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88 ISSN 1678-1953 Agosto, 2006 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Cultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

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88ISSN 1678-1953Agosto, 2006

Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evoluçãoda Cultura no Estado doRio Grande do Norte entre 1990 e 2004

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Documentos 88

Manuel Alberto Gutiérrez CuencaCristiano Campos NazárioDiego Costa Mandarino

Aracaju, SE2006

ISSN 1678-1953

Agosto, 2006Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaCentro de Pesquisa Agropecuária dos Tabuleiros CosteirosMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Aspectos Agroeconômicosda Cultura do Milho: Carac-terísticas e Evolução daCultura no Estado do RioGrande do Norte entre1990 e 2004

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Disponível em: http://www.cpatc.embrapa.br

Embrapa Tabuleiros CosteirosAv. Beira Mar, 3250, Aracaju, SE, CEP 49025-040Caixa Postal 44Fone: (79) 4009-1300Fax: (79) [email protected]

Comitê Local de Publicações

Presidente: Edson Diogo TavaresSecretária-Executiva: Maria Ester Gonçalves MouraMembros: Emanuel Richard Carvalho Donald, José Henrique deAlbuquerque Rangel, Julio Roberto Araujo de Amorim, RonaldoSouza Resende, Joana Maria Santos Ferreira

Supervisor editorial: Maria Ester Gonçalves MouraNormalização bibliográfica: Josete Cunha MeloTratamento de ilustrações: Maria Ester Gonçalves MouraFoto(s) da capa: Milton José CardosoEditoração eletrônica: João Henrique Bomfim Gomes1a edição

Todos os direitos reservados.A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou emparte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Embrapa Tabuleiros Costeiros

Cuenca, Manuel Alberto GutiérrezAspectos agroeconômicos da cultura do milho: características e

evolução da cultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e2004 / Manuel Alberto Gutiérrez Cuenca, Cristiano Campos Nazário,Diego Costa Mandarino. - Aracaju : Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2006.

32 p. : il. color. - (Documentos / Embrapa Tabuleiros Costeiros, 88)

Disponível em http://<www.cpatc.embrapa.br> ISBN 1678-1953

1. Milho - Economia. 2. Milho - Rio Grande do Norte. I. Cuenca,Manuel Alberto Gutiérrez. II. Nazário, Cristiano Campos. III. Mandarino,Diego Costa. IV.Título. V. Série.

CDD 633.15© Embrapa 2006

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Manuel Alberto Gutiérrez CuencaEconomista, M. Sc. em Economia Rural, Pesquisador daEmbrapa Tabuleiros Costeiros,Caixa Postal 44, Av. Beira Mar 3250,Aracaju, SE, CEP 49025-040E-mail: [email protected],

Cristiano Campos NazárioEstudante de Economia da Universidade Federal deSergipe, Estagiário da Embrapa Tabuleiros CosteirosE-mail: [email protected]

Diego Costa MandarinoEstudante de Economia da Universidade Federal deSergipe, Estagiário da Embrapa Tabuleiros CosteirosE-mail: [email protected] [email protected]

Autores

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Sumário

Aspectos conjunturais da cultura do milho ..................... 8

Situação da cultura no Brasil .................................................... 10

Evolução da produção de milho no Estado do Rio Grande doNorte de 1990 a 2004 ................................................ 15

Evolução da área colhida com milho no Estado do Rio Gran-de do Norte de 1990 a 2004 .................................................... 19

Evolução do rendimento com milho no Estado do Rio Gran-de do Norte de 1990 a 2004 .................................................... 21

Considerações Finais .................................................................. 22

Referências Bibliográficas ......................................................... 24

Anexos ........................................................................................... 25

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Aspectos Agroeconômicosda Cultura do Milho:Características e Evoluçãoda Cultura no Estado doRio Grande do Norte entre1990 e 2004Manuel Alberto Gutiérrez CuencaCristiano Campos NazárioDiego Costa Mandarino

No Estado do Rio Grande do Norte, a cultura do milho (Zea mays L.) é praticadaconsorciada com outras culturas, predominando o sistema de consórcio comfeijão (IBGE, 2005a). O seu cultivo é pouco tecnificado, devido ao fato de acultura ser utilizada basicamente para subsistência da maioria dos gruposfamiliares, com utilização apenas de mão-de-obra própria. Em virtude da suadescapitalização, não conseguem contratar trabalhadores fora da propriedade e,geralmente, por falta de garantias reais, os bancos não lhes concedem nenhumtipo de crédito agrícola (CUENCA,1997, 1998,2000).

O milho é muito importante no Rio Grande do Norte, seja sob o ponto de vistaalimentar, ou como opção econômica de exploração agrícola em pequenaspropriedades familiares, sendo importante, também, como atividade de ocupaçãoda mão-de-obra agrícola familiar.

As pequenas propriedades são determinantes na produção com a cultura, hajavista que, no Rio Grande do Norte, cerca de 57% da área colhida com milho élocalizada em propriedades de até 50 hectares. O milho também gera renda eemprego no setor agrícola estadual por ser cultivável em todas as regiões e porse adaptar facilmente aos diversos tipos de solo e clima existentes no Estado.

Levando em consideração a importância que essa cultura tem para o Rio Grandedo Norte, decidiu-se elaborar este trabalho que visa a: 1) analisar as característi-cas conjunturais da cultura do milho; 2) analisar a evolução da área colhida, daquantidade produzida e do rendimento por hectare da cultura no Estado do Rio

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8 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Grande do Norte; 3) avaliar as diferentes contribuições de cada município emrelação ao Estado, entre 1990 e 2004.

