gref - optica
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15. As cores da luz e a sua explicao
16. Imagem quntica no filme e na TV
17. A luz e a cor das estrelas
18. Laser
13. As cores da luz e a sua composio
14. As cores da luz e a sua complicao
22. As lentes esfricas
23. Os instrumentos pticos
6. Acertando cmara e filme
7. A videogravao ou cmara de TV8. De olho no olho
9. Duas pticas
1. A viso
2. Uma viso do curso
3. Recepo e registro de imagens
4. A cmara escura
5. Foto + grafar
10. Fontes de luz (e de calor)
11. O carter eletromagntico da luz
12. As cores da luz e a sua decomposio
19. Espelhos planos
20. Espelhos esfricos
21. Defeitos da viso
leituras de
fsicaGREF
para ler, fazer e pensarPTICA
1 a 23
Vol. 2parte B
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Leituras de Fsica uma publicao do
GREF - Grupo de Reelaborao do Ensino de FsicaInstituto de Fsica da USP
EQUIPE DE ELABORAO DAS LEITURAS DE FSICAAnna Ceclia Copelli
Carlos Toscano
Dorival Rodrigues TeixeiraIsilda Sampaio Silva
Jairo Alves Pereira
Joo Martins
Lus Carlos de Menezes (coordenador)
Lus Paulo de Carvalho Piassi
Suely Baldin Pelaes
Wilton da Silva Dias
Yassuko Hosoume (coordenadora)
ILUSTRAES:Fernando Chu de Menezes
Mrio Antonio Kanno
COLABORADOR ACADMICO:Marcelo de Carvalho Bonetti
ELABORADORES PARTICIPANTES DE ETAPAS ANTERIORES:Cassio Costa Laranjeiras
Cintia Cristina Paganini
Marco Antonio Corra
Rebeca Villas Boas Cardoso de Oliveira
APLICADORES: Centenas de professores do ensino pblico, com seusalunos, fizeram uso de verses anteriores de diferentes partes desta
publicao, tendo contribudo para sua avaliao e aper feioamento, que
deve prosseguir na presente utilizao.
Financiamento e apoio:
Convnio USP/MEC-FNDE
Subprograma de educao para as Cincias (CAPES-MEC)
FAPESP / MEC - Programa Pr-Cincia
Secretaria da Educao do Estado de So Paulo - CENP
A reproduo deste material permitida, desde queobservadas as seguintes condies:
1. Esta pgina deve estar presente em todas as cpiasimpressas ou eletrnicas.
2. Nenhuma alterao, excluso ou acrscimo de qualquerespcie podem ser efetuados no material.
3. As cpias impressas ou eletrnicas no podem serutilizadas com fins comerciais de nenhuma espcie.
fevereiro de 2006
GREF
Grupo de Reelaborao do Ensino de FsicaInstituto de Fsica da USP
Rua do Mato, travessa R, 187Edifcio Principal, Ala 2, sala 303
05508-900 - So Paulo - SP
fone: (11) 3091-7011fax: (11) 3091-7057
Site oficial: www.if.usp.br/gref
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Apresentao
O GREF, Grupo de Reelaborao do Ensino de Fsica, reuniu por vrios anos no Instituto de Fsica da Universidade de So Pauloalguns docentes universitrios e vrios professores da rede estadual paulista de ensino pblico. Essa equipe, dedicada aoaperfeioamento em servio de professores de fsica, apresentou em trs livros1 sua proposta de ensino. Em seguida, concebeuestas Leituras de Fsica para alunos, que tm sido continuamente aperfeioadas a partir de sugestes decorrentes de suaaplicao escolar.A concepo de educao dialgica de Paulo Freire, na discusso de temas da vida real, est entre as que inspiraram o trabalho
do GREF, resultando em critrios incorporados s Leituras, mas que podem ser explicitados para os professores que as utilizem: Processos e equipamentos, do cotidiano de alunos e professores, interligam a realidade vivida e os contedos cientficos
escolares, o que facilita o desenvolvimento de habilidades prticas nos alunos, associadas a uma compreenso universalda fsica.
Os alunos so interlocutores essenciais, desde o primeiro dia, participando do levantamento temtico de conceitos,equipamentos e processos relacionados ao assunto tratado, como Mecnica, Termodinmica, ptica ouEletromagnetismo.
A linguagem e o formato das Leituras procuram facilitar seu uso e cadenciar o aprendizado. Uma primeira pginaapresenta o assunto, duas pginas centrais problematizam e desenvolvem os contedos cientficos e uma quarta pginasugere atividades, exerccios e desafios.
O nmero de Leituras leva em conta a quantidade de aulas usualmente reservadas fsica, para poupar o professor danecessidade de promover cortes substanciais nos contedos gerais e especficos tratados.
O trabalho desenvolvido pelo GREF, que tambm teve eco nos Parmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Cincias eMatemtica, d margem aos professores de cincias em geral a tratar as suas disciplinas de forma articulada com o aprendizadoda fsica. As Leituras de Fsica do GREF para alunos tm sido utilizadas h vrios anos na forma de apostilas, em nossa redeestadual e em nvel nacional, numa grande variedade de escolas pblicas de ensino mdio regular e de ensino tcnico.Professores e alunos tm feito uso de cpias obtidas diretamente pela internet2, e espera-se que isso continue acontecendo,sem finalidade lucrativa.
Os que conceberam estas Leituras se alegram com a presente edio, pela Secretaria de Educao do Estado de So Paulo, quefar chegar o resultado de seu trabalho a um nmero maior de alunos, na forma de trs livros.
Bom trabalho!
Coordenadores e elaboradores do GREF/IFUSP
1 Mecnica (Vol. 1); Fsica Trmica e ptica (Vol. 2) e Eletromagnetismo (Vol. 3), publicados pela EDUSP, Editora da Universidade de So Paulo.2www.if.usp.br/gref
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1A viso
O que vemos e o queno vemos pode ser
registrado e ampliadopor instrumentos
pticos. Os olhos e a
memria so nossosinstrumentos naturais.
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1 A visoA primeira grande revoluo no registro visual de fatosocorreu com a descoberta da fotografia, porque tornavapossvel, a qualquer pessoa, fixar as imagens que desejasse.
O cinema, por sua vez, popularizou as artes cnicas, sendoquase "atropelado" pela televiso, que leva as imagensdinmicas para a casa do espectador. Finalmente, a video-
gravao permite gravar cenas com a mesma facilidadecom que, antigamente, s se podia fotografar.
Na realidade, mais fcil entender como funciona umamquina fotogrfica, um projetor de cinema, uma tela de
TV, do que saber como vemos e registramos imagens emnosso crebro.
Talvez o problema seja que, de todos esses aparelhos de"ver e registrar", o olho e o crebro humano so os nicosque no fomos ns quem inventamos... Neste curso deptica, vamos poder compreender como tudo isso ocorre.
- Que coisa linda!!!
- Fotografou?
- No...
- Ento perdeu...
- Perdi nada. Est gravado na memria!
uma pena no poder mostrar para os outros certas cenasque nossa memria registra. A gente pode contar, masno a mesma coisa. Desde tempos remotos, o ser humanosempre desejou deixar gravadas cenas de coisas que lheso importantes. Figuras de animais de caa, por exemplo,foram encontradas em interiores de cavernas, redutos dohomem pr-histrico. As artes visuais, inicialmente pinturasou desenhos e mais tarde fotos e videogravaes, tm
registrado objetos do desejo, informaes, emoes emomentos da histria.
Da parede das cavernas para o papel levou muitos milharesde anos, das tintas at a inveno da fotografia (1826)centenas de anos, at o cinema (1895) dezenas e maisoutras dezenas at chegarmos gravao magntica em
vdeo. So todas construes da mesma mente humanaque, desde que se formou, aprendeu a gravar cenas namemria...
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A ptica o qu?
- Lus, voc foi hoje ptica buscar seus culos?
Nesta pergunta, a palavra ptica se refere loja que faz oaviamento de receitas do oculista, tambm chamado deoftalmologista, e comercializa instrumentos pticos, comoculos, lunetas, mquinas fotogrficas e cmeras de vdeo.
Como parte da fsica, a ptica o estudo de fenmenosligados luz e viso. A viso responsvel por grandeparte das informaes que recebemos. Nossos olhos sosensveis luz, como nossos ouvidos ao som, ou nossapele ao calor e ao toque. Se nenhuma fonte emitir o som,nada h que os ouvidos escutem. Da mesma forma, ascoisas tm de ser iluminadas ou luminosas, para que as
enxerguemos, ou seja, devem emitir ou refletir a luz paraser vistas.
H pessoas que enxergam mal de longe, outras de perto.Os culos so lentes para corrigir deficincias de viso.Outros instrumentos pticos, como a lupa e o microscpio,por exemplo, nos auxiliam quando queremos examinar
um objeto muito pequeno, cujos detalhes nem seriamvisveis a olho nu. Os raios X, ento, nos permitem ver egravar at estruturas fora do alcance da luz comum.
A ptica permite compreender muitos instrumentos, nosquais lmpadas, telas, lentes e espelhos so partesessenciais, entender a natureza das cores, nas figurasimpressas, nas fotos, na tela de TV e, antes de mais nada,a ptica permite compreender a viso. Vamos iniciar oestudo da ptica pedindo a voc que relacione todos osinstrumentos, situaes e processos que associa com a viso.
Faa uma lista quecontenha
instrumentos,
situaes e processos,
procurando discutir
que tipo de relao
eles tm com a viso.
Mesmo objetos grandes e brilhantes, como as estrelas nocu ou as estrelas no palco, podem ser tambm difceis de
ver, se estiverem muito afastados de ns. Para esses casosos instrumentos pticos indicados so o telescpio, a lunetaou o binculo. Os astrnomos vasculham os cus, outrosquerem detalhes nos esportes, sem falar de alguns
moradores de apartamento...
Os espelhos servem para mais coisas do que para a gentese admirar; so retrovisores em veculos, so periscpiosem submarinos e elevadores, e, em formato parablico,so ampliadores de imagem nos telescpios de reflexo.
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A percepo que temos do mundo resulta de umacombinao de sentidos, processada simultaneamente emnosso crebro. Um rudo ao nosso lado pode fazer comque nos voltemos para olhar algo que antes no havamosnotado. Um cheiro desagradvel pode fazer com queinvestiguemos a sola de nossos sapatos, para ver se pisamos
em algo... Da mesma forma, levamos s narinas uma florcuja beleza nos atraiu.
LEITURA - A viso
A maior parte da percepo humana visual, uma outraparte significativa sonora e os demais sentidos, o tato, oolfato e o paladar, exceto em circunstncias especiais, tmfuno complementar. Tambm por isso, as extenses da
viso e da memria visual ou as extenses da audio eda memria auditiva so muito mais numerosas econhecidas que as extenses dos demais sentidos.
QUESTES
1) EM QUE CONDIESUMOBJETO PODE SER VISTO?
