itapeva 52 anos

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Page 1: Itapeva 52 anos
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te Designer Editorial:Lyvia Dayko

Filiado ao SindijoriSindicato dos Jornais do Interior/MG(31) 2512-3895

DiretorJosé Roberto Alves Galante DRT nº - 11.404/MGMTB-JP 13.321/MG(35) 8849-4491 / [email protected]

Redação: (35) [email protected]

ORSM Editora LtdaRua Presidente Kennedy, 432º andar, sala 06 - Extrema - MG CNPJ: 10.805.274/0001-01

Redação:Paloma Barra | MTB - 77.157/SP Patrícia Tampelli | MTB - 16.792/MG

Departamento JurídicoDr. Mauricio José Ahualli

Departamento Comercial(35) [email protected]

Tiragem:3.000 exemplares

Representantes:Gabriel Moraes: (35) [email protected]

Francisco Moura: (35) [email protected]

*Matérias assinadas por colaboradores não representam necessariamente, a opinião do Jornal ORSM. O conteúdo das publicidades e editais é de inteira responsabilidade dos órgãos contratantes.

Entre as décadas de 50 e 60 apai-xonados por futebol se unem em prol do esporte e surge em Itapeva o time de futebol Seleto Clube Itapeva (S.C.I). Contando em suas fileiras com Otávio Lemes, João Cândido, Osvaldo Furquim, Dorival Furquim e Tijolo, entre outros grandes atletas, a equipe se tornou uma das mais temidas do Sul de Minas. Por onde passava o Seleto arrasava quarteirões e corações, a equipe até possuía uma animada torcida organizada feminina, que acompa-

nhava o time em todos os embates. A paixão pelo clube era inegável e a prova disso eram os dirigentes fanáticos e abnegados, como João Augusto da Fonseca, Leonardo Rossi, Dr. Armando Piunti e outros do mesmo calibre.Com o passar dos anos, o clube foi se renovando, trazendo craques como Tuffy Nassif, Gentil e Sabiá, ir-mãos super talentosos, Manézinho, Zé Dito, o grande Ubirajara Tobias de Andrade. De acordo com Lúcio Otávio Lemes, que também foi joga-dor do time esses eram verdadeiros

craques. “Não eram imbatíveis, po-rém difícil de serem batidos, tanto em casa com fora dela e não raro era só goleada” relembra. Mantendo-se sempre ativo, o clube passava por constantes renovações em seu elenco que sucessivamente contava com jogadores talento-sos. Uma das formações do Seleto chegou a ficar mais de oitenta jogos invicta, uma geração de ouro, composta por Osmar Lemes, Milton Biagione Furquim, Lucio Otávio Lemes, Juarez Corrêia, Jara, Celso Lemes, Adevaldo Lemes, Zé Prêto

Ribeiro, Zé Nilson, Fininho, Rubinho, Alexandre, Mané (Irmão de Muricy Ramalho), Zé Maria Lemes, Brecha, Arãozinho.Em tempos áureos, a equipe rece-bia a visita de um ilustre jogador, Muricy Ramalho, atualmente técni-co do São Paulo Futebol Clube, que ia até Itapeva ver os amigos.Membro dessa equipe, Lucio Otavio conta que os jogadores brigavam por posições nos dois treinos se-manais. “Os campos eram de terra batida, todo mundo saía ralado dos jogos, mas todos também tinham

amor à camisa”, recorda.Após essa seleção de craques, uma nova equipe se formou sob o comando competente de Negrinho, mas o futebol Itapevense já defi-nhava, e o time nem Seleto Clube Itapeva se chamava mais. Assim teve fim uma equipe de sucesso, no local de treinos que foi doado a Prefeitura de Itapeva, atualmente, está localizada a Praça de Esportes do município.

Com informações de Lúcio Otávio Lemes e Anísio Guimarães

Aldiceia Rosa, eleita Miss Seleto

Primeira formação do Seleto Futebol Clube de Itapeva

Seleto Clube Itapeva, um time de craques inesquecíveis

Fotos: Talman Fonseca

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Aldiceia Rosa, eleita Miss Seleto

Torcida uniformizada do seleto

Seleto Clube Itapeva, um time de craques inesquecíveis

Fotos: Talman Fonseca

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De Minas ou não, és Minha Itapeva: O Meu Lar

Escola de Música ‘Prefeito Dalmir Dantas’ retoma suas atividades

Representantes se reúnem com Deputado em busca de recursos

Como posso deixar de falar de ti nos meus versos, terra minha, que me viste crescer? E traçar-te linhas de modo tenro, Terra minha que viste o meu auro-rescer? Muito já se falou de tua beleza, Até de teu entardecer. Em sendo assim o que mais posso dizer?