Aspectos conjunturais da culturado milho

O milho lidera o volume de produção de grãos no mundo. Em 2004, foramproduzidos por volta de 721 milhões de toneladas, sendo movimentados nomercado internacional mais de 70 milhões de toneladas anuais. A América doNorte liderou a produção alcançando, no ano de 2004, mais de 43% daprodução mundial, a Ásia respondeu por 26%, a Europa gerou 13%, a Américado Sul produziu 9% e a África, 6%.

A produção mundial de milho, entre 1990 e 2004, apresentou evolução de49%, sendo que foi na América do Sul onde houve maior aumento de produçãonesse período, chegando a 106%, seguida pela América do Norte, onde o totalcolhido aumentou 37%. Na África o aumento ficou em 15% (FAO, 2005).

A contribuição dos principais países na produção mundial, entre 1990 e 2004,também apresentou oscilações no que se refere à participação na composição dototal mundial.

Em 1990, os maiores produtores eram os Estados Unidos, com 43%, e a China,que respondia por 21%. O Brasil ocupava o terceiro lugar entre os principaisprodutores, contribuindo com apenas 4% da produção mundial (FAO, 2005).

Em 2004, os países com maior contribuição na produção mundial foram:Estados Unidos, China, Brasil, México, França, Argentina, Romênia, Índia,Indonésia e Itália. Esses dez países responderam naquele ano, por aproximada-mente, 80% da produção mundial de milho, uma cultura praticada em aproxima-damente 135 países (FAO, 2005).

A contribuição dos países mais expressivos na produção mundial de milho, em2004, é apresentada na Figura 1.

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9Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Argentina2%

França2%

Italia2%

Romenia2%

México3%

Brasil6%

Estados Unidos 42%

China18%

India2%

Indonesia2%

Outros Países20%

Fig. 1. Participação dos principais países na produção mundial de milho em 2004

Fonte: FAO - 2005.

Em 2004 foram colhidos, no mundo, cerca de 147 milhões de hectares demilho, sendo a maior parte no continente asiático (31%). Na América do Norteconcentravam-se 21%; na África, 18%; na América do Sul, 12% e na Europa,11%.

A área colhida com milho no mundo, entre 1990 e 2004, apresentou evoluçãode 12%, sendo que na América do Sul houve um aumento de 14%; na Américado Norte a área colhida com milho se expandiu 10% e na África a expansão foide 8%.

O rendimento mundial da cultura, entre 1990 e 2004, evoluiu 33%. A Américado Sul apresentou o maior aumento de rendimento nesse período, chegando a81%; na América do Norte o aumentou ficou em 40%; na América Central,21% e na Oceania, 11%. No continente africano foi onde a cultura registroumenor evolução no rendimento (7%) (FAO, 2005).

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10 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Situação da cultura no Brasil

No Brasil existem atualmente 38 milhões de hectares plantados com lavourasanuais, das quais, aproximadamente 13 milhões de hectares são ocupados commilho que, ao lado da soja, é um dos cultivos anuais com maior área cultivadano país. A cultura do milho é desenvolvida em todo o território nacional, com autilização das mais diversas tecnologias. Estima-se que aproximadamente 20%da produção sejam destinados ao autoconsumo nas unidades produtoras. Omilho participa, em média, com 64% e 66% na composição da ração destinadaà avicultura e à suinocultura, respectivamente (AGRIANUAL, 2003).

Segundo dados da FAO, no período entre 1990 e 2004, o Brasil registrou umaumento de 94% na quantidade produzida de milho e uma expansão de apenas9% na área colhida. Esses números comprovam que o aumento na quantidadeproduzida deveu-se, principalmente, à elevação da produtividade, o qual teve umimpulso de 80% no mesmo período (FAO, 2005).

Em 1990, 55% da produção brasileira de milho originavam-se na Região Sul;25%, no Sudeste; 15%, no Centro-Oeste; 3% no Nordeste e 2% no Norte. Em2004, as participações na produção nacional das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte foram de 42%, 26%, 23%, 7% e 2%, respectivamen-te, mantendo-se, portanto, a supremacia da Região Sul na geração da produçãode milho brasileiro. (IBGE, 2005).

A distribuição regional da área cultivada com milho no Brasil, em 1990, era daseguinte maneira: 42% localizavam-se na Região Sul, 24% ficavam no Sudeste;no Centro-Oeste, concentravam-se 19%, no Nordeste 12% e no Norte 3%. Em2004, houve suave queda na contribuição das duas principais regiões produto-ras, assim como pequeno crescimento na contribuição das outras três regiões,como pode ser observado na Figura 2, onde estão os dados da participaçãoregional na produção, área e valor da produção de milho no Brasil, nos anos de1990 e 2004.

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11Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

55%

25%

15%

3%2%

42%

26%

23%

7%2%

42%

24%

19%

12%

3%

36%

20%

18%

22%

4%

50%

30%

12%

6%2%

44%

26%

19%

8%3%

prod 1990 prod 2004 área 1990 área 2004 valor 1990 valor 2004

Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte

Fig. 2. Participação regional na produção, área colhida e valor da produção brasileira

de milho em 1990 e 2004.

Fonte: IBGE,2005b.

Em escala estadual, o Paraná gerou no ano de 1990 a maior parte do milhobrasileiro (23%), seguido pelos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina,São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A partici-pação dos principais Estados produtores de milho é apresentada na Figura 3.

P araná23%

C eará1%

Outro s Estado s3%

B ahia1%

M aranhão1%

Espírito Santo1%

P ará1%

Go iás9%

M ato Gro sso3%

M ato Gro sso do Sul3%

M inas Gerais11%

Santa C atarina13%

São P aulo12%

R io Grande do Sul18%

Fig. 3. Participação por Estado na produção brasileira de milho em 1990.Fonte: IBGE,2005b.

