informativo comtrigo n 283

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================================================== I NFORMATIVO N. 283 10 a 17/11/2014 ================================================== SUMÁRIO Título Pág Dia do Trigo....... ..................................................................................... 02 Classificação Comercial Indicativa de Cultivares de Trigo da EMBRAPA p ara 2013........................................................... 03 Giberela ou B rusone …......................................................................... 05 Cotação do Trigo (RS e PR) ….............................................................. 05 Trigo: inverno americano se aproxima............................................... 06 Brasil colherá mais soja em 2015, mas algodão e milho cai- rão, diz CONAB...................................................................................... 06 PEPRO do Trigo negocia 49% do total de 211 mil ton ofertadas...... 08 Técnicas e Aplicações de Fungicidas em Trigo para o controle de Giberela................................................................................................... 09 CEO da Bayer argentina diz que Governo atua “contra o seu próprio povo” ........................................................................................................ 10 Produção de trigo argentino é prevista em 12,5 milhões de ton........ 11 Reunião dos moinhos mineiros …........................................................ 12 Cultura do trigo …................................................................................... 13 Informativo COMTRIGO 1

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Page 1: Informativo comtrigo n 283

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I NFORMATIVO N. 283 10 a 17/11/2014

==================================================

SUMÁRIO

Título Pág

Dia do Trigo............................................................................................ 02

Classificação Comercial Indicativa de Cultivares de Trigo

da EMBRAPA para 2013........................................................... 03

Giberela ou Brusone …......................................................................... 05

Cotação do Trigo (RS e PR) ….............................................................. 05

Trigo: inverno americano se aproxima............................................... 06

Brasil colherá mais soja em 2015, mas algodão e milho cai-

rão, diz CONAB...................................................................................... 06

PEPRO do Trigo negocia 49% do total de 211 mil ton ofertadas...... 08

Técnicas e Aplicações de Fungicidas em Trigo para o controle de

Giberela................................................................................................... 09

CEO da Bayer argentina diz que Governo atua “contra o seu próprio

povo” ........................................................................................................ 10

Produção de trigo argentino é prevista em 12,5 milhões de ton........ 11

Reunião dos moinhos mineiros …........................................................ 12

Cultura do trigo …................................................................................... 13

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CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL INDICATIVA DAS CULTIVARESDE TRIGO DA EMBRAPA - RS E SC, SAFRA 2013

Eliana Maria Guarienti1, Martha Zavariz de Miranda1, Márcio Só e Silva1, PedroLuiz Scheeren1, Eduardo Caierão 1 e Ricardo Lima de Castro1,1Pesquisadora, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – CentroNacional de Pesquisa de Trigo (Embrapa Trigo), Passo Fundo, RS. Email:[email protected].

A partir de junho de 2012, aclassificação comercial do trigo seráregida pela IN nº 38 - InstruçãoNormativa nº 38, do MAPA (BRASIL,2010). Objetivando a adequação aonovo regulamento e seguindo oscritérios definidos pelos obtentores, ascultivares de trigo da Embrapaindicadas para semeadura no Rio

Grande do Sul e em Santa Catarina foram reclassificadas deacordo com a seguinte metodologia:

1 – As amostras de trigo usadas para a classificação comercialdas cultivares foram provenientes de vários ensaios, tais como:preliminares, valor de cultivo e uso (VCU), Ensaio Estadual deCultivares, Ensaio de Qualidade Industrial de Trigo (EQIT),Unidades Demonstrativas, Unidades de Observação, entre outros.

2 – A classificação comercial das cultivares foi realizada porRegiões Homogêneas de Adaptação de Cultivares de Trigo(REUNIÃO..., 2010) de acordo com os seguintes agrupamentos enúmero de amostras mínimo: Região 1 do Rio Grande do Sul eSanta Catarina – mínimo três amostras; Região 2 do Rio Grandedo Sul e Santa Catarina – mínimo três amostras;

3 – A classificação comercial foi feita com base nos valores deforça de glúten e número de queda, de acordo com o estabelecidono Anexo III da IN nº 38, não considerando os valores deestabilidade apresentados neste mesmo Anexo e,

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4 - Para que uma cultivar fosse enquadrada em uma classecomercial, de acordo com a IN n° 38, foi utilizado como critériode classificação a frequência relativa acumulada mínima de 60%das amostras na classe comercial, somando-se a partir da classemelhorador até a classe básico.