(VEJAASEGUNDAFIGURADAPGINAANTERIOR)
2) EXAMINEUMOBJETOQUALQUERAOLHONU,DESPOIS OBSERVE-O COMUMALUPA. DESCREVAOSDETALHESQUE VOCSPERCEBEU DEPOIS QUEUSOU
ALUPA.
Talvez, mais do que qualquer outra forma de observao,a viso nos permita, imediatamente, uma percepopanormica. Com o tato, no podemos perceber atemperatura ou textura de objetos distantes, pois no temos"teletato".
A audio j se parece um pouco mais com a viso, pelofato de termos dois olhos e dois ouvidos para poder ver eouvir em trs dimenses, ou pela comparao possvel
entre cores e timbres.
O telescpio, o microscpio, o radar, a televiso, a fotografia,a radiografia, o cinema e a videogravao, o alto-falante, ordio, as gravaes de som em fitas e discos so maissignificativos e freqentes do que os sistemas de ampliaoe registro de temperaturas, de presses, de sabores e decheiros.
VOC CONHECEO TELEOLFATO?Tente imaginar a percepo de um cego ao apalpar umtringulo de carto ou um disco de ferro, a maneira comoele guarda essas formas em sua memria e as reproduzdesenhando. Voc sabe o que a escrita Braille?
VOCDIRIAQUEOCEGOVCOMASMOS?Assim como se pode comparar a leitura do cego com otato de formas em geral, podemos comparar a imprensaescrita com a reproduo de imagens e a fotografia.
As mensagens publicitrias fazem uso das imagens, daescrita e do som, reproduzindo fala e msica. Tente lembrarde formas associadas ao que voc consome. Por exemplo,formato de garrafas, logotipos, jinglesmusicais,
De quais figuras geomtricas voc se lembra? Do aspectode quais animais e plantas, do rosto de que pessoas? Doformato de quantos objetos? Em preto e branco ou em
cores? Desenhe um crculo, uma mesa, uma aranha, umcoqueiro, uma moa.
DEQUE "FITA" VOCTIROUESTAS IMAGENS?COMOAS GUARDOU?
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2Uma viso do curso
Receptores ou
registradores de
imagens. Fontes, filtros
de luz e cor. Projetores
e ampliadores deimagens.
Vamos organizar em grupos os
instrumentos, situaes e processos
pticos?
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2 Uma viso do curso
Receptores e registradores de imagens
Enxergamos porque o olho um sistema sensvel luzproveniente de objetos, luminosos ou iluminados, querecebe e registra as imagens no crebro; do mesmo modo,uma mquina fotogrfica tambm capta e registra imagensem um filme fotogrfico, ou uma cmera de TV registra asimagens em uma fita magntica.
H outras formas de registro de imagens bem tradicionais,como a imprensa, ou mais modernas, como as copiadoraseletrostticas e impressoras de computadores.
Voc poderia sugerir algum critrio
para a classificao dos
instrumentos, situaes ou processos
pticos que listou na aula anterior?
Converse com seus colegas sobre os
instrumentos, situaes e processos
pticos que constam de suas listas e
procurem agrup-los de acordo
com algum critrio que considerem
razovel.
CLASSIFICANDO OS INSTRUMENTOS,SITUAES E PROCESSOS PTICOS
Vamos realizar esta classificao procurando escolher umcritrio que mais se ajuste ao nosso curso. Por isso pensamosem distribuir essas coisas em trs grupos:
O ato de classificar um rol de elementos ou coisas exigede ns um certo discernimento sobre eles. Ao fazer a listadesses elementos pticos, voc certamente j possuaalgum conhecimento sobre eles, por exemplo, em relao funo de cada um, o que eles permitem fazer, seu uso,entre outros, e por isso os colocou na lista, apesar de nocompreend-los totalmente.
Ao lado anotamos vrios elementos que, de algum modo,esto relacionados com a viso. Provavelmente a lista que
voc preparou seja parecida com esta.
Compare para ver o que est
faltando nessa lista ou na sua.
Voc incluiu o olho humano na sua
lista? Poderia inclu-lo? Justifique.
Neste momento voc est com uma lista de instrumentos,situaes e processos pticos, "doidinho" para estud-los.Por onde comear? Eis a questo!
Lembra quando estudou os seres vivos e o seu professorclassificou os animais em: mamferos, rpteis, insetos?... a mesma coisa...
A classificao uma maneira de iniciar o estudo de umassunto, de modo que os elementos a ser estudados jmostrem algum significado. No h um modo nico, nemo mais correto de classificar. Voc poder escolher algum
critrio para agrupar esses elementos, com base, porexemplo, no seu uso mais conhecido e imediato.
Classificando
Projetor de slidesMquina fotogrficaFlash
Tela de cinemaLentes
Tela de TVBinculoLmpada
TelescpioCmera de TVLaserEspelhoFotocopiadoraLupa
CinemaFilmadora de vdeoMicroscpioculosPeriscpioFogoCaleidoscpioPintura
TintasPigmentoFilmeRaios X
VelaSolArco-risCoresRetroprojetorMiragemIluso de pticaPiscina
Listo
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Alguns projetores de imagens
Ampliadores da viso
Alguns receptores e registradores de imagens
Fontes de luz
Os projetores de cinema ou deslides
projetam numa tela,ou superfcie clara, imagens transparentes que estoimpressas em um tipo de plstico chamado celulide, quefiltra a luz de uma lmpada que passa por ele. A lmpadaconstitui uma fonte de luz, e o celulide com as imagenscoloridas, um filtro de cores.
A tela da TV, que brilha, pode ser vista mesmo no escuroporque uma fonte de luz. As fotografias, desenhos outextos de uma pgina de revista s podem ser vistos seiluminados. As imagens impressas "filtram" a luz branca es "devolvem" a cor correspondente.
Para compreender como a luz, as cores e as imagens podemser produzidas, apresentaremos um modelo microscpicode matria e de luz. Esse modelo permitir interpretar ainterao luz-matria numa vela acesa, num tubo de TV,nas estrelas ou numa gravura.
Veremos como a luz branca do Sol uma combinao demuitas cores, que podem ser separadas, e que tambmexistem fontes de uma nica cor, como o laser.
Projetores e ampliadores de imagens
Existe uma srie de aparelhos constitudos de espelhos elentes que ajudam a ampliar nossa viso, em tamanho ouna abrangncia.
O espelho retrovisor de um automvel, por exemplo, ajudao motorista a enxergar outros automveis que se encontramatrs dele, ampliando seu campo de viso. Os marinheirosem um submarino conseguem ver o que se passa nasuperfcie do mar com o auxlio de um periscpio.
Os defeitos de viso podem ser corrigidos por vriasespcies de lente, como as de contato ou as dos culos.
As lunetas e os grandes telescpios ajudaram a descobrirum universo cheio de astros, impossveis de ser vistos aolho nu, ampliando o tamanho da imagem. J osmicroscpios permitem ver coisas muito pequenas. Vamoschamar todos esses aparelhos de ampliadores da viso.
Procuraremos entender como funcionam tais aparelhos pormeio de uma representao geomtrica das imagensformadas por eles, a partir de uma compreenso dapropagao da luz.
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Exerccios
2.2. Identifique, na "festinha de aniversrio", os instrumentos,dispositivos pticos ou coisas relacionadas viso.
Quais instrumentos ou dispositvos pticos esto presentesna cena do aeroporto?
receptores e
registradores de
imagens
fontes e filtros de
luz e cor
projetores e
ampliadores de
imagem
2.1. Complete a tabela com os aparelhos, situaes eprocessos que voc listou no final da aula 1.
2.4. Aps uma turn de cinco jogos nas I lhas Maurinas,sem nenhuma vitria mas com cinco derrotas, a entusisticatorcida do Arrancatoco F. C. recebe seus heris noAeroporto de Cumbuca, em Barulhos, PS. Um estudanteadversrio, com dor de cotovelo, ficou de longeobservando todo o alvoroo e aproveitou para fazer umlevantamento de dispositivos ou instrumentos ligados
viso e imagens, presentes ali no aeroporto, para iniciarseu estudo de ptica no colgio.
2.3. a) Quais deles poderiam ser colocados no grupo dosreceptores de imagens? Por qu?
b) Quais deles seriam fontes de luz?
c) Nessa festinha existe algum ampliador de imagens? Oualgum corretor de viso?
Justifique suas respostas.
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3Recepo e registro
de imagensA mquina fotogrfica, a
filmadora e o olho
humano: um paralelo entre
eles.
- Voc j viu o que tem dentro de uma mquina fotogrfica?- No.
- Ento no perdeu nada... exceto saber que no h muitacoisa para ver...
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3 Recepo e registro de imagens
A mquina fotogrfica
A procura de imagens cada vez mais ntidas sob as maisdiversas condies - de luminosidade, distncia, tempode durao do evento ou velocidade do objeto que sedeseja fotografar - levou introduo de uma srie dedispositivos na cmara escura, que mereceu ser rebatizadacomo mquina fotogrfica.
A mquina fotogrfica e seus dispositivos.
O diafragmapermite controlar a quantidade de luz queatinge o filme, e o obturadortapa a entrada da luz, s seabrindo por instantes quando se tira uma fotografia.
A posio do diafragma e a velocidade com que oobturador abre e fecha controlam a quantidade de luz queentra na mquina. As lentes, avanando ou recuando, focama imagem no filme.
A mquina fotogrfica
Em essncia, toda mquina fotogrfica uma caixainternamente preta e vazia, provida de um pequeno orifcio
por onde a luz, transmitida por um objeto, penetra eimpressiona um filme fotogrfico fixado no lado opostodesse orifcio.
A cmara escura e a imagem do cachorrinho
No sculo XVI j se sabia projetar uma imagem utilizandouma cmara escura semelhante da figura acima, mas nose conhecia a maneira de a registrar. Isso ocorreu somentetrs sculos depois, no ano de 1826, quando o francs
Joseph Niepce tirou a primeira fotografia usando uma cmaraescura e um material sensvel luz, o filme fotogrfico.
As cmaras escuras foram sendo aperfeioadas, atingindoum grau de sofistificao que muitas vezes chega aesconder a simplicidade da sua funo bsica: fazer comque a luz, proveniente de um objeto ou da cena que se
deseja fotografar, incida sobre o filme, formando nele umaimagem.
O visorpermite o enquadramento da cena que se desejafotografar. Um mal uso do visor produz fotos "cortadas".
1. visor
2. diafragma
3. espelho (mono-reflex)
4. lentes
5. filme
6. alavanca para deslocar o filme
7. trajetria da luz
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A filmadora de vdeo tambm semelhante mquinafotogrfica. A diferena est no registro da cena: enquantoa mquina fotogrfica e a filmadora de cinema registram acena em um filme por um processo fotoqumico, a filmadorade vdeo o faz numa fita magntica, por um processoeletromagntico. A fita magntica uma tira de plsticorecoberta por pequenas partculas de ferro, que podemser imantadas por campos magnticos gerados nacodificao das imagens.