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12 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Em 2004 continuou a supremacia do Estado do Paraná, seguido de MinasGerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina eMato Grosso do Sul. A participação dos principais Estados produtores no totalbrasileiro, é apresentada na Figura 4.

Paraná26%

OUTROS ESTADOS

3%

Ceará1%

Maranhão1%

Pará1%

Bahia4%

Rio Grande do Sul8%

Santa Catarina8%

Mato Grosso do Sul

6%Mato Grosso

8%

Goiás8%

São Paulo11%

Minas Gerais14%

Fig. 4. Participação por Estado na produção brasileira de milho em 2004.

Fonte: IBGE,2005b.

A maior parte dos plantios de milho utilizando cultivo isolado e sistemas deirrigação, geralmente automatizados, está situada nas Regiões Sul, Sudeste eCentro-Oeste; o milho também pode ser desenvolvido em cultivo intercalado,principalmente com feijão, podendo ser associado também, com varias culturasde ciclo curto, tais como: fumo, amendoim, inhame, mandioca etc. Este métodoprocura maximizar o uso da área por hectare e, naturalmente, eleva as possibili-dades de adquirir maior renda por unidade produtiva, principalmente na RegiãoNordeste, onde o milho é explorado, geralmente, em áreas menores que osmódulos correntemente usados no Sul, Sudeste e Centro-Oeste (IBGE, 2005a).

Pode-se verificar que, quanto maior o tamanho da propriedade, melhor é adiluição dos custos fixos, sendo que, na safra 1999/2000, o custo médio porsaco numa propriedade de 150ha foi de US$ 5,40 e de US$ 4,94 para proprie-dades com área de 450 ha (AGRIANUAL, 2000). Isto se justifica pelo fato deque a pequena propriedade leva desvantagem, principalmente na diluição docusto fixo e no investimento liquido por hectare, como no caso do impactocausado pelo custo da mecanização, que é maior na pequena propriedade, que

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13Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

tem custo adicional do aluguel da máquina, já que não vale a pena o pequenoprodutor adquirir uma colheitadeira automotriz.

A forma de exploração (em consórcio e milho solteiro) e os níveis de tecnologiaaplicados são os determinantes na produção de receita por unidade de áreaexplorada. Em 2001, a média de rentabilidade pela milhocultura no Brasil foi deR$ 512,16 por hectare; na Região Nordeste foi de R$ 185,08 por hectare,enquanto nas regiões Sudeste e Sul esse valor foi de R$ 562,71 e R$ 628,40por hectare, respectivamente. (IBGE, 2005b).

No Nordeste, devido às diferentes condições edafoclimáticas e sistemas deprodução utilizados pelos pequenos, médios e grandes produtores fazem comque alguns Estados registrem produtividades e rentabilidade por hectare muitoabaixo da média brasileira, como é o caso de Bahia, que atingiu os R$ 342,60por hectare, seguido dos Estados de Sergipe, com R$ 206,66; Maranhão, comR$ 196,51; Piauí, com R$ 113,22; Paraíba, com R$ 105,55; Rio Grande doNorte, com R$ 52,62 e Pernambuco, com R$ 48,88 por hectare, em 2001(IBGE, 2005b).

Os produtores brasileiros de milho sofrem a cada ano, em função do aumentodos custos de produção. Eles têm a desvantagem de não terem o preço de vendaformado em dólar, como no caso da soja, enquanto os insumos utilizados sãoregidos pela variação cambial.

Por outro lado, a desvalorização da moeda brasileira, ocorrida no final de 1998,privilegiou indiretamente os produtores de milho, já que no curto prazo, devido àmudança do cenário econômico provocada por essa desvalorização, fez com queos setores da produção animal, grandes consumidores de rações preparadas abase do milho, aumentaram a demanda de rações para incrementar as exporta-ções de carne (AGRIANUAL, 2000).

Os preços pagos aos produtores de milho, entre 1993 e 2001, apresentaramquedas constantes. Assim, a auto-sustentabilidade do produtor de milho é muitodelicada, pois os preços, em algumas regiões, chegaram a cair em quase àmetade, em comparação aos existentes em 1993, como foi o caso da RegiãoSudeste (São Paulo), onde se registrou queda de 47%; no Paraná caíram 42%,em Goiás declinaram 42% e no Rio Grande do Sul, a queda foi de 41% (Tabela

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14 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

**Média anual em dólares deflacionados segundo o Índice de Preços no Varejo(CPI-U)Fonte: Agrianual, 2003.

Tabela 1. Média** dos preços pagos ao produtor de milho nas principaisregiões produtoras do país 1993 a 2002– US$/saca de 60 kg

Estados

São PauloParanáGoiásRio Grande do Sul

1993

8,717,757,328,2

1994

8,587,587,118,07

1995

7,956,637,057,52

1996

7,957,966,938,72

1997

6,436,065,816,46

1998

7,386,525,987,15

1999

5,124,714,195,43

2000

7,006,085,896,23

2001

3,973,673,503,90

2002

4,584,514,284,87

Com as alterações na moeda argentina, sucedidas no ano de 2001, as importa-ções de milho ficaram mais acessíveis e baratas, isso fez com que os preçosinternos apresentassem redução naquele ano.

