ideal celeste

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ANTONIO MAIA,c.m. IDEAL CELESTE C o n s i d e r a ç õ e s sobre a nova letra d o Hino Oficial d a s CC.MM. d o Brasil 1971 RIO/GB

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Autor: Antonio Maia, cm Considerações sobre a nova letra do Hino Oficial das C.CMM. do Brasil - 1971 Congregações Marianas - Congregação Mariana - congregados marianos - congregado mariano

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Page 1: Ideal Celeste

ANTONIO MAIA,c.m.

IDEAL CELESTE

C o n s i d e r a ç õ e s s o b r e a n o v a l e t r a

d o H i n o O f i c i a l d a s C C . M M . d o B r a s i l

1 9 7 1

R I O / G B

Page 2: Ideal Celeste

o autor da música , Mons . LIcinio Réf ice, nasceu em Patr íc ia , Roma, a 12-Í -1885, real izando seus estudos ec les iás ­t icos no Ponti f íc io C o l é g i o Leonino de A g n a n i .

J á desde c r iança , seu pendor para a música se pronunc iou , fazendo com que to ­masse aulas part iculares com o maestro Eoez i . K ' a i s tarde, ingressou no Conserva­tório Nacional de M ú s i c a Sta. C e c í l i a , onde estudou ó ' a ã o e C o m p o s i ç ã o com o prof. Stanislao Fo lch i .

Em 1910 foi premiado o sen oratór io "Cananea" , seguindo-se a sua d ip lomação em l-farmonia. C o m p o s i ç ã o e Anál ise Musi ­cal oeia "Scuola Pont l f lc in d i M ú s i c a S a c r a "

f l i r ia ir , musicalmente , a Capea L iber iana de Sanlp Maria Maior .

Sem sofrer a inf luência de Lorenzo Perosi. dele t ierdou, no entanto, a forma t rad ic iona l .

A bagagem musical de Mons . Réf ice é das mais expressivas e valiosas, mormente

.ce trataf^Ho comnnc:içn<>s spcras; ••l.a vedova d»» Nain" . "Mar<a Maoda isna" , " I I martír io di Santa Aqnesse" . "Vis ione mis -) ' ra s " " a " " i r ' " » d! nani - » " . " T r i - i j r o fr^n-

ceacanr " , "La Samari tana" , "L i l ium Cruc is" , "El ) ' ' i o de Puebla" etc.

^fons. L ic ip 'o R é f c e morreu no dia 11-n-1954 í A n o Mariano) , v ít ima de um c o ­lapso c a r d í a c o no rpomento em que rep'a o derradeiro ensaio de s^a óoera " C e c í l i a " no Teatro Munic ioal do R'o de Jane'ro, que. nela seounda vez, era levada à cena no Brasi l . Deixou inacabado um or^tóri '^ dr-» -mático inspíi^ado na f iaura de S . ."^teb^s-t ião. oraon da A r c M - n c p ' - " H i R^n r"» .1- . -nsi^o e Hf> mais 188 paróqu ias espalhadas pelo terr i tór io nac iona l .

letra ital iana (a do hino mariano

brasi leiro) , como veremos, é prat icamente uma t radução adapiada; descobr imos tratar -se de uma c o m p o s i ç ê o ooétca do Revdmo. Pe. Giovanni O l d r á , S . J .

Eis o que reza um recorte que nos env iaram; é um n e c r o l ó g i o :

"Faleceu na madrugada do dia 7 p . p . nesta Capital , no C o l é g i o S. Luis, o Pe. Ro­meu Gualandi , S . J . — Nasceu em Pistola, na Toscana, aos 28 -3 -1872. C o n c l u í d o s seus pr imeros estudos, entrou na Compa­nhia de Jesus, aos 19-4 -1887. Ao term'nar o estudo de Fi losofia na Universidade Gre­goriana de Roma, foi dest inado ao Brasil — C o l é g i o Itú —• aonde chegou aos 27-7 -1895.

A p ó s f a r o s r'-; m r o ' s t é ' ' o e ' - r c f^ i tn -a nos c o l é g i o s Anchieta (em Nova Friburgo) '' S. I i i is, voltou a Roma, para estudo de Teo log ia .

Sace -do 'e . foi recebido novamente e'"' I t ú . aos 25 -9 -1904. Foram então outros 15 anos de magistér io : 6 passados em Itú, 2 em h'ovp Fn\^-"o'^ 0 7 1 - 0 R'o r̂ e .i^^nRirn

A partir de 1931, dedicou-se exc lus iva ­mente ao magistér io , em S . Paulo, d i r ig indo nor vár ic^ anos a C M dp Mncos e as Fi­lhas de Maria, da Igreja de São G o n ç a l o . "

No recorte do " L e g i o n á r i o " (10-6-45) , a t inta, manuscr i tamente, está esc larec ido

. ~ — , •- .--•••^—^^te ao acer\'o do arquivo de Brasil IVt/iriano.

São , portanto, quase rar idades que ofe -r(T<'mc'' rc\ra a histór ia do movimento em nossa fe'-ra.

Resiim'Ho de "Estrela do Mar", ó rgão das C C . M ' M .

O.s dadcs snpra. agradec-emos à g e n t i ­leza do . iornalista J . P. M i r a n d a , conore-pado m a r i a n o que por m u i t o s anos í o i o d i n â m i c o Secre tá r io da F e d e r a ç ã o das r o . M R r de R i b e i r ã o Pre^o. palco da 6.^ A s s e m b l é a Nac iona l de Di r igentes M a r ' a -nos. (Vide nota de rodapé n.° 4, a p á g . 11)

Page 3: Ideal Celeste

ANTONIO MAIA c. m

I D E A L C E L E S T E

Considerações sobre

a nova letra do

Hino Oficial das CC. MM. do Brasil

)

Rio / GB

1 9 7 1

Page 4: Ideal Celeste

CAPAS

1 . ̂ ) F lagrante de uma das outroras concor r id iss imas assembleias m e n ­sais da Fed. das C C . M M . do Rio de Janeiro no t rad ic iona l e aco lhedor reduto lus i tano-mar iano que é o L iceu L i terár io P o r t u g u ê s , onde o ntwrla-nismo car ioca já escreveu diversas das mais l indas pág inas de sua h i s ­tór ia , (assinalado no c í r c u l o nosso saudoso pai) .

2. ̂ ) Breve not ic ia b iográf ica dos autores da mús ica e da letra (adapta­ç ã o do ital iano) do Hino Of ic ial das C C . M M . do Brasi l . As fotos são bas ­tante raras.

3. « ) Hino de o c a s i ã o composto pelo Autor para C o n c e n t r a ç õ e s M a ­rianas e ded icado a D. Sebast ião Leme, que exc lamou na C o n c e n t r a ç ã o Nacional de 1937: "A IHa azul sa lvará o Bras i l ! " e na hora de sua morte ped iu : " . . . o meu t e r ç o e a minha fita azuP. — Part i tura d is t r ibu ída pels Fed. Mar iana de Ni teró i quando da P e g r i n a ç ã o que promoveu ao Santuárfs de N. S. de Lujan, na Argent ina.

4. *) F lagrantes de dois Dias Mundia is : no C o l é g i o Sto. Inác io , quando N. S. Aparec ida (fac>simile) e ra conduz ida pelo pátio in te rno ; na paróqu ia de S. Sebast ião dos PP. Capuchinhos , quando a imagem de N. S. de Lourdes era ret i rada do Inst. La-Fayete. Nessas o c a s i õ e s era cantado a p leno pu lmões . "Do Prata » Amazonas' ' pelos congregados e pelas c o n ­gregadas em honra à sua Rainha, Advogada e M ã e , que de fato Ela c era do movimento que nasceu mar iano porque sempre fo i de Cr isto; de Cristo por Maria . (Fotos: Halo Brescia — m o n t a g e m : J o s é Milton Ferrari sob "croquis" do Autor — G r a v a ç ã o : Cl icheria Garcia) .

Um autorizado e confortante depoimento

'•Foram recebidos 2 congregados e 5 candidatas da C M . local . Tudo na base do tradicional: ( ^ o do missivista): inclusive pelo r i tual ant igo , c o m f i ta , d ist int ivo e tudo e DO PRATA AO A M A Z O N A S (caixa alta do m i s ­sivista) como "in illo tempore'. V ibre i , a dizer a verdede. A l iás v o c ê sabe que sou muito par t idár io do " c o m o se toca , se d a n ç a " . N o interior , esses sinais todos são muito quer idos a inda: ser ia burr ice não va lo r i zá - los .

Tem congregados meninos, m o ç o s , e velhos. O movimento paroquia) , das diversas frentes, é na l inha da C. M. A m o ç a d a usa f i ta e canta t a m ­bém DO PRATA AO AMAZONAS. Quando no AVERNO RUGE (caixa alta do missivista), batem palmas com todo entus iasmo. O ant igo enfeitado f i c a n o v o . . . Note que são mais de 100 jovens, eles e e l a s " .

F»E. P J S S J

Page 5: Ideal Celeste

'•Temos assínalackD ( . . . ) um ce r to desvio de d i reção da o r todox ia dout r inár ia e m a lgumas escotas e em alguns estudiosos ( . . . ) E não há quem não veja quão per igoso é para a verdade rel ig iosa e para a e f i c á c i a sa lv i f ica de nossa re l ig ião o fa to de se cons iderar somente o seu aspecto humano e soc ia l c o m pre ju í zo do seu aspecto p r i ­már io , sagrado e d iv ino , que é o da fé e da o raç f lo" . — Paulo VI (19-9-69).

( lYanscri to da 'Declaração do Episcc^pado Arzent ino" , 12/8, 70. n u m a tradução da revista "Unlversttas" , m 16, ag. -set . 70 — publicação da Pontííicia Universidade Cató­lica Argentina Santa Maria 'de Buenos Aires — p á g . 80/7, Seção " V i d a N a c i o n a l " ) .

4. .5.4.

"Para promover o desenvolv imento integral do h o m e m formará (o sacerdote) os le igos e os an imará a par t ic ipar at lvamente, c o m c o n s c i ê n c i a c r is tã , na t é c n i c a e e la ­b o r a ç ã o do progresso. Mas na ordem e c o n ó m i c a e soc ia l , e pr inc ipa lmente na o r d e m po l í t i ca , o n d e se apresentam diversas o p ç õ e s concretas , ao sacerdote como ta l , não lhe incumbe diretamente a d e c i s ã o , nem a l iderança , nem tão pouco a es t ru turação de s o l u ç õ e s " . ; ' 1f !

(2.8 Conferência G e r a l do Episcopado Latino-American o, em Medelin — Documento '•Sacerdotes", n.o 10 — transcrito da ••Declaração do Episcopado Argentino" , conforme indicações s u p r a ) .

Page 6: Ideal Celeste

Cardeal Arceb ispo

D. Sebast ião Leme da Silveira e Cintra

Fundador da F e d e r a ç ã o das

C C . M M . do Rio de Janeiro e da

C o n f e d e r a ç ã o Nacional das C C . M M .

do Brasil autor da frase p ro fé t i ca :

"A f i ta azul sa lvará o Bras i l ! "

Cardeal Arceb ispo

D. Ja ime de Barros C â m a r a

Consol idador e Salvador do mo­

v imento mariano brasi leiro quando

assumiu- l t ie a d i reção ju r ica nacional ,

poster iormente conf i rmada pela Con­

ferencia Nacional dos Bispos do Bra ­

sil (CNBB).

.;. 4.

Page 7: Ideal Celeste

• Aos Cardeais Arcebispos

D. Sebast ião Lome da SHveira e Ctntra

D. Jaime de Barros C â m a r a

Marianos de escol , comprovadamente pelo proceder : escr i tos, gestos, at itudes e palavras, e que não se envergonharam de ostentar devotamente e até com "santo o r g u l h o " sobre suas vestes card ina l í c ias , a " f i ta azu l " das C C . M M . , a imor iedoura sau ­dade do eterno d i sc ípu lo .

•í -v +

• A todos os congregados marianos — vivos e falecidos — inclusive e, s o b r e ­tudo , ao meu saudoso pai .

Altivo Rodrigues Maia.

que não traíram nem trairão o seu Ideal t rocando a Rainha por novidades desfigurante,? do seu " e x é r c i t o azul", g lor iosa e santamente quadr isecular , o ferecemos estas p á g i n a s escr i tas numa hora de luto do movimento mundial out rora tão pujante e amado por quantos aprendiam o "sentire cum Ecc ies iae" (Regra 33), sem medos nem a m b i g u i d a ­des, mas de peito aberto para a luta e até para a morte se preciso fosse!

Page 8: Ideal Celeste

5 A G R A D 0 C O R A Ç Ã O DE JESUS

£ U TENHO C O N F I A N Ç A EM VOS.

( Jacu la tó r ia que o Pe. Jorge Vantetegher (belga) c o m e ç o u a aconselhar aos seus penitentes no c o n f e s s i o n á r i o , em 189C, e universal izou-se e m pouco t e m p o ) .

DOCE C O R A Ç Ã O DE MARIA

SEDE A MINHA S A L V A Ç Ã O .

^Jacu la tór ia esco lh ida pela v idente de Fát ima, Jac inta , no elenco apresentado pelo Pe. Cruz e m 10-12-1925, repor tan -•do-se à 2.^ A p a r i ç ã o da V i rgem, em 13-6 -1917).

Page 9: Ideal Celeste

\

1 ^ OUAS PALAVRAS

Mino, ant igamente, bem ant igamente, era a forma (audatór ia , c o m carac te r í s t i cas •d.e poema s até mesmo de o r a ç ã o , e n d e r e ç a d a aos deuses. O maior t i inário da nossa reHptâo náo deixa de ser o Livro dos Salmos, a t r ibu ídos a maior parte ao Rei e p ro -. lela Davi , bem c o m o a As i fe , Hendu, I d i t u m , Sa lomão etc . O c t iamado 'Grande Hallel" era também di to "Hino P a s c a l " (SIs. 112/117): " E tendo cantado hinos, sa í ram para o monte das Oliveiras". (Mt 26,30)

Hoje em dia o h ino ( lat im "himum", e grego " h y m n ó s " = canto , l o u v a ç ã o , p e ç a m u s f c a l laudatór ia) é a c o m p o s i ç ã o p o é t i c o - m u s i c a d a e m que se homenageia , e m ' honra de uma c idade , de uma N a ç ã o , de uma ent idade ou c o r p o r a ç ã o e mesmo de um i n d i ­v í d u o (herói ou santo ou determinada co isa : Hino a S. J o s é , Hino à Bandeira , e t c ) .

Const i tu í de sua p r e c í p u a natureza e c â n o n e s e c i r c u n s p e c ç ã o , a sobr iedade de •execução, a grav idade de sua melodia , sendo uma e s p é c i e de brado guerre i ro .