Na Tabela 1 são apresentadas informações da classificaçãocomercial das cultivares de trigo, indicadas para as RegiõesHomogêneas de Adaptação 1 e 2 do Rio Grande do Sul (RS1 eRS2) e de Santa Catarina (SC1 e SC2), para a safra 2013.

As cultivares BRS 331 e BRS Parrudo (RS1; SC1), BRS 328, BRSGuabiju e BRS Parrudo (RS2; SC2) e BRS Pardela (SC2) foramenquadrados na classe “Melhorador”. Na Região 1, do RS e deSanta Catarina, as cultivares BRS 328, BRS Guabiju, e na Região2, destes estados, as cultivares BRS 208, BRS 327, destacaram-secomo trigo da classe “Pão”. A cultivar BRS Guamirim também foiclassificada como trigo “Pão”, na Região 2 do Rio Grande do Sul.

As cultivares BRS 374 (RS1; SC1) e BRS Louro (RS1; SC1 e RS2;SC2) foram classificadas como trigo “Para outros usos” emfunção da baixa força de glúten. A regionalização da classificaçãocomercial das cultivares de trigo permitiu um melhorconhecimento sobre a resposta de cada ambiente (RegiãoHomogênea de Adaptação) sobre características de qualidade(em especial a força de glúten), repercutindo no refinamento dasinformações para os assistentes técnicos, agricultores, unidadesde armazenamento e indústrias moageiras e de produtos finais,comparativamente à classificação anterior, única para cadacultivar, em todos os ambientes.

Referências bibliográficasMAPA, Instr. Normativa nº 38, de 30 de novembro de 2010. Regulamento técnico do trigo; Diário Oficial, Brasília/DF, nº 229, dez/2010; Informações técnicas para trigo e triticale –safra 2011. Cascavel: COODETEC, 2010. 170 p.

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Giberela ou Brusone?

Vídeo produzido pela Embrapa Trigo ajuda a identificar as diferenças de giberela e brusone nas doenças de espiga. Maiores informações:Joseani M. Antunes (9693 MTb/RS) Embrapa Trigo./ [email protected] Telefone:5433165860

www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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COTAÇÃO DO TRIGO (última semana) RGSe Paraná

Preço médio do trigo CEPEA/ESALQ – Estado do Paraná

Valor R$/t Var./dia Var./mês Valor US$/t

10/11/2014 542,13 -0,48% -0,78% 212,18

07/11/2014 544,77 0,01% -0,29% 212,31

06/11/2014 544,73 1,45% -0,30% 213,62

05/11/2014 536,95 -1,08% -1,72% 213,67

04/11/2014 542,79 -0,52% -0,66% 216,34

Fonte: CEPEA

• Trigo pão ou melhorador, preço por tonelada, mercado disponível, à vista (prazo descontado pela taxa NPR). Metodologia | Mais valores | Série de preços

Preço médio do trigo CEPEA/ESALQ – Estado do Rio Grande do Sul

Valor R$/t Var./dia Var./mês Valor US$/t

10/11/2014 479,97 -0,10% 1,45% 187,85

07/11/2014 480,45 0,32% 1,55% 187,24

06/11/2014 478,92 1,85% 1,22% 187,81

05/11/2014 470,22 1,72% -0,62% 187,12

04/11/2014 462,26 -3,63% -2,30% 184,24

Fonte: CEPEA

• Trigo brando, preço por tonelada, mercado disponível, à vista (prazo descontado pela taxa NPR).Metodologia/ Mais valores /Série de preços