Uma filmadora decinema
No olho normal, o cristalino focaliza as imagens na retina,uma membrana do tamanho de uma moeda na parte pos-terior do olho. Suas clulas tm a capacidade de transformara luz que recebe em impulsos nervosos. Estes so enviadosatravs dos nervos pticos at o crebro, que os interpretae registra como sensaes visuais. Neste ponto a analogiaentre o olho humano e a filmadora de vdeo mais forte: aretina corresponderia fita magntica, enquanto o crebrocorresponderia ao decodificador de sinais que os enviariapara a tela de TV.
Um paralelo entre o olho humano e a filmadora de vdeo
As filmadoras de cinema e de vdeo
A fotografia esttica evoluiu para o cinema dinmico quemostra as imagens em movimento. Os filmes cinemato-grficos nada mais so que uma sucesso de fotos tiradasem seqncia com intervalos de tempo pequenos eregulares, que ao ser projetadas numa tela, na mesma
freqncia, reproduz imagens dinmicas. A filmadora decinema , assim, uma mquina fotogrfica capaz de tirarfotos em seqncia, mas, j h algum tempo, vem sendosubstituda por filmadoras de vdeo, que produzemgravaes eletrnicas mais baratas e mais fceis dereproduzir.
O olho humano: um paralelo com a
filmadora de vdeo e a mquina fotogrfica
O olho humano semelhante, em muitos aspectos, filmadora de vdeo e mquina fotogrfica. Assim comona filmadora e na mquina, o olho humano tambm possuitrs componentes essenciais: um orifcio que controla a
entrada da luz, uma lente para melhor focar a luz numaimagem ntida e um elemento capaz de fazer o registrodessa imagem.
No olho humano a entrada de luz comandada por umamembrana musculosa, a ris, que abre ou fecha a pupila,um orifcio no centro do olho. Atrs da pupila encontra-seo cristalino, uma lente que capaz de focar objetosprximos ou distantes, pela mudana de sua curvatura,conseguida por msculos que envolvem o cristalino.
Uma foto Um filme de cinema Um filme de vdeo
A filmadora de vdeo pode gravar uma cena, registrando-anuma fita magntica, e tambm ser acoplada a um circuitode emisso de TV, capaz de enviar para o espao em formade ondas eletromagnticas a imagem codificada.
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ALGUMASSITUAESEMQUEALUZDO SOLDEIXASUAMARCA REGISTRADA
1. As banhistas de praia ficam com a marca do bquini nocorpo. Poderiam fazer uma "antitatuagem", expondo-se aosol com um adesivo de esparadrapo, por exemplo em forma
de estrela, colado pele.
2. Uma folha de jornal exposta ao sol por algum tempo ficadesbotada e amarelada.
3. As roupas que so postas para corar (quarar) ficam mais
brancas.
TODOS ESSESEXEMPLOS NOS MOSTRAMQUE OS MATERIAISDEUMMODOGERALSOSENSVEISLUZ, UNSMAISDO
QUE OUTROS. NO PROCESSO FOTOGRFICO, POR EXEMPLO, USADO UMMATERIAL ESPECIAL, CHAMADO PAPEL
FOTOGRFICO, TO SENSVELLUZQUE PARAMANUSE-LO NECESSRIO UMLOCALSEM CLARIDADE.
Questes
1. Nas situaes apresentadas a luz produz algum tipo dealterao na pele, no papel, no esparadrapo e no tecido.
Voc poderia explic-las?
2. Qual a funo da retina no olho humano e a que elacorresponde numa filmadora de vdeo?
3. Na filmadora de vdeo a imagem de uma cena registrada em uma fita magntica. Que outros tipos deregistro voc conhece que podem tambm ser feitos numafita magntica?
4. O normgrafo [aparelho de desenho constitudo devrias rguas de plstico, com formas geomtricas, letrase nmeros recortados que servem de moldes parareproduo das figuras e tipos] necessita de tinta parademarcao da figura. possvel usar a luz do sol parareproduzir uma de suas figuras? Discuta com seus colegasse isso pode ser feito.
5. Para tirar uma fotografia comum, necessrio um ma-terial muito sensvel luz, chamado papel fotogrfico.Discuta com seus colegas se possvel tirar uma "foto"com um papel comum. O que seria necessrio para isso?
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4A cmara escura
Como a imagem
formada numa
cmara escura
apenas com um
orifcio e com lente.
Nesta aula vamos
construir uma cmara
escura e aprender como
a imagem de um objeto formada.
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4 A cmara escuraCONSTRUA SUA CMARA ESCURA
De maneira bastante simples voc pode construir
uma cmara escura e, se desejar, sair por a
tirando fotografias. Para isso voc precisar
reunir algumas coisas.
material necessrio para fazer acmara escura
1. papelo de fundo preto de 30 cm x 60 cm
2. fita adesiva preta
3. folha de alumnio de 10 cm x 10 cm
4. papel vegetal de 20 cm x 20 cm
5. tesoura e alfinete
6. cola de papel
Procedimento
Risque com um lpis, no papelo, o molde de uma caixaretangular, recortando-o em seguida.
Dobre e cole as laterais formando a caixa com a parte pretapara dentro, deixando um fundo oco, no qual deve ser
colado o papel vegetal, que cobrir toda a rea aberta.
Moldes para construo da
cmara escura.
Do lado oposto onde ser colado o papel vegetal, faa umfuro no papelo com um prego. Fure com um alfinete a tira
de alumnio, fixando-a sobre o papelo, e centralize osdois furos, eliminando as possveis rebarbas.
Agora que sua cmara escura est pronta, voc pode,
com algum esforo e boa iluminao de um objeto,
observar projetada no papel vegetal a imagem que
entra pelo orifcio.
Atividades e questes
Apague a luz do seu quarto, feche janelas e portas,deixando-o escuro. Ilumine bem um objeto qualquer comuma lanterna, ou ento o seu objeto pode ser uma vela
acesa ou uma tela de TV ligada. Aponte a sua cmara escura
para o objeto.
a) Descreva o que voc observa.
b) Existe alguma posio entre a cmara e o objeto quepermite uma melhor observao dele?
c) Aumente o dimetro do orifcio com um preguinho erefaa as observaes. Voc percebe alguma diferena em
relao ao que viu antes?
COMOUSARACMARAESCURA?
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Agora faremos uma pequena mudana em sua cmaraescura: vamos adaptar a ela, no local onde antes era umorifcio, um determinado tipo de lente que capaz de
projetar mais nitidamente a imagem dos objetos sobre opapel vegetal.
Como fazer isso? Ondeencontro essa lente?
Pea a seu professor uma dessas lentes (denominadas lentesconvergentes) ou consiga a de uma lupa, que a mesmacoisa, e construa uma nova caixinha, s que agora ajustando
a lente no local onde antes estava o pequeno orifcio. Essanova cmara escura dever lhe fornecer melhores condiesde observar uma determinada imagem, como nasmquinas fotogrficas. Vamos ver se isso mesmo verdade!
a- Observe, com a nova cmara escura, a chama da vela.
b- Procure focalizar uma cena ou um objeto qualquer. Comoaparece a imagem?
c- Aproxime ou afaste a lente do objeto focalizado,procurando uma posio na qual a imagem formada seja amelhor possvel.
Alternativa
Voc tambm pode construir uma cmara escura com uma
lata de leite em p ou com uma caixa de sapatos. Faa o
furo no fundo da lata ou numa lateral da caixa e coloque opapel vegetal no lugar da tampa ou na lateral oposta. Estpronta uma cmara escura simples, porm com menos
recursos.
Cmara escura feita de lata
A luz em linha reta
Podemos compreender como a imagem de um objeto formada no papel vegetal colocado no interior de umacmara escura, ou mesmo sobre a nossa retina. Cada pontodo objeto luminoso ou iluminado emite ou reflete a luz em
todas as direes e, portanto, tambm na direo dopequeno orifcio. Como pudemos observar, a imagemprojetada, nessas condies, aparecer invertida.
Nesta figura desenhamos algumas linhas unindo pontos do objeto e
de sua imagem projetada no papel vegetal no fundo da cmara escura
Ao reproduzirmos a imagem da cena dessa forma, estamosconsiderando que a luz, emitida de cada ponto da imagem,se propaga em linha reta passando pelo orifcio e formando
a imagem da cena invertida.
Com esse modelo para propagao da luz, podemosestabelecer relaes geomtricas envolvendo tamanho da
cmara escura, tamanho do objeto e da imagem, distnciado objeto a ser fotografado, como no exemplo da questonumrica que se v direita:
PENSANDOVoc deve ter observado, com os dois tipos de
cmara escura, que as imagens dos objetos (ou
da chama da vela) aparecem invertidas no papel
vegetal. Discuta com o seu colega e procure dar
uma explicao para isso.
D/15 = 150/10 = 225 cm
ou
D = 2,25 metros
Observando a geometria
da figura acima que
corresponde posio da
cmara no momento de
"tirar" a foto, podemos
determinar a distncia D
usando semelhana de
tringulo.
Questo numrica
A que distncia deve ser
posicionada uma cmara
escura com dimenses de
100 cm2 (10 x10) de rea
de fundo por 15 cm de
comprimento de uma
esttua de 1,5 m de altura,
para mostr-la focalizada
de corpo inteiro no papel
vegetal?
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Questes
8. Compare uma mquina fotogrfica/fotografia com um aparelho de raios X/chapa dos pulmes.
9. H. G. Wells foi um escritor ingls, pioneiro da ficocientfica", que escreveu O Homem Invisvel. Discuta a
possibilidade de esse personagem enxergar.
2. Veja a ris de seus colegas num ambiente bem claro edepois num bem escuro. O que voc percebe?
1. Compare a ris de nosso olho com o diafragma damquina fotogrfica. Nas mquinas automticas o diafragmaalarga ou estreita o orifcio, dependendo da luminosidadeexistente. Nossa ris seria tambm automtica? Como
funciona?
7. Quando Clark Kent/Super-Homem querver alguma coisa escondida por uma parede,
usa seu superpoder da "viso de raios X"'.Mesmo para um extraterrestre de Kripton issoseria possvel?
Retrato do Homem
Invisvel ao natural,
na frente de uma
parede branca
3. Quais as condies necessrias para vermos nitidamenteum objeto?
4. Quais as condies necessrias para tirarmos uma boafotografia?
5. Compare as respostas das duas questes anteriores.
6. Complete a tabela fazendo as analogias:
pupila / ris
msculos
ciliares
orifcio
papel vegetal
tampa da
mquina
conjunto de
lentesfocalizar a
imagem
ajustar o foco
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5Foto + grafar
Uma folha sensvel luz
faz da cmara escura
uma mquina fotogrfica.
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5 Foto + grafarNa leitura anterior foi indicado como fazer vrias observaescom a cmara escura. Nesta, vamos mostrar como umacmara escura pode ser usada para fazer uma fotografia.
