guia mrqb 2014-2015

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1 Departamento de Qu Departamento de Qu í í mica mica Qu Qu í í mica Analitica mica Analitica Coeficientes de Actividade Coeficientes de Actividade Cap Cap í í tulo III tulo III Fundamentals of Analytical Chemistry D. A. Skoog, D. M. West and F. J. Holler, Saunders College Publishing 7 th Edition Ionic Equilibrium – A Mathematical Approach Butler, J. N., Addison-Wesley Publishung Company, Inc.

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Page 1: GUIA mrqb 2014-2015

1Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

Coeficientes de ActividadeCoeficientes de Actividade

CapCapíítulo IIItulo III

Fundamentals of Analytical ChemistryD. A. Skoog, D. M. West and F. J. Holler,Saunders College Publishing 7th Edition

Ionic Equilibrium – A Mathematical ApproachButler, J. N.,Addison-Wesley Publishung Company, Inc.

Page 2: GUIA mrqb 2014-2015

2Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

ai = fi ci

ai actividade da espécie i ( ) – concentração efectiva, “massa activa”

ci concentração molar da espécie i [ ]

fi coeficiente de actividade. Factor que multiplicado pela concentração corrigiria, por si, os desvios em relação ao comportamento ideal, devido à existência de forças interiónicas.

A diluição infinita, teremos a solução ideal, em que o coeficiente de actividade será igual à unidade.

0 < fi < 1 lim fi = 1 lim ai = ci

ci 0 ci 0

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3Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

Cálculo do Coeficiente de Actividade

Não é possível determinar coeficientes de actividade individuais, devido à impossibilidade de de se conseguirem soluções só com catiões ou aniões.

Coeficiente de actividade médio f±

Electrólito f±

AB 1:1

A2B 1:2

AB2 1:2

A2B2 2:2

(f+ . f-)1/2

(f+ . f-2)1/3

(f+2 . f-)1/3

(f+2 . f-

2)1/4

AmBn

f± = (f+n . f-

m)1/m+n

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4Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

Teoria de Debye-HückelTodos os cálculos téoricos dos coeficientes de actividade, são baseados na Teoria de Debye-Hückel.

Na Teoria de Debye-Hückel, assume-se que os iões em solução se comportam como cargas isoladas com um valor de constante dieléctrica igual ao do solvente em que se encontram. Sendo assim em soluções suficientemente diluídas e para electrólitos completamente dissociados, o coeficiente de actividade médio de um electrólito do tipo AB, com iões de carga Zj e Zi é dado por:

log i jf A IZ Z± = − ⋅Lei Limite de Debye-Hückel

I < 0.001M

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5Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

I – força iónica

A - constante dependente da temperatura e da constante dieléctrica do solvente. A 25º C e em água o valor de A= 0.509.

no caso de um único ião temos:

Comparando com os valores experimentais, verifica-se que para forças iónicas maiores que 0.001 M, a Lei Limite de Debye-Hückel deixa de ser válida, havendo necessidade de incluir um outro termo:

IaBIZZA

f ji

+−=± 1

logLei geral de Debye-Hückel

I < 0.1M

212 ii

iI c Z= ⋅∑

2log f AZ I= −

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6Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

a – parâmetro ajustável medido em Å (10-9 m) correspondendo ao diâmetro efectivo do ião hidratado.

B – constante dependente da temperatura e da constante dieléctrica do solvente. A 25º c e em água B=0.33.

Na equação geral de Debye-Hückel, o valor de a é aproximadamente 3 Å para a maioria dos iões monocarregados e sendo assim:

≈IaB+1 I+1

IIZZA

f ji

+−=± 1

logLei de Guntelberg

I < 0.1M

Page 7: GUIA mrqb 2014-2015

7Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

| |||

ı

C1/22,01,51,00,5

1,0KCl

NaCl

LiClHCl

Os coeficientes de actividade médios experimentais passam de um modo geral por um mínimo à medida que as concentrações aumentam, devido a variações da constante dielectrica da água que diminui à medida que a força iónica da solução aumenta.