Nascemos e crescemos juntos, Cravados nas Serras da Mantiqueira, nesta terra de euforia. Vivemos nossa infância. Passamos a adolescência. Hoje, crescidos, estamos ainda juntos, vivendo enfim...

Detestada por alguns, porém, amada pela maioria.

Tu és assim, minha Itapeva, Que nunca deixas indiferente: Azul, vermelha: arco-íris do meu coração

Por isso és única, de beleza e cons-ciência. Mas ainda és menina moça vestida com adornos Próprios da pubescência

Cidade conturbada, política e admi-nistrativa. Mas de fraternidade e de acolhida A tanta gente que a ti chegou Para ganhar a vida.

És, por isso, generosa terra mãe De sulistas, nordestinos e nortistas Que a todos recebeste em seus braços Sem lhes contar a medida.

Cantinho do sul de Minas, onde a vista caminha. De olhos postos no horizonte, Que o sol, em declínio, contigo se alinha. De avenidas largas não cortantes. Admiram-te quando por ti passam Todos os viajantes.

És patrimônio histórico de minha alma. Fácil que é notar a tua beleza, Mesmo que te olhem só por um segundo, Isso eu digo com certeza. Enfim, és minha terra, meu berço querido. Terra onde traço a vida: o meu senti-mento mais profundo.

Marcelo Guido - 16/09/2009

A Escola Municipal de Música “Prefeito Dalmir Dantas” reto-mou suas atividades no dia 02 de fevereiro de 2015. A escola oferece cursos de violão erudito, violão popular, canto, flauta doce, guitarra, contrabaixo elétrico, teclado, piano, bateria, musicalização para bebês, musicalização in-fantil, percepção musical, canto e coral. A novidade para o ano de 2015 é o resgate da Fanfarra Mu-

nicipal e aulas de instrumentos de sopro, trompete, trombone e bombardino. A Secretaria Municipal de Educa-ção contratou mais dois profis-sionais para atender a demanda, enquanto a Secretaria de Cultura e Turismo irá providenciar a aqui-sição de instrumentos ao longo do ano.O corpo docente da EMMI ‘’Pref. Dalmir Dantas” atualmente é formado por professores expe-rientes e músicos atuantes no

cenário musical brasileiro. A coordenação é feita pela professora Silvia Castro, com experiência na área da Educação Musical.Entre os princípios pedagógicos da Escola Municipal de Música, destaca-se o estímulo constante para as apresentações musicais, vez que a escola mantém uma intensa programação no decorrer do ano. Fonte: Ascom - Prefeitura de Itapeva

No dia 23 de fevereiro, a Pre-feita Claudia Viviane de Moraes Andrade, o Vice-Prefeito Antonio Jose de Lima e o vereador Milton Teodoro de Lima, estiveram em Belo Horizonte a fim de tratar de assuntos referentes aos convênios em andamento.

Em seguida, em reunião com o Deputado Federal Newton Cardoso Junior, solicitaram liberação de emendas para pavimentação nos morros do município na zona rural, poços artesianos, construção de uma nova escola, revitalização da Praça Joaquim Luiz e recursos

para revitalização da praça de esportes.Esses pedidos foram prontamen-te aceitos pelo deputado que se mostrou receptivo em trabalhar para o benefício dos munícipes de Itapeva/MG, em consonância com os objetivos da Administração.

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A imensa maioria

Nasce Itapeva!!! 52 anos de sua emancipação

O grande espetáculo da terra ainda é o próprio homem

Com capacidade de amar, produzir, reproduzir e lutar, vê-se também na condição de espalhar o ódio, o desamor e outros sentimentos que o diferen-ciam dos animais, tornando-os em certos casos desprezíveis.Mas a imensa maioria representa verdadeiramente a raça humana, como

quer o Criador. Não se pode generalizar, imaginando que existem mais pessoas más do que boas, mesmo porque aquelas que persistem na maldade tem vida estreita e o mal abre espaço para a unanimidade formada pelos bons.Percebe-se que há o rodear daqueles que insistem na prática da maldade,