O processo simples. A imagem, anteriormente projetadano papel vegetal, pode tambm ser projetada diretamentesobre papel de revelao fotogrfica
O que se pode fazer com nossa cmara escura no precisado filme, indispensvel numa mquina fotogrfica comum.A diferena que podemos utilizar papel fotogrficocomum, que precisa ser "revelado" depois e funciona comonegativo para outro papel fotogrfico.
Tirar uma foto, ento, no se constitui numa tarefa difcil;precisamos, alm de uma cmara escura, de um papelfotogrfico e de uma "tcnica" para revelar e fixar a imagemfotografada. O papel fotogrfico voc poder encontr-lona ptica do seu bairro, ou ento encomend-lo a umfotgrafo.
TIRANDO UMA FOTO
Nesta atividade voc poder tirar uma foto usando a cmaraescura construda anteriormente. Para isso precisamos tomaralguns cuidados para que a foto saia com alguma qualidade.
1. O papel fotogrfico, como no poderia deixar de ser, muito sensvel luz, por isso, ao coloc-lo na posio dopapel vegetal de nossa cmara escura, devemos tomar osseguintes cuidados:
a- Trabalhar num ambiente escuro, que pode ser o seuquarto com portas e janelas fechadas e as frestas vedadaspor cobertores escuros.
b- Fixar o papel fotogrfico onde estaria antes o papel veg-etal com a parte brilhante voltada para o orifcio.
c- Ainda no ambiente escuro, tapar o pequeno orifcio eusar uma segunda caixa para fechar o fundo da primeira,onde foi colocado o papel fotogrfico, vedando-as comfitas adesivas pretas para impedir qualquer claridade.
d- Escolha a cena que deseja fotografar, de prefernciaalgo imvel e bem iluminado (num dia de bastante sol) e
aponte sua cmara para ela.
e- Agora preciso destapar o orifcio e, nas condiesacima, deix-lo aberto por uns quatro minutos. Esse otempo de exposio, que pode variar muito, conforme odimetro do orifcio e as condies de iluminao da cenaescolhida (faa alguns testes para definir o melhor tempo).
f- Se em vez de fotografar pelo orifcio pequeno, vocdecidir fotografar com lente, o tempo de exposio, namaioria dos casos, tem de ser menor que um segundo!
Aps esse tempo, feche novamente o orifcio
de sua cmara.
VOC J TIROU A FOTO, AGORA
NECESSRIO FAZER A REVELAO
REVELANDO E FIXANDO A FOTOGRAFIA
Para fazer a revelao da foto necessrio, primeiramente,de um lugar adequado, iluminado apenas com uma fracalmpada vermelha de 15 watts e ainda dispor de gua
corrente, como a de uma torneira. Se voc dispe de umambiente assim, o processo de revelao e fixao da fotofica mais fcil.
Basta agora comprar alguns produtos qumicos que tambmso vendidos nas lojas de material fotogrfico: o reveladore o fixador de imagens. Outra possibilidade usar a salaescura e os produtos da mesma ptica onde voc conseguiuo papel, se o dono deixar...
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A foto final est do seu agrado?
Bravo! Depois de toda essa canseira voc pode sair do seu
"laboratrio" com a foto na mo. Mas, ateno, ela poderno estar do seu agrado. Isso pode ter ocorrido por vriosmotivos, como por exemplo o tempo de exposio dopapel fotogrfico luz, o dimetro do orifcio e outros, quecertamente sero descobertos se continuar a tirar e revelarsuas prprias fotos.
Entretanto o princpio esse, caber a voc aprimorar osprocedimentos nas prximas vezes que for tirar umafotografia.
Vasilhas com revelador, gua e fixador
As fases de revelao, lavagem e fixao da imagem
Assim que a imagem aparecer, o papel fotogrfico deverser transferido, com uma pina, para a vasilha com gua.Depois de 1 minuto deve-se transferi-lo para a vasilha como fixador, onde ficar por mais 5 minutos. Em seguida, preciso lav-lo bem com gua corrente e pendur-lo parasecar. Por fim voc obtm o negativo da foto.
Retire o papel fotogrfico da cmara escura e coloque-o,com a parte brilhante voltada para cima, no interior da
vasilha que contm o revelador. O papel fotogrfico deveficar totalmente coberto pelo lquido revelador. Em 2 a 3
minutos ir aparecer uma imagem negativa da cenafotografada.
Obteno do positivo, ou seja, a fotografia da cena
Para obter o positivo, isto , a foto reproduzindo a cena,coloque o negativo com a figura para baixo contra a partebrilhante de um outro papel fotogrfico. Ilumine o conjuntocom uma lanterna caseira por 10 segundos, retire o papelfotogrfico e repita todo o processo: revelao, lavagemna vasilha com gua, fixao e lavagem em gua corrente.
O negativo da imagem: os claros e escuros esto invertidos
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4. Que mudanas puderam ser incorporadas aos
hbitos das pessoas devido inveno da mquina
fotogrfica?
Alguns comentrios
O registro de uma cena em um filme ou papel fotogrficoest associado ao fato de algumas substncias seremsensveis luz. O filme ou o papel fotogrfico so, narealidade, lminas de celulose recobertas de pequenssimosgros de sais de prata, em especial, o brometo de prata
(AgBr).Quando a luz incide sobre o papel fotogrfico, sua energia absorvida pelo gros do sal, separando a prata metlicade seu parceiro qumico, o bromo. Apenas na fase derevelao do filme que a imagem da cena fotografadapode ser vista e identificada. O revelador, compostobasicamente de gua e sulfito de sdio (Na
2SO
2) provoca,
no filme, a mesma reao que a luz.
Onde j houve formao de prata metlica, a reao como revelador se processa muito mais rapidamente,produzindo maior quantidade de prata metlica por
oxirreduo do brometo de prata.
Por isso importante controlar o tempo de contato dofilme com o revelador, pois quanto maior o tempo dereao, mais prata metlica ser formada e mais negra ficara regio do filme revelado.
A imagem da cena ou do objeto no filme denominadanegativo, uma vez que regies bem iluminadas da cenaproduziro regies mais escuras no filme j revelado.
Antes da inveno da mquina fotogrfica, muitos
acontecimentos historicamente importantes deixaram
de ser registrados, visualmente, porque tais registros
dependiam da presena de um artista capaz de pintar
com alguma fidelidade um quadro que representasse
aquele momento da histria. Os quadros, alm disso,
carregam a imaginao, a viso e a interpretao do
pintor, raramente presente no local do ocorrido e nem
sempre contemporneo dos acontecimentos. A pintura
uma obra de arte que reflete a sensibilidde e a
inspirao do pintor. A foto, embora possa ser motivo
de interpretao de quem a v e mesmo da
sensibilidade do fotgrafo, reproduz a cena mostrando
mais fielmente a imagem do ocorrido.
ALGUMAS
QUESTES
PARA
SUA
REFLEXO
1. Por que os quadros dos tempos passados
retratavam especialmente os nobres e poderosos?
2. Mito ou realidade? Discuta como o famoso sudrio,
um pano que teria sido colocado sobre Cristo e ficado
com a marca de suor (da sudrio) e sangue, se
antecipa fotografia?
3. Que setores da atividade humana mais sedesenvolveram (ou se aproveitaram) com a inveno
da fotografia?
Algumas questes para voc pensar.
claro que nos pontos do filme onde no h incidncia deluz esses fenmenos no ocorrem, e por isso no h
formao de prata metlica.
5. Explique a diferena entre o filme negativo e o filme
de slide , comparando com a de uma foto negativo,
realizado nesta lio, com a foto positiva normal.
A sensibilidade dos filmes est associada ao tamanho dosgrnulos de sais de prata: quanto menores, menos sensveis luz. Por isso, os filmes mais sensveis, usados nos registrosde cenas com pouca luz, contm grnulos maiores, emboraisso possa influir na qualidade da foto, na perda de seusdetalhes.
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Acertando
cmara e filme
Compreender a
necessidade de outros
elementos numa
mquina fotogrficamoderna.
"No futuro, no sero consideradosanalfabetos apenas aqueles que no
souberem ler, mas tambm quem no
entender o funcionamento de uma
mquina fotogrfica"
Frase de um fotgrafo hngaro em
1936
TURMA DA MNICA/Mauricio de Souza
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6 Acertando cmara e filmeOs recursos de uma mquina fotogrfica
Na aula anterior usamos uma cmara escura como umamquina fotogrfica e, com alguma dificuldade, at tiramosuma fotografia. Para isso foi necessrio tomar certos cuidadosque so dispensveis quando batemos uma foto com uma
mquina de verdade. Esses cuidados foram principalmenteno momento de colocar o papel fotogrfico no interior dacmara escura e no tempo que ele ficou exposto luz, ouseja, o tempo que deixamos o orifcio aberto.
O QUEFOINECESSRIOACRESCENTARSCMARASESCURAS PARA SUPERAODESSES PROBLEMAS?
claro que o rolo de filme j est protegido da luz e porisso pode ser colocado no interior da mquina fotogrficasem a necessidade de um ambiente escuro.
Tais filmes possuem graus de sensibilidade diferentes emrelao luz e por isso precisam ser usados adequadamentepara tirar uma boa fotografia. Os filmes que so muitosensveis luz necessitam de um pequeno tempo deexposio para impression-los e produzir uma boa foto.
J os filmes pouco sensveis luz necessitam de mais tempode exposio luz para uma foto com alguma qualidade.
Alm disso, devemos considerar que tipo de fotopretendemos tirar: a foto de um atleta correndo, porexemplo, requer um tempo de exposio menor que ode uma pessoa parada ou andando devagar. O intervalode tempo precisa ser menor para "congelar" a imagem, ouseja, parar o movimento, caso contrrio a foto do atleta saiborrada. Nesse caso podem ser feitas duas coisas: usar,para a foto do atleta em movimento, um filme mais sensvelou um orifcio maior para entrar mais luz!
Por isso as mquinas fotogrficas dispem de dispositivosque regulam o tempo de abertura, comandado pelo cliquedo obturador ao batermos a foto, e, tambm, de umdiafragma, cujo dimetro pode ser ajustado para entrarmais ou menos luz. Como impossvel fabricar um filmeque seja ideal em qualquer situao, sua escolha,
juntamente com os ajustes do tempo de exposio e daabertura do diafragma, devem ser feitos com algum cuidadopara tirar uma foto de boa qualidade.
Que tipo de filme e ajustes voc escolheria para tirar fotos
das cenas acima?
A sensibilidade dos filmes fotogrficos, ou a sua velocidade, normalmente divulgada em dois sistemas: o sistemaASA(American Standards Association) e o sistemaDIN (DeutscheIndustrie Norm). Por exemplo, um filme de 200 ASA duas vezes mais sensvel ou mais rpido do que um de100 ASA.