Vejamos, p. ex. , a "Marselhesa", cu jo t i tu lo é indicat ivo da natura l idade de uma •cidade, mas é um hino nac ional , composto ao ímpeto da queda da Bast i lha, v indo a ser o orgulho da F r a n ç a . Impregnado de re l ig ios idade temos o hino ing lês "Good Save the Queen" e de acentos bem patr iót icos está o dos E^ .UU . (muitas vezes confund ido c o m o de sua Mar inha de Guerra (o que se confund ia era apenas o dos fuzi leiros navais, ' T h e Nave"). Os demais h inos , sejam de qual Pátr ia ou c idade que for , n ã o de ixam de ter aquela áura de ser iedade e respeito, como o nosso quer ido "Ouviram do Ipiranga a s

margens p l á c i d a s ' , da lavra dos insignes pat r íc ios Francisco Manuel da Silva e O s ó r i o TJuque Estrada.

• O fato é que o hino de uma ent idade — pode mesmo ser o de um modesto c lube — há de merecer do pugi lo que ele represente e s i m t w l i s a , algo de muito quer ido , •estimado e respeitado. E quanto mais ant igo e t rad ic ional for esse pat r imônio , tanto mais deve ser, resguardado, c o m o são o s . m a i o r e s , inclusive é regulamentada a sua e x e c u ç ã o , por d isposi t ivos especiais (em nosso caso, por tanto , no Brasi l , pela chamada "Le i dos •Stmtwíos", que abrange o B rasão , o Selo, a Bandei ra e o H ino , que é a Lei Federal

5 . 7 0 0 , de 1-7-71) .

N ã o se admi te , por tanto , o mais leve desamor a uma coisa t ida como quase sa-•grada, o desrespei to , a fal ta de est ima, a sencer imonia no seu t ratamento , c o m o p. ex., a maneira f r ia , p reconceb ida c o m que fo i mudado o Kino Sov ié t i co , ao ensejo do 50-' an iversár io de f u n d a ç ã o da instalação do regime comunista , na outrora " N a ç ã o de Deus" ,

à c o g n o m e que a Rúss ia já teve. Não só a letra foi mudada, mas nova forma de e x e c u ­ção fo i int roduzida nH melodia que Sergel Mil<balkov e Elres Guistan baseados na

"Tinha sonora de Alexander Alexandrov ( fundador dos "Coros do E x é r c i t o Vermelho"), compuzeram após a 2 ." Guerra Mundia l . Por que mudou-se? Interesses de Estado,

;Pol í t ica, desamor, falta de respeito, tão somente.

Quando a desest ima, o t ratamento f r io e inconsequente tomam conta das coisas, inc lus ive do Hino, da c o m p o s i ç ã o s í m b o l o de uma raça , de um grupo, de algo que

d e v e r i a perdurar , estamos seguramente bem próx imos do f i m !

Page 10: Ideal Celeste

" F a c - » : i n t l e da part i tura , para, plano ou ó r g ã o e canto , do Hino Of ic ial das C C . M M . do Brasi l , (Vide nota n9 21) far tamente d is t r ibu ída por o c a s i ã o da Cort-cen t ração Nacional Mariana, e m 1937, no Rio de Janeiro .

Como se v ê , as estrofes es tão em ré maior e o estr ib i l f io e m sol maior. N o 'Manual dos Congregados" tem saido apenas a part i tura da melodia c o m as e s ­trofes e m mi t>emoi e o est r ib i lho em lá bemol maior, portanto meio tom a c i m a , o que é de se estranhar!

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i 1?) Do PritaaoA.m» . 1 0 . na> do m»r i s cor . di . Ihfi. r»s CerrtmoM fi . Ifi . r»» Sol 2?) Dum i. de.ai cc . 1 » _ te S* . gui.mos «• en . eui . toa Vcndtemiuiargcs f r a . - ! . ie« A.

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Page 11: Ideal Celeste

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Page 12: Ideal Celeste

Antiga Letra do

Hino Oficial do CC. MM. do Brasil,

I

Do Prata ao Amazonas, do mar às cord i l t ie i ras , cer remos as f i leiras so ldados do Sentior. O nome teu , M a r i a , ó V i rgem Sotjerana, nos une nos i rmana, nos dá fo rça e valor (bis)

Estribilho

O averno ruge enfurec ido , Altar e T rono quer dest ru ído da v ida ent ramos na luta ardida Por Deus pugnamos por nossa v i d a . . Tu nos proteges , ó Mãe potente, contra a in imiga cruel serpente.

De mi l soldados não teme a espada Quem pugna á sombra da Imaculada .

I

Dum Ideal celeste, seguimos os encantos, vendo em amargos prantos a Terra esmorecer . Seguimos a Mar ia , será nossa ventura, teus f i lhos . V i rgem Pura, Sempre queremos ser. (bis>'

Page 13: Ideal Celeste

I — Nossas R a z õ e s

Fique bem c laro , desde o i r i íc io , que não nos move qualquer espí r i to bel icoso ou o s imples prazer de esgr imir , polemizar , mui to embora a po lémica bem in tenc iona ­d a , com e levados p ropós i tos esc larecedores , h is tor icamente const i tu iu uma das notas mais carac te r í s t i cas dos pr imei ros congregados mar ianos : " . . . a o « o lhos d o Pe. Costar, a p o l o g é t i c a e p o l é m i c a e r a m par les integrantes d o f i m e da obra externa das C C . M M . " "L€s C o n g r é g a t i o n s IWariales", Pe. Emile Vi l laret , S.J. (1) — Aprec iamos a boa e ins ­t rut iva po lémica (como admiramos Car los de Laet!) , mas presentemente não d ispomos do tempo n e c e s s á r i o nem tão pouco p o s s u í m o s saúde suf ic iente para nos darmos a tal luxo. Por um imperat ivo , p o r é m , da nossa c o n s c i ê n c i a e, c o m a ún ica e exc lus iva f ina l idade de a judar , é que apresentamos o estudo ou anál ise que se segue, entendendo — aconselhado pelo senso c o m u m — que, quando mudamos alguma coisa, obv iamen ­te devemos mudá - la para melhor, por ser isto o rac ional , o cer to , o justo . Numa tal anál ise não p o d e r á faltar um certo esp í r i to c r í t i co , às vezes em tom um tanto severo, mas sempre dentro do que é leal, justo , construt ivo . Cremos não haver nisto qualquer falta ou pecado. Ou há?

Aor que não compreenderem isto , pedimos que não cont inuem a lei tura.

II — B r e v í s s i m o h i s t ó r i c o d a m ú s i c a e da letra

J á por duas vezes t i vemos a opor tun idade de abordar , h is tor icamente , as or igens do Hino Of ic ia l das CC .MNf . do Brasi l (2), resultado de pesquisas que então p r o c e d e ­mos e con^pletadas por in fo rmações de out rem. A p u r a m o s então que o Hino Of ic ia l das C C . M M . brasi le i ras era , e é, p r imei ramente , o das C C . M M . i tal ianas, part i tura or ig inal do maestro e composTor Mons. L ic ín io Réf ice , c r iador de um t ipo de mús ica oper is t ica moderna (•'Cecíl ia" e "Margheritta da Cartona") no campo das c o m p o s i ç õ e s l i r i c o - s i n -fôn icas .

"Como, até mais ou menos 1916, não havia um Hino Of ic ial das C C . M M ' . do Bra ­s i l , pelo menos no sul fo i este a d a p t a d o ; a melod ia mereceu um arranjo especial de J o ã o Baptista Cur t i " . (3)

Respeitante à letra, é sabido que a i tal iana é da lavra do Revdmo. Pe. Giovanni O l d r á , S.J., devendo-se a ve rsão por tuguesa ao Revdmo. Pe. Romeu Gualandi , S.J. (4), que a verteu para o v e r n á c u l o numa adaptação muito p róx ima d a letra i ta l iana, como

] ) apod . P e . Paulo B a n n w a r t h , S . J . i n "As C C . M M . P e r a r t e a História", edição mimeografada da F e d . das C G . M M . da G u a n a b a r a — 1970.

2"» cfr . Estre la do Mar , j u n . - j u l . , 1955 págs. 30/1 e nov. -dez. 1960 págs. 38/9.

3) IhiãetR. nov.-dez. — 1960 pág. 38.

4) cfr. arquivo de ".ífrasil Mariano'- — S . Paulo — recorte d' " O Leçionário", 10-6-43. -gentilmente cedido pelo jornalista J . P . Miranda, de Ribeirão Preto — S P .

Page 14: Ideal Celeste

p o d e m o s constatar , fazendo nina c o m p a r a ç ã o , sequer pelo es t r ib i l t io :

G i á d e l i i n i e m o R i b o m b a i l t u o n o S u l c o p o n o s t r o D ' u n a l t r o s u o n o G i á d e l i a v i t a L ' a r d u a t e n z o n e C i a s p e t t a u m n u o v o T r e m e n d o a g o n e .

M a p u r í i d e n t i D e l l a t u a o i u t a M a r i a p u g n i a m o P e r n o s t r a v i t a C h e d e i n e m i c o N o n t e m e i l d a r d o C h i p u g n a a l l ' o m b r a D e l t u o s t e n d a r d o !

0»ver.no ru . ge en-fu.re . ci . do. A U i r e

tro.QO quer dei . tru . i . dos Da v i . d a e n .

^ ^ ^ ^ tra . mos na I g . U a r . d i . da. Por Deus pu .

fna.nio* po» noa.sa vt . Ga. Tu BOS pTO.

te je». o Mis pá . teu . te. C o n J r i U i .

- m i . g». cruel K l . pea . te, Demil kol.

^ 1 ^

P ^ - V ^ p Ç da . dos nàc te . me», es . pa . dmQuerapugiu»

K V . — : — y

tom. bi» da Ina cu 1> . da

M ú s i c a e letra, por tanto , nos vem de verdadeiros mestres e que t ransfundi ram e m suas obras o mais autênt ico , g e n u í n o e f ino lavor art íst ico, merecendo, por isso não apenas a nossa admi ração e ag radec imento , mas, sobretudo, o nosso respeito. Ao mudar coisas que f izeram tais mestres, pensemos pelo menos umas dez vezes! N ã o é muito fáci l i g u a l á - l o s , que fará sup lantá - los !

Ill — P r o p o s i ç õ e s para a m u d a n ç a

Nos 22 anos em que t ivemos a fe l ic idade, a g r a ç a e o prazer de desempenhar — imerec idamente , é c laro — , no movimento mar iano brasi le i ro, o terce i ro cargo h ie rar ­qu icamente mais elevado (Secretár io Geral) , mui raras vezes — mas mui raras vezes mesmo — t ivemos o ensejo de abr igar queixas , ouvir r e c l a m a ç õ e s ou s imples pedidos de m u d a n ç a da música ou da letra do nosso hino (desculpem o cacófato — suino!) — E varamos, co r remos , v ia jamos, conhecemos (uma das muitas boas coisas que o m o ­v imento nos proporc ionou) estes brasis de fora a fora , no t rato mais íntimo e f raternal — dos mais amigos e cord ia is — , c o m milhares e mi lhares de i rmãos da f i ta azul , desde aqueles de mais elevada categor ia soc ia l e nível inte lectual , aos de mais humi lde pos ição na escala humana, gente s imples e boa, todos p o r é m , destemidos so ldados da Rainha, tendo- the acendrado amor e inf inita c o n f i a n ç a . Nesse t rato , do qual , hoje , nos lembramos saudosos, se, vez por outra , res t r i ções ouv imos ou suges tões c o l h e ­mos quanto à m u d a n ç a da letra, se c ing iam estas, de um modo muito superf ic ia l sobre :

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a) os e q u í v o c o s g e o g r á f i c o s : "Do Prata" (que prefer i r iam Cl iu í , por ser ve rdade i ­ramente o ex t remo sul do País ; cer tamente por blague alegavam alguns que assim se evi tar ia a suspeita de t o n q u i s t a s f ronte i r i ças ! Quanto ao termo "cord i lhe i ras (no hino querendo traduzir , c laramente pela minúscu la , querendo referir -se à montanhas) , acha­vam quo era forçar demais no s imbol ismo, prestando-se a c o n f u s ã o com as Cord i lhe i ­ras dos Andes ;

b) poucos impl icavam com o classissismo do v o c á b u l o "averno" , que não é errado, mas s implesmente ant igo, a rca ico ;

c) a o b j e ç ã o mais sér ia era, e sempre f o i , a questão l inguíst ica ( c o n c o r d â n c i a ) de "A l ta r e T rono quer d e s t r u í d o " ;

d) o s imbol i smo ou metáfora "Altar" ( = Igreja) e "T rono" ( = Governo, regime) e n ­contrava também alguns oposi tores , sobretudo porque o nosso regime deixou de ser m o n á r q u i c o , sendo republ icano, há muito t e m p o ; alegava-se incoerênc ia na e x p r e s s ã o ;

e) por úl t imo, vintia o número inexpressivo, como de resto era então e perdura a inda hoje, dos que af i rmavam ser r i z ívs l fa larmos em " e s p a d a " como arma de luta de defesa, no s é c u l o da i jomba atómica , dos mísseis e do raio- lazer.

IV — Entendamos bem

Cremos que só um esp í r i to por demais c r í t i co ou mesquinho, terr ive lmente ex igente e doent iamente perscrutador de minudênc ias (e por que não apl icar a saborosa g í r i a car ioca?) , um " e s p í r i t o - d e - p o r c o " ' não procura entender que as palavras — mormente e m nossa bela e r ica l íngua portuguesa — têm a c e p ç õ e s diversas, e last ic idade de a p l i c a ç õ e s , f i gu rações vastas, s inon ímia opulenta. Uma volt inha pela semânt ica e pela p r o s ó d i a costuma não fazer mal a n i n g u é m !

Percorramos, embora rapidamente, as o b j e ç õ e s que se apontavam, e ainda se a p o n t a m : . . , ! •

1° — Nossos i rmãos da Bacia do Prata jamais supor iam que os congregados m a ­r ianos bra'"sileiros hão de querer anexar o Uruguai ao Brasil (outrora já pertenceu) s ó porque se canta no híTio "Do Prata"" . . . "" — Sabem muito bem que nos contentamos do C h u í prá c ima , e já é terra p rá danar! — E a impl i cânc ia com o termo "cordi lheira"" , s ign i f icando m o n t a n h ^ « . e|p:v?çõ'=<5. mo-'-^'. mop'-^"!- tamb^^m "So "ameaça"" de forma a lquma a soberania cfo vosso v iz inho andino , o Chi le ; deixemos que o poeta alce v ô o c o m o o Condor! Nada há a temer. Há s im, coisas mais sér ias pre judicando o movimento , e que, no entanto, c 5 ? i t i n u a m . . .