Já no último biênio (2001/2002), ocorreu uma recuperação nos preços pagosao produtor, devido ao desequilíbrio entre oferta e demanda, ocasionado pelaqueda da safra de verão a partir de 2001 e a quebra da safrinha de 2001/2002,devido a problemas climáticos nos principais estados produtores. Outro fator demelhoria nos preços pagos ao produtor, nesse biênio, foi a elevação na demandade grãos por parte da avicultura e suinocultura que, em 2002, responderam por52% e 32% do total do consumo animal de milho, respectivamente(AGRIANUAL, 2003). A desvalorização do real perante o dólar influenciouduplamente o mercado do milho, por um lado, impedindo a importação, princi-palmente da Argentina, de onde vieram 1.516.325 toneladas em 2000 eapenas 24.931 toneladas em 2002 e por outro lado, o alto valor do dólarestimulou as exportações, chegando a 5,63 milhões de toneladas em 2001.Para 2002, previam-se exportações insignificantes, devido ao reduzido saldo dasafra 2001; mas, o total de 1,53 milhões de toneladas, exportadas nos primei-ros sete meses de 2002, contrariou totalmente as expectativas iniciais. A grandequantidade das exportações, somada à diminuição de área plantada (1a safra) apartir da safra 2000/2001, devido ao crescimento do plantio de soja, segura-mente trouxe problemas de abastecimento em 2003, resultando uma elevaçãonos preços do produto no início desse ano. Isto pôde propiciar oportunidade demelhores ganhos aos produtores da segunda safra, assim como aos produtoresnordestinos, que fazem seus plantios coincidindo com a segunda safra do Sul eSudeste (AGRIANUAL, 2003).

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15Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Como dito anteriormente, em situações de desequilíbrio entre a oferta e ademanda, os preços internos do milho ficam acima dos da paridade internacional,o que não acontece com os produtos destinados ao mercado internacional, comoa soja. Assim os produtores de milho terão uma espécie de reserva de mercado,pois como as despesas de importação são elevadas (fretes, taxas, cambio, etc.)o produto importado, posto na indústria, custa aproximadamente US$7,00/saca,muito acima do preço pago ao produtor brasileiro, podendo este último atingir olimite do mencionado preço de importação.

Em médio e longo prazos há preocupação mundial de produzir bioenergia, comoo caso do incentivo dado nos Estados Unidos para a produção de álcool demilho, a ser aproveitado como aditivo natural nos combustíveis para veículos,gerando, com certeza, modificações no mercado internacional de milho e segura-mente favorecendo as exportações brasileiras nos próximos anos.

O Brasil, tradicionalmente, comercializa o excedente da produção. Mas, além deocupar na atualidade o quarto lugar no ranking mundial, deverá tornar-se oterceiro maior exportador de milho daqui a dez anos (AGRIANUAL, 2004).

Alguns analistas de mercado estimam projeções de queda na relação entreestoque e consumo mundial, caindo de 12% em 2004/05 para 10% em 2012/13. Com base nessas projeções, os preços do milho no mercado internacionaldeverão alcançar níveis mais altos em longo prazo, valorizando-os em 30%.Essa situação oferece ao Brasil a oportunidade única e exclusiva de aumentarainda mais sua produção e participação no mercado internacional, avançandosobre as áreas atualmente cultivadas com a soja e outras culturas (AGRIANUAL,2004).

Evolução da produção de milho noEstado do Rio Grande do Norte de1990 a 2004

A cultura do milho no estado do Rio Grande do Norte de forma geral concentra-se em pequenas propriedades, pois segundo o Censo Agropecuário de 1996,cerca de 57% da área estadual com milho concentrava-se em propriedades comárea menor a 50ha. Entre os municípios que mais participam na produçãoestadual observa-se que em alguns deles tais como Baraúna, Mossoró e Apodi a

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16 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

1 Valores calculados a partir da tabela 3, em anexo.

concentração de área colhida com milho em propriedades menores de 50haatinge porcentuais acima dos 43%. Em alguns municípios potiguares o estratode propriedades com área entre 50ha e 200ha é muito significativo como é casodos municípios de Ipanguaçu, Alto do Rodrigues e Carnaúbas.

Observa-se que em muitos municípios potiguares a cultura assume papelfundamental na agricultura familiar, com predomínio de pequenas propriedades1.

A concentração de área por grupo de área cultivada com milho no Rio Grande doNorte e nos principais municípios produtores é mostrada na Figura 6.

57%

20%

17%

7%

46%

26%

15%

13%

49%

20%

22%

9%

68%

16%

9%

8%

43%

31%

26%

87%

9%

3%1%

51%

24%

18%

27%

63%

9%

47%

24%

22%

5%

1000 a < 5000 ha

200 a < 1000 ha

50 a < 200 ha

< de 50 ha

Figura 6 - Concentração de área colhida com milho por grupo de área no Rio Grande

do Norte e nos principais municípios produtores em 1996.

Fonte: Censo Agropecuário do Brasil, 1996-IBGE.

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17Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

O Estado do Rio Grande do Norte, segundo dados estatísticos do IBGE, produ-ziu 7.736 toneladas de milho em 1990, aumentando sua produção em 1997(43.170 toneladas) e subindo, ainda mais, em 2004 (60.570 toneladas). Ocultivo do milho demonstrou ser de fundamental importância na sobrevivência daagricultura familiar potiguar, encontrando-se presente em quase todos osmunicípios do Estado, ainda que, em alguns municípios, sua presença sejainexpressiva. O município de Campo Redondo aparece, em 2004, como princi-pal produtor estadual, produzindo por volta de 2.400 toneladas de milho;todavia, no inicio da década, este município apresentava uma produção de 9toneladas.

Em relação à evolução da produção de milho no Estado do Rio Grande do Norte,pode-se perceber que o Estado apresentou uma evolução de 683%, no períodoentre 1990 e 2004. A produção dos principais municípios sofreu oscilaçõespositivas no decorrer do período em estudo. O município de Lajes Pintadas foi oque sofreu a maior evolução da produção entre os principais municípios, com53.900%, em seguida aparecem os municípios de: Presidente Juscelino, com30.900%; Campo Redondo, 26.567%; Bom Jesus, 21.500%; Santa Cruz,17.400%; Doutor Severiano, 3.567%; São Pedro, 2.440%; Apodi, 1.578% eLagoa Salgada, 943%.