Guggenheim introduziu na equação de Debye-Hückel um termo linear em relação à concentração. b – parâmetro que varia com a natureza do electrólito

log1

i jAZ Z IIbf

I± =− ++

Lei de Guggenheim

I < 0.1M

Page 8: GUIA mrqb 2014-2015

8Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

Posteriormente, Davies propôs um valor para b e demonstrou que a nova equação permite o calculo de coeficientes de actividade bastante próximos dos valores experimentais até forças iónicas da ordem 0.5M

Lei de DaviesI < 0.5Mlog 0.2

1i jAZ Z I

f II± =− +

+

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9Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

Coeficientes de Actividade de Espécies Não CarregadasMoléculas não ionizadas e gases à pressão de 1 atmosfera consideram-se como

tendo coeficientes de actividade unitários.

Cálculos de Equilíbrio Usando Coeficientes de ActividadeA actividade de uma espécie X varia com a força iónica, se substituirmos numa

constante de equilíbrio, Keq, a [X] por (X) obteremos uma constante que vai

depender da força iónica, essa constante será designada por constante de

equilíbrio termodinâmica, KTeq.

XmYn – precipitado KTs = (X)m.(Y)n KT

s =fmX[X].fn

Y[Y]

KTs =fm

X fnY [X][Y] KT

s =fmX fn

Y Ks

Page 10: GUIA mrqb 2014-2015

10Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

Exemplos:1. Calcular a solubilidade de Ba(IO3)2 numa solução 0.033M Mg(IO3)2.

Dados: KTs (Ba(IO3)2 ) = 1.57x10-9

Ks = [Ba2+] [IO3-]2 Solubilidade = S= [Ba2+]

Ks = S (2s + 0.066)2 2S << 0.066 Ks = S (0.066)2

Cálculo da força iónica I

I =1/2(0.033x4+0.066x1) =0.099M

[ ]3

922

3 2

1.57 10s

Ba IO

xBa IOK f f −

−+= ⋅ =⎡ ⎤⎣ ⎦ ⋅

( )2 2 23

1 [ ] 2 [ ] 12

I Mg IO+ −= ⋅ + ⋅

Page 11: GUIA mrqb 2014-2015

11Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

I ≅ 0.1M ⇒ o valor dos coeficientes de actividade terão que ser calculados pela Lei Geral de Debye-Hückel:

Ks = 6.8x10-9 ⇒ S = [Ba2+] = 6.8x10-9 / (0.066)2

[Ba2+] = S = 1.6x10-6 M

Tendo em conta o valor da força iónica, as actividades serão:

KTs = 1.57x10-9 = S(0.006)2

(Ba2+)= S = 3.6 x10-7 M

Erro relativo =

2Baf +

7 6

6

3.60 10 1.56 10 100% 77%1.56 10

− −

× − ×× =

×

3

2IO

f −= 0.38 = 0.78

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12Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

2. Calcular a concentração de H3O+ numa solução 0.120 M de HNO3 que contém 0.050 M de NaCl

Dados: KTa=5.1x10-4

Cálculo de I

I=1/2(0.05x1+0.05x1) = 0.05 M ⇒ valores tabelados:

= 0.86 = 0.80 =1

( )2 21 1 12

I Na Cl+ −⎡ ⎤ ⎡ ⎤= × + ×⎣ ⎦ ⎣ ⎦

2NOf −3H O

f +2HNOf

2

3 2

Ta HNO

H O NO

K ff f+ −

=⋅[ ]

( )( )( )

2

3 2

3 23 2

2 2

HNOa

H O NO

f H O NOH O NO

HNO f f HNO+ −

+ −+ −⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎣ ⎦ ⎣ ⎦= =⋅

K

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13Departamento de QuDepartamento de Quíímica mica QuQuíímica Analitica mica Analitica

445 .1 10 1 7.3 10

0.86 0.80aK−

−× ×= = ×

×

[ ]3 2aH O K HNO+⎡ ⎤ = ×⎣ ⎦ ⇒ [H3O+] = 9.4x10-3 M

Desprezando os valores dos coeficientes de actividade, temos:

Ka = 7.1x10-4 (valor tabelado)

erro relativo =

( ) ( )3 2aH O K HNO+ = × ⇒ (H3O+) = 7.8x10-3 M

3 3

3

7.8 10 9.4 10 100% 17%9.4 10

− −

× − ×× =

×