A tabela mostra uma relao entre esses dois
principais sistemas em uso atualmente.ASA 16 25 50 64 125 200 400 800 1600DIN 13 15 18 19 22 24 27 30 33Os filmes preto-e-branco com sensibilidade superior
a 250 ASA (25DIN) so considerados rpidos, e os
de sensibilidade inferior a 64 ASA (19 DIN) so
considerados filmes lentos.
O VISORMGICO
"A mquina fotogrfica
um espelho dotado de
memria, porm incapaz
de pensar"
Anold Newman
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Abertura do diafragma indicando para cada posio a
regio de nitidez
A abertura do diafragma
diminui de cima para baixo
Escala de controle do tempo de exposio
do filme em segundo
B, 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/15, 1/30, 1/125, 1/250, 1/500, 1/100
Na maioria das mquinas fotogrficas que contm essasinformaes comum virem impressos apenas os
denominadores das fraes de segundo. Por exemplo, ainscrio 8 significa 0,125 segundo; 1000 significa ummilsimo de segundo, e assim por diante.
Exemplo: se usarmos filmes de mesma sensibilidade,uma exposio com tempo de 1/60 segundo com aberturado diafragma correspondente ao nmero-f 8 equivalentea uma exposio de 1/30 segundo com diafragma nonmero-f 11. Isso significa que nos dois casos os filmesforam expostos mesma quantidade de luz. Na exposiocom menor tempo usou-se uma abertura maior.
Outras funes do diafragmaAlm de permitir o controle da quantidade de luz quesensibiliza o filme fotogrfico, o diafragma permite imagenssuficientementes ntidas de pontos situados em planosdiferentes, anteriores e posteriores ao plano de focalizao.Ao diminuirmos a sua abertura aumentamos o nmero deplanos que podem ser focalizados com nitidez. Em termostcnicos isto significa aumentar a profundidade de campo.
O controle da abertura: a ris e o diafragma
comum, ao sairmos de um lugar muito escuro para aclaridade, sentirmos um certo desconforto, por algunssegundos, at nos acostumarmos com o novo ambiente.Em outras situaes, entretanto, nossos olhos acostumam-se muito rapidamente com as mudanas na intensidadeluminosa que chega at ele.
A ris exerce um controle "automtico" sobre a luz da imagemque impressiona a retina, abrindo-se e fechando-se. Damesma forma, para o registro de uma boa imagem numfilme fotogrfico, tambm necessrio controlar aquantidade de luz que o impressiona. Isto feito pelodiafragma, um mecanismo que permite passar mais oumenos luz, abrindo ou fechando seu orifcio, denominadode abertura.
A gradao dessa abertura representada por umaseqncia padro denominada de "nmeros-f". O mais alto
deles indica a abertura mnima que corresponde a umarea mnima por onde passar a luz. A sequncia padrovem impressa em um anel acoplado objetiva da mquinafotogrfica. Ao girarmos esse anel, em um ou outro sentido,o dimetro da abertura aumenta ou diminui, permit indo ocontrole da entrada da luz. A rea de abertura de umnmero-f duas vezes maior do que a rea correspondenteao nmero-f seguinte, e por isso a rea maior permitir apassagem do dobro da luz.
Seqncia padro de nmeros-f
1.2, 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22
Exemplo: a rea de abertura correspondente aonmero-f 8 o dobro daquela correspondente ao nmero-f 11.
FUGICOLLOR
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QUESTES1. O diafragma e o obturador so dois importantes
mecanismos presentes nas mquinas fotogrficas. Discuta
a funo que cada um deles desempenha ao se tirar uma
foto.
2. Um fotgrafo amador se acomoda num dos bancos de
um nibus que liga a estao Santana do metr com a
Zona Norte de So Paulo. De repente uma mulher com
um lindo cachorrinho lhe chama a ateno no interior do
nibus e ele, com seu faro artstico aguado, resolve gravar
essa imagem, porm percebe que sua mquina,razoavelmente moderna, est sem flash. Como o nosso
fotgrafo procedeu para resolver o seu problema?
3. Um fotgrafo usando um filme de 200 ASA pretende
tirar duas fotos com o diafragma posicionado em duas
regulagens diferentes: uma com o nmero-f 2,8 e a outra
com o nmero-f 5,6. Discuta qual o tipo de ajuste que
deve ser feito para que as duas fotos tenham a mesma
qualidade.
4. Uma geloga, para fotografar uma rocha fracamente
iluminada no interior de uma mina, ajustou sua mquina
no nmero-f 2 com um tempo de exposio de 2 segundos.
Resoluo:
a) O nmero-f 2 representa uma grande abertura do
diafragma, o que permite muita entrada de luz; alm disso,
o tempo de exposio longo (2s) tambm contribuiu para
a excessiva luminosidade da cena, e por isso a foto ficou
muito clara.
b) Para obter uma luminosidade menor na foto, a gelogapoder diminuir o tempo de exposio, mantendo a mesma
abertura do diafragma, ou ento diminuir a abertura do
diafragma, mantendo o tempo de exposio.
5. Josef Monarck, um grande admirador de bicicleta v,
deslumbrado, Ezequias Caloi deslizar, suavemente, sobre
seu mais querido biciclo pelas vielas do parque. Pela
cabea lhe passa a criativa idia de registrar essa cena
inesquecvel. Sua mquina fotogrfica est equipada com
um filme cujas indicaes do fabricante so: nmero-f 8
para abertura do diafragma e 1/125s para o tempo de
exposio. Esses ajustes, entretanto, so indicados para
tirar uma foto de um objeto parado em dia nublado.
Como Josef Monarck deve ajustar a abertura do diafragma
se com as indicaes anteriores a foto do biciclo sair
um pouco borrada, e para congelar o seu movimento o
tempo de exposio de 1/500s?
O resultado foi uma foto com a imagem ntida da rocha,
porm muito clara.
a- Explique por que a foto saiu desse modo.
b- O que a geloga deveria fazer para corrigir esse
defeito numa outra foto dessa rocha nas mesmas
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7 A videogravao
ou cmera de TVO registro magntico
de sons e imagens.
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7 A videogravao ou cmera de TVHoje em dia muito comum encontrarmos, em festinhas
de aniversrio, casamentos, eventos esportivos, carnaval
etc., alm dos tradicionais fotgrafos com suas mquinas
fotogrficas, tambm os camera-mencom suas filmadoras
de vdeo. Com a mquina fotogrfica podemos obter a
imagem da cena esttica diretamente sobre uma fita de
celulose.
Com a filmadora de vdeo obtemos uma fita magntica
que, ao ser colocada num aparelho de videocassete,
reproduz na tela da TV as cenas em movimento. Ser que
essas duas formas de registro das cenas a nica diferena
entre elas?
A resposta no!
No filme fotogrfico a imagem registrada por um processo
qumico: a luz, proveniente da cena que se quer fotografar,
provoca uma reao qumica nos haletos de prata do fi lme
fotogrfico. Durante o processo de revelao do filme, nos
locais onde houve incidncia da luz surgiro nuances declaro e escuro, sendo a imagem da cena, em negativo,
construda diretamente no filme.
Na filmadora de vdeo, a luz proveniente da cena filmada
projetada sobre grnulos de csio, material fotossensvel
que constitui o mosaico receptor de imagem. Essa luz
trasformada em impulsos eletromagnticos que iro
codificar uma fita magntica.
Diferentemente da fotografia, na fita magntica no
registrada a imagem da cena, mas apenas sinais magnticos
que sero posteriormente decodificados e transformados
novamente em imagem, na tela da TV.
Filme fotogrfico e o registro daimagem e do som
Fita magntica com sinaismagnticos codificados
Na mquina fotogrfica a luz se transforma em negativo da
imagem, que registrada no filme. Na filmadora de vdeo
a luz se transforma em impulsos eletromagnticos que
podem ser modulados e enviados ao espao como uma
onda eletromagntica ou ento ser registrados e guardados
numa fita magntica.
Para proporcionar esse tipo de transformao, uma
filmadora de vdeo, alm da objetiva e da lente, dispede um canho que projeta eltrons contra o mosaico,
fazendo uma varredura de todo o quadro, linha por linha,
como faz nossos olhos na leitura desta pgina, s que muito
mais rpida, numa freqncia de 30 quadros por segundo.
Um esquema mostrando as partes de uma filmadora
Como uma filmadora de vdeo?
Uma filmadora de vdeo, ou uma cmara de TV, , em
alguns aspectos, semelhante a uma mquina fotogrfica:
ambas possuem objetivas com lentes para projetar a imagem
da cena escolhida sobre o filme fotogrfico ou sobre o
mosaico.
Como a luz se transforma em
impulsos eletromagnticos numa
filmadora de vdeo?
A idia de que o canho de eltrons da fi lmadora de vdeo
faz a varredura da cena projetada no mosaico, linha por
linha, como se estivesse "lendo um livro", permiteresponder a esta pergunta.
Os grnulos de csio, ao ser atingidos pela luz, sofrem
uma separao de cargas com os eltrons, desligando-se
dos seus tomos. A quantidade de eltrons que se separam
dos grnulos de csio tanto maior quanto maior for a
incidncia de luz sobre eles. Como resultado dessa
separao de cargas eltricas, mais tomos se eletrizam
positivamente, por perderem seus eltrons.
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A "imagem eletrosttica" da cena filmada descarregada
pelo canho que fornece os eltrons para fazer a varredura
de todo o mosaico. Essa descarga se constitui numa corrente
eltrica de intensidade varivel, j que ela depende da
carga eltrica de cada grnulo de csio, ou, em outras
palavras, da sua luminosidade.
Quando a imagem da cena projetada sobre o mosaico,
nele aparecem regies com diferentes luminosidades que
correspondem s partes da cena com maior ou menor
incidncia de luz.
Viso frontal e lateral do mosaico
As regies mais claras da imagem se apresentam
eletrizadas com maior quantidade de carga positiva que
as regies mais escuras. A diferena de luminosidade
entre o claro e o escuro corresponde "imagem
eletrosttica" constituda de cargas positivas, da cena que
estamos filmando.Representao do processo de descarga dos grnulos de
csio
O processo pode ser comparado com a leitura de um livro.
Podemos fazer a leitura em voz alta, para outras pessoas
ouvirem ou gravarem numa fita magntica. Lemos o livro
linha por linha, transformando as informaes que esto
no plano da pgina em um cdigo linear como a voz.
Da mesma forma, a imagem da cena projetada noplanodo mosaico tambm "lida" linha por linha pelo canho
eletrnico da filmadora, transformando as informaes
visuais, contidas no plano da figura, em um outro cdigolinear, que a corrente eltrica.
Por enquanto fizemos a descrio fenomenolgica da
interao da luz, proveniente da cena filmada, com os
grnulos de csio. Nas aulas de Eletromagnetismo
mostraremos com mais detalhes como uma corrente eltrica
pode transmitir informaes sobre imagens e sons ou
registr-los numa fita magntica,
Nas regies onde h muita luz a corrente de descarga
alta, e nas regies mais escuras a corrente menor.