— Para "averíK", acus^.do de arcaico , não há p rob lema; basta, a tua l i zá - lo , a l iás atendendo às " e x i g ê n c i a s do mundo moderno" . Se não querem um interno ant iqo (averno; . co loquemos um inferno bem moderno, e pronto! Os -p rog ress i s tas" n e g a m - n o ant igo ou moderno!

39 — De fato, a o b j e ç ã o mais sér ia é o reputado "erro de l inguagem"' "A l tar e Trono"". Mas termina lopo coríT u m pouquinho de pac iênc ia . Abundam e m nossa l íngua os mtiis var iados exemplos e provas de que a c o n c o r d â n c i a na p r o p o s i ç ã o "Al tar e T rono quer ífestrnidr."" está mais que certa . De fato , inexiste o erro e assim se exp l ica , f i rmando-se , como dissemos, nos bons autores portugueses e bras i le i ros : o adjet ivo " d e s t r u í d o " c o n ­corda com o substanTTvo mais p r ó x i m o , que é "T rono" , ou então , es t r ibando -se ainda em bons cul tores da l íngua , podemos cons iderar os substant ivos "Altar"", tal c o m o "T rono" uma s ó ideia, i, é., como n o ç ã o de autor idade (espir i tual e temporal ) int imamente l i -ç a d a s , de tal fo rma unidas, que a c o n c o r d â n c i a procede; nole -se ainda que são rio

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mesmo g é n e r o , o que mais reforça a p r o c e d ê n c i a : "O tom e gesto ca r i c ioso , c o m q u e ela d Zia is to , não moveu medianamente o esposo" . ("Queda d u m an jo" , Cami lo Castelo Branco (5) — Temos aí, num dos in justamente cons iderado não c l á s s i c o s da l í n g u a , dois exemplos e loquentes : " c o n c o r d â n c i a n o m i n a l " e " c o n c o r d â n c i a ve rba l " .

4 — Quanto a fá iar -se em "espada" , na é ra das armas nucleares e guerra b a c t e ­r io lóg ica , guer r i lhas" e outros mort ic ín ios da é p o c a da " I n a u g u r a ç ã o d a l u a " , lembra a mania que Já se torna arca ica (de tão velha) da m u d a n ç a do verso do Hino Nac iona l B r a ­s i le i ro , (fazendo 140 anos que foi composto por F^rancisco Manue l , o r ig inar iamente e m si bemol maior ) '•Deitado eternamente e m t>êrço e s p l ê n d i d o ; " A c h a m os " m u d a n c i s t a s " patr iote i ros que daí advém a nossa ca rac te r í s t i ca indo lênc ia (al iás, d igamos logo, c a -rac! ' : : i s t :ca faisa e malevolamente propalada) , ou , como atestam outros , a d e s f a v o r á ­vel impressão de imobi l i smo, de e s t a g n a ç ã o , de p r e g u i ç a da nossa gente e de nossa terra perante o concerto das nações c iv i l i zadas! As mais recentes propostas sugerem "Dc pé , ereto , a l t ivo, per f i lado" ou " A l t i v o eternamente e m gesto e s p l ê r d W Esquecem ou não sabem, os adeptos da m o d i f i c a ç ã o , que nada há de pejorat ivo na imaoeiTi do poeta O s ó r i o Duque Estrada, autor da letra, pois o sent ido poét ico de " d e i t a d o " no cé lebre verso não se refere ao bras i le i ro , à pessoa f ís ica de um bras i ­le i ro , mas s igni f ica o terr i tór io nac ional , a Pátr ia bras i le i ra , o Brasi l que , por d á d i v a do c é u . por favor d iv ino, está dei tado, i. é., p lantado, ed i f i cado , f i r m a d o em b e r ç o n a ­tura l dos mais r icos do g lobo te r ráqueo , numa o p u l ê n c i a , numa grandeza que fazem desta terra um gigante de fato — país do futuro — dei tado sobre g ló r ias , e s p e r a n ç a s e promessas. De forma a lguma o "de i tado e te rnamente" denota ou prenuncia derrota e muito menos um " d o l c e l a r n i e n t e " , p r e g u i ç a , imobi l idade , e s t a g n a ç ã o , pantanal . — Pior do que o que pensam que pode suger i r o "de i tado e te rnamente" é o hor r í ve l c a c ó f a t o " e m gesto' ' de uma das emendas propostas . Mais uma vez concret i za -se o d i to popular : Pior a emenda que o isonêlo" , pois esta s im provoca ind igestão! Tem-se que ter u m mínimo de sensibi l idade Poét i ca para que se perceba, se apure , se í iqui late d a beleza, das imagens, do s imbol i smo, das f i g u r a ç õ e s existentes numa obra cie arte. C»>ega-se a dizer : poetas por poetas, se jam l idos e por poetas, se iam enten ­d idos . A capac idade de "ouv i r e d e entender est re las" , p r e s s u p õ e , asseverou o par ­nasiano Bi lac , amoT, • s implesmente amor. (6) Por f i m , é preciso respertar-se um patr imônio prec ioso , um legado h is tó r ico , a insp i ração dum consagrado poeta sem patnofadas baratas . A f ina l de contas, hino não é como camisa que se muda todo d ia ou se usa por gôSto deste ou daquele .

"C idade Marav i thosa" . (coqnome ou epíteto dado ao Rio de . laneí ro . s e c i n d o uns, pelo locutor C é s a r Ladeira, e segundo outros , pela poet isa f rancesa Jane Catul le M e n ­des), de A n d r é Fi lho que se to rnou c o m a p r o v a ç ã o da e x - C â m a r a dos Vereadores " m a r c h a o f t e i a l " da C idade do Rio de Janeiro , para ganhar foros de H ino do Estado da Guanabara e receber outro t ratamento t é c n i c o - m u s i c a l , só o fo i através de u m p r o -jeto de lei que t ramita na Assembleia Legis lat iva e para esta o r q u e s t r a ç ã o fo i aberto concurso p ú b l i c o e fo rmada uma c o m i s s ã o de especial istas que j u l g a r ã o os t rabalhos . Imagine-se o que seria prec iso caso fosse revisar a letra!

Os conce i tos supra e s u g e r ê n c i a s — mutat is mutand i — , ressalvadas as devidas p r o p o r ç õ e s , podem ser apl icados à rev isão do Hino Of ic ia l das C C . M M . Pois é a x i o m á ­t i co que todas as reformas têm duas etapas: a do debate e a da d e c i s ã o . A pr imei ra deve ser a mais ampla poss í ve l , e demorada o bastante oara que não haja erros. E jamais — isto é important íss imo — fo rçamento da porta de p a s s a g e m . . .

V — I t inerár io da m u d a n ç a

As medidas " j u r í d i c a s " para a m u d a n ç a ou rev isão obedeceram ao seguinte i t ine ­rár io ou ro te i ro : et t íbora o assunto não constasse exp l ic i tamente das c i rcu lares c o n ­v o c a t ó r i a s (31 de maio e 12 de agosto de 1968), da I R e u n i ã o E x t r a o r d i n á r i a de D i r i ­gentes , cu ja f ina l idade f o i , p rec lpuamente , estudar a ap l i cação dos P r i n c í p i o s Gerais

5) apud. Evan i ldo Bec l ia ra . i n 'Moderna Gramática Portuguesa" , Curso M é d i o ; C i a . E d . N a c , 8.a edição, p á g . 364.

6 ' c f r . Soneto X I I I . de -V ia -Lac tea" .

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"\7), inc lu iu -se em pauta , a posteriori, i. é. , depois da c o n v o c a ç ã o e já no local da rea l i zação (Casa A n c n i e t à , na G á v e a ) . No quadro -negro , foi t ranscr i ta a giz, uma versão que copiada pelos representantes das 26 F e d e r a ç õ e s presentes, pediu-se- l t ies que, opor tunamente , oferecessem suges tões para uma d e c i s ã o def in i t iva . A data não f icou estabelec ida. Poster iormente , anexada a um "dossier" sobre a refer ida Reun ião de D i ­r igentes, exped iu -se a" todas às F e d e r a ç õ e s , nova e d i ç ã o da letra. Com uma legenda mais ou menos expl icat iva do que expomos supra, o texto foi publ icado em nosso ó rgão o f ic ia l . (8) Meio ano depois, a legando ser uma " r e c o m e n d a ç ã o da Assembleia Nacional E x t r a o r d i n á r i a " (data v é n i a , um e q u í v o c o , pois d i to encontro não teve o costumeiro cará ie r de nossas Assembleias Nacionais; foi s im, uma Reunião Ex t rao rd iná r ia , c o n ­vocada para uma f ina l idade especi f ica e sobre o assunto, i. é., m u d a n ç a ou rev isão da letra do Hino das C C . M M . nada consta no texto de suas " r e s o l u ç õ e s e laboradas pe ­las diversas C o m i s s õ e s e aprovadas em p l e n á r i o " (9), estampou-se , lado a lado, as duas sugestões que se seguem: (10)

TEXTO D E C O N G R E G A D O S DA GUANABARA E RIO D E JANEIRO

Do prata ao Amazonas, Do mar às Cordi lhei ras , Cerremos as f i le i ras , N o v í n c u l o do amor! O nome t e u , Mar ia , Ó V i rgem Soberana, Nos une e nos i rmana, Nos dá fo rça e valor! (bis)

Estribilho Q mal sem fre ios o mundo invade, A Deus afronta cont ra a Verdade, Div ide os homens em duas guerra De lodo e sangue Inundando a Terra! Faze-nos fortes, ó Vi rgem pura , D á - n o s no amor f raternal ventura, A Fé nos guarda , ó Mãe quer ida . Sob o teu manto por toda a v ida!

II Belo ideal celeste, Seguimos teu encanto. Vendo em pecado e pranto A Terra se envolver . Como penhor acolhe , Õ M ã e Imacu lada . Nossa alma consaarada. Fiel até morrer ! (bis)

T E X T O D E D. J O S É B R A N D Ã O D E C A S T R O , DD. B I S P O D E P R Ó P R I A , S E .

I

Do Prata ao Amazonas, do mar às cord i lhe i ras , cer remos as f i le i ras , às ordens do Senhor! O nome teu , Mar ia , Ó V i rgem soberana, •' -nos une e nos i rmana, nos dá f o r ç a e valor! (bis)

Estribilho

Por todo o mundo o mal se estende, de Deus a g ló r ia t irar pretende, div ide os honrrens, promove a guerra , de luto e sangue inundando a terra . A Igreja em marcha , no tempo a v a n ç a é Jesus Cr isto nossa e s p e r a n ç a , porque nós c remos , ó Mãe quer ida, que Ele é o caminho a verdade e a v ida.

I I Grande ideal humano constru i r um mundo novo, ^m que não haja povo áue viva na o p r e s s ã o . Foste l ibertadora! pois, como t u , . , seremos: o homem l ibertaremos de toda e s c r a v i d ã o , (bis)

O texto do lado esquerdo reestampava o mesmo publ icado no fasc í cu lo de m a r ç o , do nosso ó r g ã o nacional (vide nota n? 8) , e sobre o da direita diz ia-se ser " u m a pre ­c iosa c o n t r i b u i ç ã o " (sIc); conc lamava-se "a todos os congregados marianos do B r a s i l " a mandarem suas s u g e s t õ e s e c o l a b o r a ç õ e s . E te rminava : "Cont inuam aber ­tas as insc r i ções para outras c o l a b o r a ç õ e s . Aguardamos novos pronunciamentos!" ' (vide nota anter ior ) .

7) efr. ' E s t r e l a do M a r " , nov. -dez. 1968 pág. 268 e 55. SI Ibdem, março — 1969 pág. 48. 9> Ibidem, j a n . - f e v . — 1969 pág. 4.

:;0) Ibdem. set. — 1969 pág. 212.

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E l ícito dizer, sem ofensa a quem quer que seja, que o interesse despertado foB s implesmente nulo, nu lo , nulo! Das 26 F e d e r a ç õ e s presentes ao encont ro da G ã v e a ^ com e x c l u s ã o do dito " g r u p o " da Guanabara e do R'o de Janeiro mais a "val iosa c o n -U i b u i ç ã c " de Sergipe, n inguém se inscreveu e, a r igor, abertas dever iam estar as i n s ­c r i ç õ e s até hoje, à espera de "novos pronunc iamentos" ! Se n i n g u é m mandou co isa a lguma, fa l tou um pronunc iamento de peso, um pronunc iamento de certa forma n a c i o ­nal. Podem ser consideradas essas poucas suges tões — no f inal apenas duas — come a e x p r e s s ã o da vontade dos congregEitHas, de todos os congregados do Brasi l? — pelos menos da sua grande maior ia? S ã o vá l idas , justas, representat ivas tais let ras , tais c o n t r i b u i ç õ e s e com a devida objet iv idade, ref letem o sentir dos congregados? Pior que isto, tomando o s i lênc io ou desinteresse como a p r o v a ç ã o ( a p l i c a ç ã o , a nosso-ver indevida, do p r inc íp io de que quem cala consente) , apareceu como al ínea f, na "Ordem do D ia" da 7.^ Assembleia Nacional de Dir igentes Mar ianos, em Juiz de Fora, m-arcada na 6.» Assembleia Nac ional de R ibe i rão Preto (bal izada como Reunião do Conselho Nacional ) , o seguinte: " R e v i s ã o da letra do Hino Oficial". (11)

Passam-se 5 meses do evento na chamada "Manchester" minei ra e eis que se estampa, como " let ra aprovada pelo p lenár io do Conselho Nac iona l " , a seguinte v e r s ã o :

VI — Produto h íb r ido

I Do Prata ao Amazonas, do mar às cord i lhe i ras , ' cerremos as f i le i ras • no v í n c u l o do amor! O nome teu, Mar ia , ó V i rgem soberana, nos une e nos i rmana, nos dá força e valor! (b:s)

I I ' Grande ideal humano construi r um mundo novo, ' em que não haja povo r i i e viva na opressão . Foste l ibertadora! po is . como tu . seremos: o homem l ibertaremos de toda e s c r a v i d ã o ! (bis)

Estribilho

O mal sem freios o mundo invade, a Deus afronta contra a Verdade, div ide os homens, promove a guerra, de lôdo e sangue inundando a terra : faze-nos fortes, ó V i rgem pura, d á - n o s no amor fraternal ventura , a fé nos guarda, ó Mãe quer ida, sob o teu manto por toda a v ida!

letra ant iga idem idem G B R J letra ant iga idem idem idem

idem idem idem idem idem idem idem

GB/RJ idem GB/RJ/SE GB/RJ GB/RJ idem idem idem

Eis, ac ima, exatamente o que está em nosso ó rgão of ic ia l (12) laconicamente d i te como " let ra aprovada pelo p lenár io do Conselho Nacional , em Juiz de Fora. £. 1 1 - 7 - 7 0 . "

11) I b i d e m , j a n . - f e v . e a b r i l — 1970, págs . 9 e 90 respeoUvamente.