os

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TRIGO: Inverno americano se aproxima Preocupações com a produção de trigo dentro e fora dos Estados Unidos deramsustentação à terceira alta seguida do cereal ontem nas bolsas americanas. EmChicago, os lotes para março subiram 17,25 centavos, a US$ 5,48 o bushel. EmKansas, onde é comercializado o trigo de melhor qualidade, os lotes com igualvencimento subiram 19 centavos, a US$ 5,99 o bushel. O tempo mais frio que onormal previsto para as Grandes Planícies americanas pode adiantar o período dedormência e causar alguns danos, além de aumentar o consumo de ração emconfinamentos. Para fora dos EUA, a consultoria Strategie Grains previu uma quebrade safra na União Europeia de 6 milhões de toneladas. No mercado interno, o preçomédio no Paraná calculado pelo Cepea/Esalq caiu 0,32%, para R$ 543,30 a tonelada.Clipping SEAPA/Jornal Valor Econômico/13/11/2014

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Brasil colherá mais soja em 2015, mas algodão emilho cairão, diz Conab

Foto colhetadeira:Leandro J. Nascimento/G1) Colheita de milho – (Foto Google)

Segundo prognóstico de safra divulgado nestaterça-feira (11/11): produção nacional deveficar próxima de 200 milhões de toneladas.

O segundo levantamento da safra de grãos 2014/2015divulgado nesta terça-feira (11) pela CompanhiaNacional de Abastecimento (Conab), projetou entre194,4 e 200 milhões de toneladas a safra brasileira degrãos.

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Tais números correspondem, respectivamente, a umavariação de -0,1% a um crescimento de 2,7% emrelação ao colhido em 2013/14, quando foram 194,7milhões de toneladas.

Mato Grosso(25,15%). Paraná/(17,42%) e o RioGrande do Sul/(14,33%) responderão pelas maioresproduções de grãos, fibras, cereais e oleaginosas nonovo ciclo agrícola.

Segundo a estatal, a soja continua apresentandocrescimento na produção, mesmo diante do quadrointernacional de superoferta de grãos. "A evolução daoleaginosa é de 3,7 a 6,5% ou o equivalente a umaumento de 3,22 a 5,62 milhões de toneladas", disse aestatal."As mudanças de clima e os efeitos fitossanitáriospodem levar a alterações na produtividade ao longo daevolução das culturas nesta fase indefinida de plantio".

Para 2015 a Conab manteve a previsão de baixa naprodução de algodão em pluma, com variações quepodem chegar a -11,3% a -3,3%.Também perderá espaço o milho (somadas as duassafras anuais), podendo recuar entre 3,2% a 1,2%.

Área-: Segundo o prognóstico da Conab, a áreabrasileira de grãos pode variar entre 56,67 a 58,16milhões de hectares, com um intervalo de menos 0,5 a2,1% a mais em relação à safra passada, que totalizou56,96 milhões de hectares.

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Pepro de trigo negocia 49% do total de 211mil toneladas ofertadas

Rio Grande do Sul e Paraná ofereceram 200 miltoneladas juntos.

Santa Catarina negociou 60% do volume oferecido e MSnegociou

90%.

(Foto: Carlos Alberto Soares/ TV TEM/Texto: Amanda Sampaio/ G1 MT)

O leilão de Prêmio EqualizadorPago ao Produtor Rural (Pepro)de trigo realizado nesta quinta-feira (6) pela CompanhiaNacional de Abastecimento(Conab) negociou 49,7% dototal de 211 mil ofertadas, oequivalente a 105 miltoneladas. Uma nova ofertadeve ser realizada na próximasemana, de acordo com a programação atual dogoverno de promover, semanalmente, operações deincentivo ao mercado agrícola.

O volume foi dividido em seis lotes que variam de 1 mila 100 mil toneladas cada e o grão, safra 2014/2015, éoriundo dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, SãoPaulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A operaçãototal movimentou cerca de R$ 10,5 milhões.

O Rio Grande do Sul e o Paraná ofereceram o volume de100 mil toneladas cada um, sendo que o primeiroestado negociou 70,2 mil toneladas e o segundo estadonegociou 30,7 mil toneladas do grão.