Separando-se a análise dos dados de evolução em dois períodos iguais (1990/1997 e 1997/2004), observa-se que, no primeiro período, o Estado do RioGrande do Norte apresentou evolução de 458%. O município de Lajes Pintadas,com incremento de 39.800%, foi o destaque do primeiro período, seguido deCampo Redondo, com 21.400% e Presidente Juscelino, com 20.167%. Noperíodo compreendido entre 1997 e 2004, o Estado do Rio Grande do Norteapresentou aumento de 40% na produção. Em relação aos principais municípiosprodutores de milho, a maior evolução foi apresentada pelo município de Alto doRodrigues, com 2.638%, vindo em seguida os municípios de: Ipanguaçu, com1.576%; São Pedro, 388%; Apodi, 340%; Doutor Severiano, 329% e SantaCruz, com 247%.

Em relação à participação de cada município na produção estadual pode-seconstatar que, em 1990, o município de São Miguel era o líder na produção demilho no Estado do Rio Grande do Norte, contribuindo com 19% da produçãoestadual, vindo em seguida os municípios de Nova Cruz e Ipanguaçu, com 6%,cada, sendo seguidos pelos municípios de Coronel João Pessoa e Santo Antô-

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18 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Januário Cicco 3%

Santo Antônio 4%

Serra de São Bento

3%

Serrinha 3%

Coronel João Pessoa

4%

Ipanguaçu 6%

São Miguel 19%

Nova Cruz6%

Açu 3%

Passa e Fica 3%

Outros Mun46%

Fig. 6. Participação percentual dos principais municípios na produção de milho no Rio

Grande do Norte, 1990.

Fonte: IBGE – 2005b

Em 2004, o município de Campo Redondo passou a ser o grande produtorestadual, participando com 4% de toda a produção de milho no Estado do RioGrande do Norte - observando que, em 1990, este município possuía umaparticipação quase nula - seguido pelos municípios de Santa Cruz, São Miguel,Apodi, Doutor Severiano, Baraúna, que participaram com 3% da produçãoestadual.

Os percentuais de participação dos principais municípios na produção de milhodo Rio Grande do Norte em 2004, são apresentados na Figura 7.

nio, com 4%, cada. Os percentuais de participação dos principais municípios naprodução de milho do Rio Grande do Norte em 1990, são apresentados naFigura 6.

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19Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Outros Mun70%

Quixadá2% Novo Oriente

2%

Brejo Santo 4%

Crateús 5%

Mauriti 4%

Parambu3%Canindé

2%

Porteiras 2%

Milagres3%

Tauá 3%

Fig. 7. Participação percentual dos principais municípios na produção de milho no Rio

Grande do Norte, 2004.

Fonte: IBGE – 2005b

Evolução da área colhida com mi-lho no Estado do Rio Grande doNorte de 1990 a 2004

O Estado do Rio Grande do Norte registrou evolução na área colhida com milho,passando de 40.755ha em 1990, para 87.143ha em 2004. Este acréscimo deárea colhida representou um aumento de 114% na quantidade de hectares com acultura, no período de 1990 a 2004.

A área estadual sofreu oscilações no decorrer do período, apresentando elevaçãona maioria dos municípios. O município de Senador Elói de Souza demonstrou amaior evolução entre os principais concentradores de área colhida no período(1.083%), vindo a seguir os municípios de: Bom Jesus, com 917%; PresidenteJuscelino, 806%; Apodi, 568%; Coronel Ezequiel, 413%; Lagoa Salgada,317%; Santa Cruz, 309% e Campo Redondo, com 299%.

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20 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Dividindo-se a série histórica em estudo em dois períodos iguais, 1990/1997 e1997/2004, observa-se que, entre 1990 e 1997, o Estado do Rio Grande doNorte apresentou evolução de 155%, sendo que o município de Bom Jesus foio mais representativo em termos de evolução (747%), seguido de Apodi, com659%. O município de Presidente Juscelino ficou com evolução de 599% eCampo Redondo, com 528%.

No segundo período, compreendido entre 1997/2004, o Estado do Rio Grandedo Norte demonstrou queda de 14% em sua área colhida. O município queapresentou a maior evolução foi Doutor Severiano com incremento de 286% naárea colhida com a cultura, vindo em seguida São Pedro, com 171%; SenadorElói de Souza, 99%; João Câmara, 97%; Santa Cruz, 95%; Januário Cicco,86%; Lagoa d’Anta, 43%; Presidente Juscelino, 30% e Bom Jesus, com 20%.

Examinando-se os municípios com maior produção no Estado do Rio Grande doNorte em 1990, percebe-se que o município de São Miguel, concentrava o maiorpercentual de participação na área colhida estadual, com 16%, seguido pelosmunicípios de: Nova Cruz, com 6%; Santo Antônio, com 4% e Florânia,Januário Cicco, Serrinha e Parelhas que ficaram com 3%, cada (IBGE, 2005).

A concentração de área cultivada com milho dos demais municípios do RioGrande do Norte em 1990, é apresentada na Figura 8.

Serrinha 3% Januário Cicco

3%

São José do Campestre

2%

Parelhas3%

Florânia 3%

Santo Antônio 4%

São Miguel 14%

Nova Cruz6%

Passa e Fica 2%

Serra de São Bento

2%

Outros Mun 58%

Fig. 8. Participação percentual dos principais municípios do Rio Grande do Norte na

área colhida com milho, em 1990.

