláudio da Costa (Orientador) Instituto de Artes da UERJ
____________________________________ Prof. Dr. Roberto Conduru Instituto de Artes da UERJ
____________________________________
Prof. Dr. Stéphane HuchetEscola de Arquitetura da UFMG
Rio de Janeiro 2008
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Para José Luis
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AGRADECIMENTOS
A colaboração de muitas pessoas foi decisiva para fazer possível este trabalho.
Sou grata a meu orientador, Cláudio Da Costa, por ter me acompanhado neste processo e
pelas leituras dos meus textos; a Stéphane Huchet e Roberto Conduru que integraram a banca
de minha defesa de dissertação, pelos seus comentários sensíveis e inteligentes; a Roberto
Corrêa dos Santos, que integrou a banca de minha prova de qualificação, pelos seus valiosos
comentários; ao Programa de Pós-Graduação da Uerj; a Ronaldo Brito, Vera Beatriz Siqueira,
Maria Berbara e Marcus Motta, cada um me mostrou um ponto de vista e uma sensibilidade
diferente; a Graciela Figueroa, por ter me ensinado o que é a arte; a Nieves Silveira pelas
longas conversas sobre pintura e à memória de Guillermo Fernández, quem me ensinou a ver. Agradeço a Elena Hughes e Alberto O´Neill, a Olga Silvera e a minha família em Uruguay; a
José Luis, por estar a meu lado.
Agradeço o apoio, estímulo, sensibilidade, generosidade e amizade de Inês de Araújo, Cezar
Bartholomeu, Alba Lírio, Julieta Leborgne, Ligia Saramago, Maria Noel Secco e Jaime
Trespalacios.
E agradeço especialmente a Gwendolyn Owens e Anne-Marie Sigouin, do arquivo Gordon
Matta-Clark, no Canadian Center for Architecture, Montreal, sua ajuda foi valiosíssima.
A todos, e a cada um, sou imensamente grata.
A todos, y a cada uno, muchísimas gracias.
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RESUMO
O´NEILL, Elena. Fotografia Performática. 2008. 140 f. Dissertação (Mestrado em Arte e Cultura Contemporânea) - Instituto de Artes, Universidade do Estado de Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
Este trabalho se propõe pensar a fotografia performática. Embora esta noção não tenha sido ainda definida, é possível identificar em algumas obras de Eugène Atget, László Moholy-
Nagy, Marcel Duchamp e Gordon Matta-Clark particularidades que me levaram a nomeá-lasdessa forma. A tentativa de definir o conceito de fotografia performática assim como algumas reflexões sobre esses trabalhos a partir dessa definição, me permitiram abordar questões tais como o confronto da continuidade da percepção com a multiplicidade de uma visão não sintética, a impossibilidade da memória de completar mentalmente aquilo que não se apresenta como visível recorrendo a objetos semelhantes, o desconforto frente a situações que não conhecemos e a insatisfação de nossos hábitos visuais. Considerar a fotografia como ato, como atividade concreta, implica um posicionamento e uma intervenção no real, plausível de afetar diversos níveis da experiência humana. Uma ação impulsionada pela obra e intrínseca à formação de uma realidade estética, que questiona convicções, desmaterializa pontos de vista fixos, dissolve os a priori e aprofunda níveis de percepção. Mas ainda que nos coloque frente
a alguns desafios, também nos permite, entre outras coisas, dotar as imagens fotográficas de plasticidade e assim tirar o aspecto fixo delas.
Palavras chave: Fotografia performática. Delírio. Espaço.
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ABSTRACT
This thesis is an approach towards thinking photography as performative. Although this concept not been defined yet, it is possible to identify certain aspects in some of the works of Eugène Atget, László Moholy-Nagy, Marcel Duchamp and Gordon Matta-Clark that lead to name it that way. Trying to outline the notion of performative photography as well as some considerations on the works of those artists based on that concept, allowed inquiring issues such as the confront between the continuity of perception and the multiplicity of a non-
synthetic vision, the impossibility of memory to complete mentally that which does not present itself as visible unless having recurring to similar objects, the inadequacy we feel facing unknown situations and the non-satisfaction of our visual habits. Photography as an act, as a concrete activity, involves taking a position and interfering in reality, affecting several levels of human experience. An action driven by the work itself and intrinsic to an esthetic reality, that questions convictions, dissolves previous ideas and demands deeper levels of perception. Although it forces us to face some challenges, it also enables us to
bestow plasticity to photographic images, thus removing their fixed condition.
Key words: Performative photography. Hallucination. Space.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. Le Rossignol Chinois, 1920, Max Ernst.
Collage de fotografias e nanquim s/ papel. 12,2 x 8,8cm ......................................................... 33 2. Au-Dessus des Nuages Marche La Minuit , 1920, Max Ernst. Collage de fotografias e lápis. 18,3 x 13cm. ………………………………………................. 33
3. Anne Robsart , circa 1877, William F. Yeames. ................................................................... 34
4. La Femme 100 Têtes Ouvre sa Manche Auguste, 1929, Max Ernst. Collage s/papel. 30 x 14,2cm. ................................................................................................... 34
5. Au Tambour , 1908, Eugène Atget. Fotografia p&b, cópia por contato. 18 x 24cm. ......................................................................... 47
6. Au Petit Dunquerque , 1900, Eugène Atget. Fotografia p&b, cópia por contato. 18 x 24cm. ......................................................................... 47
7. L´Eclipse , 1912, Eugène Atget. Fotografia p&b, cópia por contato. 18 x 24cm. ......................................................................... 48
8. Avant l´Eclipse , 1912, Eugène Atget. Fotografia p&b, cópia por contato. 18 x 24cm. ......................................................................... 48
9. Passage des Gobelins , 1900, Eugène Atget.
Fotografia p&b, cópia por contato. 18 x 24cm. ......................................................................... 49
10. Coin de la Rue de Bièvre , 1924, Eugène Atget. Fotografia p&b, cópia por contato. 18 x 24cm. ......................................................................... 49
11. “Dernières Conversions”, Capa de La revolution Surrealiste, n. 7. (15 junho 1926). ....... 50
12. Torre de Berlin, circa 1928, László Moholy-Nagy. Fotografia p&b, invertida. .......................................................................................................... 70
13. Torre de Berlin, circa 1928, László Moholy-Nagy. Fotografia p&b. .......................................................................................................................... 70
14. Vista desde a torre de rádio, Berlim, 1928, László Moholy-Nagy. Fotografia p&b ........................................................................................................................... 70
15. Capa do livro Erwin Piscator: Das Politische Theater , 1929, László Moholy-Nagy. ...... 71
16. Meurtre sur le Rails, 1925, László Moholy-Nagy. Photoplastik . ............................................................................................................................... 71
17. Comment rester jeune et belle, 1925. László Moholy-Nagy. Photoplastik . ............................................................................................................................... 71
18. Fotograma, 1922, László Moholy-Nagy. ............................................................................. 71
19. Marseille, 1929, László Moholy-Nagy. Fotografia p&b .................................