Santa Catarina negociou 60% do total de 5 miltoneladas oferecidas (3 mil toneladas) e Mato Grosso doSul negociou 90% do total de 1 mil toneladas oferecidas(900 mil toneladas). Foram ofertadas 5 mil toneladas de

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São Paulo, no entanto, o estado foi o único que não teveo volume negociado.

Sobre o leilãoO Pepro é uma subvenção econômica paga ao produtorrural e/ou cooperativa para venda do produto peladiferença entre o Valor de Referência e o valor doPrêmio Equalizador arrematado. Os arrematantesdevem comprovar a venda e o escoamento para oslocais determinados em edital.

Fonte: G1 – Globo Rural

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Técnicas de aplicação de fungicida em trigopara o controle de giberela (Gibberella

zeae)

Revista Ciência Rural

Durante muitos anos, agiberela, causada pelofungo Gibberella zeae(anamorfo-Fusariumgraminearum), foiconsiderada deimportância secundária nosul do Brasil. O aumentoda intensidade e dafrequência de ocorrência,

tornou a giberela uma das doenças de maiorimportância na cultura do trigo. A giberela é umadoença de infecção floral e mesmo os fungicidassistêmicos recomendados apresentam apenas efeitoprotetor das anteras.

Os objetivos do presente trabalho foram avaliar aeficiência de controle e os efeitos nos grãos colhidos, dedois tipos de pontas de pulverização (leque e duploleque), diferentes arranjos dos bicos na barra deaplicação e dois volumes de calda. A desuniformidade

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da antese aparece como um dos principais fatoresenvolvidos com a baixa eficiência dos fungicidas. Nosexperimentos, realizados no ano 2000, a aplicação dostratamentos reduziu significativamente a incidência, onúmero de espiguetas gibereladas e a severidade dadoença, aumentando o rendimento de grãos. As pontasde pulverização, seus arranjos na barra e os volumes decalda utilizados comportaram-se de maneirasemelhante em todas as variáveis avaliadas. Oincremento no rendimento de grãos, obtido em relaçãoà testemunha, sugere que se deve recomendar aaplicação de fungicidas para o controle da giberela,utilizando pontas que geram gotas finas a médias comvolume de calda de 200 L.ha-¹.

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CEO da Bayer na Argentina diz que governoatua "contra seu próprio povo”

“Há uma clara agenda do governoargentino contra seu própriopovo”. A bombástica afirmação foifeita por ninguém menos que KurtSoland, CEO (diretor executivo)das operações da Bayer naArgentina, Bolívia, Chile, Uruguaie Paraguai.

Há seis meses trabalhando no país vizinho, Soland dissenão entender algumas políticas domésticasimplementadas pelo governo Cristina Kirchner. Segundoele, muitas medidas prejudicam o grande potencial queo país tem para o agronegócio.

“As exportações de trigo são proibidas enquantopoderiam ser uma excelente fonte de renda. Há umcontrole forte dos mercados sem status legal. Não há

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capitalismo ou livre-mercado", resumiu Soland aAgroSouth News.

O executivo suíço tem 56 anos e também foi presidentede um laboratório da Bayer no México. Anteriormente,trabalhou por oito anos na área financeira damultinacional Roche.Fonte: Agrolink //Autor: Leonardo Gottems

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Produção de trigo argentina é prevista em12,5 milhões de toneladas

O Departamento de Agricultura dos EstadosUnidos (USDA) prevê que a produçãoargentina de trigo será de 12,5 milhões detoneladas na temporada 2014/15. A projeçãoconsta estimativas internas da unidade deBuenos Aires do órgão norte-americano, revelao AgroSouth News.

De acordo com a consultoria Trigo & Farinhas, existeum consenso entre produtores de que as chuvasrecentes ajudaram a safra, que está na fase deformação. A colheita de trigo na Argentina acontecemajoritariamente entre Dezembro e Janeiro.