Fonte: IBGE – 2005b

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21Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Em 2004, a área determinada para a colheita do milho sofreu elevação namaioria dos municípios. O município de Santa Cruz, Campo Redondo, Apodi eSão Miguel passaram a serem os principais concentradores de área colhida commilho (3%, cada). A concentração de área dos demais municípios do Rio Grandedo Norte é apresentada na Figura 9.

Outros Mun 76%

Nova Cruz2%

Bom Jesus 2%

Campo Redondo 3%

Santa Cruz 3%

Apodi 3%

São Miguel 3%

Januário Cicco 2%

Senador Elói de Souza

2%

Baraúna 2%Doutor Severiano

2%

Fig. 9. Participação percentual dos principais municípios do Rio Grande do Norte na

área colhida com milho, em 2004.

Fonte: IBGE – 2005b

Evolução do rendimento com milhono Estado do Rio Grande do Nortede 1990 a 2004

Em 1990, o Estado do Rio Grande do Norte apresentava um rendimento médiode 189kg/ha. Os municípios que apresentaram as maiores produtividades entreos principais municípios produtores foram: Ipanguaçu, com 2.200kg/ha cada;Lagoa Salgada, com 300kg/ha; Apodi, com 298kg/ha e São Miguel, com250kg/ha.

Em 2004, os milharais potiguares passaram a obter produtividades médias de695kg/ha; naquele ano, os principais municípios produtores que obtiveram osmaiores rendimentos com a cultura foram: Ipanguaçu e Alto do Rodrigues, com

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22 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

2.200kg/ha; Doutor Severiano, com 1.000kg/ha; São Miguel e Lajes Pintadas,com 900kg/ha; Baraúna, com 845kg/ha; Campo Redondo, com 800kg/ha;Apodi e Lagoa Salgada, com 750kg/ha; Mossoró e São Pedro, com 749kg/ha eBom Jesus, com 720kg/ha.

O Estado do Rio Grande do Norte apresentou, no período entre 1990 e 2004,uma evolução de 268% na produtividade da cultura do milho. Os municípiosprincipais produtores no Estado evoluíram seu rendimento, entre 1990 e 2004,nos seguintes porcentuais: Lajes Pintadas, com 7.400%; Campo Redondo,7.173%; Santa Cruz, 4.275%; Presidente Juscelino, 3.429%; Bom Jesus,2.082%; São Pedro, 1.398%; Doutor Severiano, 900% e São Miguel, com260%. As diferenças dessas produtividades municipais devem-se, principalmen-te, às diferentes condições edafoclimáticas e também as diferentes tecnologias esistemas produtivos usados pelos produtores em cada um dos municípiospotiguares.

Analisando-se o período compreendido entre 1990 e 1997, pode-se perceberque o Estado do Rio Grande do Norte demonstrou aumento de 120%, sendoque os municípios mais evoluíram naquele período foram: Campo Redondo, comevolução de 3.618%, seguido de Lajes Pintadas, com 2.942%; PresidenteJuscelino, 2.888%; Santa Cruz, 2.363%; Bom Jesus, 1.276%; DoutorSeveriano, 798%; São Pedro, 732%; São Miguel, 260%; Lagoa Salgada,164% e Januário Cicco, com 140%.

Quando se observa o período de 1997 a 2004, o Estado apresenta umaevolução de 67%, tendo como destaque os municípios de Alto do Rodrigues,com evolução de 1.000%; Mossoró, 732%; Ipanguaçu, 633%; Baraúna,604%; Apodi, 400%; Lajes Pintadas, 147%; Campo Redondo, 96% e SãoPedro, com 80%.

Considerações Finais

O milho é cultivado em todo o Brasil e sua área cultivada vem aumentando nosúltimos anos, chegando aos 13 milhões de hectares em 2004, representando25% do total da área cultivada com culturas temporárias.

Entre as regiões produtoras, a Região Sul é a de maior destaque, produzindoquase a metade do total produzido no país.

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23Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Na Região Nordeste a rentabilidade da cultura é muito baixa, devido, em grandeparte, aos baixos preços pagos pelo produto aos produtores.

No Estado do Rio Grande do Norte a cultura do milho é desenvolvida, geralmen-te, associada ao feijão e a outras culturas de subsistência, por pequenos produ-tores familiares, predominando os estratos de área menores que 50ha.

No Estado do Rio Grande do Norte a cultura apresentou uma evolução naprodução de 683%, no período entre 1990 e 2004.

A produtividade estadual ainda é baixa, mas progrediu muito passando de 189/kg/ha, em 1990, para 695kg/ha, em 2004, devido principalmente ao uso denovas tecnologias por parte dos produtores potiguares.

Em relação à participação de cada município na produção estadual, pode-seconstatar que, em 1990, o município de São Miguel era o líder na produção demilho no Estado do Rio Grande do Norte, contribuindo com 19% da produçãoestadual; já em 2004, foi o município de Campo Redondo que passou a ser ogrande produtor estadual, participando com 4% de toda a produção de milho noEstado.

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24 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Referências Bibliográficas

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CUENCA, M.A.G. Diagnóstico agrossocioeconômico da agropecuária no municí-pio de Barra dos Coqueiros. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 1998. 9p.(Embrapa Tabuleiros Costeiros. Comunicado Técnico 20).

CUENCA, M.A.G. Perfil agrossocioeconômico dos produtores de coco domunicípio de Conde-BA. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2000. 14p.(Embrapa Tabuleiros Costeiros. Documentos 25).

FAO. Fundation Agricultural Organization, Roma :FAOSTAT Database Gateway– FAO. Disponível: http://apps.fao.org – consultado no mês de dezembro de2005.