buscando arredar-se das boas ações e enveredando no terreno diabólico das malfazejas atitudes que se destinem a destruir os que não contribuam para a obtenção de seus propósitos. De outro lado, vê-se também que tais malfeitores, são portadores de asfixia social, não possuindo condições de permanência dentre os que podem representar concorrência.O amor que move a grande maioria e que faz tão bem quanto o ar que se res-pira, passa ao largo dos que indispõem dessa dádiva, mas abriga e ampara a alma da grande massa humana.A humildade, que faz crescer ainda mais os que detêm tal qualidade, amplia também a acuidade visual de quem busca enxergar os verdadeiros e representativos membros das comuni-dades onde vivem os humildes que em regra são os verdadeiros vencedores.Aliás, vencer não é estar alguns

patamares sociais acima daquele que não teve oportunidade, mas sim se convencer de que não se chega a lugar nenhum solitariamente, e que é plenamente possível derrocar-se sem a ajuda de ninguém a não ser da própria incompetência de saber viver.É, portanto, reconhecidamente impor-tante acompanhar “a imensa maioria” e deleitar-se com a capacidade humana de amar, que não é prerrogativa dos seres humanos já que animais também denotam amor por seus pares.Assim como é importante, compartilhar os anseios e mitigar os sofrimentos dos que sem condições de ampliar as pas-sadas na direção do sucesso, podem contar com o amparo dos que tiveram sorte, formada pelo esforço, competên-cia, talento e determinação.A imensa maioria é capaz de partilhar, os poucos inabilitados de fazê-lo, gas-tam o tempo olhando para o próprio

umbigo, sem serem capazes de perce-ber que ainda estão presos ao cordão que desse um dia defluiu, sem permitir que se libertem das amarras que os mantém presos à própria ignorância.Anísio Guimarães é Itapevense, advo-gado e há anos dedica seu tempo livre as crônicas. Por Anísio Guimarães

Quando os europeus chegaram ao Brasil encontraram um povo no qual chamaram de índios. Conta à histó-ria que o nosso território foi habita-do pelos índios Puris. A palavra Puri quer dizer gente tímida ou mansa. Os índios Puris eram hábeis pesca-dores, viviam na região da Serra da Mantiqueira e, como todos os índios do Brasil, foram dominados pelos brancos, no caso, os bandeirantes. Esta região era a principal via de acesso ao Sul de Minas e, assim, fo-ram estabelecendo-se os primeiros moradores. Segundo registros históricos, Claudio Furquim de Almeida foi um dos primeiros moradores que se estabe-leceu na nossa região, próximo ao Ribeirão Camanducaia, por volta do ano de 1757. Ali obteve a primeira sesmaria no ano de 1762, conce-dida pelo Conde Bobadela. Em sua fazenda criava gado de vacum e

éguas. A fazenda Pouso Alegre de Claudio Furquim de Almeida, hoje Itapeva, servia como ponto de pouso e descanso a bandeirantes, tropeiros, caixeiros viajantes que por aqui pas-savam em busca de ouro, transpor-tando alimentos e servia, também, de parada para os políticos da época. Após cinco anos da instalação da Fazenda Pouso Alegre, formou-se uma Vila. No final do século XIX já se falava o nome Itapeva, devido à existência de uma pedra chata na lo-calidade, origem do nome do nosso município. Em 1920 foi construída uma capela de madeira onde hoje é a Praça João Lemes da Silva, a Capela de São Sebastião, que pertencia à Paróquia de Camanducaia. Sabe-se que mais tarde, Heitor Clemente e Bento dos Santos doaram meio alqueire de terra a São Sebastião, onde foi cons-truída uma igreja, tendo este santo

como padroeiro da cidade.Itapeva conta com várias igrejas cristãs que congregam em nome de Jesus. A história dos primeiros evan-gélicos data de 1934 e, registros nos mostram que em 1951 foi lançada a pedra fundamental do primeiro templo evangélico em nossa cidade, a Igreja Presbiteriana, no terreno do-ado por Maria Rosa da Silva e Claro de Góis Maciel. Itapeva, como Vila, crescia. Havia a necessidade da instalação de um cartório para registrar nascimentos, casamentos, óbitos, compras e ven-das; então em 21 de março de 1949, foi instalado o Cartório de Registros, tendo como primeiro escrivão o Pro-fessor Januário Barbosa, como Juiz de Paz e senhor João Lemes da Silva. Em 23 de janeiro de 1959 foi celebrada a Festa de São Sebastião, marcando o inicio da comunidade e o esforço para construção da nova