O Chefe de Gabinete da Presidência da Argentina, JorgeCapitanich, anunciou que o governo vai autorizar aexportação de mais 1,5 milhão de toneladas de trigoentre 15 de dezembro de 2014 e março do próximo ano.Capitanich afirmou, no entanto, que a prioridade seguesendo a oferta interna, e as permissões serãoespecíficas considerando o número de hectaresplantados e o volume colhido.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems

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Reunião dos moinhos mineiros sobrecultivares de trigo a serem utilizad a s na

safra de 2015 em Minas Gerais(Resumo da Ata e do Parecer EMBRAPA)

a) Moinhos Participantes: Sete Irmãos, Sul Mineiro,Vera Cruz e Vilma;

b) Análises laboratoriais efetivadas: farinografia,extensografia, alveografia, falling number, teor deglúten, cor de farinha, teor de proteínas e teste depanificação;

c) Sugestão de segregação:

1. Panificação: BR 18, BR 254, CD 150;2. Massas: CD 108, TBIO SINTONIA;3. Doméstico: BR 208 e CD 1164. Observação 1 : O cultivar 264 não deve sermisturado com nenhum outro, pois possui bonsatributos de qualidade para panificação e para massasque são preservados desde que não seja misturado comoutros cultivares.5. Observação 2 : Outras informações ou textointegral da ata da reunião ou Parecer Embrapa podemser solicitados a esta Coordenação, via e-mail. d) Parecer da EMBRAPA TRIGO:

• Em geral, as indicações dos moinhos estão emconsonância com a orientação técnica da EMBRAPATRIGO, para 2014, uma vez que para 2015 ainda não foipublicada nova orientação/classificação de plantio peloMAPA.• No caso de lavouras financiadas, as indicações doMAPA devem ser observadas para cada Estado ouregião.• A EMBRAPA fez restrição à cultivar BRS 208 e àTBIO Sintonia que não constam na

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classificação/indicação do MAPA para Minas Gerais, nocaso de lavouras financiadas.

e) A harmonização entre indústria moageira Xprodutores tem sido uma constante em nossosobjetivos na coordenação do desenvolvimento eimplantação da cultura do trigo no Estado de MinasGerais. (Coordenação do COMTRIGO/MG).Fonte:Ch. de Pesquisa: Ana Christina Sagebin Albuquerque/EmbrapaTrigo.

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CULTURA DO TRIGO(Triticum aestivum)

( Instruções básicas para a implantação de uma lavoura de trigo)

A culturaO trigo é uma gramínea de ciclo anual, cultivadadurante o inverno, podendo ser irrigado ou não, sendoum alimento básico do povo brasileiro, consumido emdiferentes formas como pães, massas alimentícias,bolos e biscoitos. O Brasil é considerado o segundomaior importador mundial de trigo, sendo o Egito oprimeiro maior importador. A produção brasileira atingesomente a cerca de 50% do consumo brasileiro, queatualmente está próximo de 12 milhões detoneladas/ano.

A áreaA área a ser cultivada deve ter boa fertilidade, ser livrede acidez, preferencialmente contar com práticas derotação de culturas, livre de pragas e doenças e que nãosofram inundações para evitar baixos rendimentos. Naárea a ser cultivada é importante que os restos culturaissejam depositados numa faixa equivalente à largura da

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plataforma de corte da colhedora, independentementede serem ou não triturados.