12) I b d e m . set. — 1970 pág . 226.

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Algumas c o n s i d e r a ç õ e s se fazem necessár ias , antes de um exame c r i t i c o , da a n á ­lise dos versos mudados : apesar do sabor d e m o c r á t i c o (sabor muitas vezes per igoso) as d e c i s õ e s de p lenár io podem impl icar em desastre ou pre ju ízo (uma das d e c i s õ e s mais injustas — a mais in justa mesmo — foi tomada popular e d e m o c r á t i c a : q u a n d o o " p l e n á r i o p ú b l i c o e popular d e J e r u s a l é m " prefer iu o c r iminoso B a r r a b á s ao d o c e Cr is to ! E é sabido o mecanismo fa lho e muitas vezes v ic iado , ou " t r a b a l h a d o " , do pseudo d e m o c r á t i c o s istema. È s ó perguntar depressa, depois de a lgum c a n s a ç o : os que estão de acordo p e r m a n e ç a m s e n t a d o s . . . o u : quem é cont ra levanta o b r a ç o . . . ou a inda : a a p r o v a ç ã o se d a r á por palmas (aí, na fal ta de um palmônnetro, aqui lata-se i a p r o v a ç ã o ou não pelo estrugi r mais intenso ou menos intenso do chocar das mãos! ) . N ã o queremos, de fo rma a l g u m a , dizer nem de longe insinuar, c o m tais exemplos , que isto aconteceu em Juiz de F^ora. Pelo santo amor de Deus, nos c o m p r e e n d a m !

Mas que a praxe mais segi i ra e geralmente mais seguida é a seguinte, a saber:

• para d e c i s õ e s de somenos impor tânc ia , i . é . , s e c u n d á r i a s : maior ia s imples .

• para r e s o l u ç õ e s de maior peso, logo, mais impor tantes : maior ia absoluta

• quando a malferia for de fa to , sobeja e tecn icamente , do conhec imento do p lenár io , quanffo todos estão por dentro, ai s im, haja pronunc iamento de um plenár io .

No caso em tela, i . é . , a p r o v a ç ã o da nova letra do Hino Of ic ia l das C C . M M . estavam todos bem por dentro? conhec iam mús ica e poesia suf ic ientemente? Sabiam dos t r o p e ç o s e dif icutciâdes da coisa? Como se diz na g í r ia , conhec iam o " r i scado"? N ã o se encomenda sapato ao cestei ro , uma roupa ao fer re i ro , láp ide ao marcenei ro , e m p a d a ao jard ine i ro , poesia a um motor is ta (os de caminhão , por s inal , escrevem verdadeiras jó ias nos p á r a - c h o q u e s ) . mús ica ao e let r ic is ta ou bombei ro ! N ã o é uma " c o n c o r r ê n c i a p ú b l i c a " , aberta com toda a boa in tenção , que garante o êx i to de uma med ida como o caso da rev isão do nosso hino (já pedimos desculpas pelo cacófa to ) , embora mostre a l i sura . Que se abra o concurso , possivelmente até c o m prémios , mas que um júr i entendido, uma c o m i s s ã o de especial istas, de "experts"'. de per i tos , e n f i m , conhecedores da matéria, do assunto, dêem a palavra f ina l . Coisa mais desastrosa h a v e r á cro"que um cego pulando outro cego? A verdade é que entre a teoria ou pseudo conhec imento até os ásperos caminhos do pleno conhec imento e v i v ê n c i a , há uma d is tânc ia ab ismal , maior que entre a do C é u e a Terra .

A nova letra do Hino Of ic ia l das C C . M M . deveria ter s ido entregue a a l g u é m , a uma c o m i s s ã o , a pessoas que poder iam tê - la melhorado mui to . Não nos fa l tam, no mov imento , va lores , verdadeiros valores para isto. É só procurar , é só ir t i rá - los do anonimato , b u s c á - l o s no escondimento oue a humi ldade e a s impl ic idade os mant=m. O que aí está, e como está , é que não pode f icar , como veremos a segui r . P o r é m , o melhor mesmo seria um plebisc i to , c o m o o p rópr io ó rqão nacional do mov imento p e d e : que todos ( T O D C ! ! os conoreoados mar ianos Ho Brasi l mandassem suas s u ­g e s t õ e s e c o l a b o r a ç õ e s (Vide pág. 15 último parágrafo ) .

VII — "Pior a e m e n d a . . . '

As duas propostas ou suqes tões (o texto , dos conqregados . aliás não dos con­gregados , mas de um " g r u p o " , da Guanabara e do Estado do Rio de Janeiro, mais a con t r ibu ição de Sergipe) que em Juiz de Fora, fund idas , se tornaram no texto o f i ­c ia l "aprovado em p lenár io" , subst i tu indo a ve rsão ant iga é, sem d ú v i d a , a repet ição daquela "pior a e m e n d a . . . " do ant igo brocardo !

L lqu id i f i cando -se ideias e conce i tos só podia sair mesmo esta coisa pseudamen-te v i taminada que se quer impingi r , quando apenas é"vitaminosa"!

iLogo na estrofe I a ún ica mod i f i cação fe i ta , o ú n i c o verso mexido, o foi de modo infeliz, in fe l ic íss imo. Mudando a e x p r e s s ã o "so ldados do Senhor" , tão consoante com t rad ic iona l ensino dos Padres da Igreja e luminares da o r todox ia , muito mais con ­fo rme com o tom mi i i tante , guerre i ro mesmo, de todo o h ino, que é o brado de u m

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exérc i to mariano cle~"Cristo-Rei"", t rocando pela e x p r e s s ã o to la e destoante '"no v í n -cute <*o amor", já nos ind ispõe fo r temente . V é - s e logo uma c o n c e s s ã o à é p o c a , l e m ­brando o lema boboca e mal ic ioso (menos boboca que mal ic ioso) , dos "hyppies": ••Don't make war, marte lov©"'. È uma pena t rocar -se assim uma frase, uma e x p r e s s ã o sad iamente ecles ia l , essencia lmente paul ina (13), sugest iva, de c o n t e ú d o , "cerremos ar f i fe . ras, soldados do Senhor", por outra tão descolor ida (ou co lo r ida demais! ) , ba -t id iss ima. "cerremos a s fileiras no v í n c u l o do amor! à la "Love S t o n y " ! . . .

Prefer íve l então, mil vezes prefer í ve l , ter ia sido optar -se pela sugestão " s e r g p a -na : -cerremos as fileiras, às ordiens do Senhor!", pois pelo menos estaria ausente <)ualquer sombra ou suspeita de letér ia f i losof ia ou baboseira dos f requentadores dos espetácu los nudistas da Ilha de Whight e dos fest ivais pop" de Woodstock com có­pula colet iva a c é u aber to , tornando o ambiente numa enorme, c loaca máx ima , pois nem para lupamar havia gosto!

O estribilho então , nem se fa la ! Ê quase totalmente da lavra do tal " g r u p o " GB/RJ . ao qual g rupo , de modo a lgum, estamos negando boa intenção e talvez von ­tade s incera de acertar , empenho de fazer coisa boa. Não estamos aqui para acusar n i n g u é m , mas também, sem ofensa a q u e m quer que seja (não conhecemos um só dos que f izeram parte" do "grupo") , lembramos que "o sapateiro não deve ir além da meiô-EoiR". ou enfÃo. cada macaco no seu patho"". S ã o p r o v é r b i o s prenhes da f i l o ­s o f a popular que nos a judam muito , embora a f iguras pareçam ofensivas.

Os dois pr imeiros versos :

Por todo o mundo o mal se estende, de Deus a g ló r ia tirar pretende",

tftiçiiE s ido pior, pois é bem mais f raco : "Por todo o mundo o mal se estende" é g e ­nera l i zação demasiada, porque ainda muito bem se faz; e "de Deus a g lór ia tirar preieíMfle", é um r'Klículo, uma burr ice num verso pobre .

Com "O averno r u g e . . . " (a rca ísmo nunca foi erro1 ou c o m a simotes t roca para inferno estaria muito nrtelhor so luc ionado , pois as duas suges tões não sat isfazem.

Quanto a divide os homens em dura guerra" e "dWde os homens, promove a f»uefT»'" . ' tanto faz c o m o tanto fez ; prat icamente questão pura e s imples de s inonímia . C a r a ou coroa, moeda pra c i m a , e pronto !

Infel iz , da mesma fo rma — embora se t ivesse de escolher entre duas proposi­ç õ e s s e m ' brilho, dout r inar iamente imprópr ias — fo i a o p ç ã o entre "lodo" e "luto". A ç u e r r a , pelo mort ic ín io que provoca s ó pode trazer o luto, é c laro . O que trás o lodo é chuva de enchente, minha gente!

O "dá-nos no amor fraternal ventura"", c o m o "fraternal" in tercalado al i no meio lo p leonasmo irtiercaiar no meio. não é e r rada , não heim!) faz escapar de suspei ta da f i losof ia dos dedos e m V. mas cai no hor izonta l ismo da car idade a m b í q u a . Se fslD tanto e m amor, hoje em d ia , e o que menos se v^ é instamente amor! Pelo m a ­nos o verdadeiro amor, o amor c r i s tão , o amor do "Fiat"! O mundo aprec ia e quer mesmo é o amor de "Love Slory" . . .

Não havia c o n d i ç ã o de esco lher os 4 versos f inais do estr ib i lho pela proposta de Serqipe. Embora prenhe de dout r ina , seria uma dureza cantar -se eufdn icamente •Que Ele é o caminho, a verdade e a v ida!"

Mas duro mesmo de engol i r é a estrofe I I . De uma demagogia l ibertár ia que chega a ser por mui tos taxada de subversiva! Talvez não chegue a tanto , é c l a r o , mas que dá azo a ser in terpretada num sent ido esquerd is ta ou então natural is ta , de tãc deformante , ah ! isto dá ! É for te demais — dose cavalar , e le fant ina mesmo — t r o c a r - se • í • •!• ' - m

13) c fr . S . Paulo 2.a T i m . 2.3.

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•n»c:.

"Dum ideal celeste Seguimos os encantos"' • ^

Por "Grande ideal humano/construir um mundo novo", é demais! É a h u m a n i z a ç ã o ; •a p c p a l a d a p r o m o ç ã o do h o m e m , geralmente em detr imento do sagrado, a pr ior idade do soc ia l , relegancio-se o esp i r i tua l , o que faz advir daí a nefanda s e c u l a r i z a ç a o c o m SUES maléf icas t ; t i ls t iss ímas c o n s e q u ê n c i a s , inclusive t rabalho para a P o l í c i a ! É a t inha p e i Ê g i a n a : pr imeiro humanizat-, depois evangelizar e por f im sacramentalizar! Ê a rup lu 'a cem a t rad ição , é a " renovação-destru ição"" , portanto pseuda r e n o v a ç ã o (n in ­g u é m , e m sã c o n s c i ê n c i a , pode ser cont rár io à equ i l ib rada e sadia r e n o v a ç ã o ) . — E a cor r ida des lumbradamente infant i l , menini l à cata de novidades, c o m o se já e s t i ­v é s s e m o s cansados da prát ica do que é certo e v i v ê n c i a do que é b o m ; é a a u --sencia tota l daque la "s ín tese t iarmoniosa e devota"", sobretudo a c a r ê n c i a daquele

S e m u s Ecciesiae." que deve nortear toda música de caráter re l ig ioso ( mui to mais a sacra é lóg ico ) que o Papa apontou recentemente. (14) É o dóc i l e apressado a t e n d i ­mento " à s e x i g ê n c i a s do mundo moderno"", c o m e ç o do esquecimanto das e x i g ê n c i a s do Deus eterno! S im, toda gente, inclusive muitos "presbyterus posconcil ium" v ivem a alardear a o b e d i ê n c i a , o a tendimento às e x i g ê n c i a s do mundo moderno. E a o b e ­d iênc ia à Lei de Deus e da sua Igreja?

Hão f i ca bem e, de modo a lgum, pode o hino de um pugi lo que sempre foi i n -I rans igentemente f iel à Igreja, destemidos soldados desta Igreja ( r « n e m b e r a c é l e b r e B e g r a 33: sentire cum Ecctes iae) , não pode o hino de homens do exé rc i to szvH da •Rainha conter estes prur idos de "progressismo"", este est i lo a m b í g u o , esta l inguagem da íftste é p o c a em que v i vemos :

" N ã o se pode ideal izar um cr is t ianismo novo para renovar o ant igo . ( . . . ) não se pode qual i f i car Teac ionár ia , obscurant is ta , a rca ica , d e c r é p i t a , burguesa, c l e r i c a l , ou outro ep í te to deprec iat ivo ( . . . ) , por causa da fobia que sentem por tudo o que é do p a s s a d o . . . " (15)

Somos cu não somos do lado Dela e Dê le? nada de c o n c e s s õ e z i n h a s , de t o m a -f á - d ê - c á . Nossa re l ig ião — e, por tanto , o nosso movimento — não é , como a es tão at>erendo fazer, contempor izante , " conc i l ian te" , á p u a - c o m - a c ú c a r . Mas é a re l ig ião do Owl non est mecum contra me e s f . (16) e também do "Quia tepidus e s et nec frigidus

nec cjrtidus, incipiam te evonvere ex ore meo" (17), ou somos ou não somos , cont ra r ia -m e n t e nos tornaremos em vómi to ! e aqui , novamente ; c i temos o magistér io da Igreja peia voz se quem, de fato e de d i re i to , a representa de fo rma p r e c í p u a :

"A hora que soa no quadrante da h istór ia exige efet ivamente. de t o ­dos os f i lhos da Igreja, uma grande coragem e, de modo muito espec ia l , a coragem da verdade, que o Senhor e m pessoa recomendou aos seus d is ­c í p u l o s , quando lhes disse: "Seja este o vosso modo de fa lar : S im, s im-não, n ã o . . ."" (Mt. 5,37) — (18)

Nosso compromisso , ac ima de tudo e de todos , é c o m o C é u , nosso Ideal é o -tiefeste — sem exc lu i r , é c laro , o atendimento car idoso, f ra terna l , amigo c r i s tão , às e x i g ê n c i a s do mundo quando se trata do amor ao p r ó x i m o , v isando a nossa s a l v a ç ã o e s dele no amor a Deus. O resto é balela.

l i " * tífr. Paulo V I , alocução as 1.000 Religiosas de vái-ias Congregações e Institutos. participainíes do Congresso Litúrgico-musical, promovido pela Ass . I t . S t a . €tecflia, a 15-4-71 — '^ 'Osservatore Romano' ' , ed. port. n . " 17/71 pág. 5.