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IBGE - PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL IBGE- Rio de Janeiro: IBGE -Sistema IBGE de recuperação automática – SIDRA. Disponível: http://www.ibge.gov.br – consultado no mês de dezembro de 2005b.

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25Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Anexos

Quantidade Produzida (tonelada) Área Colhida (hectare)

1990 1997 2004 1990 1997 2004

Tabela 2. Produção de milho e área colhida com o milho nos municípios do RioGrande do Norte 1990, 1997 e 2004.

Continua...

Rio Grande do NorteAcariAçuAfonso BezerraÁgua NovaAlexandriaAlmino AfonsoAlto do RodriguesAngicosAntônio MartinsApodiAreia BrancaArêsAugusto SeveroBaía FormosaBaraúnaBarcelonaBento FernandesBodóBom JesusBrejinhoCaiçara do NorteCaiçara do Rio do VentoCaicóCampo Redondo

7.736-

204-

3334

---

42118

832642001--6

100--

1829

43.17013512

137344340453

1174502065

13656

8402183360

682572

25

101.935

40.755-

120-

416380

---

4623954080

320100

0103

--

177500

--

70752

103.924

21064020

15340568022530

2173.000

200130

1.700140

7.000533272300

1.500880102054

4.720

60.5702

3613

191640256

1.2324

5961.980

7624059270

1.74821526887

1.2964444888

2.400

87.143

14

200

105

255

800

470

560

45

795

2.640

120

533

804

140

2.067

435

488

219

1.800

600

80

75

27

3.000

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26 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Continua...

Tabela 2. Continuação.

Quantidade Produzida (tonelada) Área Colhida (hectare)

1990 1997 2004 1990 1997 2004

CanguaretamaCaraúbasCarnaúba dos DantasCarnaubaisCeará-MirimCerro CoráCoronel EzequielCoronel João PessoaCruzetaCurrais NovosDoutor SeverianoEncantoEquadorEspírito SantoExtremozFelipe GuerraFernando PedrozaFlorâniaFrancisco DantasFrutuoso GomesGalinhosGoianinhaGovernador Dix-Sept RosadoGrossosGuamaréIelmo MarinhoIpanguaçuIpueiraItajáItaú

6056

-301004

32678

-5150

-140109-

5046

--

750

19-

22440

0-9

156720

16

38540

690504

827

1.870558

4192208592

24306426

12754719019

3851.056

210

792

300371

-30300

26965130

-510558

-7005090

-1.250

582--

1500

62-

150200

0-

72

1801.200

2010040075

1.4158558469

48555134

810190500

631520422435

28065013045

1.1702101070

400

90722

2012019

5387681913

436496

4405114751

48143112

714678129

644632

1328

2201.017

1370

700116

1.3806303078

1.87062020

270320942080

340710

8390672120187700480

596

1.043

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27Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Tabela 2. Continuação.

Quantidade Produzida (tonelada) Área Colhida (hectare)

1990 1997 2004 1990 1997 2004

Continua...

3763224

466270

87

219990

33227

-48336035229

1.38614

79812473272812

470344

1.8261240

114-0

1.200116

-0--

200410

0-

700800139

0350

-15952

572---

216542100

3202828

1.170576233810

82522874466

1541.050

224193102

1.0953

1.08037046475627

2646756008472

JaçanãJandaíraJanduísJanuário CiccoJapiJardim de AngicosJardim de PiranhasJardim do SeridóJoão CâmaraJoão DiasJosé da PenhaJucurutuJundiáLagoa d'AntaLagoa de PedrasLagoa de VelhosLagoa NovaLagoa SalgadaLajesLajes PintadasLucréciaLuís GomesMacaíbaMacauMajor SalesMarcelino VieiraMartinsMaxaranguapeMessias Targino

8652003009708105036

600760128369148

-1.050

775892154

1.75070

2.185248812

1.40060

522405

2.43530

500

71014042

1.80080015013027

1.500378930200220

1.500320350292

1.46060

1.200600580840180330900790140113

2-0

2402-0--

18410-

140160

30

105-27

143---

194330

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28 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Tabela 2. Continuação.

Quantidade Produzida (tonelada) Área Colhida (hectare)

1990 1997 2004 1990 1997 2004

Continua...

MontanhasMonte AlegreMonte das GameleirasMossoróNatalNísia FlorestaNova CruzOlho-d'Água do BorgesOuro BrancoParanáParaúParazinhoParelhasParnamirimPassa e FicaPassagemPatuPau dos FerrosPedra GrandePedra PretaPedro AvelinoPedro VelhoPendênciasPilõesPoço BrancoPortalegrePorto do ManguePresidente JuscelinoPureza

540760

1.1305.000

-80

1.80050042

1291901405070

1.105410

1.0002881003040

26090

10820042310

1.195255

470700600

1.545-

2801.560

17612

49016060013

1501.100

24010566030060

30034060

94841770036

1.550536

400150900

0-

202.500

--

3120-

1.12012

1.000400

0490

---

300-

288-

134-

171-

333483258

1.158-

252806117

439229

3005

9988015671

528120

615

2386

569250560

4930348

270608610450

-52

900358

11615251038

56919780

2591533

156189260

3181

608102

80120180

0-7

500--

310-

677

200800

39---

60-

26-

24-3-

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29Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Tabela 2. Continuação.

Quantidade Produzida (tonelada) Área Colhida (hectare)

1990 1997 2004 1990 1997 2004

Continua...