Calagem a adubaçãoAs indicações para correção da acidez de solo e defertilidade são baseadas em resultados de análisesquímicas de solo. Devido a isso, a amostra de solo deveser representativa das condições da lavoura. Asquantidades indicadas de calcário e de fertilizantespressupõem que os demais fatores que influenciam aprodução estejam em níveis satisfatórios. As dosesindicadas objetivam a obtenção de retorno econômicomáximo, em função do uso desses insumos na cultura.Nitrogênio: a quantidade de fertilizante nitrogenado aser aplicar varia, basicamente, em função do teor dematéria orgânica do solo, da cultura precedente e daexpectativa de rendimento de grãos da cultura, sendoesta dependente da interação de vários fatores deprodução e das condições climáticas.A dose de nitrogênio a ser aplicada na semeadura variaentre 15 e 20 kg/ha e o restante deve ser aplicado emcobertura, completando o total indicado. A aplicação denitrogênio em cobertura deve ser realizada entre osestádios de afilhamento e alongamento, quecorresponde ao período entre 30 e 45 dias após aemergência.Observação I: No caso de resteva de milho eespecialmente quando há muita palha, convémantecipar a aplicação em cobertura. Para cultivaresmuito suscetíveis ao acamamento, doses menores queas indicadas devem ser empregadas. Nas regiões declima mais quente, de menor altitude e quando acultura antecessora for a soja, é recomendável,independente do teor de matéria orgânica do solo,restringir a aplicação de N a no máximo 40 kg/ha (base+ cobertura), a fim de evitar danos por acamamento.Nas regiões mais frias e solos com alto teor de matériaorgânica, as doses de N indicadas podem ser

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aumentadas visando a expressão do potencial derendimento.Observação II: Além dos fatores citados, é importanteconsiderar a disponibilidade de N no solo. Assim, ohistórico de cultivo da área, as condições climáticas, aépoca de semeadura, a incidência de doenças e aestatura da cultivar podem afetar o grau de resposta daplanta ao fertilizante nitrogenado aplicado. No sistemade plantio direto tem-se observado que o rendimento dotrigo é maior quando este é cultivado após a soja.

CultivaresA escolha da cultivar adequada é uma decisão que cabeao produtor e/ou técnico, devendo-se levar em conta ascaracterísticas da área, da cultivar e a disponibilidadede semente.A Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo indicaque a semente usada deve ser fiscalizada ou certificadapara conseguir atingir seu maior potencial.Muitas cultivares indicadas para o Rio Grande do Sul epara Santa Catarina são, em grau variável, suscetíveis àgerminação na espiga (que prejudica muito a qualidadeda farinha), quando da ocorrência de chuvas nacolheita.O escalonamento da produção de trigo através dasemeadura de diferentes cultivares e de cultivares emdiferentes épocas, numa mesma propriedade, érecomendado para minimizar os riscos eventualmentecausados por adversidades climáticas.

SemeaduraA densidade de semeadura indicada é de 300 a 330sementes aptas/m2 para cultivares precoces. No finaldo período recomendado, deve-se dar preferência aonível superior de densidade. Essas densidades sãoindicadas tanto para semeadura em linha como a lanço.A semeadura em linha tem algumas vantagens, como adistribuição mais uniforme de sementes; a maioreficiência na utilização de adubo; melhor cobertura da

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semente; menor possibilidade de dano às plantasquando da utilização de herbicidas em pré-emergência.A distância entre as fileiras não deve ser superior a 20cm e a profundidade deve ficar entre 2 cm e 5 cm. Acultura possui um ciclo relativamente curto (100 a 120dias), sendo utilizada em sucessão as culturas de verão(soja, feijão, milho, etc.).

IrrigaçãoA exigência em água pelo cultivo do trigo ao longo dociclo depende do seu potencial de produção. Em médiaproduz-se 8 kg de grãos por milimetro de lâmina deágua aplicado. Por exemplo, uma produtividade de4.800 kg/ha de grãos requererá ao longo do ciclo umalâmina de 600 mm de água. A Irrigação da cultura detrigo deve ser iniciada logo após o plantio e estende-seaté o 102º dia pós semeadura numa média de 24 regasao longo do ciclo.

Tratamento de sementesNa maioria das vezes, mesmo sem apresentar sintomasexternos, as sementes podem estar infectadas porpatógenos. Para evitar a reintrodução de fungos nalavoura, como Bipolaris sorokiniana, Drechslera tritici-repentis e Stagonospora nodorum, recomenda-se otratamento de sementes para o plantio em lavourascom rotação de culturas de inverno ou em áreas novas,independentemente da incidência de B. sorokiniana nasmesmas. Informações sobre os fungicidas recomendadosencontram-se na Seção AGROLINKFITO.