15) IbdNn. alocução na Audiência G e r a l de 12-8-70 — L 'Osservatare Koniano" n.» 33/70 pág. 3.

16> f i r . Mt . 12, 30. 17) <cír. Apoc 3,16. 18) c£r. Paulo V I , aos Cardeais, no Consistório de 18/5/70, quando felicitado pelo trans­

curso do seu Jubileu de Ouro Sacerdotal ( "L'Osservatorio Romano-' , ed. port. n.° 21/70 pág. 3) conceitos repetidos aos Teólogos reunidos no V I I Cnogresso I n t e r ­nacional Tcmjsta , quando lhe foram apresentar as conclusões, em Castel Gandolfo.

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Tudo o mais talvez passasse nesta infel iz v e r s ã o , inclusive o desco lor ido (ou co lo r ido demais) v í n c u l o <fo amor". Mas a t roca do nosso ideal , nosso p r ime i ro , ú n i c o e cer to Ideal , de modo a lgum se pode aceitar , não se admite , a não ser q u e . s e admi ta , a n ã o ser que se perpetue a maior t ra ição à uma causa e se vire as costas a nossa Santa Madre Igreja, esposa de Cr is to ; mais do que i s to : ao seu p r ó p f i o Corpo Mís t i co .

Cantemos alto e bom som coisas claras, or todoxas ; ambíguas não! N ã o ! . . .

VIII — A d e q u a ç ã o da letra ã mús ica

Vista a impropr iedade da letra no tocante à dout r ina , também vejamos l i terar ia ­mente sua a d e q u a ç ã o técn ica quanto à mús ica .

A natureza, o g é n e r o do nosso hino (outra vez aquele velho cacófato amigo nosso — o suino — ) é, como gera lmente são todos os hinos, de u'a marcha (o u'a ai es tá como recurso para evitar cacofon ia um pouco mais sér ia! ) e marcha bem marc ia l — mesmo — ; haja v ista a i n d i c a ç ã o do compos i to r logo no pre lúd io ( i n t r o d u ç ã o ) : "Maestoso" (— majestoso, e legante , marc ia l ) e para o a c o m p a n h a m e n t o : f ( = forte) "con m o l t o a c c e n t c " ( = bem acentuado, marcado) . Ao in íc io do canto está na part i tura "com m o l t o e n é r g i c o " ( = com bastante energ ia , entusiast icamente) . Logo, a e x e c u ç ã o há de set um tanto " s i n c o p a d a " e a letra terá de seguir o r i t m o mus ica l , i. é., requer -se s i labaçáo f luente , a f im de proporc ionar uma p r o n ú n c i a l ímpida, c lara , sem atropelos , onde haja perfe i ta a d e q u a ç ã o da letra à mús ica .

Ao red ig i rmos este t ó p i c o temos em mente e na retina a f igura do cul to e p iedoso sacerdote , Pe. Cerrut i , S . J . , durante os ensaios que d i r ig iu em p r e p a r a ç ã o à cé lebre C o n c e n t r a ç ã o Mar iana Nac iona l , em 1937. Justamente o que mais ex ig ia o Fe. Cerrut i era o total respeito e o b e d i ê n c i a à part i tura e à letra, pois não é r a m o s — dizia ele — co -autores , parcei ros na obra. Reconhecia não ser um hino lá muito fáci l do ponto de vista popular , mas não podia permit i r que , ao ser executado, fosse o seu r i tmo al terado, pr inc ipa lmente para mais lento, como de um t rem "A/«aria-fumaça" res­fo legando na subida ou ao chegar à es tação , cansado, " ra l l en tando" , mas c o m o u m t rem e lét r ico veloz (não se fa lava, na é p o c a , do a e r o d i n â m i c o t rem s u p e r - s ô n i c o ) . A l iás , se o autor e o Pe. Cerrut i v issem como se canta o hino por estes brasis afora , ter iam cer tamente um enfarte! M u d a m r i tmo, compasso , andamento e agora revisaram a letra! Bela ••revisão"! . . .

Partamos pr inc ipa lmente do pr inc íp io de que a letra é que deve adaptar -se à m ú ­s ica , sobretudo se aquela, i. é., a mús ica , já existe, já é conhec ida e largamente assi­mi lada , como é o caso em te la , ou seja, a questão do Hino Of ic ial das C C . M M . brasi le iras, recebendo uma nova letra, uma roupa moderna , conforme exige o f i g u r i n o hodierno.

A f im de procedermos a uma anál ise da perfeita a d e q u a ç ã o da nova letra à mús ica , ind ispensáve l de ixarmos de tecer a lgumas c o n s i d e r a ç õ e s técn icas sobre ambas as partes , nos seus grupos e unidades, examinando, separadamente, de per si (perdoem-nos o poss í ve l p leonasmo) , as frases f o n o l ó g i c a s da letra — que é, no caso, a poesia — e as frases da melodia , a f im de que se constate onde há o perfei to e t é c n i c o entrosamento entre a mús ica e a letra, e também, onde se ver i f ica a lgum choque entra as mesmas. Repet imos: partamos do p r inc íp io de que a letra é que deve adaptar -se a musica, especia lmente se esta já é conhec ida e ass imi lada.

E o caso, t íp ico da v e r s ã o : esta é fe i ta para a mús ica , e não a mús ica , para esta. ^ íenos ainda está -se compondo uma mús ica oar.^ determinada le t ra . A melod ia iá existe e vamos vest í - la , dar - lhe novas roupas. E n g r a ç a d o se a l g u é m , que já existe, encomenda uma c a l ç a , mas o alfaiate faz uma das pernas da c a l ç ã mais curta e como s o l u ç ã o ideal resolve cortar a perna do f reguês ! S o l u ç ã o genia l?

Eis o que. mutatis mutandi, tentaremos expl icar , ped indo descul,oas pelo ter reno demasiadamente t é c n i c o que obr igaremos os leitores a pisar. A le i tura , fa ta l , n e c e s s á ­ria e infel izmente, t o r n a r - s e - á monótona , talvez enfadonha, fast id iosa ; mas, p a c i ê n c i a . Que podemos fazer?

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IX — A d e q u a ç ã o métrtca

Respeitante ao texto , fáci l é observar que se t rata , nas estrofes I e I I , de versos hexassi labos, i. é., de 6 pés cada um, num total de 8 versos cada est rofe . No estr ib i l t io iemos também 8 versos, porém er,eassi labos (9 p é s ) .

Fazendo-se a leitura da letra (texto) vemos que se pode d iv id i r a estrofe 1 e m duas f rases f o n o l ó g i c a s , te rminadas por uma pausa conclusa que encer ra o sent ido de cada frase; I. é., do pr imei ro ao quarto verso (até " . . . a m o r ! " e do qu into ao oi tavo verso (até " . . . v a l o r ! " ) . J á a estrofe II compreende três frases f o n o l ó g i c a s assinatadas por pausas conc lusas ; a pr imeira frase (de " G r a n d e . . . até . . o p r e s ã o " ) , a segunda ("Foste. ..."') e a tercei ra (de " P o i s . . . até . . . e s c r a v i d ã o " ) .

O texto do estr ib i lho podemos d iv id í - lo em duas frases f o n o l ó g i c a s : do pr imeiro ao quarto verso (até " . . . t e r r a ! ) e do qu into até o f im ( " . . . v i d a ! " ) .

Por sua vez, cada frase f o n o l ó g i c a compreende vár ios grupos de fo rça , separados por pausas inconclusas. Essas pausas co inc idem com os f inais de cada verso. Os versos são , po is , grupo de fo rça , subdiv id idos , cada qua l . em dois grupos de intensidade que são separados ent re s i , por uma pausa inconc lusa . oi>e fazemos normalmente ao ler ­mos a le t ra . O orupo de intensidade, que é a unidade da frase, é composto de um ou v á r i o s v o c á b u l o s , mas s ó há um acento tón ico predominante , no refer ido g rupo , o o d e r á aparecer outro , s e c u n d á r i o . Fxemol i f i cando : no >«>r=o, "no v i n c u l o / d » amor" que é um grupo de fo rça , temos dois g rupos de intensidade (separados pela barra) , cada qual com um s ó acento t ó n i c o : em vin e mor. Essas s í labas tón icas const i tuem o centro do v o c á b u l o f o n o l ó g i c o que, por si s ó ou junto com outros , fazem- a unidade fOflo»óg=ca da f rase .

Complementemos agora c o m a necessidade a d e q u a ç ã o mus ica l , tema do t ó p i c a seguinte .

X — N o ç õ e s b á s i c a s de a d e q u a ç ã o musical

Se o tóp ico antecedente, por ser demasiado t é c n i c o , f o i , consequentemente , um tanto ár ido e, de certa forma, não muito fáci l a quem entende pouco ou nada "do r i s -cad«"" , o tóp ico presente se rá he rmét i co , um tanto fechado (parodiando ChurchiH: um enigma no mistér io! ) . Iviuito útil ser ia a lguma noção de mús ica , por mínima que fôsse-

Quanto à melod ia temos de cons iderar q u e :

1? — Há também na música frases melód icas que te rminam por uma pausa (nem sempre musica lmente representada) , onde se deve respirar, quando cantada. Com m u i ­ta propr iedade assinalava recentemente numa aula o consagrado maestro Isaac Karabt -chewsky: " s ó sabe cantar quem sabe respirar". (19)

Nas melodias acompanhadas de letra, nem sempre as frases de uma e out ra c o i n ­c idem no seu in íc io ou no seu término.

2" — A mús ica po l i fôn ica , de que o Hino Oficial das C C . M M . é um exemplo t í p i c o , é d iv id ida em compassos, que por sua vez, são subdiv id idos em tempos (o que já não acontece, p. e x . , com o canto g regor iano ) . O compasso for te do Hino Of ic ia l das C C . M M . é quate rnár io : 4/4 ou C, sendo fortes o 1 ' e o 3 - tempos e, obv iamente f racos , os 2? e 4° t e m p o s .

3" — Logo — consequentemente — o ideal seria, porque é o mais v iáve i e cer to , adaptar os acentos tón icos dos v o c á b u l o s f o n o l ó g i c o s , que const i tuem a unidade da f rase f o n o l ó g i c a , aos acentos, aos ic lus 1° e 3°, i . é . , aos tempos fortes de cada compasso musica l , e que const i tuem a unidade da mús ica , da frase melód ica . — Co­

l i n "Programa Flávio Cavalcant i " , de 23/5/71 T V - T u p i Canal 6, Rio G B .

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nhecessem os composi tores e os letr istas estas n o ç õ e s comezin i ias , ev i tar -se - ia e f i t ã a isto efe que estão ct ieios os estúd ios de TV e de g r a v a ç õ e s : a pro l i fe ração da po<uição de "sons l ivres" , "sons imag inár ios" , "sons de e x p o r t a ç ã o " , sons disso e d a qu i l o a l ia ­dos a uma tr iste ind igênc ia p o é t i c a ; ev i tada estaria da mesma fo rma, a a g r e s s ã o que sofre atualmente à música sacra , desrespeitando-se o cu l to , espec ia lmente na hora d o -tremendum m y s t e r i u m ' c o m a e x e c u ç ã o de melodias e o canto de letras que cons t i tuem verdadeiros atentados, ter r íve is barbar idades. Mas o alvo da presente anál ise é o H ino Of ic ia l das C C . M M . e vamos nos ater, portanto, somente e tão somente a Isto, rezando para que esta p letora posconc i l ia r (porque não se dão ao t rabalho de estudar o Vat i ­cano II) cesse o quanto antes.

XI — Exame de alguns versos das esArofes

De posse das n o ç õ e s antecedentes , passemos agora a indicar e m nosso hino, com. letra nova, a união tanto da frase f o n o l ó g i c a c o m o da melodia , most rando as d is ­c r e p â n c i a s observadas nos encont ros dos respect ivos acentos de suas un idades , i . é . , onde u m acento t ó n i c o de um v o c á b u l o f o n o l ó g i c o recai sobre um tempo f raco do compasso musica l e onde um acento forte do compasso musica l está a c o m p a n h a d o de uma s i laba átona da letra. S e t i vemos a de l i cada atenção dos que nos segui ram, até aqu i , esta nf)esnna a t e n ç ã o e car inho d e v e r ã o ser m a i s , acentuados no presen^o fóptco . . .

• " . . . no vinculo/do amorl" (4? verso da estrofe I)

A s i laba "no", átona por natureza, p roc l i t i ca , in ic ia uma frase m e l ó d i c a , no 4? tempo do 6? compasso do canto . Ora, se a s i laba in ic ia uma frase mus ica l , e la i rá se^ destacar, pois v i rá depois de uma pausa resp i ratór ia , que determinou o fim d a frase me lód ica anter ior . Por sua vez, o acento da unidade f o n o l ó g i c a " . . . no v f n c u i o . . . " é a s i laba VIN, mas por f o r ç a da má c o l o c a ç ã o da letra, e por f o r ç a a inda d a m e l o ­d ia , ca ja frase c o m e ç a pela s i laba - n o " , esta s i laba, obv iamente , s e r á acentuada no canto. O fonema "O", que é reduzido e á tono — passará a " u " , — que é t ó n i c o e f e ­c h a d o ; portanto se c a n t a r á : mi vinculo do amor. S o b r e s s a i r ã o as s í labas " n u " e ' v í n " , p re jud icando grandemente a c lareza de e x p r e s s ã o , fazendo redundar c o n s e q u e n ­temente na di f iculdaSe de entend imento , de p e r c e p ç ã o . Acrescente -se qua a s í laba " t o " , no 7° compasso do canto , está c o m o 3? tempo (FORTE) do compasso embora

i c " seja á t o n o .

Para ev i tar isso, sem ser a t roca total do verso — que é o mais l ó g i c o e e x i g í v e l — poder -se - ia . tecnicamente supenr (só pa-̂ a efeito do canto) uma s íncoDf l da s í laba intermediár ia . O v o c á b u l o passaria a "vinc'lo". Metr icamente o verso f icar ia como s e diz, com o pé ou de pé quebrado, i. é., com 5 s í l a b a s ;

Fir.6 .1 ãe l a p ^ r -te da f r a s e ra9.l£ d i c a . 6o coinpa.s.

. "a p u r t a i a f r - . i S i melódica.