Rafael FernandesRafael GodeiroRiacho da CruzRiacho de SantanaRiachueloRio do FogoRodolfo FernandesRuy BarbosaSanta CruzSanta MariaSantana do MatosSantana do SeridóSanto AntônioSão Bento do NorteSão Bento do TrairíSão FernandoSão Francisco do OesteSão Gonçalo do AmaranteSão João do SabugiSão José de MipibuSão José do CampestreSão José do SeridóSão MiguelSão Miguel do GostosoSão Paulo do PotengiSão PedroSão RafaelSão ToméSão Vicente

15624

10228427220

398288606

-124

96815

7631

155275

5372

1.02120

3.42035131520836

54212

39--

164--

131

12---

300-40

30-0

18200

-1.477

--

40-40

31045130041085010058

6003.000

600150

8945400540

536044020

460350

62.2301.3001.2001.355

3665078

17430017031580350

468747

1.535-

8020

1.93690

1.3755

19450030

6101.920

2003.8001.350

940500200

1.48567

390--

470--

13088

733---

1.500-

2460

370-0

501.000

-5.908

--

800-

3600

2322622553284766046

4202.100

360231

567160432

1270308

7414228

22.007

715720

1.0165

42227

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30 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Tabela 2. Continuação.

Quantidade Produzida (tonelada) Área Colhida (hectare)

1990 1997 2004 1990 1997 2004

Fonte: Produção Agricola Municipal - IBGE, 2005b.

Senador Elói de SouzaSenador Georgino AvelinoSerra de São BentoSerra do MelSerra Negra do NorteSerrinhaSerrinha dos PintosSeveriano MeloSítio NovoTaboleiro GrandeTaipuTangaráTenente AnaniasTenente Laurentino CruzTibauTibau do SulTimbaúba dos BatistasTourosTriunfo PotiguarUmarizalUpanemaVárzeaVenha-VerVera CruzViçosaVila Flor

35388

750124

6808551443781781502444171226703

351234564

9723685406124

822112607

513

2885252741302721851626243739666

77026

2262551298102967826

131-

1.000-0

1.200-

23016755

-112348

--

700---0

700-

800-

150

780170

1.4008025

1.3601.1881.200

99525550066049180

29014015

1.350290900800

1.215409

1.08010260

1.5501809205038

48070039020034033625078010468

11016

1.40013032435421581065013045

3-

200-0

240-

3224-2

31--

280---0

140-

32-

30

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31Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução daCultura no Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Menos de50 ha

Tabela 3. Área Colhida por estratos de área nos principais municípios do RioGrande do Norte produtores de milho, 1996.

Continua...

50 a menosde 200 ha

200 a menosde 1.000 ha

1.000 a menosde 5.000 ha

Maior que5.000 ha

74.109,63964,90573,45751,32

1.663,751.240,461.952,741.992,12

570,39918,84

1.685,53992,93556,04861,27674,59540,60681,13962,50602,78731,86801,35774,39

2.766,58744,28

1.480,44626,94

1.510,76549,95

1.491,16

Rio Grande do NorteAçuAlexandriaAntônio MartinsApodiAugusto SeveroBaraúnaCampo RedondoCanguaretamaCaraúbasCerro CoráCoronel EzequielCoronel João PessoaCurrais NovosDoutor SeverianoEspírito SantoFlorâniaGovernador Dix-Sept Rosado

IpanguaçuJaçanãJanuário CiccoJardim de AngicosJoão CâmaraJosé da PenhaLagoa NovaLajes PintadasLuís GomesMarcelino VieiraMartins

21.614,7439,690,00

44,25124,69114,10332,4183,73

686,4372,00

191,103,502,00

173,5053,79

363,0012,25

248,950,002,80

54,77110,63218,4442,95

162,5599,89

738,4223,490,00

7.709,450,000,00

157,0030,000,00

10,0085,00

564,3627,00

230,030,003,000,001,00

20,000,00

93,000,000,00

60,002,00

33,500,00

144,000,00

316,000,000,00

804,950,000,000,000,000,000,000,00

18,000,95

11,000,000,000,000,00

230,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,00

26.016,7561,390,00

65,75296,41164,61501,65247,44760,36208,53158,4836,90

116,40301,10172,32150,0386,19

176,352,580,00

48,50240,88129,6382,59

288,58109,28697,0872,143,00

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32 Aspectos Agroeconômicos da Cultura do Milho: Características e Evolução da Culturano Estado do Rio Grande do Norte entre 1990 e 2004

Menos de50 ha

Tabela 3. Continuação..

50 a menosde 200 ha

200 a menosde 1.000 ha

1.000 a menosde 5.000 ha

Maior que5.000 ha

Fonte: Censo Agropecuário do Brasil - IBGE, 2005a.

MossoróNova CruzPedra PretaPresidente JuscelinoRuy BarbosaSanta CruzSantana do MatosSanto AntônioSão José do CampestreSão MiguelSão Paulo do PotengiSão PedroSão ToméSerra de São BentoSerrinhaTaipuTangaráTenente AnaniasTourosVárzea

1.809,511.092,43

614,35747,11644,24

1.509,38894,72

1.969,151.104,372.671,82

906,08608,52

1.737,331.272,711.449,71

623,61912,34764,24768,24653,36

0,000,000,000,000,000,000,000,000,000,00

125,000,000,000,000,000,000,000,000,000,00

0,000,00

25,0018,000,003,000,500,00

42,001,009,000,00

70,000,000,000,000,00

150,0010,002,00

96,50151,03264,60348,40

0,0025,0031,6227,91

203,50135,06322,53

0,0082,50

1.192,000,00

203,4430,0011,5579,1030,00

201,97159,35349,03359,34

4,1328,50

105,3348,29

140,00240,83428,2332,60

139,071.387,32

0,00325,61

5,00192,5398,3053,91

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