Igreja. Em 1965, a velha capela foi demolida e lançada à pedra funda-mental no terreno doado pelo casal Genésio Lopes de Toledo e Lucinda Maria Monteiro Lopes. Formou--se, então, uma comissão com o intuito de angariar fundo para a construção da nova igreja. Todos os anos é celebrada a Festa dedicada ao padroeiro da cidade. Que São Sebastião interceda por todos nós, para que sejamos protegidos da fome, da peste e da guerra, que em nosso município haja fartura, saúde e muita paz. Com esforço dos moradores do vilarejo de Itapeva, foi criada uma comissão para defender os interes-ses locais e lutar pela emancipação. Em 27 de dezembro de 1962, depois de um árduo esforço dos moradores e com especial trabalho do Depu-tado Ulisses Escobar, o governador Magalhães Pinto assinou o decreto

da emancipação de Itapeva, conquis-tando, assim, sua autonomia. Fazia parte da comissão os senhores: Edu Valentim Vilaça, João Lemes da Silva, João Augusto da Fonseca, Oscar Monteiro, Genésio Lopes de Toledo, Dorival Pereira Furquim, Afonso Pedro da Rosa.Edu Valentim Vilaça foi nomeado Intendente Municipal em 23 de fevereiro de 1963, sendo considera-do o primeiro Prefeito de Itapeva e o 1º de março foi decretado como feriado municipal em comemoração a emancipação.A educação no município iniciou-se com o Professor Januário Barbosa e com a Professora Teresa de Alva-renga do Nascimento com as Escolas Reunidas. Em 1965, instalou-se o Grupo Escolar Dr. José Rodrigues Seabra com a primeira diretora a senhora Angelina Cirilo.Fonte: Ascom - Prefeitura de

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A história da emancipação de Itapeva pelos olhos das filhas de Edu Valentim Vilaça

Em homenagem ao aniversário de 52 anos da emancipação de Itapeva, o jornal O Registro entrevistou as filhas do Intendente Municipal Edu Valentim Vilaça, o primeiro Prefeito da cidade.Edu Valentim Vilaça nasceu em 30 de abril de 1914, no Bairro Areias, filho de João Valentim Pereira e Maximina Ramos Vilaça. Foi vice-prefeito de Camanducaia entre 1954 a 1958, quando Itapeva ainda era Distrito do Município.Casado com Maria Lourdes Vilaça, tiveram quatro filhos: Eunice Vilaça, Nilza Aparecida Monteiro, José Valen-tim Vilaça e João Vilaça da Silva.Lutou e batalhou arduamente pela emancipação de Itapeva, chegando a ir para Belo Horizonte de caminhão em busca de apoio dos deputados e governador da época, pleiteando essa conquista tão esperada pelo povo. Em 1º de março de 1963 com a emancipação de Itapeva, Vilaça foi nomeado pelo Governador como Prefeito Intendente Municipal e governou o município por 11 meses até a eleição.Suas filhas Eunice e Nilza contaram um pouco desta trajetória política de seu pai. Segundo as filhas o pai, que tinha como profissão, o ofício de caminhoneiro era uma pessoa muito bondosa, muito solidária e ajudava muito as pessoas, até mesmo acolhendo-as em sua própria casa.Como o Distrito não possuía muitos recursos, muitas vezes era preciso ir até São Paulo, no hospital das Clínicas para um melhor atendimento, de alguma doença mais grave, e Edu sempre auxiliava quem precisasse.As irmãs também se lembram de que o pai lutou muito pela conquista da emancipação do município. “Nossa casa era um reduto político. Os polí-ticos quando vinham para cá, sempre