Controle de plantas invasoras, doenças e pragasDevido as condições climáticas adversas, aliadas àsuscetibilidade das cultivares, a cultura de trigo podeter seus rendimentos reduzidos pela competição complantas invasoras e/ou pelo ataque de pragas edoenças. Assim, deve ser realizado um controleintegrado, unindo as diferentes técnicas de manejo a

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fim de se obter a maior produtividade com o menorcusto.A aplicação de agroquímicos é uma prática comum queexige a planificação da lavoura por parte da assistênciatécnica e/ou do agricultor. A adoção desta prática, bemcomo dos produtos a serem utilizados, deve serdecidida anteriormente ao surgimento da doença, pragaou invasora e associada a outras técnicas queassegurem um potencial elevado de rendimento dalavoura. A escolha da cultivar, a prática de rotação deculturas, o tratamento de sementes, poderão serfundamentais para o sucesso da lavoura. Na escolha doproduto recomendado, é importante considerar fatorescomo o modo de ação, eficiência, persistência, aspectostoxicológicos e econômicos.Os produtos indicados para o controle das doenças,pragas e invasoras da cultura do trigo encontram-se nosistema AGROLINKFITO.

ColheitaO processo de colheita é considerado de extremaimportância, tanto para garantir a produtividade dalavoura quanto para assegurar a qualidade final dogrão.Para reduzir perdas quali-quantitativas, algunscuidados devem ser tomados em relação à regulagemda colhedora, lembrando que à medida que a colheitavai sendo processada as condições de umidade do grãoe da palha vão variando, necessitando assim de novasregulagens.Colheita de grãos com umidade ao redor de 13%permitem uma folga de 8 a 10 mm, e rotação em 950rpm. Para colheita de grãos com umidade ao redor de16%, a regulagem ideal exige uma folga entre cilindro ecôncavo de 6 a 7 mm e aumento da rotação do cilindropara 1100 rpm.As lavouras de trigo podem ser colhidasantecipadamente, visando escapar de chuvas namaturação plena, evitando-se o problema de

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germinação na espiga. Nesse caso, para colheita aoredor de 20% de umidade, é aconselhável a regulagemcuidadosa da colhedora. Recomenda-se, nesse caso,folga entre cilindro e côncavo de 6 mm e 1300 rpm derotação no cilindro. Deve-se ter cuidado especial navelocidade e na localização do ar do ventilador,lembrando que tanto a palha quanto o grão estão maispesados.Deve-se dar atenção ao alinhamento e à afiação dasnavalhas da barra de corte e à velocidade do molinete(25% acima da velocidade de deslocamento), poisesses cuidados contribuem para a redução de perdas.

SecagemA secagem é uma operação crítica na seqüência doprocesso de pós-colheita. Como conseqüência dasecagem, podem ocorrer alterações significativas naqualidade do grão.A possibilidade de secagem propicia um melhorplanejamento da colheita e o emprego mais eficiente deequipamentos e de mão-de-obra, mantendo a qualidadedo trigo colhido.O teor de umidade recomendado para armazenar o trigocolhido é da ordem de 13%. Desse modo, todo oproduto colhido com umidade superior à indicada paraarmazenamento deve ser submetido a secagem. Emlotes com mais de 16% de umidade, indica-se asecagem lenta para evitar danos físicos no grão. Atemperatura máxima na massa de grãos de trigo nãodeve ultrapassar 60 °C, para manutenção da qualidadetecnológica do produto. Nos secadores essatemperatura é obtida mediante a entrada de araquecido a mais ou menos 70 °C.A secagem artificial de grãos caracteriza-se pelamovimentação de grandes massas de ar aquecidas atéatingirem temperaturas na faixa de 40 a 60 °C na massade grãos, com o objetivo de promover a secagem degrãos em reduzido período de tempo.