70 c c i p a s s o 30 compasso

no v i n - c ' l o á o a -

A e x e m p l i f i c a ç ã o ^ q u e se segue, embora não r igorosamente ap l i cáve l ao e x p o s t o , e luc idará bastante:

" P a r r escandi r um verso, i . é . , d e c o m p ô - l o e m seus p é s , c u m p r a observar a e l i são , que consiste na e l iminação duma s i laba, a satrár : q u a n ­do uma palavra termina por vogal ou " m " e a seguinte c o m e ç a por vogal ou " h " , a vogal f inal funde-se numa si laba s ó com a do v o c á b u l o seguinta (o " m " supr ime-se) , exatamente como se lê e m por tuguês , p . e x . o versor

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•'OuvTram/ dol/p i ran/gass/margens p lác idas" . (20)

Vo l temos à nossa anál ise de alguns versos cont idos Nas estrofes e que. t é c -n icamete não nos parecem felizes. Í S i ^

• - . . . const ru i r/um mundo novo," (2 ' verso da estrofe II)

A e s c a n s ã o do verso i . é . , a cotagem das s í labas métr icas , é " . . .cons/truir/ura/ mun/« to/no/vo" , ^ 1 2 3

4 5 6

O 2? pé do verscr faz uma s inérese , onde o verso, no falar corrente , popu lar , f a ­r íamos um hiato: conS^tru-ir. Esse verso const i tu i o ún ioc v o c á b u l o f o n o l ó g i c o do g r u ­po de intensidade e sua s í laba t ó n i c a "ir", o centro do v o c á b u l o , f ica p re jud icada , na sua c lareza, por causa da s iné rese , na f o n n a p o é t i c a . Quanto à adaptaço ao c o m ­passo, tal s i laba cai um tempo for te , n ã o apresentando qualquer problema, sobra este aspecto. Vide abaixo o exemplo g r á f i c o ;

? o c o n p a s s o , Jfi comnasso lx° compasso

LSTiíA: . . . n a - no çons_ ' : . r ' . i i r i a a u n - do n ô — v c ^

• ' - . . . o home .Tt/liberlaremos.." (7? verso da estrofe II)

A e s c a n s ã o do Vferso é : "o h o / m e n / l i / b e r / t a / r e / m o « . . . " 1 2 3 4 5 6

No 1 ' p é do verso há uma s i iwlela; a vogal "o" se t ransforma em " u " (consoante o modo popular de fa lar ) , fo rmado um djtoiqio crescente: "u^o". Quanto à melodia , , essa sjteija co inc ide c o m um tempo for te do compasso ; v ide abaixo, g raf icamente , , o que asseveramos: i i ,

. 1 3 ° compasso l l j i oonpasso

L E T R A : O honeg-, l i - b s r t a - — r o -mes de

XIII — Dissecando os vereos do estribilho

• "Faze-nos for te/ó Virgem pura," (5? verso do estr ib i lho)

No 1° grupo de intensidade: "Faze -nos fortes", composto de três v o c á b u l o s f o n o -l ó g i o o s , a s i laba tôh?t;a, a mais impor tate , é " F a " . Aparece outra s í laba t ô n í c s , se ­c u n d á r i a : for". Qbservando a melod ia (vide aba ixo ) , v ê - s e que esse verso Iniciat u m a fáase me lód ica , após õ i m a pausa e no f ina l de um c o m p a s s o :

26il compasso 27" corapasso 2Sa compasso 29^ compasso

ÍPOS: i . Z - i - - - h ^ 1-2 -3 - 1 ii 1-2- 3 a 1 -2 3 - L TB-MPOS: IXIRA: ter r a Fa.ze-nos f o r t a s ,ó Virgem p u . . r a Da-nos noaaorfraternal y a n -

20) a p s d , Pe. M i l t o n Va lente , S . J . in ' G r a m á t i c a L a t i n a " , p a r a o G i n á s i o , e d i ­ção p á g . 20 — E d . L i v . Selbach — P o r t o Alegre, 1958.

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Essa pausa faz ressaltar a pr imeira s i laba do verso: " F a " . As três notas que c o m ­p õ e m o in íc io da frase m e l ó d i c a , s ã o : ré (uma semicoict ie ia , que func iona , aí no caso , como uma macn isa , oispensanoo, por isso mesmo, a h a r m o n i z a ç ã o do acomoanna -meto da mão esquerda (21); o ré, que aparece na mão esquerda, na c lave de fá , e s t á em un íssono com o ré da mão di re i ta , ou seja, com o canto comprovando assim sua função de anacrusa) ; mi (uma co lche la pontuaoa equivalenie a ircs vez.«o, p o i . a n i o , a nota anter ior ) ; outro ré ( também uma semico lche ia ) . Comparado as três s í labas de oe F z z e - n o s . . . " com as três notas que lhes co r respondem, observa-se q u e : à nota m a s fraca (o p i ime i ro ré), que é uma amacrusa e po isso mesmo nao deve ser ace n ­tuada melod icamente , cor responde justamente à s í laba " F a " , a mais Importante dos v o c á b u l o s i o n o l ó g i c o s que const i tuem o grupo de fo rça "Faze -nos t e r i a m . . . " — Ã a-gunda nota da melod ia mi, que vale três vezes a anter ior , cor responde uma s í laba f r a ­ca do v o c á b u l o , " Z é - , que, na l inguagem co loquia l do brasi leiro (especialmente dos do centro , norte e nordeste) , nem chega a ser pronunc iado como si laba. Diz-se c o -mumente, no imperat ivo , " F a z " ao Invés de " F a z e " . O fonema " e " da s í laba " ze" , qua é poE-tônico e reduzI-Jo, p a s s a r á , por f o r ç a da melodia e do acento que esta Ine confere, a ser pronunc iado " e " (quando não " i " ! ) e c a t a r - s e - á : " F a z ê - n o s fo r tes" , — com acento tón ico nã 2.̂ s í l a b a . Na melodia , a 2.' nota mi ( justamente porque é p r e -oed da de uma anacrusa — o ré — ), é propr iamente a nota que in ic ia a frase me io -dica. sendo muito importante, mas, por outra oarte, vem acompanhada justamente da - í l a b a mais fraca de todo o grupo de intensidade a que pertence, ou s e i » , da s i laba "zc" . Ta l contraste é muito f lagrante.

• " . . . d á - n o s no amor/fraternal ventura" (6^ verso do estr ib i lho) P de tal agressiv idade que, mesmo àqueles menos afeitos e dados à poes ia e

mús ica , choca. Seria um ótimo "quebra-lingua" para locutores (22). Pepete-se o contraste anter ior : ao pr imeiro pruoo de intensidade: " d á - n o s no

pmor. . . . ccresDonde o in íc io de um=i frase melód ca semelhante a do item ante -ror (vide exemplo do gráf ico antecedente) . O r i tmo das três pr imeiras notas da f rase meicdic? ( s i - s i -dó) é igual ao r i tmo da frase anter ior , c o m os mesmos valores de te7^po: semicolct :e ia . As três s í labas da letra que lhes cor respondem, são " d á " , (a mais forte do pruno) " n c " (oncl i t ico . á*ono. o ma^s f raco do grupo) e "no a " (uma s inalefa, um d i tonpo c rescente ' u 'a " (na p ronúnc ia ) , n re - tôn ico ) .

• . sob o teu manto/por toda a vida!" (último verso do estr ib i lho) A ,>!i|aba mais imr>ortante do nr imeiro prupo de intensidade é " m a n " ; a si laba mais

f raca : " b ' o " ou até T) 'u" (na p r o n ú n c i a ) . O contraste dos dois itens anter iores, r e p e -te-se. A melodia inicia uma frase m e l ó d i c a , depois de l igeira resp i ração indicada por v í rgu la , conforme se pode ver do exemplo at ia ixo :

Compasso 32 c c m p i s s o 33 compasso 3Íi".

^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^

T.MPOS: x U ^ - t - U V I - ^ - f : : L E T R A : . . . r l da sob o t e u manto por t 5 . . d a a v i . . d a

Das três notas ÍTf.ciais da frase, a segunda é mais importante , mas é a c o m p a ­nhada da s í laba mais f raca do grupo de intensidade, "b'o". O fonema "o" á tono, reduz i ­do p a s s a r á , fata lmente a "U", por f o r ç a que a melodia lhe confere , conf i rmada pela tendênc ia do povo. E se cantará en tão : "sob'u teu m a n t o . . .

211 cfr . partitura oficial do arranjo feito pelo maestro João Baptista Curt i , publicada n a " E s t r e l a do M a r " de nov.-dez. de 1960 págs. 40/1 (número especial comemo­rativo do 50f aniversário da revistai — cliché reestampado neste trabalho a págs. 8 ' 9 .

22) Sota, do autor: teste a que eram submetidos os outrora chamados "specfcers" de Rádio: t inham que ler numa velocidade recorde e com perfeita dicção, determina-ía quantidade de palavras ou frases duras; daí o apelido "quehra-língua".

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XHI — Um tato. . . uma c o m p a r a ç ã o

Inúmeras vezes temos observado que a malorfa dos congregados param e m meio do c a m i h t i o quando se entoa o t i ino c o m a nova letra (23). Não há d ú v i d a , é uma v e r s ã o ainda não muito d ivu lgada, que a inda não - -pegou" . Mas acontece também que a turma se perde a miúde, e por outros fatores , g randemente apontados l inhas atrás,, esta fazendo o ' -protesto do s i l ê n c i o " , a greve da " b o c a f e c h a d a " . Estamos engana­dos? Proceda-se a uma enquete .

Repete-se, mutatis mutandi, o acontec ido c o m o cé lebre bai lar ino russo Rudo l f Nufeyev — cons iderado o maior do mundo — quando recentemente aqui no Bras i l , nuRia réc i ta no Teatro Munic ipa l — inter rompeu o "Apollon Musazete", de Strawinsky. Acusaram-no de vedet ismo, e até falto de e d u c a ç ã o , c o m desrespeito ao p ú b l i c o numa grande noite de "ballet". È o que mais ou menos acontece com os que deixam de c a n ­tar o hino das C C . M M . : são taxados de "ve lhos" , de reac ionáf ios , de saudosistas e até de desobedientes e rebeldes!

No caso do bai lar ino russo, houve gente Isenta, conhecedora do assunto e não je juna que não era ór fão de mãe, pai e parteira em matéria de mús ica e "bailet"'. c o m o p . e x . , o maestro Eleazer de Carvalho, que deu razão ao famoso vis i tante p e ­que os r i tmos c r iados por Strawinsky são notor iamente compexos e como se sai r iam bem orquestra , regente e o cul t ivador da arte de Terps icore se — conforme revela ­ram — além de poucos ensaios, s ó t inham para uma p e ç a escr i ta para 1 ' e 2' v io ­l inos , violas, 1"? e 2" v io loncelos , cont ra -ba ixo , harpa e t c , apenas possu íam para l e i ­t u r a , uma part i tura de v io l ino ! O genial art ista, ante tal pol>reza e d i f i cu ldade , só t inha mesmo que "pe rder - se" nas "entradas", " b o i a r " naquela c o n f u s ã o t o d a ; não conseguia d a n ç a r . N ã o conseguindo, parou ! Nureyev apenas defendeu a sua arte e respeitou o p ú b l i c o na imposs ib i l idade de oferecer uma atuação s e n ã o br i lhante pelo menos c o n ­d i g n a . Não ag iu , e m absoluto , como "vedette", mas como r e s p o n s á v e l . Assim asse­v e r a r a m os entendidos.

Aqora perguntamos : devem conformar -se os que, e m c o n s c i ê n c i a , acham a nova letra do Hino Of ic ia l das C C . M M . confusa, má. imprópr ia? ou comoor ta rem n o m o Nureyev: passaram a assistir à ba lbúrd ia? A v i tór ia passageira da i n c o m p e t ê n c i a ?

•I V . XIV — Outro f a t o . . . triste "sinal dos tempos '

A imprensa leiga mundia l teve recentemente um saboroso prato sensacional ista para suas " m a n c h e t e s " ; e s ó acredi tamos na not íc ia porque fo i também veicu lada em respe i táve is ó r g ã o s da imprensa cató l i ca como na Espanha a revista " E c c i e s i a " , d e M a d r i d (24) e no Brasil o nosso quer ido "Lar C a t ó l i c o " , de Juiz de Fora (25). P re fe ­r imos passar aos jud ic iosos comentár ios de um grande pensador e congregado ma­r iano de escol : (26)

"O conhec ido hino "Christus vincit, Christus regnat, Christus imperai" — c â n t i c o majestoso, de g ló r ia e de t r iunfo , mil e mil vezes e x e c t a d ' ^ p"«. Igrejas do" Brasi l e de todo o mundo, para proc lamar a realeza universal do Redentor — era, até há pouco, a s intonia usada nas emissões da R á d i o

23) ibdem: quando da visita do atual Presidente da Federação Mundial das C C . M M . , François Roland Calcat acompanliado aliás do P e . L u i s Paulussen, S . J . , em ho­menagem que lhes foi prestada n a assembleia mensal da F e d . das C C . M M da

• Giianpbara, ao f inal aconteceu isto: atropelo e desistência de muitos ao contar a nova letra do hino.

24) c fr . edição de 28 1/71 25) crf . fase. de 14/2/71 pág. 8 . . . 26) c fr . Pi:pf. Plínio Corrêa de Oliveira, in " F o K i a de S . P a u l o " • • \

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Vaticana (27). ^ Nada mais a d e q u a d o . Apesar disso, ou talvez por isto, a grandiosa a c l a m a ç ã o acaba de ser subst i tu ída pelos d i r igentes da emissora , por outra mais -aggiomata" , em est i lo "rock"" e obediente à l inha t r a ç a d a na peça "Hair". É a c a n ç ã o " J e s u s C r s t o Superastio", de Andrew L loyd e T im Pr i ce . — Ass im, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é por todos os t í tu los Rei do Universo e da Humanidade , e que, a l iás , a Si mesmo se p roc lamou Rei (28), passa de Soberano Supremo para mero ator, um ator que s ó se di ferencia dos outros por ser maior do que e les . Um superator . (29) — Admi t ido este novo t f i i l o . o i ipse r e di r ia que a V''da, Pa i xão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo foi mero t e a t r o . Um superteatro! '"

Se assim está na Rád io Vat icana, onde não apenas mudaram a letra de um mús ica l i n d t , s igni f icat iva , o r todoxa , por uma baboseira inomináve l , conso lemo-nos af inal , po is , o desastre conosco congregados mar ianos brasi le i ros , es tá muito a q u é m ! Parodiando um velho d i tado, s ó temos a d izer : um mal maior há de sempre servir de cataplasma, •de emplastro para outro de menor monta! Essa da Rád io Vat icana é de se t i rar o c h a ­p é u ! {se ainda o usássemos) .

XV — C o n c l u s ã o :

Mui lo breve, muito f ranca e s incera: se estamos certos — como é a nossa conv ic -•Zãc, do cont rár io não p e r d e r í a m o s tempo e s a ú d e escrevendo isto até aqui — não q u e ­remos, de forma a lguma, aplausos nem elogios e agradec imentos . Nosso intui to foi o de unicamente servir, que é o que aprendemos a fazer desde que entramos no m o v i ­m e n t o ; e lá já se vão 38 anos!