Portanto, as informaes sobre as diferentes tonalidades
de claro-escuro da cena so carregadas pela corrente eltrica
varivel produzida durante essa descarga. Tais informaes
podem ser enviadas ao espao, como no caso de uma
emissora de TV, ou ento simplesmente registradas em
uma fita magntica, para serem depois reproduzidas na
tela da TV.
Esquema representando a luz que incide sobre o mosaico decsio, que libera eltrons que so atrados pelo anel coletor
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RECREAO
Use o quadriculado vazio e
escurea com lpis preto os
quadradinhos
(4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5),(4, 6), (5, 2),(5, 6),(6, 2),
(6, 6), (7, 2), (7, 3), (7, 4),
(7, 5), (7, 6), (9, 2), (9, 3),
(9, 4), (9, 5), (9, 6) e (9, 8).
Deixe todos todos os demais
sem pintar.
O REGISTRODEUMA IMAGEMATRAVSDENMEROSPara realizar esta atividade necessrio dispor de
duas tabelas iguais de aproximadamente 40 linhas
por 40 colunas.
Numa dessas tabelas esto representados os traos
de um cachorrinho nos quadradinhos claros e escuros.
Na outra existe apenas o quadriculado resultante do
cruzamento das linhas com as colunas.
Cada quadradinho ser representado por um par de
nmeros, onde o primeiro pertence s linhas e o
segundo s colunas.
A idia mostrar que possvel voc "ditar por
nmeros" a imagem de uma figura ou uma cena
qualquer.
Fique com sua tabela e dite para seu colega os paresde nmeros que correspondem seqncia de claros
e escuros.
Por exemplo, os pares (6, 9), (6, 10), (6, 11) so
escuros, e todos os demais pares com a mesma ab-
scissa 6 so claros.
Os trs pares escuros acima representam, nesse
caso, detalhes do rabo do cachorrinho.
Siga informando ao colega todos os demais pares
escuros e claros para que ele escurea ou no osquadriculados.
Atividade
Construa voc novas tabelas e novos desenhos,
estranhos se possvel, e procure pass-los aos
colegas sem que eles saibam que figura est sendo
ditada.Imagine tambm uma forma de "ditar"
desenhos coloridos. Experimente.
Quadriculadosem desenho
"Faa com pacincia que
ter sua recompensa"
Quadriculado com desenho do cachorrinho
No final desse "ditado de pares de nmeros", a
imagem do cachorrinho estar construda na outra
tabela.
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8De olho no olho
Nossa primeira
cmara, mesmo to
antiga, ainda no foi
superada... O caminho
da luz: da pupila aocrebro.
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8 De olho no olhoO ser humano dispe e utiliza, em seu convvio pelomundo, de cinco sentidos: o paladar, o olfato, o tato, aaudio e a viso. Entretanto atravs da viso que amaior parte das informaes chegam at o crebro. Neleas informaes visuais so processadas, interpretadas ememorizadas como as imagens daquilo que os olhosvem. Todo esse processo pode ser compreendido combase no estudo da mquina fotogrfica e da filmadora de
vdeo, que possuem alguns elementos muito semelhantesaos do olho humano.
Por isso vamos descrever um pouco melhor o olhohumano, tanto no aspecto de sua biologia, apresentandoos elementos que o compem, como um sistema depercepo e interpretao das coisas,
Olhando o olho
O olho humano um rgo aproximadamente esfrico,com dimetro em torno de 25 mm, equivalente ao sistemaptico da filmadora de video ou da mquina fotogrfica,constitudo basicamente por: um sistema de lentes, cujafuno desviar e focalizar a luz que nele incide - a crneae o cristalino; um sistema de diafragma varivel, quecontrola automaticamente a quantidade de luz que entrano olho - a ris (cujo orifcio central denominado pupila);um anteparo fotossensvel - a retina.
Representao de alguns detalhes do olho humano
Alm desses, o olho possui outros componentes que ocaracterizam como uma cmara escura: a esclertica e acoride. Os outros componentes do olho humano tm afuno de fornecer nutrientes e manter a presso interna doolho: o humor aquoso e o humor vtreo.
Caminho da luz no olho humano
A crnea, uma membrana curva e transparente comespessura de aproximadamente 0,5 mm, o primeiro meiotransparente encontrado pela luz. A luz que atingeobliquamente a superfcie da crnea sofre um desvio, que responsvel por 2/3 de sua focalizao na retina.
A esclertica o envoltrio fibroso, resistente e opaco maisexterno do olho, comumente denominado "branco do olho".Na frente, a esclertica torna-se transparente, permitindo aentrada de luz no olho (crnea). Internamente, em relao esclertica, o olho apresenta uma camada pigmentadadenominada coride.
A coride uma camada rica em vasos sanguneos e clulaspigmentares, e tem a funo de absorver a luz, evitandoreflexes que possam prejudicar a qualidade da imagemprojetada na retina.
A ris uma camada tambm pigmentada, sendosuficientemente opaca para funcionar como diafragma. Suaprincipal funo limitar a quantidade de luz que atinge aparte central do cristalino, devendo atuar tambm nafocalizao dos objetos prximos. A ris formadaprincipalmente por msculos circulares e radiais, que ao serestimulados provocam a diminuio ou o aumento de sua
abertura - a pupila -, cujo dimetro pode variar de 1,5 mma 8,0 mm. Seu funcionamento, porm, no instantneo,pois leva cerca de 5 segundos para se fechar ao mximo eem torno de 300 segundos para se abrir totalmente.
Aps ter sido controlada pela ris, a luz atinge o cristalino,que, do mesmo modo que a crnea, atua como lenteconvergente, produzindo praticamente o tero restante dodesvio responsvel pela focalizao na retina.
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Entretanto a importncia maior do cristalino no est emdesviar a luz, mas sim em acomodar-se para focalizar a luzna regio da retina mais sensvel luz. Em sua trajetria noolho, aps atravessar o cristalino, a luz passa pelo humorvtreo, uma susbstncia clara e gelatinosa que preenchetodo o espao entre o cristalino e a retina.
Finalmente, aps atravessar os meios transparentes do olho,
a luz atinge a retina, uma "tela" sobre a qual dever seformar a imagem, que, decodificada pelo sistema nervoso,permitir a viso das coisas. uma camada fina, comespessura de aproximadamente 0,5 mm, rosada,constituda de fibras e clulas nervosas interligadas, almde dois tipos especiais de clula que so sensveis luz:os cones e os bastonetes, cujos nomes esto relacionados forma que apresentam.
Os cones e os bastonetes so clulas fotossensveisresponsveis pela converso da luz em impulsos eltricos,que so transmitidos ao crebro. A energia da luz responsvel pela ao qumica e eltrica que sedesencadeia nas clulas fotossensveis; os detalhes dessaao ainda so controvertidos, especialmente em nvelfisiolgico.
A percepo das cores pelo olho humano est relacionadacom a absoro da luz pelos cones, que se encontram naretina. Existem, aproximadamente, 7 milhes delesespalhados pela retina de cada olho. Acredita-se que acapacidade de discriminao de cores pelo olho estejarelacionada com diferentes elementos fotossensveiscontidos nos cones. Esses elementos seriam de trs tipos,sendo cada um deles sensvel a uma determinada faixa de
energia, que corresponde, majoritariamente, ou ao azul,ou ao verde, ou ao vermelho. A viso das outras cores explicada pela estimulao simultnea e em graus distintosdesses elementos fotossensveis.
J os bastonetes funcionam com pouca luz e percebem ostons em cinza. A retina de cada olho contm cerca de 125milhes de bastonetes distribudos entre os milhes decones. A sensibilidade dos bastonetes em relao luz cerca de 100 vezes maior que a dos cones, mas estesreagem claridade quatro vezes mais rpidos que aqueles.
A retina, o ponto cego, o nervo ptico e o crebro
Portanto a luz que chega retina estimula cones e bastonetesa gerar impulsos eltricos. Os cones funcionam bem naclaridade e so responsveis pelos detalhes e coresobservados numa cena , enquanto os bastonetes so osresponsveis pela nossa viso quando o ambiente maliluminado.
Esses sinais so transmitidos, atravs do nervo ptico, ato crebro, que os interpreta como imagens do que osolhos vem.
Os cones e os bastonetes
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As retas verticais so paralelas?
A iluso de pticaSe as imagens que se formam em nossa retina so planas,como percebemos o volume dos objetos?
Uma das razes devida iluminao nas diferentes partesdo objeto, que nos d a idia de sua forma. Outra portermos viso estereoscpica, ou seja, os dois olhos, nomesmo lado da face, olhando para a mesma paisagem.Nas aves e rpteis, por exemplo, cada olho enxerga uma
paisagem diferente.
Um caso muito comum de iluso de ptica acharmosque a Lua e o Sol quando esto no horizonte so maioresdo que no meio do cu. Uma das razes para isso a
possibilidade de compararmos seu tamanho com outrascoisas sua volta. Ao lado, a esfera na mo parece menorque a isolada. E no balo ela aparenta ser maior.
Quando o objeto se encontra muito longe, perdemos anoo de profundidade. Temos dificuldade de perceberse um balo ao longe vai cair na frente ou atrs de umprdio ou de uma rvore. J para um objeto prximo, umolho v com uma pequena diferena em relao direodo outro olho. Isso nos permite ver em terceira dimenso,em profundidade. Experimente olhar alternadamente comum olho e depois com o outro. Voc perceber que,especialmente os objetos prximos daro "um salto".
Por tudo isso, devemos ter cuidado com a expresso:
"S ACREDITO NO QUE MEUS OLHOS VEM!".
A iluso de ptica est associada ao nosso "aprender a ver".Os bebs vo se acostumando a ouvir a voz, sentir o cheiroe o calor de sua me enquanto mama. Tambm aprendema enxergar, isto , a identificar as imagens formadas naretina com as pessoas e os objetos.
Durante nossa vida, tudo que sentimos (tato, odores,paladares), ouvimos e vemos, automaticamenterelacionamos com padres estabelecidos.
Um cego pode no enxergar por algum problema no globo
ocular ou no crebro. Vamos supor que a pessoa tenhanascido cega por uma avaria nos olhos. Mais tarde ela operada e seus olhos passam a transmitir as imagens ntidaspara o crebro. Mesmo assim ela pode continuar noenxergando. como se estivssemos ao lado de um chinsfalando: ouvimos sua voz, mas no decodificamos sua fala.
Observe o crculo
do meio nas duas
figuras ao lado.
Qual deles maior?
Confira com a rgua...
Algumas imagens planas, chamadas estereogramas, sovistas em profundidade se voc conseguir olhar para elascomo se estivessem distantes; se voc conseguir "desfocar",a Mnica, ela aparecer dentro do espelho, em quatroimagens em vez de trs .