ficavam em casa, se reuniam aqui”, comentou Eunice.Um político que ajudou muito na emancipação da cidade foi o Depu-tado Estadual Ulisses Marcondes Escobar, que também nasceu em Ita-peva, no bairro Areias. Outro político que também ajudou no crescimento da cidade foi o Deputado Cristóvão Chiaradia.Em alguns documentos da época de seu governo, encontramos um pedi-do de materiais para o funcionamen-to do Grupo Escolar José Rodrigues Seabra. A solicitação foi encaminhada ao gabinete do secretário de viação e obras públicas em 1955, enquanto vice-prefeito de Camanducaia. No pedido, a solicitação era de 120 car-teiras, 4 quadros-negros, 5 mapas do Estado e do Brasil, giz, livros, cader-nos e lápis. A solicitação foi recebida e assinada pelo Deputado Estadual Ulisses Escobar.A instalação da Prefeitura foi feita por Edu, onde ele nomeou alguns funcionários e também proporcionou cursos para os mesmos. As filhas se recordam que no início eram poucos funcionários e que todos trabalhavam com muito zelo pela cidade. Inclusive no dia da festa de emancipação da cidade, Edu Vilaça estava em Belo Horizonte tomando posse de seu cargo de intendente, chegando para festa à tarde.Edu Valentim faleceu precocemente aos 51 anos de idade, em janeiro de 1966 e foi homenageado pela Câmara Municipal. A escola municipal no bairro de Areias e uma das principais ruas da cidade receberam seu nome em homenagem a seus feitos pelo município.Eunice e Nilza recordam de como o pai trabalhou pela cidade e pelo povo, mesmo depois de sair da Prefeitura.

“Ele era muito caridoso, muito solidá-rio”, lembram as irmãs.

“Se ele não tivesse morrido tão cedo, com certeza ele continuaria na polí-tica, porque ele era muito envolvido”, comenta Eunice.Nilza Aparecida Monteiro é casada com Hilton Monteiro, ex-prefeito de Itapeva, que governou o município por cinco vezes. Hilton Monteiro também fez muito pelo crescimento da cidade, construiu escolas, praças, posto de saúde, clube literário, pon-tes, sempre trabalhando em prol ao desenvolvimento do munícipio e para o povo.

“É uma pena meu pai não ter visto o Hilton como Prefeito, ele faleceu em janeiro de 1966 e nós casamos em setembro do mesmo ano”, comenta Nilza.Segundo nos contou, Hilton Monteiro governou a cidade com pulso forte, todas as obras realizadas foram com os recursos do município. Nilza se lembra do amigo Anísio Guimarães com muito carinho. Anísio trabalhou como chefe de gabinete de Hilton por três gestões. “Eles tem uma amizade muito grande, como pai e filho”, disse.

“Anísio conta que na primeira reunião com Hilton, ficou apreensivo. E que o prefeito disse assim: “eu estou aqui de passagem e vocês são funcioná-rios”. E depois de muitos anos de trabalho se tornou o braço direito de Hilton”, lembra Nilza.Hilton Monteiro se dedica muito ao município e atualmente ajudou a conseguir uma verba para a canaliza-ção do córrego. Mesmo não estando mais no comando do município se preocupa com a cidade e não mede esforços para ajudar no crescimento e desenvolvimento de Itapeva.Vale ressaltar aqui a importância de Nilza Aparecida Monteiro enquanto primeira dama, uma mulher de cará-ter ímpar, muito bondosa e caridosa, assim como seu pai. Era uma primeira

dama com todas as qualidades, ela acolhia as pessoas do sítio em sua própria casa. Era uma mulher de um coração enorme e até hoje é assim, enfrentou a política de Itapeva nos momentos mais difíceis e durante as cinco gestões do marido foi uma das lideranças políticas que conduziram o marido a condição de prefeito. Além disso, fazia um trabalho social, preocupava-se com o frio do povo, fazia campanha de cobertor, se preci-sava de cesta básica, de remédio. Ela era “A Primeira Dama”.

“Com o devido respeito a todas as outras, mas Nilza superou todas no

quesito social, pois era uma pessoa realmente voltada para o social, sem ter qualquer aparente envolvimento com benefício que pudesse ter tido da Prefeitura. Independente se a prefeitura pudesse ajudar, ela fazia por conta própria. Nilza foi e é a eterna parceira de Hilton, guerreira, batalhadora, humilde, de um coração impressionante, muito justa”. Está lembrança é uma homenagem do grande amigo Anísio Guimarães e de muitos itapevenses, que de alguma forma ou outra tiveram a oportunida-de de conhecer está pessoa maravi-lhosa.

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Posse como Vice-Prefeito em 1954

Eunice, Nilza e AlineValsa na posse com a esposa

Escola Municipal com seu nome

Documentos de Nomeação Intendente

Filhos de Edu

Festa de Emancipacao de Itapeva

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