Agora , se estamos errados, se estamos enganados, equ ivocados , iat>orando em erro , peto santo amor de Deus, por car idade , gente , que os nossos o lhos sejam abertos! Pedimos que façam-nos enxergar , caso estejamos cegos ou c o m ó c u l o s escuros, vendo, sem necessidade, as coisas pretas! Queremos ver certo, ver c la ro , ver b e m . Juramos — pelo santo nome de Deus — mudaremos de op in ião , de ponto de vista, de p o s i ç ã o , se nos provarem, plsusiveln>ente, conv incentemente , provadamente q u e estamos er rados .

Tenros mui tos defei tos, o que de resto todo o mundo , nós mortais temos, mas t a l ­vez os tenhamos mais do que é razoáve l a um mortal te r . Uma v i r tude temos, p o r é m , (somos n ó s mesmos os pr imei ros a p roc lamá- la em nós mesmo) : somos profundos e eternamente agradecidos , reconhec idos a quem nos ensina, nos alerta, nos cor r ige , nos o r i e n t a . No mov imento , como somos gratos a tatos i rmãos — leigos e sacerdotes — que na esteira destes 38 anos quase d iuturnamente t rabalhando nas hostes mar ianas , nos deram os mais belos exemplos de d e d i c a ç ã o , de amor . de d o a ç ã o , de d e v o ç ã o à Maria Ssma. e à causa mar iana, ' i dea l Celeste" ! E é então o momento p rópr io , ao e n ­cerrar estas l inhas, de agradecer a t o d o s . Mas de um modo especial a quantos de uma

"27) Nota do transcriíor: cs congregados da G u a n a b a r a especialmente,.mesmo não s a ­bendo de que se trava do prefixo da emissora do F a p a . senupre" tiveram-no em conta de um vigoroso -grito de guerra"" brado de entusiasmo, de profissão de fé p exclamação de esperança, por isso tivemos nós a ventura — e com santo or>?u-Iho aqui o frisamos — de torná-lo como que de praxe, sempre ao término do Hino Oficial das C C . M M . , e a pleno pulmões, dizêmo-lo convictamente. É como que a concretização do lema do movimento: " A d lesum per M a r i a m " (depois de can­t a r as glórias de Maria , a proclamação de fé em (Aristo).

28> cfr . L c . 23. 3. •59) Nota do transcritor: -Superastro" não é bem a tradução de "super-star"" (embora

o seja l iteralmente) ; de acordo com a giria teatral a expressão correspondente é, exatamente, "vedette" (aportuguesando, vedeta). Cristo, portanto), passou a ser

vedete " ! ! ! Aquilata-se melhor agora, a extensão do intuito de deboche, e não de bons propósitos como está em "Pergunte e Kespoiíderamos"' por extrema caridade, como julgou o seu Redator.

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f o r n i a áireia ou ind i reta co laboraram na fe i tura do presente t r a b a l h o . São mui tos , mas riião (mdemos deixar d e fazer menção espec ia l e justa aos a m i g o s : professor Joaqu im Affor>so d c O l ive i ra , compos i to r , maestro, organis ta , mestre de L a t i m , - d e ' F o r t t i g t i ê s , de F r a n c ê s , I ta l iano e demais l ínguas neo - la t inas ; professor Dirceu Cauduro Cypr iano, da mesma forma g rande cultor do Lat im, do Grego, do P o r t u g u ê s ; Dr. Hugo Rodr igues, peio p a c i e n t e s e r v i ç o de rev isão ; professora Irene Neves, pianista e organista pelos esc la ­rec imentos mus ica is ; doutos e piedosos sacerdotes dos quais não estamos autor izados e c i tar o s nomes. Q u i s é r a m o s dar a todos régia paga, mas c o m o não podemos f a z ê - l o (nada somos e nada temos) ; Nossa Senhora, po rém, há de prodigalizaT- lt ie c o p i o s a s g r a ç a s de p r e d i l e ç ã o , porque estaremos a pedir com a mais conf iante e per-menei f fe das ins i s tênc ias .

Ki8, 31 de maio de 1971

F e s t a da Viaitação de M a r i a a S t a . Isabel , iniciando a sua missão de portadora de Oris-to para a ESilvação d a Humanidade (ou­t r o r a : Realeza de M a r i a Ssnía. s d t i r i o Universo)

M O T A I M P O R T A N T E :

Pedimos que nos hcmrem com suas críticas severas (30); este efitudo íoi entregue BO dia exato em que foi terminado a Diretoria da F e d . M a r i a n a do R i o de J a ­neiro em sua assemblé-a mensal , realizada no l i iceu Literário Português.

o Aator

30) R u a Caruso. 22/202 — T i j u c a — ZC-10 — R i o ' G B — CEP/20000.

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APÊNDICE 1:

TRANSPLANTE E R E J E I Ç Ã O NAS C O N G R E G A Ç Õ E S MAAIANAS

Entre junho e setembro de 1970 d e v e r á reunir -se em Montrea l , no C a n a d á , (1) o Con ­selho Geral da Fed . Mundia l das Comunidades de Vida Cr i s tã , o rgan ismo i n t e r n a c i o ­nal representat ivo do mov imento mar iano. Nessa o c a s i ã o , se rão , ao que parece, t o ­madas as def ini t ivas d e l i b e r a ç õ e s sobre as mudanças e r e n o v a ç ã o dos s o d a l í c i o s m a ­r ianos que observam, "ad experimenlum', uma leg is lação , inclusive novo nome, a p r o ­v a d o s e m Roma em outubro de 1967 e a b e n ç o a d a pelo Papa e m março de 1963.

O que se nota, g raças a Deus, é a lguma reação salutar, o despertar sobre cer tos pontos obscuros e controversos, que foram aprovados num "rush"" sem precedentes : reun iões p rév ias , intervalos "para estudos" . Congresso do Aposto lado dos Leigos, r e u ­n iões especial izadas e t c . Ressalta entre os pontos cont rover t idos a d e n o m i n a ç ã o internacional do m o v i m e n t o .

H á s é c u l o s (407 anos prec isamente) , sustentavam as C o n g r e g a ç õ e s sua "caracte ­r í s t i ca ' , ou pelo menos uma das pr inc ipais , no seu t i t u l o : mariana, pois c o m este t i tu lo —> Nossa Senhora da A n u n c i a ç ã o — o Pe. Leunis, S . J . fundara a pr imeir . í C o n g r e g a ç ã o no C o l é g i o Romano (hoje Univers idade Gregor iana) — chamada Pr ima Pr imária — ob jet ivando não apenas a sant i f i cação e aposto lado dos seus membros, sendo p o r isso, senão a pr imei ra , uma das pr imeiras a s s o c i a ç õ e s de leigos do m u n ­do 'a exercer o aposto lado organizado, c o m o car inhoso cu idado e p r o p a g a ç ã o de uma esclarecida e aoendrada d e v o ç ã o à Mar ia Ssma. Querem até a lguns Promotores d o mov imento que o nome mar iana, especia lmente o t ítulo " A n u n c i a ç ã o " , se deve, n ã o s ó por ter s ido a data c r o n o l ó g i c a da f u n d a ç ã o a 25 de março de 1563, festa litijrqica da A n u n c i a ç ã o da V i rgem (aoora A n u n c i a ç ã o do Senhor) , mas poraue "o mo<nmenin nrcte&tanfe arassava peio mundo. Nossa Senhora não era mais apresentada como a M^e de Jesus . Deus e homem; negava-se o culto mariano ( . . . ) Com e ^ t í tu lo , a primeiíra CongreoacSo aunria dar uma resooeta «om o r o t » « » a t » » M : nSn Á nn*« iv «H « r^^ í -s r ^ J r s u s como verdadeiro Deus o verdadeiro hoimem, sem aceitar Aquela que foi a M ã e de J e « u s . (2)

E c o m o belo lema (nunca teo log icamente condenado) , "ad J e s u m per Mariam?, e ostentando o seu g lor ioso t i tu lo de marianas, atravessaram as C o n g r e g a ç õ e s a poei ra dos s é c u l o s ; co locaram sobre os altares 48 santos (a últ ima c a n o n i z a ç ã o foi no d i a 22 de junho de 1969, da congregada mariana e fundadora das I rmãs de Notne Dame, Irmã Rosa-Mar ie Jul ie Bi l iar ' , nasc ida na Holanda, a 1 2 - 7 - 1 7 5 1 , e que exerceu f e c u n d o aposto lado junto aos padres proscr i tos durante a R e v o l u ç ã o Francesa) , fundadores de 22 Ordens Inst i tutos e C o n g r e g a ç õ e s Rel igiosas mascul inas e 17 femin inas , 18 Fa ­nas, bem como nomes célebre.'? em todos O B ramos da at iv idade humana como p. ex.. Volta, Foch, Garc ia Moreno, Cardeal Mermi l l od , Bossuet, Fi l isberto de S a b ó i a . Mat t Talbot , Calderon de la Barca, Rubens, Cornei l le , Laennec, Descartes, Torquato Tasso e t c . e t c . ' , ' • ) •

Tl transferlu-se para a Rep. Dominicana (de 11 a 15 de agostol. 2> apud Pe . Luís Gargioni P I M E — in -Catecismo de Formação Mariana"" ( 1 . ^ P a r t e ) -

— F e d . das C C . M M . de S . Paulo .

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Por mot ivos que não cabe aqui anal isar , sem apreciar -se convenientemente a s r a z õ e s de c o n v e n i ê n c i a (pelo menos estas), mudou-se numa tiora em que vetada e m e s m o desabr idamente se combate o cul to a Nossa Senhora, procurando empal i í tecer o seu papel e valor, ret i rando-a do lugar que merece, mudou-se o nome das Congre ­g a ç õ e s ! Mudaram o seu nome carac te r í s t i co , ou pelo menos trazendo uma das p r in ­c ipa is notas caracter í s t i cas , para o g e n é r i c o , não part icular izante "Comunidade tí'e Vida Cristat!). T rocaram uma coisa indicat iva como era e é C o n g r e g a ç ã o Mariana por uma geral como soe ser Comunidade de Vida Cr i s tã !

Em tal transplante, p o r é m , após o devido tempo de adaptação , desde outubro de 1967, c o m e ç a m a aparecer os pr imei ros sinais de sér ia r e j e i ç ã o . Não serviu e não serve a d e n o m i n a ç ã o •comunidade' no lugar de ' C o n g r e g a ç ã o " e "de vida c r i s tã" , hão de ser T O D A S as a s s o c i a ç õ e s , ordens, inst i tutos, c o n g r e g a ç õ e s e organismos da Igre ­j a . S ó faltava que não fossem! Todas as c o n t o r s õ e s ou malabar ismos e x e g é t i c o s j a ­mais p r o v a r ã o o c o n t r á r i o : as C o n g r e g a ç õ e s nasceram marianas e marianas devem

•continuar.

TVOTA: publicado no Semanário " A C R U Z " ; no Boletim da F e d . Mariana d e - S a l v a ­dor ( B A ) e como Apêndice na plaqueta "Suppl ices " , do Autor.

NOSSA SENHORA DA C O N C E I Ç Ã O APARECIDA

SALVAI O fy.OVhVIENTO MARIANO. BFIASILEIRO!

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APÊNDICE 2:

R E S U M O DA BIBLIOGRAFIA DO AUTOR NO MOVIMENTO MARMNO

• L i v r o » , lolhelos e o p ú s c u l o s , e t c 1 — "Drama das R o s a s " ( e n c e n a ç ã o - o r a c l o n a l dos Mis té r ios Gozosos d o R o s á r i o } ^

Texto e m prosa e verso levado a cena pelos grupos de atores amadores d a a C C . M M . dos Capuct i int ios e da Salete, e m diversos lugares, inc lus ive n a TV Cont inental (canal 9) e f i lmagens no adro da Matr iz de S . F ranc isco Xavier — 1955.

2 — A Grande P isW' , de Frei Anse lmo Vi lar de Carvalt io, OP — red ig iu , como m e m ­bro do C l ã Paulo de Tarso, passos da parte re l ig iosa, i nc lu indo a a d a p t a ç ã o ao escot ismo ca tó l i co da letra da c a n ç ã o natal ina "N«r i te F e l i z r — 1 9 5 7 .

3 — "Antologia Mariana", de J o s é Gomes T a r i é (1958) pub l i cada postumamente p e t o pelo Pe . Francisco Leme Lopes, S . J . — inse rção do poemeto "Oracáo d e

' S . Bernardo", t rabal f io musicado pelo congregado mar iano Alt>erto Rohner (opus 54).

4 — "Para Ser DirigSnte" (Manual prát ico de o r ientação t é c n i c a e organizativa para as C C . M M . — Fis ionomia e caráter do Dir igente adaptado d e G . Curtois & L. Lebret) T razendo o " fac-simile" da apresentação autografa do Emo. C a r d . A rceb ispo D. Ja ime de Barros C â m a r a — 1958.

' WMa: A revista " I j i C iv i l tá Oat tó l ica ' , e m 1960, so l ic i tou p e r m i s s ã o para v e r t e r a ot>ra para o f tal iano.

5 — "A MSssa" ( M é t o d o prát ico para e x p l i c a ç ã o aos f iéis) — i n c l u í d a na " C o l e ç à o Esirela do Mar", da Conf. Nac . das C C . M M . do Brasi l — e d i ç õ e s em 1960, 1962 (duas e d i ç õ e s ) e 1963 — 46 mi lhe i ros ,

e — "Auto da PadrCeira do BrasH" — red ig ido para ap resentação durante o ' 'Ano da Padroeira" (1960-1961), narrando e m 4 quadros -v ivos , texto e m prosa e ver-

' so e melodias adaptadas a ' ' pesca" da mi lagrosa imagem nas á g u a s do Pa­ra íbas (no Rio tdi encenado nas escadar ias da C a n d e l á r i a , na Matr iz de Sta. T e ­rezinha do T ú n e l e no M a r a c a n ã z i n h o , d iante de 18 mií pessoas) . Outras e n c e ­n a ç õ e s fo ram lev'adas a efei to e m T a n g u á (RJ) e L ins (SP).

7 — "N. S . Aparecida e o Conci l io E c u m é n i c o " — Coro - fa lado e m prosa e verso para o Dia Mundia l dos Congregados em Vicente de Carvalho, (adaptação do "Auto da Padroeira") — 1961.

8 — "Por Cristo — Por Maria — Pela Igreja" — Coro - fa lado red ig ido por s o l i c i t a ç ã c da Diretor ia da Conf . Nac . das C C . M M . do Brasi l para r e c i t a ç ã o na Escola N a c . de M ú s i c a e ao ensejo da 4.^ P e g r i n a ç ã o Nac iona l ao Santuár io de A p a ­recida do Norte ("Ano da Padroeira"). 15-10-1961.