Mnica, O Espelho Dimensional - 3D virtual by Mauricio 1994
Alm disso h o que chamado olho dominante.Experimente colocar seu polegar na frente de um objeto.Agora feche um olho e depois o outro. O polegar sencobrir o objeto quando o olho dominante estiver aberto.
olhos focalizando
objetos distantes
olhos focalizando
objetos prximos
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9Duas pticas
A interao luz-matria
e o seu percurso nos
colocam diante de duas
pticas: a fsica e a
geomtrica.
A natureza da luz e das
cores e a geometria dapropagao e da
formao da imagem
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9 Duas pticasEm todos esses casos estamos olhando apenas para o que
acontece com a trajetria da luz ao atravessar algum meio
material, como uma lente ou a sua reflexo na superfcie
de um espelho. Esse tipo de comportamento da luz nos
leva a um dos ramos da ptica, denominado de ptica
geomtrica, que nos permitir descrever, alm desses
casos, o caminho da luz no interior de microscpios,
projetores deslides
, periscpios, lunetas e outrosinstrumentos pticos, que estudaremos na Parte 3 destas
Leituras de Fsica.
Tudo isso ptica geomtrica!
A interao luz-matria e a
produo de luz
O caminho da luz
Nosso contato at aqui com instrumentos pticos, como
cmaras escuras, mquinas fotogrficas, filmadoras de vdeo
e tambm o olho humano, permitiu colocar em evidncia
dois aspectos relacionados ao comportamento da luz, ao
passar por esses instrumentos. Um deles o caminho que
ela percorre desde a cena observada at o papel vegetal
da cmara escura, ao filme na mquina fotogrfica, aomosaico na filmadora de vdeo, ou at a retina, em nosso
olho.
O caminho da luz na formao de imagens
Na cmara escura, a luz proveniente da cena observadapassa pelo pequeno orifcio, em linha reta, e incide no
papel vegetal, reproduzindo nele a imagem da cena
invertida. Uma lente, como a que colocamos na cmara
escura, para melhor focalizar a cena, provoca um desvio
na trajetria da luz, convergindo seus raios e produzindo
uma imagem menor, tambm invertida. Em alguns tipos
de mquina fotogrfica, um conjunto de espelhos que
reflete a luz, conduzindo-a da objetiva at o filme
fotogrfico.
Lentes e espelhos mudam a trajetria da luz
A imagem do objeto
registrada no papel
fotogrfico
Outro aspecto importante sobre o
comportamento da luz o fato de
ela ser capaz de impressionar um
filme fotogrfico, o mosaico nas
filmadoras de vdeo, ou mesmo
sensibiliizar a nossa retina.Numa
fotografia, por exemplo, a luz,
proveniente da cena observada, ao
incidir sobre o papel fotogrfico,
possibilita o registro de imagens,
transformando a energia luminosa
numa gravura.
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Na filmadora de vdeo, a luz que vem da cena filmada
impressiona um mosaico que gera pulsos eletromagnticos,
que so codificados e gravados na fita magntica, ou que
podem ser enviados ao espao por meio de um cdigo,
que depois transformado em imagem numa tela de TV.
Da mesma forma, a luz que atinge nossa retina
conduzida, atravs do nervo ptico, at o crebro, que a
interpreta como imagem da cena observada.
Registro de sinais que representam imagens
Nesses casos a energia luminosa proveniente da cena
observada transformada em energia qumica, no processo
fotogrfico, ou em energia eletromagntica, nos processosde gravao da fita magntica da filmadora de vdeo e de
registro de imagem pelo olho humano.
Em todos esses processos a
luz considerada uma forma
de energia que interage com
a matria.
Alm disso, como veremos na leitura seguinte, a prpria
origem da luz tambm devida a transformaes deenergia. As diversas fontes de luz, como, velas, lmpadas,
estrelas e outras, convertem uma forma qualquer de energia
em energia luminosa.
O registro de uma imagem no papel fotogrfico, a chama de
uma vela ou a luz de uma estrela so fenmenos estudados
por um outro ramo da ptica, chamado de ptica fsica. A
ptica fsica permite interpretar esses e outros fenmenos
relacionados formao de imagens e natureza da luz.
As duas pticas
A primeira parte deste curso de ptica,constituda pelas 8 leituras anteriores,
levanta dois tipos de situao diferentes,
porm relevantes, para continuidade doaprendizado de ptica:
1. As que se referem descrio da
trajetria da luz ao atravessar
instrumentos pticos, como mquina
fotogrfica, lunetas, periscpios,
microscpios e outros, que sero
estudados em ptica geomtrica.
2. As que se referem a fenmenos nos
quais a luz capaz de sensibilizar o
papel fotogrfico, o mosaico na cmera
de vdeo, nossa pele e outros materiais,
que sero estudados em ptica fsica.
Daremos continuidade a estas
Leituras de Fsica observando ediscutindo algumas fontes de luz,
como a chama da vela, lmpadas,
tela de TV, que tambm fazem
parte das coisas estudadas pela
ptica fsica.
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Atividades
Atividade 1
Coloque gua em um copo de vidro.
Coloque no copo um lpis. Examine bem esse sistema.
Atividade 3
Acenda uma vela num lugar escuro. (Cuidado...)
Coloque um pequeno espelho prximo vela.
Examine muito bem a chama da vela.
1. Voc consegue ver cores diferentes nessa chama?
2. Quais so essas cores e em que regio da chama elasaparecem?
Examine a imagem da chama da vela no espelho.
3. Trace numa folha de papel o caminho da luz da vela
at a sua imagem no espelho. Onde fica essa imagem?
Atividade 2
Corte uma folha de jornal em duas partes.
Coloque uma delas ao sol e a outra guarde-a dentro decasa, por um dia.
No final do dia examine-as com cuidado.
Atividade 4
Relacione os processos ou situaes, presentes na figura,que podem ser explicados pela ptica geomtrica. Idem
pela ptica fsica.
1. O que voc observa?
2. O fenmeno observado faz parte do estudo da ptica
fsica ou geomtrica? Explique.
1. Descreva o que notou de diferente nas duas partes.
2. O fenmeno observado pode ser explicado pela pticafsica ou pela ptica geomtrica ? Explique.
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10Fontes de Luz
(e de calor)O sol, a chama da
vela, a lmpada
incandescente so
fontes de luz e calor.
Voc saberia dizer que tipo de energia se converte em luz nas diversas fontes de luz?
2. Observe o filamento de uma lmpada incandescente.
Se preferir pode fazer uma montagem usando uma lupa eprojetar a imagem do filamento aquecido em uma folha de papelbranco.
Usando uma lente, projete o filamento da lmpada numaparede ou na folha de papel. semelhante chama da vela?
Descreva o que voc v.
1. Observe a chama de uma vela. Ela um todo homogneo ou constituda de regiesdistintas?
Descreva-a.
Duas fontes de luz muito comuns so a chama de uma vela e uma lmpada
incandescente.
ACHAMADAVELAEOFILAMENTOAQUECIDODALMPADAINCANDESCENTE
Uma lupa projeta o filamento
aquecido numa tela.
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Luz de cores diferentes pode ser
percebida na chama da vela
A lmpada incandescente
fonte de luz branco-amarelada
Fontes de luz (e de calor)10Chama das velas, lmpadas incandescentes
e aquecedores de ambiente
Umavelatem vrias utilidades: uma delas a de pagarpromessas, outra, para diminuir o atrito entre o serrote e amadeira e uma outra, ainda, estar nossa disposio, junto
com uma caixa de fsforos, quando ocorre um blackout.
A chama da vela, como voc deve ter observado, no homognea, pois apresenta regies com cores diferentes.
Nessas regies as temperaturas no so as mesmas: a azul a regio mais quente.
Nas lmpadas incandescentes o filamento, que
aquecido pela corrente eltrica, emite luz de cor branco-amarelada. Com esse tipo de lmpada dificilmenteconseguimos ver vrias cores, como as que vemos, por
exemplo, na chama de uma vela, pois a temperatura emtodo o filamento praticamente a mesma.
Tambm podemos ver o filamento da lmpada
incandescente com uma tonalidade vermelha, amarela oumesmo branca. O mesmo ocorre com os aquecedores deambiente que possuem um fio metlico na formaespiral.Quando ligado eletricidade, o fio metlico se aquece,adquirindo uma cor avermelhada.
Estes exemplos nos mostram a luz associada ao calor. Alis,uma das formas de calor a radiao no visvel, chamadainfravermelha, que vem junto com a luz visvel,
especialmente na ocorrncia de altas temperaturas.
A luz visvel est entre o infravermelha e o ultravioleta
A chama da vela e o filamento da lmpada so exemplos
de produo de luz visvel, em razo das altas temperaturaspresentes na combusto da vela e no filamento comcorrente eltrica. Os aquecedores eltricos, embora no
tenham a funo de iluminar, devido ao seu altoaquecimento, acabam irradiando luz visvel.
O Sol e as outras estrelas
Mas a nossa principal fonte de luz o Sol. A formao do
Sol como a de qualquer estrela se deu por "autogravitao",
ou seja, a matria csmica cai sobre si mesma e
compactada, ficando extremamente quente. Isso permitereaes de fuso nuclear que convertem ncleos dedeutrio em ncleos de hlio, liberando muita energia como
radiao. Parte dessa energia luz, como a que ilumina aTerra, nossa Lua e demais planetas e suas luas, no nossosistema solar!
O Sol tambm nos envia outros tipos de radiao, como oinfravermelho, ou como o ultravioleta, tambm no
percebida pelos nossos olhos, mas que pode causar sriosdanos nossa pele. No entanto, tudo na biosfera, e ns
mesmos, no existiramos sem a energia solar!
Abaixo e acima da luz visvel
Essas fontes quentes de luz guardam uma relao entretemperatura e cor da radiao emitida. Para cada
temperatura h predominncia na emisso de certas cores,enquanto as outras cores podem estar presentes em menorproporo.
As radiaes que nossos olhos conseguem perceber
constituem uma pequena faixa que chamamos de luzvisvel, que se localiza entre o infravermelho e o ultravioleta.
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O funileiro sabe que para soldar ou cortar uma pea de
lata ou ao, a temperatura da chama do maarico a gsprecisa estar elevada. Para isso, o funileiro regula omaarico ajustando as quantidades de ar e combustvelpela cor da chama. A temperatura maior se obtm
quando a chama emite uma luz azulada.
Mas, afinal, o que produz
a luz nas chamas, nos
filamentos e em outras
fontes como o prprio Sol?
Por que a produo de luz
ocorre com o aquecimento
da fonte e como so
emitidas diferentes cores?
A tela de TV e a lmpada
fluorescente, que brilham
mesmo "a frio", dependem
de propriedades das
substncias que recobrem
o vidro.
Na lmpada essa
substncia emite luz
visvel se estimulada por
ultravioleta, produzida
pela coliso entre eltrons
e ons no interior do tubo.
Na TV a coliso de
eltrons direto na tela que
d esse estmulo.
Quando um corpo vai sendo mais e mais aquecido, emiteradiao visvel, inicialmente com uma cor vermelho-alaranjada, depois um vermelho mais brilhante e, a
temperaturas mais altas, uma cor branco-azulada.