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ArmazenamentoOs principais aspectos que devem ser cuidados noarmazenamento de trigo, uma vez limpo e seco, são: aspragas que atacam os grãos, danificando-os e muitasvezes dificultando a comercialização; os fungos quepodem produzir micotoxinas nocivas ao homem eanimais; e, os fatores que influenciam a qualidadetecnológica.

Anexo 1. Tipificação do trigo segundo a InstruçãoNormativa nº 7, de 15 de agosto de 2001, do Ministérioda Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Tipo

Peso dohectolitro(kg/hL)

(% mín.)

Umidad

e(%máx

.)

Matériasestranhas eimpurezas(% máx.)

Grãos avariados

Grãosdanifica

dospor

insetos(%

máx.)

Pelo calor,mofados e

ardidos(% máx.)

Chochos,triguilhos equebrados(% máx.)

1 78 13 1,00 0,50 0,50 1,50

2 75 13 1,50 1,00 1,00 2,50

3 70 13 2,00 1,50 2,00 5,00

A classificação comercial estima a aptidão tecnológicado trigo. No anexo a seguir são indicados usostecnológicos do trigo, por produto, baseados nosvalores de força geral de glúten (W), de relaçãotenacidade/extensibilidade (P/L) e de número de queda(NQ).

Anexo 2. Indicações de características de qualidade porproduto à base de trigo.

Produto W1(10-4J) P/L2 Número de queda(segundos)

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Bolo 50-150 0,40-1,00 >150

Biscoitos 50-150 0,40-1,00 >150

Cracker 250-350 0,70-1,50 225-275

Pão francês 180-250 0,50-1,20 200-300

Uso doméstico 150-220 0,50-1,00 200-300

Pão de forma 220-300 0,50-1,20 200-300

Massas alimentícias >200 1,00-3,00 >250

1Força geral de glúten, expressa em 10-4Joules.2Relação entre tenacidade (P) e extensibilidade (L).

Fonte: AGROLINK

========================================================================Nota: Maiores informações ou quaisquer dúvidas, noscolocamos ao inteiro dispor. A Coordenação doCOMTRIGO/MG, Fone: (031)3349.8083-BH/MG,E-mail: [email protected].

============================================================================================

M oinhos Mineiros: 6. Vilma Alimentos (Belo Horizonte / Contagem)Praça Louis Ensch, 160 – Cidade Industrial –Contagem/MGContato: Sérgio Macedo de MouraFone: (31) 3368.3337E-mail: [email protected]. Moinho Sete Irmãos (Uberlândia) Rua Salvador, 350 – Bairro Brasil - Uberlândia/MG CEP: 34400-638 Contato: Eliomar Reis / Raphaela MendesFone: (34) 3233.6600E-mail: [email protected]

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8. Moinhos Vera Cruz (Santa Luzia)Av. Ângelo Teixeira da Costa, 1077 – Bairro Frimisa – Santa Luzia/MG Fone: (31) 3641.6167CEP: 33045-170Contatos: Adirlei Pereira, Edson Csipai e Alexandre CostaFones: (21) 2507.1579 – (21) 8811.2914 - E-mail: [email protected] Moinho Sul Mineiro (Varginha)Rua Tiradentes, 933 – Bairro: Vila Mendes – Varginha/MGCEP: 37002-200Everson G. Sanchesi Fone: (35) 3219.5919everson @moinhosulmineiro.com.br

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LEMBRETE:

No período de 1 a 4/12/2014, serárealizada a tradicional Reunião Técnica doTrigo em Uberaba/MG. MaioresInformações serão dadas no próximonúmero.

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Informativo COMTRIGO 21

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PROGRAMA DEDESENVOLVIMENTO DA

COM P ETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DO TRIGO EM MINAS

GERAIS (COMTRIGO/MG)

Lindomar Antonio Lopes Coordenador Estadual do COMTRIGO/MGAssessoria da Presidência da EMATER/MGAv. Raja Gabaglia, 1626 – Bairro Gutierrez

Belo Horizonte/MGCEP: 30441-194

Informativo COMTRIGO 22

Page 23: Informativo comtrigo n 283

Fone: (31) 3349-8083 [email protected]

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