O — "Breve His tór ia das C o n g r e g a ç õ e s Marianas" — Trazendo " f a c - s í m i i e " da c a r t a -autografa de a o r e c i a ç ã o de S. Excia. Revdma. D. Joseph Felix. Gawi ina B i s p o Dolonês e 1° Di rp»or d^ Fed . Mundia l das C C . M M . — Homenagem p ó s t u m a ao h istor iador das CC .M^? . , Pe. Emil io Vi l laret, S . J . e t r a n s c r i ç ã o , à gu isa d e Pre fác io , das palavras do Bisoo de F-ilbào. D. Pablo — 1 9 6 1 .

10 — " C o n g r e g a ç ã o Mariana Fen» in ina" (H is tór ia — O r g a n i z a ç ã o — Aposto lado} — c o m vistas ao 4? C e n t e n á r i o do movimento — contendo todas as a f o c u ç õ e s d « P^o XII sobre as C C . M M . Femininas e resumo b iográ f i co de Tereza Gonza lez -Quevedo y Cadarso, iá c o m orocepso de c a n o n i z a ç ã o in i c iado . Autor i zada a inc lusão na c o l e ç ã o "Biblioteca de Congregantes Marianos", da Conf. Nac. M a ­riana de B n a o t á Í C o l ô m b i a l — 1963.

11 — "A Missa, Nosso S a c r i f í c i o " (Auto p o p u l a r - c a t e q u é t i c o ou para - l í tu rg la oracio-nal sobre a Santa Missa) . Vencedor , sob o p s e u d ó n i m o de " P e l r u » " , por " w « a « í i c t i ' m " de D. Marcos Barbosa, OSB, no concurso p romov ido pela " E s H - p i i do M a r " w!<:3oW'^ o ''Am f«o dí- r e n t » » n A ' ! o " das C C . M M . — 1963.

12 — ''A Missa Aoora é Ass im" — ( " a d d ^ u m " à "Missa, M e t ó d o p rá t i co para ex -cr i icação aos f ié is " ) — comentár ios às reformas p ó s - c o n c i l i a r e s na l i turn ia ds» Miss=» — inc lusão na " C o l e ç ã o Estrela cJ© Mar", da Conf . N a c . das CC .MM. do Brasi l — 1965.

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13 — " O r s ç â o E c u m é n i c a " (de abertura e de encerramento) dc 1v Jamborec P a n a -mer icano (por mot i vo do 4° C e n t e n á r i o da Cidade) , so l ic i tado ao C l ã P a u l » de Tarso pela U n i ã o dos Escoteiros do Bras i l , aos mar ianos escote i ros — 1965.

1 4 — "Coro-Falado Mariano no Dia de A ç « o de G r a ç M " — So l ic i tado pela D i re tor ia da Fed . Mar iana do Rio para a Assemble ia Mensal (no Liceu L i terár io P o r t u ­guês) — 2 5 - 1 1 - 1 9 6 6 .

15 — "MU Anos de F é • Amor" (Coro -o rac ionaMalado em homenagem a N.S- de^ Czestochowa, Padroeira Nacional da Po lón ia ) — so l ic i tado pela Di retor ia d a F e d . Mariana do Rio para atendimento ao Governador Francisco N e g r ã o de L i m a e à C o l ó n i a Polonesa do Rio, por o c a s i ã o do Mi lén io da Po lón ia C a t ó l i c a . (29-5 -1966) .

16 — "Pwjueno Dictonario C a t ó H c o " — 2.000 verbetes sobre Dogma, Mora l . I . i tu rg ta , B íb l ia , Seitas, C o n c í l i o , etc . c o m a c o o p e r a ç ã o de diversos congregados M a ­r ianos, sacerdotes jesu í tas e t e ó l o g o s da "Academia IMriana de Nova Friburgo" — obra ún ica , no g é n e r o , até hoje, no Brasi l — 1966.

17 — "Bainha do Uniwarao" (Paral i turgia para c o r o a ç ã o d e Nossa Senhora) red ig ida por so l i c i tação d d Assistente d a C . M . dos Capuchinhos para c o m e m o r a ç ã o em p r a ç a p ú b l i c a do 75° an iversár io de casamento do A lmirante Eul ino Rosário> Cardoso-Sra . Dona Judi th (ele, fundador da F e d e r a ç ã o Mar iana do Rio e da CJM. d a Matr iz d e S . Sebasti f lo dos PP . Capuchinhos) — 1966.

18 — "Rainha do Bras i l " ( coro - fa lado , c o m melod ias marianas adaptadas) — s o l i c i ­tado pela Diretor ia da F e d . Mar iana do Rio para celebrar o "Ano da F é " , o J u ­b i leu (250? an iversár io ) da apar i ção nas águas do Para íba de N . S . Aparec ida (1717) e oferta pelo Papa Paulo VI da 2.* " R o s a de Ouro" p o s s u í d a pelo Bras i l . Solenidades nos Jard ins do Meier , c o m p r e s e n ç a de altas autor idades , i n c l u ­sive o representante do Emo. Cardeal Arceb ispo de Aparec ida , D. Car ios C a r ­melo de Vasconcelos Mot ta (12-11-1676) .

19 — "Curso de Missa por C o r r e a p o n d è n c i a " — 25 l i ções ( folhetos de 4 págs . ) . q u e s ­t ionár ios , testes, provas parc ia l e f i n a i , e cer t i f i cado de c o n c l u s ã o ( d u r a ç ã o : 1967 a 1972). In ic iat iva of ic ia l i zada pela Conf . N a c . das C C . M M . do Brasi l e far tamente d ivu lgada na revista "Estrela do Mar".

M — "Supl l lces" — S o l i c i t a ç ã o , baseada em documentos do magistér io e c l e s i á s t i c o , para o retorno do nome Mariana para as C o n g r e g a ç õ e s (enviada a todos os membros da Fad. Mund ia l , às Diretor ias de todas as C o n f e d e r a ç õ e s , F e d e r a ç õ e s

' e Secretar iados Nacionais do mundo intei ro , à todas as F e d e r a ç õ e s do Brasi l i e a centenas de Dir igentes (especialmente aos mar ianos reunidos no 1? E n c o n ­

t ro de Congregados Prof iss ionais , na Bahia (1969) e aos congregados do Rio,, reunidos no 'H ia Mundial" no Santuár io da Medalha Mi lagrosa (13-5-70) .

20 — "A Missa Romana e a Maronita" — paralelo entre as duas L i turg ias fe i to para o "Dia Mimdial" (16-5-71) ce lebrado na Igreja de N . S . do L í b a n o .

21 — "Nossa Senhora e a I n d e p e n d ê n c i a " — adaptação do 3? quadro do "Aulo d a Padroeira" (o "voto" de D. Pedro 1 a N. S . Aparecida) para o "Dia Miindial" no S e s q u i c e n t e n á r i o ( J a c a r e p a g u á Country Club, 1972) — A p r e s e n t a ç ã o : Saint -Clain Lopes. P u b l i c a ç ã o às esoensas do congregado mariano Com.endador Rubem Rodrigues dos Santos — 1972.

22 — " C â n t i c o s do Claustro" — Versos mís t i cos - re l ig iosos ao completar 50 anos de idade — e d i ç ã o dos amigos conqreaados marianos e A p r e s p n t ^ ç ã o do Cardeal D. Car los Carmelo de Vasconcelos Motta , de Aparec ida — 1972.

' • Rev i são — D i a g r a m a ç ã o — " l a y - o u t s " — capas do l ivros, etc .

'Vida Mariana", de Pe . Paulo J . de Souza, S . J . (1954, pr imei ra e d i ç ã o , e e d i ç õ e s seguintes) — "Aa C C . M M . na Vida Atual d a Igreja", de Pe . Lu ís Paulussem, S . J . (VIce-Diretor , da Fed . Mundia l e Assistente do Secretar iado Central de Roma) 1956 — "Gi*a do Instrutor', de Pe . Paulo J . de Souza, S . J . ( 1 ' v o l . , sendo que o 2° fo i d ig ramado , porém não edi tado) — 1961 — '-Manual do Candidato", de Pe. Paulo J . de Souza, S.J. (3 e d i ç õ e s c o m e ç a d a s e m 1975) — " B i s Saecu lar i " , Carta Maqna das CC .NML" , do Papa Pio X I I ; comentada pelo Pe . Va lé r io Aber ton , S . J . (1958) — " E x e r c í c i o s Espirituais", atualMade e f o r ç a " , de Pe. Luis Palussen, S . J . (1963) —

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••Contea o Comunismo , do Ministro Dr. Geraldo Bezerra de Menezes (2. e d i ç õ e s •— 1962) — •Dignidade da Pessoa Humana", do Ministro Dr . Geraldo Bezerra- de M e n e ­zes (1965) — " O r a ç ã o Pessoal" , de Pe. Va lé r io A lber ton , S.J. (1966) — "Dez C o m -prounfesos", de Pe. Paulo J . de Souza (f icou inédi to , e m b o r a d iagtamado) "Roteiro Wzriano", de Pe. Paulo J . de Souza, S . J . (ct iegou a ser composto , mas não p u b l i ­cado) — "Manual do Congregado Mariano" ( subs íd ios , sugestões e "espel l io" entregue a Conv. Nac. das C C . M M . do Brasi l , em 1969) — " R e f l e x ã o de Vida", de Pe P a n c r à c i o Dulra, S-J. "copy -desk" na 3.^ de capa sobre o JAM (1971) .

• Diplomas, certificados, e t c :

— De Benfeitor do Movimento Mariano (1958) — de Cooperador do Mov imento Mar iano (1959) — de Contr ibu inte da Campanf ia da Sede Própr ia (1966) — de c o n ­c lusão do Curso de Dir igente Mar iano (1959) — de Contr ibuinte da Campanf ia da Sede P r ó p r i a (1966) — de c o n c l u s ã o do Curso de Missa (1969).

• Prospectos, cartazes, volantes etc.

"Ano da Padroeira do Bras i l " (1960 1) — das 6 Assembleias Nac de Dingentes — 4-? Centenár io das C C . M M . (1S63) — " B ó n u s " do 4- C e n t e n á r i o das C C . M M . e da Sede Própr ia — "Selos do Tributo Mariano" (1963) — Campantias de novos assinantes da •Estrela do Wat", e tc ,

• Imprensa — Rádio — TV — "Shows" — Teatro — Cir'ema, ele.

S e c r e t á r i o - R e d a t o r - R e v i s o r - D i a g r a m a d o r do Bolet im "Salve Maria" da Fed . M a ­riana do Rio (de 1948 a 1963, inclusive na fase de min i - tab lo ide e quando foi ed i tado nar. pág inas de "A C R U Z " c o n f e c ç ã o de todos os " C a t á l o g o s " de 1959 a 1965. inc lu indo o ••Álbum do Jubileu") — Os mesmos encaraos e f u n ç õ e s , p o r é m e m âmbito nacional , exerceu desde 1949 até 1967 na revista "Estrela do Mar', ó r g ã o da Conf. Nac. das C C . M M . do Brasi l , onde c o m o Pe. Paulo J. de Souza, S.J., fez o número especial do 50" an iversár io , recebendo, por isto, com os demais func ionár ios , b é n ç â o -autografa do Fapa J o ã o XXIII . — - Bolet ins " D i r e ç ã o " e "Nossa Sede" , da Conf. Nac. das C C . M M . ) — Or ientado: do "S tB I " e do " S e r v i ç o da Rainha" ( leitura e recortes de jornais respeitante à Rel ig ião) — Redator e Apresentador do programa rad io fón ico "Hora da F e d e r a ç ã o wtarianr" (Rád io Vera Cruz), de 1949 a 1966 — L a n ç a d o r na TV Excelsior , canal 13, das pr imeiras Missas pelo v í d e o (já anter iormente o f izera pela Rád io , aos domingos) — Com a c o o p e r a ç ã o de atores amadores congregados mar ia ­nos promoveu "shows" em leprosár ios , sanatór ios . Instituto dos Cepos, dos Surdos M u ­dos, Pen i tenc iár ias , etc. — ao Teatro levou, com a c o o p e r a ç ã o de congregados m a -r ianot . diversos e s p e t á c u l o s , destacando-se "A Vida do Pe. P r ó " (marfjr do comun ismo a*eui e a ' F e s t a da M o ç a - N o v a " , cer imonia l dos índ ios do Alto So l imões , sobre "scr ipt" dp Frei Cassiano Maria de Vi larosa, OFM C a p . e m Cinema teve f i lmada cenas do •Dram? das Rosas ' e anter iormente , com Frei Mart in Olive, OP, teve também f i lmadas cenas s imilares sobr-e a Cruzada Mundial do Rosár io pela Paz, no Campo do Bota ­fogo , Futebol e Regatas.

• Arte, M ú s i c a , Esporte, D o a ç ã o de Sangue, e t c

Orientador da E x p o s i ç ã o Mar iana durante o 3 6 ' Congresso E u c a r í s t i c o Interna­c ional (sa lões da Escola Sto. A lber to , dos PP. Carmel i tas , na Lapa) — Autor da letra do Hino do 19 Congresso Mariano de Joinvi le (Sta. Catarina) — Autor da M ú ­sica e Letra do Hino de O c a s i ã o para C o n c e n t r a ç õ e s de F e d e r a ç õ e s e C C . M M . (vide 5.^ capa) . Ideal izador e real izados das 2 O l i m p í a d a s Marianas (com "Juramento do Atleta Mariano") e cr iador da •Campanha do Sangue Azul" (Vo luntár ia ) .

— DEO 6 R A T I A S ! —

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T

HINO PARA C O N C E N T R A Ç Õ E S DE

C O N G R E G A Ç Õ E S MARIANAS

Letra e Mús ica de Antôn io Maia

( ó r g á o : Pe. T . R . )

Dedicado a

D- Sebast ião Leme,

o Cardeal mariano

1 ^ /2 AL

I f l T f

tomes ^a-p/' -a /7ís Sor^ilf yisrfOf- /s c: -mor ô - xd/-

P

EsWbitlio

Congregados Mar ianos, Com f i rmeza varoni l CEminhemos que é certo "A f i ta azul sa lvará o Brasi l ! "

I

N ó s que somos mar ianos . Com o mais fervente amor , Exaltemos a Maria E cantemos em seu louvor

Congregados iWarianos etc.

De Ipanema a Guarat iba , Zona Norte' e zona Sul , T ransformemos de Maria No Exé rc i to b r a n c o e Azul !

'Tte.-mss a M^a-ri --a. (i eantemcj' cm sea íoumr / Z ^ í p í -

TT

Congregados Marianos eic .

Ill

Como quer o Santo Padre Que nos pede união, í í oda i í c ios e Seiores Acatando a F e d e r a ç ã o

Ccrgregados Marianos etc.

NOTA: Permite-se a adaptação da letra no todo ou em parte.

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