Com o aumento da temperatura o corpo emite maisradiao, e a cor da radiao mais intensa a que prevalece.
Cor, Energia e Temperatura
viso, pois emitem, em propores grandes, tanto radiaovisvel quanto invisvel.
Essa radiao, emitida pelo material devido suatemperatura, chamada de radiao trmica.
Conseguimos ver uma grande parte dos objetos que estoa nossa volta porque refletem a luz que incide sobre eles e
no pela radiao que emitem, j que esta nem sempre visvel.
O prprio ferro eltrico, quando atinge altas temperaturas,
passa a ter luminosidade prpria, emitindo uma luzavermelhada, visvel no escuro.
As lmpadas incandescentes, de 60W ou 100W, quando
ligadas na tenso correta emitem luz branco-amarelada.
Mas s vezes acontece de ligarmos uma dessas lmpadasnuma tenso eltrica inadequada, e nesse caso sua
luminosidade se altera.
Se a ligamos numa tenso acima daquela especificada pelofabricante, seu filamento emite uma intensa luz branco-azulada, mas apenas por alguns instantes, "queimando-se"
em seguida.
Se a ligamos numa tenso menor do que a especificada
em seu bulbo, a luz emitida de cor avermelhada.
Nas duas situaes as energias envolvidas so diferentes,estando a luz avermelhada associada menor delas [menortenso eltrica], e a luz branco-azulada, maior.
Essas observaes nos revelam que as cores avermelhada,branco-amarelada e branco-azulada, emitidas pelo filamento,esto na ordem das energias crescentes.
A chama de uma vela tambm apresenta regies com coresdiferentes, cada uma associada a uma determinadatemperatura.
A regio mais quente da chama aquela que apresentauma luz azulada.
As regies da chama com luz amarela e laranja esto
associadas a temperaturas menores.
O centro da chama azul, pois a regio em diretaproximidade com a combusto a mais quente.
Um ferro eltrico, por exemplo, ao ser aquecido emiteradiao que percebemos no com os olhos, mas com nossapele, ao nos aproximarmos dele.
J o filamento aquecido de uma lmpada ou o carvo embrasa podem ser percebidos tanto pelo tato como pela
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AtividadesCom base nas cinco figuras a seguir, identifique:a) a forma de energia primria convertida em cada caso;
b) os vrios processos de transformao de energia queacabam resultando em luz visvel em cada uma dessas
fontes.
5. uma estrela
Questes
6. Podemos ver a base de um ferro eltrico no escuro, seele estiver bem quente (+ ou - 600oC). Por ourto lado oresistor de um aquecedor ligado pode ser visto tanto noclaro como no escuro. Em ambas as situaes a luz "puxa"
para o vermelho. Como explicar esses dois casos?
7. Como explicar a luz branco-amarelada de um filamentode lmpada e a luz branco-azulada do filamento de outra
lmpada? O que est ocorendo para produzir essas diferenasde cores?
8. Um mesmo filamento pode ser visto avermelhado,
amarelado ou branco. Como isso pode ocorrer?
4. uma lmpada fluorescente
1. a chama de uma vela
2. uma lmpada incandescente
3. uma tela de TV
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O carter
eletromagnticoda luz
A luz da mesmafamlia das ondas
de rdio, do
infravermelho, dosraios nas
tempestades, dosraios X...
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A natureza da luz
A associao entre fenmenos eltricos e luz muitocomum, nas fascas eltricas que se observam ao se abrirou fechar circutos, nos prprios raios em descargas eltricas
naturais que se veem em tempestades, assim como emmuitas das fontes de luz como as que analisamos na leitura
anterior.Outras evidncias que mostraram que a luz um tipo deonda eletromagntica como as utilizadas em
telecomunicaes, o fato dessas ondas se deslocaremcom a mesma velocidade da luz (300.000 km/s) ou o fatode, como a luz, elas geralmente atravessarem vidros e noatravessarem metais.
FAAASATIVIDADESColoque um radinho e uma lanterna de pilha no
interior de um vidro e feche-o bem.
O fato desses aparelhos estarem no interior do vidro impede
o seu funcionamento ? Como voc justifica sua resposta ?
Coloque-os agora no interior de uma lata matlica
que pode ser de leite em p.
Eles funcionam agora ? Justifique sua resposta.
11 O carter eletromagntico da luzPercebeu-se que, como as demais ondas eletromagnticas,a luz uma oscilao que tambm se propaga no vcuo e usualmente representada pela variao peridica do campoeltrico, uma perturbao capaz de mover cargas eltricas.
As cores ou energias da luz esto relacionadas com as suas
freqncias, de acordo com o esquema grfico.
Grfico de cor ou energia x freqncia da luz visvel
O que distingue a luz visvel das outras radiaes a suafreqncia, ou seja, o nmero de oscilaes por segundo
que tambm est associado cor da luz.
Assim como o som uma vibrao mecnica do ar e a suafreqncia distingue sons graves e agudos, a luz tambmuma forma de vibrao eletromagntica cuja freqnciadistingue uma cor da outra.
A freqncia da luz caracteriza sua cor e tambm suaenergia. Na faixa da luz visvel, a luz vermelha a demenor freqncia e menor energia, a luz violeta a de
maior freqncia e maior energia.
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Cada uma dessas radiaes possui uma energia definida,que est relacionada com a sua freqncia. Se a radiaofor na faixa da luz visvel, ento cada cor ter sua freqncia
caracterstica, que por sua vez corresponder, tambm, auma determinada energia.
Esse conjunto de radiaes de todas as freqncias denominado de espectro de radiaes, representado no
grfico a seguir.,
Radiao eletromagntica
Embora essas radiaes tenham freqncias bem distintase estejam relacionadas a diferentes situaes, elas possuem
algumas caractersticas comuns.
Diferentemente das ondas sonoras, que so vibraesmecnicas do ar, as radiaes eletromagnticas no
necessitam da existncia de um meio material para a suapropagao. A luz do Sol, por exemplo, quando chegaat ns, passa por regies onde no existe matria.
Todas essas radiaes se propagam no vcuo, com avelocidade da luz, que nesse meio de 300.000 km/s eso constitudas por campos eltricos e magnticos.
Por isso o espectro de radiao apresentado no esquemaanterior tambm denominado de espectro de radiaoeletromagntica, e inclui a luz visvel.
O hertz e seus mltiplos
A unidade de freqncia o hertz (Hz).
1Hz significa 1 oscilao por segundo (1Hz=1 oscilao/s)
Dos seus mtiplos, o kHz e o MHz voc j deve terouvido falar na identificao de emissoras de rdio
1 kHz = 1000 Hz; 1 MHz = 1000 kHz
Ampliando o espectro da luz visvel
O grfico da pgina anterior relaciona as cores da luz com
a sua freqncia, constituindo a faixa da luz visvel. Existemoutros tipos de radiaes eletromagnticas, no percebidaspor nossos olhos, que podem ser representadas nesse
mesmo grfico, ampliando-o nas duas extremidades.
A faixa da radiao anterior luz vermelha, denominadade infravermelha, corresponde radiao trmica com
freqncia da ordem de 1000 vezes menor que a da luzvisvel.
Existem ainda radiaes eletromagnticas de mais baixaenergia ou de menor freqncia, como as usadas no
funcionamento do radar, que so da ordem de 1 mil a 100mil vezes menor do que a da luz visvel.
Alm dessas, temos as radiaes usadas em comunicaopor rdio e televiso, com frequncia da ordem de 10 mila 1milho de vezes menor que a da luz visvel.
Ocupando a extremidade de baixa freqncia, esto as
radiaes produzidas pelas redes de distribuio eltrica
de corrente alternada, cuja frequncia de 50 ou 60 Hz,valores que so da ordem de 100 bilhes de vezes menoresque a freqncia da luz visvel.
No outro extremo esto as radiaes de alta freqncia,como o ultravioleta, com freqncia 100 vezes maior que
a da luz visvel, os raios X e os raios gama, com freqnciada ordem de 10 mil a 1milho de vezes maior que a daluz visvel.
A
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ALGUMASQUESTES1. Identificar no grfico do espectro da radiaoeletromagntica a regio que corresponde a freqncia
de ondas de radar.
2. Idem para ondas de comunicao por rdio e TV.Procure no seu rdio ou TV informaes sobre a
sintonizao desses aparelhos. Quais as freqncias que
tais aparelhos funcionam?
3. Procure no seu rdio ou TV informaes sobre
sintonizao desses aparelhos. Quais as freqncias emque tais aparelhos funcionam?
4. Identifique a faixa de freqncia da luz visvel no
espectro de radiao eletromagntica.
5. Que cor de luz correponde maior e menorfreqncia?
6. Consiga uma caixa de papelo que possa ser bem
fechada e coloque no seu interior, de novo, a lanterna eo radinho de pilha, ligados. O que voc pode sugerirpara a explicao do observado?
7. Voc pode sugerir e explicar uma atividade em que aluz seja transmitida mas no as ondas de rdio?
T d s ns j fica s aravilhad s intrigad s c arc ris El s rg l g aps a
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12As cores da luz e a
sua decomposio
Para esta construo voc precisar de:
- uma caixa de sapatos em bom estado;
- trs pequenos pedaos de madeira e alguns preguinhos;
- um bocal e uma lmpada de filamento reto e vidro transparente;
- 3 metros de fio do tipo usado no cordo do ferro eltrico;
- um plugue e uma pequena serra de cortar ferro.
A luz branca pode ser
decomposta em outras
cores, cada uma
representada por um
nmero, que a sua
freqncia
Todos ns j ficamos maravilhados e intrigados com um arco-ris. Ele surge logo aps uma
chuva, quando o sol reaparece.
Com o Sol "baixo" da manh ou do final da tarde, brincando com uma mangueira de jardim,
jogando o jato de gua para cima, tambm enxergamos um arco-ris.
O objetivo desta atividade mostrar que, a partir da luz branco-amarelada de uma lmpada
incandescente, podemos obter um conjunto de cores semelhantes de um arco-ris. Para isso,
vamos constuir um projetor de fenda estreita.
Construindo um projetor de fenda estreita com uma caixa de sapatos vazia
Detalhe para prender as madeiras, o soquete e os fios Observem que a fenda e o filamento da
lmpada devem estar alinhados
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8/14/2019 GREF - Optica
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12 As cores da luz e a sua decomposioAtividade: as cores da luz visvel
A luz branco-amarelada de uma lmpada incandescente,na realidade, pode ser decomposta em vrias cores. Paradecomp-la voc precisar de: um prisma, um projetor
de luz do tipo mostrado na pgina anterior e uma lmpadaincandescente. Coloque o prisma na passagem da luz eobserve as cores projetadas na folha de papel.
Qual a relao entre a luz "branca" e o
espectro de cores que ela gera num prisma?
Objetos muito quentes, alm de calor, emitem tambm
vrias radiaes de diferentes cores. Para cad